sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Via Email: [Novo post] Gurgel avançou com a maior desfaçatez e ousadia sobre as garantias constitucionais dos réus




Novo post em megacidadania

Gurgel avançou com a maior desfaçatez e ousadia sobre as garantias constitucionais dos réus

by Alexandre Cesar Costa Teixeira

A atuação do procurador geral, Roberto Gurgel, na ação penal 470

O julgamento da ação penal 470 conhecida como processo do mensalão chegou ao seu término com um desfecho surpreendentemente favorável aos réus na parte que os manteve em liberdade, apesar do açodado pedido de prisão imediata feita pelo PGR numa jogada solerte, indigna do chefe do ministério público que já havia formulado esse mesmo pedido ao plenário do STF, retirado em seguida depois que percebeu que não lograria êxito no intento de oferecer as cabeças coroadas dos petistas graúdos para turba.
O sentimento predominante no plenário do STF era o de resguardar aos réus o direito de esgotarem todas as vias recursais de sorte que o trânsito em julgado se desse após um detido exame nos recursos que serão apresentados pela defesa deles, depois da publicação do acórdão da sentença.
Se presos fossem, Dirceu e companhia  ficariam expostos a um espetáculo midiático jamais visto na história da justiça desse país, comparado ao do sentenciado Damiens descrito por Michel Foucualt, na obra Vigiar e Punir, exceto pelo sofrimento físico imposto e pelo fato de que Damiens era um confesso parricida.
Já toda a humilhação pública, a desonra, o enxovalhamento de suas honras para além de qualquer reparação reforçaria a desconfiança de  que o mensalão é um julgamento de exceção com todas as garantias constitucionais dos acusados inobservadas e de que não haverá no STF um outro julgamento com semelhantes características, tanto pelo fato causador quanto pelas decisões tomadas pelos ministros do STF.
O passo seguinte dado por Roberto Gurgel demonstrou o caráter perverso do homem que tem a função de ser o fiscal da lei e zelar pelo seu cumprimento. A sua diligência em agir com prontidão e presteza no caso da ação penal 470 mantendo vigilância para fazer valer o peso da lei sobre os réus, mesmo atropelando princípios constitucionais e tomando medidas que violam as garantias individuais dos antes acusados e agora condenados,  distoa do modo leniente como agiu durante as operações Vegas e Monte Carlos da polícia federal, que trouxe à lume o esquema criminoso de Carlos Augusto Ramos, o Calinhos Cachoeira, permitindo que perdurasse tempo suficiente para que se alimentasse a hidra Demóstenes Torres, o falso moralista que reelegeu-se senador pelo Estado de Goiás e com desenvoltura circulava pelo congresso nacional quando Gurgel  já o conhecia suficientemente bem para saber de seu envolvimento com Cachoeira e nada fez para impedir que Demóstenes continuasse a enganar o povo de Goiás e os brasileiros com seu discurso do abismo moral.
Não sem razão o senador Fernando Collor de Mello fez os mais duros ataques a Gurgel da tribuna do senado, repetidas vezes chamando-o de prevaricador e de engavetador de processos. A imprensa tão sequiosa pela moralização da vida pública simplesmente ignorou as acusações do senador, não deu seguimento as denúncias, não as tratou com a repercussão necessária que se requeria, em completa dissimulação, negando ao país o conhecimento das ações do PGR no tratamento que dá aos casos de corrupção por ele investigados, atribuindo diferentes pesos e medidas de acordo com critérios pessoais que ferem à lei, numa demonstração de que suas motivações perpassam a isenção que se espera do chefe do ministério público.
O silêncio da mídia em relação aos atos praticados por Gurgel à frente da PGR que em muitos casos configurariam crimes de função, é parte de um acordo informal que caracteriza a atuação da grande mídia nos últimos anos. Se há uma possibilidade real de prenderem petistas, de demonstrarem que o PT é uma organização criminosa pior do que o PCC e o CV, como afirmou o ministro decano do STF, Celso de Mello, no circo midiático montado para condenar antecipadamente os réus do "mensalão",  ignora-se o acessório para cuidar do principal.
Assim Gurgel que não sobreviveria a um dia na chefia da PGR se o Jornal Nacional dedicasse 5 dos 18 minutos que dedicou ao mensalão às vésperas das eleições de outubro de 2012 para demonstrar que Carlinhos Cachoeira só cometeu muitos dos crimes de que é acusado porque Gurgel falhou em cumprir com seu munus bem como  para demonstrar que vários processos que se encontram na PGR de pessoas com prerrogativas de foro estão concentrados nas mãos da subprocuradora Cláudia Sampaio, esposa de Gurgel, e de lá não andam por força de interesses escusos mantidos sorrateiramente por Roberto Gurgel, de acordo com denúncias do senador Fenando Collor de Mello, continua não obstante como procurador geral, graças a essa blindagem dada pela mídia, a esse acordo informal que une todos no objetivo de transformar o partido dos trabalhadores num ninho de bandidos.
Essa cobertura facciosa da mídia permitiu que Gurgel avançasse na maior desfaçatez e ousadia sobre as garantias dos réus, fazendo as mais vis estripulias para trancafiá-los numa prisão de quinta categoria, em completa violação ao direito de responderem em liberdade até que o trânsito em julgado dessa famigerada ação penal ocorra como sói acontecer em todos os outros casos, sendo este o único de peculiaridades especiais que para o procurador geral deveria ser diferente dos demais, ainda que a jurisprudência do STF determine o contrário.
A falta de pudor de Gurgel não está na apresentação do pedido de prisão dos réus do mensalão em busca de uma decisão teratológica do STF. A sua falta de pudor está em perceber que seria vencido no plenário pelos ministros da suprema corte e num lance imoral retirar o pedido e reapresenta-lo em seguida para apreciação monocrática de Joaquim Barbosa durante o recesso da justiça, na certeza de que Barbosa acataria o pedido e decretaria a prisão dos réus.
Essa  tática imoral de Gurgel tem uma razão de fundo. Gurgel sabe das ações que tomou na PGR durante a operação Vegas da polícia federal. Sabe também que só havia um meio para evitar ser questionado ou objeto de campanha na grande mídia pela sua destituição, atuar com firmeza e de olhos fechados contra o PT e seus mais influentes militantes.
Isso lhe dá salvo conduto para permanecer até o fim do mandato como procurador geral, embora em qualquer outra parte do mundo, nenhuma outra pessoa ocupando a posição que Gurgel desfruta sobreviveria as contundentes denúncias feitas pelo senador Fernando Collor de Mello.
A esperteza de  Gurgel reside em ter se dado conta de que para livrar-se das acusações de Collor e sair do olho do furacão de uma eventual campanha midiática pela sua destituição da procuradoria geral da república, passaria pelo caminho de agir com toda força de seu cargo para impingir aos acusados na ação penal 470 os crimes pelos quais foram condenados no plenário do STF,
embora a conduta de Gurgel não seja menos reprovável no tocante a omissão verificada por ocasião da operação Vegas em relação à conduta atribuída aos réus, a estes porém concorrendo o questionamento de que foram condenados sem provas, com base em uma pressão midiática sem paralelo que levou os ministros do STF a um contorcionismo mental capaz de torcer a constituição para dela sorver  os argumentos que levaram os réus à desgraça, enquanto a Gurgel  pululam provas de que suas ações na PGR, no caso da operação Vegas da polícia federal, o compromete de um modo que só podemos taxar de imoral e que sua permanência na PGR é acintosa sob todos pontos de vistas.
Alexandre Cesar Costa Teixeira | janeiro 12, 2013 às 1:46 am | Categorias: Uncategorized | URL: http://wp.me/p2HDhN-wx
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Francisco Almeida / (91)81003406

