sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Via Email: SARAIVA 13: PESQUISA CNT / SENSUS - CONTRA LULA OU DILMA, AÉCIO NEVES PERDERIA DE LAVADA EM 2014




SARAIVA 13


Posted: 03 Aug 2012 05:15 PM PDT


Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (3) mostra os candidatos José Serra (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) empatados na liderança na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Enquanto o tucano tem 26% das intenções de votos, o candidato do PRB conta com 25%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
No levantamento anterior do instituto, feito em maio, Serra aparecia com 31% das intenções e Russomanno, com 16%.
A pesquisa Ibope divulgada hoje ainda mostra empatados em terceiro lugar quatro candidatos: Soninha Francine (PPS), com 7%, Fernando Haddad (PT), 6%, Gabriel Chalita (PMDB), 5%, e Paulinho da Força (PDT), 5%.
Com 1% das intenções de votos aparecem os candidatos Ana Luiza (PSTU) e Carlos Giannazi (PSOL). Não pontuaram Levy Fidelix (PRTB), Miguel Manso (PPL) e Anaí Caproni (PCO).
Segundo a pesquisa, 14% declaravam que votarão em branco ou nulo e 9% disseram não saber em quem votar.
REJEIÇÃO
Serra aparece ainda com 34% de rejeição, segundo o Ibope. Paulinho da Força e Soninha Francine estão na sequência com 13% de rejeição.
Em seguida são citados Eymael (11%), Levy Fidelix (11%), Haddad (9%), Chalita (8%), Russomanno (8%), Miguel (6%), Ana Luiza (6%), Anaí Caproni (5%) e Gianazzi (4%).
O levantamento, divulgado hoje pela TV Globo, foi realizado entre terça-feira (31) e quinta-feira (2). Foram entrevistadas 805 pessoas, de acordo com o instituto.
A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo com o número 00198/ 2012.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 03 Aug 2012 03:25 PM PDT
O Ministro do STF - Gilmar Mendes - e o Senador da República - Randolfe Rodrigues (PSOL-RR) entraram em rota de colisão e, como nenhum dos dois sinalizou que vai colocar o pé no freio ou desviar para o "acostamento" a trombada pode ser feia.

Randolfe fez uma declaração à imprensa e, como é notório, o nome de Gilmar Mendes anda em "boca de matilde", por conta de uma suposta lista do Valerioduto TUCANO que a Revista Carta Capital publicou.

Certamente Gilmar pensou que Randolfe, ao receber sua ligação em tom bastante irado, apresentaria desculpas ou daria explicações, mas, pelo que saiu na IMPRENSA....
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Coluna Panorama Político - Ilimar Galvão

Irritado com uma declaração à imprensa do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), o ministro Gilmar Mendes (STF) ligou na segunda-feira e avisou: "O senhor não me conhece, sou um homem de enfrentamentos." O senador ouviu os protestos e respondeu: "Ministro, muito prazer. Eu também não costumo fugir de uma boa briga". Gilmar bateu o telefone.

Como diria o Presidente LULA, nunca antes na história do STF, um Ministro andou envolvido em tantos casos polêmicos e que o colocam sempre mal na foto.


....Se você quer brigar.... e acha que com isso estou tremendo.... se enganou Gilmar, pode vir quente que eu estou fervendo......

Postado por às 18:29
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 03 Aug 2012 02:48 PM PDT



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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 03 Aug 2012 02:29 PM PDT


PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTO PARA ÀS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DE 2014

É apenas uma pesquisa com relação a uma ELEIÇÃO ainda bastante distante (26 meses), mas, indica que o cenário politico continua muito favorável ao PT. Em que lugar do mundo, um mesmo partido político possui dois candidatos com índices de aprovação nas alturas e, praticamente imbatíveis. Tem ainda o seguinte, onde é que se encontra por aí, dois políticos que se entendem tão bem, colocando os interesses do seu país, acima das suas ambições pessoais ?


Do Jornal do Brasil
Em pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela CNT/Sensus o ex-presidente Lula teria 69,8% dos votos caso as eleições presidenciais de 2014 fossem hoje. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) terminaria em segundo com 11,9% e o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) com 6,5%, em terceiro.


Já com a presidente Dilma nas opções de voto, ela ganharia o segundo mandato com 59%, sendo seguida por Aécio Neves, 14,8%, e Eduardo Campos, 6,5%. Apenas o nome dos quatro possíveis candidatos poderiam ser citados. Com Lula, 15,2 % não sabem ou não votariam em ninguém, enquanto com Dilma a porcentagem subiu para 19,7.


Num possível segundo turno entre Lula e Aécio Neves, o petista teria 73,4% contra 15,2% do senador mineiro, além de 11,4% das pessoas que não sabem ou não anularam. Contra Dilma, Aécio subiu para 21,5%, mas ainda longe dos 63,8% da atual presidente. 14,6% não opinaram.


Com o governador de Pernambuco as vantagens são maiores. Lula ganharia 76,1% dos votos contra 8,7% de Campos e 15,2% de nulos e sem opinião. Dilma se reelegeria com 69,1% sendo que o governador teria 12,4% dos votos. 18,6% ainda não sabem ou anulariam.


A pesquisa foi realizada entre 18 e 22 de julho com duas mil pessoas nas cinco regiões do país.


Posted: 03 Aug 2012 02:16 PM PDT

Do Blog do Miro - 01/08/2012


Por Altamiro Borges


A situação do mafioso Carlinhos Cachoeira complica-se a cada dia que passa. Ele já perdeu seu protetor no Senado Federal, o ex-demo Demóstenes Torres, que foi cassado. Sua companheira, Andressa Mendonça, foi presa por algumas horas após tentar chantagear um juiz com um dossiê escrito, segunda ela, pelo editor da Veja, Policarpo Júnior. E até o seu advogado, Marcio Thomaz Bastos, decidiu abandoná-lo no pior momento. Diante deste quadro dramático, crescem os boatos de que Cachoeira optaria pela delação premiada.

A coluna Painel, da Folha, confirmou esta hipótese. "Com a saída de Márcio Thomaz Bastos da defesa de Carlinhos Cachoeira, voltou a ganhar corpo a possibilidade de o empresário acusado de contravenção negociar delação premiada para deixar a prisão, já que as tentativas de libertá-lo fracassaram. O acordo com o Ministério Público é defendido por antigos advogados de Cachoeira, como Jeová Borges Júnior. A hipótese causa apreensão entre políticos de todos os partidos e promete tumultuar o reinício das atividades da CPI".


