sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 05 Oct 2012 03:27 PM PDT

Do Brasil247 - 5/10/20125 de Outubro de 2012 às 14:21 
Edição/247:

Levantamento feito pelo partido registra um cenário cada vez mais imprevisível na reta final das eleições; os três principais candidatos, Celso Russomano (PRB), Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), aparecem com 22% das intenções de voto; se antes a dúvida era sobre quem seria o adversário de Russomano, já garantido no segundo turno, agora nem isso é possível prever


247 – De acordo com o último tracking do PT, o cenário da disputa para a Prefeitura de São Paulo se mostra ainda mais indefinido. Os três principais candidatos, Celso Russomano (PRB), Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), registram 22% das intenções de voto, mostra o mais recente levantamento feito pelo partido.

Se antes era aguardada apenas a decisão de quem seria o adversário de Russomano, sempre líder isolado e portanto já garantido no segundo turno das eleições, agora nem isso é possível prever. O candidato do PRB tem tido uma queda brusca nas últimas pesquisas. Segundo o Datafolha, ele perdeu 10 pontos na reta final, de 35% para 25%.

Enquanto isso, Fernando Haddad, que se vê embolado ao lado de Serra – segundo o Ibope, os dois têm empate técnico e, no último Datafolha, o tucano se deslocou com uma diferença de cinco pontos do petista – mostra crescimento. Nesta quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse acreditar em vitória do PT ainda no primeiro turno.

"Estamos vendo o Russomano se desintegrando numa queda vertiginosa e é possível que ele seja ultrapassado pelo Haddad", disse o deputado federal Paulo Teixeira (PT), que se reuniu ontem com Lula. Teixeira disse que os petistas até torcem para que haja um embate entre Haddad e Serra no segundo turno, mas que "o que está claro para o Lula e para nós todos é que o Haddad estará no segundo turno".

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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 05 Oct 2012 03:23 PM PDT

Do Blog do Miro - 5/10/2012
 

Por Altamiro Borges


A Folha tucana noticia hoje que a abrupta queda nas pesquisas registrada nos últimos dias "abriu uma crise no comando da campanha de Celso Russomanno (PRB) à prefeitura de São Paulo. Às vésperas da eleição, o partido do candidato e seu principal aliado, o PTB, divergem sobre a estratégia na reta final. O comando da campanha sofrerá intervenção na segunda-feira caso Russomanno passe para o segundo turno". Pelo visto, a hemorragia de votos do "azarão" é violenta e ele corre o sério risco de morrer novamente na praia.



Em duas semanas, o candidato "laranja", que não tem história nem programa de governo, perdeu dez pontos percentuais, caindo de 35% para 25% das intenções de voto. As sondagens internas dos partidos, os tais trackings, já apontam que ele beira os 20%, empatado com o petista Fernando Haddad e o tucano José Serra. No desespero, o comando da sua campanha entrou em parafuso. O principal alvo das críticas é o marqueteiro Ricardo Bérgamo, mas também há fortes tensões entre os dois partidos coligados.

"O presidente estadual do PTB, Campos Machado, defendeu abertamente a troca de Bérgamo pelo publicitário Agnelo Pacheco. A intervenção irritou o candidato. Aliados de Russomanno reclamaram da atuação dos petebistas, que sugerem mudanças na agenda e escalaram um 'time de notáveis' para criar um programa de governo, principal fonte de críticas ao candidato. Petebistas se queixam, por sua vez, da defesa do candidato feita pelo bispo Edir Macedo num momento em que a sua vinculação com a Igreja Universal do Reino de Deus é alvo de contestação", relata a Folha.

Haddad é o maior beneficiário da hemorragia

Ainda não é certo para onde migram os votos do candidato do PRB. Uma primeira hipótese é de que eles alavancaram a candidatura de Gabriel Chalita (PMDB), que também cresceu nas últimas sondagens e embaralhou ainda mais o quadro da disputa. Mas a pesquisa do Datafolha mostra que "Haddad é primeira opção de eleitor volátil de Russomanno". Dos 26% dos eleitores do "azarão" que dizem que ainda podem trocar de candidato, 31% afirmam que, se mudar, tendem a votar em Fernando Haddad.

