SARAIVA 13 |
- Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos?
- Vamos parar com essa palhaçada
- Olha só porque a Globo e a Veja são contra a PEC 37...
- A repercussão da manifestação que começou nas redes sociais
- Estátua de Pelé é "amordaçada" na cidade natal do jogador
- Brasil - 4 x 2 Itália - Escalação
- Dilma Rousseff: 100% do petróleo para a educação e milhares de médicos do exterior para o SUS
- A Veja sob nova administração?
- Helena Chagas, demita-se!
- REAÇÃO: Grupos de periferia se articulam em São Paulo para defender democracia e Dilma
- Charge: a Globo é cúmplice do golpismo
- Dia 24 de junho – UM DIA SEM REDE GLOBO
- Oito dicas para você não pagar mico em tempos de Manifestações
- Grupos tentam usar manifestações para desestabilizar democracia
- PROTESTOS NO BRASIL - A QUEM INTERESSA A RADICALIZAÇÃO ?
- O MPL deu uma aula de sabedoria política ao se recolher em SP
- PASSE LIVRE SUSPENDE MANIFESTAÇÃO E NÃO PERMITE QUE CONSERVADORES, BADERNEIROS E OPORTUNISTAS PEGUEM CARONA NO MOVIMENTO - VÍDEO
- Pra quem culpa a presidenta Dilma
- O saldo trágico dos protestos
- Para Fernando Henrique Cardoso, que não se lembra do seu péssimo governo e encontra guarida na imprensa corrupta brasileira.
- Enquanto isso em Belo Horizonte MG (BH)...
- A direita também disputa ruas e urnas
- Quer saber por que 100% dos royalties do petróleo ainda não foram para a educação? Porque o PSDB votou contra
- Jovens confiam mais na Dilma que na Justiça
- A Revolução foi televisionada
Por que Jabor e os blogueiros da Veja mudaram de opinião sobre os protestos? Posted: 22 Jun 2013 04:13 PM PDT Os insultos dos primeiros dias sumiram.
A revista Veja parece estar sob nova administração, poucas semanas depois da morte do proprietário e editor Roberto Civita. A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável. O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet. Na internet, nos primeiros dias, a revista pareceu seguir inercialmente a orientação anterior de reacionarismo inflamado e desconectado da realidade. O blogueiro Reinaldo Azevedo comandou a cobertura inicialmente, e logo foi seguido por seus colegas Augusto Nunes e Ricardo Setti, como o Diário notou anteriormente. Azevedo chamou os manifestantes de vagabundos, celerados, remelentos, terroristas e vândalos. Ele parecia ecoar o promotor Rogério Zagallo, que pedira à Tropa de Choque que atirasse nos "bugios" porque eles estavam provocando um congestionamento no local em que ele estava com seu carro. Nunes seguiu na mesma linha. Setti também. Ele chegou a republicar um artigo do publicitário aposentado Neil Ferreira no qual este, como Zagallo, sugerir passar fogo nos manifestantes, parte de uma "guerra suja". Parece claro que Azevedo e companheiros, como Zagallo, cometeram um erro de avaliação monumental: associaram o MPL ao PT. A mudança veio na edição impressa. A Veja, para surpresa de muita gente, não rosnou como seus blogueiros. Os jovens nas ruas já não eram vagabundos. O que ocorreu? Provavelmente, uma conversa. Não mais que isso. Os herdeiros de Roberto Civita, Gianca (área administrativa) e Titi (conselho editorial) devem ter dito que não estavam de acordo com aquela visão que vinha se propagando no site. A reputação da revista já tinha problemas antigos. Mas a deles ainda não. Quem conhece as cúpulas das empresas jornalísticas sabe bem que quinze minutos de conversas são suficientes para conversões profundas em editores que pareciam fanáticos. O que se viu, depois que a Veja da semana passada chegou às bancas, foi uma mudança de tom veloz nos blogueiros. O momento mais icônico – e divertido – foi um texto em que Setti dizia, do nada, que sabia que tinha "exagerado" ao chamar os manifestantes de baderneiros. Augusto Nunes mudou de assunto por algum tempo, e ao voltar estava bem diferente. Pelo que entendi, parecia interessado em entender o significado dos protestos. Não quer dizer, é claro, que a revista se tornará libertária. Mas é previsível que ela vá buscar um tom de conservadorismo civilizado, como a The Economist, para ficar num bom caso. Na Globo, uma conversão súbita parecida ocorreu com Arnaldo Jabor. Dias depois de fazer um pronunciamento histérico contra os protestos, tomado como se fosse Feliciano, ele se desculpou abjetamente. Quem acredita que ele não recebeu uma instrução para se desdizer acredita em tudo, para usar a máxima de Wellington. As palavras odiosas de Jabor circularam amplamente na internet e cobraram seu preço. Sempre que os manifestantes encontravam um repórter da Globo, a hostilidade era imediata. Caco Barcellos, tido como uma voz destoante no ultraconservadorismo da Globo, levou um sopapo e foi expulso vergonhosamente de uma manifestação. Num gesto de desespero e de automutilação, a Globo tirou a marca dos microfones de seus jornalistas, para preservar sua integridade física. Caco apanhou por Jabor, pode-se dizer. Nos últimos dias, o tom bem mais baixo, Reinaldo Azevedo tem repetido que seu blog bate incessantemente recordes de audiência. (Pode-se imaginar a qualidade do público atraída pela pregação de ódio obtuso de Azevedo.) Os anúncios autocongratulatórios de recorde podem ser um sinal de que ele está sentindo que os ares mudaram na Veja, sob a nova geração de Civitas. Paulo NogueiraNo DCM | ||
Vamos parar com essa palhaçada Posted: 22 Jun 2013 04:10 PM PDT A bem da verdade, a mídia e grande maioria dos manifestantes nem sequer sabem as iniciais da palavra PEC, no entanto ficam falando merda por aí.Antes de ontem, no meio do protesto aqui no Recife, perguntei a um estudante do 6º período de Direito se ele sabia o que era a PEC 37, o cara enrolou, enrolou e não disse nada, simplesmente porque não sabia(nem sabe) o objetivo da mencionada PEC. Por aí se tira o grau de conhecimento da massa cheirosa.Revoltante nisso tudo é que o PiG e a massa cheirosa não deram um pio quando Fernando Henrique Cardoso editou a Medida Provisória (MP) 2.008-35 de 27 de dezembro de 2000, que em seu texto visava unicamente coibir a ação de procuradores "exibicionistas", isto é, membros do Ministério Público (MP) que processam pessoas sabendo que elas são inocentes, para isso a MP previa uma multa de R$ de 151 mil reais se a denúncia oferecida pelo Ministério Público não fosse aceita.Veja, amigos e amigas, o tamanho do absurdo.A PEC 37 não traz nada disso, apenas limita o poder de investigação do Ministério Público na fase do inquérito policial, conforme determina a Constituição da República.Nada mais que isso.Eu sou favorável a aprovação da PEC 37, sim. Contra a PEC 37, mídia manipula opinião pública"Vendida à opinião pública como uma iniciativa de mensaleiros, petistas e corruptos em geral, a Proposta de Emenda Constitucional 37 apenas disciplina um artigo da Constituição Federal, que não prevê o Ministério Público no comando de inquéritos criminais, mas, apenas como organismo complementar à polícia e de controle sobre ela; além da forte campanha da Globo contra PEC 37, Folha e Abril agora se engajam na mesma causa; no entanto, OAB já se manifestou em favor da PEC, que tem também apoio de diversos juristas; saiba do que se trata para não comprar gato por lebre No Jornal Nacional desta sexta-feira, foi chocante a tentativa da Globo de convencer o estudante Lucas Monteiro, um dos integrantes do Movimento Passe Livre, a aderir a causas da própria Globo, como é a rejeição à PEC 37, que define com mais clareza o papel do Ministério Público. Monteiro deixou claro que a agenda do MPL é apenas a questão do transporte público (assista aqui). No entanto, aos poucos, o rumo dos protestos começa a ser determinado pela agenda também dos meios de comunicação. Neste sábado, o Uol, portal do grupo Folha, informa que o principal objetivo dos protestos é gritar contra a PEC 37 (leia aqui). Em Veja, uma pesquisa do Departamento de Inteligência e Pesquisa de Mercado Abril, que supostamente entrevistou 9.088 pessoas, apontou o "Não à PEC 37" como a segunda principal bandeira dos manifestantes – a primeira seria o combate à corrupção. Mas será que a multidão que tomou as ruas do Brasil sabe mesmo do que trata a PEC 37? Será que sabem que a iniciativa tem apoio institucional da Ordem dos