A Folha tucana liga o ventilador no esgoto ao afirmar que a opção pela delação premiada "causa apreensão entre políticos de todos os partidos". Na verdade, esta hipótese causa pânico principalmente no governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, nos amigos de Paulo Preto – ex-tesoureiro de Serra – e na direção do Grupo Abril, que edita a revista Veja e mantinha íntimas ligações com Cachoeira. Ela também pode ofuscar o circo montado com o julgamento do chamado "mensalão do PT".
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 03 Aug 2012 02:12 PM PDT

Do Conversa Afiada - Publicado em 02/08/2012

O Estado Democrático de Direito é o melhor não porque ele é o Estado perfeitamente justo.




Saiu na Carta Maior:


Mensalão e Judicialização da Política: a metáfora da mesa

Atualmente perpassa, na maioria da mídia tradicional, uma forte campanha pela condenação dos réus do "mensalão", apresentando-os como quadrilheiros da impureza política. Os réus do "mensalão" e o PT já estão condenados. Já foram condenados independentemente do processo judicial, que muito pouco acrescentará ao que já foi feito, até agora, contra os indivíduos e o partido, sejam eles culpados ou não, perante as leis penais do país. O artigo é de Tarso Genro.

Tarso Genro (*)

O grande legado da chamada "era Lula" não é o "mensalão". Nem este é o maior escândalo da história recente do país. Se a compra de votos para a reeleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso – que certamente ocorreu à revelia do beneficiário – tivesse a mesma cobertura insistente da mídia e se os processos investigativos tivessem a mesma profundidade das investigações do chamado "mensalão", a eleição que sucedeu aqueles eventos poderia ter sido inclusive anulada e um mar de cassações de mandatos e de punições pela Justiça poderia ter ilustrado, ali sim, o maior escândalo institucional da República. Tratava-se da nulidade de um mandato presidencial, cuja viabilidade teria sido literalmente comprada.
(Grifo do ContrapotoPIG)

Assim como o impedimento do Presidente Collor foi feito dentro do Estado Democrático de Direito, o processo do mensalão" também o foi. Isso é bom para o país e bom para a democracia. A compra de votos para a reeleição, porém, foi diluída em termos de procedimento penal e logo arquivada também politicamente. Naquela oportunidade a política não foi judicializada, consequentemente, não foi "midiatizada" e, como sabemos, na "sociedade espetáculo" de hoje o que não está na mídia não está na vida política.

O fato de que o Estado de Direito funcionou em todos estes casos não quer dizer que isso ocorreu de maneira uniforme. O tratamento não foi igual para todos os envolvidos. As ações e providências políticas no Estado de Direito refletem no espaço midiático de forma diversa e não cumprem finalidades meramente informativas. São "mercadorias informativas" cujo objeto não é promover necessariamente decisões judiciais perfeitas e justas, apenas passam o "olhar" dos detentores do poder de informar. A Justiça, como a renda, é sempre distribuída desigualmente, porque sobre a distribuição da Justiça e a distribuição de renda incidem fatores externos às suas normas de repartição ideal, que se originam da força política e econômica dos grupos envolvidos nos conflitos políticos.

O Estado Democrático de Direito é o melhor não porque ele é o Estado perfeitamente justo. O Estado de Direito é o desejável porque ele oferece melhores possibilidades de preservar direitos e acolher demandas e porque ele é a melhor possibilidade para preservar os direitos humanos e as liberdades públicas. O processamento dos réus do "mensalão" deve ser considerado, assim, como uma normalidade do Estado Democrático de Direito, mas o que não pode ser considerado como aceitável é o massacre midiático que já condenou os réus e condenou o PT e os petistas de forma indeterminada, antes do pronunciamento do STF. E isso não foi feito de maneira ingênua.

Vejamos porque isto ocorre. O grande legado da "era Lula" foi, além do início da mudança do modelo econômico anterior, o início de uma verdadeira "revolução democrática" no país, o que fez o seu governo ser tão combatido pela direita neoliberal, cujas posições refletem na maior parte da grande mídia, que é plenamente posicionada nos conflitos políticos e econômicos do país.

Mas o que é esta "revolução democrática"? Suponhamos que a democracia seja uma grande mesa onde todos, abrigados no princípio da igualdade formal, sentam-se para viabilizar seus interesses e disputar algo da renda socialmente gerada pelo trabalho social. Nesta grande mesa (resultado aqui no Brasil da Constituição Democrática de 88), entre a promulgação da Constituição e os governos FHC, todos sentavam nos lugares reservados por aquele ordenamento. Obviamente, porém, alguns sentavam em bancos mais elevados, viam toda mesa, observavam o que estava em cima dela para adquirir, para comprar, para "pegar" pela pressão ou pelo Direito. Conversavam entre si de maneira cordata, transitavam "democraticamente" os seus interesses, tendo na cabeceira da grande mesa os Presidentes eleitos.

Outros estavam sentados em bancos tão baixos que não viam o Presidente, não participavam do diálogo, não sabiam o que estava em cima da mesa. Não tinham sequer a quem se reportar em termos de exercício do seu poder de pressão. Estavam só formalmente na mesa democrática, sem poder e sem escuta. O que Lula promoveu foi apenas a correção da altura dos bancos, que agora permite aos trabalhadores, sindicalistas ou não, com as suas grandezas e defeitos, os "sem-terra" e "sem-teto", os que não contavam nas políticas de Estado, os excluídos que não podiam ascender na vida (inclusive os grupos empresariais e setores médios que não tinham influência nas decisões do Planalto) verem o que sempre esteve em cima da mesa.

O simples fato de ver e dialogar permitiu que estes contingentes sociais passassem a disputar a posse de bens e uma melhor renda. A democracia em abstrato tornou-se um jogo mais concreto. Os governos Lula, assim, levaram a uma nova condição o princípio da igualdade formal, que começa pelo direito das pessoas terem a sua reivindicações apreciadas pelo poder, impulsionadas pelo conhecimento do que pode ser repartido e do que está "em cima" da mesa da democracia.

Isso foi demais. Significou e significa um bloqueio à ruína neoliberal que perpassa o mundo e, embora tenha sido um projeto também negociado com o capital financeiro, trouxe para a política, para o desejo de mudar, para a luta por melhorias concretas, milhões e milhões de plebeus que estavam fora do jogo democrático. Estes passaram a comer, vestir, estudar e reduzir os privilégios da concentração de renda.

