sábado, 31 de agosto de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Globo desconhece informações do WikiLeaks sobre o Criança Esperança


SARAIVA 13


Globo desconhece informações do WikiLeaks sobre o Criança Esperança

Posted: 31 Aug 2013 04:36 PM PDT

Material cita o pagamento de taxa de 10% do valor arrecadado para a Unesco; Globo garante que todo dinheiro vai direto para as contas da instituição
Um suposto documento publicado pelo site WikiLeaks, famoso por divulgar materiais e informações confidenciais de governos e empresas, registra uma investigação sobre o recebimento de verbas da campanha Criança Esperança da Rede Globo pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). 
O documento, de 15 de setembro de 2006, revela um telegrama que teria sido enviado do escritório da Unesco em Paris, na França, para Washington, capital dos EUA. O material relata uma solicitação de reunião do então embaixador brasileiro na capital francesa, Luiz Filipe de Macedo Soares, com lideranças da entidade da ONU para discutir irregularidades ocorridas no escritório da Unesco em Brasília.
Um dos problemas a serem discutidos, mencionados no documento, seria a manipulação do dinheiro movimentado pela campanha Criança Esperança, que já teria levantado US$ 40 milhões (cerca de R$ 94,8 milhões) desde 1986. Segundo o texto, teriam sido repassados à Unesco 10% desse total, por conta de uma "taxa de serviço". O documento não faz referência sobre o destino dos 90% do montante arrecadado, mas informa que um terço do orçamento dos fundos extraorçamentais da Unesco (cerca de US$ 124 milhões, ou R$ 291,4 milhões) tem origem do escritório de campo do Brasil . No site oficial da campanha, a Rede Globo informa que "todo o dinheiro arrecadado pela campanha é depositado diretamente na conta da Unesco".
Material, de 2006, menciona o então embaixador do Brasil na França, que teria informado diretoria da Unesco sobre irregularidades no escritório brasileiro da entidadeReprodução/Wikileaks
Em uma nota divulgada no dia 8 de junho de 2011 para esclarecer rumores sobre possíveis benefícios fiscais que a emissora teria com a campanha, a Rede Globo informou que nenhuma doação do Criança Esperança passa pela emissora. De acordo com dados da própria emissora, já foram arrecadados mais de R$ 270 milhões até a última campanha.
Procurada pelo R7, a emissora carioca respondeu, em nota, que "desconhece os documentos citados [do WikiLeaks]", e informa que a parceria com a Unesco, que não traz nenhuma cláusula referente a pagamento de "taxa de serviço", teve início apenas em 2004.
Leia a nota da Rede Globo na íntegra:
"A Globo desconhece os documentos citados. Mas esclarece que não mantém parceria com a Unesco desde 1986, ano do lançamento do projeto Criança Esperança. A parceira com a Unesco começou apenas em 2004. Neste acordo, não existe qualquer cláusula prevendo pagamento de taxa de administração. Todos os custos referentes à gestão e administração do fundo Criança Esperança, a cargo da Unesco, são integralmente pagos pela TV Globo com recursos próprios. Há 28 anos o Criança Esperança contribui para a mobilização da sociedade brasileira para a garantia dos direitos de crianças e jovens e já beneficiou mais de 4 milhões de brasileiros."
No Justiceira de Esquerda

As Desventuras do Príncipe. "O livro mostra que FHC é um caso de crime continuado"

Posted: 31 Aug 2013 04:33 PM PDT

Por Leandro Fortes - CartaCapital 

"O livro mostra que FHC é um caso de crime continuado"