Atrás do petista, aparecem empatados Serra e Chalita – cada um teria 17% dos votos que eventualmente podem deixar de ir para Celso Russomanno. Não é para menos que a campanha de Fernando Haddad resolveu intensificar as críticas ao candidato do PRB. No último dia de propaganda na rádio e tevê, ela exigiu uma inserção ligando Russomanno à "máfia dos fiscais" do ex-prefeito Celso Pitta (1997-2000), que cobrava propinas de comerciantes e construtoras. "É, Russomanno, a verdade sempre aparece. Ainda bem que, desta vez, foi antes da eleição", provoca o comercial.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 05 Oct 2012 03:18 PM PDT




O povo de São Paulo convive diariamente com problemas ligados à falta de prioridade para melhorar a vida dos mais pobres. Diante disso, é preciso reagir. É preciso mudar. E a mudança começa por derrotar as candidaturas que defendem os interesses da elite, dos que tiram vantagem do sofrimento dos mais pobres.
No dia 7 de outubro, o paulistano irá às urnas escolher o novo prefeito e seus vereadores. Para contribuir com o debate, o Brasil de Fato traz, nesta edição especial, reportagens sobre os problemas e desafios que o próximo prefeito terá de enfrentar.
A educação de má qualidade e a falta de vagas nas creches, no ensino médio e nas escolas técnicas não são problemas de todos, mas de quem não pode pagar. As grandes dificuldades na área da saúde também são diferentes para quem pode pagar um plano privado e para quem tem de esperar meses e meses para fazer um simples exame.
A falta de programas de moradia favorece a especulação imobiliária, que faz com que a população tenha de morar cada vez mais longe em busca de aluguéis mais baixos ou tenha de comprometer grande parte do seu salário pagando caro pelo aluguel.
O histórico problema da falta de transporte público de qualidade estimula a compra de mais carros, o que causa enormes congestionamentos. Isso é agravado por um modelo de organização urbana que jogou os pobres para os bairros distantes e concentrou o emprego no centro expandido.
A cidade conhecida como "coração econômico" do país, que tem um orçamento anual maior do que todos os outros estados, é um território de desigualdade social. Na mesma cidade moram milhões de pobres e as famílias mais ricas do país, donas dos bancos e das grandes empresas, que ignoram a realidade do povo. As saídas para os problemas que atingem a maioria da população não virão dos ricos.
É preciso mudar
As forças políticas que sustentam as candidaturas de José Serra (PSDB) e Celso Russomano (PRB) representam os setores que não querem essa mudança. Por isso, vendem o que não têm. Não podem dar o que o povo de São Paulo precisa: mudar a política da cidade.
Serra é o candidato das forças políticas que aplicaram o neoliberalismo no Brasil, gerando desemprego, privatizações, baixos salários e aumento das desigualdades sociais.
Russomano é um velho conhecido, aparece como popular por ter origem em um programa de televisão, mas tem propostas soltas, vagas e isoladas. Tem como principal proposta o fortalecimento do aparato repressivo. Ou seja, está longe de querer enfrentar as causas dos problemas do povo.
A população precisa de uma prefeitura que enfrente as questões que aparecem no dia a dia. Para isso, não basta eleger um "síndico de prédio" aventureiro. É preciso resolver os problemas olhando para frente, com planejamento de médio e longo prazo para construir uma cidade que corresponda às necessidades de sua população.
Os problemas dos trabalhadores e trabalhadoras, dos pequenos comerciantes, pequenos empresários e, sobretudo, dos mais pobres não serão resolvidos por candidatos que representam os ricos e poderosos. Tampouco serão resolvidos por candidatos com um bom "palavreado", mas que no fundo representam as piores práticas políticas do nosso país. Esse tipo de político, mesmo quando são eleitos com bandeiras populares, governam para os ricos.
Por isso, só o povo organizado, consciente e com disposição de luta poderá impor as mudanças e garantir direitos, por meio da pressão sobre os governos. As eleições são momentos para se refletir sobre os problemas e se fazer opções. A eleição de prefeitos e vereadores compromissados com uma gestão democrática, com prioridade para as demandas dos mais necessitados, faz a diferença. Pense nisso!
Editorial do jornal Brasil de Fato:

Posted: 05 Oct 2012 03:10 PM PDT


Uma grande mobilização petista movimentou o centro de São Paulo no início da tarde desta sexta-feira.  Manifestantes caminharam da Praça da República até a Praça da Sé, onde o ex-presidente Luiz Lula aguardava para fazer um pronunciamento.


