sábado, 28 de abril de 2012

Via Email: SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 27 Apr 2012 04:48 PM PDT


De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 20:380 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 27 Apr 2012 04:43 PM PDT


Messi negou ter treinado pênaltis com Loco Abreu
SAGRADA FAMÍLIA - De férias pela Europa, a presidenta do Flamengo, Patrícia Amorim, enviou um cartão postal para a redação do jornal O Globo para negar que tenha assumido o Barcelona. "Vocês acham que o Guardiola teria permanecido mais de seis meses como técnico se eu fosse presidenta daquela bagaça?", escreveu a mandatária rubro-negra no verso de uma foto do Camp Nou.
Em seguida, completou: "Essa derrota deixa claro que esse negócio de ter estádio próprio, salário em dia e centro de treinamento não serve para nada". Com outra caligrafia, o trecho final do texto critica a falta de atitude da diretoria do Barcelona. "Teria trocado de técnico assim que o Barça fez 2 a 0. Joel Santana, que fala um catalão fluente, teria fechado aquela zaga como ninguém".
A mensagem de Patrícia ainda não foi lida porque todo o departamento de esportes do jornal O Globo está de férias.

Posted: 27 Apr 2012 03:13 PM PDT


E OS JUROS FINALMENTE BAIXARAM NO BRASIL


Por uma falha imperdoável, registrei em minhas anotações que o falecimento de José Alencar ocorreu em 29 de abril de 2011. Hoje, preparando a matéria para publicar no próximo Domingo, me dei conta que de fato o  ex-vice -presidente de Lula, empresário, político mineiro fez a sua passagem em 29 de março de 2011.

Interessante que não vi uma única nota sobre o fato na "grande imprensa". POR SUA PARTICIPAÇÃO NO CENÁRIO DA HISTÓRIA DO BRASIL, José Alencar merecia ser lembrado, seja pelo exemplo de coragem no enfrentamento da doença, contra a qual lutou com um sorriso nos lábios, seja por sua postura de reconhecer que, a saúde pública no Brasil não oferece aos brasileiros que dela precisam, as condições satisfatórias para seu tratamento.

Mas, pouco lembrado nesse um ano de sua "morte", o governo Dilma Rousseff acabou por lhe dar um belo presente, um galardão. José Alencar SEMPRE DISSE QUE AS TAXAS DE JUROS PRATICADAS NO BRASIL ERAM ABSURDAS, UMA AFRONTA. Coincidentemente assistimos a uma queda consistente da TAXA SELIC, o governo se mexendo para criar as condições necessárias para que o país tenha essas taxas em níveis normais, e principalmente enquadrando a BANCA DE AGIOTAS LEGALIZADOS, que acabaram por ceder e reduziram as taxas escorchantes que praticam para os seus clientes.

Ainda que tardiamente, fica aqui o meu registro de serena saudade desse que foi o melhor vice-presidente, o mais amigo e companheiro que um presidente (LULA) já teve. Dilma, coitada, tem um que é uma TEMERIDADE.

Saudoso ZÉ ALENCAR - Os juros no Brasil estão caindo, a sua luta não foi em vão.

BIOGRAFIA - WIKIPÉDIA

Posted: 27 Apr 2012 03:01 PM PDT



Até agora, ninguém deu a notícia. Com 372 bilhões de dólares em reservas internacionais, o Brasil acaba de se converter, aplicando mais da metade delas em "treasuries", no terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, como pode ser visto na própria página oficial do tesouro norte-americano, cujo link publico abaixo. O acúmulo de reservas internacionais, cujo custo de carregamento tem caído em linha com a redução da taxa SELIC, serve para valorizar o dólar com relação ao real, favorecendo nossas exportações,e é, sobretudo, uma arma geopolítica, que mantém em situação positiva a imagem do Brasil frente às agências internacionais de classificação de risco e em uma posição de força em organismos como o G-20, o Banco Mundial e o FMI.

Conheço empresários brasileiros de linha mais desenvolvimentista, no entanto, que pensam que a política de acúmulo de dólares poderia ser complementada com a emissão de moeda, no mercado interno, destinada a investimentos diretos do governo na área de infraestrutura, por exemplo. Tal medida, com uma pequena expansão administrável da inflação, derrubaria o valor do real frente ao dólar, favorecendo as exportações, injetaria dinheiro em todos os níveis da economia produtiva, e criaria milhões de empregos.  


De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 17:540 comentários

Do Blog TERRA BRASILIS.

Posted: 27 Apr 2012 02:30 PM PDT
Josias, da Folha, defende Policarpo, da Veja, e critica obsessão de Lula
Josias de Souza, que não escreveu uma linha sobre o livro A Privataria Tucana, que só veio a escrever sobre o senador Cachoeira depois que não teve mais como esconder o Esquema do Cachoeiraduto, agora sai em defesa de Policarpo Quaresma.Diz Josias na sua coluna de hoje, falando sobre a parceria entre a Veja e Cachoeira para ferrar o PT:"ma versão que a revista já negou e que os grampos da Operação Monte Carlo veiculados até aqui desautorizaram.".Josias não sabe o que fala.Primeiro,  mas é lógico que a Veja vai negar até o fim a parceria entre ela, Cachoeira, Policarpo e Demóstenes.Depois, ao contrário do que diz o sabujo Josias, está mais que provado, através de grampos e provas testemunhais, que houve um conluio entre a Organização Cachoeira com objetivo de tirar Zé Dirceu do governo e derrubar o governo Lula.O filho da puta do Josias faz esse tipo de comentário porque deve ter recebido grana do Cachoeiaraduto.Receber dinheiro para mentir, para deturpar não é novidadde nas matérias de Josias de Souza.Já foi dito aqui que esse cabra safado recebeu dinheiro do governo FHC para desqualificar o MST.Jornalista que vive a soldo de governo, de instituições, de empresários corruptores nada mais sabe fazer senão puxar o saco de seus patrões, senão não recebe o salário no fim do mês.
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Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 27 Apr 2012 02:26 PM PDT
O PIG de lá morre de amores por Sarkozy e Carla Bruni, o daqui morre de amores por José Serra.
A eleição de François Hollande como presidente da França seria negativa para o país e para a Europa, afirma a influente revista britânica The Economist, que chama o candidato socialista de "perigoso" na capa.

Em um editorial mordaz, a revista destaca que se tivesse a oportunidade votaria no atual presidente conservador e candidato à reeleição, Nicolas Sarkoy, no segundo turno de 6 de maio, "não tanto por seus méritos, mas para manter Hollande fora".

O texto também ressalta a necessidade de reformas na França.

"A dívida pública é elevada e segue crescendo, o governo leva mais de 35 anos sem excedente orçamentário, os bancos estão subcapitalizados, o desemprego é persistente e corrosivo e, com 56% do PIB, o peso do Estado francês é maior ao de qualquer país do euro".

O programa de Hollande "parece muito pobre na hora de responder a isto, especialmente levando em consideração que os vizinhos da França têm realizado verdadeiras reformas", afirma a revista, antes de completar que o candidato socialista "fala muito de justiça social, mas quase nada da necessidade de criar riqueza comum".

O editorial explica que Hollande pretende elevar impostos, reconhece o mérito do candidato enfrentar a dura austeridade defendida pela Alemanha que coloca em perigo a recuperação da Eurozona, mas considera que ele faz isto "pelos motivos equivocados".

Fonte: UOL
Postado por às 14:030 comentários

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 27 Apr 2012 02:19 PM PDT







 
Do e-mail enviado pelo amigo Alvaro Bapista.
Posted: 27 Apr 2012 01:17 PM PDT

Do Conversa Afiada - Publicado em 27/04/2012



Com essa, o Farol de Alexandria corta os pulsos, de vez: saiu na Agência Brasil.

Mortalidade infantil cai quase pela metade em dez anos, constata IBGE

Isabela Vieira

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a mortalidade infantil caiu quase pela metade entre 2000 e 2010.

Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 constatam que o número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 para 15,6 em cada mil nascidas vivas, uma queda de 47,6%.

Entre as regiões do país, o Nordeste registra a queda mais expressiva da mortalidade infantil. No período, o índice passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Porém, ainda é o nível mais alto no país. O menor índice é o do Sul, de 12,6 mortes.

De acordo com a pesquisa, os principais fatores responsáveis pela queda do indicador são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda.

O IBGE também destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a maior, no Norte, 2,47.