A obra chegou às livrarias no sábado 31, mas antes mesmo de sua publicação tem causado desconforto no ninho tucano. Luiz Fernando Emediato, publisher da Geração Editorial, responsável pela edição, tem recebido recados. O último, poucos dias atrás, foi direto: um cacique do PSDB telefonou ao editor para pedir o cancelamento do livro e avisou que a legenda havia contratado um advogado para impedir a publicação, caso o apelo não fosse atendido.
Tanto alvoroço deve-se ao lançamento de O Príncipe da Privataria – A história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição, do jornalista Palmério Dória. O título da obra faz alusão à alcunha de "príncipe dos sociólogos", sugestão de amigos do ex-presidente, e ao termo privataria, menção ao processo de privatização comandado pelo PSDB nos anos 1990 e eternizado por outra obra da Geração Editorial, A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.
Há razão para os temores dos aliados de FHC. Na obra, Dória reconstituiu um assunto que os tucanos prefeririam ver enterrado: a compra de votos no Congresso para a emenda da reeleição que favorecia o ex-presidente. E detalha o "golpe da barriga" que o deixou refém das Organizações Globo, em especial, e do resto da mídia durante seus dois mandatos.
A maior novidade é a confirmação da identidade do Senhor X, a fonte anônima responsável pela denúncia do esquema de compra de votos para a emenda da reeleição. O ex-deputado federal Narciso Mendes, do PP do Acre, precisou passar por uma experiência pessoal dolorosa (esteve entre a vida e a morte depois de uma cirurgia) para aceitar expor-se e contar novos detalhes do esquema.
A operação, explica Mendes no livro, foi montada para garantir a permanência de FHC na Presidência e fazer valer o projeto de 20 anos de poder dos tucanos. Para tanto, segundo o ex-parlamentar, foram subornados centenas de parlamentares, e não apenas a meia dúzia de gatos-pingados identificados pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de São Paulo, autor das reportagens que apresentaram em 1997 as gravações realizadas pelo Senhor X, apelido criado pelo repórter para preservar a identidade do colaborador, então deputado do antigo PPB.
Os mentores da operação que pagou 200 mil reais a cada deputado comprado para aprovar a reeleição, diz o Senhor X, foram os falecidos Sergio Motta, ex-ministro das Comunicações, e Luís Eduardo Magalhães, filho de Antonio Carlos Magalhães e então presidente da Câmara dos Deputados. Em maio de 1997, a Folha publicou a primeira reportagem com a transcrição da gravação de uma conversa entre os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre. No áudio, a dupla confessava ter recebido dinheiro para votar a favor da emenda. Naquele momento, o projeto tinha sido aprovado na Câmara e encaminhado para votação no Senado.
À época, a oposição liderada pelo PT tentou instalar uma CPI para apurar as denúncias. Mendes resume os acontecimentos a Dória e ao jornalista Mylton Severiano, que participou das entrevistas com o ex-deputado em Rio Branco: "Nem o Sérgio Motta queria CPI, nem o Fernando Henrique queria CPI, nem o Luís Eduardo Magalhães queria CPI, ninguém queria. Sabiam que, estabelecida a CPI, o processo de impeachment ou no mínimo de anulação da emenda da reeleição teria vingado, pois seria comprovada a compra de votos".
E assim aconteceu. A denúncia foi analisada por uma única comissão de sindicância no Congresso, que apresentou um relatório contrário à instalação de uma CPI. O assunto foi enviado ao Ministério Público Federal (MPF), então sob o comando de Geraldo Brindeiro. O procurador fez jus ao apelido de "engavetador-geral", nascido da sua reconhecida leniência em investigar casos de corrupção do governo FHC. O MP nunca instalou um processo de investigação, a mídia nunca demonstrou o furor investigatório que a notabilizaria nestes anos de administração do PT e o Congresso aprovou a emenda, apesar da fraude.
O Príncipe da Privataria tenta reconstituir os passos da história que levou uma repórter da TV Globo em Brasília, a catarinense Miriam Dutra, a um longo exílio de oito anos na Europa. Repleta de detalhes, a obra reconstituiu o marco zero dessa trama, "nalgum dia do primeiro trimestre de 1991", quando o jornalista Rubem Azevedo Lima, ao caminhar por um dos corredores do Senado, ouviu gritos do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso. "Rameira, ponha-se daqui pra fora!", bradava o então parlamentar, segundo relato de Lima, ex-editorialista da Folha de S.Paulo, enquanto de lá saía a colega da TV Globo, trêmula e às lágrimas. A notícia de um suposto filho bastardo não era apenas um problema familiar, embora não fosse pouco o que o tucano enfrentaria nessa seara. A mulher traída era a socióloga Ruth Cardoso, respeitada no mundo acadêmico e político. O caso extraconjugal poderia atrapalhar os planos futuros do senador. Apesar de se apresentar como um "presidente acidental", em um tom de desapego, FHC sempre se imaginou fadado ao protagonismo na vida nacional.
Escreve Dória: "Entra em cena um corpo de bombeiros formado por Sérgio Motta, José Serra e Alberico de Souza Cruz – os dois primeiros, cabeças do "projeto presidencial"; o último, diretor de jornalismo da Rede Globo e futuro padrinho da criança". Motta e Serra bolaram o plano de exílio da jornalista, mas quem tornou possível a operação foi Souza Cruz, de atuação memorável na edição fraudulenta do debate entre Collor e Lula na tevê da família Marinho às vésperas do segundo turno. A edição amiga, comandada diretamente por Roberto Marinho, dono da emissora, e exibida em todos os telejornais do canal, levaria o "caçador de marajás" ao poder. Acusado de corrupção, Collor renunciaria ao mandato para evitar o impeachment.
Miriam Dutra e o bebê foram viver na Europa e o caminho político de FHC foi novamente desinterditado. Poucos anos depois, ele se tornaria ministro da Fazenda do governo de Itamar Franco, surfaria no sucesso do Plano Real, a ponto de renegar a importância do falecido ex-presidente na implementação da estabilidade monetária no País, e venceria a eleição de 1994 no primeiro turno.
Por muito tempo, apesar de o assunto circular nas principais rodas políticas de Norte a Sul, Leste e Oeste, imperou nos principais meios de comunicação um bloqueio a respeito do relacionamento entre o presidente e a repórter. Há um pressuposto não totalmente verdadeiro de que a mídia brasileira evita menções à vida particular dos políticos, ao contrário das práticas jornalísticas nos EUA e Reino Unido. Não totalmente verdadeiro, pois a regra volta e meia é ignorada quando se trata dos adversários dessa mesma mídia.
No fim, o esforço para proteger FHC mostrou-se patético. Só depois da morte de Ruth Cardoso, em 2008, o ex-presidente decidiu assumir a paternidade do filho da jornalista. Mas um teste de DNA, feito por pressão dos herdeiros do tucano, provou que a criança não era dele.
Dória entrevistou inúmera personalidades, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, o ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes e o senador Pedro Simon, do PMDB. Os três, por variadas razões, fizeram revelações polêmicas sobre FHC e o quadro político brasileiro. Há outras declarações pouco abonadoras da conduta do ex-presidente. A obra trata ainda do processo de privatização, da tentativa de venda da Petrobras e do plano de entrega da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ao setor privado. "O livro mostra que FHC é um caso de crime continuado", resume o autor.
 
