quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 11 Sep 2012 02:11 PM PDT




Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 14:363 comentários Links para esta postagem 
Posted: 11 Sep 2012 02:08 PM PDT



São preocupantes mas não surpreendentes para o PSDB as notícias que chegam das periferias de São Paulo. Reportagem do jornal Valor desta segunda-feira sinaliza que candidatos do partido à vereança já abandonam a candidatura Serra. A sangria nas franjas da pobreza onde o tucano nunca foi popular não chega a espantar. Mas agrava uma anemia de fundo, essa sim de consequências aflitivas para o tucanato. O declínio que ela sinaliza extrapola em muito o fiasco insinuado no pleito municipal.
Chega a ser irônico que Serra tenha sido capturado pelo destino para protagonizar esse momento de desmanche do partido. O ex-governador sempre fez questão de se diferenciar de seus pares por uma suposta opção 'desenvolvimentista' - ' de boca', corrigiria Maria da Conceição Tavares, que o conhece bem.
A decana dos economistas brasileiros tinha razão. Se o desenvolvimentismo de Serra fosse mais que ornamental esse seria o momento de exercer uma liderança mudancista no PSDB.
O fato de se agarrar pateticamente à tecla do 'mensalão', e ao 'apoio de FHC' no horário eleitoral, diz mais sobre o esgotamento político desse personagem do que o salve-se quem puder de correligionários nas periferias conflagradas, de resto imiscíveis com o seu higienismo social.
O grande cabo eleitoral de que se ressente o tucanato hoje, na verdade, é o capital a juro. Não que o dinheiro grosso lhe seja hostil. Vice-versa. As marcadas 'advertências' do sociólogo Fernando Henrique Cardoso à presidenta Dilma, desde que seu governo iniciou uma sequência de cortes que baixaram em cinco pontos a Selic, dão o testemunho de uma aliança carnal.
Mas o que era apenas socialmente nefasto agora se tornou disfuncional.
A hegemonia financeira não gera mais sobras suficientes para promover a coagulação de interesses rentistas que se agregavam no entorno do PSDB, bem como de sua mídia algo catatônica nesse momento, a repetir 'análises' e editoriais que trombam com o noticiário da página seguinte.
A orquestra desafinada do fim de festa do dinheiro a juro subtrai credibilidade ao conjunto. Dos discursos às analises isentas, passando pelos bordões programáticos tudo parece levitar indiferente à mais ampla crise do capitalismo em 80 anos.
FHC começa a falar, a frase seguinte é perfeitamente previsível na anterior. Escorrem platitudes sobre as virtudes dos mercados e advertências sobre o Estado interventor. Tudo soa anacrônico, levemente obsceno, confrontado com a contrapartida dessa lógica no mundo real.
A rapidez do 'desalavancagem histórica' supera em muito a capacidade de renovação de um repertório que fez dos tucanos interlocutores preferenciais do dinheiro grosso, nativo e globalizado.
A confraria dos acionistas de bancos mostra-se inconsolável. A saudade dos dividendos com os quais se lambuzava é dolorida; endinheirados de fundos de investimento agressivos terão que mourejar de agora em diante na difícil busca de rentabilidade no mundo real. É forçoso admitir: será preciso incluir em seus cálculos a Nação com todos os seus 'ruídos de carne e osso'.
Nem o consolo de uma fuga de capitais com crise cambial encontra-se à vista. Fugir para onde? Aplicar em títulos da Grécia? Ou nos EUA - quem sabe na confiável Alemanha de Merkel - a juros negativos?
O corner do dinheiro grosso e de sua órbita política fecha todas as portas de um ciclo.
A incapacidade de o PSDB para ir além do denuncismo udenista contra o PT torna comovente a solidariedade que recebe da parte de togados do STF e da mídia nessa hora difícil.
A realidade, porém, é implacável. Pululam no noticiário sintomas de uma ladeira que se estreita e de inclina indiferente a muxoxos e chiliques emitidos do palanque de Serra.
A entrevista do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, à Folha desta segunda-feira, ilustra a correnteza submersa que arrasta os 'valores universais' do PSDB - rentistas, bem entendido - para o canto escuro da história.
Trechos:
(...)
"...Taxas de retorno sobre o investimento nas proporções que o mercado de capitais quer exigir... Vai exigir em outro lugar. Aqui não tem mais espaço para isso. Vamos ter que trabalhar com essa realidade".
"...É enganar as pessoas prometer rentabilidades que você tinha dez anos atrás. Isso não existe mais."
"..Vamos dar um excelente retorno para nosso acionista, não tenho dúvidas disso. Ninguém vai cortar rentabilidade do dia para a noite. Não vou virar a chave de 20% para 10%. Vai acontecer uma acomodação e depois ficar no patamar internacional"
(... )Acabou o negócio do "spread"? Acabou. O "core business" de banco continuará sendo a intermediação financeira. Como você vai compensar essa redução de "spread"? Com volume (maior de crédito)"
O "spread" bruto no mundo está na faixa de 3% a 4%. No Brasil, o do BB gira em torno de 7%. Nos demais, é maior.
(...) Falar em 19%, 18% com juros reais de 2%... Está certo a presidente [Dilma] gritar, né?
(Folha, 10-09)
Saul Leblon
No Blog das Frases