Segundo o órgão, dessa forma, a taxa de fecundidade no Brasil está abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que garante substituição das gerações na população.

Navalha
Clique aqui para ver a mais recente versão da tabelinha "FHC corta os pulsos: a comparação de oito anos de sombra com nove anos de sol".

Paulo Henrique Amorim
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 27 Apr 2012 01:13 PM PDT
Juan Manuel Santos

Da Carta Maior - 27/04/2012

Apesar de ser o aliado mais leal e servil aos interesses dos Estados Unidos na América do Sul, a Colômbia carece – e muito – de recursos. Agora, ele trata de atrair mais dinheiro da Espanha, que já é o terceiro maior investidor estrangeiro no país. Em um fórum de investimentos e cooperação empresarial Espanha-Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos deu uma estocada na Argentina e disse: "Se for bom para os empresários, será bom para nós. Aqui, nós não expropriamos". O artigo é de Eric Nepomuceno, direto de Bogotá.

Eric Nepomuceno, de Bogotá
Bogotá - Certas mulheres costumam aparecer ao cair da noite em determinadas esquinas e começar a rodar sua bolsinha oferecendo-se ao melhor pagante, sem se importar muito com aquilo a que terá de submeter-se. Certos presidentes costumam aparecer a qualquer hora do dia em determinadas reuniões e começar a rodar sua bolsinha oferecendo ao melhor pagante não o próprio corpo, mas o próprio país, sem se preocupar com a submissão que for. É o que anda fazendo Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, sem o menor vislumbre de pudor.

É evidente que qualquer país, ainda mais nos dias de hoje, precisa atrair investimentos e estabelecer leques cada vez mais amplos em suas relações comerciais com o resto do mundo. É natural que haja esforço e até mesmo disputa quando se trata de atrair capitais destinados a investimentos produtivos.

Mas como em tudo nesta vida, é preciso agir com um mínimo de dignidade, exigir um mínimo de respeito, impor limites e observar regras mínimas de convivência – mesmo quando se trata de competir por um mesmo objetivo, que neste caso especifico se resume numa só palavra: dinheiro. Ou seja, investidores de qualquer latitude.

Agora mesmo Juan Manuel Santos deu um verdadeiro espetáculo da não tão nobre arte de vender um país a qualquer preço. Dia desses foi realizado em Bogotá o fórum de investimentos e cooperação empresarial Espanha-Colômbia. Anote-se: embora realizado na capital colombiana, não foi um fórum Colômbia-Espanha, porque, também nesse caso, a ordem dos fatores alteraria o produto.

Neste raro momento da história contemporânea sul-americana em que a maioria dos países da região busca linhas de ação conjuntas, entendendo que desunidos somos presa fácil da avidez dos grandes centros econômicos, uns poucos governos – e o colombiano é exemplo cabal disso – preferem atuar por conta própria.

Em Bogotá, o presidente anfitrião lascou, de saída, uma peculiar frase de boas-vindas ao chefe de governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy: "Aqui, nós não expropriamos". Uma piscadela despudorada à Espanha, país submergido numa crise de proporções dramáticas, e uma alusão deselegante, provocadora e desnecessária à decisão da Argentina de re-estatizar a petroleira YPF, controlada até agora pela espanhola Repsol.

Bastante razão tem Juan Manuel Santos para procurar investimentos externos. Apesar de ser o aliado mais leal e servil aos interesses dos Estados Unidos na América do Sul, a Colômbia carece – e muito – de recursos. Agora, ele trata de atrair mais dinheiro da Espanha, que já é o terceiro maior investidor estrangeiro no país.

"Se for bom para os empresários, será bom para nós", disse Juan Manuel Santos. Não explicou quem seria esse "nós". Disse que só pede "responsabilidade ambiental e social". Não explicou como se daria essa responsabilidade. Mas afirmou que a troco oferece "regras de jogo estáveis, segurança jurídica". São expressões que aos ouvidos empresariais têm o som de Brahms ou Beethoven.

O Banco Mundial diz que, na América Latina, a Colômbia ocupa o primeiro lugar na proteção aos investidores estrangeiros. No mundo todo, ocupa o quinto lugar.

As taxas de crescimento da economia são firmes e elevadas, na média de 4% anuais ao longo dos seis últimos anos, com marca impressionante em 2011: expansão de 6% no PIB, de 43% nas exportações e de 59% no volume de investimentos estrangeiros.

Mas a Colômbia é também um dos países de maiores e mais gritantes diferenças sociais neste continente de injustiças. A dívida social do Estado diante dos cidadãos tem dimensões de escândalo.

O presidente colombiano faz questão de dizer que cumpre todos os deveres de casa e não comete rebeldias como as da Argentina (onde, aliás, a pobreza extrema foi reduzida a 6% da população, menos de um terço da registrada na Colômbia). Reiterou que seu país vive aquilo que classificou de "processo espetacular de transformação econômica". Anunciou a existência de um plano de desenvolvimento para dez anos, com ênfase em projetos de infra-estrutura.

Também disse que o país sofre enormes carências que significam, ao mesmo tempo, excelentes oportunidades para empresas estrangeiras. A troco dos recursos necessários – e que se situam na casa dos cem bilhões de dólares – seu governo jura fidelidade irrestrita aos sócios estrangeiros.

Diz, com relação ao Mercosul, que 'essa idéia de acordos em bloco são coisas fora de moda'. Para o seu governo, a ordem é cada um por si e ninguém por todos. Para ele, bom mesmo é acatar a velha ordem estabelecida: Quem paga, manda.

A América Latina cresce e cresce, e continua sendo um dos continentes mais desiguais do planeta. Nesse quadro de grandes distâncias sociais, as da Colômbia são cada vez mais nítidas. Não é por acaso que, em seus esforços para vender o país, Juan Manuel Santos mencione de passagem a necessidade de combater essa desigualdade. De passagem e apenas roçando a superfície, sem aprofundar nada.

Ele foi ministro de Comercio Exterior no governo liberal de César Gaviria, foi ministro da Fazenda no governo conservador de Andrés Pastrana, foi ministro de Defesa no governo liberal de Álvaro Uribe. Transitar com essa leveza entre dois partidos tão radicalmente enfrentados como o Liberal e o Conservador pode ser entendido como dedicação às grandes causas nacionais, acima das diferenças partidárias. E também pode ser entendido como artimanhas de um trânsfuga sem escrúpulos.

Enfim, que fique bem claro: em seus pronunciamentos aos empresários, Juan Manuel Santos não fez uma única menção a programas de combate à desigualdade que assola seu país. Disse e redisse aos espanhóis: "Aqui, não expropriamos nada".

Não perguntou nada nem disse nada aos milhões de colombianos expropriados de seu próprio país. Aos que tiveram e têm sua esperança expropriada.
Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 27 Apr 2012 12:11 PM PDT
Posted: 27 Apr 2012 12:04 PM PDT


Os produtos da Apple são os mais caros em seus segmentos. Mas os consumidores parecem não estar nem aí para o preço. Querem a qualidade, o glamour, seja lá o que for relacionados aos produtos da marca. Pagam o preço que for, e fazem fila.

No entanto, a Apple - na contramão de seus clientes - exige preço baixo de seus fornecedores. O maior de todos, a Foxconn, com milhões de empregados pelo mundo, vive enfrentando problemas com seus funcionários para atender a demanda da maçã.

A barra é tão pesada que uma fábrica de Ipad, Ipod e Iphone na China incluiria cláusula antissuicídio no contrato de trabalho.

Um repórter da rede de TV estadunidense ABC conseguiu imagens do interior de fábrica de produtos da Apple na China, mostrando o lado podre da maçã.

Na época da reportagem, Tim Cook - o sucessor de Steve Jobs - enviou e-mail a todos os seus empregados, onde defende os valores da empresa e afirma a preocupação da Apple com cada um dos elos da cadeia de produção:


"A nosotros nos definen nuestros valores. Desafortunadamente algunas personas están cuestionando los valores de Apple hoy en día... Nosotros valoramos a cada trabajador en nuestra cadena de suministro global...Cualquier insinuación de que no nos interesa es claramente falsa y ofensiva para nosotros".


No entanto, parece que nada mudou na China. Pior, a unidade da Foxconn no Brasil estaria com problemas semelhantes. Em Jundiaí, cerca de 2,5 mil trabalhadores da Foxconn podem entrar em greve a partir de 3 de maio.

