Quando a esperança venceu o medo, o Brasil começou a reescrever sua história. Lula chamou o povo brasileiro para reconstruir nosso país. Um país de cor, de todos os cheiros, de todas as vontades, de todos os sonhos. O povo atendeu ao chamado e, hoje, está construindo seu presente tendo como referencia seu passado e mirando no futuro. Quando a esperança vence o medo, o sonho torna-se realidade.
Do Portal do Luis Nassif:
"Lula: Governar é fazer o óbvio
O presidente Lula participou de um evento hoje (dia 03 de setembro) em Santa Maria(RS) onde inaugurou sete campi de quatro universidades públicas gaúchas: Universidade Federal de Santa Maria(UFSM),Universidade Federal do Pampa (Unipampa),Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em seu discurso,Lula reafirma e consolida sua atuação em defesa da universidade pública e gratuita para mais brasileiros."
A lição e o óbvio
"Muitos de vocês jovens que estão me ouvindo agora serão um dia autoridades em suas cidades ,em seus Estados,em suas universidades...O grande legado que eu poderia deixar depois de oito anos de mandato e que pudesse servir de lição de vida para quem quer governar as cidades,os Estados ou a União depois de mim,que tenha uma palavra mágica,uma palavra simples que todo mundo sabe,mas que muitas vezes nós nos esquecemos.A palavra do sucesso é a palavra óbvio.Se cada um de nós fizéssemos apenas o óbvio quando estamos no governo,nós não erraríamos e sabíamos a revolução que estamos fazendo neste país,neste momento."
A estratégia
"Uma vez,lá na Secretaria de Assuntos Estratégicos do Governo,nós encomendamos um estudo para saber qual era a mais importante prioridade da sociedade brasileira e essa pesquisa foi feita por telefone dos mais diferentes segmentos da sociedade e entrevistamos milhares de pessoas...E só tinha uma unanimidade: todo mundo queria uma Educação de qualidade.Era unânime,100% queria uma Educação de qualidade e quando nós perguntamos se era possível atingir essa Educação de qualidade,mais de 80% não acreditavam que nós pudéssemos fazer uma Educação de qualidade no Brasil.Ou seja,era um povo que sabia o que queria,mas era um povo que tinha a convicção que seus governantes não seriam capazes de atender aquilo que era a necessidade maior da sociedade brasileira.
Foi por isso que tomamos uma decisão no Governo...Quando você vira Governo,seja prefeito,governador,vale para presidente da república e vale para reitor também.Ou seja,você tem a base do Governo que quer fazer investimento,você tem a base do Governo que quer fazer contenção de despeza para poder pagar o que o Estado deve e você tem aqueles que são responsáveis pela arrecadação.Então tudo que você tenta fazer no Governo,aparece um ou mais que lhe diz para você que não pode gastar.Você não pode gastar na Educação,na Saúde... Ou seja,tudo vira gasto e nada é tratado como se fosse investimento.No primeiro ano de governo,nós numa reunião ministerial,eu tomei uma decisão de que era proibido nas reuniões ministeriais e nas reuniões comigo que era proibido qualquer ministro falar na palavra gasto e tratar-se de investimento na Educação.Era proibido!"
Sobre o ajuste fiscal
"Por que nós éramos induzidos a entender que o principal quando alguém que quer governar uma cidade,um Estado ou uma União é você fazer uma contabilidade em que no final do ano zere.Você não tem despesa,você não tem não fez nada,mas você não fez dívida e isso algumas pessoas gostam,quando na verdade todo mundo sabe que pra você colher o futuro é preciso você tem que fazer investimento hoje,é preciso fazer alguma dívida para você ter retorno amanhã ou depois de amanhã.
Então nós mudamos duas décadas o que no Brasil só pensava em ajuste fiscal e quando nós ouvimos essa palavra,ajuste fiscal, significa aumentar imposto,significa reduzir salário...Toda vez que alguém falar em ajuste fiscal você pode ter certeza que significa aumentar imposto e reduzir salário.Salário de quem? Da máquina pública que muitas vezes foi acusada de ganhar muito,mas eu estou cansado de ver como presidente da república,gente de qualidade do governo,da máquina pública que era tido com marajá há dez anos atrás ganhando 20 mil reais e ser convidado por uma multinacional para ganhar 200 mil reais ou 300 mil reais por mês,inclusive gente de qualidade de uma empresa como a PETROBRAS que ganha 40 mil reais e é convidado para prestar serviço por 100 mil ou 80 mil dólares à outras empresas.Então nós invertemos esse quadro,quando se tratar de Educação,nós temos que fazer investimento e nós temos que medir a a consequência desse investimento na certeza que esse dinheiro seja bem aplicado para que tenhamos um retorno como um grande cientista,como um grande pesquisador,como alguém que vai contribuir para o crescimento do país."
A razão de sua alta popularidade
"Outra coisa que nós tomamos como decisão...No Brasil,presidente da república,um ministro da Educação,não se reuniam nem com estudantes e muito menos com os reitores.Eu não sei qual era o medo que os reitores causavam,até ministros da Educação haviam sido reitores... É inacreditável!
Possivelmente fosse o mesmo medo que os presidentes tinham de receber prefeitos e vocês prefeitos sabem que a visão que se tinha na época é que se o presidente fosse governar com vocês,vocês tinham muito dinheiro com o presidente.Então ele também não recebia prefeitos.Imaginem o absurdo do absurdo: eu sou o presidente de um país em que eu não recebo um reitor,em que não recebo um prefeito,em que eu não recebo estudantes,em que eu não recebo os trabalhadores,não recebo suas entidades... O que estamos fazendo na presidência da república? Para quem nós estamos governando?
Veja,eu fui desde de 2003 à todas as marchas de prefeitos que fizeram em Brasília,não espera o prefeito pedir audiência comigo,eu pegava todo meu ministério e vocês são testemunhas,levava 30 ministros para participar da marcha dos prefeitos...Eles apresentavam suas reivindicações e nós olhando uns nos olhos dos outros dizíamos nós podemos ou nós não podemos.O que haveria um presidente de ter medo de um prefeito,o que haveria um presidente de ter medo de um reitor,o que haveria um presidente de ter medo de um estudante?"
Relação com os estudantes e o diálogo
Esses dias em Caruaru,eu e o companheiro Fernando Haddad tivemos uma surpresa.O Yann,presidente da UBES foi preocupado conversar comigo e com o Fernando Haddad e falar...Olha,ô ministro,nós estamos com um problema aqui,por que quando o presidente Lula tomou posse,nós apresentamos 13 pontos de reivindicação e vocês já cederam tudo.O que que a gente faz?
