sábado, 7 de setembro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: A previsível recuperação da popularidade de Dilma


SARAIVA 13


A previsível recuperação da popularidade de Dilma

Posted: 07 Sep 2013 03:29 PM PDT



Diario do Centro do Mundo - 7 de setembro de 2013
Os números da nova pesquisa do Vox Populi não causam surpresa.

                                         De novo com uma vantagem enorme


De novo com uma vantagem enorme

O Diário não tem pretensões a pitonisa, é evidente.

Mas.

Mas, conforme dissemos lá para trás, o solavanco na popularidade da presidenta Dilma Rousseff nas chamadas Jornadas de Junho era um fenômeno previsível e, sobretudo, passageiro.

Só viu ali a derrocada da candidatura de Dilma quem quis ver, ou por paixão ou simplesmente por miopia.

Menos por seus méritos e mais pelos defeitos extraordinários da oposição, Dilma caminha para uma reeleição que provavelmente se dará ainda no primeiro turno.

Analisemos, primeiro, Dilma.  Sob ela, os avanços sociais imprescindíveis para que o Brasil se torne um dia uma grande Escandinávia vieram, até aqui, numa velocidade frustrante.

Os protestos de junho – não os diminutos que enveredaram pela falácia miserável do brado anticorrupção, aspas, mas os grandes que pediram mais justiça social, sem aspas – traduziram nas ruas a insatisfação com a baixa velocidade da retirada de privilégios de quem já tem há muito tempo privilégios demais.

Dilma, por tudo que tem dito, parece ter compreendido a mensagem. Acomodar interesses retarda demais as coisas – e o Brasil tem pressa.

A forma como ela enfrentou a resistência ao Mais Médicos sugere que ela entendeu que conciliar, às vezes, é a pior escolha não para ela ou seu partido – mas para os milhões de brasileiros desvalidos.

O choque de junho pode ter um efeito revigorador para Dilma em seus próximos anos de poder.

Quanto à oposição, é uma pequena tragédia, infelizmente. Infelizmente porque uma boa oposição sempre faz bem a um país: os partidos se esforçam por serem uns melhores que os outros aos olhos do eleitor.

Mas.

O principal partido de oposição, o PSDB, não foi capaz de entender que para não se transformar em sucata tem que colocar o combate à iniquidade no topo do topo de sua agenda.

A agonia do PSDB deriva, em grande parte, da relação nefasta que seus líderes estabeleceram com a mídia tradicional.

Uma vez que para as grandes empresas jornalísticas justiça social é uma maldição, os tucanos imaginam que, fazendo dela sua prioridade, perderão o apoio maciço da mídia.

Há fundamente nesse medo. Mas a alternativa a uma mudança radical é as coisas ficarem exatamente como estão: o PSDB é empurrado pela mídia mas cada vez mais desprezado pelos eleitores.

Não há capa da Veja, não há entrevista no Jô, não há comentários de Jabor – não há nada que a mídia tradicional possa fazer para erguer o PSDB.

Por uma razão: ela caiu num enorme descrédito. Graças sobretudo à internet, que rompeu o controle de poucas famílias na divulgação de informações, os brasileiros sabem hoje que as empresas de mídia defendem, primeiro e acima de tudo, seus próprios interesses políticos e econômicos. A esses interesses privados elas dão, caprichosamente, o nome de interesses públicos.

Pausa para rir.

Por tudo isso, 2014 está provavelmente decidido para Dilma.

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Do Blog ContrapontoPIG

Bisbilhotagem americana é muito pior do que se imaginava

Posted: 07 Sep 2013 03:25 PM PDT

Phone-Data

Bisbilhotagem americana é muito pior do que se imaginava

7 de setembro de 2013 | 07:08
Estarrecedor. Esse é o termo apropriado para a mais recente revelação do jornalista Glenn Greenwald em seu blog no jornal inglês The Guardian. E não estou sozinho nessa avaliação. O texto, postado ontem, já tinha mais de 4 mil comentários em poucas horas, praticamente todos condenando os abusos dos serviços secretos anglo-americanos.
Um novo lote de vazamentos de Snowden revela que a Agência de Segurança Nacional (NSA), órgão de inteligência em comunicações da Casa Branca, em parceria com o Departamento de Comunicação do Governo Britânico (GCHQ), investiu mais de 800 milhões de dólares, desde 2011, em programas para quebrar os códigos de privacidade de quase toda a informação privada mundial.
Os objetivos e as estratégias dos serviços secretos americanos eram muito mais ambiciosos, agressivos e enxeridos do que sugeriam as primeiras revelações de Snowden.
PS de Fernando Brito: não deixe de assistir a coletiva de Dilma sobre a reação à espionagem americanda, no final deste post.
OS EUA não só grampearam meio mundo (Dilma, ONU, etc), como tinham acesso a códigos de criptografia que lhes permitiam ler, classificar e indexar emails, redes, contas bancárias, em escala global.
Uma das estratégias usadas pela NSA para ter acesso a tamanho volume de segredos é a construção de "relacionamento" com os altos executivos das empresas de tecnologia.
Segundo Greenwald, a NSA tem investido 250 milhões de dólares por ano num programa em que, dentre outros objetivos, visa influenciar as empresas de tecnologia a adotarem padrões de criptografia conhecidos da agência. Além dessa verba, a NSA usa o poder financeiro do Estado, que é o principal comprador de produtos tecnológicos, para convencer os executivos a serem cúmplices nos trabalhos de espionagem da agência.
Em outras palavras, o governo americano conseguiu moldar os padrões globais de privacidade e segurança de acordo com sua própria capacidade para espionar. As grandes empresas aceitaram adotar padrões de criptografia previamente acordados com o serviço secreto dos Estados Unidos.
A gravidade desse fato reside no extraordinário poder de chantagem e pressão que ele confere aos EUA em sua relação com outros países, além do perigo que isso representa ao cidadão, que fica a mercê do humor de milhares de aspones do serviço secreto do império. Esse poder lhes ajuda, naturalmente, a fazer a guerra que desejarem. Se alguém ou alguma instituição se insurgir contra a guerra, o serviço secreto logo encontrará algum segredinho sujo escondido num email antigo e o fará mudar de ideia…
Em questões de comércio, o desequilíbrio é evidente. Imagine se o Brasil tivesse aceitado a criação da Alca, conforme queriam os tucanos? Todas as empresas e o governo brasileiro estariam ainda mais dependentes de um país cujo poder de barganha é nocivamente desproporcional, em virtude de uma espionagem sistemática, clandestina e ilegal de tudo e todos. Os EUA podem entrar no computador dos membros do Copom, por exemplo, e fazer especulações sobre futuras decisões quanto aos juros. Podem influenciar e chantagear esses mesmos servidores, para que tomem decisões visando o lucro do império. Decisões judiciais importantes podem ser descobertas, da mesma maneira, com antecipação pelos americanos.
A revelação também joga por terra a falácia do "Estado mínimo" apregoada por neoliberais americanos, e seus obedientes congêneres no Brasil. O que os EUA vêm fazendo é exatamente o contrário. Um Estado cada vez mais mais intrusivo na vida de qualquer um. Um Estado que não ajuda pobres, nem nos EUA nem em lugar nenhum do mundo, mas pode ler seus emails e depois lançar um míssil de vinte milhões de dólares sobre o barracão de zinco onde eles moram.
033
– As pessoas estão dizendo que o sujeito que vazou informações da NSA é herói ou traidor?
- Vamos ouvi-las um pouquinho..

Por: Miguel do Rosário
 
Do Blog TIJOLAÇO

Criança Esperança arrecada até agora R$ 14.808.000,00

Posted: 07 Sep 2013 02:30 PM PDT

Mauro Santayana: Já vimos esse filme da Síria no Iraque

Posted: 07 Sep 2013 02:23 PM PDT



Do Viomundo - publicado em 7 de setembro de 2013 às 9:44

John Kerry anunciou que os EUA têm "provas irrefutáveis" do uso de armas químicas pelo governo sírio

Cairo, Damasco e a hipocrisia norte-americana

por Mauro Santayana, em seu blog


(JB)- John Kerry anunciou esta semana, na Casa Branca, que os Estados Unidos têm "provas irrefutáveis" do uso de armas químicas pelo governo sírio. Traços de gás sarin teriam sido encontrados no sangue e nos cabelos de voluntários que participaram do resgate de civis atingidos logo após um suposto ataque do governo contra rebeldes no dia 21 de um agosto.