Posted: 11 Sep 2012 02:03 PM PDT


A senadora Marta Suplicy será a nova ministra da Cultura. Ela aceitou o convite da presidenta Dilma Rousseff e substituirá Ana de Hollanda. Marta deverá tomar posse nesta quinta-feira (13), às 11h, no Palácio do Planalto. Leia abaixo a íntegra da nota:
"A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou a senadora Marta Suplicy para ocupar o Ministério da Cultura. Ela substituirá a artista e compositora Ana de Hollanda, a quem a presidenta agradeceu hoje o empenho e os relevantes serviços prestados ao país à frente da pasta desde janeiro de 2011.
Dilma Rousseff manifestou confiança de que Marta Suplicy, que vinha dando importante colaboração ao governo no Senado, dará prosseguimento às políticas públicas e aos projetos que estão transformando a área da Cultura nos últimos anos.
A posse será realizada na próxima quinta-feira às 11h.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"

Posted: 11 Sep 2012 12:37 PM PDT

No dia 28 de dezembro de 2011, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle do poder judiciário, assinou contrato de Assessoria em Comunicação Social com a empresa Informe Comunicação Integrada SS Ltda que, coincidentemente, tem como sócia e fundadora a jornalista Rebeca Scatrut, mulher do jornalista Ricardo Noblat, ex-sócio da empresa.
O contrato é de 1 ano no valor original de R$ 3.525.407,41, e já teve dois termos aditivos, justificados, elevando o valor em 12,41%, atingindo R$ 3.963.052,63.
O CNJ é presidido pelo presidente do STF. Era Cesar Peluso na época da assinatura do contrato. Hoje, é Ayres Britto.
Segundo o órgão, houve licitação por pregão presencial e, a princípio, não há nada de errado quanto a isso.

O problema parece ser outro. A empresa não atua propriamente como assessoria de imprensa neste contrato, e sim fornece mão-de-obra para o CNJ ter sua própria equipe completa de redação, com 24 profissionais, sendo 3 editores, 8 repórteres, 3 repórteres fotográficos, 2 diagramadores, 5 revisores de texto, 1 redator publicitário e 2 programadores visuais.

Logo, parece estar havendo subcontratação total dos serviços. Na Ação Penal 470, o ministro Ayres Britto e Cesar Peluso condenaram o ex-presidente da Câmara dos Deputados por peculato, em um caso semelhante.


Rombo no erário


Se o CNJ contratasse diretamente sua equipe, por concurso, mesmo através da CLT, a folha de pagamento, já com todos os encargos, incluindo férias e décimo-terceiro custaria em torno de R$ 2,57 milhões no ano.

Ao contratar a referida empresa, para ter os mesmos funcionários com os mesmos salários, a simples intermediação eleva o custo aos cofres públicos para R$ 3,58 milhões, produzindo um rombo de cerca de R$ 1 milhão.