A "plebeização" da democracia elitista que vigorava no Brasil é o fator mais importante do ódio à "era Lula" e do superfaturamento político do "mensalão". Este é o motivo do superfaturamento, que pressiona o STF para que este não faça um julgamento segundo as provas, mas faça-o a partir de juízo político da "era Lula", que cometeu o sacrilégio de "sujar" com os pobres a democracia das elites.

Para não entrar em debates mais sofisticados sobre Teoria Econômica, situo como premissa – a partir de uma ótica que pretende ser de grande parte da esquerda democrático-socialista – o confronto político sobre os rumos da sociedade brasileira, após a primeira eleição do Presidente Lula: de um lado, tendo como centro aglutinador os dois governos do Presidente Fernando Henrique, um bloco político e social defensor de um forte regime de privatizações, alinhamento pleno com os EEUU em termos de política global -inclusive em relação ao combate às experiências de esquerda na América Latina- com a aceitação da sociedade dos "três terços" (um terço plenamente incluído, um terço razoavelmente incluído e um terço precarizado, miserável ou totalmente fora da sociedade formal, alvo de políticas compensatórias), experiência mais próxima do projeto de sócio-econômico dos padrões neoliberais, que hoje infernizam a Europa; de outro lado, tendo como centro aglutinador os dois governos Lula, um bloco político e social que "brecou" o regime de privatizações, reconstruiu as agências financeiras do Estado (como Bndes, Banco do Brasil e Caixa Federal, para financiar o desenvolvimento), estabeleceu múltiplas relações em escala mundial -libertando o país da tutela americana na política externa- protegeu as experiência de esquerda na América Latina e desenvolveu políticas públicas de combate à pobreza, programas de inclusão social e educacional amplos, tirando 40 milhões de brasileiros da miséria, com pretensões mais próximas das experiências social-democratas, adaptadas às condições latino-americanas.

Estes dois grandes blocos têm no seu entorno fragmentos de formações políticas que ora se adaptam a um dos polos, combatem-se, ou fazem alianças pontuais sem nenhuma afinidade ideológica. Como também fazem alianças as direitas liberais com a extrema esquerda e o centro, ora com a esquerda, ora com a direita. Mais frequentemente estas alianças foram feitas para paralisar iniciativas dos governos Lula, que sobrevivem até o presente, como as políticas de valorização do salário-mínimo, as políticas de implementação do Mercosul, a política externa quando valoriza os governos progressistas latino-americanas e as políticas, em geral, de combate às desigualdades sociais e regionais.

Atualmente perpassa, na maioria da mídia tradicional, uma forte campanha pela condenação dos réus do "mensalão", apresentando-os como quadrilheiros da impureza política. A mídia seleciona imagens e produz textos que já adiantam uma condenação que o Poder Judiciário terá obrigação de obedecer, pois "este é o maior escândalo de corrupção da história do país", o que certamente começou com o Partido dos Trabalhadores e seus aliados no governo.

Os réus do "mensalão" e o PT já estão condenados. Já foram condenados independentemente do processo judicial, que muito pouco acrescentará ao que já foi feito, até agora, contra os indivíduos e o partido, sejam eles culpados ou não, perante as leis penais do país. O processo judicial, aliás, já é secundário, pois o essencial é que o combate entre os dois blocos já tem um resultado político: o bloco do Presidente Lula, em que pese a vitória dos seus dois governos, tornou-se – partir do processo midiático – um bloco de políticos mensaleiros, cujas práticas não diferem, no senso comum, de qualquer dos partidos tradicionais. Vai ser muito duro recuperar estas perdas. Mas elas serão recuperadas, pois o povo já se acostumou a ver o que está em cima da mesa da democracia e sabe que ali tem coisas para repartir.

(*) Tarso Genro. Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 03 Aug 2012 02:07 PM PDT

O julgamento do mensalão é exemplar de algo que o sistema judiciário não costuma fazer: vigiar e punir com rigor aqueles que estão incumbidos do mais alto exercício do poder. Neste sentido, é um julgamento de exceção. Para o Partido dos Trabalhadores, já se impôs uma de suas mais duras lições.

Antonio Lassance


 
Como nunca antes



Dizer que o mensalão é o maior escândalo de corrupção da história do país é corromper a própria história da corrupção do Brasil. É um favor que se faz a uma legião de notórios corruptos e corruptores de tantas épocas que jamais foram devidamente investigados, indiciados, julgados, muito menos condenados.

O que se pode de fato dizer sobre a Ação Penal 470 é que nunca antes, na história desse país, um escândalo foi levado, com está sendo agora, às suas últimas consequências.


Como é possível que, em apenas 2 anos (supostamente, de 2003 a 2005, quando foi denunciado), um único esquema tenha sido capaz de superar aqueles constantes de 242 processos engavetados e 217 arquivados por um único procurador-geral? Também falta um pouco de noção de grandeza a quem acha que o financiamento irregular a políticos, de novo, em apenas dois anos, pudesse ter causado mais prejuízo aos cofres públicos do que o esquema que vendeu um setor econômico inteiro, como foi o caso da privatização do sistema de telecomunicações. Será mesmo que o mensalão também superaria, em valores e número de envolvidos, os esquemas que levaram ao único "impeachment" de um presidente brasileiro? Improvável.


Um espetáculo para inglês ver



O mensalão é o ponto culminante de um processo de crescente ativismo judicial que transborda para o jogo da política. Longe de ser um julgamento técnico, trata-se de um exemplo da politização da pauta do Judiciário. O grande problema para a Justiça é que a linha entre a politização e a partidarização é tênue. O bastante para que este Poder passe a ser alvo de suspeitas de que sua atuação esteja sendo orientada e dosada com base em quem se julga, e não no que se julga.

É óbvio que o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do Partido, José Genoíno, por exemplo, serão julgados menos pelo que fizeram e mais pelo que representam. É a própria imagem do PT que estará exposta à condenação. Dirceu, em particular, se tornou o maior troféu desta ação penal, sobretudo pelo seu significado para o PT. Mas o tamanho do castigo a ele encomendado em certa medida se explica por Dirceu ter encabeçado, em 2004, a proposta de controle externo sobre as ações do Ministério Público, no que acabou conhecido como projeto de 'lei da mordaça".

Embora singular, o mensalão é mais um dentre os inúmeros episódios que foram explorados visando criar uma aversão pública e uma rejeição à marca PT. A tentativa de criminalizar este Partido vem desde o nascedouro, em 1980, quando Lula foi preso e enquadrado na Lei de Segurança Nacional pelas greves dos metalúrgicos do ABC paulista, em 1980. O PT já nasceu indiciado, denunciado e exposto ao escárnio, poucos meses após sua fundação.