Via Email: SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 11 Jan 2013 04:05 PM PST
Posted: 11 Jan 2013 01:25 PM PST
Deputado petista diz que entrevista de Roberto Gurgel à Folha, na qual ele afirmou que as evidências contra José Dirceu no processo do mensalão seriam indiretas, foi desastrada e demonstrou incompetência dele nesse caso
Brasil 247 – A entrevista concedida pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, à Folha sobre o mensalão foi duramente criticada pelo PT. Gurgel disse que o esquema foi bem maior do que se sabe e que o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) incluiu apenas aquilo que foi possível comprovar. Para o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) a entrevista foi um "tiro no pé". "Foi uma declaração desastrada e demonstrou incompetência dele nesse caso. [Ele] teve cinco anos para fazer as acusações e deixa no ar acusações sem provas."
Em seu blog, Dirceu classificou como "graves" as afirmações e disse que elas "lançam a suspeita da existência de outros crimes que ele não denunciou". Condenado no julgamento do mensalão, ele aproveitou a entrevista para reforçar os argumentos de que é inocente. "As declarações do procurador-geral da República na edição de hoje da Folha de S.Paulo deixam claro, mais uma vez, que nunca houve provas contra mim na Ação Penal 470, julgada pelo Supremo Tribunal Federal", escreveu Dirceu em seu blog.
Na entrevista, Gurgel diz que "Não é prova direta". "Em nenhum momento nós apresentamos ele passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido 'X' com a finalidade de angariar apoio do governo. Nós apresentamos uma prova que evidenciava que ele estava, sim, no topo dessa organização criminosa", disse o procurador-geral.