Contratação sem concurso

O CNJ poderia (deveria?) contratar diretamente esses profissionais através de concurso (mesmo sendo pela CLT, já que a contratação é por tempo determinado, nos termos do art. 37 inciso IX da Constituição Federal).
Ao contratar empresa para apenas fornecer mão-de-obra com características de emprego público conflita com o art. 37 inciso II da Constituição Federal, que exige concurso.
Em tempo: A íntegra do contrato e aditivos estão no link: http://goo.gl/0mYrZ
Fonte:Os Amigos do Presidente Lula
Postado por às 11:12Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 11 Sep 2012 12:26 PM PDT

Do Brasil 247 - 11 de Setembro de 2012 às 15:27
Dilma anuncia novo preço na energia e mira FHCFoto: Edição/247

Em evento oficial no Planalto, presidente anunciou a renovação antecipada das concessões e aproveitou para criticar os apagões do governo anterior ao do PT, de Fernando Henrique Cardoso; "Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou"

247 – O governo brasileiro anunciou oficialmente nesta terça-feira 11, em evento no Palácio do Planalto, a redução das tarifas de energia elétrica de 16% a 28% para os consumidores e a renovação antecipada das concessões de energia, com o objetivo de garantir maior competitividade da economia brasileira.
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para fazer ataques ao governo de Fernando Henrique Cardoso – que presidiu o País antes de o PT assumir. Dilma lembrou o período de racionamentos no País e os apagões vivenciados em 2001. A presidente afirmou que as medidas anunciadas hoje são o ápice de um processo iniciada por ela mesma, em 2003 – quando assumiu o ministério de Minas e Energia.
"Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso", disse. A queda na tarifa é resultado da renovação das concessões que vencem a partir de 2015, da redução de encargos setoriais e do aporte pela União de R$ 3,3 bilhões.
"Essas medidas representarão aumento do poder aquisitivo da população brasileira. As decisões de agora constituem uma das mais arrojadas iniciativas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil", disse o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão durante a cerimônia no Palácio do Planalto.
A redução do preço da energia ocorrerá a partir de 2013 por meio da antecipação da renovação das concessões e redução de encargos setoriais. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) serão eliminadas. Já a Conta de Desenvolvimento Energético ficará reduzida a 25% do valor atual. Para os consumidores de alta tensão, como a indústria, a redução vai de 19,4% a 28%.
As reduções na tarifa de energia poderão ser ainda maiores do que as anunciadas pelo governo brasileiro após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) concluir estudos sobre o setor em março, segundo afirmou a presidente Dilma, nesta terça-feira.
Com informações da Reuters e do Blog do Planalto

Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 11 Sep 2012 12:18 PM PDT

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (11) que a redução das tarifas de energia elétrica pode ser maior do que as anunciadas até agora. O preço da energia vai cair em média 16,2% para os consumidores residenciais e até 28% para a indústria, mas a redução pode ser maior após os cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre as concessões que vencerão entre 2016 e 2017, disse a presidenta.
"Essa reduções poderão ser ainda maiores quando a Aneel concluir os estudos, em março, e apresentá-los numericamente no que diz respeito aos contratos de distribuição que vencerão entre 2016 e 2017", disse, durante anúncio oficial das mudanças no cálculo das tarifas de energia.
A redução do preço da energia vai se dar pela combinação do cálculo de preço na renovação de concessões do setor elétrico, redução de encargos federais que incidem sobre as contas de luz e aporte da União de R$ 3,3 bilhões. As mudanças estão em medida provisória assinada pela presidenta.
A presidenta Dilma reafirmou que o pacote aumentará a competitividade do país; terá efeito multiplicador em outros setores da economia e, combinado com outras medidas, vai garantir ao país uma década de crescimento. "Terá impacto sobre toda a economia, ao reduzir custo das mercadorias, melhorar a participação do país na disputa por mercados internacionais, criar mais empregos, reduzir a inflação", listou.
As medidas anunciadas hoje fazem parte do chamado Novo Modelo do Setor Elétrico, política que começou a ser elaborada pela presidenta Dilma em 2003. Na época, ela era ministra de Minas e Energia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A redução do preço da energia e o futuro das concessões do setor sempre estiveram no centro das discussões das mudanças regulatórias.
"Sabemos que a partir de 2003 um grande trabalho na área de energia foi feito em nosso país. Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições a qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor", disse.
Segundo Dilma, com o novo modelo, o governo conseguiu ampliar a geração e a rede de distribuição e transmissão, democratizar o acesso à energia, por meio do programa Luz para Todos, e deu "estabilidade e segurança" ao mercado elétrico. "Esse modelo sem dúvida deu certo. Mesmo com a economia crescendo, não faltou energia ao país, porque passamos a planejar. Esse país mudou, nós respeitamos contratos", acrescentou.
A redução nas tarifas de energia é "a maior que se tem notícia nesse país" e vai beneficiar a todos os consumidores. As medidas para a redução serão acompanhadas de aumento da fiscalização e punições mais severas para empresas que descumprirem contratos", de acordo com a presidenta. "Seremos cada vez mais vigilantes para garantir o serviço prestado pelas empresas, fiscalizaremos com rigor o cumprimento dos contratos e a qualidade dos serviços", disse.
O anúncio foi acompanhado pelos ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e por governadores de estado. 