Já vimos esse filme. O uso de armas de destruição em massa pelo governo de Saddam Hussein também foi apresentado de forma inconteste e irrefutável pelo governo norte-americano.

Em nome dessa "certeza", o Iraque foi bombardeado e invadido, suas defesas foram destruídas por corajosos jogadores de vídeo-game instalados a bordo de aviões e porta-aviões, sem um único combate corpo a corpo, e morreram milhares de crianças e civis iraquianos.

E até hoje nem uma única arma de destruição em massa foi encontrada – apesar de milhares de soldados norte-americanos terem também sido mortos ou feridos, tentando ocupar o território virtualmente "conquistado", de onde os EUA já se retiraram, depois de centenas de bilhões de dólares em gastos.

Na época, o inspetor da ONU Hans Blix – que deu uma entrevista esta semana ao jornal britânico The Guardian dizendo que não há justificativa para um ataque ocidental à Síria – negou que houvesse armas de destruição em massa no Iraque e teve sua missão em Bagdá interrompida pelos bombardeios norte-americanos.

Os EUA costumam usar, sem nenhum escrúpulo, seus eventuais aliados, e depois livrar-se deles sem nenhuma consideração moral ou ética.

Foi assim, quando se aliaram a Saddam armando-o na guerra contra o Irã, para depois destruir o seu regime sob um pretexto falso, e persegui-lo até a execução de sua sentença de morte por enforcamento, no dia 30 de dezembro de 2006 em Bagdá.

Foi assim que fizeram com Osama Bin-Laden – com cuja família os Bush tinham negócios – depois de apoiá-lo na guerrilha contra os russos no Afeganistão, até cercá-lo e abatê-lo desarmado, na frente de sua família, no dia 2 de maio de 2011, em Abbotabad, no Paquistão.

E foi assim que aconteceu também com Muamar Kadhaffi, capturado de mãos nuas e espancado brutalmente até a morte, em 20 de outubro do mesmo ano, em Sirte, na Líbia, a ponto de ter seu corpo transformado em um hambúrguer diante das câmeras de seus verdugos, armados pelos mesmos países ocidentais que antes o recebiam e apoiavam.

Agora, a história se repete. Os EUA e as grandes redes de meios de comunicação do ocidente procuram desqualificar a denúncia da inspetora da ONU Carla Del Ponte, de que teria levantado evidências, na Síria, de que gás sarin estaria, na verdade, sendo usado pelos "rebeldes", apoiados pelo Ocidente, com a intenção de culpar o governo de Bashar Al Assad pelo seu uso.

Ao invadir outros países sem provas e sem autorização das Nações Unidas, os Estados Unidos agem como os nazistas, que deram início à Segunda Guerra Mundial com uma farsa que completou há três dias exatos 74 anos.

No dia 31 de agosto de 1939 a SS nazista simulou a invasão de uma rádio de língua alemã, na cidadezinha fronteiriça de Gleiwitz, por tropas do exército polonês, para divulgar uma falsa mensagem conclamando a população da Silésia a se revoltar contra Hitler.

Para dar o máximo de verossimilhança aos fatos, os oficiais de Himmler, disfarçados de soldados poloneses, levaram com eles, também vestidos com os mesmos uniformes, 12 prisioneiros de campos de extermínio, que foram abatidos no local, ao final da operação, para que seus cadáveres servissem de prova da suposta "invasão" polonesa. No dia seguinte, 1 de setembro de 1939, as tropas de Hitler, já agrupadas na fronteira, invadiriam a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.

Ressabiado, talvez, pela participação – sem provas que a justificassem – da Grã Bretanha na Guerra do Iraque, o Parlamento inglês negou na última semana ao Primeiro-Ministro James Cameron autorização para participar do ataque à Síria.

O mundo espera que o Congresso dos EUA, obedecendo à opinião da maioria da população norte-americana, tome atitude semelhante. E que Obama recue, como pode acabar fazendo, de seu plano contra a Síria, estabelecido, como afirmou John Kerry, em sua entrevista na Casa Branca, para "mandar uma firme mensagem" a outros países, como a Coréia do Norte e o Irã.

Não se pode aceitar que a mesma nação que apóia e financia, com bilhões de dólares, o exército golpista egípcio – para que seus soldados massacrem a população civil nas ruas do Cairo – ataque ou bombardeie Damasco, sob pretexto de defender a liberdade.

Leia também:


Alipio Freire: EUA, Síria, México, Brasil e Bolívia
Embaixador rebate propaganda do Grupo de Diários América
Lula sugere que Obama peça desculpas ao mundo
Cônsul dos EUA vibra! A histórica subordinação de nossa mídia

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Do Blog ContrapontoPIG

VÍDEO COM A EXECUÇÃO DE SOLDADOS SÍRIOS - CENA FORTE MOSTRA QUEM SÃO OS REBELDES QUE OBAMA APOIA

Posted: 07 Sep 2013 02:19 PM PDT

VERGONHA !
A SÍRIA ESTÁ MESMO EM UMA ENCRUZILHADA. DE UM LADO UM GOVERNO DITATORIAL, DO OUTRO UM GRUPO DE REBELDES, SANGUINÁRIOS E COVARDES. NO MEIO, OS ESTADOS UNIDOS, QUERENDO LEVAR VANTAGEM DA DESGRAÇA E DESMANDOS QUE POR LÁ IMPERAM. 

Atenção - O VÍDEO CONTÉM UMA CENA BRUTAL. PENSE BEM ANTES DE ASSISTIR

ATENTADO TERRORISTA FALHA NO DESFILE DE SETE DE SETEMBRO NO RIO DE JANEIRO - ARTEFATOS NÃO EXPLODIRAM

Posted: 07 Sep 2013 02:13 PM PDT


Colocar BOMBAS de qualquer poder ofensivo em local de concentração de pessoas (crianças e idosos inclusive), não tem qualquer relação com protestos ou posicionamentos políticos. Não é obra de manifestantes e muito menos uma forma lícita de expressão. O que se viu hoje na Avenida Presidente Vargas, 4 artefatos colocados NA ÁREA PRÓXIMA onde estavam as ARQUIBANCADAS  que abrigava o público que foi assistir ao desfile cívico/militar, é coisa de TERRORISTA. Os autores do frustrado atentado talvez não sejam descobertos, mas, fica o ALERTA de que, cada vez mais, é preciso separar o joio do trigo nessas manifestações. Existem interesses inconfessáveis, se aproveitando da situação, para fomentar desordem e desestabilizar as Instituições.
 
Quatro bombas caseiras são encontradas na Av. Presidente Vargas
Esquadrão antibombas levou os artefatos não detonados para a 4ª DP
ANGÉLICA FERNANDES
Rio - O esquadrão antibombas da polícia civil recolheu quatro bombas caseiras não detonadas na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, neste sábado.
O inspetor Cassiano Martins, chefe do esquadrão antibombas, disse que eles foram acionados através do Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro e que as bombas ainda oferecem risco à população.
"Retiramos os explosivos porque eles ainda oferecem ameaça para a população", garantiu. As bombas estão sendo levadas para a 4ª DP.

Os patriotas que aliviam para a CIA

Posted: 07 Sep 2013 02:10 PM PDT

Blog das Frases

O governo brasileiro deve um pronunciamento à Nação sobre as violações cometidas pelo serviço de espionagem dos EUA contra o país.

Não há motivo para subtrair à sociedade aquilo que já está em mãos indevidas, fervilha nos bastidores e é intuído do noticiário.

A CIA recolheu ilegalmente e compartilhou, para uso comercialmente desfrutável, dados reservados e informações estratégicas, estas sobretudo de natureza econômica, configurando-se um ato evidente de transgressão de soberania.

Ademais de roubo, puro e simples de segredos comerciais.

A afanosa invasão, como outras mundo afora –ou não havia interesse no petróleo iraquiano?-- faz-se acompanhar do inexcedível traço imperial.

Sempre em nome da luta contra o terrorismo, não se poupou, sequer, o circuito de informação no âmbito da Presidência da República brasileira.

Violou-se correspondência eletrônica reservada da Presidente Dilma.

Aparelhos celulares de seu uso exclusivo foram grampeados; mensagens capturadas. Quem garante que os de acesso particular não sofreram idêntico tratamento?

Não há limites.

Tudo feito com a complacência ou a parceria pura e simples de residentes. Empresas, inclusive.

Carta Maior já havia demonstrado, em reportagens exclusivas e exaustivas, em julho último, o intercurso entre espionagem e corporações norte-americanas no Brasil.