O atual julgamento tem de tudo para ser um exemplo. Elogiado pela revista "The Economist" como um avanço, já pode ganhar o status de processo feito para Inglês ver. É um exemplo do rigor que a Justiça não costuma empregar. Um exemplo de inquérito que se conclui a tempo de produzir consequências políticas profundas (de longo prazo) e imediatas (bem em meio a uma campanha eleitoral). O escândalo e seu desdobramento judicial foram meticulosamente trabalhados para serem como um carimbo, repetido incansavelmente até que possa tornar-se parte indissociável de uma memória de longa duração sobre a sigla.


Os crimes dos Tupinambás



Embora pareça uma novidade, a ação reproduz padrões de desigualdade que marcaram a administração da justiça no Brasil desde sempre.


Quando o governador-geral, Tomé de Souza, por aqui chegou, no século XVI, deparou-se com o episódio da morte de um colono português por um Tupinambá. A tribo foi ameaçada pelo novo governante e o responsável pelo crime se entregou. Em um espetáculo público "exemplar" e inédito, que permaneceria por muito tempo na lembrança dos que assistiram à punição, o Tupinambá teve sua cabeça amarrada à boca de um canhão e destroçada. Havia até um inglês assistindo à execução, o viajante Robert Southey, a quem devemos o relato para a História.


É claro que as práticas que supostamente constituem a base das acusações da AP 470 são vergonhosas e inadmissíveis, mas não é esta a questão. A dúvida que permanece é sobre o critério utilizado para se estabelecer punições. Afinal, os Tupinambás estão sendo punidos com tal rigor por seus crimes, ou por serem Tupinambás? Crimes desse tipo serão punidos, doravante, da mesma forma, ou apenas se demonstrará que os "portugas" podem, os Tupinambás não podem? Os chefes políticos de outros esquemas, como o que é objeto de uma CPMI em curso, terão suas cabeças igualmente amarradas à boca do canhão pelo procurador-geral?

Até o momento, a AP 470 é exemplar de algo que o sistema judiciário não costuma fazer: vigiar e punir aqueles que estão incumbidos do mais alto exercício do poder. Neste sentido, é um julgamento de exceção. Mais uma daquelas feitas para confirmar a regra.

Para o Partido dos Trabalhadores, já se impôs uma de suas mais duras lições. Mesmo quando aculturado pelos usos e costumes da política tradicional, continuará sendo vigiado e punido por sua natureza: a de ser um partido de Tupinambás.
Antonio Lassance é cientista político e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). As opiniões expressas neste artigo não refletem necessariamente opiniões do Instituto.
Carta Maior
Postado por às 13:38Nenhum comentário:

Ainda do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 03 Aug 2012 02:03 PM PDT
                 
O grande legado da chamada "era Lula" não é o "mensalão". Nem este é o maior escândalo da história recente do país. Se a compra de votos para a reeleição do Presidente Fernando Henrique Cardoso – que certamente ocorreu à revelia do beneficiário – tivesse a mesma cobertura insistente da mídia e se os processos investigativos tivessem a mesma profundidade das investigações do chamado "mensalão", a eleição que sucedeu aqueles eventos poderia ter sido inclusive anulada e um mar de cassações de mandatos e de punições pela Justiça poderia ter ilustrado, ali sim, o maior escândalo institucional da República. Tratava-se da nulidade de um mandato presidencial, cuja viabilidade teria sido literalmente comprada.


Assim como o impedimento do Presidente Collor foi feito dentro do Estado Democrático de Direito, o processo do mensalão" também o foi. Isso é bom para o país e bom para a democracia. A compra de votos para a reeleição, porém, foi diluída em termos de procedimento penal e logo arquivada também politicamente. Naquela oportunidade a política não foi judicializada, consequentemente, não foi "midiatizada" e, como sabemos, na "sociedade espetáculo" de hoje o que não está na mídia não está na vida política.


O fato de que o Estado de Direito funcionou em todos estes casos não quer dizer que isso ocorreu de maneira uniforme. O tratamento não foi igual para todos os envolvidos. As ações e providências políticas no Estado de Direito refletem no espaço midiático de forma diversa e não cumprem finalidades meramente informativas. São "mercadorias informativas" cujo objeto não é promover necessariamente decisões judiciais perfeitas e justas, apenas passam o "olhar" dos detentores do poder de informar. A Justiça, como a renda, é sempre distribuída desigualmente, porque sobre a distribuição da Justiça e a distribuição de renda incidem fatores externos às suas normas de repartição ideal, que se originam da força política e econômica dos grupos envolvidos nos conflitos políticos.


O Estado Democrático de Direito é o melhor não porque ele é o Estado perfeitamente justo. O Estado de Direito é o desejável porque ele oferece melhores possibilidades de preservar direitos e acolher demandas e porque ele é a melhor possibilidade para preservar os direitos humanos e as liberdades públicas. O processamento dos réus do "mensalão" deve ser considerado, assim, como uma normalidade do Estado Democrático de Direito, mas o que não pode ser considerado como aceitável é o massacre midiático que já condenou os réus e condenou o PT e os petistas de forma indeterminada, antes do pronunciamento do STF. E isso não foi feito de maneira ingênua.


Vejamos porque isto ocorre. O grande legado da "era Lula" foi, além do início da mudança do modelo econômico anterior, o início de uma verdadeira "revolução democrática" no país, o que fez o seu governo ser tão combatido pela direita neoliberal, cujas posições refletem na maior parte da grande mídia, que é plenamente posicionada nos conflitos políticos e econômicos do país.

 Mas o que é esta "revolução democrática"? Suponhamos que a democracia seja uma grande mesa onde todos, abrigados no princípio da igualdade formal, sentam-se para viabilizar seus interesses e disputar algo da renda socialmente gerada pelo trabalho social. Nesta grande mesa (resultado aqui no Brasil da Constituição Democrática de 88), entre a promulgação da Constituição e os governos FHC, todos sentavam nos lugares reservados por aquele ordenamento. Obviamente, porém, alguns sentavam em bancos mais elevados, viam toda mesa, observavam o que estava em cima dela para adquirir, para comprar, para "pegar" pela pressão ou pelo Direito. Conversavam entre si de maneira cordata, transitavam "democraticamente" os seus interesses, tendo na cabeceira da grande mesa os Presidentes eleitos.