Ou seja,na verdade quando uma pessoa qualquer por falta de inteligência política acha que o governo cooptou a UNE ou a UBES,na verdade foram eles que cooptaram com o governo para fazer aquilo que tinham que ser feito como pagamento de dívidas com os estudantes brasileiros.Nós só aprendemos conversando com reitores,Antes de eu ser presidente ,eu cansei de passar em universidades e o reitor me convidava para visitar banheiros sem papel higiênico,não tinha dinheiro,azulejo caído,não tinha dinheiro para reparar...Essa era a situação da universidade brasileira.Como é que a gente poderia melhorar a situação do país se a gente não chamasse para dizer:vamos ajudar a consertar esse país!
E tenho muito orgulho de dizer para esses magníficos reitores que estão nos assistindo pela TV que não quero ser eu o único,mas já carrego a primazia de ser o primeiro presidente da república que se reuniu todo ano com todos os reitores de todas as universidades federais,todos os reitores dos IFFs e com todos os estudantes representados pela União Nacional dos Estudantes que não me tiraram um pedaço.Esse dedo eu perdi quando eu tinha 17 anos de idade e nem pensava em ser presidente da república.
É com mais orgulho ainda,ao deixar a presidência da república,eu assisto ao meu ministro da Ciência e Tecnologia ir na SBPC e ser aplaudido de pé.Fernando,eles não tinham coragem de ir no dia da posse,imagine no final do mandato?
Na nossa cabeça,numa democracia existe espaço pra uma pessoa levantar um cartaz contra,um cartaz a favor,existe espaço pra uma vaia,existe espaço para um aplauso e não temos que ter medo disso.São essas coisas que vão se fortalecendo dentro de nós a questão democracia."
A democracia,o Estado e a sociedade
"Aquele Palácio do Planalto bonito do jeito que era -falam que nós avacalhamos-Na verdade nós democratizamos ,ali era chic,era para reis,rainhas,príncipes e princesas ou banqueiro ou empresário.Ali,nós começamos a colocar todo mundo.Eu lembro de um dia que houve uma briga em relação aos portadores de deficiência visual e seus cães guias. A Igreja não queria,o Metrô não queria que seus cachorros entrassem ,os shoppings estavam proibindo...O que que fiz para mostrar? Eu trouxe pra dentro do Palácio os portadores de deficiência visual e seus cachorros e nenhum desrespeitou o Palácio do Planalto ou fez qualquer sujeira no Palácio.Como é que a gente não quer proibir alguém que quer entrar no Palácio do Planalto e deixar de fora seus olhos que são seus cachorros?
Ali naquele Palácio entrou catador de papel que nunca imaginou entrar,moradores de rua que nunca imaginaram entrar e não precisava trocar de roupa,vieram do jeito que quiseram vir,ali entrou sem-teto,para que nós estabelecêssemos uma nova relação entre Estado e a sociedade.Para que a gente não tivesse medo,por que o político tem uma deficiência mental,ou seja,na época da eleição ele anda na rua de carro aberto,beija todo mundo,abraça todo mundo.Todo político em época de eleição fala mal de banqueiro,fala mal de empresário,fala mal de latifúndio e fala bem do pobre.Não há nada mais sagrado do que pobre em época de eleição.Coloca uma criança rica,coloca uma criança pobre e coloca um político na frente que ele vai logo na criança pobre pra ´pegar pra dar um beijinho.Depois que terminam as eleições,quem vai jantar com eles são os ricos e não são os pobres."
O preconceito
"O que nós estamos querendo é mudar essa lógica,essa lógica preconceituosa que levou esse país a tantos anos de atraso.A lógica perversa de que a inteligência era confundida com conhecimento ou com os anos de escolaridade,alógica perversa de que o Brasil devia ser governando para 35% da população e o resto é o resto...
O preconceito que não permitia que um operário pudesse chegar à presidência do Brasil,que um negro não pudesse chegar à presidência da África do Sul,um índio à presidência da Bolívia e assim por diante os preconceitos vão sendo derrubados e agora um negro eleito à presidência dos Estados Unidos pra mostrar que é possível através da democracia a gente conquistar mais espaço."
O papel da universidade brasileira
"A mim me inquieta companheiros reitores e meu ministro da Educação,a universidade não estar preocupada com que está acontecendo fora da universidade,na sua cidade,no bairro.As vezes uma universidade é encostada numa favela e você pergunta quantas vezes os alunos e professores foram passar um dia conversando com aquele favelado.Não foram por que não fazem parte de seu habitat natural.
As realizações
[...]"Faltam três meses e poucos dias para o fim do meu mandato,cada dia vale ouro e ainda temos que inaugurar setenta e poucas Escolas Técnicas e nós vamos inaugurar uma a uma "[...]
[...]"Hoje nós já estamos com 117 ou 118 extensões universitárias,tentando levar para todo território nacional ,de Manaus à Coari,tentando levar braços das universidades federais que eu não sei por que foram criadas somente nas capitais.Nós queremos,como diz o Olívio Dutra,espraiar em todo o território nacional, as nossas universidades federais...Nós não podemos nos contentar com país sendo o maior exportador de café do mundo,o maior exportador de minério de ferro do mundo,o maior exportador de suco de laranja do mundo,não! Isso é coisa do século passado.No século 21 temos que exportar outra coisa,temos que exportar conhecimento,temos que exportar inteligência."
Luiz Inácio Lula da Silva,presidente e Estadista brasileiro em discurso histórico proferido na cidade de Santa Maria(RS)
sábado, 4 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Tiriricando, Observatório da Imprensa:
HUMOR NAS ELEIÇÕES
O mundo dos Tiriricas
Por Luciano Martins Costa em 3/9/2010
Comentário para o programa radiofônico do OI, 3/9/2010
A imprensa registra de maneira desigual a decisão do Supremo Tribunal Federal liberando a gozação de candidatos em programas humorísticos veiculados pela mídia. De quebra, a imprensa em geral também ganhou o direito de divulgar críticas diretas de jornalistas a políticos em período de campanha eleitoral. Dessa maneira, fica suspensa a aplicação do artigo 2, correspondente a essas restrições, que constavam da Lei 9.504, aprovada em 1997.
O Estado de S.Paulo, que havia tratado do assunto quando a proibição estava em vigor, agora ignorou completamente a liberação.
A decisão do STF poderia ser motivo para celebração, talvez uma festa da democracia. Mas há muita controvérsia sobre as escolhas da mídia, seja no material considerado sério, dito jornalístico, seja nas produções de entretenimento, como as novelas e os programas humorísticos.