Do Blog O Esquerdopata

Canhedo é preso por sonegar. E a Globo?

Posted: 31 Aug 2013 01:42 PM PDT


Altamiro Borges, Blog do Miro

 'O empresário Wagner Canhedo, ex-proprietário da Vasp, foi preso na manhã deste sábado (31) em Brasília. Segundo o UOL, "a prisão foi determinada pela Justiça de Santa Catarina e o motivo foi a sonegação de impostos. Ele terá de cumprir pena de quatro anos e cinco meses de prisão em regime semi-aberto. Por não ter curso universitário, ele terá de dividir cela com outros presos, mas, pela idade avançada, a cela não terá muitos encarcerados... Canhedo foi detido por volta das 6h30 deste sábado e levado a Delegacia de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI), na capital federal".
O caloteiro Wagner Canhedo "comprou" a Viação Aérea São Paulo (Vasp) no criminoso processo de privatização das estatais dos anos 1990. Em pouco tempo, o empresário destruiu a empresa, demitiu milhares de trabalhadores e deixou pesadas dívidas. Investigações comprovaram que ele sonegou impostos e não pagou direitos trabalhistas e previdenciários aos funcionários. A mídia privatista, que adora criticar a "ineficiência" das estatais e de bajular a "eficiência" da iniciativa privada, sempre evitou dar maior destaque aos crimes promovidos por Wagner Canhedo. Agora, ele foi preso - provavelmente por pouco tempo, já que no Brasil só ladrão de galinha fica na cadeia.
Mesmo assim, fica uma ponta de esperança - ela é a última que morre, mas morre! Será que agora também será investigada sonegação bilionária promovida pela poderosa Rede Globo? Será que algum dos filhos de Roberto Marinho irá para a prisão, caso seja comprovada a fraude fiscal? O escândalo da sonegação, que já ultrapassaria R$ 600 milhões em valores atualizados e cobranças de multas, foi denunciado pela blogosfera - com destaque para os blogueiros Miguel de Rosário e Fernando Brito. Com exceção da TV Record, que por motivos óbvios repercutiu a denúncia, o restante da mídia nada fala sobre o assunto. Será que as coisas estão mudando no Brasil?"

O catastrofismo não sabe o que dizer diante da alta do PIB

Posted: 31 Aug 2013 01:38 PM PDT

pibmundo

O catastrofismo não sabe o que dizer diante da alta do PIB

31 de agosto de 2013 | 09:21
Os jornais de hoje bem que mereciam ser edições comemorativas de um hipotético "Dia do Sorriso Amarelo".
Diante da alta – mais que inesperada, chocante – do PIB, formou-se um coro quase unìssono de que "não se animem, a coisa já está piorando", enquanto se buscavam "especialistas" para prever como vai se dar, amanhã, a catástrofe tão desejada.
Dilma terá o terceiro pior PIB entre 30 presidentes, brada a Folha, usando a voz de um economista que, não surpreende, também coloca na rabeira os anos de desenvolvimento de Lula, situando-o em décimo-nono.
O Globo chega a fazer um editorial dizendo que o resultasdo nao autoriza otimismo, pedindo mais cortes nos gastos públicos – que já foram decepados, como mostra o resultado analítico do PIB pelo IBGE – e a continuidade do arrocho no crédito: "O importante é não subordinar o BC ao calendário eleitoral."
Tradução: folga para quem ganha com arbitramento de juros, aqui e lá fora, e travas para quem precisa investir, produzir e consumir, o que é, afinal, o que põe a rodar a economia real, aquela que existe fora dos terminais de computador dos bancos.
Claro que nada autoriza a supor que o bom desempenho do segundo semestre se repita, mecanicamente, no terceiro e no quarto trimestres. Mas igualmente nada faz supor que vá ser inferior. E, com toda a certeza, será significativamente superior que o segundo semestre de 2012, inegavelmente ruim.
Mas a elite brasileira parece amofinar-se diante de qualquer perspectiva de progresso quando a sabe inclusiva socialmente. Afinal, o Brasil do atraso não lhe era tão mal, porque nada lhe faltava, excento uma nação. Da qual, aliás, ela não se sente parte.
Por isso, talvez, o chinês Yin Mingshan, de um grupo chinês que fabrica automóveis no Uruguai e vende aqui diz, numa entrevista à Folha que só um idiota não investiria no Brasil.
E que ele não sabe que há muitos idiotas por aqui.

Por: Fernando Brito
 
Do Blog TIJOLAÇO

E agora, o que eles dizem?

Posted: 31 Aug 2013 01:34 PM PDT

Negro Belchior. Quem tem medo de mulheres (NEGRAS) de jaleco branco?