No caso, o protagonista era uma das maiores corporações de consultoria do mundo.

Contratada no governo FHC para 'pensar' planos estratégicos, a Booz Allen, na qual trabalhava o ex-agente da CIA, Edward Snowden, operou no Brasil pelo menos até 2002.

De um lado, como guarda-chuva de uma base de espionagem da CIA no país.

Simultaneamente, como mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB.

O objetivo era pavimentar o alinhamento carnal do mercado brasileiro com a economia dos EUA. Tracejar a free way da ALCA.

No acervo desse 'impulso interativo' listam-se estudos como o dos Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento.

Realizados por um consórcio lierado pela Booz Allen, sugestivamente receberiam o nome fantasia, bote fantasia nisso, de "Brasiliana".

Dois eixos centrais da adesão tucana ao desenvolvimento dependente e subordinado beberam desse manancial: o "Brasil em Ação" e o "Avança Brasil".

A versátil Booz-Allen teria, ainda, robusta influência na reforma do sistema financeiro nacional.

A ênfase nas privatizações de bancos públicos obedecia a diretriz predominante então, de adesão incondicional à supremacia das finanças desreguladas.

O que antes era lubrificado assim, por uma identidade de propósitos e a natureza gêmea dos governos dos dois lados, hoje só se viabiliza na violação delinquente de informações que lastreiam o poder de Estado e o poderio econômico da Nação.

Um foco prioritário do grampo é o pré-sal. As petroleiras internacionais querem saber se a regulação soberana das maiores reservas descobertas no planeta, no século XXI, tem lastro político e financeiro para se sustentar.

Ou por outra, se os índices de nacionalização que guarnecem o impulso industrializante embutido na regulação do pré-sal vieram para ficar.

Interessa, naturalmente, o calendário da exploração, o fôlego da Petrobrás para assumir a condição de parceiro cativo em qualquer poço, ademais das avaliações sigilosas das novas descobertas em curso.

Enfim, tudo o que possa ser útil à apropriação da maior faia possível de uma riqueza estimada, por enquanto, em até 60 bilhões de barris.

Leia-se esse número seguido da informação de que a matriz energética do planeta ainda depende 57% do petróleo.

O resultado explica a gula que ordenou as violações, o despudor das escutas palacianas e a ousadia das decodificações perpetradas pela espionagem gringa.

Embora revelados originalmente pela TV Globo, de conhecidas tradições, avulta desse episódio a reação lhana e a cordura no trato que o assunto mereceu da parte de colunistas da indignação seletiva.

A exemplo deles, nenhum editorial, salvo engano, tampouco manchetes garrafais foram hasteadas no alvorecer nacional, com as cores da indignação patriótica.

Animadoras de programa de culinária não trocaram o colar de tomate pela túnica verde amarela para protestar contra Obama.

Uma sigla dotada de forte simbologia antipopular como a CIA foi poupada na identificação do braço operante da espionagem contra o país.

Em plena Semana da Pátria, a americanofilia do jornalismo embarcado aliviou para a CIA.

Não se diga que se trata de um traço constitutivo de serenidade editorial.

Recorde-se, por exemplo, a reação beligerante da emissão conservadora em maio de 2006, quando a Bolívia decidiu nacionalizar a exploração dos negócios de petróleo e gás no país.

O presidente Evo Morales ordenaria a ocupação pelo Exército dos campos de produção das empresas estrangeiras no país, entre elas a brasileira Petrobras.

Colunistas de brios nacionalistas até então desconhecidos, desembainharam seu amor recolhido pela estatal criada por Getúlio.

E cobraram do então governo Lula uma intervenção enérgica contra o atrevimento boliviano.

Respingava da ira espumante o desejo incontido de uma invasão reparadora.

Idêntico brado varonil ecoa com regularidade, sempre que se trata de cobrar do governo 'petista' uma respostas às medidas protecionistas adotadas pela Casa Rosada, para preservar o que restou da manufatura argentina depois de Menem & Cavallo.

Nem é preciso regredir tanto no calendário.

Tome-se o paradoxo dos dias que correm, protagonizado por jalecos corporativos, americanófilos golberianos e colunistas de baixa densidade intelectual, mas enorme disposição servil.

Formou esse pelotão uma verdadeira trincheira de animosidade 'patriótica' contra a 'invasão negreira', assim denominado o desembarque dos doutores cubanos engajados no programa 'Mais Médicos'.

Pendores nacionalistas desconhecidos até então emergiram à flor da pele.

A aguerrida defesa da extensão dos direitos trabalhistas aos visitantes ecoava das mesmas gargantas, ásperas, de tanto requerer a extinção desse usufruto ao assalariado nacional.

A ausência do mesmo arrojo patriótico, quando o assunto é o estupro de sigilos nacionais por uma potencia de conhecidas tradições no ramo da sabotagem e derrubada de governos, soaria apenas desconcertante.

Não fosse também oportuno para discernir no interior do nacionalismo etéreo que reveste o 7 de Setembro, aquilo que, de fato, é o interesse do povo brasileiro, daquilo que se comete em seu nome.

O nacionalismo renova sua pertinência histórica em nosso tempo quando associado à defesa da verdadeira fronteira da soberania no século XXI: a justiça social.

Postado por Saul Leblon
 
Do Blog O Esquerdopata

Magistrados discutem 'vacina' contra efeito Joaquim Barbosa

Posted: 07 Sep 2013 02:07 PM PDT

Começam a ser discutidas entre magistrados a ideia de quarentena para juízes picados pela mosca azul da política.

A preocupação vem de magistrados vocacionados para o poder judiciário que se preocupam em evitar que tribunais sejam usados como palanque para promover candidaturas futuras, sacrificando a isenção, imparcialidade e seriedade jurídica de julgamentos.

Juízes envolvidos em casos de grande projeção nacional estariam se utilizando desses holofotes para tentar se promover e fazer a transição para a seara política.

A busca pelo palanque, se traz dividendos políticos no curto prazo para alguns juízes-candidatos, trazem danos de longa duração à credibilidade do judiciário e sério risco de desmoralização da justiça brasileira nos fóruns jurídicos internacionais e nos meios acadêmicos.

A inspiração para a proposta está no presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Embora negue intenção de disputar a eleição, se diz lisonjeado ao ser citado como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

Uma das ideias é ficar em "quarentena" na primeira eleição subsequente a sua saída da magistratura. (Com informações do Poder Online)
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

A Globo queria o monopólio

Posted: 07 Sep 2013 10:37 AM PDT


"O editorial que parece indicar arrependimento por ter apoiado o golpe de 64 não convence, porque não prova a conversão à democracia
Mauricio Dias, CartaCapital / Rosa dos Ventos
A imprensa nativa não gosta de debater o jornalismo brasileiro, e há mesmo "certa resistência da parte dos jornalistas em admitir a legitimidade da análise de mídia".

Essa constatação é do conceituado cientista político Marcus Figueiredo (Iesp-Uerj), após analisar a cobertura dos principais jornais do País sobre as eleições presidenciais e colher forte oposição ao trabalho, com o qual mostra o tratamento negativo dado a Lula em benefício dos opositores.

O diagnóstico de Figueiredo casa com a declaração de Joaquim Barbosa, em San José da Costa Rica: "O Brasil tem hoje três principais jornais nacionais impressos, todos mais ou menos inclinados para a direita", explicou o presidente do Supremo. Nesse caso, nada mais natural que, em 1964, todos eles tenham aderido ao golpe contra o presidente João Goulart.

O Globo, quase 50 anos depois, parece incomodado por ter "confundido" o golpe que acabou com a democracia com "revolução", como trombeteava em manchete. À qual traria a democracia de volta.
 
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 

Desfile em Brasília termina de forma pacífica

Posted: 07 Sep 2013 10:34 AM PDT


"Preocupação com protestos diminuiu o público do desfile cívico-militar na capital federal, que apesar do grande público, ainda tinha espaço nas arquibancadas; cerimônia teve a presença da presidente Dilma Rousseff, que chegou em carro aberto, do vice-presidente Michel Temer, do presidente do STF, Joaquim Barbosa, do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ministros e outras autoridades; cerca de 4 mil PMs e 150 policiais civis estão mobilizados para fazer a segurança da capital, onde são esperados 150 mil manifestantes
Mariana Tokarnia, Agência Brasil
Mesmo com grande público, ainda há lugares nas arquibancadas da Esplanada dos Ministérios, montadas para o desfile do Dia da Independência. Se no ano passado havia fila para ter acesso aos lugares, neste ano é possível assistir ao desfile sentado.