Na China, a coisa está ainda pior: Trabalhadores da Foxconn ameaçam pular de edifício em protesto por salários.

Não estaria na hora dos consumidores da Apple exigirem da empresa que a qualidade dos produtos que consomem se estenda aos trabalhadores que os produzem?


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Posted: 27 Apr 2012 11:58 AM PDT



O placar de 10 a 0 a favor das cotas no Supremo deveria fazer seus adversários refletir sobre a própria atuação.
Seria razoável levantar algumas perguntas: aonde erramos? Por que se aprovou uma medida que combatemos com tanto empenho, por uma diferença tão colossal? Será que todos os argumentos a favor das cotas são apenas demagógicos e absurdos?
Duvido que isso vai acontecer. E é fácil entender por que.
Ao longo dos últimos dez anos as cotas foram combatidas pelo conjunto dos grandes meios de comunicação do país. Formou-se uma unanimidade que não se viu sequer no tempo da abolição da escravatura. Em 1888 o Estado de S. Paulo e o Diário Popular, por exemplo, tinham a abolição do cativeiro como ponto de honra. O Estado combatia a escravidão em editoriais e artigos. O Diário ia além. Recusava-se até a publicar anúncios de compra e venda de escravos.
Mesmo assim, o STF, instituição que não funciona com base no voto popular, e tem manifestado uma sensibilidade imensa em relação a opinião dos meios de comunicação, resolveu aprová-las. Por que?
Porque as cotas não foram aprovadas como uma idéia que nasceu nos últimos dez anos, num supostos plágio ideológico de um processo vivido nos Estados Unidos na década de 60. Ainda que seja puro provincianismo de ocasião falar em modismos importados num país que trouxe ideias excelentes de fora – como a democracia, a própria abolição do cativeiro, a liberdade de imprensa, as universidades públicas – as cotas foram plantadas, semeadas e colhidas como um produto autenticamente brasileiro.
Sua base real não se encontra na pregação de militantes do MNU e seus descendentes que, abnegados, esforçados, injustiçados e bem intencionados, jamais tiveram acesso a um espaço tão amplo, generoso e positivo como seus adversários. Pergunte pelo nome de um adversário das cotas e logo vários vêm à mente. Com destaque para o senador Demóstenes Torres, aquele que se dedicava a defender a democracia racial sempre que a agenda de Carlinhos Cachoeira permitia. Mas pergunte pelo nome de um militante das cotas. Não temos nenhum. Foi uma luta sem Dante de Oliveira (das diretas), sem Nelson Carneiro (do divórcio), sem Maria da Penha (da lei Maria da Penha).
As cotas são a contrapartida histórica e inevitável da iniquidade estrutural da sociedade brasileira. Estava na cara que o país vivia e alimentava uma perversidade que não poderia ser mantida para sempre.
As cotas foram plantadas, irrigadas e colhidas desde que, abolida a escravidão, jamais se deu ao negro brasileiro o direito a uma reparação capaz de compensá-lo pelo massacre histórico do cativeiro. Foram 124 anos de abandono, opressão e desprezo. Hoje parece absurdo mas todas as políticas em relação ao negro brasileiro neste período foram exercícios para fingir que ele não tinha motivos para se queixar.
A democracia racial nunca passou de um mito destinado a simular uma igualdade que nunca foi real. Nunca. Na grande maioria dos casos a miscigenação – base de uma utópica sociedade "única" e "diferente" — sempre se baseou em contatos mistos do tipo senhor e escrava, desiguais, opressores, uma "falocracia", como definiu o professor Alfredo Bosi.
Já o racialismo foi a doutrina-recorde: tenta culpar por antecipação a vítima do racismo pelo surgimento de eventuais "tensões raciais" toda vez que o brasileiro negro conquistar um grama de direitos democráticos. É claro que não poderia convencer ninguém.
Em vez de acreditar em lendas sem base na realidade, os adversários das cotas poderiam ter assumido outra atitude, se tivessem, de fato, solidariedade e compaixão pelos brasileiros que formam o chão da sociedade, como os mais pobres entre os pobres, os mais calados entre os silenciosos. Poderiam ter feito aquilo que sempre se soube que era preciso fazer: dar boas escolas, meios de trabalho e de integração aos brasileiros que saíram do cativeiro. Isso teria evitado as cotas, pois daria nascimento a uma sociedade mais equilibrada e mais igual.
Essa seria a autocrítica a se fazer.
Em vez de se tomar medidas dolorosamente óbvias, preferiu-se jogar os negros brasileiros em qualquer canto, mas sempre no último lugar da fila, imaginando que seriam eternamente incapazes de reagir e encontrar uma saída.
Doze décadas depois, o vergonhoso atraso social do Brasil chegou a um ponto tão escandaloso que não havia mais tempo histórico para mudanças convencionais, lentas, evolutivas. Para muitas pessoas, ficou claro que era preciso tomar providências para responder a anseios legítimos de justiça e igualdade, há muito reprimidos. Essa é a raiz das cotas. Foi essa compreensão que levou o Supremo a aprová-las.
A incapacidade de compreender o que ocorria e agir a tempo está na origem dos 10 a 0 de ontem. Nada mais do que isso. Mas você espera uma autocrítica?
Paulo Moreira Leite
No Vamos combinar


Posted: 27 Apr 2012 11:51 AM PDT
Isabela Vieira 
Repórter da Agência Brasil
Dados divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a mortalidade infantil caiu quase pela metade entre 2000 e 2010.
Os resultados gerais da Amostra do Censo 2010 constatam que o número de óbitos de crianças menores de 1 ano passou de 29,7 para 15,6 em cada mil nascidas vivas, uma queda de 47,6%.
Entre as regiões do país, o Nordeste registra a queda mais expressiva da mortalidade infantil. No período, o índice passou de 44,7 para 18,5 óbitos para cada mil crianças. Porém, ainda é o nível mais alto no país. O menor índice é o do Sul, de 12,6 mortes.
De acordo com a pesquisa, os principais fatores responsáveis pela queda do indicador são as políticas de medicina preventiva, curativa, saneamento básico, programas de saúde materna e infantil, além da valorização do salário mínimo e dos programas de transferência de renda.
O IBGE também destaca que a queda da mortalidade infantil está ligada ao aumento da escolaridade materna e à diminuição do número de filhos por mulher, observada desde a década de 1960. Entre 2000 e 2010, a taxa de fecundidade registrou queda e passou de 2,38 crianças por mãe para 1,9. A menor taxa é a do Sudeste (1,7 filho por mulher) e a maior, no Norte, 2,47.
Segundo o órgão, dessa forma, a taxa de fecundidade no Brasil está abaixo do chamado nível de reposição (2,1 filhos por mulher), que garante substituição das gerações na população.
Edição: Lílian Beraldo

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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 27 Apr 2012 11:48 AM PDT

Posted by on 27/04/12 • Categorized as Análise

Antes de chegar ao ponto que intitula este post, haverá que fazer um longo preâmbulo para que o leitor possa entender a questão. Vamos a ele, pois.
Na quarta-feira (25/04), o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo, previu o desenlace do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impetrada pelo DEM contra a política de cotas para negros adotada pela Universidade de Brasília.
A previsão de Gaspari: "No palpite de quem conhece a Corte, o resultado será de, pelo menos, sete votos a favor e quatro contra" as cotas na UNB.
Tratou-se de uma previsão para lá de otimista para os adversários da igualdade racial no Brasil, ainda que não parecesse, pois a chance de derrota do DEM era, previsivelmente, muito maior. E era maior por conta dos complexos fatores técnicos e políticos que envolvem a questão e que passo a explicar.
Quem o jornalista disse que "conhece a Corte" parece não conhecê-la tanto assim. Este blogueiro mesmo, às 16:14 hs., três horas antes do término do Julgamento (que ocorreu por volta das 19:30 hs.) previu, através do Twitter, que a decisão a favor das cotas poderia ser unânime. Abaixo, reprodução da mensagem que publiquei naquela rede social.