Posted: 31 Aug 2013 01:31 PM PDT


"A classe médica (e média) que hoje não se constrange em manifestar seu preconceito racial é herdeira de Nina Rodrigues. Racista confesso, o renomado médico baiano tentava dar cientificidade à sua tese sobre as raças inferiores. Acreditava ele que os negros tinham capacidade mental limitada e uma tendência natural à criminalidade.

No final do século XIX, Nina Rodrigues combatia a miscigenação por acreditar que qualquer mistura poderia degenerar a raça superior branca. Mais ainda, defendia a existência de dois códigos penais: uma para os brancos e outro para as raças inferiores. Esses e outros absurdos podem ser observados em seu livro "As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal no Brasil'. "
link da imagem: Religiões Afro Brasileira e Política: Médicos Negros Cubanos para o SUS no Brasil

Quem tem medo de mulheres de jaleco branco
CartaCapital - Negro Belchior - 29/08/2013

"Eu já desde muito nova queria fazer Medicina… só que Medicina é um curso impensável para as pessoas de onde eu venho, para as pessoas como eu sou, negra, mulher, pobre, Capão Redondo. Ninguém sonha ser médico lá. Eu insisti que queria fazer medicina." – Cintia Santos Cunha

Por Douglas Belchior

Em seu texto sobre a polêmica dos médicos cubanos no Brasil e a reação de uma jornalista potiguar que escandalizou as redes sociais ao dizer que médicos cubanos pareciam "empregadas domésticas", e que precisariam ter "postura de médico", o que não acontecia com os profissionais cubanos, o professor Dennis de Oliveira sintetizou:

"(…) ela expressou claramente o que pensa parte significativa dos segmentos sociais dominantes e médios do Brasil: para eles, negros e negras são tolerados desde que em serviços subalternos. Esta é a "tolerância" racial brasileira."

Por que a direita odeia tanto Zé Dirceu?

Posted: 31 Aug 2013 01:27 PM PDT

Por que a direita odeia tanto Zé Dirceu?

PAULO NOGUEIRA 31 DE AGOSTO DE 2013
Provavelmente porque ela não conseguiu seduzi-lo como fez com tanta gente.
Dirceu
Dirceu
Por que Zé Dirceu é tão odiado pela direita?
Ele é ainda mais odiado que Lula, o que não é pouco.
Tenho minha tese.
De Lula era esperado, mesmo, que estivesse do lado oposto ao da direita. Operário, nordestino, nove dedos, pouca oportunidade de estudar.
Seria uma aberração Lula se alinhar ao 1%, para usar a grande terminologia do movimento Ocupe Wall Street.
Mas Dirceu não.
Ele tinha todos os atributos para figurar no 1% que fez o país ser o que é, um dos campeões mundiais de iniquidade, a terra das poucas mansões e das tantas favelas.
Articulado, inteligente, dado a leituras. Bem apessoado. Na ótica do 1%, pessoas como Zé Dirceu são catalogadas como traidoras, e devem ser punidas exemplarmente para que outras do mesmo gênero, ou se preferirem da mesma classe, não sigam seu exemplo.
Na França revolucionária, a aristocracia entendia que os Marats, os Desmoullins, os Héberts  pregassem a morte do velho regime, mas jamais conseguiu compreender o que levou o Duque de Orleans a também lutar pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade.
O 1% brasileiro, na história recente, soube sempre atrair equivalentes a Dirceu. Carlos Lacerda, por exemplo, era de esquerda na juventude.
Depois, se tornou um direitista fanático. Segundo relatos de quem o conheceu, ele se cansou da vida dura reservada aos esquerdistas em seus dias e foi para onde o dinheiro estava.
O 1% recompensa bem. Nos dias de hoje, se você defende os privilégios, acaba falando na CBN, aparecendo em entrevistas na Globonews, tendo coluna em jornais e revistas, dando palestras muito bem pagas. E, com a carteira abastecida, ainda pode posar de 'corajoso' defensor da 'imprensa livre'.
Dirceu não fez a trajetória de Lacerda. Não abjurou suas crenças.
E então virou o demônio.
Quem o demonizou foram exatamente aqueles que o adulariam se ele se vendesse. A imagem que a mídia construiu de Zé Dirceu concentrou num único homem todos os defeitos possíveis: vaidoso, arrogante, corrupto, inescrupuloso, maquiavélico.
Um monstro, enfim.
Pegou essa imagem? Menos do que o 1% gostaria, provavelmente. Quem não se lembra de Serra, num debate com Haddad, repetidas vezes tentar encurralar seu oponente com a acusação de que era "amigo do Dirceu"?
Haddad reconheceu tranquilamente a amizade, e quem terminou eleito não foi Serra.
Na mídia tradicional, a campanha contra Dirceu desconhece limites jornalísticos e, pior que isso, legais.
Um repórter tenta invadir criminosamente o quarto do hotel que ele ocupa, e ainda assim é Dirceu que aparece como o vilão do caso.
Quem conhece o Dirceu real, com seus defeitos e virtudes, grandezas e misérias, são aqueles poucos de seu círculo íntimo. Para eles não faz efeito o noticiário que o sataniza. (Caso interesse a alguém, nunca votei em Dirceu e não o conheço pessoalmente.)
De resto, esse noticiário – ou propaganda – não é feito para eles, mas para os chamados 'inocentes úteis', aqueles que em outras épocas acreditaram no "Mar de Lama" de Getúlio Vargas ou no "perigo comunista" representado por João Goulart.
É a imagem demoníaca de Dirceu construída pela mídia que, nestes dias, é utilizada pela maioria dos juízes do Supremo no julgamento do Mensalão.
Não chega a ser surpresa. A justiça brasileira tradicionalmente foi uma extensão do 1%.
Estudiosos já notaram a diferença da atuação da justiça no Brasil e na Argentina na época das duas ditaduras militares.
No Brasil, a justiça foi servil aos militares. Na Argentina, a justiça desafiou frequentemente os militares ao declarar inocentes muitos acusados de "subversivos".
Isso acabou levando os militares argentinos a simplesmente matar milhares de opositores sem que fossem julgados.
Fundamentalmente, Dirceu paga o preço de sua opção teimosa pelo 99%.
Mas quem vai julgá-lo perante a história não é o 1%, representado por uma mídia que defende seus próprios privilégios e finge se bater pelo interesse público. E nem uma corte em cuja história a tradição é o alinhamento alegremente pomposo com o 1%.
Ele deve saber disso, e imagino que isso o conforte em horas duras como esta.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-direita-odeia-tanto-ze-dirceu/