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Leia mais em: Blog Sujo
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Jan 2013 01:15 PM PST
Posted: 11 Jan 2013 01:10 PM PST



Capa do jornal Folha de São Paulo
Folha admite erro
O mercado de capitais é aquele em que se aplicam as regras mais severas visando resguardar a isonomia das informações. Em países modernos, pune-se o uso de informações privilegiadas, a disseminação de informações falsas e todos os fatos que possam provocar manipulação de cotações.
No Brasil, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) é incumbida da fiscalização do mercado e das informações. É eficaz quanto à identificação e punição de vazamentos de informações privilegiadas e de manipulações do mercado em geral. Mas absolutamente omissa em episódios que envolvam a mídia.
* * *
Dias atrás, a Folha divulgou que o governo havia feito uma convocação extraordinária do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), devido ao risco iminente de racionamento de energia.
Era notícia falsa. Mas foi repercutida durante todo o dia, apesar dos desmentidos que constavam do site do Ministério das Minas e Energia e das informações prestadas pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
* * *
No mercado de energia, em que atuam apenas profissionais, não houve mudanças nas cotações. Na bolsa de valores, onde há maior heterogeneidade dos investidores, as cotações das elétricas oscilaram bastante. Ainda mais depois das perdas sofridas pela Eletrobrás com as decisões do governo em relação à renovação das concessões.
As ações caíram e ontem, dois dias depois da escandalização, voltaram a subir.
Papéis da CESP subiram 3,49%, da Eletropaulo PN 2,53%, da Eletrobras PNB 2,27%.
Nesses movimentos, muita gente ganhou muito dinheiro, à custa dos que perderam.
* * *
Notícia chegou a ser manchete do portal Veja.com nesta sessão (Reprodução)
Leia mais aqui.
Ontem foi a vez do portal da Veja divulgar uma notícia sem pé nem cabeça: a da suposta fusão entre o Bradesco e o Santander, que já teria sido comunicada aos funcionários.
A diferença do primeiro episódio é que, no caso da Veja, reconheceu-se o erro e providenciou-se a devida correção vinte minutos depois. O que não impediu oscilações de monta no mercado.
* * *
É mais um capítulo complicado na perda de referencial pela mídia.
Permitiu-se que a politização passasse a interferir em todo o noticiário. Não existem mais filtros adequados. Em outros tempos, "barrigas", informações falsas, eram punidas, ou pelo próprio jornal ou pelos concorrentes. Hoje em dia, desde que se atinja o objetivo político proposto, tudo é tolerado.
Em países mais modernos, existem modelos de auto-regulação. E as instituições reguladoras de mercado mantem uma fiscalização severa sobre abusos de informações que possam acarretar distorções de preços de ativos.
* * *
Trata-se de um movimento terrível não apenas para o país como para a própria mídia. Na economia, a informação é essencial para alocação de recursos, decisões de investimento, planejamento estratégico.
Cabe ao jornalista o papel de intermediar os fatos, transformando-os em notícias. Por sua condição, o público supõe que tenha acesso a fontes inacessíveis para os mortais comuns, que trate as informações com discernimento, especialmente quando mexem com a poupança do público.
* * *
No entanto, por aqui varre-se tudo para baixo do tapete. O álibi político deu autorização para o jornalista matar, não apenas reputações mas os fatos. E tudo impunemente e às claras.
Luis Nassif
No Advivo


Posted: 11 Jan 2013 01:02 PM PST
 
Do Conversa Afiada - Publicado em 11/01/2013

A Presidenta deveria imaginar o que teria acontecido na Venezuela se os Chinco Campos estivessem no STF.