Outros estavam sentados em bancos tão baixos que não viam o Presidente, não participavam do diálogo, não sabiam o que estava em cima da mesa. Não tinham sequer a quem se reportar em termos de exercício do seu poder de pressão. Estavam só formalmente na mesa democrática, sem poder e sem escuta. O que Lula promoveu foi apenas a correção da altura dos bancos, que agora permite aos trabalhadores, sindicalistas ou não, com as suas grandezas e defeitos, os "sem-terra" e "sem-teto", os que não contavam nas políticas de Estado, os excluídos que não podiam ascender na vida (inclusive os grupos empresariais e setores médios que não tinham influência nas decisões do Planalto) verem o que sempre esteve em cima da mesa.

 O simples fato de ver e dialogar permitiu que estes contingentes sociais passassem a disputar a posse de bens e uma melhor renda. A democracia em abstrato tornou-se um jogo mais concreto. Os governos Lula, assim, levaram a uma nova condição o princípio da igualdade formal, que começa pelo direito das pessoas terem a sua reivindicações apreciadas pelo poder, impulsionadas pelo conhecimento do que pode ser repartido e do que está "em cima" da mesa da democracia.

 Isso foi demais. Significou e significa um bloqueio à ruína neoliberal que perpassa o mundo e, embora tenha sido um projeto também negociado com o capital financeiro, trouxe para a política, para o desejo de mudar, para a luta por melhorias concretas, milhões e milhões de plebeus que estavam fora do jogo democrático. Estes passaram a comer, vestir, estudar e reduzir os privilégios da concentração de renda.

 A "plebeização" da democracia elitista que vigorava no Brasil é o fator mais importante do ódio à "era Lula" e do superfaturamento político do "mensalão". Este é o motivo do superfaturamento, que pressiona o STF para que este não faça um julgamento segundo as provas, mas faça-o a partir de juízo político da "era Lula", que cometeu o sacrilégio de "sujar" com os pobres a democracia das elites.


Para não entrar em debates mais sofisticados sobre Teoria Econômica, situo como premissa – a partir de uma ótica que pretende ser de grande parte da esquerda democrático-socialista – o confronto político sobre os rumos da sociedade brasileira, após a primeira eleição do Presidente Lula: de um lado, tendo como centro aglutinador os dois governos do Presidente Fernando Henrique, um bloco político e social defensor de um forte regime de privatizações, alinhamento pleno com os EEUU em termos de política global -inclusive em relação ao combate às experiências de esquerda na América Latina- com a aceitação da sociedade dos "três terços" (um terço plenamente incluído, um terço razoavelmente incluído e um terço precarizado, miserável ou totalmente fora da sociedade formal, alvo de políticas compensatórias), experiência mais próxima do projeto de sócio-econômico dos padrões neoliberais, que hoje infernizam a Europa; de outro lado, tendo como centro aglutinador os dois governos Lula, um bloco político e social que "brecou" o regime de privatizações, reconstruiu as agências financeiras do Estado (como Bndes, Banco do Brasil e Caixa Federal, para financiar o desenvolvimento), estabeleceu múltiplas relações em escala mundial -libertando o país da tutela americana na política externa- protegeu as experiência de esquerda na América Latina e desenvolveu políticas públicas de combate à pobreza, programas de inclusão social e educacional amplos, tirando 40 milhões de brasileiros da miséria, com pretensões mais próximas das experiências social-democratas, adaptadas às condições latino-americanas.


Estes dois grandes blocos têm no seu entorno fragmentos de formações políticas que ora se adaptam a um dos polos, combatem-se, ou fazem alianças pontuais sem nenhuma afinidade ideológica. Como também fazem alianças as direitas liberais com a extrema esquerda e o centro, ora com a esquerda, ora com a direita. Mais frequentemente estas alianças foram feitas para paralisar iniciativas dos governos Lula, que sobrevivem até o presente, como as políticas de valorização do salário-mínimo, as políticas de implementação do Mercosul, a política externa quando valoriza os governos progressistas latino-americanas e as políticas, em geral, de combate às desigualdades sociais e regionais.


Atualmente perpassa, na maioria da mídia tradicional, uma forte campanha pela condenação dos réus do "mensalão", apresentando-os como quadrilheiros da impureza política. A mídia seleciona imagens e produz textos que já adiantam uma condenação que o Poder Judiciário terá obrigação de obedecer, pois "este é o maior escândalo de corrupção da história do país", o que certamente começou com o Partido dos Trabalhadores e seus aliados no governo.


Os réus do "mensalão" e o PT já estão condenados. Já foram condenados independentemente do processo judicial, que muito pouco acrescentará ao que já foi feito, até agora, contra os indivíduos e o partido, sejam eles culpados ou não, perante as leis penais do país. O processo judicial, aliás, já é secundário, pois o essencial é que o combate entre os dois blocos já tem um resultado político: o bloco do Presidente Lula, em que pese a vitória dos seus dois governos, tornou-se – partir do processo midiático – um bloco de políticos mensaleiros, cujas práticas não diferem, no senso comum, de qualquer dos partidos tradicionais. Vai ser muito duro recuperar estas perdas. Mas elas serão recuperadas, pois o povo já se acostumou a ver o que está em cima da mesa da democracia e sabe que ali tem coisas para repartir.


(*) Governador do Estado do Rio Grande do Sul
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Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 03 Aug 2012 01:58 PM PDT
                      
Lula, 69%; Dilma, 59%: é a cena eleitoral de 2014
CNT – A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nesta sexta-feira 3 o resultado da rodada nº 112 da Pesquisa CNT de Opinião. Entre os principais itens avaliados, a pesquisa simulou dois cenários para as eleições presidenciais de 2014. No primeiro, Lula aparece com 69,8% das intenções de voto, o senador Aécio Neves com 11,9% e governador pernambucano, Eduardo Campos, com 3,2%. No segundo quadro, com Dilma no lugar de Lula, a atual presidente lidera com 59%, Aécio Neves com 14,8%.
Entre 18 e 22 de julho, duas mil pessoas foram entrevistadas, nas cinco regiões do país, e também responderam a questionamentos sobre temas como saúde, emprego e educação; avaliação do governo Dilma Rousseff; e itens como poder de compra, expectativas sobre os rumos da economia e reformas prioritárias a serem feitas pelo governo.
De acordo com a pesquisa, 56,6% dos entrevistados avaliam positivamente o governo Dilma Rousseff. Em agosto de 2011, data do último levantamento da CNT, o número era 49,2%. A avaliação negativa caiu de 9,3% para 7%. O desempenho pessoal da presidente foi aprovado por 75,7% dos consultados, enquanto 17,3% desaprovam.
Sobre a comparação do atual governo com o do ex-presidente Lula, aumentou o percentual dos que acreditam que a gestão de Dilma Rousseff está melhor - 11,5% para 15,9% - e diminuiu de 45,4% para 34,6% os que consideram o governo pior. Para 48,2% dos entrevistados, as duas gestões estão no mesmo patamar.
Em relação à crise econômica mundial, 38,4% dos entrevistados revelaram preocupação e deixaram de comprar, enquanto 60,8% não diminuíram o ritmo de consumo. Os principais desejos de consumo dos brasileiros são a casa própria (57%), carro novo (17,9%), móveis e eletrodomésticos (8,2%), viagem internacional (7,4%) e televisão moderna (1,9%).