As preferências das empresas de comunicação sequer são camufladas, e não apenas nos jornais e revistas de circulação nacional. Também na imprensa regional são visíveis as escolhas políticas, para um lado ou para o outro do espectro partidário. Portanto, pode-se esperar um festival de manipulações no mês que antecede o primeiro turno das eleições.
Liberou geral
O ministro Carlos Ayres Britto, autor da liminar que na semana passada havia liberado provisoriamente as piadas sobre candidatos na TV e no rádio durante o período eleitoral, declarou considerar a atividade de humoristas como uma das atribuições da imprensa.
Trata-se de uma inovação interessante, a ser incluida nos currículos das faculdades de comunicação. Principalmente depois que eles foram tornados inócuos, por conta de decisão anterior do STF que eliminou a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício da profissão.
Talvez, inspirados por essa curiosa interpretação, os diretores de redação comecem a pensar na criação do cargo de editor de piada.
Não se pode afirmar que, com isso, a qualidade da imprensa brasileira venha a sofrer um impacto positivo. Mas certamente vai ficar mais engraçado ler jornais e assistir aos noticiários da televisão, uma vez que agora é permitido fazer "trucagem, montagem, ou outro recurso de áudio e vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação", conforme determinava o artigo suspenso.
Só não se pode afirmar que, com isso, a qualidade da imprensa brasileira venha a sofrer um impacto positivo. Vai ficar apenas mais coerente: os candidatos de quem a imprensa não gosta vão todos virar Tiriricas.
O mundo dos Tiriricas
Por Luciano Martins Costa em 3/9/2010
Comentário para o programa radiofônico do OI, 3/9/2010
A imprensa registra de maneira desigual a decisão do Supremo Tribunal Federal liberando a gozação de candidatos em programas humorísticos veiculados pela mídia. De quebra, a imprensa em geral também ganhou o direito de divulgar críticas diretas de jornalistas a políticos em período de campanha eleitoral. Dessa maneira, fica suspensa a aplicação do artigo 2, correspondente a essas restrições, que constavam da Lei 9.504, aprovada em 1997.
O Estado de S.Paulo, que havia tratado do assunto quando a proibição estava em vigor, agora ignorou completamente a liberação.
A decisão do STF poderia ser motivo para celebração, talvez uma festa da democracia. Mas há muita controvérsia sobre as escolhas da mídia, seja no material considerado sério, dito jornalístico, seja nas produções de entretenimento, como as novelas e os programas humorísticos.
As preferências das empresas de comunicação sequer são camufladas, e não apenas nos jornais e revistas de circulação nacional. Também na imprensa regional são visíveis as escolhas políticas, para um lado ou para o outro do espectro partidário. Portanto, pode-se esperar um festival de manipulações no mês que antecede o primeiro turno das eleições.
Liberou geral
O ministro Carlos Ayres Britto, autor da liminar que na semana passada havia liberado provisoriamente as piadas sobre candidatos na TV e no rádio durante o período eleitoral, declarou considerar a atividade de humoristas como uma das atribuições da imprensa.
Trata-se de uma inovação interessante, a ser incluida nos currículos das faculdades de comunicação. Principalmente depois que eles foram tornados inócuos, por conta de decisão anterior do STF que eliminou a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício da profissão.
Talvez, inspirados por essa curiosa interpretação, os diretores de redação comecem a pensar na criação do cargo de editor de piada.
Não se pode afirmar que, com isso, a qualidade da imprensa brasileira venha a sofrer um impacto positivo. Mas certamente vai ficar mais engraçado ler jornais e assistir aos noticiários da televisão, uma vez que agora é permitido fazer "trucagem, montagem, ou outro recurso de áudio e vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação", conforme determinava o artigo suspenso.
Só não se pode afirmar que, com isso, a qualidade da imprensa brasileira venha a sofrer um impacto positivo. Vai ficar apenas mais coerente: os candidatos de quem a imprensa não gosta vão todos virar Tiriricas.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Apóie a nova Representação do MSM à Justiça Eleitoral
Do Blog Cidadania
Posted by eduguim on 02/09/10 • Categorized as Aviso
Tem início, neste post, a nova campanha do Movimento dos Sem Mídia por adesões à Representação que a ONG fará à Justiça Eleitoral brasileira contra o desafio da lei que regula as eleições no país, desafio esse representado pela prática ILEGAL de concessões públicas de rádio e tevê manifestarem opinião favorável a pelo menos um candidato no processo eleitoral de 2010.
O que é mais grave nessa prática é que o candidato favorecido pelas concessões públicas em tela disputa a Presidência da República, o que torna inaceitável que possa ter êxito em alcançar cargo dessa importância valendo-se de favorecimento ilegal por meios que pertencem a toda a sociedade e não, apenas, a grupos políticos amigos e/ou aliados dos concessionários.
Após debates e estudos, a Presidência e a Diretoria Jurídica do Movimento dos Sem Mídia compuseram minuta da Representação que será feita em benefício de eleições livres, limpas e democráticas, sem concurso de estratégia ilegal como é o uso de uma concessão pública em benefício de interesses particulares de grupos políticos e de empresários do setor de comunicação.
Trata-se de um documento preliminar que abro para contribuições, alterações e supressões por parte dos leitores deste blog durante o processo de finalização da medida a ser encaminhada à Procuradoria Geral Eleitoral em Brasília no menor prazo possível. Abaixo, a minuta da Representação.
*
Representação do Movimento dos Sem Mídia – MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal – PGE sobre possível atuação ilegal de órgãos de mídia no atual processo eleitoral.
A Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, regula o processo eleitoral deste ano no Brasil e dispõe, em seu artigo 45, sobre condutas vedadas aos veículos de mídia, visando o respeito à lei de propaganda eleitoral permitida e garantir as condições de igualdade e isonomia entre os candidatos que disputam o pleito.
Determina o artigo 45 da Lei :
– A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
Ocorre que, neste ano, a campanha eleitoral de 2010, como já havia ocorrido na de 2006, foi fartamente discutida pela sociedade brasileira. Vários órgãos de mídia, principalmente redes de televisão e rádio, podem estar avançando e extrapolando os limites da legalidade fixados na Lei 9.504/97 no que diz respeito a tratamento igualitário aos candidatos que disputam estas eleições. Pela cobertura e abrangência que possuem sobre o território brasileiro, esses meios de comunicação podem influir decisivamente na vontade soberana do eleitorado distorcendo e influindo ilegalmente no resultado do pleito que se avizinha, ao arrepio do que determina a lei eleitoral supracitada.