Mais uma vez, perguntaram-me sobre uma tal "bola de cristal" de cristal que eu teria por conta de previsões que fiz como aquela sobre a crise econômica de 2008, de que seria mesmo uma marolinha, o que foi dito em um momento em que todos, à esquerda e à direita, diziam que o país afundaria. Ou como a que fiz dias antes da publicação da última pesquisa Datafolha, a previsão de que a popularidade de Dilma dispararia.
Infelizmente, não tenho bola de cristal alguma. Se tivesse, trataria de descobrir o resultado de alguma loteria, eis que ando precisado… O que tenho é só um método de lidar com a lógica que só funciona quando disponho de elementos suficientes, o que dificilmente ocorre.
Certas vezes, porém, os fatos gritam para ser notados. E, nesse caso do julgamento das cotas, o fenômeno era intenso. Afinal, acolher a premissa do DEM seria uma aberração jurídica. Seria desmoralizante para qualquer juiz que preze minimamente a própria imagem. E não apenas para a sua capacidade técnica, mas do ponto de vista da imagem de pessoa pública.
Houve um tempo em que os juízes do STF não ligavam para o Direito ou para a própria imagem por não passarem de meros despachantes dos setores mais poderosos da sociedade que o presidente da República, que exercia a mesma função, guindava a postos dessa importância.
Foi uma era de trevas em que um presidente ousou manter no cargo, por oito anos, um único procurador-geral da República. Alguém cuja função era arquivar qualquer ação incômoda para o Poder Executivo, o que lhe valera o apodo de engavetador-geral da República.
Na era Lula, os despachantes da elite na cúpula do Judiciário ou do Ministério Público foram sendo substituídos por militantes do melhor Direito preocupados com a própria imagem e descompromissados com o banditismo que imperara naquelas instituições até a chegada do ex-operário ao poder, o que possibilitou que os procuradores-gerais indicados por ele aceitassem um processo contra quem os nomeou, como o do mensalão, o que jamais teria ocorrido quando o PSDB estava no poder.
Hoje, dos onze ministros da Suprema Corte de Justiça do país, oito foram nomeado por Lula ou por Dilma Rousseff. A moralização da mais alta instância do Poder Judiciário, pois, virou um fato. Com efeito, o mensalão jamais estaria para ser julgado se os governos do PT não tivessem optado pelo que havia de melhor para a Procuradoria-Geral da República ou para o STF.
Com a excelência dos ocupantes daquela Corte, seria praticamente impossível que as cotas perdessem. Até porque, entre os três juízes nomeados por antecessores de Lula, só dois já se envolveram em maracutaias: Marco Aurélio Mello, indicado por Fernando Collor de Mello (e que é primo do ex-presidente, vejam o absurdo!), e Gilmar Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso. Celso de Mello, indicado por Sarney, sempre se portou direito.
Ora, a questão que aqueles juízes julgavam não poderia ter outro destino. Bastaria o menor conhecimento da situação social do país para perceber que o pleito do DEM não passava de uma tentativa de prestação de serviços a uma elite decadente, corrupta e racista.
Dados do IBGE mostram que qualquer outra decisão que não a que foi tomada, seria um absurdo. E de que os argumentos que a imprensa e essa elite esgrimem não passam de banditismo intelectual.
Vejamos, por exemplo, o que um desses impérios de comunicação corruptos que tentam atrasar ou mesmo impedir a justiça social no país diz em editorial publicado nesta sexta-feira, 27 de abril, um dia após a decisão unânime do STF em prol da igualdade racial.
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FOLHA DE SÃO PAULO
27 de abril de 2012
Editorial
Cotas raciais, um erro
Tratamento desigual para reparar injustiças deveria contemplar apenas critérios sociais objetivos – não a cor da pele, obsessão importada O Supremo Tribunal Federal declarou as políticas de cotas raciais em universidades federais compatíveis com a Constituição. A decisão será saudada como um avanço, mas nem por isso terá sido menos equivocada.
Ninguém duvida que a escravidão foi uma catástrofe social cujos efeitos perniciosos ainda se propagam mais de um século após a Abolição. Descendentes de cativos -de origem africana ou nativa, pois também houve escravização de índios – sofrem, na maioria dos casos, uma desvantagem competitiva impingida desde o nascimento.
As políticas adotadas por universidades que reservam cotas ou garantem pontuação extra a candidatos originários daquela ascendência procuram reparar essa iniquidade histórica. A decisão do STF dará ensejo à disseminação de tais medidas em outras instâncias (acesso a empregos públicos, por exemplo), o que ressalta a relevância do julgamento.
São políticas corretivas que podem fazer sentido em países onde não houve miscigenação e as etnias se mantêm segregadas, preservando sua identidade aparente. Não é o caso do Brasil, cuja característica nacional foi a miscigenação maciça, seguramente a maior do planeta. Aqui é duvidosa, quando não impraticável, qualquer tentativa de estabelecer padrões de "pureza" racial.
Não se trata de negar a violência do processo demográfico ou o dissimulado racismo à brasileira que dele resultou, mas de ter em mente que a ampla gradação nas tonalidades de pele manteve esse sentimento destrutivo atrofiado, incapaz de se articular de forma ideológica ou política. Com a mentalidade das cotas raciais, importa-se dos Estados Unidos uma obsessão racial que nunca foi nossa.
No Brasil, a disparidade étnica se dissolve numa disparidade maior, que é social -uma sobreposta à outra. A serem adotadas políticas compensatórias, o que parece legítimo, deveriam pautar-se por um critério objetivo -alunos de escolas públicas, por exemplo- em vez de depender do arbítrio de tribunais raciais cuja instalação tem algo de sinistro.
A Constituição estipula que todos são iguais perante a lei. É um princípio abstrato; inúmeras exceções são admitidas se forem válidos os critérios para abri-las. A ninguém ocorreria impugnar, em nome daquele preceito constitucional, a dispensa de pagar Imposto de Renda para os que detêm poucos recursos.
O cerne da questão, portanto, consiste em definir se há justiça em tratar desigualmente as pessoas por causa do tom da pele ou se seria mais justo, no empenho de corrigir a mesma injustiça, tratá-las desigualmente em decorrência do conjunto de condições sociais que  limitaram suas possibilidades de vida.
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O editorial diz que a desigualdade "racial" brasileira não seria um "critério social objetivo", mas uma "obsessão importada" porque, no Brasil, houve miscigenação enquanto que nos Estados Unidos, onde surgiu a política afirmativa das cotas "raciais", não houve.
E daí? A miscigenação por acaso impede o racismo? O IBGE mostra que não. Segundo estudos da instituição, a proporção de estudantes de 18 a 25 anos de idade frequentando curso superior é de 19,4% da população para os brancos e 6,8% para os negros e pardos. E a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que concluíram curso superior é de 13,4% para brancos e de míseros 4% para negros e pardos.
A pesquisa completa do IBGE pode ser conferida aqui.
Sim, houve mistura racial no Brasil, mas tanto os negros "puros" quanto os mestiços sofrem tanto ou mais no Brasil quanto nos Estados Unidos. Isso sem falar dos índios, que a política de cotas também contempla tanto quanto aos negros e pardos, bem como os brancos pobres, que, apesar de existirem, são em percentual infinitamente menor.
Qualquer análise séria da questão revela que cotas por critério meramente econômico, as ditas cotas sociais – que já existem não só nas políticas afirmativas do governo federal quanto, exclusivamente, em governos mais conservadores como o de São Paulo, na USP e na Unicamp –, são insuficientes.
Se fossem adotadas unicamente, se o critério da pobreza prevalecesse sobre o critério racial para conceder vagas em universidades, o negro continuaria sendo prejudicado, pois os brancos, nos estudos do IBGE, sempre estão em melhor condição que os negros, inclusive entre os pobres.
No Brasil, os 2% mais pobres são compostos por negros e mestiços de brancos com negros, em situação ainda pior do que a dos índios, que também sofrem muito. Se entre os que ganham abaixo de determinado valor fosse usado o critério do mérito, por exemplo, os brancos continuariam chegando à frente de afrodescendentes e índios, o que perpetuaria o problema.
Os juízes mais preocupados com as próprias imagens, portanto, não cometeriam essa vilania de negar aos mais prejudicados a oportunidade de saírem da senzala cultural a que foram confinados durante a escravidão e após a libertação dos escravos.
Os únicos juízes capazes de dar uma banana para o Direito em prol de seus patronos políticos seriam Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes, que chegaram a pôr criminosos ricos em liberdade (Salvatore Cacciolla e Daniel Dantas, respectivamente). Mello, porém, de vários anos para cá passou a se portar melhor e tem marcado sua atuação por decisões libertárias e humanistas.
Só havia um juiz que pendia claramente pela desigualdade racial: Gilmar Mendes. Isso fica muito claro, aliás, em seu voto no julgamento da ADPF 186, a das cotas.
Outra matéria da Folha de São Paulo mostra sua tendência e permite, pela lógica, supor que votou contra o DEM, partido com quem andou tendo relações pra lá de esquisitas, por medo de ser o único entre os dez juízes a votar a favor do racismo.
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FOLHA DE SÃO PAULO
27 de abril de 2012
Cotidiano
Gilmar Mendes faz ressalvas a cotas raciais
Apesar de favorável à política de reserva de vagas, ministro chama a atenção para eventuais distorções de sistema da UnB
Depois de dois dias de julgamento da ação proposta pelo DEM, sessão foi encerrada sob sonoros aplausos
DE BRASÍLIA
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes votou a favor das cotas, mas foi o único a fazer críticas ao sistema adotado pela UnB.
Mendes afirmou que o critério racial não é o melhor para definir quem deve ser beneficiado pela reserva de vagas e que um modelo incluindo a renda seria mais apropriado.
Ele citou "distorções e perversões" que poderiam ser geradas pela atual política. Entre elas, a possibilidade de um aluno negro e rico, que sempre estudou em escola particular, entrar na universidade por cotas, enquanto um pobre, porém branco, não.
(…)
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Ora, a opinião de Mendes é incompatível com seu voto. Se julga que a política de cotas da UNB contém "perversões e distorções" como a de um negro rico ter possibilidade de tomar o lugar de um branco pobre, deveria ter votado a favor da ADPF do DEM. Se votou diferente, é porque sabia que ficaria isolado e porque essa sua questão poderia ser desmontada facilmente.
Inexiste a possibilidade de um "negro rico", talvez filho de pagodeiro ou jogador de futebol – situações em que um negro pode enriquecer, salvo exceções –, tomar a vaga de branco pobre. A política de cotas exclui estudantes de escolas particulares, ora. E alguém acha que um negro rico colocaria seu filho em escola pública?

