segunda-feira, 17 de março de 2014

Via Email: SARAIVA 13: Reporcagem da Veja sobre Dirceu é lixo puro


SARAIVA 13



A ópera, a guerra e a ressurreição russa

Posted: 17 Mar 2014 04:43 PM PDT


"Quinze anos depois da derrota e do colapso da União Soviética, o estado russo retomou o comando de sua economia e de sua inserção internacional. 
José Luís Fiori,  Carta Maior em maio de 2008
Relembro, porque causou profunda impressão. Uma montagem russa da ópera Guerra e Paz, de Serguei Prokofiev, na Bastilha. Era 1998, a União Soviética havia desaparecido, e a Rússia estava humilhada e destruída.  A ópera Guerra e Paz estreou no Teatro Maly, em Leningrado, no dia 12 de junho de 1946, pouco depois da invasão e expulsão das tropas alemãs, e da vitória russa, na Segunda Guerra Mundial; e conta a história da  invasão e expulsão das tropas francesas e da vitória russa, na guerra com Napoleão Bonaparte, em 1812.
Na última cena, o povo e os soldados russos cantam juntos uma peroração apoteótica, proclamando a eternidade do “espírito russo”. Com força, emoção, convencimento, inesquecível. E, de fato, depois da destruição de 1812, a Rússia se reconstruiu e se transformou numa das principais potências européias do século XIX; e depois de 1945, a União Soviética, voltou a levantar e se transformou na segunda potência militar e econômica do mundo, na segunda metade do século XX.

Como já havia acontecido antes, em 1709, depois da invasão e da expulsão das tropas suecas de Carlos XII, por Pedro o Grande, quando a Rússia começa sua fantástica modernização do século XVIII. Mas em 1998, parecia impossível que isto pudesse acontecer de novo, depois da derrota soviética e da destruição liberal da economia russa.  Dez anos depois, entretanto, no momento da posse do seu terceiro presidente republicano, Dmitri Medvedev, a Rússia está de novo de pé, e o “espírito russo” volta a assustar os europeus, e preocupar o mundo. O jornal  Financial Times publicou recentemente um caderno especial sobre a Rússia, onde afirma que “nem Bruxelas nem Washington estão sabendo como tratar com a Rússia, depois de Vladimir Putin, porque a Rússia está cada vez mais disposta a retomar  sua posição no mundo, em particular nos países da antiga União Soviética”. [1]

Em 1991, imediatamente depois da dissolução da União Soviética, os Estados Unidos e a União Européia, se colocaram o problema, e se atribuíram a tarefa de “administrar” a desmontagem do “império russo”. Por causa de suas conseqüências econômicas, e por causa do problema geopolítico da Europa Central.

Para os Estados Unidos, o objetivo fundamental era impedir o surgimento de uma “terra de ninguém” no leste europeu, e por isto lideraram a expansão imediata das fronteiras da OTAN, e a ocupação das posições militares que haviam sido abandonadas pelos soviéticos, na Europa Central. Esta ofensiva estratégica da OTAN e da União Européia, e sua posterior intervenção militar nos Bálcãs, foi uma humilhação para os russos e provocou uma reação imediata e defensiva que começou, exatamente, pela vitória eleitoral de Vladimir Putin, em 2000, e a retomada, pelo seu governo, de uma estratégia militar agressiva, depois de 2001.

Durante suas duas administrações, o presidente Putin, manteve a opção pela economia de mercado, mas recentralizou o poder, e reconstruiu o estado e a economia russa, refazendo seu complexo militar-industrial, e nacionalizando seus recursos energéticos. A Rússia ainda detém o segundo maior arsenal atômico do mundo, e o governo Putin aprovou uma nova doutrina militar que autoriza o uso de armamento nuclear, mesmo no caso de um ataque convencional à Rússia, no caso em que fracassem outros meios para repelir o agressor.

Além disto, o novo governo russo alertou os Estados Unidos – ainda no ano 2000 -  para a possibilidade de uma corrida nuclear, caso insistissem no seu projeto de criação de um “escudo anti-balístico” na Europa Central. O interessante, do ponto de vista da história russa, é que agora de novo, como no passado, depois de 2001, também a economia russa se recuperou e voltou a crescer a uma taxa média anual de 7%,  puxada pelos preços do petróleo e das commodities, e sustentada por um boom de consumo e de investimento interno. Este crescimento – liderado pelas grandes empresas estatais do setor de energia e armamentos - multiplicou seis vezes o produto interno da Rússia que já superou o PIB da Itália, e deve superar o PIB da França, nos próximos dois anos.

Dez anos depois da sua moratória, a Rússia detém a terceira maior reserva em moeda estrangeira do mundo, depois da China e do Japão, e seus salários subiram de uma média de U$ 80 dólares por mês, no ano de 2000, para U$ 640, no ano de 2007, quando a economia russa alcançou  seu nível de atividade anterior à grande crise. E neste clima de boom econômico, o novo presidente Dmitri Medvedev convocou, recentemente, os empresários russos a copiar o modelo chinês e aderir à onda global de aquisição de empresas estrangeiras, para acelerar ainda mais economia russa, e reduzir a sua dependência tecnológica.

Ou seja, quinze anos depois da derrota e do colapso da União Soviética, o estado russo retomou o comando de sua economia e de sua inserção internacional. E tudo indica, neste início do século XXI, que está recuperando sua importância estratégica, como maior estado territorial do mundo, o único com capacidade de intervenção por terra, através de suas próprias fronteiras, em todo o continente eurasiano.

Por isto, é uma rematada bobagem falar da Rússia como uma potência ou uma economia emergente, quando na verdade se trata de uma velha e grande potência que está reocupando sua posição tradicional na Europa, na Ásia Central e no Oriente Médio. Mas nenhum analista internacional consegue prever os caminhos futuros desta nova ressurreição do “espírito russo”, até porque a Rússia sempre foi mais misteriosa e imprevisível do que a União Soviética. Faz algumas semanas, Andre Klimov, líder liberal da Dumas, afirmou que “seria um erro grave, neste momento, alguém pensar que possa fazer com a Rússia o que bem entenda”.

Palavras que soam como uma advertência suave, como quem quisesse relembrar às demais potências, a mensagem final de Serguei Prokofiev, na sua grandiosa ópera Guerra e Paz : o “espírito russo é eterno”, e ressurgirá sempre de novo, e com mais força, toda vez que o seu sagrado território for invadido, ou que o povo russo for humilhado, como aconteceu várias vezes, na história, e voltou a acontecer, no final do século XX.

[1] Financial Times, Rússia, Special Report, 18 de abril de 2008, p:3


(*) Artigo publicado originalmente na Carta Maior em maio de 2008."
 
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Também do Blog BRASIL! BRASIL! 