Quem foi para a Esplanada dos Ministérios acredita que as notícias das manifestações assustaram a população, já que são esperadas 150 mil pessoas nos protestos durante todo o sábado. O Exército, responsável pela área do desfile, e a Polícia Militar do Distrito Federal ainda não têm uma estimativa de quantas pessoas estão no local.
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Bebesse é, Aécio?

Posted: 07 Sep 2013 10:30 AM PDT


Ele promete levar à Justiça fala de Dilma

Nota do presidente nacional do PSDB - senador Aécio Neves
O Brasil assistiu, nesta sexta-feira, a um triste episódio na história da nossa democracia.
Desrespeitando o cargo que ocupa, a presidente Dilma Rousseff transformou o espaço republicano de rede nacional de rádio e TV, prevista para finalidades específicas, em acintosa ferramenta eleitoral.
Com isso, não desrespeita apenas o cargo que ocupa. Desrespeita, a data que deveria celebrar, os brasileiros que deveria representar e a legislação pela qual deveria zelar.
Na ânsia de tentar reconquistar, a qualquer custo, a popularidade perdida, a presidente diminui a si mesma ao legitimar a prática do vale tudo. E, antecipando o calendário, encarna o aviso que já havia dado ao país de que "na hora da eleição, podemos fazer o diabo".
O que se constata, a partir de mais esse pronunciamento, é que o país tem uma candidata ocupando a cadeira de presidente da República.
Em nome da democracia, patrimônio de todos os brasileiros, o PSDB denunciará esse ato à Justiça, pela agressão às regras democráticas e por significar propaganda eleitoral antecipada, agravada por se realizar às custas do dinheiro público.
Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB



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Francisco Almeida 




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: A PROVA MATEMÁTICA DO JULGAMENTO POLÍTICO


SARAIVA 13


Príncipe dos Sociólogos ou da Privataria?

Posted: 06 Sep 2013 01:06 PM PDT


FHC-posse
Livro de Palmério Dória desmascara discurso "ético" de FHC ao revelar dimensões da compra de voto para emenda pró-reeleição
Por Leandro Fortes, na Carta Capital
A obra chegou às livrarias no sábado 31, mas antes mesmo de sua publicação causava desconforto no ninho tucano. Luiz Fernando Emediato, publisher da Geração Editorial, responsável pela edição, tem recebido recados. O último, poucos dias atrás, foi direto: um cacique do PSDB telefonou ao editor para pedir o cancelamento do livro e avisou que a legenda havia contratado um advogado para impedir a publicação, caso o apelo não fosse atendido.
Tanto alvoroço deve-se ao lançamento de O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição, do jornalista Palmério Dória. O título da obra faz alusão à alcunha de "príncipe dos sociólogos", sugestão de amigos do ex-presidente, e ao termo privataria, menção ao processo de privatização comandado pelo PSDB nos anos 1990 e eternizado por outra obra da Geração Editorial, A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.
Há razão para os temores dos aliados de FHC. Na obra, Dória reconstituiu um assunto que os tucanos prefeririam ver enterrado: a compra de votos no Congresso para a emenda da reeleição que favorecia o ex-presidente. E detalha o "golpe da barriga" que o deixou refém das Organizações Globo, em especial, e do resto da mídia durante seus dois mandatos.
A maior novidade é a confirmação da identidade do Senhor X, a fonte anônima responsável pela denúncia do esquema de compra de votos para a emenda da reeleição. O ex-deputado federal Narciso Mendes, do PP do Acre, precisou passar por uma experiência pessoal dolorosa (esteve entre a vida e a morte depois de uma cirurgia) para aceitar expor-se e contar novos detalhes do esquema. A operação, explica Mendes no livro, foi montada para garantir a permanência de FHC na Presidência e fazer valer o projeto de 20 anos de poder dos tucanos. Para tanto, segundo o ex-parlamentar, foram subornados centenas de parlamentares, e não apenas a meia dúzia de gatos-pingados identificados pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo, autor das reportagens que apresentaram em 1997 as gravações realizadas pelo Senhor X, apelido criado pelo repórter para preservar a identidade do colaborador, então deputado do antigo PPB.98499_ext_arquivoOs mentores da operação que pagou 200 mil reais a cada deputado comprado para aprovar a reeleição, diz o Senhor X, foram os falecidos Sergio Motta, ex-ministro das Comunicações, e Luís Eduardo Magalhães, filho de Antonio Carlos Magalhães e então presidente da Câmara dos Deputados. Em maio de 1997, a Folha publicou a primeira reportagem com a transcrição da gravação de uma conversa entre os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre. No áudio, a dupla confessava ter recebido dinheiro para votar a favor da emenda. Naquele momento, o projeto tinha sido aprovado na Câmara e encaminhado para votação no Senado.À época, a oposição liderada pelo PT tentou instalar uma CPI para apurar as denúncias. Mendes resume os acontecimentos a Dória e ao jornalista Mylton Severiano, que participou das entrevistas com o ex-deputado em Rio Branco: "Nem o Sérgio Motta queria CPI, nem o Fernando Henrique queria CPI, nem o Luís Eduardo Magalhães queria CPI, ninguém queria. Sabiam que, estabelecida a CPI, o processo de impeachment ou no mínimo de anulação da emenda da reeleição teria vingado, pois seria comprovada a compra de votos". E assim aconteceu. A denúncia foi analisada por uma única comissão de sindicância no Congresso, que apresentou um relatório contrário à instalação de uma CPI. O assunto foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), então sob o comando de Geraldo Brindeiro. O procurador fez jus ao apelido de "engavetador-geral", nascido da sua reconhecida leniência em investigar casos de corrupção do governo FHC. O MP nunca instalou um processo de investigação, a mídia nunca demonstrou o furor investigatório que a notabilizaria nestes anos de administração do PT e o Congresso aprovou a emenda, apesar da fraude.
O Príncipe da Privataria tenta reconstituir os passos da história que levou uma repórter da TV Globo em Brasília, a catarinense Miriam Dutra, a um longo exílio de oito anos na Europa. Repleta de detalhes, a obra reconstituiu o marco zero dessa trama, "algum dia do primeiro trimestre de 1991", quando o jornalista Rubem Azevedo Lima, ao caminhar por um dos corredores do Senado, ouviu gritos do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso. "Rameira, ponha-se daqui pra fora!", bradava o então parlamentar, segundo relato de Lima, ex-editorialista da Folha de S.Paulo, enquanto de lá saía a colega da TV Globo, trêmula e às lágrimas. A notícia de um suposto filho bastardo não era apenas um problema familiar, embora não fosse pouco o que o tucano enfrentaria nessa seara. A mulher traída era a socióloga Ruth Cardoso, respeitada no mundo acadêmico e político. O caso extraconjugal poderia atrapalhar os planos futuros do senador. Apesar de se apresentar como um "presidente acidental", em um tom de desapego, FHC sempre se imaginou fadado ao protagonismo na vida nacional.
Escreve Dória: "Entra em cena um corpo de bombeiros formado por Sérgio Motta, José Serra e Alberico de Souza Cruz – os dois primeiros, cabeças do "projeto presidencial"; o último, diretor de jornalismo da Rede Globo e futuro padrinho da criança". Motta e Serra bolaram o plano de exílio da jornalista, mas quem tornou possível a operação foi Souza Cruz, de atuação memorável na edição fraudulenta do debate entre Collor e Lula na tevê da família Marinho às vésperas do segundo turno. A edição amiga, comandada diretamente por Roberto Marinho, dono da emissora, e exibida em todos os telejornais do canal, levaria o "caçador de marajás" ao poder. Acusado de corrupção, Collor renunciaria ao mandato para evitar o impeachment.
FHC-Miriam
Miriam Dutra e o bebê foram viver na Europa e o caminho político de FHC foi novamente desinterditado. Poucos anos depois, ele se tornaria ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco, surfaria no sucesso do Plano Real, a ponto de renegar a importância do falecido ex-presidente na implementação da estabilidade monetária no País, e venceria a eleição de 1994 no primeiro turno.
Por muito tempo, apesar de o assunto circular nas principais rodas políticas de Norte a Sul, Leste e Oeste, imperou nos principais meios de comunicação um bloqueio a respeito do relacionamento entre o presidente e a repórter. Há um pressuposto não totalmente verdadeiro de que a mídia brasileira evita menções à vida particular dos políticos, ao contrário das práticas jornalísticas nos EUA e Reino Unido. Não totalmente verdadeiro, pois a regra volta e meia é ignorada quando se trata dos adversários dessa mesma mídia.
No fim, o esforço para proteger FHC mostrou-se patético. Só depois da morte de Ruth Cardoso, em 2008, o ex-presidente decidiu assumir a paternidade do filho da jornalista. Mas um teste de DNA, feito por pressão dos herdeiros do tucano, provou que a criança não era dele.
Dória entrevistou inúmeras personalidades, entre elas o ex-presidente da República, Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre FHC e o quadro político brasileiro. Há outras declarações pouco abonadoras da conduta do ex-presidente. A obra trata ainda do processo de privatização, da tentativa de venda da Petrobras e do plano de entrega da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ao setor privado. "O livro mostra que FHC é um caso de crime continuado", resume o autor.
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O livro O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição, já se encontra disponível, com desconto, em nossa livraria.