 Lula aproveitou o momento para fazer recomendações lembrando o  episódio da bolinha de papel nas eleições presidenciais de 2010, o ex-presidente pediu tranquilidade aos petistas para evitar algo semelhante desta vez. "A gente não pode, nesses últimos dias, aceitar nenhuma provocação. Muito cuidado.(veja o vídeo)
 A gente tem que estar de cara muito boa, muito alegre, se for andar pelas ruas. Mas sem aceitar nenhuma provocação de ninguém", disse Lula no início do discurso.
 Lula se referia ao fato ocorrido durante a campanha presidencial de 2010, no qual Serra, durante uma caminhada, foi atingido por uma bolinha de papel e se dirigiu ao hospital e depois usou as cenas no horario eleitoral para se fazer de vítima. Um vídeo exibido no SBT mostrou que tratava-se de uma bolinha de papel. "Sabemos que tem um candidato aí que, há dois anos, levou uma bolinha de papel na cabeça e tentou culpar o PT.
 Por favor, nada de bolinha de papel. Nada de brincar de bolinha de papel, de isopor, nada. Nada, Aliás, nem bolinha de sabão agora pode fazer. Ele é frágil. Qualquer coisa o machuca", discursou o ex-presidente enquanto  gritavam "olê, olê, olê, olá. Lula, Lula". Como os candidatos são proibidos de fazer discursos até domingo, Haddad, juntamente com sua candidata vice, Nádia Campeão (PCdoB), apenas acompanhou o presidente.
 Lula ainda fez um apelo à militância petista em virtude da situação da eleição da capital, que definiu como "muito delicada porque há um embolamento" e pediu aos petistas para "conversar com as pessoas cada vez mais e não esconder as bandeiras e camisetas".Em pouco mais de uma hora, a caminhada do PT pelo centro da São Paulo ocorreu minutos depois de Haddad também percorrer o Brás por mais de duas horas.

Em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo, petistas e tucanos, estes mobilizados por José Serra, se encontraram. Apesar de um natural clima de tensão, seguranças dos partidos e a própria Polícia Militar formaram um cordão de isolamento e os dois grupos, de PT e PSDB, tomaram caminhos distintos.
Por: Helena™0 Comentários  
Posted: 05 Oct 2012 08:18 AM PDT

 

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/

Por Altamiro Borges


Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, não se contém. Na eleição presidencial de 2010, ela virou motivo de chacota nas redes sociais ao protagonizar um vídeo em que elogiava a "massa cheirosa" do PSDB num evento de apoio ao eterno candidato José Serra. Hoje, em novo lapso de sinceridade, a abnegada militante tucana confirmou o que muitos já sabiam: "O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT e condenando a antiga cúpula partidária".

Desta forma, ela confessa que o julgamento do chamado "mensalão" tem objetivo político-eleitoreiro e foi cronometrado para atingir seu ápice exatamente nas vésperas das eleições municipais. O ministro Joaquim Barbosa, que no passado era estigmatizado pela mídia, agora virou o novo herói nacional. Ele é a única "autoridade" que pode salvar a oposição demotucana do seu total definhamento. Com seu ódio inquisidor contra o PT, a estrela do STF é hoje o "grande aliado de Serra" e de outros candidatos do PSDB, DEM e PPS no país.

A visão elitista de Cantanhêde

Para a jornalista da Folha, o grande embate que se trava hoje se dá entre os defensores da ética e os "governos petistas, só eles, que salvam os pobres deste país" – alfineta em tom de ironia. "Em Brasília, ontem, enquanto Joaquim Barbosa dizia que fatos, testemunhas e reuniões palacianas colocam Dirceu, chefe da Casa Civil de Lula, 'em posição central da organização' que comprava partidos e parlamentares no Congresso, o governo anunciava convenientemente a redução de 40% do número de miseráveis".

Do ContrapontoPIG

Cantanhêde afirma que este embate definirá o resultado das eleições. "O grande aliado de Serra é o carismático Joaquim Barbosa desfiando os podres do PT... O maior empurrão de Haddad vem de Lula, Dilma, Lewandowski e da palavra-chave: 'pobres'. A inclusão social da era Lula é uma realidade, mas contrapor mensalão a programas para pobres não deixa de ser uma atualização sofisticada e subliminar do 'rouba, mas faz' de Adhemar de Barros, que parece sobreviver a tudo e a todos".