Advogados do Brasil? Será que sabem que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, autorizou a compra de equipamentos de escuta, e que, se não houver freios, milhares de brasileiros poderão ser bisbilhotados? Confira, abaixo, reportagem recente do portal Conjur, que explica por que a OAB se manifesta a favor da PEC 37: Presidente da OAB-SP elogia apoio institucional à PEC 37 O presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa, cumprimentou o Conselho Federal por apoiar institucionalmente a aprovação da PEC 37. "Essa tomada de posição [em reunião na segunda-feira (20/5)] é importantíssima para restabelecer o equilíbrio de armas entre acusação e defesa e teve nos argumentos do membro nato da OAB, José Roberto Batochio, e dos conselheiros federais por São Paulo, Luiz Flávio Borges D'Urso e Guilherme Batochio, um forte componente que ajudou no convencimento do plenário. Foi uma vitória da advocacia, que unificou seu discurso sobre tema de tamanha relevância", disse. A matéria foi proposta pelo conselheiro federal Pedro Paulo Guerra de Medeiros, de Goiás, e teve como relator o conselheiro Leonardo Accioly, de Pernambuco, que votou para que a OAB se exima de manifestação pública sobre a PEC 37, mas foi vencido pela maioria do plenário. O primeiro e decisivo argumento a favor do apoio à PEC foi do membro nato da OAB, José Roberto Batochio, que preside a Comissão de Defesa da Constitucionalidade das Investigações Criminais. Ele argumenta que a edição da Resolução 13 do Conselho Nacional do Ministério Público, que atribui competência ao MP para atuar em inquéritos policiais, levou à criação da PEC. Segundo ele, a proposta de emenda é meramente declaratória, mas necessária para reafirmar o que está fixado pela Constituição Federal. Os conselheiros federais Luiz Flávio D'Urso e Guilherme Batochio participaram ativamente do debate no plenário, explicando aos demais conselheiros a necessidade do apoio à PEC e como o MP atua ilegalmente na persecução penal. Para D'Urso, embora a proposta de emenda reprise o óbvio, é fundamental apoiá-la. "Se concedermos ao Ministério Público o poder de promover a investigação penal — que é da competência da Polícia Judiciária — seria como promover a subversão de um sistema que busca controlar a atuação do próprio Estado", diz. O conselheiro Guilherme Batochio refutou a tese do Ministério Público de "quem pode mais, pode menos". Para ele, embora o MP tenha a prerrogativa de oferecer denúncia em Juízo, não pode promover a investigação de natureza criminal. Ao final da sessão, o Conselho Federal da OAB decidiu criar a Comissão de Acompanhamento e Aperfeiçoamento da proposta de emenda constitucional, que será presidida por José Roberto Batochio, e apresentará sugestões sobre a PEC 37 à Câmara. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB. Com informações do Brasil 247 Do Blog O TERROR DO NORDESTE. | ||
Olha só porque a Globo e a Veja são contra a PEC 37... Posted: 22 Jun 2013 04:04 PM PDT Ministério Público perde prazo da Satiagraha e Dantas se livra da cadeia Postado por André Luxàs 19:55Nenhum comentário: Links para esta postagem Daniel Dantas, o "Dono do Brasil" O título que você lê acima não é uma piada. A Procuradoria Geral da República perdeu o prazo para recorrer no STJ da decisão que anulou as provas obtidas pela Polícia Federal na Operação Satiagraha. Isso mesmo, o nosso zeloso Ministério Público Federal vai deixar Daniel Dantas ficar livre simplesmente porque perdeu o prazo para recorrer de uma decisão que muitos ministros do STJ consideravam absurdas, e que cairia no Pleno do Tribunal. Não estamos falando de um processo trabalhista de 500 merréis. Estamos falando do processo penal mais importante em andamento no país, contra a quadrilha mais poderosa que se tem notícia. O maior absurdo disso tudo é que a PGR disse que não foi notificada, depois que passou para um subprocurador que teria se aposentado. Daqui a pouco vai colocar a culpa no contínuo. Gurgel, tome vergonha na cara e peça pra sair Se este fosse um país sério, neste momento o Procurador Geral, Roberto Gurgel, estaria demitido, e o responsável pelo processo estaria se preparando para dormir na prisão. Mas não, semana que vem nosso "Procurador" estará todo serelepe na televisão dando alguma entrevista em nome da moralidade, ou ainda articulando o aumento no seu salário, próximo de R$ 30 mil. E ninguém vai cobrar do magistral Ministério Público uma investigação para saber o responsável pela impunidade dantesca? Daniel Dantas já tinha dado a senha a seu advogado: "resolva meus problemas na primeira instância, que lá em Brasília eu resolvo". Daniel Dantas pode bater no peito e dizer: "Este país tem dono… Eu sou o Dono do Brasil." Do Blog TUDO EM CIMA. | ||
A repercussão da manifestação que começou nas redes sociais Posted: 22 Jun 2013 03:26 PM PDT O gigante acordou, mas tinha gente que não estava dormindo, então respeitem quem já estava acordado. É fato que para começar um protesto basta ter um pequeno grupo insatisfeito com alguma questão. A fúria de alguns pode ser rapidamente identificada por outros que também sentem-se mobilizados para "incomodar" a sociedade em prol de seus direitos. Foi assim em 1992 no Brasil e agora é ainda maior, porque a manifestação não começa nem termina nas ruas. Ela está na internet, espalhada, compartilhada e apoiada pelas redes sociais e a pressão pela mudança já começa mesmo antes do grupo de rackers Anonymous. Todo mundo fala, marca os encontros, organiza a pauta e compartilha a "cobertura" em tempo real dos protestos. Qual é o impacto disso? A agência Today fez um levantamento nas principais redes sociais do Brasil e mostrou que somente na última segunda-feira (17/6), os protestos que tomaram o país foram mencionados 548.944 vezes, sendo que 88% desses comentários vieram do Twitter (483.839). No Facebook, a participação foi de 10%, enquanto outras mídias responderam por 2% da repercussão. Entre os termos mais mencionados, estiveram #vemprarua, #ogiganteacordou, #protestosp, #mudabrasil e #semviolencia. O infográfico ilustra que durante o dia, a participação nas redes sociais teve um crescimento constante a partir do início oficial das manifestações, às 17h. Neste horário, 35.668 menções foram feitas. Veja mais informações coletadas: Marcadores: Manifestação, Movimento Passe Livre, Redes sociais Também do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||
Estátua de Pelé é "amordaçada" na cidade natal do jogador Posted: 22 Jun 2013 03:22 PM PDT | ||
Brasil - 4 x 2 Itália - Escalação Posted: 22 Jun 2013 03:17 PM PDT | ||
Dilma Rousseff: 100% do petróleo para a educação e milhares de médicos do exterior para o SUS Posted: 22 Jun 2013 03:10 PM PDT Dilma Rousseff: 100% do petróleo para a educação e milhares de médicos do exterior para o SUS Limpinho & Cheiroso - 21/06/2013 Via Blog do Planalto A presidenta Dilma Rousseff afirmou, na sexta-feira, dia 21, que o vigor das manifestações deve ser aproveitado para que mais mudanças sejam feitas em benefício da população. Dilma anunciou, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e tevê, que vai convidar os governadores e prefeitos das principais cidades do País para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos. "O foco será: primeiro, a elaboração do Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo. Segundo, a destinação de 100% do petróleo para a educação. Terceiro, trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS", anunciou Dilma, que ainda afirmou que vai receber os líderes das manifestações pacíficas, de entidades sindicais e dos movimentos de trabalhadores.Para Dilma, é necessário oxigenar o "velho sistema político", e encontrar mecanismos que tornem as instituições mais transparentes, resistentes aos malfeitos e permeáveis à influência da sociedade. Ela ainda reforçou que é um equívoco achar que qualquer país pode prescindir de partidos e do voto popular, que, segundo ela, é a base de qualquer processo democrático. | ||
A Veja sob nova administração? Posted: 22 Jun 2013 03:06 PM PDT