A PROVA MATEMÁTICA DO JULGAMENTO POLÍTICO

Posted: 06 Sep 2013 01:00 PM PDT


Com uma simples tabela, o ministro Ricardo Lewandowski sacudiu
a sessão desta 5ª feira do STF.  Os números reunidos pelo revisor da AP 470  tornam evidente a natureza política de um julgamento, em que penas são ajustadas e critério meticulosamente adaptados, criando-se uma desproporcionalidade que ofende a lógica e avilta qualquer princípio de justiça. Desse vale tudo emerge o objetivo cristalino que ordenou todo o julgamento, desde o recurso ao domínio de fato, até a desconsideração aos autos e às provas: garantir carne aos centuriões do conservadorismo, que desde o início do processo cobram a foto de José Dirceu sendo trancafiado, para uso e abuso do jornalismo isento. A síntese matemática dessa encomenda foi escancarada nas tabelas do ministro Lewandowski, obtidas  pela correspondente de Carta Maior em Brasília, Najla Passos. Ali fica evidente o jogo de cartas marcadas que permeou todo o processo: enquanto as penas para o crime de corrupção ativa foram majoradas de 15% a 20%, as aplicadas ao de formação de quadrilha variaram de 63% (caso do ex-presidente do PT, José Genoino) a uma taxa recorde de 75%  (no do ex-ministro José Dirceu). "É claro que isso ocorreu para superar a prescrição e impor regime fechado a determinados réus. (...) É uma desproporção inaceitável", denunciou Lewandowski. (Leia a íntegra da reportagem de Najla Passos, nesta pág)

Carta Maior; 6ª feira, 05/09/2013
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 06/09/2013
Ministro do STF denuncia superestimação de penas

O ministro Ricardo Lewandowski afirma que, para garantir cadeia para réus como José Dirceu e José Genoino, o STF superestimou as penas impostas aos condenados por formação de quadrilha. Enquanto em crimes como corrupção ativa as penas foram majoradas de 15% a 20%, no de formação de quadrilha chegaram a inusitados 75%. "É uma desproporção inaceitável", apontou o revisor.

Najla Passos
Uma das mais graves, sem dúvida, foi a denunciada pelo ministro revisor da ação, Ricardo Lewandowski: para garantir cadeia para os principais condenados, os ministros superestimaram as penas para o crime de formação de quadrilha, criando uma desproporcionalidade que avilta qualquer princípio de justiça.

Enquanto as penas para o crime de corrupção ativa foram majoradas de 15% a 20%, as aplicadas ao de formação de quadrilha variaram de 63% (caso do ex-presidente do PT, José Genoino) a 75% (no do ex-ministro José Dirceu). "É claro que isso ocorreu para superar a prescrição e impor regime fechado a determinados réus. (...) É uma desproporção inaceitável", denunciou Lewandowski.

A majoração excessiva prejudicou também o ex-tesoureiro do PT, Delúblio Soares (63%), os três sócios da agência de publicidade identificada como operadora do esquema: Marcos Valério (75%), Ramon Hollerbach (63%) e Cristiano Paz (63%), e os diretores do Banco Rural, apontado como braço financeiro da quadrilha: Kátia Rabello (63%) e José Roberto Salgado (63%).

Por meio de tabelas distribuídas aos ministros, Lewandowski justificou a necessidade de revisão nos votos. Teori Zavascki, que havia apontado o problema na sessão da quarta (4), acompanhou o voto proposto pelo revisor. Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello também. Os outros sete ministros mantiveram os votos originais e, portanto, o resultado não foi alterado.

Embargos infringentes
Embora a tese de Lewandowski tenha sido derrotada por 7 votos a 4 na sessão desta quinta, conseguiu quórum suficiente para reabrir a discussão do problema, caso a corte decida pela admissibilidade dos embargos infringentes, recurso que permite novo julgamento aos réus condenados com pelo menos 4 votos contrários. A decisão sobre os infringentes, entretanto, foi adiada para a próxima sessão, na quarta-feira (11).
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Do Blog ContrapontoPIG

Vox Populi: Dilma lidera com folga e venceria no 1º turno em 2014

Posted: 06 Sep 2013 12:01 PM PDT


Dilma, ainda longe dos níveis de popularidade
pré-manifestações, tem folga em relação a
oponentes / Roberto Stuckert Filho/Planalto

"Presidenta tem no mínimo o dobro de votos de Marina Silva em qualquer cenário. Calheiros, Temer e Serra são os políticos que despertam menos confiança entre os entrevistados
Redação, RBA

A presidenta Dilma Rousseff lidera com folga todas as simulações feitas pelo Vox Populi para as eleições de 2014, divulgadas hoje (6) pela revista Carta Capital. No cenário que se mostra como mais provável atualmente, a petista tem 38% das intenções de voto, o dobro de Marina Silva (Rede), com 19%, seguida pelo senador Aécio Neves (PSDB), que chega a 13%, e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 4%. Neste quadro, votos brancos e nulos chegariam a 15%, e não souberam responder outros 11%. Se computados apenas os votos válidos, Dilma venceria no primeiro turno.

A base de comparação com levantamentos anteriores ficou prejudicada porque foram realizados antes de junho. Para o Vox Populi, a referência mais fiel são as pesquisas do Datafolha e do Ibope promovidas já após a onda de protestos. Em relação a elas, Dilma tem se recuperado, ao passo que os adversários perdem força.

Dilma lidera a corrida para 2014

Posted: 06 Sep 2013 11:55 AM PDT

Se a eleição fosse hoje, a presidenta teria o mesmo índice dos votos somados pelos adversários do cenário mais provável da disputa
A presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Alvorada
No cenário mais provável da disputa para 2014, a presidenta Dilma Rousseff tem hoje o mesmo índice de intenção de votos do que a soma do desempenho de seus três possíveis adversários. É o que revela a mais recente pesquisa CartaCapital/VoxPopuli, publicada na atual edição da revista. O levantamento faz parte de uma parceria entre o instituto e a publicação para a divulgação do cenário eleitoral a cada dois meses.
A pesquisa, realizada entre 7 e 9 de agosto, coloca a presidenta em vantagem sobre os adversários. A petista soma 38% das intenções de voto, seguida por Marina Silva (Rede Sustentabilidade), com 19%, Aécio Neves (PSDB), com 13%, e Eduardo Campos (PSB), com 4%. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, o que deixa a possibilidade de segundo turno em aberto. Outros 15% dos eleitores disseram que vão votar em branco ou em ninguém e 11% estão indecisos. A primeira medição do cenário, feita pouco antes dos protestos de junho explodirem, colocava a presidenta com 51%, seguido por Marina e Aécio (14% cada) e Campos (3%).
Na pesquisa atual, 35% dos entrevistados disseram consider o governo Dilma ótimo ou bom, contra 22% dos que consideram a gestão ruim ou péssima.
Para 49%, o maior problema do País hoje é a saúde. Outros 16% consideram a segurança o item mais problemático e 11%, a corrupção.
O instituto mediu também o índice de confiança nos políticos. Dos entrevistados, 46% dizem confiar na presidenta, contra 47% dos que não confiam. O político recordista de desconfiança, segundo o instituto, é Renan Calheiros (64%), seguido por Michel Temer (58%) e José Serra (55%).
A pesquisa completa pode ser conferida na edição impressa de CartaCapital, já nas bancas.