A questão das redes de televisão e rádio é muito grave e afeta diretamente o interesse público, pois essas empresas somente funcionam porque exploram concessões públicas, outorgadas pelo Estado brasileiro. Portanto, exploram um bem que pertence a todos os cidadãos, o chamado espectro eletromagnético, através do qual transmitem e retransmitem programação para todo o território nacional, de maneira que essa programação não pode ser usada para incentivo, defesa ou promoção de grupos políticos determinados, pois constitui infração do que determina a legislação eleitoral vigente.
Sem a autorização do Governo Federal para funcionarem nos termos da lei que regula a matéria, as emissoras de TV e rádio não podem efetuar a transmissão de suas programações no território nacional e, assim, essas empresas de comunicação, mais do que qualquer outra organização ou entidade juridicamente constituída perante as leis brasileiras, têm que se ater aos termos das prerrogativas contidas nas concessões públicas que detêm e também devem obedecer rigorosamente a quaisquer restrições legais que se interponham.
Não obstante a legislação eleitoral, como mero exemplo do que vem ocorrendo relata-se aqui que certas redes de televisão e rádio podem ter extrapolado os limites da lei no que diz respeito a tratamento igualitário que devem dispensar aos candidatos que disputam o cargo de Presidente da República, sendo fato amplamente comentado pela população e por blogs e sites na internet que está havendo favorecimento ao candidato do PSDB, José Serra. São anomalias como as de 1º de setembro último, por exemplo, quando um apresentador e um comentarista de telejornais da Globo e do SBT, os senhores Carlos Nascimento e Merval Pereira, entre outros, apoiaram abertamente acusação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à candidata do PT, Dilma Rousseff, de que ela e sua campanha teriam ordenado o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal concernentes à filha daquele candidato, senhora Verônica Allende Serra [vídeos dos programas em anexo].
A cobertura enviesada e parcial de redes de televisão e de rádio sobre fatos e ações políticas das candidaturas no atual processo eleitoral pode constituir verdadeira “propaganda eleitoral negativa” contra uma candidatura e, no caso em tela, vitimização da outra, violando os dispositivos da lei 9.504/97, de maneira que deve ser objeto de investigação e coibida pela Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. E o que é pior: sem que exista uma única prova que sustente a acusação comprada, in limine, pelos concessionários públicos supracitados.
A ONG Movimento dos Sem Mídia – MSM, diante de resultados díspares entre os quatro maiores institutos de pesquisas eleitorais do País no início deste ano, propôs, de forma republicana, Representação perante a douta Procuradoria Geral Eleitoral – PGE “pedindo investigação sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas”. A Representação foi aceita, estando em curso Inquérito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF para investigar a denúncia. Mais uma vez, frente a fatos e ações de órgãos de mídia que revelam indícios de tentativas de influenciar ilicitamente o processo eleitoral, o Movimento dos Sem Mídia – MSM, organização da sociedade civil, na defesa dos interesses maiores da República, da Democracia e do Estado de Direito, prepara nova Representação. A manifestação do MSM à Justiça Eleitoral será aberta a apoio de todo e qualquer cidadão brasileiro a investigação da atuação de redes de televisão e rádio que pode estar tentando influir indevidamente na vontade soberana do eleitorado, podendo vir a distorcer os resultados da eleição presidencial vindoura.
São Paulo, 1º de setembro de 2010
Posted by eduguim on 02/09/10 • Categorized as Aviso
Tem início, neste post, a nova campanha do Movimento dos Sem Mídia por adesões à Representação que a ONG fará à Justiça Eleitoral brasileira contra o desafio da lei que regula as eleições no país, desafio esse representado pela prática ILEGAL de concessões públicas de rádio e tevê manifestarem opinião favorável a pelo menos um candidato no processo eleitoral de 2010.
O que é mais grave nessa prática é que o candidato favorecido pelas concessões públicas em tela disputa a Presidência da República, o que torna inaceitável que possa ter êxito em alcançar cargo dessa importância valendo-se de favorecimento ilegal por meios que pertencem a toda a sociedade e não, apenas, a grupos políticos amigos e/ou aliados dos concessionários.
Após debates e estudos, a Presidência e a Diretoria Jurídica do Movimento dos Sem Mídia compuseram minuta da Representação que será feita em benefício de eleições livres, limpas e democráticas, sem concurso de estratégia ilegal como é o uso de uma concessão pública em benefício de interesses particulares de grupos políticos e de empresários do setor de comunicação.
Trata-se de um documento preliminar que abro para contribuições, alterações e supressões por parte dos leitores deste blog durante o processo de finalização da medida a ser encaminhada à Procuradoria Geral Eleitoral em Brasília no menor prazo possível. Abaixo, a minuta da Representação.
*
Representação do Movimento dos Sem Mídia – MSM à Procuradoria Geral Eleitoral Federal – PGE sobre possível atuação ilegal de órgãos de mídia no atual processo eleitoral.
A Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, regula o processo eleitoral deste ano no Brasil e dispõe, em seu artigo 45, sobre condutas vedadas aos veículos de mídia, visando o respeito à lei de propaganda eleitoral permitida e garantir as condições de igualdade e isonomia entre os candidatos que disputam o pleito.
Determina o artigo 45 da Lei :
– A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
Ocorre que, neste ano, a campanha eleitoral de 2010, como já havia ocorrido na de 2006, foi fartamente discutida pela sociedade brasileira. Vários órgãos de mídia, principalmente redes de televisão e rádio, podem estar avançando e extrapolando os limites da legalidade fixados na Lei 9.504/97 no que diz respeito a tratamento igualitário aos candidatos que disputam estas eleições. Pela cobertura e abrangência que possuem sobre o território brasileiro, esses meios de comunicação podem influir decisivamente na vontade soberana do eleitorado distorcendo e influindo ilegalmente no resultado do pleito que se avizinha, ao arrepio do que determina a lei eleitoral supracitada.
A questão das redes de televisão e rádio é muito grave e afeta diretamente o interesse público, pois essas empresas somente funcionam porque exploram concessões públicas, outorgadas pelo Estado brasileiro. Portanto, exploram um bem que pertence a todos os cidadãos, o chamado espectro eletromagnético, através do qual transmitem e retransmitem programação para todo o território nacional, de maneira que essa programação não pode ser usada para incentivo, defesa ou promoção de grupos políticos determinados, pois constitui infração do que determina a legislação eleitoral vigente.
Sem a autorização do Governo Federal para funcionarem nos termos da lei que regula a matéria, as emissoras de TV e rádio não podem efetuar a transmissão de suas programações no território nacional e, assim, essas empresas de comunicação, mais do que qualquer outra organização ou entidade juridicamente constituída perante as leis brasileiras, têm que se ater aos termos das prerrogativas contidas nas concessões públicas que detêm e também devem obedecer rigorosamente a quaisquer restrições legais que se interponham.