Saiu no Globo, na seção de Ilimar Franco:

Dizem por aí


O ministro do STF Celso de Mello está avisando aos colegas do Supremo e amigos que deixará o órgão no primeiro trimestre deste ano. Ainda longe da aposentadoria compulsória (ele tem 67 anos), tem dito que está cansado, com problemas de saúde, e precisando de um tempo para si. Mello é o mais antigo ministro do STF. Está no cargo desde 1989.
NAVALHA 

Confirma-se, portanto, a hipótese de o voto de desempate – 5 a 4 – de Celso de Mello sobre a quem caberia cassar o Genoíno – se o Supremo ou a Câmara – ter sido, de fato, um canto de cisne.

Foi um "como eu quero ser lembrado".

Foi ali que ele invocou a paternidade de Chico Campos – clique aqui para conhecer os Chinco Campos – e se valeu de um bote salva-vidas que o Gilmar Dantas (*) lhe lançou.

Não fosse o Gilmar, o decano não teria como desvencilhar-se das cordas: ele mesmo, Celso de Mello, tinha decidido, antes, sem o PiG (**), que, segundo o mesmo artigo 55 da Constituição, uma Câmara de Vereadores é que poderia cassar um vereador.

Lamentavelmente, o decano vai pra casa sem decidir sobre aquela ação que considera a posse da TV Globo em São Paulo um ato de apropriação indébita, realizada com a falsificação de assinaturas.

Em julho, quem vai para casa é o brindeiro Gurgel, que acaba de ser desmascarado pelo Dirceu, e anuncia existir um esquema "mais amplo" que o mensalão (o do PT) – o que, na verdade, significa que ele vai para cima do Lula.

Portanto, é grave a responsabilidade da Presidenta Dilma.

Escolher o sucessor do trânsfuga Ayres Britto, aquele que tinha o controle do Tempo e fez coincidir o julgamento do mensalão com a eleição do Haddad.

Ela tem que escolher o sucessor do Celso de Mello e do Gurgel, o brindeiro.

Portanto, Dilma pode ter um Procurador menos ligado à Casa Grande e seus capatazes e construir a maioria do Supremo.

Porque, como se sabe, e demonstrou em excelente artigo o Márcio Félix, o Supremo não é lugar de "técnicos".

(Nem o lugar de "técnico" da seleção é de apolíticos …)

A Presidenta não precisa escolher um Procurador Geral da lista tríplice do Gurgel.
Com lista ou sem lista, o Farol de Alexandria sempre escolhia o brindeiro.

E olha que o FHC era um especialista em escolher "técnicos" – Gilmar Dantas (*), brindeiro, Ellen Gracie (a da súmula vinculante "Dantas não é Dantas, mas Dantas") e o Nelson Johnbim, aquele da babá eletrônica que, com a ajuda do Gilmar, fulminou o ínclito delegado Paulo Lacerda.

Se tem uma coisa de que o FHC entende é de técnica.

(Inclusive da técnica de ser massacrado pela BBC.)

A Presidenta deveria imaginar o que teria acontecido na Venezuela, se os Chinco Campos (***) estivessem na Suprema Corte .

O Capriles sentava-se na cadeira e, em uma semana, desfazia, no Supremo, tudo o que Chávez fez pelos pobres da Venezuela.

E o novo Ministro da Fazenda, Jack Lew, acumularia os afazeres em Washington com os de Caracas.

É tão simples quanto isso.

O legado de Lula e Dilma não dura uma semana num Governo Capriles – e numa Suprema Corte técnica.


Em tempo: a Presidenta também poderia se perguntar: e se não houvesse uma tevê estatal, forte, competitiva, na Venezuela … Onde estaria o Maduro, hoje ? Na Ilha do Diabo, na mesma cela do Dreyfus.