A revista Veja parece estar sob nova administração, poucas semanas depois da morte do proprietário e editor Roberto Civita. A capa de José Dirceu parece ter sido a última de uma era em que a revista foi, quase sempre, detestável. O sinal de mudança está na cobertura dos protestos, primeiro no papel e depois na internet. Na internet, nos primeiros dias, a revista pareceu seguir inercialmente a orientação anterior de reacionarismo inflamado e desconectado da realidade. O blogueiro Reinaldo Azevedo comandou a cobertura inicialmente, e logo foi seguido por seus colegas Augusto Nunes e Ricardo Setti, como o Diário notou anteriormente. Azevedo chamou os manifestantes de vagabundos, celerados, remelentos, terroristas e vândalos. Ele parecia ecoar o promotor Rogério Zagallo, que pedira à Tropa de Choque que atirasse nos "bugios" porque eles estavam provocando um congestionamento no local em que ele estava com seu carro. Nunes seguiu na mesma linha. Setti também. Ele chegou a republicar um artigo do publicitário aposentado Neil Ferreira no qual este, como Zagallo, sugerir passar fogo nos manifestantes, parte de uma "guerra suja". Parece claro que Azevedo e companheiros, como Zagallo, cometeram um erro de avaliação monumental: associaram o MPL ao PT. A mudança veio na edição impressa. A Veja, para surpresa de muita gente, não rosnou como seus blogueiros. Os jovens nas ruas já não eram vagabundos. O que ocorreu? Provavelmente, uma conversa. Não mais que isso. Os herdeiros de Roberto Civita, Gianca (área administrativa) e Titi (conselho editorial) devem ter dito que não estavam de acordo com aquela visão que vinha se propagando no site. A reputação da revista já tinha problemas antigos. Mas a deles ainda não. Quem conhece as cúpulas das empresas jornalísticas sabe bem que quinze minutos de conversas são suficientes para conversões profundas em editores que pareciam fanáticos. O que se viu, depois que a Veja da semana passada chegou às bancas, foi uma mudança de tom veloz nos blogueiros. O momento mais icônico – e divertido – foi um texto em que Setti dizia, do nada, que sabia que tinha "exagerado" ao chamar os manifestantes de baderneiros. Augusto Nunes mudou de assunto por algum tempo, e ao voltar estava bem diferente. Pelo que entendi, parecia interessado em entender o significado dos protestos. Não quer dizer, é claro, que a revista se tornará libertária. Mas é previsível que ela vá buscar um tom de conservadorismo civilizado, como a The Economist, para ficar num bom caso. Na Globo, uma conversão súbita parecida ocorreu com Arnaldo Jabor. Dias depois de fazer um pronunciamento histérico contra os protestos, tomado como se fosse Feliciano, ele se desculpou abjetamente. Quem acredita que ele não recebeu uma instrução para se desdizer acredita em tudo, para usar a máxima de Wellington. As palavras odiosas de Jabor circularam amplamente na internet e cobraram seu preço. Sempre que os manifestantes encontravam um repórter da Globo, a hostilidade era imediata. Caco Barcellos, tido como uma voz destoante no ultraconservadorismo da Globo, levou um sopapo e foi expulso vergonhosamente de uma manifestação. Num gesto de desespero e de automutilação, a Globo tirou a marca dos microfones de seus jornalistas, para preservar sua integridade física. Caco apanhou por Jabor, pode-se dizer. Nos últimos dias, o tom bem mais baixo, Reinaldo Azevedo tem repetido que seu blog bate incessantemente recordes de audiência. (Pode-se imaginar a qualidade do público atraída pela pregação de ódio obtuso de Azevedo.) Os anúncios autocongratulatórios de recorde podem ser um sinal de que ele está sentindo que os ares mudaram na Veja, sob a nova geração de Civitas. Também do Blog do Miro. | ||
Posted: 22 Jun 2013 03:03 PM PDT Por Rui Martins, no sítio Direto da Redação: Berna (Suiça) - A ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, não previu, com sua incompetência, os riscos de financiar o monopólio da informação pela grande imprensa. Ministra Helena Chagas, antes de tudo, quero lhe transmitir meus mais efusivos cumprimentos por sua inédita e vitoriosa campanha publicitária – nunca, digo bem, nunca, o Brasil mereceu tanto destaque na mídia internacional. Durante dias, não só aqui na Europa, como em todos os países do mundo, o Brasil foi manchete. Bandeiras, verde e amarelo, fogos, manifestações de rua como num enorme carnaval, polícia brincando de pega-pega com jovens maratonianos, brindes ousados com coquetéis molotov, nenhuma pré-estréia da Copa do Mundo poderia ter sido melhor do que essa armada, na maior discrição, por seu Ministério. Parabéns Helena Chagas ! Como alguém tão recatada, embora participe de todos os trens da alegria nunca se vê na imprensa e nem nas imagens dos seus amigos do Jornal Nacional, seu rosto de sorriso superior com óculos escuros, conseguiu tão grande façanha ? Imagine Helena que, aqui na Europa, muitos jornais e canais de televisão compararam a explosão juvenil em São Paulo, no Rio e outras capitais, numa versão Iphone moderna, movimentada e nada fiel à Ópera dos 20 Vintens de Bertold Brecht, com o rebentar da primavera árabe na orla africana mediterrânea ! Acho que aí você exagerou, porque sua fiel amiga, a presidenta, que lhe reserva sempre um lugar nas comitivas, foi comparada com Ben Ali, Khadafi, Hosni Mubárak, como se os jovens no Brasil quisessem se descartar da ditadora Dilma Rousseff. Provavelmente não foi culpa sua, acredito mesmo na sua inocência, mas seus amigos, aos quais você concede mais de 70% da verba de publicidade da União e, recentemente, uma isenção de pagamentos sociais, que lhes permite economizar quase um bilhão e meio de reais, ainda estão cagando de rir dessa troça passada na imprensa internacional. Em apenas dois dias, a imagem do Brasil foi para o brejo e vale agora o que o Globo, Folha, Estadão, Band tinham tentado impor há tantos anos sem conseguir, desde Lula até sua vitoriosa gestão nas Comunicação Social do Governo. Com um pouco de chance é até capaz de ganhar um promoção ou de lhe oferecerem um cachê especial numa conta secreta nas ilhas Caimãs. Terminado o elogio, lhe peço, com o maior respeito, aquele gesto de honra digno dos grandes perdedores – demita-se. Uma pessoa com o cargo de responsável pela Comunicação Social de um país tão grande e tão importante como é este novo Brasil não pode se permitir o luxo de errar. Uma pessoa capacitada para esse cargo tem de lançar bases sólidas de comunicação e tem de saber prever. Não foi seu caso – nem lançou bases sólidas e nem soube prever. Ou seja, além de ser a ministra menos visível é a mais incompetente e a mais medíocre. Demita-se! Não sou apenas eu, um simples e anônimo jornalista em fim de carreira, que lhe solicita encarecidamente esse ato de contrição, de reconhecimento por ter favorecido o inimigo no momento mais inoportuno possível. Numa rápida pesquisa pelo Google sobre a questão do favorecimento desproporcional e escandaloso da grande mídia brasileira constatei haver colegas mais credenciados e mais conhecidos que eu, assim como parlamentares do próprio PT insatisfeitos com sua gestão que premia os linchadores da nossa masoquista presidenta. Não sei se chegou a imaginar, porém sua falta de previdência e competência pode ter provocado reações políticas irreversíveis. A reeleição de Dilma não está mais assegurada. Haddad, o prefeito de São Paulo, colocado por Lula para ser um futuro governador e presidente, e assegurar uma renovação, bobeou, pisou na bola e perdeu o difícil capital paulistano que lhe fora presenteado por Lula. Acuada, vexada e mesmo desmoralizada pela imprensa internacional talvez nossa grande presidenta não lhe peça, por uma questão de cortesia. Mas eu e tantos outros que apoiarão este sincero pedido, nós lhe rogamos ministra Helena Chagas – demita-se ! | ||