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 15:140 comentários

Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 11 Sep 2012 12:14 PM PDT
Desconheço o autor, achado no Facebook

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Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Sep 2012 12:08 PM PDT
O candidato do PRB, Celso Russomanno, líder da corrida à Prefeitura de São Paulo, recusou convite para participar do debate organizado pela Folha e pelo UOL, que estava marcado para o dia 20.

"Agradeço o convite, mas não vou participar", disse Russomanno, por meio de sua assessoria. Ele não quis esclarecer os seus motivos.

Assessores de Serra e Haddad, que aparecem nas pesquisas tecnicamente empatados em segundo lugar, reuniram-se ontem com representantes da Folha e do UOL para acertar sua participação, mas foram surpreendidos pela ausência de Russomanno.

Folha



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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Sep 2012 03:47 AM PDT



Gestão fraudulenta no Banco Rural reabre episódio da Privataria Tucana no Banco do Brasil
No leilão de privatização da Telebrás, em 1998, o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-caixa de campanha de José Serra, e nome recorrente no livro Privataria Tucana), concedeu contrato de fiança à Solpart Participações Ltda., no valor de R$ 874 milhões, em violação a regras do BB e do Banco Central.
A Solpart, gerida pelo Banco Opportunity de Daniel Dantas, tinha capital social de apenas R$ 1 mil e apresentou como garantia apenas o aval da empresa Techold Participações S/A, que tinha capital de R$ 20 mil.
O Ministério Público Federal abriu ação penal por gestão temerária de instituição financeira, pois em caso de insolvência da Solpart, o BB só resgataria R$ 20 mil dos R$ 874 milhões que teria a pagar. O MP também denunciou que em menos de 24h fizeram a confecção do documento de análise de risco e a celebração do contrato de fiança, o que demonstraria passar por cima das normas.
O principal responsável pela fiança, presidente do Conselho de Administração do banco, era Pedro Parente, então ministro da Casa Civil de FHC, também denunciado pelo Ministério Público.
Em novembro de 2010, Ricardo Sérgio conseguiu um Habeas Corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para trancar a ação penal (confira aqui), com argumentos que provavelmente não seriam aceitos se os nomes envolvidos fossem outros e fizessem parte da Ação Penal 470 (o chamado "mensalão"), num caso clássico de injustiça do tipo "dois pesos, duas medidas".
Acontece que a Ação Penal 470 está criando jurisprudência para, em tese, denunciar as condutas daquela diretoria do Banco Brasil por outro tipo de crime: gestão fraudulenta, em vez de gestão temerária, o que permite aos Procuradores do Ministério Público Federal abrir nova ação penal.
A própria defesa dos réus que levou ao trancamento da ação por gestão temerária, ao afirmarem que agiram na informalidade, considerando os grupos que compunham o consórcio sólidos para pagar, soa como confissão de fraude as normas, de forma deliberada.
Pau que bate em Chico também baterá em Francisco?
ZéAugusto
No Amigos do Presidente Lula