País cria 260 mil empregos e isola pessimistas

Posted: 17 Mar 2014 04:35 PM PDT

"Número de vagas formais, com carteira assinada, é 111% maior do que o registrado no mesmo mês de 2013, informa o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho; expectativas de analistas de mercado era de abertura de apenas 110 mil vagas; este é o melhor fevereiro desde 2011; "Em 2014, o emprego não vai diminuir. Pelo contrário, vai garantir a irrigação da nossa economia por muito tempo ainda. Vivemos em pleno emprego", celebrou o ministro Manoel Dias

Brasil 247 / Reuters

O Brasil registrou abertura de 260.823 vagas de trabalho em fevereiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira. O número é 111% maior do que o registrado em fevereiro do ano passado. Trata-se também do melhor fevereiro desde 2011.

Pesquisa da agência Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 110 mil novas vagas, com as projeções variando entre 91 mil e 130 mil novos postos. Em janeiro, haviam sido criados 29.595 postos com carteira assinada, sem ajuste.

"Em 2014, o emprego não vai diminuir. Pelo contrário, vai garantir a irrigação da nossa economia por muito tempo ainda. Vivemos em pleno emprego. Agora, temos que qualificar esse emprego para ter competitividade e disputar a supremacia mundial", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ao apresentar os dados.

Na avaliação do ministério do Trabalho, o resultado mostra uma "reação do mercado de trabalho". "Com essa expansão, este é o sétimo mês consecutivo de desempenho superior, quando comparado ao mesmo período do ano", diz trecho do relatório divulgado pela pasta."
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Reporcagem da Veja sobre Dirceu é lixo puro

Posted: 17 Mar 2014 04:29 PM PDT


A fábrica de "supostas irregularidades noticiadas"
Servidores da Papuda acusam Ministério Público de promover insegurança no presídio e pedem afastamento de seis procuradoras

A reportagem da VEJA sobre a vida de José Dirceu na Papuda, sem apresentar um fato concreto, sem conferir um boato junto a quem poderia confirmar ou desmentir o que se pretendia publicar, é aquilo que todos nós sabemos. Não é séria nem respeitável.
Não passa de um esforço redundante para acrescentar uma nova camada de boatos (no juridiquês da Papuda eles se chamam “supostas irregularidades noticiadas”) para prejudicar os réus da AP 470, esforço redobrado depois que eles conseguiram vitórias importantes, como o reconhecimento do erro no crime de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Quem está sendo chamado a dar explicações e prestar esclarecimentos, na verdade, é o Ministério Público do Distrito Federal.
Num documento assinado pela Associação de Servidores do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, seis integrantes do MP – todas são mulheres, por coincidência -- são acusadas de atuar contra a ordem no sistema prisional.
O pedido foi encaminhado ao Conselho Nacional do Ministério Público, o órgão responsável por examinar, julgar e punir desvios de comportamento por parte dos procuradores.
A acusação diz que elas estimulam a “publicação de fatos ou atos” que perturbam a “paz prisional”.
A base é o artigo 198 da lei de execução penal, que diz que “é proibido ao integrante dos órgãos de execução penal e ao servidor, a divulgação de ocorrência que perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos…”.
Conforme o documento, as procuradoras ajudam a promover a desordem entre os presos e suas famílias através da reprodução, no site do próprio Ministério Publico, de rumores e boatos que não foram comprovados nem confirmados. Através disso, conclui-se pela leitura do documento, cria-se um ambiente artificial de agitação e descontentamento entre a população encarcerada.
Sabemos como isso começa. Sem cometer a deselegância de perguntar quem assopra essas coisas (fatos? Hipóteses? Delírios?) para jornalistas, estamos falando de suspeitas e hipóteses divulgadas por jornais e revistas com a técnica marota de sempre.
A partir de depoimentos anônimos, verbos no tempo condicional, fontes desconhecidas e outros recursos típicos de quem sabe que pode estar embarcando numa fria, publica-se uma reportagens recheada de (fatos? Hipóteses? Fantasias? Delírios? ) que seriam graves se fosse demonstrado que são verdadeiros.
Em seguida, essa reportagem é reproduzida no site do ministério publico do DF – mais uma vez, sem qualquer checagem para confirmar sua veracidade.
Numa terceira etapa, estes “fatos” -- imaginários ou não -- aterrissam em documentos oficiais e são usados para prejudicar os réus e pressionar as autoridades do sistema prisional.
Em suas petições, o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais, cobra investigações para apurar “supostas irregularidades noticiadas”, definição cujo sentido desafia os estudiosos do direito e da língua portuguesa.
Convém não esquecer uma realidade elementar. Tudo o que é um suposto ser também é um suposto não-ser, ensina-se no jardim de infância da filosofia.
Se as irregularidades são apenas supostas, podemos supor, pela simples lógica, que elas também podem ser “regularidades” – e, talvez, nada de errado esteja acontecendo, como se poderia pensar, supostamente.
O único elemento consistente no pedido de investigação reside no fato de as “supostas irregularidades,” terem sido “noticiadas.”.
Uma notícia, como se sabe, pode ser produzida a partir de uma apuração cuidadosa e responsável. Mas também pode ir para o papel somente porque lá pelas 19 horas um editor de jornal clicou “salvar” e depois “enviar” antes de mandar um texto para o leitor. O que isso tem a ver com Direito, com a Justiça, com a Liberdade de cada um? Nada.
Jornais e revistas erram todos os dias. Erram sem querer e erram por querer. Podem ter interesse na verdade, mas também ganhar com a mentira. São empresas comerciais e também atuam politicamente.
Têm interesses privados nem sempre transparentes, agendas ocultas e um padrão cada vez mais frágil de proteger.
Também contam com a proteção de um regime legal que não estimula posturas responsáveis. As vítimas de seus erros – e também falsidades – não têm direito de resposta. Empresas de faturamento bilionário são levadas a pagar – quando isso acontece – multas irrisórias.
Um exemplo recente. Depois de fugir durante oito anos de suas responsabilidades pela divulgação de uma denúncia irresponsável sobre contas de ministros no exterior, a mesma VEJA que agora denuncia Dirceu está sendo chamada a pagar uma multa de R$ 100 000 para a família de uma das vítimas, Luiz Gushiken. .
Lê-se na sentença assinada pelo desembargador Antonio Velinils que a revista “não tinha prova consistente” para dizer o que disse. Fez uma reportagem sem oferecer “um único indício de confiança.” Em vez de assumir uma postura prudente, como a situação recomendava, preferiu “insinuar que as informações eram, sim, verdadeiras.”.
Mais tarde, quando o caso chegou a Justiça, a revista tentou justificar-se sem conseguir apresentar um único argumento aceitável para explicar o que fez, Usando de subterfúgios e truques de linguagem, construiu uma “falácia de doer na retina,” acusa o desembargador, que ainda concluiu que VEJA “abusou da liberdade de imprensa.”.
É disso que estamos falando. Abusos. Os presos não contestam, na Papuda, as penas que receberam. Querem cumprir o que a lei determina. Lutam por este direito – o que dá uma ideia do absurdo que enfrentam.
Mas não é isso o que acontece. A repetição de pedidos de investigação das “supostas irregularidades noticiadas” está longe de configurar um esforço para se cumprir a obrigação de apurar e investigar todo indício de crime, o que seria natural.
O que se faz é criar um circulo vicioso. Lembra o fatiamento que Joaquim Barbosa inventou para apresentar a denúncia da AP 470?
Cada suposição leva a outra, que leva a seguinte, depois a próxima, e mais uma … num caldeirão de “irregularidades noticiadas” que não precisam ser provadas. Basta que em seu conjunto formem uma nuvem política, uma convicção maligna que pode levar muita gente acreditar que a Papuda é um presidio inseguro, instável, perigoso – e que o jeito é mandar os réus da AP 470 para um presidio federal, como um deputado do Solidariedade pretende fazer.
Claro que não seria uma medida fácil. Como recorda a Associação dos Servidores, a Papuda encontra-se entre os melhores presídios do país:
“Há mais de uma década não temos rebelião; nunca tivemos decapitação de seres humanos; há mais de seis anos não há homicídios intramuros; há inexistência de facções criminosas…”.
A verdade, porém, é que tudo tornou-se perigosamente possível depois que Joaquim Barbosa confessou que havia manipulado as penas da AP 470 para conseguir condenações mais duras, em regime fechado. Assim, sem retratar-se. .
Não importam os fatos, nem mesmo a lei. Importa a vontade do juiz.
Lembra da frase “A constituição é aquilo que o Supremo diz que ela é”?
Quando uma “suposta irregularidade noticiada” não chega aonde se imagina que deveriam chegar, encontra-se um atalho para manter a pressão.
Foi assim com o telefonema de Dirceu. Nada indica que tenha ocorrido. Não se provou.
Em vez de se questionar a denúncia, o que se questiona é a investigação. A tese, agora, é que foi “atípica.” Por que não admitir uma “suposta denuncia” ou mesmo uma “denuncia suposta”?
O que está claro é que as “supostas irregularidades noticiadas” foram investigadas, apuradas – e só tinham valia como cortina de fumaça para estigmatizar os presos, reduzir seus direitos e impedir a progressão de suas penas.
As primeiras foram as célebres visitas em dias especiais. Elas não são uma raridade na Papuda, mas uma tradição, oferecida a todo preso considerado “vulnerável.” Foi assim que, por oito anos, os familiares dos jovens de classe media que assassinaram o índio Galdino, em Brasília, visitavam seus filhos numa data diferente daquela reservada aos parentes de outros internos. Isso porque havia, entre eles, não só ministros de Estado, mas também um juiz federal, motivo para se tentar prevenir reações imprevistas por parte da massa carcerária.
Em nome do “combate ao privilégio” todas as visitas em caráter especial da Papuda foram suspensas no final de 2013. Em função disso, “muitos pais e familiares não se arriscam a visitar seus entes, junto à massa carcerária,” diz o documento dos servidores. “Fato lamentável!”, dizem os servidores.
Outro privilégio “suposto” foi a feijoada em lata que Delúbio e duas dezenas de colegas de sua ala no Centro de Progressão de Pena comeram. Num local onde há um fogareiro, panelas e uma cantina que vende até costelinha, o que se gostaria que prisioneiros fizessem? Pedissem para serem algemados?
O que se vê, aqui, é um fato analisado e resolvido através de uma sentença do Superior Tribunal de Justiça:
“Foge ao limite do controle jurisdicional o juízo de valoração sobre a oportunidade e conveniência do ato administrativo, porque ao judiciário cabe unicamente analisar a legalidade do ato, sendo vedado substituir o Administrador Público.”
O que se diz aí é que mesmo cidadãos condenados a viver atrás das grades têm direitos que devem ser respeitados, o que inclui, inclusive, o respeito pela divisão de poderes que caracteriza o regime democrático.
Não é preciso acrescentar mais nada, certo?
Num país que assiste a passagem dos 50 anos do golpe de 64, é bom refletir sobre o que acontece com seus prisioneiros. Não custa recordar que a face mais horrenda da ditadura foi construída em seus cárceres.
 
