quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Nós, os "escolhidos"

*Do blog ANTI TUCANO

Uma das maiores conquistas dos últimos anos, uma conquista que só poderia ter sido alcançada com um partido de esquerda no Poder, é o fato de a sociedade ter percebido que a Imprensa nacional, no fundo é a imprensa regional (Rio-SãoPaulo). Que essa Imprensa não é a defensora da liberdade e da democracia, mas sim, de seus interesses empresariais e do liberalismo (só o econômico, o neoliberalismo): uma ideologia tão ultrapassada quanto o stalinismo, e que se confunde com corrupção e golpes de Estado.

Enfim, nossa conquista foi a de termos enxergado um poderoso ator político: a Imprensa.

Quando se assiste a um Jornal Nacional ou se lê uma revista Veja, hoje!, sabemos que estamos recebendo a visão de mundo Liberal: o apoio a golpes (se necessário for) para garantir a propriedade privada de uns e o livre-mercado(que interessa ao Capital e às nações ricas). Tais veículos juram ser apartidários e que suas opiniões são puro "jornalismo".

Hoje, sabemos que a TV e os Jornalões fazem política. Não expressam os fatos como são, mas como gostariam que fossem.

A Folha de São Paulo, por exemplo, GOSTARIA que Dilma fosse mentirosa. Por isso, coloca Danuza Leão a afirmar que a sociedade enxerga Dilma como tal, após o "caso" Lina Vieira.

Na década de 90, a dona rede Globo, que batia 65 pontos de audiência, afirmaria isto e seria uma VERDADE. Quem iria contestar o jornalismo da Globo? Não tínhamos internet, lanhouses, DVDs e canais de TV a cabo. Sem falar que a população era mais pobre, tinha um poder de compra e nível educacional menores. A classe média também era menor.

O PiG - partido da Imprensa golpista - tinha um poder "invisível".

Valia-se do passado autoritário, com o qual colaborou entusiasticamente, para endossar a égide de "imprensa defensora da liberdade", "imprensa coitadinha que sofreu na ditadura".

Enquanto isso, os Marinhos e Civitas da vida punham e tiravam autoridades políticas.

Se hoje as pessoas já acham que estamos falando de "teoria da conspiração" quando citamos os interesses políticos dessas empresas de comunicação... Imagine naquela época, quando toda fonte de informação da sociedade vinha de 4 famílias.

Alguns autores de ciência política afirmam que quanto mais invisível é um poder, mais poderoso ele é.

Até alguns anos atrás, o poder político da Imprensa era invisível para quase 100% da sociedade. Não há dúvidas de que ela era muito mais poderosa. Notícias veiculadas pelo PiG eram A Verdade Absoluta e ninguém poderia contradizer o "jornalismo" da TV de um Roberto Marinho, por exemplo. Quem cogitava a existência de manipulação por parte da Mídia era chamado de "teórico da conspiração", no mínimo.

E mais, a sociedade não sabia que a Imprensa era Golpista; e nem que ela constituía um Partido, comportando-se como atores políticos (ou seja, conforme as conveniências - Sarney e Collor que o digam).

Especialmente após o advento da blogosfera, muitas pessoas passaram a ver que a Imprensa constitui esse quarto Poder, que age conforme suas ideologias e interesses próprios. E não como uma "guardiã da democracia", como se auto-denomina.

Assim, a partir do momento que enxergamos esse poder, ele não é mais tão poderoso.

Não é só a queda de audiência que faz com que a Globo e o PiG não derrubem Sarney.

É o fato de muitos brasileiros estarem enxergando esse poder midiático que antes era invisível - o PiG. Esse foco sobre si torna-o mais fraco, expõe seus erros e falhas (por isso o ódio do PiG contra o blog da Petrobrás).

Quanto mais as pessoas descobrem que as empresas de comunicação são empresas e não defensoras de liberdade, democracia etc; que elas querem "bater" no Sarney para bater em quem apoia Lula... quanto mais esse processo de descobrimento avança, menos poderosas ficam essas empresas.

Outra coisa: o fato de um governo progressista estar no Poder e visando à democratização dos meios-de-comunicação, isto obriga o "poder invisível" a sair da toca - o que o torna menos poderoso.

A Veja, por exemplo, era muito mais influente quando não tínhamos certeza do que ela realmente era. Antes, muitos olhavam a revista como uma fonte de informação, de jornalismo. Hoje, olham-na como um panfleto político-partidário.

O poder político da Imprensa é uma espécie de Matrix: você tem que ver e acreditar que ele existe!

Se você enxerga que a Veja manipula, que a Globo mente, que a Folha distorce, acabou o poder d´elas te manipularem como gado.

Estamos vivendo um momento único na história do Brasil: A TV Record falando da Globo, a internet e a blogosfera, o mercado e o Estado(gov.Lula) estão colaborando para quebrarmos o monopólio do PiG - e mostrarmos que a Imprensa faz política, não jornalismo.

