Terça-feira, 22 de Setembro de 2009
"El Paris":Brasil alvoroça ordem mundial
22/09/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Nova York para participar da abertura da Assembleia Geral da Onu em situação "que não poderia estar melhor", segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo diário espanhol El País.
Lula deve pedir reformas nas instituições financeiras internacionais, um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e deve defender a intervenção do Estado na economia para evitar excessos financeiros, diz o jornal.
Lula "falará com a autoridade de quem chega com os deveres de casa muito bem feitos", afirma a reportagem, destacando que a crise financeira "não passa de uma lembrança no Brasil".
"O Brasil se recuperou com rapidez e dinamismo e provavelmente vai fechar o ano com crescimento bastante superior ao do resto dos países membros do G20." O presidente também deve pedir aos 192 países participantes da Assembleia Geral que não baixem a guarda diante da recente recuperação econômica e coloquem em prática as medidas anticrise que vêm sendo discutidas desde a cúpula do G20 em Washington, em novembro passado.
"Quando a crise mundial alcançou seu ápice, o Brasil anunciou um empréstimo ao FMI no valor de US$ 10 bilhões e, desta maneira, passou a formar parte do seleto grupo de sócios doadores da instituição", diz o jornal.
O jornal diz que Brasília considera a estrutura de órgãos como o Banco Mundial e o FMI está hoje totalmente obsoleta e não é representativa dos países emergentes.
"Desta maneira, o Brasil enfrenta uma semana de ofensiva diplomática para consolidar sua condição de líder regional sul-americano e novo ator de transcendência no panorama internacional." O Brasil, "que há anos assume o papel de porta-voz oficioso dos países em vias de desenvolvimento", também deverá reclamar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, "orgão onde se tomam as verdadeiras decisões", diz o jornal.
Para o Brasil, o assento seria uma forma de fazer com que os interesses do Terceiro Mundo sejam levados em conta "verdadeiramente".
Como argumento, o país conta com a indiscutível liderança na América do Sul, "esta supremacia se assenta em uma sólida economia que, segundo os analistas, já representa 57% do capital sul-americano".
Postado por TERROR DO NORDESTE às 04:32
terça-feira, 22 de setembro de 2009
PNAD: desigualdade em queda no Brasil
sexta-feira, 18 de setembro de 2009 às 11:32
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, divulgados hoje pelo IBGE no Rio de Janeiro, revelam que o Brasil reduziu mais uma vez a desigualdade na renda domiciliar e do trabalho da população, no período entre agosto de 2007 e agosto de 2008. Destaque também para os avanços registrados no mercado de trabalho brasileiro em 2008 nas regiões Norte e Nordeste do País.
A PNAD 2008 é o mais amplo e completo levantamento feito no Brasil com dados sobre educação, trabalho, habitação, renda e acesso a bens duráveis e de consumo.
O IBGE apurou que o Índice de Gini da renda do trabalho no Brasil caiu de 0,528 para 0,521 – o menor desde 1981. Já o da renda domiciliar caiu de 0,521 para 0,515. O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribução de indivíduos segundo a renda per capital. Seu valor varia de 0 (quando não há desigualdade, ou a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor) a 1 (quando a desigualdade é máxima, ou um indivíduo detém toda a renda da sociedade e os demais têm renda nula).
Segundo a pesquisa, o rendimento médio do trabalho do brasileiro cresceu 1,7% em 2008, atingindo R$ 1.036, com crescimento em todas as regiões do País – destaque para o Nordeste, que teve um aumento de 5,4%. A redução da desigualdade de renda no Brasil é uma síntese da melhora generalizada dos indicadores sociais no País medidos pela PNAD.
Em 2008, foram criados 2,5 milhões de empregos, 95% com carteira assinada. Pouco mais de 92 milhões de pessoas estavam ocupadas entre agosto de 2007 e agosto de 2008, segundo a PNAD, o que representa uma taxa de ocupação de 57,5% – a maior registrada desde 1996. Esse total é 2,8% maior do que o registrado pelo IBGE no período anterior.
Na área de educação, um dado significativo foi o aumento do número de crianças de 4 e 5 anos na escola, de 70,1% para 72,8%. Já o total de crianças entre 6 e 14 anos que frequentam a escola passou de 97% para 97,5%. Houve um aumento também no número de brasileiros nas universidades – 6,258 milhões, número 3,4% maior do que o período anterior.
A taxa de analfabetos manteve-se praticamente estável, em 10% da população de 15 anos ou mais. A maioria absoluta dos analfabetos no País (92%) tem 25 anos ou mais.
Vale registrar também a melhora das condições de acesso dos domicílios brasileiros a serviços como rede geral de abastecimento de água, rede coletora de esgoto, iluminação elétrica, telefonia e acesso a bens de consumo durável, com destaque para a compra de computadores – 31,2% dos lares pesquisados tinham computador (26,5% no período anterior). Desse total, 76% com conexão à internet.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2008, divulgados hoje pelo IBGE no Rio de Janeiro, revelam que o Brasil reduziu mais uma vez a desigualdade na renda domiciliar e do trabalho da população, no período entre agosto de 2007 e agosto de 2008. Destaque também para os avanços registrados no mercado de trabalho brasileiro em 2008 nas regiões Norte e Nordeste do País.
A PNAD 2008 é o mais amplo e completo levantamento feito no Brasil com dados sobre educação, trabalho, habitação, renda e acesso a bens duráveis e de consumo.
O IBGE apurou que o Índice de Gini da renda do trabalho no Brasil caiu de 0,528 para 0,521 – o menor desde 1981. Já o da renda domiciliar caiu de 0,521 para 0,515. O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribução de indivíduos segundo a renda per capital. Seu valor varia de 0 (quando não há desigualdade, ou a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor) a 1 (quando a desigualdade é máxima, ou um indivíduo detém toda a renda da sociedade e os demais têm renda nula).
Segundo a pesquisa, o rendimento médio do trabalho do brasileiro cresceu 1,7% em 2008, atingindo R$ 1.036, com crescimento em todas as regiões do País – destaque para o Nordeste, que teve um aumento de 5,4%. A redução da desigualdade de renda no Brasil é uma síntese da melhora generalizada dos indicadores sociais no País medidos pela PNAD.
Em 2008, foram criados 2,5 milhões de empregos, 95% com carteira assinada. Pouco mais de 92 milhões de pessoas estavam ocupadas entre agosto de 2007 e agosto de 2008, segundo a PNAD, o que representa uma taxa de ocupação de 57,5% – a maior registrada desde 1996. Esse total é 2,8% maior do que o registrado pelo IBGE no período anterior.
Na área de educação, um dado significativo foi o aumento do número de crianças de 4 e 5 anos na escola, de 70,1% para 72,8%. Já o total de crianças entre 6 e 14 anos que frequentam a escola passou de 97% para 97,5%. Houve um aumento também no número de brasileiros nas universidades – 6,258 milhões, número 3,4% maior do que o período anterior.
A taxa de analfabetos manteve-se praticamente estável, em 10% da população de 15 anos ou mais. A maioria absoluta dos analfabetos no País (92%) tem 25 anos ou mais.
Vale registrar também a melhora das condições de acesso dos domicílios brasileiros a serviços como rede geral de abastecimento de água, rede coletora de esgoto, iluminação elétrica, telefonia e acesso a bens de consumo durável, com destaque para a compra de computadores – 31,2% dos lares pesquisados tinham computador (26,5% no período anterior). Desse total, 76% com conexão à internet.
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