Do Blog da Cidadania.
Posted: 27 Apr 2012 11:25 AM PDT
STF julga constitucional política de cotas na UnB
Quinta-feira, 26 de abril de 2012
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a política de cotas étnico-raciais para seleção de estudantes da Universidade de Brasília (UnB). Por unanimidade, os ministros julgaram improcedente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 186, ajuizada na Corte pelo Partido Democratas (DEM).
Os ministros seguiram o voto do relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski. Na sessão de ontem (25), em que foi iniciada a análise da matéria, o relator afirmou que as políticas de ação afirmativa adotadas pela UnB estabelecem um ambiente acadêmico plural e diversificado, e têm o objetivo de superar distorções sociais historicamente consolidadas. Além disso, segundo ele, os meios empregados e os fins perseguidos pela UnB são marcados pela proporcionalidade, razoabilidade e as políticas são transitórias, com a revisão periódica de seus resultados.
"No caso da Universidade de Brasília, a reserva de 20% de suas vagas para estudante negros e 'de um pequeno número delas' para índios de todos os Estados brasileiros pelo prazo de 10 anos constitui, a meu ver, providência adequada e proporcional ao atingimento dos mencionados desideratos. A política de ação afirmativa adotada pela Universidade de Brasília não se mostra desproporcional ou irrazoável, afigurando-se também sob esse ângulo compatível com os valores e princípios da Constituição", afirmou o ministro Lewandowski.
Pedido do DEM
Na ação, ajuizada em 2009, o DEM questionou atos administrativos do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade de Brasília (Cepe/UnB) que determinaram a reserva de vagas oferecidas pela universidade. O partido alegou que a política de cotas adotada na UnB feriria vários preceitos fundamentais da Constituição Federal, como os princípios da dignidade da pessoa humana, de repúdio ao racismo e da igualdade, entre outros, além de dispositivos que estabelecem o direito universal à educação.
Votos
Todos os ministros seguiram o voto do relator, ministro Lewandowski. Primeiro a votar na sessão plenária desta quinta-feira (26), na continuação do julgamento, o ministro Luiz Fux sustentou que a Constituição Federal impõe uma reparação de danos pretéritos do país em relação aos negros, com base no artigo 3º, inciso I, da Constituição Federal, que preconiza, entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
Para ele, a instituição de cotas raciais dá cumprimento ao dever constitucional que atribui ao Estado a responsabilidade com a educação, assegurando "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um".
A ministra Rosa Weber defendeu que cabe ao Estado "adentrar no mundo das relações sociais e corrigir a desigualdade concreta para que a igualdade formal volte a ter o seu papel benéfico". Para a ministra, ao longo dos anos, com o sistema de cotas raciais, as universidades têm conseguido ampliar o contingente de negros em seus quadros, aumentando a representatividade social no ambiente universitário, que acaba se tornando mais plural e democrático.
Já a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha destacou que o sistema de cotas da UnB é perfeitamente compatível com a Constituição, pois a proporcionalidade e a função social da universidade estão observadas. "As ações afirmativas não são a melhor opção, mas são uma etapa. O melhor seria que todos fossem iguais e livres", apontou, salientando que as políticas compensatórias devem ser acompanhadas de outras medidas para não reforçar o preconceito. Ela frisou ainda que as ações afirmativas fazem parte da responsabilidade social e estatal para que se cumpra o princípio da igualdade.
Ao concordar com o relator, o ministro Joaquim Barbosa afirmou que o voto do ministro Lewandowski praticamente esgotou o tema em debate. Ressaltou, porém, que "não se deve perder de vista o fato de que a história universal não registra, na era contemporânea, nenhum exemplo de nação que tenha se erguido de uma condição periférica à condição de potência econômica e política, digna de respeito na cena política internacional, mantendo, no plano doméstico, uma política de exclusão em relação a uma parcela expressiva da sua população".
Na sequência da votação, o ministro Cezar Peluso afirmou que é fato histórico incontroverso o déficit educacional e cultural dos negros, em razão de barreiras institucionais de acesso às fontes da educação.
Assim, concluiu que existe "um dever, não apenas ético, mas também jurídico, da sociedade e do Estado perante tamanha desigualdade, à luz dos objetivos fundamentais da Constituição e da República, por conta do artigo 3º da Constituição Federal". Esse dispositivo preconiza uma sociedade solidária, a erradicação da situação de marginalidade e de desigualdade, além da promoção do bem de todos, sem preconceito de cor.
O ministro Gilmar Mendes reconheceu as ações afirmativas como forma de aplicação do princípio da igualdade. Destacou em seu voto que o reduzido número de negros nas universidades é resultado de um processo histórico, decorrente do modelo escravocrata de desenvolvimento, e da baixa qualidade da escola pública, somados à "dificuldade quase lotérica" de acesso à universidade por meio do vestibular. Por isso, o critério exclusivamente racial pode, a seu ver, resultar em situações indesejáveis, como permitir que negros de boa condição socioeconômica e de estudo se beneficiem das cotas.
Também se pronunciando pela total improcedência da ADPF 186, o ministro Marco Aurélio disse que as ações afirmativas devem ser utilizadas na correção de desigualdades, com a ressalva de que o sistema de cotas deve ser extinto tão logo essas diferenças sejam eliminadas. "Mas estamos longe disso", advertiu. "Façamos o que está a nosso alcance, o que está previsto na Constituição Federal."
Decano do STF, o ministro Celso de Mello sustentou que o sistema adotado pela UnB obedece a Constituição Federal e os tratados internacionais que tratam da defesa dos direitos humanos. "O desafio não é apenas a mera proclamação formal de reconhecer o compromisso em matéria dos direitos básicos da pessoa humana, mas a efetivação concreta no plano das realizações materiais dos encargos assumidos".
Encerrando o julgamento, o presidente da Corte, ministro Ayres Britto, afirmou que a Constituição legitimou todas as políticas públicas para promover os setores sociais histórica e culturalmente desfavorecidos. "São políticas afirmativas do direito de todos os seres humanos a um tratamento igualitário e respeitoso. Assim é que se constrói uma nação", concluiu.
O ministro Dias Toffoli se declarou impedido e não participou do julgamento.

Do Blog Maria Fro.

Posted: 27 Apr 2012 11:17 AM PDT
Graças a "sorte" do Lula e ao arrojo da Dilma, o Brasil está surpreendendo o mundo e superando todos os vícios e provincianismos da politicalha nacional.
Sendo sincero e exigente para consigo mesmo, quais os políticos que você põe a mão no fogo como modelos de honestidade e competência? Se houverem, devem ser de apenas uma dessas duas virtudes.