REAÇÃO: Grupos de periferia se articulam em São Paulo para defender democracia e Dilma Posted: 22 Jun 2013 02:59 PM PDT Após violência contra militantes de esquerda em manifestações, Cooperifa reuniu ativistas para reafirmar posicionamento e unificar bandeiras por Gisele Brito, da RBA publicado 22/06/2013 10:09 DANILO RAMOS. RBA São Paulo – Cerca de 60 pessoas representando diversos coletivos e movimentos sociais que atuam em bairros periféricos da zona sul de São Paulo se reuniram na noite de ontem (21) na sede da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), no Jardim Guarujá, para articular estratégias de combate a ideais classificados como fascistas. Os participantes discutiram sobre a presença de grupos com símbolos associados ao nazismo e ao fascismo no ato da última quinta-feira, quando milhares de pessoas se reuniram na Avenida Paulista pedindo, entre outras pautas associadas ao conservadorismo, o fim dos partidos e dos governos. Para a frente periférica, isso, associado a palavras de ordem como "Fora Dilma", sinalizou a intenção desses grupos de usar formas não democráticas para atingir seus objetivos. No ato, bandeiras de legendas políticas e da Uneafro foram queimadas e militantes ficaram feridos. A avaliação preliminar do grupo em formação é que é preciso haver apoio mútuo entre movimentos sociais e partidos de esquerda, ainda que haja diversas críticas a eles, especialmente ao PT e ao governo Dilma. "Não é hora de a Dilma sair. Nós vamos responder nas urnas", afirmou Débora Silva Maria, coordenadora das Mães de Maio. Para a frente periférica, é preciso reafirmar os preceitos da esquerda e formular uma pauta de reivindicações unificada e objetiva que contemple as demandas das regiões mais pobres da cidade, além de não permitir que grupos de direita usem a população como massa de manobra. Diversos bairros na cidade e em municípios da região metropolitana também têm sido tomados por manifestações. Jovens já pararam avenidas importantes da zona sul, entre elas, a Belmira Marin, que liga o Grajaú à Cidade Dutra, e a Estrada de Itapecerica, no Capão Redondo. Há mais de uma década, o movimento Hip Hop e os saraus têm reunido forças de esquerda em bairros afastados das regiões centrais da capital paulista. Agora, acredita Sérgio Vaz, poeta e coordenador da Cooperifa, é hora de colocar em prática todo o acúmulo desses movimentos. "Não é uma luta qualquer. É luta de classes. A gente fala tanta coisa, escreve tanta coisa. Tanta gente cita o Che Guevara, agora o Mariguella. Chegou o dia", avaliou. Vaz acredita que o fortalecimento do conservadorismo afeta diretamente a periferia. "Normalmente sobra para a gente. Mas as balas aqui não vão ser de borracha", afirmou. Marcadores: POLITICA | ||
Charge: a Globo é cúmplice do golpismo Posted: 22 Jun 2013 02:50 PM PDT | ||
Dia 24 de junho – UM DIA SEM REDE GLOBO Posted: 22 Jun 2013 02:47 PM PDT | ||
Oito dicas para você não pagar mico em tempos de Manifestações Posted: 22 Jun 2013 02:39 PM PDT 1- Não compartilhe o vídeo dos atores da Globo contra Belo Monte. Esse vídeo de 2011 está cheio de informações falsas. Inclusive alguns atores que gravaram o vídeo se arrependeram depois de descobrir que o que eles disseram não era bem assim. 2- Não diga que foram gastos 30 bilhões em estádios. Na verdade, foram gastos 7 bilhões, que é coisa pra caramba. Desses 7 bilhões, grande parte é emprestado pelo governo federal, mas a maior fatia será paga pela iniciativa privada - que vão explorar os estádios-. Os outros 23 bilhões foram investimentos em infraestrutura, transporte e aeroportos. Inclusive, o investimento em transporte é uma das reivindicações dos protestos. 3- Nunca peça para governo gastar com saúde o mesmo que se gastou com estádio de futebol. Nos 7 anos de preparação para a Copa, foram gastos aproximadamente 7 bilhões com estádios. Neste mesmo período, foram gastos mais de 500 bilhões com saúde. Então se você fizer isso, na prática você está pedindo pra reduzir consideravelmente os gastos com saúde. Gastos com saúde nunca são demais. Então cuidado pra não pedir a coisa errada. 4- Não peça para presidente garantir que algum político seja preso. Isso é papel do poder Judiciário. O manifesto deve ser endereçado a este poder. 5- Não peça para presidente impedir a votação de uma lei ou PEC. Isso é prerrogativa do Congresso. O manifesto deve ser endereçado aos parlamentares. 6- Não peça para presidente cassar o mandato de algum deputado ou senador. Isso é papel das casas legislativas. Está escrito no artigo 55 da Constituição Federal. 7- Nunca peça pra fechar o Congresso e acabar com os partidos. O último presidente que fez isso foi um Marechal. Tal ato aconteceu em 1968 e foi nada menos do que o temido AI-5 da ditadura. 8- Não compartilhe aquelas informações falsas sobre o auxílio reclusão. O auxílio reclusão é um benefício pago à família do detento que contribuiu com o INSS, logo ele está recebendo um valor pelo qual já pagou anteriormente. O detento deve ser punido, não sua família. - Por Sidney Braga | ||
Grupos tentam usar manifestações para desestabilizar democracia Posted: 22 Jun 2013 11:27 AM PDT As manifestações de ontem uniram a violência de pequenos grupos - não tão pequenos assim, basta assistir as cenas de Brasília e de outras oito capitais - organizados ou não, pouco interessa, com a adesão de uma minoria que tenta desestabilizar a democracia. A maior parte dos manifestantes continua com as reivindicações por melhorias na saúde e educação, contra as tarifas e o péssimo transporte e os gastos nas Copas das Confederações e do Mundo, entre outras demandas. Mas há uma tentativa de setores políticos e sociais de tomar conta de alguns atos, deixando num segundo plano essas reivindicações majoritárias. Com amplo apoio da mídia - que num primeiro momento taxou as manifestações de baderna e exigiu repressão -, esses setores procuram mobilizar abertamente sua base social de oposição para ir às ruas. Para tanto, inclusive explorando as palavras de ordem contra a corrupção, a PEC 37, contra os partidos, dando continuidade a uma agenda que a mídia alimentou esses últimos anos contra a política em geral, o que sempre acaba em ditadura. Tentam cooptar a juventude que iniciou os protestos para esse rumo Com cuidado e insistência, a Rede Globo – que é quem mais ganha com a Copa das Confederações – separa a violência que ontem se estendeu por todo país (como reconhece a manchete da Folha), das manifestações. Mas faz isso sem condenar essa violência, como fazia no início. Apenas destacando que ela parte de minorias. Constrói, ao mesmo tempo, uma narrativa para tentar levar as manifestações para a oposição contra o governo. Isso não tira a legitimidade e o direito dos manifestantes opositores ao governo, mas a atual onda de violência não é vandalismo apenas. São atos políticos contra símbolos do poder constituído, contra a democracia, já que os saques são exceção. Muitos destes, também, são realizados por grupos organizados e não por saqueadores em busca de bens de consumo. Há sinais claros, ainda, de que a Polícia Militar reprimiu grupos manifestantes pacíficos com fins políticos. Em São Paulo, assusta a passividade adotada pela PM. Ela não pode agir com repressão, mas não pode se abster de cumprir seu papel responsável de força policial. Vamos nos unir mudando e aprofundando as reformas que fizemos Vamos nos unir na defesa do que fizemos, e seguir mudando e aprofundando as reformas que iniciamos, começando pela reformas política e tributária. Elas são indispensáveis para avançar nas mudanças sociais reclamadas com razão pela juventude, nos transportes, na educação e na saúde. No Blog do Zé Marcadores: Democracia, Golpe, Manifestação, ZéDirceu Também do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||