INFLAÇÃO - TAXA ANUAL EM DECLÍNIO DESMONTA O TERRORISMO DOS ECONOMISTAS DE AQUÁRIO

Posted: 06 Sep 2013 11:52 AM PDT

A única INFLAÇÃO que continua em ALTA no BRASIL é a do PESSIMISMO/TERRORISMO dos "ESPECIALISTAS", analistas/jornalistas/economistas de AQUÁRIO, que fizeram, fazem e farão sempre, tempestade em copo d'água sobre esse assunto INFLAÇÃO. O alarmismo / terrorismo feito em relação ao fato de que a inflação iria estourar a META em 2013, de que o governo havia perdido o controle dos 'preços' e outras afirmações sem fundamento.

É triste ver que alguns "jornalistas" e os meios de comunicação para os quais trabalham,se prestam ao papel ridículo e sujo de criar situações artificiais de pânico e teorias do caos para a economia brasileira, visando por um lado favorecer à especulação dos MERCADOS da AGIOTAGEM, e por outro, dando à oposição, munição para atacar o governo.

Uma imprensa BANDIDA e PARTIDARIZADA é tudo o que o Brasil não precisa.

Inflação oficial fica em 0,24% em agosto
Vitor Abdala - Agência Brasil
06.09.2013

Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou agosto com taxa de 0,24 %. Em julho, a taxa havia sido de 0,03%. Já em agosto do ano passado, o IPCA ficou em 0,41%. O dado foi divulgado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA acumula taxas de 3,43% no ano e de 6,09% nos últimos 12 meses. O IPCA de 12 meses se mantém abaixo do teto da meta de inflação do governo, de 6,5%.

Edição: Talita Cavalcante

Leia também no Portal EBC:

Porque Barbosa não é mais o menino pobre, nem vai mudar o Brasil

Posted: 06 Sep 2013 07:05 AM PDT

barb06

Porque Barbosa não é mais o menino pobre, nem vai mudar o Brasil

6 de setembro de 2013 | 06:14
Paulo Nogueira, em seu Diário do Centro do Mundo, traça um diagnóstico demolidor sobre o porquê de, com todo esforço da mídia a promovê-lo, o Ministro Joaquim Barbosa não se tornou um "herói do povo". Ao que ele descreve, apenas uma coisa tenho a acrescentar: o menino pobre perdeu- se é que o teve tão forte – o amor pelas suas origens e atribuiu exclusivamente a si o sucesso que obteve.
Nenhum de nós tem esse poder. Somos todos frutos de circunstâncias, de oportunidades e, quando as minimizamos e passamos ver apenas em nossas pretensas virtudes a razão de nossa eventual ascensão, tornamo-nos mesquinhos e doentiamente vaidosos.
Joaquim Barbosa, por quem todos um dia nutrimos a simpatia natural em ver um de nossos irmãos negros ascender à mais alta Corte do país, embebeu-se do mesmo espírito excludente que impediu negros, pobres e nordestinos, tantas vezes, de terem a mesma oportunidade: o considerar-se superior aos demais, raiz e fonte do elitismo.
A generosidade  é própria dos homens grandes, dos quais um dos maiores, gigante mesmo, agora está lutando contra a morte: Nelson Mandela. Um quarto de século enjaulado, uma sociedade racista pior, muito pior do que o racismo sobrevive hoje aqui, a morte brutal de amigos e companheiros, nada disso o tornou um homem transtornado pelo ódio.
Apenas humanidade, a força que o manteve vivo e ainda o mantém e, quando for a hora, ainda assim o manterá na memória histórica.
É por isso, essencialmente por isso, que Joaquim Barbosa derrotou a si mesmo.

Onde Joaquim Barbosa fracassou

Paulo Nogueira
E eis que o caso do Mensalão chega a seu clímax. De todos os personagens da trama, o mais extraordinário é, por razões óbvias, Joaquim Barbosa.
Com seu jeito bruto e tosco, com suas palavras duras e inclementes contra os réus, ele rapidamente se converteu num heroi do 1% — o diminuto grupo de privilegiados que tem sua voz nas grandes empresas de mídia.
O maior esforço das empresas de mídia, em relação a JB, foi tentar convencer as pessoas de que elas genuinamente admiravam o "menino pobre que mudou o Brasil". Ou, numa expressão, o "homem justo".
Não foram bem sucedidas nisso: a sensação que ficou, com o correr dos dias, é que aquela admiração é fingida. Joaquim Barbosa foi e é conveniente para o 1%, mas as informações que foram surgindo sobre ele tornam difícil qualquer tipo de admiração que não seja simulada.
Fora da fantasia do "homem justo", não é fácil admirá-lo na vida real. JB não tem notório saber, não se expressa com charme e clareza, não escreveu livros ou artigos dignos de nota.
Também não é fácil admirar um alpinista profissional que é capaz de abordar – aborrecer, na verdade — alguém num aeroporto para tentar cavar uma promoção.
E nem parece digno de aplausos quem, numa entrevista, cita um episódio ocorrido há quase quarenta anos – a reprovação no Itamaraty — com a raiva desagradável que temos de alguma coisa ocorrida há dias.
O 1% triunfou no uso de Joaquim Barbosa para que defendesse seus interesses no julgamento do mensalão. Ele se revelou excepcionalmente suscetível à adulação da mídia. Ninguém parece ter acreditado tanto na admiração da mídia por JB quanto o próprio JB.
O fracasso do 1% foi na tentativa de fazer de JB um "heroi do povo", alguém capaz de conquistar a presidência da república nas urnas e zelar pela manutenção de seus privilégios com o uniforme de "menino pobre".
Este fracasso se deu, em grande parte, por força da internet. Nos sites independentes, as informações sobre o real Joaquim Barbosa permitiram compor um perfil bem diferente daquele difundido pelas companhias jornalísticas.
A relação promíscua com a mídia (notadamente com a Globo, que deu emprego a seu filho não por filantropia, naturalmente), o apartamento comprado em Miami com o uso de uma pequena trapaça para evitar impostos – coisas assim acabaram desconstruindo o perfil montado por jornais e revistas, ao se tornarem públicas pela internet.
Nas pesquisas presidenciais, seu nome aparece com números acachapantemente baixos e decepcionantes para quem tem sido tão promovido.
Se Joaquim Barbosa estivesse nos corações e nas mentes dos chamados 99%, ele estaria brilhando nas pesquisas. Seria um contendor poderoso para 2014, na pele do "homem que acabou com a corrupção".
Mas não.
Por mais que a mídia tenha se esforçado para fazer de JB um "heroi do povo", ele já é amplamente reconhecido como um representante daquele grupo predador que fez do Brasil um recordista mundial em desigualdade – o 1%.
Por: Fernando Brito
 
Do Blog TIJOLAÇO

Por que os americanos não podem viver sem guerra?

Posted: 06 Sep 2013 06:55 AM PDT


DIÁRIO DO CENTRO DO MUNDO

Simples: a economia do país é voltada para os conflitos, e não para a paz.

Por que os Estados Unidos fazem tanta guerra?

Este o título de um artigo publicado dias atrás no site Common Dreams, que o Diário acompanha e recomenda. O melhor do pensamento progressista e de vanguarda do mundo moderno está concentrado no Common Dreams.

O artigo citado é de autoria do jornalista Chidanand Rajghatta, colunista e editor de assuntos internacionais do jornal Times, da Índia.

Ele nota que mesmo sob um presidente em cuja plataforma a paz era um dado importante – Obama – os Estados Unidos não deixaram de fazer guerra sobre guerra.

O ponto de Rajghatta é simples: o país não pode viver sem guerra. "É um país feito para a guerra. Pequeno detalhe: até 1947, o Departamento de Defesa foi chamado Departamento de Guerra", diz o colunista.

Ele faz uma contabilidade macabra. Os Estados Unidos fizeram cerca de 70 guerras desde sua independência, 234 anos atrás. Pelo menos 10 delas eram grandes conflitos.

Ele cita na defesa de sua ideia o comediante George Carlin, que vinte anos atrás endereçou um olhar divertidamente devastador para a primeira guerra do Iraque.

"Nós gostamos de guerra", disse Carlin. " Nós somos bons nisso! Nós não somos bons em nada mais … não conseguimos construir um carro decente ou uma televisão que preste, não damos uma boa educação para as crianças e nem cuidados de saúde para os idosos, mas podemos encher de bombas qualquer país … "

Clap, clap, clap.

De pé.

Mais recentemente, uma observação semelhante foi feita pelo colunista americano Paul Farrel.