Em tempo2: é bom levar o Ilimar a sério. Foi ele quem disse que a Dilma tinha mandado a Ley de Meios do Franklin para a mesma gaveta em que o Fernando Henrique depositou as quatro do Serjão: ou seja, no Quinto dos Infernos.

.

Paulo Henrique Amorim



(*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Ao proferir seu Canto do Cisne e ameaçar o Presidente da Câmara com a cadeia, o decano Celso de Mello citou Chico Campos, o redator da "Polaca", a Constituição ditatorial de 1937. Em homenagem a ele e a Chico Campos, o Conversa Afiada passa a referir-se aos Cinco Constituintes do Supremo – Celso de Mello, (Collor de) Mello, Fux, Barbosa e Gilmar – como os "Chinco Campos". E lembra que Rubem Braga, quando passava de bonde pela Praia do Flamengo e via acesa a luz do apartamento do Chico Campos, dizia: "Quando acende a luz do apartamento do Chico Campos há um curto-circuito na Democracia".


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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 11 Jan 2013 12:59 PM PST

Do Blog do Miro - sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:



Há uma diferença fundamental entre os "apagões" de energia acontecidos na década passada e as oscilações ocorridas na rede no último trimestre: em 2001, o Brasil enfrentava as consequências da falta de investimentos em usinas e redes de distribuição; em 2013, o prolongamento do período de seca em algumas regiões obriga a colocar usinas térmicas em operação, o que pode reduzir os efeitos da política de redução de tarifas.

Com exceção do Nordeste, as chuvas estão voltando na maior parte do país, mas mesmo assim está mantido o programa de emergência e não há risco de faltar energia por deficiência de infraestrutura.

Evidentemente, cortes podem acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora, em decorrência de falhas técnicas, por efeito de tempestades ou acidentes, como ocorre em todo o mundo. No entanto, estamos longe do cenário pessimista desenhado pelos jornais nas últimas semanas.

Essas são algumas das afirmações feitas reiteradamente, ao longo da quarta-feira (9/1), em entrevistas na televisão e no rádio, por especialistas e autoridades do setor, convocadas pela presidente da República para desfazer o clima de apreensão criado pela imprensa. O resumo das entrevistas é claro: o Brasil não corre o risco de racionamento, mas os brasileiros precisam aprender a usar racionalmente a energia.

No entanto, os principais jornais de circulação nacional amanheceram na quinta-feira (10/1) martelando na tecla da crise. O ponto de referência da imprensa é o ano de 2001, quando tivemos a série de cortes no fornecimento de energia, afetando a economia e provocando transtornos em quase todo o país. Naquela época, porém, o Brasil ainda não possuía o sistema emergencial das usinas térmicas, o sistema de transmissão não era totalmente integrado e as tecnologias de controle de fluxo eram menos confiáveis. Assim, mesmo com seus reservatórios cheios, as geradoras do Sul do Brasil não tinham como amenizar a situação criada pela seca no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.

Todas as explicações oferecidas por autoridades, técnicos e representantes das empresas do setor parecem insuficientes para convencer os editores de que vivemos uma circunstância completamente diferente, com aumento de mais de 30% na demanda, mas com mais capacidade de geração e um sistema de distribuição mais integrado e eficiente.

Consumo consciente

Depois de insistir, nos últimos dias, na tese do apocalipse, o Estado de S.Paulo se vê obrigado a admitir a opinião de especialistas, segundo os quais o risco de racionamento é remoto. Mas segue colocando em dúvida a possibilidade de redução dos custos para empresas e residências ainda neste ano.

A Folha de S.Paulo esquece as profecias de racionamento e aborda a questão do preço da energia, observando que o governo deverá fazer um rateio do custo extra, representado pela eventual necessidade de manter as usinas térmicas em operação por um tempo prolongado, para assegurar o cumprimento da promessa de reduzir as tarifas.

O Globo mantém na primeira página o enunciado "risco de racionamento" e faz ironia, com a manchete: "Governo conta com térmicas e São Pedro".

Há diferenças gritantes entre o colapso estrutural que se manifestou 2001 e o problema circunstancial de 2013. Em 1o de junho 2001, o governo federal foi obrigado a decretar o mais abrangente e rigoroso programa de racionamento de toda a história do país, para evitar que grande parte do território nacional ficasse no escuro.