A jornalista da Folha não esconde seu entusiasmo com a "massa cheirosa" do PSDB. Para ela, a oposição demotucana – composta por vários políticos mais sujos do que pau de galinheiro – seria a expressão da ética e teria em Joaquim Barbosa o seu patrono. Ela insiste em omitir a privataria tucana, o mensalão tucano – que ela chama de mensalão mineiro –, entre outras maracutaias da direita nativa. Já os "governos petistas" e as forças de esquerda seriam "populistas", com sua "palavra-chave: 'pobres'". Que nojo dos pobres! 
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 05 Oct 2012 08:07 AM PDT


"A ideologia que perpassa os principais pronunciamentos dos ministros do STF parece eco da voz de outros, da grande imprensa empresarial que nunca aceitou que Lula chegasse ao Planalto. Ouvem-se no plenário ecos vindos da Casa Grande, que gostaria de manter a Senzala sempre submissa e silenciosa.

Leonardo Boff, Carta Maior
É com muita tristeza que escrevo este artigo no final da tarde desta quarta-feira, após acompanhar as falas dos ministros do Superemo Tribunal Federal. Para não me aborrecer com e-mails rancorosos vou logo dizendo que não estou defendendo a corrupção de políticos do PT e da base aliada, objeto da Ação Penal 470 sob julgamento no STF. Se malfeitos foram comprovados, eles merecem as penas cominadas pelo Código Penal. O rigor da lei se aplica a todos.

Outra coisa, entretanto, é a espetacularização do julgamento transmitido pela TV. Ai é ineludível a feira das vaidades e o vezo ideológico que perpassa a maioria dos discursos.

Desde A Ideologia Alemã, de Marx/Engels (1846), até o Conhecimento e Interesse, de J. Habermas (1968 e 1973), sabemos que por detrás de todo conhecimento e de toda prática humana age uma ideologia latente. Resumidamente, podemos dizer que a ideologia é o discurso do interesse. E todo conhecimento, mesmo o que pretende ser o mais objetivo possível, vem impregnado de interesses.

Pois, assim é a condição humana. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. E todo o ponto de vista é a vista de um ponto. Isso é inescapável. Cabe analisar política e eticamente o tipo de interesse, a quem beneficia e a que grupos serve e que projeto de Brasil tem em mente. Como entra o povo nisso tudo? Ele continua invisível e até desprezível?

A ideologia pertence ao mundo do escondido e do implícito. Mas há vários métodos que foram desenvolvidos, coisa que exercitei anos a fio com meus alunos de epistemologia em Petrópolis, para desmascarar a ideologia. O mais simples e direto é observar a adjetivação ou a qualificação que se aplica aos conceitos básicos do discurso, especialmente, das condenações."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 21:130 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 05 Oct 2012 08:01 AM PDT


Folha de S. Paulo

"O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, pode ser o maior beneficiário de votos que o líder Celso Russomanno (PRB) venha a perder até domingo, o dia da eleição.
Quem diz isso são os próprios eleitores de Russomanno. Ao Datafolha, 26% deles afirmam que ainda podem trocar de candidato. Neste grupo de não convictos, 31% dizem que, se mudar, Haddad é o candidato que tem mais chance de receber o voto.
Atrás do petista, nesse recorte específico da pesquisa, estão empatados José Serra (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB). Cada um teria 17% dos votos que eventualmente possam deixar de ir para Russomanno. Soninha Francine (PPS) herdaria 9%.
A disputa sobre os paulistanos que ainda podem abandonar Russomanno ganhou importância após as pesquisas detectarem forte queda em suas intenções de voto.
O candidato do PRB foi o que mais caiu nos últimas duas semanas. Em 14 dias, perdeu mais de um quarto de seus eleitores. Foi de 35%, na pesquisa de 18 e 19 de setembro, para 25% na última rodada, finalizada anteontem."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:290 Comentários
Posted: 05 Oct 2012 07:57 AM PDT
Posted: 05 Oct 2012 07:52 AM PDT



Anos atrás, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi Páginas Amarelas da revista Veja. Na mesma semana que saiu a entrevsita, uma blogueira de Brasilia levantou no Diário Oficial do GDF o pagamento de R$ 442 mil, em assinaturas da revista Veja,
Na semana passada, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab foi personagem de uma matéria de capa da Vejinha, altamente favorável.
No DO de 20 de setembro passado, há a informação de que a Prefeitura adquiriu assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, por R$ 493 mil.
Aparentemente, há um preço de tabela.
Nassif