Não obstante a legislação eleitoral, como mero exemplo do que vem ocorrendo relata-se aqui que certas redes de televisão e rádio podem ter extrapolado os limites da lei no que diz respeito a tratamento igualitário que devem dispensar aos candidatos que disputam o cargo de Presidente da República, sendo fato amplamente comentado pela população e por blogs e sites na internet que está havendo favorecimento ao candidato do PSDB, José Serra. São anomalias como as de 1º de setembro último, por exemplo, quando um apresentador e um comentarista de telejornais da Globo e do SBT, os senhores Carlos Nascimento e Merval Pereira, entre outros, apoiaram abertamente acusação do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, à candidata do PT, Dilma Rousseff, de que ela e sua campanha teriam ordenado o vazamento de dados sigilosos da Receita Federal concernentes à filha daquele candidato, senhora Verônica Allende Serra [vídeos dos programas em anexo].
A cobertura enviesada e parcial de redes de televisão e de rádio sobre fatos e ações políticas das candidaturas no atual processo eleitoral pode constituir verdadeira “propaganda eleitoral negativa” contra uma candidatura e, no caso em tela, vitimização da outra, violando os dispositivos da lei 9.504/97, de maneira que deve ser objeto de investigação e coibida pela Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral. E o que é pior: sem que exista uma única prova que sustente a acusação comprada, in limine, pelos concessionários públicos supracitados.
A ONG Movimento dos Sem Mídia – MSM, diante de resultados díspares entre os quatro maiores institutos de pesquisas eleitorais do País no início deste ano, propôs, de forma republicana, Representação perante a douta Procuradoria Geral Eleitoral – PGE “pedindo investigação sobre a realização e divulgação de pesquisas eleitorais fraudulentas”. A Representação foi aceita, estando em curso Inquérito na Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF para investigar a denúncia. Mais uma vez, frente a fatos e ações de órgãos de mídia que revelam indícios de tentativas de influenciar ilicitamente o processo eleitoral, o Movimento dos Sem Mídia – MSM, organização da sociedade civil, na defesa dos interesses maiores da República, da Democracia e do Estado de Direito, prepara nova Representação. A manifestação do MSM à Justiça Eleitoral será aberta a apoio de todo e qualquer cidadão brasileiro a investigação da atuação de redes de televisão e rádio que pode estar tentando influir indevidamente na vontade soberana do eleitorado, podendo vir a distorcer os resultados da eleição presidencial vindoura.
São Paulo, 1º de setembro de 2010
A reedição do modelo Collor de marketing
Do Luis Nassif
"É tênue a separação entre uma acusação - a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo - e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante"
Do Valor
Oposição a Lula virou amizade, quase amor
Maria Inês Nassif
Sem bater em Lula, o marketing de Serra tenta transformá-lo em vítima de Dilma
Em 1989, Fernando Collor de Mello, ex-governador do Estado mais pobre da Federação, Alagoas, assumiu um discurso ofensivo - no sentido também de ofender -, selecionou uma série de desaforos destinados a abalar um governo caindo de impopularidade e partidos em crise, e definiu bordões para causar pânico em torno do candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal concorrente. Collor venceu atirando para todos os lados. Levou junto um partido que inventou antes das eleições, o PRN, que morreu junto com o seu curto reinado.
A eleição de Collor foi a consagração do marketing político como arma eleitoral. Os alvos do candidato eram escolhidos em pesquisas qualitativas, que definiam os inimigos a combater para alcançar popularidade e as fragilidades do principal concorrente. Pegou um país saído do massacre ideológico do discurso anticomunista da ditadura e que vivia uma hiperinflação. Atacou o governo José Sarney pela incompetência administrativa e Lula pelo temor da classe média. Além do horário eleitoral gratuito, tinha o apoio de uma mídia que estava sem candidatos, sofria com a hiperinflação e preferia que o PT ficasse longe do poder.
Foi o início e o auge da influência do marketing político. E o marketing foi tão eficiente porque não brigou com os fatos: o governo era impopular mesmo e seu candidato não subia nas pesquisas; a classe média e as elites tinham medo real de Lula, eram maleáveis a um discurso moralista e de direita e faziam a cabeça dos de baixo. O PMDB, o grande partido do momento, vivia a crise do governo José Sarney e a compartimentação dos interesses de seus líderes regionais e abandonou aos lobos o seu candidato a presidente, Ulysses Guimarães.
Os marqueteiros de Collor trabalharam em terreno fértil - e sua agressividade foi guindada à condição de ira divina. Um impeachment e quatro eleições depois, todavia, a eficiência desse modelo é questionável. Simplesmente porque vai contra a realidade.
Em 2006, nas eleições pós-mensalão, a oposição tentou reeditar o discurso de Collor. Os alvos eram um governo que os partidos adversários consideravam acabado e um partido, o PT, que tinha por decadente. Na cabeça dos partidos oposicionistas, Lula era um Collor pré-impeachment ou um José Sarney em final de mandato: estava condenado a deixar o poder. O modelo do discurso agressivo, beirando as bravatas machistas do Collor presidente, foi o escolhido para derrubar Lula - ou pelo impeachment, em 2005, ou pelo voto, em 2006. Um senador, no plenário, chegou a ameaçar bater em Lula.
O erro de avaliação foi fatal para a oposição. A popularidade de Lula nas pesquisas subiu rapidamente após a ofensiva dos partidos oposicionistas no Congresso. Em 2006, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, chegou a ter mais votos no primeiro do que no segundo turno. A avaliação da oposição, sobre a qual o discurso político foi construído, não levou em conta mudanças que estavam se produzindo no país. Os programas de transferência de renda, em especial o Bolsa Família, despiram as classes média e alta do papel de mediadores de voto das classes menos favorecidas. Lula tinha um patrimônio eleitoral próprio. A agressividade do discurso da oposição, em vez de desgastar o presidente que disputava a reeleição, vitimizou-o. Produziu solidariedade, em vez de provocar aversão.
Da vitória de Lula em 2006 para cá, o modelo Collor de marketing político teria que ter passado por grandes mudanças. Elas foram apenas cosméticas. O marketing de Serra, nos primeiros dias de propaganda eleitoral gratuita, optou por não comprar briga com Lula e não negar a sua popularidade. O problema é que o discurso soou falso. Desde 2005, a oposição aparece na mídia em confronto radical com o presidente que agora é tratado com condescendência, quase amor. No último round eleitoral, Serra tem se apegado às quebras de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele. As acusações recaem sobre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e sobre o seu partido, e não sobre o chefe de um governo cuja Receita Federal deixou vazar sigilos.