Imagem Activa
A grande maioria desses políticos parecem pombos: só fazem cagadas.
Não é por acaso que chamam as instituições públicas federais, estaduais e municipais de casas da luz vermelha. As estrelas lá dentro puxaram suas mães: nada é feito por amor, tudo é por dinheiro.
Mas, não estamos aqui para baixar seu humor nem seu ânimo. Vamos lutar para que seja feita uma grande faxina nesses antros de poder e pilantragens de gravata. Temos duas armas: a internet e o voto. Acho que cada um sabe como fazer a sua parte.
Nunca o Brasil esteve tão perto daquele futuro que nascemos e crescemos ouvindo. Vamos ajudar a realizá-lo. Para nós, nossos filhos e netos. 

Do Blog Sr.Com
Posted: 27 Apr 2012 09:16 AM PDT




"A frase é de Carlos Cachoeira, numa conversa interceptada pela PF; nela, bicheiro cobra a fatura por ter colocado o tucano Perillo no Palácio dos Esmeraldas em 2010; diálogo revela como doador de campanha se apropria de um governo
Brasil 247
Fecha-se o cerco contra o governador de Goiás, Marconi Perillo. Em 2010, o bicheiro Carlos Cachoeira foi um dos principais personagens da sua campanha. Doou recursos, montou parte da estrutura e depois cobrou a fatura. Na disputa, contra o ex-governador Íris Rezende, Cachoeira recrutou o espião Dadá e o jornalista Alexandre Oltramari, ex-Veja. Cedeu recursos próprios e também da construtora Delta. E, depois, cobrou seu pedaço do governo. "Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós", disse Cachoeira ao ex-presidente do Detran, Edivaldo Cardoso, numa conversa interceptada pela PF.

Cardoso deixou o cargo justamente em função das ligações com Cachoeira. Em Goiás, a Delta saiu praticamente do zero para contratos de R$ 450 milhões. Cachoeira nomeava delegados e participava da indicação até de alguns secretários. Marconi Perillo, que já admitiu a influência isolada de Cachoeira em seu governo, tentou retomar a iniciativa e pediu para ser investigado pelo produrador Roberto Gurgel.

A situação do governador de Goiás começa a se tornar insustentável.
Leia na matéria do Globo:

BRASÍLIA - Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cobrou do ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à eleição do governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o bicheiro e o ex-auxiliar do governador discutem a partilha da verba publicitária do Detran, segundo Edivaldo, no valor total de R$ 1,6 milhão. Cachoeira lembra da participação que teve na campanha de Perillo e exige a maior fatia do bolo.


— Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós — diz Cachoeira."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:490 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 27 Apr 2012 08:20 AM PDT
Do Brasil 247- 27/4/2012

Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídiaFoto: Folhapress_Divulgação

Principais grupos de comunicação fecham pacto de não agressão e transmitem ao Planalto a mensagem de que pretendem retaliar o governo se houver qualquer convocação de jornalistas ou de empresários do setor; porta-voz do grupo na comissão é o deputado Miro Teixeira; na Inglaterra, um país livre, o magnata Rupert Murdoch depôs ontem

27 de Abril de 2012 às 05:19
247 – Há exatamente uma semana, o 247 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.
Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada "CPI da Veja" ou "CPI da mídia". João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).
Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se "Vacina" e diz o que segue abaixo:
"O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação".
O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.
Inglaterra, um país livre
Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.
Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.
O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

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PITACO DO ContrapontoPIG.
A que ponto chegamos! Basta.
Chegou as hora de bater de frente com estes canalhas.
Está na hora da Dilma 'bater um papo' com o Chávez e com a Cristina pra ver com se trata esta corja.
Ou ceder de vez e entregar 3 ministérios para o PIG participar do governo...
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 27 Apr 2012 08:17 AM PDT
Não somos racistas!

Do Escrivinhador - publicada sexta-feira, 27/04/2012 às 00:39 e atualizada sexta-feira, 27/04/2012 às 09:39



por Rodrigo Vianna
O Ali Kamel, diretor da Globo, levou uma sova no STF. Por 10 x 0 (dez votos a zero), o tribunal decidiu que são constitucionais - sim!!! – as quotas para negros nas universidades brasileiras.
Kamel, como se sabe, nega que haja racismo no Brasil. "Não somos racistas" é o título de um livro dele. Kamel é contra as quotas. E não está sozinho. Outros ideólogos contra as quotas são Demetrio Magnoli, ex-trotskista hoje especializado em dizer o que a Globo gosta de ouvir, e Demostenes Torres, amigo de sala e cozinha de Carlinhos Cachoeira.

Foi a terceira derrota acachapante sofrida por Ali Kamel em 6 anos. Em 2006, ele apostou tudo contra a reeleição de Lula. Eu trabalhava na Globo, e vi de perto todo o processo. A indignação seletiva nos telejornais, a forma como os aloprados eram sempre caracterizados como "do PT", enquanto os tucanos eram tratados como "funcionários do governo anterior", a forma como se escondeu o que havia no famoso dossiê contra Serra que os "aloprados" supostamente iriam comprar, a maneira como o "dinheiro dos aloprados" foi parar no JN na antevéspera do primeiro turno, a trama do delegado Bruno exposta pelo Azenha e depois pela CartaCapital… Tudo isso é história – que um dia precisa ser contada com mais detalhes.
O bombardeio da Globo contra Lula começara antes, em 2005, na cobertura do chamado Mensalão. O jornalista Marco Aurélio Mello escreveu um belo texto sobre isso. A Globo queria "sangrar Lula", para derrotá-lo nas urnas em 2006. Aliou-se até ao pequeno ACM Neto. Não deu. Ali Kamel perdeu feio.
Em 2010, Ali Kamel pôs a Globo contra Dilma. Quem não se lembra do episódio da bolinha de papel? O perito Molina - que já atuara a favor de Kamel em causas pessoais do diretor da Globo no Judiciário – foi usado no JN para criar a teoria de que Serra fora atingido por um misterioso objeto. Só faltou acharem um Lee Osvald! A Globo passou ridículo. Serra virou Rojas. E Ali Kamel perdeu pela segunda vez.
A terceira derrota veio agora, no STF. "Ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera". Ninguém encampou a tese kameliana de que quotas seriam uma forma de "acirrar" as disputas raciais no Brasil. Demóstenes (recolhido à cozinha de Cachoeira) fez falta, porque era valoroso defensor dessa tese. Chegou a dizer, numa audiência pública, que o racismo não fora tão violento assim, e que a mistura entre negros e brancos se deu através de estupros cometidos pelos senhores, sim, mas que eram "consentidos" pelas escravas. Segundo ele, "uma história tão bonita de miscigenação". Essa é a turma contra as quotas.
Ali Kamel é um pouco mais sutil. Mas também encampa teses estranhas: por exemplo, relativiza a cor da pele como elemento definidor da Escravidão no Brasil. Por que digo isso? Porque ele me falou sobre o tema numa troca de e-mails pessoal, em 2005. Eu cobrira, pela Globo, a visita a São Paulo de um enviado especial da ONU sobre racismo. A matéria não foi ao ar no JN. Kamel derrubou. Escrevi a ele no Rio, para saber o que acontecera. Trocamos e-mails de forma muito civilizada. E fiquei sabendo como ele pensava.
Já falei sobre isso numa entrevista a Marcelo Salles, mas sempre evitei dar detalhes dos e-mails, afinal a troca de mensagens se dera de forma reservada. Só que Ali Kamel não se importou com isso: usou os e-mails num processo judicial que move contra mim! Que deselegância! Usou para tentar provar que eu o tratava muito bem, e que depois passei a criticá-lo.
Sim, na troca de e-mails eu o tratei de forma cordial, como faço com todo mundo. Não tenho nada, absolutamente nada, contra ele pessoalmente. Nossas diferenças são políticas e jornalísticas, são formas diferentes de ver o mundo e de intervir no debate.
Desde o início do governo Lula, Ali Kamel se posicionou contra o Bolsa-Família ("assistencialista", o certo era investir em educação), contra o Prouni, contra as quotas (afinal, se "não somos racistas", pra que quotas?).
Por isso, essa terceira derrota de Ali Kamel, no STF, deve ter sido a mais dolorosa. "Ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera". Não apareceu ninguém para defender a "sociologia kameliana" no STF. Ele levou uma surra.
Nos e-mails de 2005, com alguma arrogância, tentou ensinar-me quem era Gilberto Freyre. Ali Kamel provavelmente acredite que é o novo Freyre, o novo formulador da "democracia racial" brasileira. Um Freyre incompetente. Porque mesmo entricheirado na emissora mais poderosa da América Latina, ele perde todas. Perde o debate no STF, perde as eleições, perde a capacidade de influir nas decisões do Estado brasileiro. Um bom sinal.
Leia outros textos de Palavra Minha
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 27 Apr 2012 08:12 AM PDT