Medalhões do quanto pior, melhor, perdem apostas

Posted: 31 Aug 2013 06:32 AM PDT


"Economistas, comentaristas, agentes financeiros e formadores de opinião aninhados na mídia tradicional não emplacam suas projeções; inflação não disparou, emprego não desabou e PIB não parou de crescer às portas do sétimo mês do ano; palpites na debacle recrudescem, vindos de nomes como Alexandre Schwatsmann, Miriam Leitão, Ilan Goldfajn, Roberto Setúbal, Merval Pereira, Arminio Fraga, Maílson da Nóbrega e outros; mas resultados oficiais, números objetivos e calibragens na política econômica mostram que Brasil resiste em aceitar a tese da profecia auto-realizável; crescimento do PIB em 1,5% no segundo trimestre deixou pessimistas sem munição para suas críticas; artigos
Brasil 247
Diante do resultado da economia no segundo trimestre do ano, com crescimento de 1,5% no período e alta anualizada de 6% - percentuais apurados pelo IBGE e aceitos até pelos mais céticos -, considerar pessimistas os economistas, articulistas e agentes financeiros e políticos que vêm fazendo seguidas profecias de debacle passou a ser simplório. O que se quer, na verdade, neste campo em que se enxergam apenas sombras no ambiente econômico e projetam-se chuvas e trovoadas para cada alvorecer, é praticar o antigo jogo do quanto pior, melhor. Ganha nesta parada quem contribuir mais efetivamente para a não reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Em outras palavras, as análises econômicas veiculadas nas mais variadas plataformas da mídia tradicional estão se revelando contaminadas pelo interesses político. Se fosse diferente, os números realizados pela economia brasileira coincidiriam com as sinistroses espalhadas diariamente em todos os jornais, revistas e tevês do País. No entanto, o que se vê é uma persistente resistência do Brasil real contra esse Brasil imaginado pelos arautos do caos."
Matéria Completa, ::AQUI::
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Redes sociais desmontam denúncia da Folha sobre o Mais Médicos