"A economia dos Estados Unidos é uma economia de guerra", escreveu Farrel. "Não é uma economia industrial. Não é uma economia agrícola. Não é uma economia de serviços. Não é nem mesmo uma economia de consumo.No fundo, nós amamos a guerra. Queremos guerra. Precisamos dela. Saboreamo-la. Prosperamos na guerra. A guerra está em nossos genes, no fundo de nosso DNA. A guerra excita o nosso cérebro econômico. A guerra dirige o nosso espírito empreendedor. A guerra emociona a alma americana. Oh, admitamos , temos um caso de amor com a guerra."

Clap, clap, clap, mais uma vez.

De pé.
 

Dilma: Obama dará explicações até quarta-feira

Posted: 06 Sep 2013 06:52 AM PDT


"Em São Petersburgo, onde participou da cúpula do G20, presidente disse a jornalistas que o presidente dos Estados Unidos "assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem" e que "se comprometeu a responder ao governo brasileiro até quarta-feira o que ocorreu"; Dilma Rousseff afirmou ainda que sua visita de Estado a Washington, agendada para outubro, vai depender de condições políticas a serem criadas por Obama; avião da presidente já partiu da Rússia para o Brasil
Brasil 247 / Reuters
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que a realização de uma visita de Estado a Washington, agendada para outubro, depende de condições políticas a serem criadas pelo presidente dos EUA, Barack Obama, após uma denúncia de espionagem a telefonemas, mensagens e emails de Dilma por parte de agência norte-americana. 
"A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama", declarou a presidente a jornalistas, em São Petesburgo, onde se reuniu com o chefe de Estado americano à margem de cúpula do G20 na quinta-feira. Segundo ela, "Obama assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem".
"O presidente Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro até quarta-feira o que ocorreu", afirmou Dilma a repórteres, segundo o Twitter do blog do Planalto. Dilma disse ainda que vai propor à ONU uma nova governança contra a invasão de privacidade.
Sobre a questão síria, Dilma Rousseff declarou que "o Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovação da ONU". Ainda de acordo com informações do Planalto, o avião da presidente partiu da Rússia para o Brasil."

A histórica subordinação da mídia brasileira aos interesses de Washington

Posted: 06 Sep 2013 06:49 AM PDT


O que a grande imprensa brasileira diz agrada Washington há décadas. Diria mais. Não só cai bem nos ouvidos da Casa Branca e do Departamento de Estado como, fiel escudeira, defende os mesmos interesses. É o que transparece da leitura de um despacho diplomático que me chegou às mãos graças ao pesquisador Jeremy Bigwood, que há anos vasculha os arquivos norte-americanos.
Assinado pelo então Consul Geral americano no Brasil, William Cochran Jr., o despacho de duas páginas e meia (reproduzido na íntegra no post) foi escrito quando o golpe militar estava logo ali na esquina, no dia 3 de agosto de 1960. Nele, o diplomata faz uma análise dos editoriais dos principais jornais do país a respeito da denúncia feita pelo governador do Rio Grande do Sul na época, Leonel Brizola.
Como sempre sem papas na língua, Brizola denunciou, naquela semana, uma tentativa de suborno. Segundo ele, autoridades norte-americanas ofereceram um milhão de dólares a ele e a outros dois governadores brasileiros na tentativa de por as mãos e copiar aos arquivos secretos das polícias estaduais. O governo norte-americano dizia que tudo fazia parte de um programa de ajuda para tornar mais eficiente o trabalho da polícia. Para Brizola, a tal cooperação era apenas um dos aspectos de um programa mais amplo de espionagem, o chamado Ponto IV, que oferecia colaboração em todas as áreas da economia brasileira, além da saúde e da educação.
No despacho diplomático, o Cônsul diz que três jornais negaram, veementemente, as acusações e com isso, puseram fim à denúncia. A crítica "mais ácida", segundo William Cochran, foi publicada em O Estado de São Paulo. "Ácida a ponto de ridicularizar", descreve o norte-americano. No dia 29 de julho daquele ano, o Estadão disse que a denúncia de Brizola era muito improvável e ironiza, propondo um cenário fictício: o governo dos Estados Unidos e o Pentágono deixam de lado, por um momento, mísseis e U-2s e outros problemas de peso daquele período para tentar conseguir, através de suborno, os arquivos secretos da polícia do Rio Grande do Sul.
Como se os Estados Unidos não tivessem gente suficiente para fazer tudo isso ao mesmo tempo. E como se ficar de olho no Brasil não fosse prioridade para Washington. Sempre foi e continua sendo, como bem provaram agora os documentos revelados pelo ex-agente da Agência de Segurança Nacional, Edward Snowden.
O despacho do cônsul analisa, também, as respostas dos jornais Correio Paulistano e Diário de São Paulo. O primeiro diz que Brizola é irresponsável e tenta agitar o país apelando para o sentimento nacionalista, sob inspiração de Fidel Castro. Já o Diário diz que as afirmações de Brizola foram tiradas de contexto, que ele questionou o programa Ponto IV e disse que a assistência oferecida custaria um milhão de dólares. Mas defende uma colaboração das polícias estaduais brasileiras com as autoridades norte-americanas em nome do combate ao crime.
No fim, o cônsul conclui, satisfeito: "É interessante notar que jornais de campos políticos opostos (o Diário é pró-governo e O Estado é contra) se uniram na rejeição das alegações de espionagem. Ainda mais satisfatória é a defesa vigorosa do acesso livre aos arquivos no programa de colaboração entre as polícias. Essa defesa deve calar de faz qualquer crítica do tipo "é, mas e se…" a respeito do recente acordo de modernização do sistema de comunicação da polícia dentro do programa Ponto IV".
Leia também:
Heloisa Villela
No Viomundo

Corrupção (i)mortal?

Posted: 06 Sep 2013 06:45 AM PDT

Do Blog Escrivinhador - 04/09/2013




 


 por Izaías Almada

Comprei o livro O PRÍNCIPE DA PRIVATARIA, do jornalista Palmério Dória ao meio dia numa livraria Saraiva. Comecei a ler por volta das duas e meia da tarde e fui terminar às duas e meia da madrugada, após pequenas interrupções para reflexões e dois ou três cafezinhos, além de um vigoroso e saudável sanduíche às oito da noite.

É um daqueles livros que lemos de uma enfiada só, como o PRIVATARIA TUCANA do também jornalista Amaury Ribeiro Jr., e da mesma Geração Editorial. Elogiar o autor e a editora pela pesquisa e a investigação feita sobre a vida de um homem público, como o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, seria gastar linhas a mais: a obra fala por si. E fala sobre o que se sabia mais ou menos, sobre o que se poderia desconfiar, mas – sobretudo – põe o dedo na ferida e expulsa o pus acumulado nos últimos anos de intensa e desavergonhada hipocrisia sobre ética e corrupção no Brasil.

Mais do que muitos dos fatos narrados e/ou lembrados, importa ler com atenção aquilo que o livro apresenta nas entrelinhas: o perfil e o caráter de um intelectual e político construído à luz de uma opção econômica e às sombras de uma definição ideológica. Em outras palavras: como aderir sem meias tintas ao neoliberalismo econômico avassalador dos anos 80, abrindo as porteiras do Brasil à espoliação impiedosa do capital internacional e abraçar uma ideologia voltada a atender aos interesses mais retrógados e conservadores de uma elite (o leitor pode tapar o nariz se quiser) aculturada e servil a propósitos exógenos.

Está aí o grande valor da investigação do jornalista Palmério Dória com a ajuda do amigo e também jornalista Mylton Severiano: demonstrar a trajetória de uma personalidade inequivocamente submissa aos padrões e patrões que gerem seus negócios fora do Brasil, numa incansável batalha para vender um país com a porteira fechada. Bem como apontar a arrogância de quem, supondo-se extremamente inteligente, um intelectual à altura daquilo que sobrou dos restolhos de uma Revolução Francesa em termos republicanos, mas que conseguiu em oito anos, graças à compra de votos para a própria reeleição, criar um país de fancaria. Uma sociedade de renegados.

Uma leitura atenta aos capítulos 11 e 14 mostra a radiografia de um acadêmico, integrante de uma universidade que sofreu e ainda sofre, por parte de muitos de seus mestres, um impiedoso e rançoso ataque como defensores da tal modernidade ou posmodernidade, seja lá o que isso signifique em termos de desenvolvimento humano, capazes de tudo e mais um pouco para provarem ao mundo que o marxismo e o esquerdismo da sua juventude foram um mau passo dado na vida. "Esqueçam o que escrevi", foi o brado de liberdade. Brado que, curiosa e paradoxalmente, não ecoou dentro da Academia Brasileira de Letras, que pelos vistos torna "imortal" em literatura alguém que renega as letras que escreveu. E nesse aspecto, sobre a obra acadêmica do personagem em questão, o capítulo 15 é saboroso. Corrupção (i)mortal?