Com isso, quanto mais pessoas enxergam que a Grande Imprensa constitui um poder com interesses políticos e econômicos, menos poderosos os empresários da comunicação ficam, pois deixam de ser "representantes de toda a sociedade" e passam a ser vozes de uma ideologia específica. A visibilidade desse ator político(PiG), proporcionada pela quebra do monopólio da informação, expõe o que ele realmente é. Isso faz com que muitas pessoas busquem outros meios de informação, o que deteriora ainda mais os antigos monopolistas.

É um ciclo virtuoso o momento que estamos vivendo.

O que temos de fazer é garantir a reeleição do PT ano que vem.
O PSDB aguenta ficar mais 4 anos longe do Poder, o PiG não.

Nessa tarefa - parafraseando o filme - nós somos os "escolhidos"!

(*)PiG é o Partido da Imprensa Golpista, que tem 4 afiliados: Globo, Veja, Estadão e Folha de São Paulo. Eles falam por 1% da população, mas juram que representam 90%. O PiG costuma transformar o que é bom em algo ruim e vice-versa, corrupto em honesto e honesto em corrupto, banqueiro bandido em delegado da PF e delegado da PF em banqueiro bandido. O PiG é uma verdadeira Matrix, um mundo de ilusão.
Postado por Lucas Santos

terça-feira, 1 de setembro de 2009

"Jogando contra o time"

O pré-sal e o esforço dos tucanos contra a Petrobras
No momento em que o governo brasileiro anuncia as regras para a exploração da camada pré-sal, o PSDB negocia com empresa norte-americana para "assessorar" partido na CPI da Petrobras. Segundo o site de Paulo Henrique Amorim, empresa trabalha para concorrentes da Petrobras. Pela atual avaliação do pré-sal, o Brasil poderá atingir, em 2015, a produção média de aproximadamente 3,4 milhões de barris/dia de petróleo.
Publicado em "Carta Maior"
> LEIA MAIS | Política | 30/08/2009

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Uma guerra nada santa

Lí no Blog do Miro:

Comentário sobre a guerra Globo X Record
Reproduzo abaixo dois rápidos comentários transmitidos pela Rádio Jornal Brasil Atual (FM-98.1) na coluna semanal “O outro lado da notícia”:

Uma guerra nada santa

Nos últimos dias, milhões de telespectadores brasileiros passaram a conhecer um pouco melhor os podres da poderosa mídia nativa. Nas telinhas, uma guerra nada santa entre as duas principais redes de TV do Brasil deixou de lado o descartável entretenimento e as fofocas fúteis. O clima esquentou. Incomodada com a sua queda de audiência e com o crescimento da Record, a Rede Globo partiu para o ataque, demonizando o bispo Edir Macedo e a Igreja Universal – acusando-o de desviar ilegalmente dinheiro dos fiéis para fortalecer a sua empresa de comunicação. As denúncias são graves e exigem apuração rigorosa e imparcial do Ministério Público.

No contra-ataque, a TV Record deu uma aula de história. Mostrou como foi formado o império da Rede Globo. Como ela foi uma cria da ditadura militar; como patrocinou acordos ilegais com uma empresa estrangeira – a Time-Life; como ela foi a principal porta-voz dos ditadores; como escondeu a campanha das Diretas-Já; como atuou para evitar a vitória de Brizola no RJ; como ajudou a eleger o “caçador de marajás”, Fernando Collor, à presidência da República; como fez de tudo para evitar a vitória de Lula e para desestabilizar o seu governo. A TV Globo foi desmascarada para milhões de brasileiros!

Nesta guerra de poderosos, os dois lados têm razão ao tratar dos pobres. Quem ganha nesta briga pela audiência é a sociedade. Assuntos de grande relevo chegam às telinhas e atingem milhões de pessoas até então desinformadas. Ela serve para mostrar a urgência da democratização dos meios de comunicação, que não podem ficar em mãos de inescrupulosas, sem qualquer regra legal.

Empresários temem a Confecom

Os poderosos empresários dos meios de comunicação, que tanto falam sobre a tal “liberdade de imprensa”, têm medo do debate democrático na sociedade. Eles não aceitam discutir o papel e as mazelas da própria mídia. Adoram atacar outros setores da sociedade, mas se recusam a discutir a própria situação deplorável dos meios de comunicação, que atentam contra a democracia.

Na semana passada, seis das oito entidades patronais que integravam a comissão organizadora da Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) anunciaram que não participarão mais deste fórum. Elas fugiram da briga, acovardaram-se. Os barões da mídia queriam impor o temário da conferência, marcada pelo governo Lula para dezembro próximo. Exigiam que este fórum, que reunirá milhares de pessoas nas etapas municipais e estaduais, não tratasse da monopolização do setor, da falta de pluralidade nos seus veículos, da ausência de produção regional e independente.

Também queriam impor o critério de tirada de delegados, exigindo 40% de representação para os patrões – que não representam nem 1% da sociedade – e o “quórum qualificado” nas votações. Como houve resistência dos movimentos sociais e de alguns setores do próprio governo, os barões da mídia ficaram magoados e se retiraram. Azar deles. Fica evidente que eles não aceitam a democracia, que são golpistas, metidos a donos da verdade, que manipulam a sociedade. Agora é garantir que a Confecom seja democrática e ampla e que o governo também não se acovarde.
Postado por Miro às 22:10

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