Posted: 11 Sep 2012 03:42 AM PDT
Posted by on 11/09/12 • Categorized as denúncia

No primeiro dia útil da semana, O Globo publicou matéria de seu blogueiro e colunista Ricardo Noblat atacando a blogosfera, porém sem dar nome aos bois. A desculpa para o ataque foram as críticas que blogs independentes vêm fazendo ao furor condenatório do ministro do Supremo Joaquim Barbosa no âmbito do julgamento do mensalão.
Contudo, como se sabe, ninguém gasta vela com mau defunto. Ou seja: a mídia só ataca quem a incomoda.
A tática de não citar nomes, pois, obedece a duas razões. A primeira, porque a acusação de que o governo Dilma paga a blogosfera para criticar a mídia tucana não pararia em pé se fossem dados os nomes dos blogueiros; a segunda, porque essa mídia acha que, se der nomes, estará dando publicidade àquilo que não quer que o público saiba.
Já disse isso várias vezes e volto a repetir: eu acho é ótimo. Sobretudo quando sai no jornal.
Ataques em blogs e sites Reinaldo Azevedo e Noblat, entre outros teleguiados do PIG, fazem toda hora. Leitor de blog tucano sabe quem são os blogs citados veladamente. No jornal, porém, esses ataques são esporádicos e, quando saem, atingem a um público que não tem maior intimidade com a internet.
Acho ótimos tais ataques porque a mídia desperta a curiosidade da parcela de seu público que não conhece a blogosfera. Há casos de leitores deste blog que foram ao Google procurar os blogs citados por esses "colunistas" nos jornalões e revistas.
Há, também, outra particularidade do ataque de Noblat que quero comentar. Há muito que esse e outros teleguiados do PIG tentam carimbar a blogosfera com uma sigla. Tentaram várias, mas nenhuma "colou". Por isso, tentam se apropriar da que "colou". Mas é bobagem porque Partido da Imprensa Golpista já virou até verbete da Wikipedia.
Chegamos, então, ao ponto. O preâmbulo acima não é o mais importante. O mais importante vem agora: o ataque de Noblat em O Globo é excelente não só para dar publicidade à blogosfera progressista e independente, mas para que as pessoas saibam quem é esse sujeito.
Noblat critica blogs insatisfeitos com Joaquim Barbosa afirmando que a insatisfação se deve ao ministro estar condenando "petistas" e afirma que, antes de fazê-lo, era elogiado pelos seus atuais críticos.  Vejamos primeiro, pois, o que Noblat diz HOJE sobre Joaquim Barbosa – ressaltei o "hoje" por razão que o leitor entenderá mais adiante.
—–
O Globo
10 de setembro de 2012
Joaquim é o alvo
por Ricardo Noblat
O Partido da Imprensa Governista (PIG) começou a descer o pau no ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão.
O PIG é parente da imprensa chapa branca que sobrevive da caridade oficial. Basicamente, é o conjunto de blogs, sites e portais que serve ao governo e aos partidos que o apoiam.
Trata-se de mais um aspecto da herança pesada deixada por Lula para Dilma, por mais que ela negue.
Por que Joaquim virou alvo de malhação?
Porque o desempenho dele até aqui desagrada ao PT. Porque ele deve a Lula sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e, no entanto, atua com a independência que se espera de todo juiz.
Registre-se por dever de ofício: ele e outros ministros indicados por Lula e Dilma. Nem todos.
Naturalmente, o PIG está impedido de expor com clareza as razões de sua revolta contra Joaquim. Seria insensato fazê-lo.
Correria o risco de perder seus poucos leitores tamanho é o prestígio de Joaquim nas chamadas redes sociais. Ali ele virou uma espécie de anjo vingador. Um anjo preto, zangado, irritadiço e sempre à beira de um ataque de nervos.
Sem audiência, para quê sustentar o PIG? Só para que continuasse a disseminar intrigas durante períodos eleitorais? Para que funcionasse como laboratório onde se testam palavras de ordem? Ou para que seguisse defendendo aliados do governo?
Collor, Sarney, Renan – toda essa gente conta com a ajuda do PIG quando se lhe apertam os calos. Sem utilidade, adeus patrocínio!
O PIG argumenta que Joaquim está sendo muito rigoroso com os réus do mensalão. Como se rigor fosse um exagero e a condescendência o mais aconselhável.
Não ria: membro mais afoito e mais bem remunerado do PIG comparou Joaquim a inquisidores da Idade Média que torturaram e mataram. Seria o nosso Torquemada!
No fim do século XV, na Espanha, o dominicano Tomás de Torquemada, promovido a inquisidor-geral pelo papa Inocêncio VIII, recomendava parafusos nos polegares dos heréticos enquanto rezava contrito e baixinho pela salvação de suas almas.
Se Joaquim procede como ele, o STF virou o endereço nobre e espaçoso dos novos inquisidores.