Do Blog O Esquerdopata

Sem medo de sanções, Putin decreta Crimeia soberana

Posted: 17 Mar 2014 04:26 PM PDT

Brasil 247 -  17 de Março de 2014 às 16:29

 

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Reconhecimento oficial acontece um dia depois de 96,6% da população da Crimeia votar pela anexação à Rússia em referendo; decreto assinado pelo presidente Vladimir Putin, segundo agências de notícias do país, indica primeiro passo para a integração; texto afirma que reconhecimento é baseado "na vontade do povo da Crimeia" e começa a valer imediatamente; em meio à crise, União Europeia e Estados Unidos anunciaram sanções contra Ucrânia e Rússia
247, com Reuters - O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nesta segunda-feira reconhecendo a Crimeia como um Estado soberano, depois que a região ucraniana se declarou independente e escolheu fazer parte da Rússia em um referendo no fim de semana.

O decreto publicado na página do Kremlin na Internet pareceu ser o primeiro passo para a integração da Crimeia à Federação Russa.

O decreto, que entra em vigor imediatamente, diz que o reconhecimento russo da Crimeia como um Estado independente é baseado no "desejo do povo da Crimeia".

Os líderes da Crimeia declararam um resultado ao estilo soviético de 97 por cento em favor da separação da Ucrânia em uma votação considerada ilegal por Kiev e pelo Ocidente.

O Parlamento da Crimeia propôs formalmente que a Rússia "admita a República da Crimeia como um novo ator com status de República". Putin falará sobre o assunto em uma sessão conjunta do Parlamento russo na terça-feira.

O presidente Barack Obama disse nesta segunda-feira que os EUA estão prontos para impor mais sanções à Rússia pela incursão do país na região ucraniana da Crimeia, mas que ainda há meios para resolver a crise diplomaticamente. Entre as sanções estão a proibição de viagens e o bloqueio de bens nos Estados Unidos.

Após o anúncio das sanções, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Rogozin, ironizou a decisão da Casa Branca. "Camarada Obama: o que o senhor vai fazer contra aqueles que não têm contas ou propriedades no exterior? Ou o senhor não pensou nisso?", escreveu no Twitter.

Na avaliação do último presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev, o resultado do referendo corrige um "erro histórico". "Se antes a Crimeia foi incorporada à Ucrânia conforme as leis soviéticas, ou seja, segundo as leis do Partido (Comunista da URSS), sem perguntar ao povo, desta vez o povo corrigiu aquele erro", declarou ele nesta segunda-feira (leia mais).