Enquanto o marketing de Dilma a une a Lula, o de Serra tenta separá-los. Os índices de pesquisa acabam mostrando que a eficiência do marketing é tão maior quanto mais próxima da realidade. As estratégias de campanha de Dilma deslizam numa realidade em que o eleitor tende à continuidade, gosta do presidente e incorporou naturalmente o trabalho de identificação feito entre a candidata e o seu padrinho. As estratégias eleitorais de Serra nadam contra a corrente de um eleitorado majoritariamente governista e da identificação da ex-ministra com o governo que é amplamente aprovado pela população.
A saída de Serra é tentar ser, ele próprio, a vítima. A algoz tem que ser Dilma, porque Lula não tem colado nesse papel. Como a prancha de Serra está contra a onda, no entanto, o marketing teria que conseguir uma sintonia muito fina. É tênue a separação entre uma acusação - a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo - e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.
Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras
"É tênue a separação entre uma acusação - a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo - e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante"
Do Valor
Oposição a Lula virou amizade, quase amor
Maria Inês Nassif
Sem bater em Lula, o marketing de Serra tenta transformá-lo em vítima de Dilma
Em 1989, Fernando Collor de Mello, ex-governador do Estado mais pobre da Federação, Alagoas, assumiu um discurso ofensivo - no sentido também de ofender -, selecionou uma série de desaforos destinados a abalar um governo caindo de impopularidade e partidos em crise, e definiu bordões para causar pânico em torno do candidato de esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal concorrente. Collor venceu atirando para todos os lados. Levou junto um partido que inventou antes das eleições, o PRN, que morreu junto com o seu curto reinado.
A eleição de Collor foi a consagração do marketing político como arma eleitoral. Os alvos do candidato eram escolhidos em pesquisas qualitativas, que definiam os inimigos a combater para alcançar popularidade e as fragilidades do principal concorrente. Pegou um país saído do massacre ideológico do discurso anticomunista da ditadura e que vivia uma hiperinflação. Atacou o governo José Sarney pela incompetência administrativa e Lula pelo temor da classe média. Além do horário eleitoral gratuito, tinha o apoio de uma mídia que estava sem candidatos, sofria com a hiperinflação e preferia que o PT ficasse longe do poder.
Foi o início e o auge da influência do marketing político. E o marketing foi tão eficiente porque não brigou com os fatos: o governo era impopular mesmo e seu candidato não subia nas pesquisas; a classe média e as elites tinham medo real de Lula, eram maleáveis a um discurso moralista e de direita e faziam a cabeça dos de baixo. O PMDB, o grande partido do momento, vivia a crise do governo José Sarney e a compartimentação dos interesses de seus líderes regionais e abandonou aos lobos o seu candidato a presidente, Ulysses Guimarães.
Os marqueteiros de Collor trabalharam em terreno fértil - e sua agressividade foi guindada à condição de ira divina. Um impeachment e quatro eleições depois, todavia, a eficiência desse modelo é questionável. Simplesmente porque vai contra a realidade.
Em 2006, nas eleições pós-mensalão, a oposição tentou reeditar o discurso de Collor. Os alvos eram um governo que os partidos adversários consideravam acabado e um partido, o PT, que tinha por decadente. Na cabeça dos partidos oposicionistas, Lula era um Collor pré-impeachment ou um José Sarney em final de mandato: estava condenado a deixar o poder. O modelo do discurso agressivo, beirando as bravatas machistas do Collor presidente, foi o escolhido para derrubar Lula - ou pelo impeachment, em 2005, ou pelo voto, em 2006. Um senador, no plenário, chegou a ameaçar bater em Lula.
O erro de avaliação foi fatal para a oposição. A popularidade de Lula nas pesquisas subiu rapidamente após a ofensiva dos partidos oposicionistas no Congresso. Em 2006, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, chegou a ter mais votos no primeiro do que no segundo turno. A avaliação da oposição, sobre a qual o discurso político foi construído, não levou em conta mudanças que estavam se produzindo no país. Os programas de transferência de renda, em especial o Bolsa Família, despiram as classes média e alta do papel de mediadores de voto das classes menos favorecidas. Lula tinha um patrimônio eleitoral próprio. A agressividade do discurso da oposição, em vez de desgastar o presidente que disputava a reeleição, vitimizou-o. Produziu solidariedade, em vez de provocar aversão.
Da vitória de Lula em 2006 para cá, o modelo Collor de marketing político teria que ter passado por grandes mudanças. Elas foram apenas cosméticas. O marketing de Serra, nos primeiros dias de propaganda eleitoral gratuita, optou por não comprar briga com Lula e não negar a sua popularidade. O problema é que o discurso soou falso. Desde 2005, a oposição aparece na mídia em confronto radical com o presidente que agora é tratado com condescendência, quase amor. No último round eleitoral, Serra tem se apegado às quebras de sigilo fiscal de pessoas próximas a ele. As acusações recaem sobre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e sobre o seu partido, e não sobre o chefe de um governo cuja Receita Federal deixou vazar sigilos.
Enquanto o marketing de Dilma a une a Lula, o de Serra tenta separá-los. Os índices de pesquisa acabam mostrando que a eficiência do marketing é tão maior quanto mais próxima da realidade. As estratégias de campanha de Dilma deslizam numa realidade em que o eleitor tende à continuidade, gosta do presidente e incorporou naturalmente o trabalho de identificação feito entre a candidata e o seu padrinho. As estratégias eleitorais de Serra nadam contra a corrente de um eleitorado majoritariamente governista e da identificação da ex-ministra com o governo que é amplamente aprovado pela população.
A saída de Serra é tentar ser, ele próprio, a vítima. A algoz tem que ser Dilma, porque Lula não tem colado nesse papel. Como a prancha de Serra está contra a onda, no entanto, o marketing teria que conseguir uma sintonia muito fina. É tênue a separação entre uma acusação - a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo - e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.
Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Desbaratada rede de prostituição masculina
BBC Brasil: Espanha desbarata rede de prostituição masculina de brasileiros
Prisões foram feitas em cinco cidades diferentes da Espanha
A polícia nacional da Espanha anunciou nesta terça-feira a prisão de 14 pessoas envolvidas em uma rede dedicada a explorar sexualmente homens brasileiros.
Segundo a polícia, a rede, formada em sua maioria por brasileiros, atraía outras pessoas do país com passagens de avião e promessas de trabalho na Europa.
Ao chegar à Espanha, eles eram obrigados a se prostituir para pagar dívidas que chegavam a 4 mil euros (cerca de R$ 8,9 mil).
Os homens eram distribuídos por diferentes casas de encontros pelo país e precisavam estar disponíveis para programas 24 horas por dia.
Para atrair clientes, as fotos dos brasileiros foram publicadas em anúncios em revistas e em sites na internet anunciando seus serviços.