PROTESTOS NO BRASIL - A QUEM INTERESSA A RADICALIZAÇÃO ? Posted: 22 Jun 2013 11:24 AM PDT A quem interessa a radicalização? Os povos do mundo inteiro estão insatisfeitos com a falta de sentido de uma sociedade conduzida pela ganância e pelo hedonismo. Nesse clima de angústia de muitos e da ansiedade geral, todos os pretextos servem para a explosão das ruas: uma árvore na Turquia e o aumento de vinte centavos nos transportes públicos no Brasil. Convocados pela internet, os manifestantes se reúnem, aos milhares. Cada um deles tem a sua árvore, a sua passagem de ônibus, as suas frustrações pessoais. Que muitos jovens, ricos ou pobres, se deixem levar pelo entusiasmo e não controlem seus próprios impulsos, podemos entender. Mas não se pode aceitar que a isso fossem levados pelos noticiários de televisão, como qualquer pessoa com o mínimo de neurônios ativos podia claramente perceber. Ou incitados por um programa de televisão, cuja apresentadora ensinava a redigir cartazes "contra a corrupção". Com tais estímulos, foi impossível que os mais sensatos deles impedissem o início de depredação do Itamaraty e o apedrejamento da Catedral de Brasília. Fatos como esses também ocorreram em outras cidades brasileiras, entre elas São Paulo e Rio. Só diante da força policial, parcelas enfurecidas de manifestantes se renderam. A quem interessa a radicalização? Não interessa ao povo trabalhador deste país, que está conseguindo, pouco a pouco, cobrar da sociedade o que é de seu direito: educação, respeito social e empregos. E, como é a esperança, e não o desespero, que faz as revoluções, seria natural que o povo exigisse mais, em busca de sua plena emancipação histórica. Infelizmente não é ao povo brasileiro - a não ser pela reflexão que elas sugerem - que estes excessos favorecem. Eles servem, na realidade, aos seus inimigos. Aos que consideram descartáveis da sociedade nacional os que tiveram negado o acesso à educação, e à posse daquele mínimo de bens "indispensáveis ao exercício da virtude", conforme Santo Tomás de Aquino. E aos que qualificam como incentivo à preguiça a ajuda que os mais necessitados recebem do Estado, por meio do Bolsa Família e do Pro-Uni, entre outros programas. A radicalização serve a alguns banqueiros insaciáveis, atingidos pela redução das taxas de juros; aos que especulam com o preço dos cereais e promovem a sua falta no varejo; às empresas multinacionais que se financiam no BNDES, e remetem bilhões de dólares de lucros ao exterior, sem reinvestir o necessário para o desenvolvimento nacional. Ao avançar contra o Itamaraty, os extremistas se disseram contrários ao sentimento de soberania do país; em São Paulo, ao incendiar a bandeira nacional, e ao gritar que "o nacionalismo é imbecil", robusteceram a suspeita de que provocadores estrangeiros infiltraram-se no movimento. Repetiram-se cenas conhecidas, desde a derrubada de Mossadegh, no Irã, em 1953 e ocorridas entre nós dez anos depois. E foram além, ao apedrejar a Catedral de Brasília. Queriam atingir Deus, ou o arquiteto que concebeu o templo? É notório que o governo – que nisso tem sua parcela de culpa – está sendo acossado pelas maiores empreiteiras do país, como é o caso da Delta, uma aventura insuflada pelo governo do Rio de Janeiro. E como é o de Eike Batista, que, em pleno desmonte de seus negócios, ainda conseguiu associar-se a outra empresa, a fim de obter a concessão do Maracanã. Ora, daqui a um ano e meses o povo brasileiro irá às urnas e elegerá seu novo presidente. Por que não respeitar o sistema democrático? Os insatisfeitos com o governo poderão escolher outro. A radicalização tem beneficiado, como mostra a História, a direita golpista. Foi assim que, em 1963 e em 1964, as senhoras ricas de São Paulo, bem postas em sua elegância, saíram às ruas, insufladas por agentes estrangeiros, como o famoso padre Peyton, um sacerdote de espetáculo, pároco de Hollywood, e a serviço da C.I.A. Elas estavam preocupadas em preservar a família, contra os "os comunistas ateus". O resultado nós o conhecemos. <<>> As fotos exibidas são de nossa responsabilidade e não constam da matéria original,transcrita do Jornal do Brasil Também do 007BONDeblog. | ||
O MPL deu uma aula de sabedoria política ao se recolher em SP Posted: 22 Jun 2013 11:22 AM PDT Ficou a mensagem de que o Brasil precisa de mais do que o viciado mundo político que está aí.
Os garotos do MPL de São Paulo deram uma aula de sabedoria política ao decidir encerrar os protestos. A agenda progressista deles tinha sido tomada por grupos conservadores com motivações opostas aos ideais igualitários do movimento. Isso ficou dramaticamente exposto ontem na avenida Paulista. Extremistas de direita se comportaram como se fossem os responsáveis por uma mobilização da qual eles tentavam ser apenas usurpadores. O MPL estava sendo claramente usado, e ao se recolher isso acaba. Os conservadores não têm capacidade aglutinadora nenhuma, e isso quer dizer que, para eles, a festa acabou. A maturidade da garotada do MPL contrasta com a precipitação desastrada de Rui Falcão, presidente do PT, ao convocar os militantes para sair às ruas ontem na assim chamada "Onda Verde". Poderia ter havido uma tragédia em São Paulo, como ficou claro. O próprio RF aparentemente reconheceu o mau passo ao retirar o tuíte no qual fizera a convocação inoportuna. Pela força de São Paulo, é presumível que a calma se espalhe pelo país a partir de agora. Ficou a lição de que a política brasileira, tal como está empacotada hoje, é amplamente rejeitada por uma parcela expressiva da sociedade – sobretudo entre os jovens. O Brasil progressista está cansado de pactos que inibem avanços sociais – Lula e Maluf, Dilma e ruralistas, Afif no governo paulista e ao mesmo tempo no gabinete presidencial etc. O Brasil progressista não quer aturar a vida toda Sarneys, Delfins. E deseja outro tratamento para brasileiros desprotegidos, como os indígenas e os moradores de ajuntamentos como Pinheirinho. Que o governo fez pelas comunidades removidas para obras da Copa do Mundo? Esse tipo de política se esgotou – e não adianta o PT percorrer o país em festas autocongratulatórias para comemorar conquistas que são muito mais imaginárias que reais, como se vê em todos os levantamentos internacionais que comparam índices de desenvolvimento social. O país quer mais do que o PT tem dado em termos sociais. Se o PT não for capaz de fazer mais, estará aberto um espaço formidável para quem fizer o que as ruas demandaram estes dias todos. Essa é a mensagem principal do MPL de São Paulo. Paulo NogueiraNo DCM | ||
Posted: 22 Jun 2013 11:16 AM PDT Líderes mostram maturidade e condenam o radicalismo dos que tentam pela força impor sua opinião durante as manifestações Movimento Passe Livre anuncia que não convocará mais protestos em São Paulo 21/06/2013 Fernanda Cruz Repórter da Agência Brasil São Paulo – Os militantes do Movimento Passe Livre (MPL) anunciaram que não vão mais promover protestos na capital paulista. O MPL vinha organizando os atos pela revogação do aumento da tarifa do transporte público na capital paulista desde o dia 6, reivindicação atendida pelos governos estadual e municipal na última quarta-feira (19). Na manifestação de ontem (20), convocada pelo movimento para comemorar a redução das passagens, houve interferência de grupos trazendo "pautas conservadoras", como definiu Douglas Belome, militante do MPL. Segundo ele, manifestantes com reivindicações como a redução da maioridade penal fizeram o Passe Livre, que existe desde 2005, desistir dos atos de rua na cidade de São Paulo. Belome declarou que a luta do MPL é exclusivamente pelo transporte público e que a bandeira do movimento é a implementação da tarifa zero. Embora não rejeite outras pautas durante o protesto, o MPL apoia apenas movimentos que condizem com as suas diretrizes. "Apoiamos movimentos sociais que lutem por uma sociedade mais justa e igualitária", disse Belome. O militante relata que a presença de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) durante a manifestação de ontem acabou atrapalhando, pois houve hostilidade de participantes de outros partidos ou dos que pediam a ausência de partidos políticos no ato. Em nota, o movimento disse que repudia os atos de hostilidade. "O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos". O Passe Livre informou que vai continuar com suas atividades pela implementação da tarifa zero, colhendo assinaturas para um projeto de lei sobre o assunto. Nota do Blog - Os vídeos inseridos são do Programa Roda Viva e não fazem parte do texto / matéria original da EBC. Edição: Davi Oliveira Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil | ||