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Mais um vez do Blog ContrapontoPIG

A geração de empregos da Copa

Posted: 17 Mar 2014 04:23 PM PDT

Do jornal GGN - seg, 17/03/2014 - 14:24
Sugerido por Marco St.
Da Istoé
A Copa do Mundo movimenta toda a economia e gera 14 milhões de vagas nos últimos quatro anos
Um time de 14,4 milhões de pessoas, capaz de encher 180 Maracanãs. Essa é a estimativa de especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da consultoria internacional Ernst&Young para os empregos remunerados, permanentes e temporários, gerados nos últimos quatro anos pela Copa do Mundo. O gigantismo dos números mostra a força do futebol fora do campo que movimenta indústria, comércio, turismo, construção civil, telecomunicações e serviços. Até o início do evento, em 12 de junho, surgirão mais de 53 mil vagas, segundo o Comitê Organizador Local (COL). “O cronograma de contratações varia de acordo com a área, aumentando de forma gradativa e tendo como pico os meses de maio e junho”, diz Sandro Cabete, gerente-geral de recursos humanos do COL.
Só não vai ter vaga para tradutor de discursos oficiais na cerimônia de abertura, em São Paulo. Para evitar vaias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, avisou que ele e a presidenta Dilma Rousseff não falarão ao público na ocasião. Nessa reta final, o maior número de contratações será feito pelo próprio COL, cerca de 27 mil. Entre os recrutados, 20 mil seguranças, dois mil motoristas e 12 mil profissionais para o setor de alimentação e recepção nos 12 estádios-sede. “Não é preciso qualificação nem experiência, basta ter 18 anos ou mais. Se for para recepcionar o púbico é exigido um segundo idioma”, explica Ana Luísa Pinheiro, diretora da CSM Catering, empresa contratada pela Fifa.
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Para outras posições, porém, exige-se boa formação e prática. O hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio, por exemplo, contratou telefonistas bilíngues e uma especialista em atendimento, Melissa Muller, 34 anos. Ela trabalha em hotelaria e, após uma década na rede internacional de hotéis Pestana, agora é gestora de atendimento do hospital. “É gratificante participar de um evento mágico como a Copa, assim como poder incentivar a equipe a aprimorar seus conhecimentos para essa troca de experiência com gente do mundo todo”, diz Melissa, que fala cinco idiomas. De certa forma, o jogo já começou: restam poucos ingressos para os jogos. Na última rodada de vendas, aberta na quarta-feira 12, quase 300 mil tíquetes foram vendidos.
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Ainda do Blog ContrapontoPIG

Tereza Campello: Estudos desmentem o mito do “Bolsa Preguiça”; combate à miséria vai além da transferência de renda

Posted: 17 Mar 2014 04:20 PM PDT

Do Viomundo - publicado em 17 de março de 2014 às 11:47

por Luiz Carlos Azenha

Três estudos incluídos num livro que faz o balanço dos dez anos do Bolsa Família desmentem o mito, espalhado por críticos do programa de transferência de renda, de que ele cria dependência e estimula a preguiça.
Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania inclui 33 artigos de 66 técnicos. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, gente qualificada e independente do governo federal.

Os estudos mencionados por ela demonstram que a taxa de ocupação dos que recebem o Bolsa Família é praticamente idêntico ao da população em geral: 75%.

Ou seja, trabalham tanto quanto os demais brasileiros.

Recentemente, o Viomundo publicou duas entrevistas de críticos à esquerda do Bolsa Família.
A professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, analisou os programas de transferência de renda da América Latina.

Segundo ela, o Bolsa Família é mudança positiva, mas insuficiente.

Dentre outras coisas, Lavinas afirmou:
Aparentemente, há coisas muito estruturais faltando. A política fiscal, por exemplo, não tem nenhum impacto distributivo. O crescimento recente foi em grande parte lastreado em cima dos preços das commodities, o que facilitou muito certo tipo de gasto, que é a questão que eu coloco no artigo que você leu (da New Left Review). Outro fator de desenvolvimento da demanda interna foi a expansão do crédito. Acesso a crédito e tudo isso não é algo que no médio e longo prazo garanta uma sociedade mais igualitária. O dinheiro no Brasil continua muito caro. A taxa média de juros para as pessoas pobres, quando pegam crédito, é de 80% ao ano, um assalto! E ainda assim as pessoas pegam. Quando você vai comprar um carro à vista ou um carro a prazo, o preço é o mesmo. É uma vergonha.
Publicamos, também, uma entrevista com um dos mais importantes especialistas em trabalho no Brasil, o professor Ricardo Antunes, da Unicamp paulista.

Antunes disse que, ao contrário do que muitos dizem, ainda não acabou o gás do lulismo e que isso se deve ao Bolsa Família, que concorda ser “necessário”.
Mas Antunes cutucou:
O Bolsa Família pra mim é uma política assistencialista. Mais e pior do que assistencial. Não toca em nenhum elemento estrutural. Seria imprescindível fazer o Bolsa Família junto com questões estruturais da questão brasileira. Uma delas é vital, a questão da propriedade da terra. Reforma urbana! O Bolsa Família acabou se tornando um projeto assistencialista que minimiza uma tragédia, não enfrenta, tem consequências nefastas porque beneficia entre aspas quem não tem trabalho incentivando o não-trabalho e fazendo com que o que deveria ser um ponto de partida para enfrentar uma questão estrutural se tornasse o grande cabo eleitoral do PT. Ele não elimina a miséria! Não paga o custo dos cachorros das nossas classes médias, da classe dominante. Como ele é insuficiente e não resolve, o PT quer eternizá-lo. Tendo sempre o Bolsa Família a população olha o PT e diz “é ruim, mas nos dá o Bolsa Família”; olha o tucanato e diz “é insensível e vai acabar com o Bolsa Família”.
Por conta disso, abrimos espaço para que a ministra Tereza Campello polemizasse.
Segundo a titular do MDS, além de desmontar a tese do Bolsa Preguiça os estudos demonstraram também que não é verdade que quem recebe o Bolsa Família procura a informalidade. Na verdade, sustenta a ministra, as pessoas ficam na informalidade por causo do despreparo para ingressar no mercado de trabalho formal.

Campello disse que só há duas explicações para o fato de pessoas bem informadas repetirem as acusações desmontadas pelos estudos: motivos ideológicos dos que fazem oposição ao governo e “preconceito [contra os pobres], infelizmente”.

Na entrevista ao Viomundo [íntegra gravada, abaixo], Campello disse que nunca, nem no governo Lula, nem no governo Dilma, se afirmou que o Bolsa Família era a panaceia para todos os males do Brasil.