Postado por às 12:45Um comentário:  


Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 03 Aug 2012 01:43 PM PDT



Se as eleições presidenciais de 2014 fossem hoje, o ex-presidente Lula teria 69,8% das intenções de votos segundo pesquisa CNT Opinião divulgada nesta sexta-feira (3).

Em segundo lugar na pesquisa aparece o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com 11,9% das intenções de votos seguido do governado de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 3,2%.

Num primeiro cenário apresentado pela pesquisa aos entrevistados apenas os nomes dos três foram postos como possíveis candidatos. Entre aqueles que não responderam ou que não votaria em nenhum dos três estão 15,2% dos entrevistados.

Num segundo cenário em que o nome de Lula é trocado pela atual presidente Dilma, ela também vence os outros dois possíveis concorrentes.

De acordo com a pesquisa, Dilma teria 59% dos votos contra 14,8% de Aécio e 6,5% de Eduardo Campos. Não souberam responder ou não votaria em nenhum dos três 19,7% dos entrevistados.

Se a disputa fosse apenas entre Dilma e Aécio, os números também são favoráveis à petista. Ela teria 63,8% contra 21,5% do tucano. Não souberam responder ou votariam branco/nulo 14,6% dos entrevistados

Quando trocado o nome de Dilma por de Lula, a vantagem sobre Aécio numa possível disputa pela presidência aumenta. O petista teria 73,4% contra 15,2% do tucano. Não souberam responder ou votariam branco/nulo 11,4% dos entrevistados.

No cenário em que a disputa seria entre Dilma e Eduardo Campos a petista teria 69,1% das intenções de votos contra 12,4% de Campos. Não souberam responder ou votariam branco/nulo 18,6% dos entrevistados.

Se a disputa fosse com Lula a distância entre Campos também aumento. O ex-presidente teria 76,1% e o governador de Pernambuco 8,7%. Não souberam responder ou votariam branco/nulo 15,2% dos entrevistados.

A pesquisa CNT de Opinião foi feita entre 18 e 22 de julho. Foram entrevistadas 2.000 pessoas, segundo o levantamento.
Por: Helena™0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 03 Aug 2012 01:39 PM PDT


Depois de participar do debate nesta quinta-feira (02), o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, se mostrou confiante com a possibilidade de vencer as eleições."Foi bom. Eu acho que nós vamos ganhar as eleições. Confia rapaz"

'A Privataria Tucana'

O candidato do do Psol Carlos Giannazi, levou para o debate um exemplar do livro "A Privataria Tucana", que traz denúncias de corrupção no governo do PSDB, foi mostrado a José Serra e demais candidatos.

Enquanto questionava o candidato do PDT, Paulinho da Força, Carlos Giannazi, citou casos de corrupção na gestão de Gilberto Kassab e perguntou a Paulinho se ele já havia lido um exemplar do "A Privataria Tucana".
Por: Helena™2 Comentários 
Posted: 03 Aug 2012 01:32 PM PDT



A Procuradoria Geral Eleitoral (PGE) decidiu nesta semana pedir o arquivamento da representação apresentada pelo PSDB contra sítios e blogs progressistas. A ação solicitava informações sobre a publicidade do governo federal em páginas consideradas antitucanas na internet. Seu objetivo era asfixiá-las financeiramente, numa ação nitidamente autoritária. Mas o PGE considerou que a representação teve pouca consistência jurídica, o que representa uma derrota parcial dos censores tucanos.
Em seu parecer, o procurador adjunto José Jairo Gomes justificou o pedido de arquivamento. "A representação não se fez acompanhar de começo de prova hábil a ensejar qualquer investigação de que houve desvio de recursos públicos em prol de blogueiros ou titulares de páginas na internet para que estes atuassem em prol ou contra candidaturas". A ação do PSDB foi baseada em acusações veiculadas na própria mídia demotucana, mas ela "sequer se fez acompanhar de cópia das citadas notícias", criticou o procurador.

Os riscos da censura tucana

A derrota dos censores do PSDB, porém, não deve ser encarada como uma prova da incompetência dos seus advogados e nem como uma vitória definitiva dos que lutam pela verdadeira liberdade de expressão. Como já explicou Luis Nassif, um dos blogueiros citados na representação tucana, o objetivo da iniciativa foi intimidar os anunciantes. Os efeitos, mesmo com o arquivamento da ação, ainda poderão se fazer sentir com a retração dos poucos anúncios que hoje viabilizam alguns blogs e sítios.
Além disso, a representação serve como uma ameaça que paira no ar. Num cenário político radicalizado – com o julgamento do chamado "mensalão petista", a retomada dos trabalhos da CPI do Cachoeira e a proximidade das eleições municipais –, o PSDB e os outros partidos conservadores ainda poderão voltar a carga para silenciar a blogosfera. Afinal, a direita não tolera o contraditório e detesta qualquer visão crítica. Autoritária, ela gostaria que vingasse apenas o pensamento único da mídia privada demotucana.

A defesa da blogosfera

Neste sentido, a blogosfera e a mídia alternativa devem ficar em alerta. Em recente reunião em São Paulo, alguns blogueiros cogitaram realizar um ato "em defesa da liberdade de expressão". Eles também estudam a proposta de ingressar com um processo contra o tucano José Serra, que acusou covardemente os "blogs sujos" de serem nazista. Com base na Lei de Acesso à Informação, também se estuda a ideia de solicitar dados sobre os anúncios dos governos federal, estadual e municipal na mídia privada.
Diante do risco da censura tucana é preciso partir para o ataque!

Posted: 03 Aug 2012 01:23 PM PDT



E lá se foi embora o Mensalão. Fernando Rodrigues está amargurado.