Pra quem culpa a presidenta Dilma Posted: 22 Jun 2013 11:06 AM PDT Algumas informações para quem ainda acha que tudo que acontece no país é culpa do presidente 1) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO VETA EMENDA CONSTITUCIONAL. Sendo assim, não é para a Dilma que vocês têm que pedir a não aprovação da PEC 37 (ah, para quem não sabe, PEC significa Proposta de Emenda Constitucional), mas, sim, ao Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal). 2) PRESIDENTE DA REPÚBLICA NÃO TEM O PODER DE DETERMINAR A PRISÃO DE NINGUÉM (ainda bem, né?!). Por esse motivo, caso vocês queiram ver os mensaleiros na cadeia, terão que pedir isso ao idolatrado Ministro Joaquim Barbosa, pois é o Poder Judiciário (no caso dos mensaleiros, o STF) que tem competência para fazê-lo. 3) NÃO É O PRESIDENTE DA REPÚBLICA QUE ELEGE O PRESIDENTE DO SENADO. É o próprio Senado que escolhe o seu presidente. Assim, a Dilma não pode chegar lá no Senado e gritar: "Fora, Renan Calheiros". 4) TRANSPORTE PÚBLICO MUNICIPAL É DA COMPETÊNCIA (ADIVINHEM!) DOS MUNICÍPIOS. Então, a pessoa mais indicada para resolver esse problema, a princípio, é o prefeito de cada cidade, e não a Dilma. 5) TAMBÉM NÃO É ATRIBUIÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA INSTAURAR CPI. Quem instaura CPI é o Poder Legislativo (no âmbito federal, a Câmara dos Deputados e/ou o Senado Federal). Do Blog DESABAFO BRASIL. | ||
Posted: 22 Jun 2013 11:02 AM PDT Após o processo desgastante das últimas semanas, a vontade era de escrever um texto pregando o apaziguamento dos ânimos, sobretudo após a onda de quase linchamentos contra o Partido dos Trabalhadores que eclodiu no seio das manifestações por todo o país, com agressão de militantes do partido e queima de seus símbolos em praça pública. Infelizmente, não é possível. Durante esse processo nefasto que se abateu sobre o país, este blogueiro se impôs uma missão: dizer o que precisava ser dito e que ninguém que tem um pouco menos de invisibilidade estava disposto a dizer. E não abandonar o contingente de pessoas que discorda dessa farsa que embriagou a nação e que, agora, a deixou de ressaca. Quando vi os líderes do Movimento Passe Livre no Jornal Nacional dizendo que a causa da tragédia que desencadearam no país sempre foi a redução das tarifas, que a PEC 37 e mais um monte de "causas" que anunciaram nunca foram seu objetivo e que, uma vez alcançado esse objetivo, não havia mais por que convocar manifestações, tive certeza da falta de seriedade deles. Durante as duas semanas sombrias em que, ao menos por omissão, esse grupo espalhou medo, sofrimento, ódio, destruição, violência e mortes, ele repetiu à exaustão que "Não é por R$ 0,20". Os mesmos líderes que agora dizem que tudo foi, sim, por vinte centavos, apresentaram antes uma extensa pauta de reivindicações que os manteria na rua por muito tempo. Tanto é que o tal movimento indicava continuidade das manifestações mesmo após a redução das tarifas em São Paulo e no Rio de Janeiro que aquela mocinha que tem aparecido mais na mídia falando em seu nome afirmou, em entrevistas televisionadas, que a mobilização de rua continuaria por várias razões, entre as quais impedir que os militantes que foram presos fossem processados criminalmente. O terror que eclodiu pelo país entre o fim da noite de quinta-feira (20) e a madrugada de sexta (21), porém, parece ter assustado as lideranças, que recuaram do mote "Não é por R$ 0,20" e que, agora, anunciavam que não convocariam mais novas manifestações. Porém, a falta de rumo e de seriedade dessa meninada se faz notar de novo. Confira logo abaixo, leitor, trecho de matéria de capa da Folha de São Paulo de sábado, 22 de junho, em que o tal MPL recua do recuo: "O MPL (Movimento Passe Livre) anunciou na manhã de ontem a suspensão, por tempo indeterminado, de novos atos na cidade de São Paulo depois da proliferação de protestos violentos pelo país. No final da noite, entretanto, o movimento recuou e divulgou nota afirmando que os atos vão continuar na cidade" Essa molecagem (no sentido estrito da palavra) já causou uma legítima tragédia no país. Uma tragédia ampla.O saldo parcial de tudo isso são 137 feridos, 3 deles em estado grave, duas mortes, prejuízos –só ao comércio, pois ao patrimônio público ainda não foi mensurado – que já somam meio bilhão de reais (segundo a Globo News), disparada do dólar, queda das bolsas e um clima de incerteza no país que por certo afetará os investimentos, que estavam em alta. Isso sem falar na imagem internacional do Brasil, que, antes positiva, transformou-se em péssima. O pior mesmo, porém, parece ser o nível de insensibilidade que domina hoje a sociedade brasileira. É assustador. Os telejornais se estenderam muito além da duração normal nesses últimos dias, gastando tempo sem fim para afirmar que foi um "grupo pequeno" que causou tudo isso que vai expresso no parágrafo anterior. Obviamente que satisfeitíssimos pela possibilidade de desgastarem o governo ao qual se opõem, esses noticiários exaltaram a tragédia até perderem o fôlego. Nenhum veículo, porém, gastou mais do que alguns segundos com as duas vítimas fatais desse processo. Marcos Delefrate, manifestante do Movimento Passe Livre, de 18 anos, morreu por atropelamento durante protesto em Ribeirão Preto (SP). Contudo, morreu por ter se arriscado a participar de protestos que todos sabiam que poderiam descambar para a violência. Fez uma escolha e pagou por ela. Pior, porém, foi Cleonice Vieira de Moraes, gari, de 54 anos, que morreu em Belém (PA) após ter inalado gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Militar. Cleonice trabalhava na limpeza noturna da prefeitura da cidade, que foi atacada por manifestantes. A polícia explodiu bombas de gás para dispersá-los, ela inalou, passou mal e teve uma parada cardíaca. Essas baixas trágicas se tornaram apenas "efeitos colaterais" de um processo insano, sem rumo, sem causa específica. Mortes, ferimentos graves que resultaram até em mutilações horrorosas não interessam a ninguém. Cleonice e Marcos viraram números frios. Em que esta sociedade se converteu? Enfim viramos robôs. Máquinas desprovidas de sentimentos, de civilidade, de qualquer traço de humanidade. Nesse aspecto, a foto que encima este texto comprova isso. O caos em que se converteram as urbes brasileiras virou uma imensa "balada" para a qual hordas de jovens de classe média combinavam de ir através de troca de torpedos entre seus Iphones de última geração. O casal que se deixa fotografar em meio à barbárie parece estar se divertindo muito, enquanto a maioria silenciosa e trabalhadora amargava nos pontos de ônibus, sabendo que chegaria em casa quase na hora de retornar ao trabalho. Porém, a oportuna pesquisa que o instituto Datafolha realizou entre os manifestantes sobre intenção de voto para presidente da República e que deixou Dilma Rousseff em terceiro lugar e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, disparado na frente, em primeiro, mostra que esse movimento que convulsionou e pisoteou o país não representa a grande maioria da sociedade. Segundo a pesquisa, o perfil dos manifestantes mostra que a maioria é composta por homens (61%) e tem nível superior (78%). Precisa dizer mais alguma coisa? Na opinião deste Blog, militantes da oposição à direita e à esquerda do governo Dilma Rousseff estão comemorando cedo demais. Pode ter havido algum prejuízo à imagem da presidente? Talvez, mas, possivelmente, muito pequeno. E, se bobear, em vez de prejuízo pode até ter havido ganho após o excelente pronunciamento dela na sexta-feira. Pouca gente tem coragem de dizer, mas minha percepção – igual à que tinha quando escrevi que esse movimento iria levar à tragédia a que levou – é a de que a maioria silenciosa, que amargou duas semanas de sofrimento passando as noites se escondendo dos manifestantes em vez de ir pra casa descansar após a jornada de trabalho, está farta desse circo. Do Blog da Cidadania. | ||
Posted: 22 Jun 2013 10:58 AM PDT A crise do apagão foi uma crise nacional ocorrida no Brasil, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica. Ocorreu em 1 de julho de 2001 e 27 de setembro de 2002. Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) publicada em 15 de julho de 2009 mostrou que o apagão elétrico gerou um prejuízo ao Tesouro de R$ 45,2 bilhões. Após toda uma década sem investimentos na geração e distribuição de energia elétrica no Brasil, um racionamento de energia foi elaborado às pressas, na passagem de 2000 para 2001. O governo FHC foi surpreendido pela necessidade urgente de cortar em 20% o consumo de eletricidade. Estipulou benefícios aos consumidores, que não se realizaram, com apoio total da imprensa corrupta brasileira que cumprissem a meta e punições para quem não conseguisse reduzir seu consumo de luz. Do Blog APOSENTADO INVOCADO. | ||