Viagra
Segundo a polícia, os homens recebiam da rede de prostituição Viagra, cocaína e outras drogas.
Eles eram obrigados a dar à rede 50% do que recebiam com os programas e pagar pelo alojamento e alimentação, além de quitar a dívida da passagem e do transporte.
De acordo com as autoridades policiais, os homens que se recusavam a cumprir as ordens da gangue ou causavam algum problema eram submetidos a ameaças de morte.
Até às 12h desta terça-feira, a polícia espanhola ainda não tinha um balanço com o número de homens explorados pela rede, mas 17 deles também foram detidos pelas autoridades locais sob a acusação de estarem ilegalmente no país.
As prisões foram feitas pela polícia nas cidades de Palma de Mallorca, León, Barcelona, Alicante e Madri.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Deu no Conversa Afiada: O Pará e o Brasil não são o que o jn mostrou. O jn é uma fraude
* Publicado em 27/08/2010, no Conversa Afiada
Amigo navegante Antonio, paraense, liga de Belém para demonstrar profunda irritação com a visão haitiana do Brasil, pelo jornal nacional.
Diz o Antonio.
Para ir a Jacundá, no Pará, o jornal nacional teve que fazer escala em Marabá, não é isso ?
Por que ele não deu um pulinho a Marabá ?
A reportagem sobre Jacundá faz parte dessa nova espécie de jornalismo aero-rocambolesco, para denegrir a imagem do Brasil – do jeito que o Ali Kamel gosta.
Marabá talvez seja o maior pólo de crescimento da economia brasileira hoje.
Marabá é uma China de crescimento econômico.
A Vale constrói ali uma usina de laminados, a Alpa, que, sozinha, cria 18 mil empregos.
A Alpa será uma das principais beneficiárias da usina de Belo Monte.
(Belo Monte, que a urubóloga Miriam Leitão criticou tanto, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – um horror !)
Por causa da Alpa e da energia de Belo Monte, 40 indústrias se instalarão em Marabá.
Em Marabá passa uma das maiores pontes ferroviárias sobre rio do mundo, para levar o minério de ferro que sai de Carajás a caminho do Maranhão.
Veja que horror !
A população de Marabá deve crescer 150% até 2014.
Até lá serão criados 70 mil novos empregos e a associação comercial calcula que serão investidos US$ 33 bilhões.
No momento em Marabá se constrói um shopping-center de 30 mil metros quadrados de área de loja , com lojas âncoras do padrão de Riachuelo, Marisa e C&A.
O responsável pelo empreendimento é o grupo Leolá, que tem mais de 60 lojas na região de Marabá.
O jornal nacional, amigo navegante, é uma fraude.
Esse sorteio das cidades brasileiras pelo jornal nacional lembra muito o Globope.
Veja como o jornal nacional descreve o Brasil (e o Pará):
Violência é um dos principais problemas de Jacundá, PA
Terceiro destino do JN no Ar é a quinta cidade mais violenta do Pará, e 96% da população não tem acesso ao sistema de esgoto.
imprimir
O sorteio de quarta-feira, aqui no Jornal Nacional, determinou que a equipe do JN no Ar cruzasse o Brasil, do Sul para o Norte, em direção à cidade de Jacundá, no Pará.
Nesta quinta, antes de mostrar a reportagem do Ernesto Paglia, a gente vai apresentar algumas informações importantes sobre o estado.
Pará: 7,5 milhões de habitantes. É o estado mais populoso do norte, e o que produz mais riquezas. Apesar disso, tem o menor rendimento médio mensal da região.
Os paraenses convivem com a segunda maior taxa de homicídios do país. Por outro lado, são os que têm a maior expectativa de vida do Norte.
“A diversidade nossa é imensa: suco de cupuaçu, nosso tacacá, nossa maniçoba, nosso pato no tucupi”.
Mais da metade dos moradores não recebe água encanada, e 96% não têm esgoto. O analfabetismo atinge 9,3 % da população, um pouco abaixo da média nacional, que é de 9,8%.
O Pará tem 4,7 milhões de eleitores. Para chegar ao destino, o jato que leva a equipe do repórter Ernesto Paglia pousou em Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha.
O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do aeroporto e contou o que eles encontraram em Jacundá.
Vocês sabem que Jacundá é uma destas comunidades relativamente jovens do Norte do país. Parece que as pessoas foram se implantando na cidade, de forma pioneira; e o Estado, as instituições e a lei só vão chegando aos poucos, e nem sempre são bem assimilados, bem adaptados pela população local, esses pioneiros que estão lá.
São só 15 km asfaltados de Marabá até Jacundá, mas mesmo esta é uma viagem bastante sacrificada.
A estrada de Jacundá é estreita, marcada por remendos e freadas de caminhão.
A política é tensa. E aparece logo na chegada. Somos rodeados por partidários do candidato que teve mais votos em 2008, mas não assumiu a prefeitura, por causa de problemas com a Justiça Eleitoral.
“Estamos em um processo democrático que Jacundá não está tendo”.
“Tenho 16 anos e posso andar de moto. Aqui é assim, não tem lei não”.
Nas ruas, não vimos viaturas. Só uma blitz da Polícia Rodoviária, fora da cidade.
Mesmo na rodovia, a fiscalização não resolve. Motoqueiros irregulares esperam no acostamento até o bloqueio ir embora. E nem pensam em legalizar a própria situação. “Eu estou sem carteira, porque o governo não dá chance pra gente. É culpa do governo, porque eu tenho que desembolsar R$ 1,5 mil, e eu ganho um salário mínimo. Ainda tenho que ir em Marabá tirar carteira, porque em Jacundá não tira”.
Ilegalidade mais grave aparece no desabafo da moradora: “Tem violência, assassinatos, bandidagem”. Jacundá é a quinta cidade mais violenta do Pará, estado com o maior número de conflitos no campo do país, e o maior número de homicídios no Norte.
Em uma reunião anual, que estava acontecendo nesta quinta-feira em Jacundá, encontramos gente preocupada com outros problemas da cidade: a prostituição infantil e o abuso sexual de menores.
Ano passado, 52 casos de violência sexual foram registrados em Jacundá. Uma agricultora procurou o Conselho Tutelar semana passada para denunciar um vizinho abusou da filha dela, deficiente mental, de quatorze anos: “Ele aproveitou que ela tem esse problema, e se aproveitou dela”.
As madeireiras são importantes na economia de Jacundá. Uma das maiores é de um ex-prefeito. Parte da madeira, diz o dono, é nativa, retirada sob supervisão da Secretaria do Meio Ambiente do Pará. A outra vem do replantio de áreas que já foram exploradas no passado.