Porém, é o que tem impacto de forma mais rápida na qualidade de vida dos que recebem o benefício. A partir dele, criou-se um cadastro único que permite o desenvolvimento de outros programas. Tereza Campello diz que há “dezenas” de iniciativas acopladas ao Bolsa Família.

Por exemplo, há alguns dias o governo Dilma cumpriu a meta de matricular um milhão de pessoas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos profissionalizantes de 400 horas que preparam de pedreiros a cuidadores de idosos. Ao todo, são ofertados 530 cursos.

Além disso, no atual governo foram construídas 500 mil cisternas, garantindo acesso à água de milhares de pessoas — dentre as quais há muitas cadastradas no Bolsa Família.

Segundo a ministra, o Brasil se tornou referência mundial.

Na semana passada, 40 técnicos de países africanos estavam no país para conhecer detalhes sobre o Bolsa Família. Nesta semana, o Banco Mundial promove no Brasil um seminário Sul-Sul sobre “seguridade social” com representantes de 50 países.

“Uma das coisas que eles falaram é isso, que o Brasil hoje não é mais um laboratório de políticas sociais, o Brasil é hoje uma universidade. Quem quiser aprender sobre políticas sociais tem que vir ao Brasil e aprender com a gente”, afirmou a ministra, que ouviu isso em Washington, quando esteve no Banco Mundial para comemorar os 10 anos do Bolsa Família.

Esta semana será inaugurada uma plataforma digital que tem o objetivo de ser espaço de troca de informações sobre programas de transferência de renda, World Without Poverty, parceria do MDS com Ipea, PNUD e Banco Mundial.

Aqui abro parênteses para dar testemunho pessoal sobre aspectos pouco considerados do Bolsa Família e de outras mudanças relativamente recentes no Brasil.

Em Cabrobó, Pernambuco, vi com meus próprios olhos a dinamização da economia local, que tem impacto especialmente no comércio. Por conta do Bolsa Família e de investimentos federais na região, dispararam as vendas de celulares e produtos de consumo da linha branca. Chegaram agências bancárias. A feira local se ampliou. Novos empregos foram criados.

O segundo aspecto, provavelmente relacionado ao aumento do poder de compra do salário mínimo, é mais difícil de mensurar. Nas minhas viagens pelo interior do Piauí e do Maranhão, vi muita gente que havia trocado a bicicleta e o jegue pela moto e se aventurava, tarde na vida, a conhecer a região.
 Uma guia que me atendeu em São Raimundo Nonato, no Piauí, tinha mais de 40 anos e pela primeira vez saia da cidade para viajar. Essa mobilidade geográfica simultânea de milhões de pessoas certamente tem impacto social e econômico ainda pouco avaliado.

Voltando à ministra, também perguntei a Tereza Campello sobre uma crítica consistente da direita, que fala sempre na necessidade de ampliar a “porta de saída” do Bolsa Família.

Clique abaixo para ouvir a resposta e toda a argumentação da ministra:


 https://soundcloud.com/azenha/tereza-campello-em-defesa-do
 
Também do Blog ContrapontoPIG

Ódio da mídia chega à escatologia. Agora, vaso sanitário é “banheiro de luxo” para Dirceu

Posted: 17 Mar 2014 04:17 PM PDT

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Tijolaço - 17 de março de 2014 | 17:01
nojo


Autor Fernando Brito  
 

A minha profissão, em alguns veículos de comunicação, tornou-se algo nojento.

Porque há “jornalistas” que se prestam ao papel de carcereiros sádicos.

E, para que não pese apenas sobre eles, também doutos promotores do Ministério Público Federal tornaram-se “fiscais de latrina”.

Na esteira de imundície feita na Veja, que “denunciou” que José Dirceu tem o “privilégio” de poder usar um vaso sanitário, agora é O Globo que difunde uma história pateticamente imunda.

É a do “banheiro de luxo” que estaria sendo construído na Papuda para atender às necessidades de José Dirceu.

A história é toda uma intriga porca.

Ano passado, o próprio MP exigiu da administração penitenciária que a área do arquivo do órgão fosse transformada em celas, pela precariedade da prisão.

Depois de tentar preservar seu arquivo, a Secretaria Penitenciária comunicou, em janeiro deste ano,  que estava fazendo as obras solicitadas.

Mas agora, segundo o jornal, o MP “descobriu” em 21 de fevereiro, que estaria sendo feita a tal “ala de luxo”, onde se supõe que iria servir a Dirceu como cela.

E, entre os absurdos da matéria, há a denúncia do “imperial” banheiro que você vê na foto, que estaria em desacordo com as normas penais, entre outras coisas, por ter um vaso sanitário elevado e “privativo”, o que seria proibido.

O repórter que escreveu a matéria, se tive algum interesse em ser equilibrado, perguntaria: “que norma é essa?”.

Não existe tal norma, a norma existente (que pode ser baixada aqui) diz o contrário: que cada cela, individual ou coletiva, deve ter banheiro próprio, assim como lavatório, podendo ter ou não chuveiro exclusivo, no caso de cela masculina, enquanto no feminino é obrigatório que seja assim.

É triste que um profissional de imprensa e um promotor de Justiça transformem em “escândalo” haver um vaso sanitário para um ser humano que está confinado.

E, pior, que faça uma exploração por isso estar num setor prisional de regime fechado, onde Dirceu, condenado ao semi-aberto, não estaria se a Vara de Execuções Penais, inspirada nas orientações de Joaquim Barbosa, não estivesse procrastinando a autorização para que ele trabalhe fora do presídio.

Quando o ex-governador José Roberto Arruda esteve preso, seu advogado denunciou que ele estava numa “masmorra”.

A Polícia Federal enviou fotos da cela ao MP, que as divulgou.

Nela, havia, “ uma mesa, uma cadeira, um beliche, um sofá, um frigobar, um armário e ar-condicionado”.

Nem o MP, nem a Veja, nem O Globo fizeram disso um escândalo.

Mas e Dirceu tivesse metade do que tinha Arruda, estariam dizendo que ele ficava em “uma cela-palácio, nababesca”.

Sinceramente, tenho vergonha de estar escrevendo sobre isso, mesmo que seja para defender os valores mínimos da dignidade humana.

Envergonha-me ver que o jornalismo e o Ministério Público se prestam a este papel de fiscais de latrina.

Perdoe-me, só o faço por nojo de algo muito mais sujo: o ódio insano e desumano que leva pessoas a isso.

PS. A propósito, transcrevo trecho do sadio artigo de Ricardo Mello, hoje, na Folha, onde a exploração sórdida daVeja é também esmiuçada.