Com 1,5 ano de mandato, presidente tem 21,6 pontos percentuais a mais do que registrou Lula à mesma época em 2004
A presidente Dilma Rousseff é aprovada por 75,7% da população, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) realizada de 18 a 22.jul.2012 e divulgada hoje (3.ago.2012). O resultado mostra a popularidade pessoal da presidente com um ano e meio de governo.
No mesmo período de seu 1º mandato, o antecessor Lula tinha 54,1% de aprovação de acordo com a pesquisa da época que usou a mesma metodologia (realizada de 15 a 17.jun.2004).
Dilma também tem desaprovação menor que a de Lula na metade do 2º ano de governo. O estudo publicado hoje afirma que 17,3% da população desaprovam o desempenho pessoal da presidente à frente do governo e que 7,1% não responderam à questão. Em 2004, quando a pergunta era sobre o desempenho de Lula, 37,6% desaprovaram o ex-presidente e 8,3% não responderam.
A pesquisa da CNT também simulou cenários da próxima eleição presidencial, de 2014. Se a disputa fosse hoje, segundo o levantamento, Dilma venceria o senador Aécio Neves (PSDB) já no 1º turno.

Hoje, Dilma seria reeleita no 1º turno contra Aécio

A presidente teria 59%, mas Lula iria ainda melhor, com 69,8%
Se a eleição presidencial de 2014 fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) venceria a disputa no 1º turno, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta 6ª feira (3.ago.2012).
De acordo com o levantamento da CNT, Dilma pontuaria 59% numa disputa presidencial. Aécio Neves (PSDB) seria o 2º colocado com 14,8%. Também incluído no cenário, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), teria 6,5%. Disseram que votariam nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos 15,3%. Outros 4,4% não responderam à questão.
A pesquisa CNT foi realizada de 18 a 22 de julho com 2.000 pessoas nas cinco regiões do país e também mediu a popularidade da presidente Dilma. Aqui, post do Blog com mais dados da pesquisa CNT. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
O estudo também testou um cenário para 2014 com Luiz Inácio Lula da Silva na condição de candidato a presidente pelo PT. Nessa hipótese, o ex-presidente aparece com 69,8% das intenções de voto. Aécio Neves, com 11,9%. Eduardo Campos, com 3,2%.
No cenário com Lula, 11,6% votariam nulo, em branco ou em nenhum dos candidatos. Outros 3,6% não responderam.
A pesquisa não incluiu Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, entre os possíveis candidatos a presidente. Ela disputou a eleição de 2010 pelo Partido Verde (PV). Foi 3ª colocada, com 19,6 milhões de votos (cerca de 19% dos votos válidos). Agora, sem partido, tenta organizar um movimento na sociedade civil que pode lhe dar força para 2014.
2º turno
A simulação feita pela pesquisa da CNT indica que a eleição acabaria no 1º turno. Mas também foram testados cenários para eventual 2º turno da disputa.
Dilma teria 63,8% contra 21,5% de Aécio, afirma o estudo. Brancos e nulos seriam 11,8%. Não responderam à questão 2,8%.
Contra Eduardo Campos, a presidente venceria o 2º turno por 69,1% a 12,4%. Brancos e nulos seriam 15% e 3,6% não responderam.
Quando o candidato do PT é Lula, ele venceria Aécio no 2º turno por 73,4% a 15,2%. Brancos e nulos seriam 9,2%. E 2,2% não responderam.
Lula também ganharia de Eduardo Campos: 76,1% contra 8,7%, diz a pesquisa. Brancos e nulos seriam 12,3%. Outros 2,9% não responderam.
O levantamento divulgado hoje é o nº112 de uma série de pesquisas conduzidas pela CNT. Do nº 1 ao 28 a Vox Populi foi parceira da entidade na pesquisa. Do nº 20 ao 111, o instituto Sensus foi o parceiro.
Fernando Rodrigues

Posted: 03 Aug 2012 01:28 PM PDT



O primeiro dia de julgamento da ação penal 470 escancarou a diferença de tratamento dispensada pela maior corte do país aos réus dos processos batizados como mensalinho do PSDB e mensalão do PT. Enquanto a ação penal movida contra os tucanos foi desmembrada para que somente o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), seja julgado pelo STF, em função do foro privilegiado pertinente ao cargo, os ministros indeferiram, por nove votos a dois, a questão de ordem que reivindicava o mesmo tratamento para os réus petistas e aliados.
Brasília - O primeiro dia de julgamento da ação penal 470 escancarou a diferença de tratamento dispensada pela maior corte do país aos réus dos processos batizados como mensalinho do PSDB e mensalão do PT. Enquanto a ação penal movida contra os tucanos foi desmembrada para que somente o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), seja julgado pelo STF, em função do foro privilegiado pertinente ao cargo, os ministros indeferiram, por nove votos a dois, a questão de ordem que reivindicava o mesmo tratamento para os réus petistas e aliados. Se aprovado, o encaminhamento permitiria que as denúncias contra 35 dos 38 réus fossem remetidas às instâncias inferiores.
A questão de ordem foi levanta pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, advogado do ex-diretor do Banco Rural, José Roberto Salgado. E reiterada pelos advogados do publicitário Marcos Valério e do ex-presidente do PT, José Genoíno. Bastos alegou "inconstitucionalidade do tribunal para julgar réus que não têm prerrogativa de foro". "O foro privilegiado é um direitos restrito. Não pode ser estendido", sustentou . Ele reforçou que o pedido não visava adiar o processo, mas sim garantir que os réus comuns sejam julgados por mais de uma instância.
O assunto gerou discussões acaloradas em plenário. O ministro relator da ação penal, Joaquim Barbosa, chegou a afirmar que Bastos agiu de forma "irresponsável" ao solicitar o desmembramento. "Já percorremos um longo caminho de quase cinco anos de instrução processual. Já discutimos este assunto em três outras ocasiões. Nós precisamos ter rigor ao fazer as coisas neste país. O STF já decidiu". Ele, que em 2006 foi favorável ao desmembramento, votou pela manutenção do julgamento conjunto, "em respeito à decisão colegiada anterior".
Segundo a manifestar seu voto, o ministro revisor, Ricardo Lewandowsky, defendeu posição contrária. Segundo ele, há, no STF, fartos exemplos que primam pela tradição de desmembramento. Inclusive o do "mensalinho do PSDB". Lewandowsky lembrou que, embora dotados de caráter ilibado e notável saber jurídico, os ministros do STF são humanos e, portanto, falíveis. Por isso, defendeu o direito dos réus à dupla jurisdição.
O ministro Marco Aurélio Garcia acompanhou o ministro revisor. "Se o Tribunal desmembrou o que se convencionou chamar de mensalinho, por que não desmembrar também o mensalão?", questionou. Os demais ministros, porém, votaram com o relator, pelo indeferimento do pedido. A maioria deles se embasou no fato de que o tema já havia sido discutido pela casa, sem considerar o mérito da questão.
Advogados divergem
Político, o presidente da OAB, Ophir Cavalncanti, se esquivou de comentar essa e outras polêmicas. Segundo ele, a Ordem decidiu não se manifestar sobre questões de mérito. "Nosso papel é defender princípios, e não casos concretos. Estamos aqui mais como fiscais da sociedade, para assegurar que o rito processual seja cumprido adequadamente", comentou.
Os advogados dos réus, de fato, se dividiram. A maioria não gostou, embora muitos deles não tivessem convicção de que a estratégia de defesa pudesse vingar. "Eu não acreditava que o resultado fosse ser diferente. Já havia preparado minha defesa contando que meu cliente fosse julgado pelo STF", admitiu o advogado Arnaldo Malheiros, responsável pela defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
Já José Luiz Mendes de Oliveira, advogado do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, comemorou a decisão que evitou que seu cliente fosse isolado, mesmo que de forma muito discreta. Ele, que já havia se manifestado contrário aos desmembramentos, se recusou a dar entrevistas à imprensa. "Tudo o que digo é desvirtuado mesmo", rebateu frente a insistência de um repórter da TV Globo. Mas confidenciou que está satisfeito por ser o primeiro a se pronunciar no plenário, provavelmente na próxima segunda (6), dependendo do andamento dos trabalhos. "O bom de ser o primeiro é que acaba logo a minha ansiedade, a ansiedade natural do meu cliente e nós poderemos acompanhar o julgamento com mais tranquilidade".
José Dirceu está acompanhando o julgamento de sua casa, em São Paulo. Segundo Oliveira, o ex-ministro está tranquilo e confiante. "As testemunhas, as provas, os autos, tudo indica que nunca ocorreu mensalão nenhum. Não há provas nos autos. Tenho convicção de que ele será absolvido", acrescentou.
Najla Passos
No Carta Maior