“Nós estamos partindo para o reflorestamento, porque agora nós temos condições para reflorestar”, disse o dono da madeireira, Adão Ribeiro.
Cuidar do futuro ainda é exceção por aqui. As pequenas carvoarias, que concentram muitos casos de trabalho escravo, mostram o lado mais atrasado deste pedaço do Pará.
“Todos que estão aqui, com certeza não queriam estar aqui. Mas fazer o que?”.
Paulo Henrique Amorim
Amigo navegante Antonio, paraense, liga de Belém para demonstrar profunda irritação com a visão haitiana do Brasil, pelo jornal nacional.
Diz o Antonio.
Para ir a Jacundá, no Pará, o jornal nacional teve que fazer escala em Marabá, não é isso ?
Por que ele não deu um pulinho a Marabá ?
A reportagem sobre Jacundá faz parte dessa nova espécie de jornalismo aero-rocambolesco, para denegrir a imagem do Brasil – do jeito que o Ali Kamel gosta.
Marabá talvez seja o maior pólo de crescimento da economia brasileira hoje.
Marabá é uma China de crescimento econômico.
A Vale constrói ali uma usina de laminados, a Alpa, que, sozinha, cria 18 mil empregos.
A Alpa será uma das principais beneficiárias da usina de Belo Monte.
(Belo Monte, que a urubóloga Miriam Leitão criticou tanto, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – um horror !)
Por causa da Alpa e da energia de Belo Monte, 40 indústrias se instalarão em Marabá.
Em Marabá passa uma das maiores pontes ferroviárias sobre rio do mundo, para levar o minério de ferro que sai de Carajás a caminho do Maranhão.
Veja que horror !
A população de Marabá deve crescer 150% até 2014.
Até lá serão criados 70 mil novos empregos e a associação comercial calcula que serão investidos US$ 33 bilhões.
No momento em Marabá se constrói um shopping-center de 30 mil metros quadrados de área de loja , com lojas âncoras do padrão de Riachuelo, Marisa e C&A.
O responsável pelo empreendimento é o grupo Leolá, que tem mais de 60 lojas na região de Marabá.
O jornal nacional, amigo navegante, é uma fraude.
Esse sorteio das cidades brasileiras pelo jornal nacional lembra muito o Globope.
Veja como o jornal nacional descreve o Brasil (e o Pará):
Violência é um dos principais problemas de Jacundá, PA
Terceiro destino do JN no Ar é a quinta cidade mais violenta do Pará, e 96% da população não tem acesso ao sistema de esgoto.
imprimir
O sorteio de quarta-feira, aqui no Jornal Nacional, determinou que a equipe do JN no Ar cruzasse o Brasil, do Sul para o Norte, em direção à cidade de Jacundá, no Pará.
Nesta quinta, antes de mostrar a reportagem do Ernesto Paglia, a gente vai apresentar algumas informações importantes sobre o estado.
Pará: 7,5 milhões de habitantes. É o estado mais populoso do norte, e o que produz mais riquezas. Apesar disso, tem o menor rendimento médio mensal da região.
Os paraenses convivem com a segunda maior taxa de homicídios do país. Por outro lado, são os que têm a maior expectativa de vida do Norte.
“A diversidade nossa é imensa: suco de cupuaçu, nosso tacacá, nossa maniçoba, nosso pato no tucupi”.
Mais da metade dos moradores não recebe água encanada, e 96% não têm esgoto. O analfabetismo atinge 9,3 % da população, um pouco abaixo da média nacional, que é de 9,8%.
O Pará tem 4,7 milhões de eleitores. Para chegar ao destino, o jato que leva a equipe do repórter Ernesto Paglia pousou em Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha.
O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do aeroporto e contou o que eles encontraram em Jacundá.
Vocês sabem que Jacundá é uma destas comunidades relativamente jovens do Norte do país. Parece que as pessoas foram se implantando na cidade, de forma pioneira; e o Estado, as instituições e a lei só vão chegando aos poucos, e nem sempre são bem assimilados, bem adaptados pela população local, esses pioneiros que estão lá.
São só 15 km asfaltados de Marabá até Jacundá, mas mesmo esta é uma viagem bastante sacrificada.
A estrada de Jacundá é estreita, marcada por remendos e freadas de caminhão.
A política é tensa. E aparece logo na chegada. Somos rodeados por partidários do candidato que teve mais votos em 2008, mas não assumiu a prefeitura, por causa de problemas com a Justiça Eleitoral.
“Estamos em um processo democrático que Jacundá não está tendo”.
“Tenho 16 anos e posso andar de moto. Aqui é assim, não tem lei não”.
Nas ruas, não vimos viaturas. Só uma blitz da Polícia Rodoviária, fora da cidade.
Mesmo na rodovia, a fiscalização não resolve. Motoqueiros irregulares esperam no acostamento até o bloqueio ir embora. E nem pensam em legalizar a própria situação. “Eu estou sem carteira, porque o governo não dá chance pra gente. É culpa do governo, porque eu tenho que desembolsar R$ 1,5 mil, e eu ganho um salário mínimo. Ainda tenho que ir em Marabá tirar carteira, porque em Jacundá não tira”.
Ilegalidade mais grave aparece no desabafo da moradora: “Tem violência, assassinatos, bandidagem”. Jacundá é a quinta cidade mais violenta do Pará, estado com o maior número de conflitos no campo do país, e o maior número de homicídios no Norte.
Em uma reunião anual, que estava acontecendo nesta quinta-feira em Jacundá, encontramos gente preocupada com outros problemas da cidade: a prostituição infantil e o abuso sexual de menores.
Ano passado, 52 casos de violência sexual foram registrados em Jacundá. Uma agricultora procurou o Conselho Tutelar semana passada para denunciar um vizinho abusou da filha dela, deficiente mental, de quatorze anos: “Ele aproveitou que ela tem esse problema, e se aproveitou dela”.
As madeireiras são importantes na economia de Jacundá. Uma das maiores é de um ex-prefeito. Parte da madeira, diz o dono, é nativa, retirada sob supervisão da Secretaria do Meio Ambiente do Pará. A outra vem do replantio de áreas que já foram exploradas no passado.
“Nós estamos partindo para o reflorestamento, porque agora nós temos condições para reflorestar”, disse o dono da madeireira, Adão Ribeiro.
Cuidar do futuro ainda é exceção por aqui. As pequenas carvoarias, que concentram muitos casos de trabalho escravo, mostram o lado mais atrasado deste pedaço do Pará.
“Todos que estão aqui, com certeza não queriam estar aqui. Mas fazer o que?”.
Paulo Henrique Amorim
domingo, 29 de agosto de 2010
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