Sim, porque Joaquim não julga sozinho.
Na última segunda-feira, por exemplo, ele condenou Ayanna Tenório, uma das diretoras do Banco Rural, o financiador de parte do mensalão. E aí?
Aí que Ayanna acabou absolvida por 9 votos contra um. Ninguém no STF é voto de cabresto de ninguém. Um homem, um voto.
De resto, as decisões do STF no processo do mensalão estão sendo tomadas por larga maioria de votos. É isso, e apenas isso o que está tornando possível até agora o próprio julgamento. O julgamento mais longo e complexo da história da Corte Suprema. Que não tem data para terminar. E que não se sabe como terminará.
Em dezembro de 2005, quando ficou pronto o relatório da CPI dos Correios que apurou o esquema do mensalão, Lula se recusou a lê-lo. Disse que só lhe interessava a palavra final da Justiça.
Depois se antecipou à Justiça e decretou que o mensalão não passara de uma farsa. Delúbio Soares preferiu chamá-lo de futura "piada de salão".
Joaquim Torquemada e sua equipe de torturadores concluíram que de farsa o mensalão nada teve. Assim como também nada teve de engraçado.
A prática de corrupção entre nós não cessará com a condenação dos réus do mensalão. A impunidade, talvez, a depender da força da bordoada que acabe levando.
—–
Vejam só, Joaquim Barbosa caiu nas boas graças do PIG. Afinal, condenar petista é mel na chupeta para os teleguiados da mídia tucana. Mas como será que os Noblats da vida tratavam esse juiz antes de ele lhes dar o presentaço que está dando?
Voltemos a 2009 para saber o que o mesmíssimo Noblat disse do relator do mensalão petista quando relatou o mensalão tucano, naquele ano, e aceitou a denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo, que, tal qual os petistas julgados neste momento, também conta com o apoio de seu partido.
—–
O Globo
9 de novembro de 2009
Foi mal, Barbosa!
por Ricardo Noblat
É majoritária entre os ministros do Supremo Tribunal Federal a opinião de que foi medíocre o desempenho de Joaquim Barbosa (foto acima) como relator do caso do mensalão mineiro protagonizado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Cabia a Barbosa votar pelo acatamento ou recusa da denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República. Uma vez que ela fosse aceita pela maioria dos seus pares, só então se abriria processo contra o senador.
Mas o de Barbosa foi um voto de condenação prévia de Azeredo. De resto, ele conferiu importância excessiva a um recibo de dinheiro que Azeredo enfaticamente aponta como falso. Barbosa não pediu uma perícia do documento.
—–
Ora, ora…  Quer dizer que, quando o relator Joaquim Barbosa condena petistas, é um herói. Mas quando condena tucanos é vilão, é? Muito independente esse Noblat, não?
Ele fala em "caridade oficial" e dirigiu sua crítica a Luis Nassif, que foi quem chamou Barbosa de "Torquemada". Só que, na verdade, não se referiu a um blog, mas, como escreveu, "Ao conjunto de blogs, sites e portais que serve ao governo e aos partidos que o apóiam".
O PIG só ataca Nassif e Paulo Henrique Amorim menos veladamente porque esses blogueiros têm contratos de publicidade com empresas públicas assim como os patrões de Noblat também têm – e se os dois têm menos leitores que O Globo, não recebem a quantidade de dinheiro que recebe o jornalão; recebem o proporcional aos leitores que têm.
Os contratos de Nassif e PHA com empresas públicas são tão regulares que, há pouco, o protegido de Noblat e seus patrões, um sujeito chamado José Serra, fez uma denúncia contra os blogueiros ao Ministério Público e este nem se deu ao trabalho de analisar por absoluta falta de fundamento.
A blogosfera é imensa. Tem centenas de autores. Nassif e PHA, porém, são exceções. Conseguem contratos de publicidade com empresas públicas porque, além da competência, são jornalistas famosos, estão na televisão e têm público adequado à eminência de que desfrutam no jornalismo. O resto da blogosfera chega a pagar para trabalhar, como no caso deste blog.
O objetivo da mídia tucana, porém, não são só PHA, Nassif ou Carta Capital. Apesar da importância que têm, se fossem calados o resto da blogosfera faria o que precisa ser feito.
O PIG tenta carimbar toda a blogosfera usando dois blogueiros. Contudo, a cada ataque velado só faz despertar a curiosidade do público, que acaba buscando os blogs misteriosos. Essa é a razão de os blogs continuarem crescendo tanto que acabam saindo do ar por conta de terem muito público e pouco dinheiro, como aconteceu ontem com este blog.
Agora, convenhamos que Noblat, além de cara-de-pau, é muito egoísta: só ele quer ser cara-de-pau. É ou não é, leitor?