O contingente de hipócritas no país, se não aumentou nos últimos anos do século XX e nos primeiros do XXI, acaba por deixar sua indelével marca do Acre, de mister X, ao Rio Grande Do Sul de Pedro Simon e Brossard, como bem demonstra O PRÍNCIPE DA PRIVATARIA, quando joga os holofotes sobre os mecanismos de construção para se criar no Brasil uma alternativa alongada de poder político e econômico neoliberal. No mínimo por vinte anos, mas interrompida em parte pela eleição de um metalúrgico nordestino e também, pela primeira vez, de uma mulher na presidência.

São os mesmos holofotes que fazem surgir agora, aqui e ali, já às vésperas de nova eleição presidencial, inequívocos traços de fermentação fascista, onde os seculares complexos da casa grande colonial, sempre submissa ao pensamento colonizador, não foram ainda superados por muitos dos brasileiros que não conhecem bem os "senhores do norte" e menos ainda os seus irmãos do sul.

O corredor polonês pelo qual tiveram que passar os médicos cubanos em Fortaleza é bastante emblemático…
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Do Blog ContrapontoPIG

"O príncipe da pirataria" e a mídia

Posted: 06 Sep 2013 06:42 AM PDT

Por Maria Inês Nassif, no sítioCarta Maior:
O livro "O Príncipe da Privataria", de Palmério Dória, lançado na semana passada, tem a qualidade de ser memória. Dez anos passados do final dos governos de Fernando Henrique Cardoso, um processo do chamado Mensalão que tomou oito anos de generosos espaços da mídia tradicional e uma viuvez inconsolável da elite brasileira – alijada do principal poder institucional, o Executivo, por falta de votos populares –, jogaram para debaixo do tapete a memória do que foi o processo de privatização brasileira e a violenta concentração de riqueza nacional que disso resultou. 
Foi quase como se a mídia tradicional brasileira e a elite "moderna" que ingressou no capitalismo financeiro internacional na era Collor-Fernando Henrique Cardoso tivessem tirado as palavras da boca do próprio FHC. "Esqueçam o que eu escrevi", teriam dito jornais e emissoras brasileiras, se perguntadas por que subtraíram de si próprios o mérito de ter, pelo menos, jogado luzes sobre a pesada articulação do governo tucano para dar mais quatro anos de mandato a Fernando Henrique, e sobre os interesses que se acumulavam por trás de um processo de privatização que, no mínimo, e para não dizer outra coisa, foi viciado.
Na ponta do lápis, a aprovação da reeleição a R$ 200 por cabeça (denunciada pela Folha, com três confissões de venda documentadas em gravações obtidas pelo jornalista Fernando Rodrigues, e uma previsão de que, no total, pelo menos 150 parlamentares venderam também o seu voto) e os prejuízos de uma privatização que concentrou pesadamente renda privada no país, além de desnacionalizar setores estratégicos para o crescimento brasileiro, resultam em valores muito, mas muito mais expressivos do que o escândalo do Mensalão, que os jornais (com a ajuda de declarações e frases feitas de ministros do Supremo Tribunal Federal) cansam em dizer que foi o maior escândalo de corrupção da história do país.
Nos dois casos – do governo Fernando Henrique e no escândalo maior do governo Lula, o Mensalão – os jornais denunciaram. A diferença para os dois períodos, todavia, foi a forma como a mídia enxergou os desmandos. No caso da compra de votos para a reeleição, jornais e tevês consideraram satisfatória a ação da Câmara, que cassou o mandado de três parlamentares que confessaram, para o gravador oculto do jornalista Fernando Rodrigues, terem recebido dinheiro para votar a emenda da reeleição. Os escândalos relativos à privatização foram divulgados muito mais como denúncias de arapongagem – escutas ilegais feitas por inimigos do programa de doação do patrimônio público a consórcios formados com dinheiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, fundos de previdência das estatais e capital estrangeiro (em menor volume, mas com direito a controle acionário), do que propriamente indícios de ilícitos do governo.
O fato de os jornais, revistas e tevês simplesmente terem apagado de suas memórias edições desses períodos não chega, portanto, a ser uma contradição. Ideologicamente, nunca houve uma proximidade política tão grande entre os meios de comunicação e um governo eleito democraticamente no país. O projeto tucano era também o projeto de modernização acalentado pela mídia tradicional: uma economia aberta ao capital estrangeiro, desregulada, obedecendo à máxima liberal de que o mercado é o melhor governo para os dinheiros. Nos editoriais da época, os jornais centenários brasileiros expressam a comunhão, com o governo, dos ideais de um Brasil moderno, neoliberal, fundado na ordem que já havia ganhado o mundo e subvertido o Estado de Bem-Estar social europeu, que foi o modelo mais longevo de capitalismo com justiça social do mundo (talvez tenha sido este um golpe mais duro para a esquerda democrática do mundo do que propriamente a queda do Muro de Berlim).
Com ressalvas para denúncias de desvios que foram colocados na categoria de "pontuais", jamais como "sistêmicos" – como se repisa no caso dos escândalos dos governos petistas – a imprensa embarcou no discurso a favor de "reformas estruturais" que, ao fim e ao cabo, representavam extinguir conquistas sociais e garantias de soberania da Constituição de 1988. No final dos governos FHC, os editoriais lamentaram não a corrupção sistêmica, mas o fato de o Congresso (e não o governo) não ter cedido ao Executivo e aprovado as demais reformas, que consistiam em reformar a Previdência e reduzir garantias do trabalho. Enfim, acabar com a herança getulista, como havia prometido FHC.
Quando se tira a história debaixo do tapete, conclui-se também que os oito anos de governos FHC, mais os tantos anos que sobraram do governo Collor – que sofreu o impeachment em 1991 – e os anos em que o governo Itamar Franco esteve dominado por intelectuais ligados a FHC e Serra e economistas da PUC do Rio, usaram todos os recursos disponíveis na atrasada política tradicional com o propósito declarado de "mudar" o país. Qualquer oposição era jurássica e estava exposta ao ridículo: a elite "moderna" desprezava o que considerava ser subdesenvolvimento cultural das esquerdas. 
O jogo mais pesado foi feito para aprovar a reeleição de Fernando Henrique, parte de um projeto político verbalizado pelo então ministro Sérgio Motta de manter os tucanos no poder por 20 anos. A compra de votos foi generalizada no período, segundo farto material produzido pela mídia tradicional. Não houve ação da Polícia Federal, do Ministério Público ou da Justiça contra as fartas evidências de que a aprovação da reeleição foi uma fraude, proporcionada por mais de 150 votos comprados a R$ 200 mil cada um, segundo reitera a fonte de Fernando Rodrigues à época, agora entrevistado por Palmério Dória para o "Príncipe da Privataria". 
Da mesma forma, os indícios de vícios graves na formação dos consórcios que viriam a comprar o sistema estatal de telefonia, fatiado pelo governo tucano, nunca foram objeto de uma preocupação mais séria por parte do Ministério Público, ou jamais sofreram a contestação de um Supremo Tribunal Federal que, na era petista, imiscuiu-se em todos os assuntos relativos aos demais poderes da República.
Em 1994, consolidou-se um bloco hegemônico em torno de um governo. MP, STF, polícias – todos tinham chefe. Era FHC, mas o principal partido político não era o PSDB, e sim os jornais – assim como hoje eles se constituem no principal partido de oposição. O que aconteceu de 2002 para cá é que a unidade em torno do governo não existe mais, mas a hegemonia das outras instituições se impõe sobre os poderes instituídos pelo voto. O bloco hegemônico é o mesmo, exceto pelo governo e pelo Congresso, que dependem do voto popular. A unidade se faz em torno da mídia – que nega o que escreveu na última década do milênio. Dois pesos e duas medidas viraram uso corriqueiro por este bloco. Por isso é tão simples cunhar frases do tipo "nunca houve um governo tão corrupto" para qualquer um posterior ao período tucano, que vai de 1995 a 2002. E por isso esta simplificação não pode ser pedagógica: não reconhecer que há uma corrupção estrutural no sistema político é uma forma de mantê-lo inalterado. E, quando um presidente do bloco hegemônico for eleito, poderá usar esse sistema político atrasado, com o pretexto de "modernizar" o país, pagando o preço que ele cobrar.
Postado há 6 hours ago por
 
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Francisco Almeida 




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