 

O linchamento de José Dirceu

Ricardo Mello
É difícil encarar com naturalidade a cobertura dispensada a presos do chamado mensalão
Irritados com o que consideram manipulação da mídia, vários interlocutores afirmam ter deixado de ler a publicação x ou y. Trata-se de um luxo vedado a jornalistas. Concordando ou discordando, somos permanentemente obrigados a passar os olhos, que seja, pelo maior número possível de publicações. Até para poder comentar, criticar, elogiar ou simplesmente nos informar.
Ainda assim, é difícil encarar com naturalidade a cobertura dispensada a presos do chamado mensalão. Sim, é dela mesma que eu falo: da reportagem de capa da revista de maior circulação nacional sobre a vida na cadeia do ex-ministro José Dirceu e outros condenados.
Com um tom acusatório, a revista brinda os seus leitores com frases do tipo: “Lá ele [José Dirceu] gasta o tempo em animadas conversas, especialmente com seus companheiros do mensalão [....] só interrompe as sessões de leitura para receber visitas, muitas delas fora do horário regulamentar e sem registro oficial algum, e para fazer suas refeições, especialmente preparadas para ele e os comparsas. “O cardápio? Aqui já teve até picanha e peixada feitas exclusivamente para eles’, conta um servidor”.
A lista de pretensas mordomias não tem fim, bem como o ridículo da reportagem. “Como o lugar fica longe dos olhos dos presos comuns, os mensaleiros podem desfrutar o tratamento especial sem que seus colegas de prisão reclamem. Dentro da cela, já foram recolhidos restos de lanche do McDonald’s”. Não, não escrevi errado. A transcrição está exata. Prova do tratamento diferenciado, especial, transgressor, ilegal dos presos estão “restos de lanche do McDonald’s”!
A coisa não fica por aí. “No banheiro, em vez da latrina encravada no chão, que os detentos chamam de boi’, há um civilizado vaso sanitário.” A reportagem não esclarece se entre os privilégios está o uso de papel higiênico. Mas Dirceu não é o único alvo. Sobra também para o ex-deputado petista José Genoino. “Numa conversa entreouvida por um servidor, um médico que atendia Genoino revelou ter escutado do próprio petista a admissão de que deixara de tomar alguns remédios para provocar uma arritmia cardíaca e, assim, poder pleitear a prisão domiciliar.”

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Do Blog ContrapontoPIG

Paulo Moreira Leite: A Ação Penal 470 e a lição dos embargos infringentes

Posted: 17 Mar 2014 03:27 PM PDT


17/03/2014
STF43_Julgamento_Lewa
Barbosa fugiu: Ricardo Lewandovski presidiu a última sessão do processo da AP 470 no STF.
Vitória fácil nos embargos infringentes mostra fraquezas estruturais da AP470.
Paulo Moreira Leite em seu blog
O resultado dos embargos infringentes confirma aquilo que era possível saber há muito tempo. Se os réus da AP 470 tivessem tido direito a um julgamento de acordo com os fundamentos do Direito, quando todos têm acesso a pelo menos um segundo grau de jurisdição, o resultado teria sido outro.
Iludidos por uma cobertura tendenciosa dos meios de comunicação, que fizeram um trabalho faccioso, como assinalou mestre Jânio de Freitas há dois anos, muitas pessoas podem estar até inconformadas com o resultado. Vão reclamar pelos bares, balançar a cabeça em tom de reprovação. Errado.
Tradicional direito dos regimes democráticos, um segundo julgamento oferece, a quem foi condenado, a chance de ser examinado por outro tribunal. Outros juízes, outros olhares. Outras provas e outras testemunhas. Quem reclama do voto de dois juízes novos deve ter em mente que, num novo julgamento, haveria onze juízes novos.
Deu para entender? Eu acho que o resultado final corrigiu algumas injustiças, poucas.
Só foi possível debater as condenações que haviam obtido quatro votos em contrário, isto é, que eram tão obviamente fracas que na primeira fase foram rejeitadas por 40% de um plenário que muitas vezes tinha apenas 10 juízes. Se o STF tivesse desmembrado o julgamento, o que fez no mensalão PSDB-MG, o saldo teria sido outro, obviamente. Todos teriam direito a um segundo exame. As chances de demonstrar sua inocência – direito de todo réu – seriam maiores.
Foi por isso que Joaquim Barbosa fez o possível para impedir os embargos.
O tom, nos debates sobre infringentes, era de ameaça e alerta.
Olha só: Joaquim não só tentou impedir o debate sobre embargos. Antes, conseguiu impedir que os próprios juízes debatessem o Inquérito 2.474, que tem indícios e testemunhos que oferecem uma visão mais equilibrada e mais completa do caso, o que teria sido de grande utilidade para um debate com mais fundamento sobre as provas.
Guardo na memória, conservada no YouTube, uma intervenção indignada de Celso de Mello exigindo que o plenário tivesse acesso ao inquérito sigiloso. Quem for a internet verá Joaquim, mãos nervosas, voz fraca, frases saindo com dificuldade, dizendo que não era conveniente, não havia grandes novidades e, importantíssimo, gravíssimo, iria atrasar a decisão, que não poderia ocorrer no ano 2012 – aquele, nós sabemos, em que haveria eleições municipais.
As provas usadas no “maior julgamento da história” eram frágeis demais para penas tão fortes. Escrevi isso aqui em 2012, depois de assistir ao julgamento pela tevê. Ninguém tinha noção, então, das falhas e incoerências muito maiores, que temos hoje. A maioria dos analistas não queria se comprometer. Não debatia o mérito das acusações. Queria discutir o ritual, o processo.
Sabemos, agora, que não houve desvio de recursos públicos – e que isso não foi uma descoberta recente, mas estava lá, nos autos da AP 470, em auditorias, documentos e testemunhos de dezembro de 2005. Imagine você: seis meses depois da entrevista de Roberto Jefferson era possível saber que havia muito erro naquilo que dizia a denúncia.
Também sabemos de outra falha essencial. Acreditando, ou não, que eram recursos públicos, também foi possível ter certeza de que as contas batiam e que era difícil demonstrar – tecnicamente – que houve desvio.
Analisando um período de cinco anos de campanhas da DNA, que incluíram dois anos de governo FHC, três de governo Lula, a Visanet, proprietária assumida do dinheiro, como explicou nas inúmeras vezes em que foi solicitada a se manifestar, notou uma falha de R$6 milhões num total de R$151 milhões – uma diferença que depois seria explicada pela agência. Mesmo assim, estamos falando de R$6 milhões. Se for um desvio, equivale a 4% do dinheiro. Lembra do julgamento?
Diziam que o desvio fora de R$73,4 milhões, uma conta de chegar, mal feita e improvisada. Descobriram que essa fora a verba para a DNA em quatro anos e concluíram: 100% tudo foi roubado. Não provaram, não fizeram contas, não demonstraram. Numa visão desinformada, amadora, da situação, imaginaram que as pessoas abriam o cofre e pegavam o que tinha dentro. Não dá para acreditar mas foi isso o que correu.
Ganharam no grito, que os meios de comunicação não se deram ao trabalho de conferir.
Perderam – um pouco – agora.
É por isso que a perspectiva, agora, é de obter uma revisão criminal do julgamento. Ou seja: um segundo julgamento. É uma via estreita e difícil, como disse com muita razão o ministro Marco Aurélio de Mello.
Podemos ter novas cenas de teatrinho indignado, proclamações moralistas e assim por diante. O mais importante, que é o debate sobre o mérito, o conteúdo da denúncia, já começou. E basta abrir os olhos para entender para onde vai nos levar.
***
Leia mais sobre Joaquim Barbosa, o ex-menino pobre que mudou (pra pior) o Brasil:
Revista Época rompe o namoro com Barbosa na política
Mensalão tucano: Valério é condenado, mas peessedebistas escapam. Que “coincidência”
Antonio Lassance: Coisas de que Joaquim Barbosa se esqueceu de ficar triste
As operações matemáticas do ministro Joaquim Barbosa
Advogados reagem ao “foi para isso mesmo” de Joaquim Barbosa
Ricardo Melo: Ação Penal 470 e o começar de novo
Joaquim Barbosa, a marionete do golpe, morreu pela boca
Janio de Freitas coloca Joaquim Barbosa onde ele merece: Fora do Direito e da Justiça
Paulo Moreira Leite: A guerra contra Delúbio
STF tem um presidente sem compostura
Breno Altman: Cai o castelo de cartas do ministro Joaquim Barbosa
AP 470: A julgar pela cobertura do Jornal Nacional, a candidatura de Joaquim Barbosa foi pro beleléu
Joaquim Barbosa precisa sair para que o STF restaure a dignidade
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Já vai tarde: Joaquim Barbosa disse a Dilma que só deixará STF em junho
Mídia e Barbosa são derrotados no final do julgamento da AP470
Joaquim Barbosa planejou friamente a sentença e a pena para fechar José Dirceu na cadeia
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Paulo Moreira Leite: O STF e a parábola sobre a quadrilha
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Juristas e intelectuais gritam contra AI-5 de Joaquim Barbosa
Erros do STF se voltarão politicamente contra a direita
Supremo Tapetão Federal
Destinos cruzados: A vida de Genoíno e a saúde da democracia
Advogados apontam “violações”, ilegalidades” e “desrespeito” nas prisões do “mensalão”
Paulo Moreira Leite: Pizzolato na Itália
Indo buscar justiça na Itália, Pizzolato atrapalha os planos políticos de Joaquim Barbosa
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O livro “A outra história do mensalão” é um sucesso de vendas
A revista Retrato do Brasil desmonta farsa do “mensalão”
“Mensalão”: A história de uma farsa
Cláudio Lembo, aliado de José Serra, chama o “mensalão” de julgamento medieval
Juristas destroem acusações dos juízes do julgamento do “mensalão”
Ives Gandra, um dos oráculos da direita, afirma que José Dirceu foi condenado sem provas
Agora vai: Ato pró-Barbosa reúne 29 pessoas e pede armas
Sem convite de Dilma para África do Sul, Joaquim Barbosa atende tietes em São Paulo
O chicanista Joaquim Barbosa dá voz ao 12º ministro do STF: A “grande mídia”
Onde Joaquim Barbosa fracassou
Joaquim Barbosa fica na defensiva após revelação de seu patrimônio
Lewandowski tem de processar o indecente Barbosa
Vídeo: A grosseria imbecilizante de Joaquim Barbosa
Julgamento da AP470: Erro crasso motivou acesso de fúria de Joaquim Barbosa
Podem escrever: Comportamento de Barbosa no STF não vai acabar bem
A nova etapa da AP 470 tem de corrigir as injustiças
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Paulo Moreira Leite: Joaquim, Pedro 1º e o racismo
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Também do Blog LIMPINHO & CHEIROSO.