Enquanto isso em Belo Horizonte MG (BH)... Posted: 22 Jun 2013 10:55 AM PDT | ||
A direita também disputa ruas e urnas Posted: 22 Jun 2013 10:49 AM PDT Quem militou ou estudou os acontecimentos anteriores ao golpe de 1964 sabe muito bem que a direita é capaz de combinar todas as formas de luta. Conhece, também, a diferença entre "organizações sociais" e "movimentos sociais", sendo que os movimentos muitas vezes podem ser explosivos e espontâneos. Já a geração que cresceu com o Partido dos Trabalhadores acostumou-se a outra situação. Nos anos 1980 e 1990, a esquerda ganhava nas ruas, enquanto a direita vencia nas urnas. E a partir de 2002, a esquerda passou a ganhar nas urnas, chegando muitas vezes a deixar as ruas para a oposição de esquerda. A direita, no dizer de alguns, estaria "sem programa", "sem rumo", controlando "apenas" o PIG, que já não seria mais capaz de controlar a "opinião pública", apenas a "opinião publicada". Era como se tivéssemos todo o tempo do mundo para resolver os problemas que vinham se acumulando: alterações geracionais e sociológicas, crescimento do conservadorismo ideológico, crescente perda de vínculos entre a esquerda e as massas, ampliação do descontentamento com ações (e com falta de ações) por parte dos nossos governos, decaimento do PT à vala comum dos partidos tradicionais etc. Apesar destes problemas, o discurso dominante na esquerda brasileira era, até ontem, de dois tipos. Por um lado, no petismo e aliados, o contentamento com nossas realizações passadas e presentes, acompanhada do reconhecimento mais ou menos ritual de que "precisamos mais" e de que "precisamos mudar práticas". Por outro lado, na esquerda oposicionista (PSOL, PSTU e outros), a crítica aos limites do petismo, acompanhada da crença de que através da luta política e social, seria possível derrotar o PT e, no lugar, colocar uma "esquerda mais de esquerda". As manifestações populares ocorridas nos últimos dias, especialmente as de ontem, atropelaram estas e outras interpretações. Primeiro, reafirmaram que os movimentos sociais existem, mas que eles podem ser espontâneos. E que os autoproclamados "movimentos sociais", assim como os partidos "populares", não conseguem reunir, nem tampouco dirigir, uma mínima fração das centenas de milhares de pessoas dispostas a sair ás ruas, para manifestar-se. Em segundo lugar, mostraram que a direita sabe disputar as ruas, como parte de uma estratégia que hoje ainda pretende nos derrotar nas urnas. Mas que sempre pode evoluir em outras direções. Frente a esta nova situação, qual deve ser a atitude do conjunto da esquerda brasileira, especialmente a nossa, que somos do Partido dos Trabalhadores? Em primeiro lugar, não confundir focinho de porco com tomada. As manifestações das últimas semanas não são "de direita" ou "fascistas". Se isto fosse verdade, estaríamos realmente em péssimos lençóis. As manifestações (ainda) são expressão de uma insatisfação social difusa e profunda, especialmente da juventude urbana. Não são predominantemente manifestações da chamada classe média conservadora, tampouco são manifestações da classe trabalhadora clássica. A forma das manifestações corresponde a esta base social e geracional: são como um mural do facebook, onde cada qual posta o que quer. E tem todos os limites políticos e organizativos de uma geração que cresceu num momento "estranho" da história do Brasil, em que a classe dominante continua hegemonizando a sociedade, enquanto a esquerda aparentemente hegemoniza a política. A insatisfação expressa pelas manifestações tem dois focos: as políticas públicas e o sistema político. As políticas públicas demandadas coincidem com o programa histórico do PT e da esquerda. E a crítica ao sistema político dialoga com os motivos pelos quais defendemos a reforma política. Por isto, muita gente no PT e na esquerda acreditava que seria fácil aproximar-se, participar e disputar a manifestação. Alguns, até, sonhavam em dirigir. Acontece que, por sermos o principal partido do país, por conta da ação do consórcio direita/mídia, pelos erros politicos acumulados ao longo dos últimos dez anos, o PT se converteu em símbolo principal do sistema político condenado pelas manifestações. Esta condição foi reforçada, nos últimos dias, pela atitude desastrosa de duas lideranças do PT: o ministro da Justiça, Cardozo, que ofereceu a ajuda de tropas federais para o governador tucano "lidar" com as manifestações; e o prefeito Haddad, que nem na entrada nem na saída teve o bom senso de diferenciar-se do governador. O foco no PT, aliado ao caráter progressista das demandas por políticas públicas, fez com que parte da oposição de esquerda acredita-se que seria possível cavalgar as manifestações. Ledo engano. Como vimos, a rejeição ao PT se estendeu ao conjunto dos partidos e organizações da esquerda político-social. Mostrando a ilusão dos que pensam que, através da luta social (ou da disputa elietoral) seriam capazes de derrotar o PT e colocar algo mais à esquerda no lugar. A verdade é que ou o PT se recicla, gira à esquerda, aprofunda as mudanças no país; ou toda a esquerda será atraída ao fundo. E isto inclui os que saíram do PT, e também os que nos últimos anos flertaram abertamente com o discurso anti-partido e com o nacionalismo. Vale lembrar que a tentativa de impedir a presença de bandeiras partidárias em mobilizações sociais não começou agora. O rechaço ao sistema político, à corrupção, aos partidos em geral e ao PT em particular não significa, entretanto, que as manifestações são da direita. Significa algo ao mesmo tempo melhor e pior: o senso comum saiu às ruas. O que inclui o uso que vem sendo dado nas manifestações aos símbolos nacionais. Este senso comum, construído ao longo dos últimos anos, em parte por omissão e em parte por ação nossa, abre enorme espaço para a direita. Mas, ao mesmo tempo, à medida que este senso comum participa abertamente da disputa política, cria-se condições melhores para que possamos disputá-lo. Hoje, o consórcio direita/mídia está ganhando a disputa pelo pauta das manifestações. Além disso, há uma operação articulada de participação da direita, seja através da presença de manifestantes, seja através da difusão de determinadas palavras de ordem, seja através da ação de grupos paramilitares. Mas a direita tem dificuldades para ser consequente nesta disputa. O sistema político brasileiro é controlado pela direita, não pela esquerda. E as bandeiras sociais que aparecem nas manifestações exigem, pelo menos, uma grande reforma tributária, além de menos dinheiro público para banqueiros e grandes empresários. É por isto que a direita tem pressa em mudar a pauta das manifestações, em direção a Dilma e ao PT. O problema é que esta politização de direita pode esvaziar o caráter espontâneo e a legitimidade do movimento; além de produzir um efeito convocatória sobre as bases sociais do lulismo, do petismo e da esquerda brasileira. Por isto, é fundamental que o PT e o conjunto da esquerda disputem o espaço das ruas, e disputem corações e mentes dos manifestantes e dos setores sociais por eles representados. Não podemos abandonar as ruas, não podemos deixar de disputar estes setores. Para vencer esta disputa teremos que combinar ação de governo, ação militante na rua, comunicação de massas e reconstruir a unidade da esquerda. A premissa, claro, é que nossos governos adotem medidas imediatas que respondam às demandas reais por mais e melhores políticas públicas. Sem isto, não teremos a menor chance de vencer. Não basta dizer o que já fizemos. É preciso dar conta do que falta fazer. E, principalmente, explicar didaticamente, politicamente, as ações do governo. Marcando a diferença programática, simbólica, política, entre a ação de governo de nosso partido e os demais. O anúncio conjunto (Alckmin/Haddad) de redução da tarifa e a oferta da força pública feita por Cardozo a Alckmin são exemplos do que não pode se repetir. Para não falar das atitudes conservadoras contra os povos indígenas, da atitude