Posted: 05 Oct 2012 04:59 AM PDT



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Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 05 Oct 2012 04:55 AM PDT
Comentário: de um sujeito que cita filme de ação para embasar seu voto é de se esperar que nem sequer ler e interpretar um livro saiba, mesmo.
Olá Nassif,
Essa viagem foi realmente muito valorizada hoje no STF. Mas teve uma passagem que gostaria de comentar.
Não sei se mais alguém percebeu. Eu quase morri de rir; pra não chorar!!
No seu voto, Fux demonstrou proximidade de Gilmar ao dizer que tinha dele recebido um presente: o livro "O andar do bêbado: como o acaso determina nossas vidas" de Leonard Mlodinow (Zahar, 2009). Foi patética a fala que se seguiu.
Citando um livro que trata de probabilidade e aleatoriedade, tentou dar base científica ao torto raciocínio estatístico da denúncia. O revisor tinha apresentado um estudo anteriormente que mostrava a não correlação entre os repasses dos recursos e o apoio em votações. Talvez por isso o ministro Fux tenha citado o livro para dizer que o mesmo lhe ensinara que "nada é por acaso".
Deveria ter ficado calado, pois o livro diz exatamente o contrário: quase tudo é por acaso!! Para dizer o que disse, não leu sequer a orelha.
Trechos do livro que o ministro não leu ou, se leu, não entendeu bulhufas:
"O fato de que a intuição humana é mal adaptada a situações que envolvem incerteza já era conhecido nos anos 1930 ..."
"Nadar contra a corrente da intuição é uma tarefa difícil."
" ... pesquisas mostraram que, em situações que envolvem o acaso, nossos processos cerebrais costumam ser gravemente deficientes."
"Também trata do modo como tomamos decisões e dos processos que nos levam a julgamentos equivocados e decisões ruins quando confrontados com aleatoriedade e incerteza".
"Como veremos, a mente humana foi construída para identificar uma causa definida para cada acontecimento, podendo assim ter bastante dificuldade em aceitar a influência de fatores aleatórios ou não relacionados".
"Os processos aleatórios são fundamentais na natureza e onipresentes em nossa vida cotidiana; ainda assim, a maioria das pessoas não os compreende nem pensa muito a seu respeito."
Dá uma olhada nos capítulos:
"1. Olhando pela lente da aleatoriedade – O papel oculto do acaso ... quando um rato consegue ter um desempenho melhor que seres humanos.
2. As leis das verdades e das meias verdades – ... por que uma boa história tem menos chance de ser verdadeira que uma explicação pouco convincente.
...
6. Falsos positivos e verdadeiras falácias – ... erros na probabilidade condicional, de exames médicos ao julgamento de O.J. Simpson e a falácia da acusação."
Não me lembro em que parte do livro, já li há alguns meses, mas a certa altura o autor relata alguns dos erros mais comuns durante uma investigação, científica ou não. Diz ele que um dos maiores desses erros é buscar apenas os elementos que sustentam as hipóteses. O caminho, segundo ele,  e eu concordo, deve ser o contrário: aquele que busca incansavelmente derrubar a hipótese; pois, se ao final, ela permanecer de pé é porque ela realmente tem mais probabilidade de ser verdadeira.
Acho que ficou demonstrado que sequer a orelha e o índice o ministro Fux leu. E se leu ... ou tá de má fé, o que não quero acreditar, ou não conseguiu entender o que leu, o que não posso acreditar, pois é o livro que trata de estatística mais simples de se entender que já li.
Um abraço de um leitor diário.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 05 Oct 2012 04:16 AM PDT