Até um certo momento o Uruguai só era mencionado no Brasil por duas coisas: ricos iam se divorciar e/ou casar e ter lua-de-mel em Punta del Este e pela derrota no fatídico dia 16 de julho de 1950 para a seleção Uruguai no Maracanã, de virada, na Copa do Mundo feita para o Brasil ser campeão. Alguns haviam passado por Montevidéu e diziam que ficava a meio caminho entre Porto Alegre e Buenos Aires.
"Os uruguaios temos certa tendência a crer que nosso país existe, embora o mundo não o perceba", diz Galeano. "Os grandes meios de comunicação, aqueles que têm influência universal, jamais mencionam esta nação pequenina e perdida ao sul do mapa."
Um país de poucos milhões de habitantes que, como diz ele, tem população similar a alguns bairros das grandes cidades do mundo, mas que provocaria algumas surpresas para quem se arriscasse a chegar por ali.
Um país que aboliu os castigos corporais nas escolas 120 anos antes da Grã-Bretanha. O Uruguai adotou a jornada de trabalho de oito horas um ano antes dos Estados Unidos e quatro anos antes da França. Teve lei do divórcio setenta anos antes da Espanha e voto feminino quatorze anos antes da França.
O Uruguai teve proporcionalmente o maior exílio durante a ditadura militar, em comparação com sua população. Assim, tem cinco vezes mais terra do que a Holanda e cinco vezes menos habitantes. Tem mais terra cultivável que o Japão e uma população quarenta vezes menor.
O país ficou relegado a uma população escassa e envelhecida. Tristemente Galeano diz que "poucas crianças nascem, nas ruas vêem-se mais cadeiras de rodas do que carrinhos de nenês".
Ainda assim, Galeano consigna bons motivos para gostar do seu país: "Durante a ditadura militar, não houve no Uruguai nem um só intelectual importante, nem um só cientista relevante, nem um só artista representativo, único que fosse, disposto a aplaudir os mandões. E nos tempos que correm, já na democracia, o Uruguai foi o único país do mundo que derrotou as privatizações em consulta popular: no plebiscito de fins de 92, 72% dos uruguaios decidiram que os serviços essenciais continuaram sendo públicos. A notícia não mereceu sequer uma linha na imprensa mundial, embora se constituísse numa insólita prova de senso comum." Talvez por esses "maus exemplos" tentam desconhecer o Uruguai, apesar da insistência dos uruguaios de afirmar que seu país existe.
Por tudo isso, Galeno se orgulha do seu "paisito", "este paradoxal país onde nasci e tornaria a nascer".

Posted: 27 Apr 2012 08:06 AM PDT



Não é de hoje que a revista Veja monta matérias no mínimo suspeitas sobre medicamentos.
Quando preparava a série sobre a Veja, deparei-me com uma matéria estranha, de um remédio antiaids da Pfizer que a revista - sem o respaldo de uma fonte científica sequer - sugeria para compor o coquetel antiaids do Ministério da Saúde.
Era uma reportagem comum, não um artigo científico, assinada por uma repórter sem formação médica (http://veja.abril.com.br/150807/p_101.shtml).
Falava das maravilhas de um novo princípio ativo da Pfizer, que traria avanços consideráveis no combate à aids, o Maraviroc.
Nos EUA, o FDA acabara de aprovar a droga. No Brasil, a Anvisa atuou de forma surpreendentemente rápida, aprovando-a no mesmo ano.
E aí, uma repórter sem nenhuma especialização na área médica, sem pesquisar sites especializados no assunto, sem recorrer a uma fonte médica sequer, sugere que o remédio passe a integrar o coquetel antiaids do Ministério da Saúde.
A matéria fecha com isso:
"É muito provável, de acordo com os médicos, que as duas novas classes de drogas antiaids logo venham a fazer parte desse cardápio farmacêutico (o coquetel antiaids do Ministério da Saúde, sonho de todo laboratório que produz antivirais)".
A fonte da revista são "os médicos".
O que estava por trás desse soluço científico da revista?
A medicação só é eficaz para pacientes que possuam um determinado co-receptor. Na época, nem o Ministério da Saúde nem a Sociedade Brasileira de Infectologia concordavam com a inclusão do novo princípio ativo, justamente devido ao fato de se exigir o teste prévio do paciente, oferecido por apenas um laboratório norte-americano associado à Pfizer.
Havia um conflito latente, discussões técnicas no Ministério da Saúde e em organismos científicos. Aí a empresa monta essa estratégia de se valer de uma revista sem nenhuma base científica, para "sugerir" ao Ministério a adoção do remédio.

Histórico do Caso Maraviroc (Celsentri).


15/8/2007 – A revista "Veja" faz propaganda disfarçada do medicamento anti-retroviral Maraviroc, exaltando suas qualidades na matéria "Esperança Dobrada", de Adriana Dias Lopes.
24/9/2007 – "A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem um novo medicamento anti-retroviral indicado para pacientes com resistência ao coquetel antiaids, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde."
Em matéria baseada na assessoria de imprensa da Pfizer, redigida por Léo Nogueira e publicada no mesmo dia (24/9/2007), lê-se:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje o anti-retroviral Celsentri (maraviroc). O medicamento vai integrar o coquetel de produtos para tratamento de pacientes com HIV/Aids que apresentam resistência ou que não toleram os remédios disponíveis.
Favas contadas, portanto.
11/1/2008 – Na matéria " 'Conflito de interesse' pode atrapalhar negociação de Maraviroc no SUS, diz Mariângela Simão diretora do Programa Nacional de DST/Aids", vem a informação de que um pré-requisito para a utilização do medicamentos por pacientes portadores do vírus da Aids seria simplesmente este:
"... antes de utilizar o remédio, o paciente deve se submeter a um teste que está disponível em apenas um laboratório nos Estados Unidos, que mantém relações comerciais com a Pfizer. 'Temos uma situação complexa, há um potencial conflito de interesse, uma vez que o único laboratório que faz o teste de genotipagem tem relações comerciais com esta indústria farmacêutica', explicou em entrevista à Agência de Notícias da Aids."
Quer mais?
"... Só tem um laboratório no mundo que faz isso e foi contratado pelo laboratório produtor do Maraviroc [Pfizer] para validar o seu estudo [sobre a eficácia do medicamento]."
A clássica situação "Tamos juntos".
Repare como a matéria da "Veja" não mencionou essas duas informações jornalisticamente relevantes para o entendimento do caso.
2012 – O Celsentri não faz parte do coquetel antiaids (19 medicamentos) distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde para cerca de 200.000 pessoas.
Luis Nassif - O Escritor
No Advivo

Leia também: As capas médicas de Veja e os laboratórios


Posted: 27 Apr 2012 08:02 AM PDT
Ancelmo.com

O conselho universitário da UFRJ aprovou hoje a concessão do título de Doutor Honoris Causa para o ex-presidente Lula.
A proposta, que tinha sido barrada por estudantes (!) que integram o conselho, foi aprovada com 34 votos favoráveis, 5 contra e uma abstenção. 
Os professores que defenderam a homenagem a Lula lembraram de sua trajetória não apenas como presidente, mas como sindicalista e de pessoa que superou obstáculos durante a vida.
Como é recorrente a alegação de que Lula é "uma figura que não estudou e não tem diploma", a professora Eleonora Ziller, da Faculdade de Letras, argumentou que é preciso confrontar a nossa tradição, que só valoriza quem é bacharel.
-- O quadro em que Lula foi formado fez dele um intelectual orgânico. Ele foi formado por Mário Pedrosa, Marilena Chauí, Sérgio Buarque de Holanda, Aziz Ab'Saber" -- disse a professora, lembrando ainda que, para "o maior intelectual deste país", Antonio Candido, Lula tem uma inteligência rara.