complacente com setores conservadores e de direita, dos argumentos conservadores que alguns adotam para defender as obras da Copa e as hidroelétricas etc. Para dialogar com o sentimento difuso de insatisfação revelado pelas mobilizações, não bastam medidas de governo. Talvez tenha chegado a hora, como algumas pessoas têm sugerido, de divulgarmos uma nova "carta aos brasileiros e brasileiras". Só que desta vez, uma carta em favor das reformas de base, das reformas estruturais. Quanto a nossa ação de rua, devemos ter presença organizada e massiva nas manifestações que venham a ocorrer. Isto significa milhares de militantes de esquerda, com um adequado serviço de ordem, para proteger nossa militância dos para-militares da direita. É preciso diferenciar as manifestações de massa das ações que a direita faz dentro dos atos de massa. E a depender da evolução da conjuntura, nos caberá convocar grandes atos próprios da esquerda político-social. Independente da forma, o fundamental, como já dissemos, que a esquerda não perca a batalha pelas ruas. Quanto a batalha da comunicação, novamente cabe ao governo um papel insubstituível. No atual estágio de mobilização e conflito, não basta contratacar a direitas nas redes sociais; é preciso enfrentar o que dizem os monopólios nas televisões e rádios. O governo precisa entender que sua postura frente ao tema precisa ser alterada já. Em resumo: trata-se de combinar ruas e urnas, mudando a estratégia e a conduta geral do PT e da esquerda. Não há como deslocar a correlação de forças no país, sem luta social. A direita sabe disto tanto quanto nós. A direita quer ocupar as ruas. Não podemos permitir isto. E, ao mesmo tempo, não podemos deixar de mobilizar. Se não tivermos êxito nesta operação, perderemos a batalha das ruas hoje e a das urnas ano que vem. Mas, se tivermos êxito, poderemos colher aquilo que o direitista Reinaldo Azevedo aponta como risco (para a direita) num texto divulgado recentemente por ele, cujo primeiro parágrafo afirma o seguinte: "o movimento que está nas ruas provocará uma reciclagem do PT pela esquerda, poderá tornar o resultado das urnas ainda mais inóspito para a direita". Num resumo: a saída para esta situação existe. Pela esquerda. Valter Pomar, dirigente nacional do PT e Secretário Executivo do Foro de São Paulo. Marcadores: Manifestação, PT Do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||
Posted: 22 Jun 2013 11:34 AM PDT Em novembro de 2012 foi à votação na Câmara um projeto de lei que determinaria que 100% dos royalties do petróleo seriam destinados à educação. Esse projeto foi derrotado por apenas nove votos, 220 a 211. Todos os deputados do PT votaram pelos 100% para a educação. 24 deputados do PSDB votaram contra. Se tivessem votado a favor, o Brasil garantiria hoje que 100% dos royalties do petróleo seriam investidos em educação. Portanto, quando você ouvir da boca de Aécio, Serra, FHC sobre a importância da educação, saiba que eles estão mentindo. Se eles votassem a favor do projeto, a totalidade dos recursos do petróleo iria, por força de lei, para a educação. Mas eles votaram Não. [Fonte, com partidos e nomes dos deputados que votaram contra a educação] Do BLOG DO MELLO. | ||
Jovens confiam mais na Dilma que na Justiça Posted: 22 Jun 2013 08:24 AM PDT 37% usam transporte público sistematicamente. O Conversa Afiada publica pesquisa do respeitado Data Popular sobre os jovens: Pesquisa DATA POPULAR O novo poder jovem Com 42,1 milhões de eleitores, que representam 33% do total, os jovens brasileiros (de 18 a 30 anos) confiam mais em si mesmos do que no Estado para garantir um futuro melhor. Público principal da série de manifestações que estão acontecendo em diversas cidades do país, eles começam a chamar a atenção de governos, políticos e mídia. Instituições e serviços públicos Falta de credibilidade das instituições – · 35% não confiam na Presidência · 59% não confiam na Justiça · 75% não confiam nos Parlamentares Nota média de avaliação para as três esferas do poder executivo – · Presidência: 6,94 · Governo Estadual: 5,26 · Prefeitura: 5,00 Nota média de avaliação para os serviços públicos – Educação pública: 5,24 Transporte público: 4,38 Saúde pública: 4,05 Segurança pública: 3,94 Principal responsável por melhorar – Educação – Estado: 64%; População: 34%; Ambos: 2% Saúde – Estado: 73%; População: 26%; Ambos: 1% Transporte público Utilização de transporte público – 63% utilizou pelo menos uma vez transporte público no último mês Frequência de utilização nos últimos 30 dias – 37% não utilizou 6% uma vez no mês 5% duas vezes no mês 6% uma vez por semana 37% de duas a seis vezes por semana 9% todos os dias do mês Nota para o transporte público entre quem o utiliza – Capitais e Regiões Metropolitanas: 4,08 Cidades do Interior: 5,15 Democracia e Protagonismo social Os jovens se sentem protagonistas do próprio destino. Ainda assim, eles acreditam no poder do seu voto como ferramenta para mudar o país. 65% concordam que o voto pode melhorar a política brasileira 21% discordam 14% não têm opinião formada Qual o principal fator que contribui para a sua vida melhorar 53% meu próprio esforço 31% Deus 11% Minha família 2% Governo 1% Sorte 1% Meu patrão 1% Não sabe Perfil Sociodemográfico Estado Civil – Solteiros: 78%; Casados: 20%; Separados: 2% Entre as mulheres, tiveram filho – Sim: 46%; Não: 54% Escolaridade – Sem instrução: 5%; Fundamental incompleto: 16%; Fundamental completo: 10%; Médio incompleto: 12%; Médio Completo: 39%; Superior incompleto: 10%; Superior completo: 8% Trabalham – Sim: 67%; Não: 33% Para a pesquisa foram ouvidas 1.502 pessoas de cem cidades brasileiras em maio de 2013. Sabrinah Giampá e Wanderson Flávio Cunha Assessoria de Comunicação do Instituto Data Popular | ||
Posted: 22 Jun 2013 08:21 AM PDT O Golpe armado contra as instituições e contra as forças populares acabou como começou: pela TV. Começou bonito, enfeitado que nem moça em dia de feira com a verdadeira manifestação da turma do MPL mas logo juntaram-se os gritos histéricos da velha e mal-amada Direita burra: - "Sem Partidos!". Isso me lembra a piada do menino na bicicleta: - "Olha mamãe, agora sem as mãos..." e acaba sem os dentes também. Foi assim, os golpistas incompetentes acabaram sem os caninos que estavam afiados para trinchar a democracia. Sem as presas e sem foco, sem interlocutores, sem organização, apenas o ódio contra as conquista sociais dos últimos anos foram televisionados em high definition para todo o Brasil. Aos indignados enrolados pela mídia golpista que há anos vem batendo na tecla da corrupção e da ineficácia do Congresso e da classe política - este o caminho para uma liderança fascista - juntou-se a estéril Oposição de sempre. Arrastou com ela a massa de lumpesinato que lhes sobrou, como diz Marx, seus fiéis seguidores ideológicos: baderneiros e vândalos. E sempre televisionada a "revolução" mostrou sua face: uma máscara no lugar de rosto. Deixou de ser "revolução" e mostrou o Golpe. A máscara da violência. Da antidemocracia, do vandalismo, da falta de perspectiva outra que não fosse quebrar, bater, quebrar, bater... E a Sociedade brasileira pôde ver pela televisão a verdadeira face dos que gritavam contra tudo e todos. Pessoalmente eu vi um playboyzinho que tinha um cartaz: - "Por menos ar no saquinho de batatas fritas". Televisionada acabou quando o MPL veio à tela dizer que sua luta era pelas tarifas e estavam vitoriosos. Que desautorizavam os fascistas com seus gritos de "sem partido" e e não convocariam mais manifestações. Acabou quando a baderna indignou e ameaçou toda a Sociedade brasileira. E acabou quando a Presidenta também televisionada chamou à seriedade os Três Poderes da República, os manifestantes e todo o povo brasileiro. "Sou Presidenta de todos os brasileiros" disse ela, como quem dissesse: "Se há uma revolução saibam que esta passa por mim antes de mais nada." O resto foi armação golpista. E acabou como começou: televisionada. |
You are subscribed to email updates from BLOG DO SARAIVA To stop receiving these emails, you may unsubscribe now. | Email delivery powered by Google |
Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610 |
Francisco Almeida