Ex-jurista do Banco Mundial revela como a elite domina o mundo

Posted: 17 Mar 2014 03:23 PM PDT

17/03/2014
Banco_Mundia02_Karen_Hudes
Karen Hudes (foto), demitida do Banco Mundial por ter revelado informações sobre a corrupção na instituição, explicou com detalhes os mecanismos bancários para dominar o nosso planeta. Artigo da Russia Today, publicado no Diário Liberdade.
Via Esquerda.net
Karen Hudes, graduada pela escola de Direito de Yale, trabalhou no departamento jurídico do Banco Mundial durante 20 anos. Na qualidade de “assessora jurídica superior”, teve suficiente informação para obter uma visão global de como a elite domina o mundo. Desse modo, o que conta não é uma “teoria da conspiração” a mais.
De acordo com a especialista, citada pelo portal Exposing The Realities, a elite usa um núcleo hermético de instituições financeiras e de gigantes corporações para dominar o planeta.
Citando um explosivo estudo suíço de 2011, publicado na revista Plos One a respeito da “rede global de controlo corporativo”, Hudes enfatizou que um pequeno grupo de entidades, na sua maioria instituições financeiras e bancos centrais, exerce uma enorme influência sobre a economia internacional nos bastidores. “O que realmente está a acontecer é que os recursos do mundo estão a ser dominados por esse grupo”, explicou a especialista com 20 anos de trabalho no Banco Mundial, e acrescentou que os “capturadores corruptos do poder” também conseguiram dominar os meios de comunicação. “Isso é-lhes permitido”, assegurou.
O estudo suíço que mencionou Hudes foi realizado por uma equipa do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique. Os pesquisadores estudaram as relações entre 37 milhões de empresas e investidores de todo o mundo e descobriram que existe uma “super-entidade” de 147 megacorporações muito unidas e que controlam 40% de toda a economia mundial.
Contudo, as elites globais não controlam apenas essas megacorporações. Segundo Hudes, também dominam as organizações não eleitas e que não prestam contas, mas, sim, controlam as finanças de quase todas as nações do planeta. São o Banco Mundial, o FMI e os bancos centrais, como a Reserva Federal Norte Americana, que controla toda a emissão de dinheiro e a sua circulação internacional.
O banco central dos bancos centrais
A cúpula desse sistema é o Banco de Pagamentos Internacionais: o banco central dos bancos centrais.
“Um organização internacional imensamente poderosa da qual a maioria nem sequer ouviu falar controla secretamente a emissão de dinheiro do mundo inteiro. É o chamado Banco de Pagamentos Internacionais [Bank for International Settlements]. Trata-se do banco central dos bancos centrais, localizado na Basileia, Suíça, mas que possui sucursais em Hong Kong e na Cidade do México. É essencialmente um banco central do mundo não eleito, que tem completa imunidade em matéria de impostos e leis internacionais [...]. Hoje, 58 bancos centrais a nível mundial pertencem ao Banco de Pagamentos Internacionais, e tem, em muito, mais poder na economia dos Estados Unidos (ou na economia de qualquer outro país) que qualquer político. A cada dois meses, os banqueiros centrais reúnem-se na Basileia para outra “Cimeira de Economia Mundial”. Durante essas reuniões, são tomadas decisões que atingem todos os homens, mulheres e crianças do planeta, e nenhum de nós tem voz naquilo que se decide. O Banco de Pagamentos Internacionais é uma organização que foi fundada pela elite mundial, que opera em benefício da mesma, e cujo fim é ser uma das pedras angulares do vindouro sistema financeiro global unificado”.
Segundo Hudes, a ferramenta principal de escravizar as nações e Governos inteiros é a dívida.
“Querem que sejamos todos escravos da dívida, querem ver todos os nossos Governos escravos da dívida, e querem que todos os nossos políticos sejam adictos das gigantes contribuições financeiras que eles canalizam nas suas campanhas. Como a elite também é dona de todos os principais meios de informação, esses meios nunca revelarão o segredo de que há algo fundamentalmente errado na maneira como funciona o nosso sistema”, afirmou.