Posted: 03 Aug 2012 08:27 AM PDT



Documento 'Declaração de Desembolso', assinado pelo publicitário Marcos Valério em 1999, indica repasse milionário à campanha do então governador tucano de Minas Gerais; ministro do Supremo também teria sido contemplado; informações estão na revista Carta Capital, que reafirma veracidade dos papéis divulgados
Um documento nomeado "Declaração de Desembolso", assinado pelo publicitário Marcos Valério de Souza em 28 de março de 1999, declara o repasse de R$ 4,5 milhões ao ex-governador de Minas Gerais e candidato a reeleição em 1998, Eduardo Azeredo (PSDB). A divulgação foi feita pela revista CartaCapital desta semana, que aponta que o pagamento foi realizado pelas empresas SMP&B Comunicação e DNA Propaganda, ambos de Valério. O responsável pela intermediação do repasse, segundo o documento, é o tesoureiro da campanha de Azeredo, Carlos Mourão. A origem do dinheiro? Bancos e estatais do Estado: Banco Bemge, Cemig, Comig, Construtora Andrade Gutierrez, Construtora ARG, Copasa, Banco Credireal e Banco Real, descritos pelo próprio Valério no documento. O repasse da verba seria "para saldar compromissos diversos".
A reportagem da revista volta ao tema do suposto esquema conhecido chamado "valerioduto" – caixa 2 realizado durante a campanha da reeleição de Azeredo – iniciado na edição da semana passada, quando a publicação divulgou uma lista de supostos beneficiados. Desta vez, a publicação rebate a tese defendida por Marcos Valério – apontado como operador do esquema – de que os papéis era falsos. Na lista dos beneficiados e suas quantias, constava também o do ministro do STF Gilmar Mendes. Foi divulgado inclusive um documento de apresentação da lista, também assinado por Valério, que diz ter repassado os R$ 4,5 milhões à campanha.
Para rebater os argumentos de Eduardo Azeredo de que os documentos eram falsos, a reportagem cita denúncia desta semana contra o ex-diretor de Planejamento de Furnas, Dimas Toledo, por participação num grupo de empresários e políticos em esquema de arrecadação ilegal, divulgado na chamada Lista de Furnas. A lista assinada por Toledo revela supostos esquemas de caixa 2 do PSDB montados em 2002, durante o governo FHC. Revelada pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. no jornal mineiro Hoje em Dia, a denúncia divulga também o resultado de uma perícia da Polícia Federal que comprova a veracidade da lista – o que derrubaria o argumento de Azeredo de que a lista divulgada por CartaCapital é semelhante "a outras comprovadamente falsas", segundo a revista.
Na semana que passou, não só Azeredo e Valério desmentiram a matéria, mas o ministro Gilmar Mendes, que negou sua participação e anunciou a intenção de processar a revista (leia mais). Nesta edição, CartaCapital publica com destaque o trecho da lista em que aparece o nome de Mendes e o valor que recebeu no esquema: R$ 185 mil.
No 247


Posted: 02 Aug 2012 05:47 PM PDT

Uma nota publicada no jornal Agora, mostra a vida de marajá dos tucanos em São Paulo...
A atuação em conselhos de empresas vinculadas ao governo de São Paulo garantiu a secretários da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) rendimentos de até R$ 86,5 mil em junho. 

Esse valor foi recebido pelo titular da Fazenda, Andrea Sandro Calabi.O rendimento corresponde ao salário dele --R$ 14.980-- somado a um bônus -- leia-se jetons-- por resultado de R$ 4.400, além de R$ 33.588 de participação nos lucros da Cesp (Companhia Energética de SP) e da grana recebida por integrar outros cinco conselhos.Os valores dos rendimentos de Calabi e de todos os servidores estaduais estão disponíveis desde sexta-feira no Portal da Transparência Estadual.

Assessores do Aécio, também ganha jetons

O jornal O Estado de São Paulo, publicou matéria em março desse ano, dando nomes de quem recebebe jetons assessorando o senador Aécio... Assessores do gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) estão engordando seus contracheques graças a cargos em estatais mineiras. Três servidores comissionados recebem, além do salário do Senado, remunerações por integrar conselhos de empresas do Estado, governado pelo tucano de 2003 a 2010 e agora sob o comando do aliado Antônio Anastasia (PSDB). Assim, turbinam os rendimentos em até 46%. Ninguém é obrigado a bater ponto no Senado e, nas estatais, são exigidos a ir a no máximo uma reunião por mês.
Por: Helena™0 Comentários 
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