Posted: 31 Aug 2013 06:25 AM PDT


A análise dos jornais diários é sempre uma caixinha de surpresas quando se tem tanta informação rolando nas redes sociais. A Folha de hoje estampa denúncia de que os prefeitos de 11 cidades demitirão médicos locais para que cheguem os profissionais do Programa Mais Médicos. A denúncia é grave.
Uma leitura apurada da matéria leva por entendimentos diversos. Título de capa aponta para a certeza de que haverá demissões "de médicos locais para receber os de Dilma", o subtítulo coloca que 11 cidades "decidem trocar profissionais para ficar com os do programa Mais Médicos, pagos pela União". Pois bem. A denúncia chama a atenção. O texto da chamada afirma que prefeituras do Norte e Nordeste começaram a trocar médicos contratados pelo Mais Médicos. Ponto. E que prefeitos e secretários de saúde "dizem que a mudança é vantajosa", pois os profissionais são custeados pelo governo federal enquanto os médicos locais são pagos pelas prefeituras, com salários que chegam a R$ 35 mil. Outro atrativo é a certeza de que o novo profissional irá trabalhar por três anos, pelo menos.
A personagem que dá corpo à denúncia, a médica Junice Moreira, diz que foi comunicada da demissão, afirmando que "disseram que eu tinha que dar lugar a um cubano". O prefeito em questão, da cidade de Sapeaçu (BA), Jonival Lucas (PTB), afirmou que ela está saindo por não cumprir a carga horária e não por conta da adesão ao programa.
Na reportagem que abre o caderno Cotidiano, a Folha afirma que identificou 11 cidades de quatro estados diferentes que pretendem fazer demissões para receber os profissionais do Mais Médicos. Prefeitos reclamam da alta rotatividade e de altos salários que precisam pagar para conseguir segurar profissionais. Além disso, aponta para a falta de infraestrutura como um fator que desanima os médicos locais. O impacto dos salários em pequenas prefeituras fica evidenciado na matéria.
Na segunda página do mesmo caderno, vem a reportagem-denúncia de que a médica Junice estaria sendo demitida para dar lugar a "um cubano". Essa é a manchete da página, e o subtítulo reafirma o título. Começa com a triste notícia de que hoje, em Murici, povoado de Sapeaçu, será o último dia de trabalho da médica mineira, e sua demissão teria sido anunciada pela Coofsaúde, cooperativa que faz o pagamento dos médicos que ali trabalham por meio de contrato com a prefeitura. A cooperativa confirmou a saída da médica e que, em seu lugar, entrará um médico do programa. A brasileira se disse surpreendida pela notícia "pois não tinha feito nada errado". E vai discorrendo sobre o caso, dizendo que é "adorada" pela população local.
Ouvido, o prefeito afirmou que a demissão não tem nada a ver com o programa, que já estavam procurando outro profissional para colocar no lugar da doutora Junice e o problema alegado para que a troca ocorresse era de que ela não estaria cumprindo a carga horário estabelecida, sendo que o substituto será um profissional brasileiro que já atuou naquela região. E sim, ele afirma que o programa traz benefícios aos municípios, pois desonera a folha de pagamento.
Em texto com uma coluna, a Folha fala dos outros municípios que irão trocar médicos locais por estrangeiros. Fala de Barbalha, no Ceará, que substituirá dois contratados por outros do Mais Médicos. De Camaragibe (CE), a informação de que o município tem direito a quatro médicos pelo programa, então demitirá dois para receber outros profissionais, e os dois restantes deixarão de receber pelo município para receber pelo governo federal. Não deixa claro se esses médicos locais, que receberão pelo governo, terão salário rebaixado. Isso é uma imposição? O jornal não explica esse ponto, e fica uma denúncia comprometida, já que o Programa Mais Médicos tem profissionais inscritos, por interesse próprio, e somente os que passaram pelo crivo da inscrição poderão ser indicados aos municípios. Assim fica a pergunta: como os médicos receberão do governo ,sem participação no programa via inscrição e escolha de município?
E mais, neste pequeno texto, outra informação importante: a de que, além da economia, aponta-se a obrigação de cumprir horários como outro benefício, já que os médicos serão acompanhados pelo governo federal.
E o outro lado, com Padilha afirmando que os quadros das prefeituras são monitorados para evitar que esse tipo de problema, apontado na matéria, ocorra. "Esse programa é Mais Médicos, não troca de médicos", afirmou o  ministro em audiência no dia 14, na Câmara.
Um infográfico, em todo o centro da página, cujo título é "Substituição de Mão de Obra", coloca os 11 municípios no mapa. Mas também traz outras informações: nos quatro estados o número total de médicos, o número de médicos por mil habitantes e os médicos previstos na primeira etapa do programa. E mais: traz uma relação médico/mil habitantes em outros países, o que acaba por endossar a necessidade do programa para essas regiões.
E as redes sociais com isso?
Nem bem a Folha trazia sua manchete com a denúncia, começou a circular no Facebook a denúncia de que a denúncia do jornal seria vazia. Segundo Vania Grossi, usuária da rede social, a Dra Junice teria três empregos, o que daria uma jornada semanal de 124 horas. A usuária afirma, também, que esse tipo de problema, de médico burlar o atendimento com vários empregos concomitantes, está acontecendo em sua cidade, e que eles estão sendo acionados para devolver o dinheiro recebido ao município.
As redes sociais dirão se a Folha tem ou não razão. Basta dar um tempinho para que as denúncias sobre essa denúncia sejam confirmadas ou refutadas. Em tempos de facilidade de informação, a Folha deveria ter se escudado com o contracheque da denunciante, para não dar espaço ao clamor das redes sociais.
Acompanhemos, pois!
Veja a denúncia da usuária do Facebook no final desta matéria.
Outros temas
O Estadão não deu nenhuma chamada na capa sobre o Programa Mais Médicos. Os dois jornais paulistas deram destaque para Donadon, que se livrou da cassação, com foco na reação dos deputados, que querem agora o voto aberto em cassações. O tema se une ao do julgamento dos recursos dos acusados no "mensalão", que irão para votação de cassação, ou não, segundo as novas normas que conseguirem aprovar, e querem acelerar a votação de projeto. A Folha deu os ausentes por partidos, um infográfico com algumas fotos e o nome de cada um.
Os dois jornais deram com destaque menor na capa, mas com grande destaque interno, as últimas do STF, com rejeição de recurso e manutenção de pena de José Dirceu, do PT.
No Estadão, Toffoli ainda é destaque, com repercussão da reportagem de ontem sobre empréstimos que teria feito em banco com ações sob sua relatoria.
Os dois jornais estampam o fato de que já somos 200 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE. Em quatro décadas a população brasileira dobrou, mas a tendência é de que o ritmo de crescimento populacional seja menor nos próximos anos.
 