Posted by on 05/10/12 • Categorized as Crônica


Ao absolver José Genoino, o ministro Ricardo Lewandowski se valeu de um aforismo jurídico oriundo do Direito Romano. Em latim, "Quod non est in actis non est in mundo"; em português, "O que não está nos autos não está no mundo". O ministro em questão explicava por que não podia condenar aquele réu, porque a acusação se valera de elementos que não existiam nos autos e, portanto, juridicamente não existiam no mundo.
Lewandowski se valeu, ainda, de outro aforismo muito mais conhecido, ao qual leigos como este que escreve também recorrem eventualmente: "In Dubio Pro Reo", ou seja, "Em caso de dúvida, aja-se em favor do réu". Se a prova é incerta por não estar nos autos ou por não ter confiabilidade plena, ainda mais sendo testemunhal, gera dúvida à condenação e, em dúvida havendo, o Direito obriga a que se decida a favor do acusado.
Assim, ao longo do julgamento da Ação Penal 470, vulgo "mensalão", o que se pensava ser questão pacificada no Direito, até pela experiência jurídica brasileira, inverteu-se de forma casuísta em um julgamento de exceção. E o que é um julgamento de exceção se não aquele em que suas regras fogem à norma, constituindo-se em exceção para aquele julgado, seja em seu favor ou em seu prejuízo, ainda que se tenha convencionado usar essa figura para condenações.
Os tribunais de exceção não nos são estranhos. Há algum tempo, circulou pela mídia a foto de um desses tribunais. Nela, uma jovem de 19 anos, altiva, sentada no banco dos réus, olhava desafiadoramente para juízes militares que, por uma dessas supremas ironias da vida, protegiam as faces com as mãos em uma época de luta armada no país que obrigava a esses juízes dos tribunais de exceção a não se exporem enquanto estupravam o Estado de Direito.
Lewandowski, ao votar por absolver José Genoino e José Dirceu ao tempo em que pedia provas a pares que o interrompiam para já anteciparem votos condenatórios, provou, por A mais B, que a afirmação recente de seu par Celso de Mello de que aquele juízo não estaria produzindo inovação alguma não passa de falácia. Inovação há e está demonstrada em bom português e até em bom latim. E sem contestação objetiva, até aqui.
Um único ministro do Supremo erigiu toda a fundamentação jurídica para gerar ao menos a discussão sobre por que o julgamento da Ação Penal 470 seria um julgamento de exceção, um juízo casuísta, ainda que suas inovações possam ser apoiadas por vertentes outras do Direito internacional, mas que, ainda assim, não encontram no Direito brasileiro histórico digno de nota.
Lewandowski, para ensinar processo penal aos pares, não enfrenta "apenas" a quase todos, mas, também, uma máquina de moer gente que se convencionou chamar de mídia e que vai edificando a teoria de que há ministro do Supremo bom e ministro mau. Insinua a moenda midiática, pois, que o juiz que pede provas para condenar teria sido subornado de alguma forma. Assim, além do juiz, criminaliza-se qualquer um que concorde com ele.
Os pares de Lewandowski, em excessiva maioria, conseguiram montar um tribunal de exceção, casuísta, o qual, de acordo com o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, jamais será visto de novo, ou seja, não formará jurisprudência alguma, pois não se julgará e condenará pelos mesmos critérios acusados de crimes análogos aos citados na AP 470 e que integram apartidos que surfam no mensalão do PT para tentarem conseguir na Justiça o que não conseguiram nas urnas.
A criminalização da política, também citada por Lewandowski, pois, foi uma das bases nas quais se assentou a última experiência ditatorial do Brasil. A ditadura militar baseou-se, antes de mais nada, na premissa de que era preciso tomar o poder à força e impedir o povo de votar porque a classe política era uma grande quadrilha que tinha que ser mantida longe do poder e das urnas. E lá se foram duas décadas de obscurantismo.
Arreganhos ditatoriais que juristas e cientistas políticos ora constatam vão sendo produzidos por juízes escolhidos de olhos fechados pela atual presidente da República e por seu antecessor, que julgavam estar aperfeiçoando a democracia ao aposentarem a prática dos antecessores de nomear aliados políticos para cargos como o de Procurador Geral da República e ministro do STF, mas que, em verdade, estavam dando azo ao autoritarismo.
No âmbito dessa escalada antidemocrática, ontem, por volta das 23 horas, o blogueiro recebe ligação de diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo dando conta de que, naquele exato momento, a Polícia estava invadindo sua sede por ordem da Justiça Eleitoral, que acolheu pedido da candidatura José Serra de apreensão de jornal daquele sindicato contendo declaração de apoio à candidatura Fernando Haddad.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 05 Oct 2012 04:08 AM PDT

Que tal participar da caminhada com Haddad e Lula, nesta sexta (5)?

- A partir das 11 horas na praça da República, centro de São Paulo.

- A partir das 16 horas, a caminhada é na Rua 25 de Março.

- De manhã, a partir das 7:30 hs, tem caminhada no Largo da Concórdia - Brás
Por: Zé Augusto0 Comentários  
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Via Email: [Novo post] Vamos dar o troco no PIG na eleição de domingo



Alexandre Cesar Costa Teixeira publicou: " "
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Novo post em megacidadania

Vamos dar o troco no PIG na eleição de domingo

by Alexandre Cesar Costa Teixeira
Alexandre Cesar Costa Teixeira | outubro 4, 2012 em 11:01 pm | Categorias: Uncategorized | URL: http://wp.me/p2HDhN-aV
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