Do Blog da Cidadania.
Posted: 11 Sep 2012 03:31 AM PDT



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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Sep 2012 03:27 AM PDT



O candidato do PT à prefeitura de São Paulo participou, nesta segunda-feira, de uma grande caminhada a partir da Praça Ramos Azevedo até a Praça da República. Haddad estava acompanhado de algumas centenas de pessoas no chamado Dia Lilás, data em homenagem às mulheres. E, pela primeira vez, de forma direta, o petista fez ataques mais claros ao candidato Celso Russomano, do PRB e primeiro colocado na pesquisas de inteções de voto.

"É um candidato que não tem proposta. Não tem proposta para saúde, educação ou transporte público. Só fica na TV agradecendo. É obrigado, obrigado e obrigado. No debate, eu perguntei a ele porque ele era contra o bilhete único mensal, e ele disse que não sabia sobre as finanças. Se não sabe, vai aprender primeiro e depois se candidata", afirmou em discurso à militância. 

A deputada estadual Lecy Brandão e a mulher de Haddad, Ana Estela, estavam presentes, assim como a ex-prefeita Marta Suplicy e o senador Eduardo Suplicy. Na ocasião, Haddad também atacou o candidato do PSDB, José Serra. "Ele vai continuar o que foi reprovado por 80% da população de São Paulo", afirmou. Marta complementou dizendo que Serra é o rei do "enrolation e do embromation".

A gestão Serra-Kassab foi alvo de críticas de Haddad. Ele afirmou que a atual administração foi a que menos produziu moradias na história - 15 mil em 8 anos, segundo ele. O petista prometeu 55 mil novas moradias em quatro anos, ancorado no programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida". Haddad ainda afirmou que São Paulo não admitir intolerância e, para ilustrar, citou vários tipos de preconceito, como os contra as mulheres, raças e religiões.

Em entrevista, mais críticas a Russomanno

Depois da tumultuada caminhada e de discurso, Haddad também concedeu entrevista coletiva e manteve a estratégia de criticar o discurso e o plano de governo de Russomanno, líder das pesquisas. Ele também se mostrou contrário à proposta do candidato do PRB, que pretende agregar os vigilantes particulares às Polícias.

"Um propõe uma continuidade reprovada", disse sobre Serra. "O outro, bem cotado na pesquisas e sem projeto. São Paulo é a quinta maior cidade do mundo. Precisa de projeto para a cidade. Medidas cosméticas não vão resolver os problemas", acrescentou. Em seguida, fez críticas mais específicas.

"Não tomei conhecimento de metas, de projetos do orçamento. Os poucos balões de ensaio soltados por ele não têm consistência. Temos o problema da saúde desde os postos de saúde (...) e a solução é aumentar o salário em um passe de mágica? O problema da saúde exige mais conhecimento do setor que um palpite não baseado em estudos, nada".