Lourdes Nassif
No Jornal GGN
* * *

Denúncia contra Mais Médicos tem marca do PSDB

:
A fonte principal de uma denúncia contra o programa que visa levar médicos a regiões remotas do País, publicada na Folha, é filiada ao PSDB; Desirée de Sá Barreto, secretária-adjunta de Saúde de Barbalho (CE), afirmou ao jornal que médicos brasileiros serão substituídos por cubanos, uma vez que, assim, a prefeitura deixará de gastar com os salários dos profissionais; em resposta, o Ministério da Saúde afirmou que as prefeituras que agirem desse modo serão excluídos do Mais Médicos; com a entrevista de Desirée à Folha, criou-se a percepção falsa de que médicos estrangeiros estão tomando postos de brasileiros
Uma denúncia contra o programa Mais Médicos, divulgada nesta sexta-feira pela Folha de S.Paulo, tem o carimbo do PSDB. O jornal informou ter identificado 11 cidades de quatro Estados que pretendem demitir médicos contratados pela Prefeitura a fim de substituí-los por profissionais do programa do governo federal, cujos salários serão totalmente bancados pela União. Desta forma, fariam economia nos cofres municipais, trocando o que seriam seus gastos por custos para o governo federal. O problema é que a principal fonte da reportagem é do ninho tucano.
"Eles só serão dispensados quando os novos se apresentarem, para poder fazer a permuta", disse à Folha a secretária-adjunta de Saúde do município de Barbalha, no Ceará, Desirée de Sá Barreto. Desirée, que também é presidente do Conselho Municipal de Saúde, é filiada ao PSDB, segundo o TRE-CE, que possui seus dados de quando foi eleita vereadora na cidade. Sua proposta é apoiada pelo secretário da Saúde de Barbalha, Caio Melo, que declarou: "Se fosse possível, botaríamos todos [pelo] Mais Médicos, porque não teríamos o custo do salário mensal dos profissionais".
A prática foi considerada inaceitável pelo Ministério da Saúde, que garantiu que a cidade que fizer esse tipo de troca de médicos será excluída do programa. "Os municípios que insistirem nessa questão [de substituição] nós vamos visitar e, se observada essa prática, os médicos serão remanejados e esses municípios serão excluídos do programa", disse hoje o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, após a publicação da denúncia.
Como se vê, o PSDB não apenas é um forte crítico do programa lançado no início de julho pela presidente Dilma Rousseff, que visa levar médicos brasileiros e estrangeiros a regiões pobres do País, como aparentemente pretende sabotar a iniciativa, ajudando a alimentar a percepção de que médicos estrangeiros estarão tomando vagas de brasileiros.
No 247

Anúncio do PIB é um cala-boca nos pessimistas

Posted: 30 Aug 2013 05:37 PM PDT


Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho

"Esta não é apenas uma boa notícia, como há tempos vinha procurando, é ótima: para calar a boca dos pessimistas (eu mesmo às vezes sou acometido por esta síndrome), o IBGE anunciou nesta sexta-feira que a economia brasileira cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, bem acima da taxa registrada nos Estados Unidos, que ficou em 0,6%, e em outros países (ver outras informações aqui mesmo no R7). 

Escrevo apenas para registrar uma consequência importante: este número pode animar os investidores daqui e de fora, o principal entrave da economia brasileira no momento, que afeta todos os outros índices. Criou-se um clima de fim de feira que desanimou muita gente, como se o Brasil não tivesse condições de recuperar os níveis de crescimento registrados até 2010 que chamaram a atenção do mundo e atraíram novos investidores.

A economia não é feita só de números, eu sei, mas também do humor de quem decide como e onde aplicar o seu dinheiro. Por aqui, este humor andava péssimo. Após a leitura do noticiário da nova e da velha mídia dava até vontade de desistir e nem sair de casa. Agora, nem parece tão utópica a previsão de um crescimento de 4% no próximo ano feita nesta semana pelo ministro da Fazenda Guido Mantega.

Depois de tantas más notícias e trapalhadas em diferentes áreas, a semana não poderia terminar melhor para o governo porque, depois de nove trimestres consecutivos de crescimento abaixo de 1%, o Brasil inverte os sinais, o que certamente refletirá também no campo político, tornando menos indócil a tal da base aliada.

Para se ter uma ideia do que mudou, surpreendendo todos os analistas e comentaristas econômicos, em relação ao mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 3,3%. Claro que não faltarão abutres para prever que estes números não representam uma nova tendência e podem não ser confirmados no próximo trimestre. Afinal, toda notícia boa por aqui sempre vem acompanhada de um inevitável "mas...".

Uma coisa é certa: o nosso País sempre nos surpreende, para o bem ou para o mal. O Brasil, positivamente, não obedece às regras dos velhos manuais.
 
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Francisco Almeida 




Via Email: Megacidadania: Escândalo judiciário é o vale-tudo na AP 470


Megacidadania


Escândalo judiciário é o vale-tudo na AP 470

Posted: 31 Aug 2013 08:00 AM PDT

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AP 470, UM ESCÂNDALO JUDICIÁRIO????

O STF mantém até hoje, sob segredo de justiça, um inquérito de nº 2474 que guarda documentos e investigações sobre o "mensalão" - AP 470 (Ação Penal 470). Os advogados dos réus, já condenados pelos ministros do STF, nunca tiveram acesso a este inquérito 2474.

O ministro Joaquim Barbosa, relator deste inquérito 2474, nunca informou nem aos advogados de defesa e nem aos outros ministros do STF, da existência de um "procedimento jurídico" paralelo à AP 470.