Organizador da bizarra "Marcha da Família" prega assassinato de Dilma e intervenção militar. FOLHA DE SÃO PAULO, que apoiou a ditadura militar brasileira, entrevistou o organizador e omitiu dos seus leitores esta e outras informações relevantes

Posted: 17 Mar 2014 02:14 AM PDT

O Pensador da Aldeia

ScreenHunter_3505 Mar. 16 17.46
O que a Folha não deu sobre os organizadores da nova Marcha da Família
por Miguel do Rosário

Postado há 12 minutes ago por
 

Charge do Bessinha

Posted: 17 Mar 2014 02:11 AM PDT

Depois de morto, Luiz Gushiken derrota Veja: o caso das falsas contas no exterior

Posted: 17 Mar 2014 02:06 AM PDT

16/03/2014
Luiz_Gushiken02A
“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Trecho da sentença que condenou Veja
Rodrigo Vianna em seu blog
Quase oito anos se passaram. A Justiça levou tanto tempo para ser feita, que a vítima dos ataques covardes já não está entre nós. Fundador do PT, bancário de profissão, Luiz Gushiken foi ministro da Secom na primeira gestão Lula. Por conta disso, teve seu nome incluído entre os denunciados do “mensalão” (e depois retirado do processo, por absoluta falta de provas).
Mas os ataques de que tratamos aqui são outros. Em maio de 2006, a revista Veja publicou uma daquelas “reportagens” lamentáveis, que envergonham o jornalismo. A torpe “reportagem” (acompanhada de texto de certo colunista que preferiu se mudar do Brasil – talvez, por vergonha dos absurdos a que já submeteu os leitores) acusava Gushiken de manter conta bancária secreta no exterior. Segundo a publicação da editora Abril, os ministros Marcio Thomaz Bastos, Antônio Palocci e José Dirceu (além do próprio Lula!) também manteriam contas no exterior.
Qual era a base para acusação tão grave? Papelório reunido por ele mesmo – o banqueiro Daniel Dantas. A Veja trabalhou como assessoria de imprensa para Dantas. Da mesma forma como jogou de tabelinha algumas vezes com certo bicheiro goiano. Mas mesmo ataques vis precisam adotar alguma técnica, algum rigor.
No caso das “contas secretas”, não havia provas. Havia apenas o desejo da revista de impedir a reeleição de Lula. O vale-tudo estava estabelecido desde o ano anterior (2005) – com a onda de “denuncismo” invadindo as páginas (e também as telas – vivi isso de perto na TV Globo comandada por Ali Kamel) da velha imprensa.
Pois bem. Gushiken processou a Veja. O trabalho jurídico (árduo e competente – afinal, tratava-se de enfrentar a poderosa revista da família Civita) ficou por conta do escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados – com sede em São Paulo. Em primeira instância, a revista foi evidentemente derrotada. Mas a Justiça arbitrou uma indenização ridícula: 10 mil reais! Sim, uma revista que (supostamente) vende 1 milhão de exemplares por semana recebe a “punição” de pagar 10 mil reais a um cidadão ofendido de forma irresponsável. Reparem que este blogueiro, por exemplo, que usou uma metáfora humorística para se referir a certo diretor da Globo (afirmando que ele pratica “jornalismo pornográfico”), foi condenado em primeira instância a pagar 50 mil reais a Ali Kamel! E a Veja deveria pagar 10 mil… Piada.
Mas sigamos adiante na história de Gushiken. O ex-ministro recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Antes que os desembargadores avaliassem a demanda, Gushiken morreu. Amigos mais próximos dizem que o estado de saúde dele (Gushiken lutava contra um câncer) se agravou por conta dos injustos ataques que sofreu nos últimos 8 anos.
Gushiken morreu, mas a ação seguiu. E os herdeiros agora acabam de colher nova vitória contra Veja. O TJ/SP mandou subir a indenização para 100 mil reais, e deu uma lição na revista publicada às margens fétidas da marginal.
O desembargador Antônio Vilenilson, em voto seguido pelos demais desembargadores da Nona Câmara de Direito Privado do TJ/SP (apelação cível número 9176355-91.2009.8.26.0000), afirmou:
“A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
Quanto aos valores, o TJ/SP sentenciou:
“A ré abusou da liberdade de imprensa e ofendeu a honra do autor. Deve, por isso, indenizá-lo. No que diz com valores, R$10.000,00 não condizem com a inescusável imprudência e com o poderio econômico da revista. R$100.000,00 atendem melhor às circunstâncias concretas.”
Chama atenção que a Justiça tenha levado 8 anos para julgar em segunda instância (portanto, há recursos possíveis ainda nos tribunais superiores) caso tão simples. O “mensalão” – com 40 réus na fase inicial – foi julgado antes.
A Justiça é rápida para julgar pobres, pretos, petistas. E eventualmente é rápida também para punir blogueiros que se insurgem contra a velha mídia. Mas a Justiça é lenta para punir ricos, tucanos e empresas de mídia.
De toda forma, trata-se de vitória exemplar obtida por Gushiken – que era chamado pelos amigos mais próximos de “samurai”.
E falando em samurais, há um ditado oriental que diz mais ou menos o seguinte: submetido ao ataque de forças poderosas, o cidadão simples deve agir como o bambu – sob ventania intensa pode até se inclinar, mas jamais se quebra.
O “samurai” ganhou a batalha. Inclinou-se, ficou perto de quebrar-se. Mas está de pé novamente. E é de se perguntar, depois da sentença proferida: quem está morto mesmo? Gushiken ou o “jornalismo” apodrecido da revista Veja?
Nunca antes na história desse país, o Judiciário adotou expressão tão precisa e elegante para descrever fenômeno tão abjeto: a revista da família Civita produz “falácias de doer na retina”. E não são poucas.


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