"A segurança só será dada onde tem vigia noturno? A maioria dos bairros de São Paulo não tem. Não faz sentido. São balões de ensaio", reclamou Haddad. 
De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:370 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 11 Sep 2012 03:14 AM PDT
Do Blog DoLaDoDeLá 10/09/2-12


por
Theotonio dos Santos *
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960.
A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação.

Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000). Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os "gênios" locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário. No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la "pelo menos até as eleições", indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da "ameaça petista" pois esta desvalorização ocorreu muito antes da "ameaça Lula". ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese? Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito – Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade. E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados "esqueletos" das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição os 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia. Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da "descoberta do Brasil". E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço.
* Theotonio dos Santos é economista, cientista político e um dos formuladores da Teoria da Dependência. E é coordenador da cátedra e rede UNU-UNESCO de Economia Global e Desenvolvimento sustentável – REGGEN.

Também do Blog ContrapontoPIG.
Posted: 11 Sep 2012 03:10 AM PDT

Do Viomundo - publicado em 10 de setembro de 2012 às 20:26
Blog do Mauro Santayana


Houvesse sido o seu governo o mais limpo e mais honrado de toda a nossa história republicana, naturalmente, o Sr. Fernando Henrique Cardoso manteria silêncio sobre os seus sucessores. Não lhe caberia censurá-los, nem elogiá-los, deixando o juízo à transparência dos fatos.
Quando alguém despreza a inteligência alheia, e é o que faz o ex-presidente, infirma a própria inteligência. Em nenhum governo houve tão rápido enriquecimento de agentes públicos, quanto no seu. Tudo se fez de forma asséptica, com cuidadoso planejamento legal, para que os brilhantes rapazes da equipe econômica saíssem por uma porta – a das instituições públicas – e entrassem pela outra – a do sistema financeiro e das empresas privatizadas, ganhando milhões neste movimento. É provável que, em nenhum dos casos, houvesse infração às leis, ajustadas previamente ao programa, a partir do governo Collor. Pode ter sido "legal", mas contrariou todas as regras morais e feriu profundamente o mandamento ético.
É claro que sempre há descuidos, como houve o do "adjutório" ao banqueiro Cacciola. Cacciola, que pôde fugir para a Itália, foi laçado pelas circunstâncias e acabou indo para a prisão. Os outros implicados, diretores do Banco Central, apesar de condenados, respondem em liberdade. O dinheiro desapareceu no vórtice da crise.
Nenhum chefe de Estado, antes dele – e, até agora – nem depois dele, violou a Constituição a fim de reeleger-se, mediante o suborno de parlamentares com favorecimentos e, de acordo com as denúncias conhecidas, dinheiro vivo. A emenda da reeleição já se encontra na História como um dos momentos mais constrangedores da vida republicana.
Em entrevista a um portal da internet, há alguns meses, Fernando Henrique se referiu ao Ministro Gilmar Mendes – que ele nomeou – como "corajoso". Não lhe pode ser negada a mesma coragem. A coragem, por exemplo, de se referir aos fatos lamentáveis da Ação 470, em julgamento pelo STF, como se referiu, esquecendo-se de que homens de seu partido se encontram sob suspeita de atos semelhantes. O publicitário Marcos Valério, é o que se sabe, sempre agiu com neutralidade partidária. Em lugar do ataque a Lula, seria melhor a Fernando Henrique um ato de contrição.
No julgamento dos pósteros, Lula, com todos os seus acertos, erros e defeitos, será lembrado como o sertanejo que entrou para a História, arrombando-a com o próprio peito, como fazem os pobres. E Fernando Henrique será lembrado como o "intelectual" arrogante, que chamou o seu próprio povo de caipira, e os aposentados de vagabundos. Ele, sim, é até hoje fascinado com os estrangeiros, embasbacado com Paris e Boston, frustrado por não ter nascido no Marais do século 18, nem na Nova Inglaterra de Franklin e Jefferson.
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Do Blog ContrapontoPIG
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