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Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 27 Apr 2012 08:00 AM PDT


Urariano Mota, Direto da Redação
"Enquanto escrevo, ainda não acabou o julgamento, pelo STF, das cotas para negros na Universidade de Brasília.  Às 10 e 15 do Recife numa quinta-feira, o Supremo Tribunal ainda vai se pronunciar sobre uma ação contra as cotas movida pelo DEM, que atende pelo nome de Democratas, e tudo sem ironia. A realidade é que já passou do limite do deboche.    
A dar corpo à sua defesa democrática, sem ironia, entendam, o DEM argumenta que o negro sistema transgride, viola diversos preceitos fundamentais fixados pela Constituição de 1988, a saber: a dignidade da pessoa humana, o combate ao preconceito de cor e à discriminação, o que afetaria o próprio combate ao racismo. Mas tudo sem ironia, se conseguem entender. E de tanto usar a observação, a partir de agora usarei apenas TSI, que vem a significar "tudo sem ironia!". 
Dizem os democratas, TSI, que o sistema de cotas fere o princípio meritocrático. Melhor seria dizer, sem TSI, que o DEM reafirma o meritocrático como um  mentirocrático, porque torna absoluto  o mérito, o mérito que sempre houve para os de sempre, a saber: tudo para os filhos dos bem postos na sociedade de exclusão, os seus vizinhos, sobrinhos, esposa, mãe, os mais próximos enfim, que, é um diabo, todos têm mérito e são filhos de Deus. Mas indo além da defesa do próprio mérito, defendem os democratas TSI que o sistema ofende dispositivos do direito universal para a  educação. Você leram bem: cota-para-os-negros-fere-direito-universal-da-educação. TSI! TSI! TSI! ao infinito.  
Notem que as cotas para negros se confundem com as cotas para estudantes de escolas públicas, onde não por acaso se encontram os pobres, negros e mestiços do Brasil.  E por falar em mérito, um estudo da Universidade de Campinas já demonstrou que os alunos oriundos de escolas estaduais, menos de 30% do corpo discente da Unicamp, possuíam durante o curso médias 5% superiores aos demais - apesar de enfrentarem maiores dificuldades materiais ao longo da permanência na universidade. Mas esse mérito dos que lutam pela educação como uma tábua de sobrevivência, não serve aos Democratas."
Artigo Completo, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:480 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 27 Apr 2012 07:54 AM PDT
Saiu no Globo:

Em gravação, Carlinhos Cachoeira diz que elegeu Perillo


BRASÍLIA – Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cobrou do ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à eleição do governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o bicheiro e o ex-auxiliar do governador discutem a partilha da verba publicitária do Detran, segundo Edivaldo, no valor total de R$ 1,6 milhão. Cachoeira lembra da participação que teve na campanha de Perillo e exige a maior fatia do bolo.


— Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós — diz Cachoeira.


A conversa foi interceptada pela Polícia Federal em 2 de março do ano passado, logo no início do governo do tucano. Cachoeira descobriu que um jornal de Anápolis, de oposição ao governador, receberia uma verba mais expressiva que o jornal dele, que, segundo a Operação Monte Carlo, está em nome de um laranja do bicheiro. Contrariado, Cachoeira diz que a partilha não está correta e deve ser revisada.


"Aquele jornal foi contra o Marconi", diz Cachoeira


Em um dos trechos, Cachoeira fala especificamente do Canal 5 de Anápolis, contratado para transmitir as sessões da Câmara Municipal e que tem como diretor Carlos Nogueira, o Butina, que ao GLOBO assegurou ser o dono da emissora. O mesmo grupo é dono do jornal "Estado de Goiás". O contraventor vai direto ao ponto:


— O jornal "O Anápolis" vai ganhar do Detran? Aquele jornal foi contra o Marconi o tempo inteiro. O Butina falou que viu (o documento) na mão do cara (do governo) — contesta Cachoeira.


O ex-presidente do Detran nega a veracidade da informação:


— Não viu, não. Eu fechei isso ontem. Tinha televisões (e outros jornais) — disse Edivaldo, antes de complementar, dizendo que deu atenção especial ao jornal de Carlinhos.


— Eu pedi para incluir o seu (jornal) lá — disse Edivaldo.


A partir desse momento, em um diálogo de três minutos e quinze segundos, o contraventor interpela o ex-dirigente do Detran sobre a partilha de valores e compara a fatia abocanhada por concorrentes e pelos veículos ligados ao grupo.


— O nosso tem que ser muito mais. Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós! — diz Cachoeira.

Navalha

Ainda falta o Globo vazar informacoes sobre o Leréiaaquele alto dirigentes tucano de que ouviremos falar muito II.
E perguntar ao Ernani de Paula como é que o Demóstenes – o grande amigo das cotas e das comissões – e o Cacheoira montaram o mensalão.
Clique aqui para ler "A TV Record melou o mensalão ".


Paulo Henrique Amorim



Também do Blog CONVERSA AFIADA.

Posted: 27 Apr 2012 07:50 AM PDT

Saiu na Folha (*):

(…)


Folha/UOL: José Serra ao dizer que se ganhar a Prefeitura de São Paulo ficará quatro anos no mandato de prefeito, ele também afasta em certa medida então a especulação sempre existente de que ele ficará dois anos e daí que ele vai desejar ser candidato a presidente em 2014. O sr. acha que, se ele vence a eleição para a Prefeitura de São Paulo, está afastada de vez a hipótese de ele ser candidato a presidente?


Aécio Neves: Acho que nada, de pronto, pode ser afastado. Porque se amanhã ele se transformar na opção mais viável do PSDB, poderá ser. Eu não coloco isso como algo definitivo.


Folha/UOL: Mesmo sendo prefeito e assumindo isso agora?


Aécio Neves: A sua intenção é essa. Pelo que eu estou conversando com ele, com o governador Geraldo [Alckmin, do PSDB-SP], a sua intenção é ficar em São Paulo.


Folha/UOL: Porém…


Aécio Neves: Porém as circunstâncias lá na frente podem demonstrar que ele é a grande alternativa para a sucessão presidencial. Eu não afasto isso de maneira peremptória e definitiva.


Folha/UOL: Seria bom para o PSDB se essa circunstância existisse, ele de novo ser o candidato?


Aécio Neves: Não sei. Ele só será o candidato se for o melhor para o PSDB. É o inverso, ele não será candidato apenas por querer ser. Até porque o que ele demonstra querer é ficar na Prefeitura, vencendo as eleições. Mas, se amanhã, seja ele, seja o governador Geraldo Alckmin, seja o governador Beto Richa [do PSDB-PR], o PSDB tem quadros, tem nomes colocados. O candidato do PSDB será aquele que melhores condições tiver para o enfrentamento, que melhor amalgamar as forças do nosso partido e outras. Porque eu acredito que nós chegaremos lá na frente encorpados, fortalecidos seja pelo desgaste do governo ou pela incapacidade do governo do PT de fazer o que precisa ser feito. O PT, Fernando, abriu mão. Abdicou de ter um projeto de país para se contentar em ter, exclusivamente, um projeto de poder. E isso a população vai perceber com muita clareza. E isso a população vai perceber com muita clareza. E aí entra nessa vale tudo. O PSDB tem a responsabilidade de ocupar esse vácuo apresentando a própria agenda para os próximos 20 anos no Brasil.


Folha/UOL: Então só para concluir esse caso, está completamente aberto então o quaro de nomes para serem candidatos do PSDB em 2014 e José Serra, mesmo sendo eleito prefeito é um nome que será considerado?


Aécio Neves: Pela sua dimensão pessoal, pelo que representa e pela representatividade que demonstrou ter na última eleição certamente será também avaliado. Mas nós não temos porque falar de 2014 antes de 2012. Nós temos que centrar os nossos esforços, forcarmos fortemente nas eleições municipais e sairmos dela ainda mais fortes do que estamos hoje.


(…)

Navalha

Aécio Never conhece a peça.
O Padim só pensa na Dilma e no câmbio.
Nao deixe de ler "por que Haddad vai derrota Cerra: o novo x o velho".
Em tempo: o que Aécio quis dizer quando falou em "o que Cerra representa"? Será que é o dossiê que o Cerra ia fazer do Aécio e deu origem ao Privataria Tucana ? Esses tucanos têm a estatura Moral do Marconi Perillo.



Paulo Henrique Amorim

Do Blog CONVERSA AFIADA.

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