Pergunta: Isto não prejudicou o direito à ampla defesa das pessoas acusadas? JOAQUIM BARBOSA O RELATOR DE 2 PROCESSOS: UM QUE TODO MUNDO VÊ (ATÉ NA TV) E OUTRO QUE NINGUÉM SABE

Em 2005, quando eclodiu o escândalo do mensalão, o PGR, Antônio Fernando de Souza, imediatamente e "apressadamente" apresentou denúncia contra 40 pessoas, todas interligadas por uma pecha dita publicamente por Ayres Britto: o esquema serviu para manter um projeto de poder do PT "muito além de um quadriênio quadruplicado".

A "pressa" que o PGR teve para selecionar 40 pessoas acabou trazendo "problemas". O "problema" é que o PGR havia apresentado uma denúncia basicamente fundamentada em indícios. A investigação que a Polícia Federal (PF) estava realizando não era conclusiva e se estendeu mesmo depois que o PGR já havia apresentado a denúncia.

A PF continuou investigando outras pessoas e empresas além das 40 "escolhidas" pelo PGR. E o material dessas investigações foi sendo entregue ao Procurador Geral da República, Antônio Fernando de Souza.

A PF entregou para o PGR o Laudo 2828/2006-INC que tratava da investigação realizada na Visanet. O PGR, havia denunciado que o Banco do Brasil era dono do dinheiro do Fundo de Marketing da Visanet e que este dinheiro foi desviado unicamente pelo ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, para a agência de publicidade DNA, do Marcos Valério, que, por sua vez, fraudulentamente, "deu" o dinheiro para o Partido dos Trabalhadores que comprou votos de parlamentares para votarem nos projetos de interesse do governo Lula.

Pois o problema é que o Laudo 2828/2006-INC não confirmava a denúncia que o PGR havia feito!

O Laudo nem falava no nome de Pizzolato. Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística apresentaram documentos (muitos) assinados por funcionários do Banco do Brasil, que efetivamente eram os responsáveis por gerir/gerenciar o dinheiro do Fundo de Marketing da Visanet. Pizzolato não estava entre eles.

O PGR ficou com o "pepino na mão". Mas ele teve uma idéia. Escreveu para Joaquim Barbosa e fez um pedido. O PGR alegou que documentos novos estavam chegando (mas que não tinham nada a ver com as pessoas que ele já havia denunciado). Estes documentos "novos" continuavam sendo anexados no processo do "mensalão" (aquele que sempre passa na tv). Alegou que isto podia gerar confusão e, diante disto pediu que Joaquim Barbosa colocasse estes documentos em outro lugar.

AQUI NASCE O INQUÉRITO 2474, APELIDADO DE "GAVETÃO"

Joaquim Barbosa atendeu o pedido do PGR, abriu e tornou-se relator do inquérito 2474, que ningém sabe da existência, já se vão mais de 6 anos, e até hoje está sob segredo de justiça.

O PGR "guardou" o Laudo 2828/2006 neste inquérito "gavetão" - o 2474 - e esperou que a denúncia que ele havia, apressadamente, feito fosse julgada pelos ministros do STF. A denúncia foi aceita em agosto de 2007.

Como todo mundo, inclusive o "PIG" já tinha conhecimento que a PF tinha feito a investigação na Visanet, o PGR não conseguiu "guardar" prá sempre o Laudo 2828/2006 no inquérito 2474, o "gavetão". Ele esperou a publicação do acórdão do julgamento de aceitação da denúncia e 2 dias depois apresentou o Laudo 2828 na Ação Penal 470. Assim nenhum advogado dos acusados teve acesso ao Laudo 2828 para defender seus clientes antes do julgamento da aceitação da denúncia.

O PGR, para certificar-se que ninguém leria o Laudo 2828, já que o Laudo não disse o que ele, PGR, queria que o Laudo dissesse, ele fez uma carta de apresentação (do laudo 2828) e, ele, PGR, se encarregou de dizer o que o laudo não disse. O PGR escreveu que "os dados levantados pelo Laudo 2828 confirmam a denúncia de que Henrique Pizzolato e Luiz Gushiken haviam beneficiado a empresa de Marcos Valério (DNA), ao fazer adiantamentos sem a devida contraprestação de serviços".

Pois é... O Laudo 2828 não diz isto.

Joaquim Barbosa teve conhecimento destes fatos. Joaquim Barbosa, o relator de 2 processos o inquérito 2245 que virou Ação Penal 470 e o inquérito 2474, sigiloso há mais de 6 anos, afirmou que "os dados do inquérito (2474) não serão utilizados na análise dos fatos da AP 470, por tratarem de fatos diversos, não havendo, portanto qualquer cerceamento do direito de defesa nos autos daquela ação penal (470)".

Os dados de documentos do inquérito 2474 foram, sim, utilizados na AP 470. Aliás, com pleno conhecimento do PGR, Antônio Fernando de Souza e do relator, Joaquim Barbosa, o Laudo 2828/2006, foi ocultado no inquérito 2474, fato que, comprovadamente desrespeitou o amplo direito de defesa de todos os réus da AP 470.

Pergunta: Vale tudo para condenar???

JB Inq 2474

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Francisco Almeida 




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