As consequências da medida para a economia brasileira motivaram um grande número de pesquisas acadêmicas, e alguns estudiosos chegaram a calcular em 15% a queda da produção industrial no segundo semestre daquele ano, bem como um efeito arrasador no Produto Interno Bruto e na balança comercial. No entanto, ficaram sem grandes reflexões dois aspectos positivos da crise: a população brasileira foi apresentada ao conceito de uso consciente da energia e o governo seguinte foi alertado para a necessidade de corrigir os problemas estruturais do setor.

De fato, a obrigatoriedade de economizar 20% no consumo, imposta pelo racionamento, que se estendeu até setembro de 2002, estimulou a produção de equipamentos elétricos mais eficientes, e grande parte da população acabou entendendo seu papel na redução do consumo. Mas, na ocasião, foi fundamental o comportamento da imprensa, que poupou o quanto pôde o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso e adotou galhardamente a campanha "sabendo usar, não vai faltar", frase que ganhou espaço até mesmo nas revistas de decoração.

Mas eram outros tempos, outro partido no governo.
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PITACO DO ContrapontoPIG

A intenção do PIG é, claramente, a de confundir.
No PIG, cinismo não falta. Mentir, manipular, amedrontar, são ações normais da grande imprensa golpista nacional

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 11 Jan 2013 12:54 PM PST
Na Edição Especial da revista Carta Capital, Marcos Coimbra analisa a caminhada de Dilma Rousseff rumo à reeleição em 2014. Dilma está bem, na verdade, muito bem. Segundo as pesquisas CNI-IBOPE, ela saiu da eleição de 2010 com a imagem de que faria uma administração entre "ótima" e "boa". Em dezembro de 2010 era assim que pensavam 62% dos entrevistados.
Em março de 2011 Dilma alcançou a marca de 68% de avaliação positiva, em julho ficou em 55%. Desde então cresceu nas pesquisas, batendo recordes de seus antecessores, inclusive de Lula. Na mais recente pesquisa, a maioria avaliou a presidenta como "ótima" e "boa". Ou seja, ela correspondeu à expectativa do início de seu governo.

Dilma cumpriu a palavra. Fez um governo de continuidade. Era o que os eleitores queriam. Dilma manteve as políticas identificadas com Lula, como Bolsa Família, ProUni, Minha Casa Minha Vida. Não só manteve como ampliou tais programas sociais. Foi o mérito de Dilma. Manteve as políticas sociais mesmo com o agravamento da crise mundial.
Dilma terminou o ano 2012 com 77% aprovando "sua maneira de governar". Confiam nela os mesmos 77%. É a primeira vez que um presidente chega ao topo não para fazer mudanças, para garantir a continuidade, conforme o eleitorado se manifestou.

Dilma atravessou incólume o jogo pesado da oposição extrapartidária, que procurou transformar o julgamento do "mensalão" em tribunal de condenações ao PT e suas lideranças. Nas eleições municipais o efeito disso foi pequeno. E nada atingiu a imagem de Dilma. Pelo contrário, o crescimento do PT nas eleições municipais tem a ver com a participação de Dilma nos palanques. Assim, o PT segue para 2014 em amplo favoritismo. Dilma tem sozinha mais de quatro vezes a soma dos adversários. O mesmo se dá com Lula.
Por que a mídia detonou a "Operação 2014" antecipando a campanha sucessória presidencial com sistemáticos ataques raivosos? Porque o PT tem um nome com 60% e outro nome com 70% de intenções de votos. Juntos, Dilma e Lula chegam a 80% das intenções de votos espontâneos.

Dilma vai bem, Lula vai bem, quem vai mal é a mídia que caminha para o suicídio.


# posted by Oldack Miranda @ 4:02 PM 0 comments
Do Blog Bahia de Fato.
Posted: 11 Jan 2013 09:00 AM PST

 

Do Blog Cidadania 11/01/2013 


Otavinho Frias, dono da Folha de São Paulo, deve estar refletindo sobre o custo que a partidarização que impôs ao seu jornal vai cobrando à sua credibilidade. Para usar um jargão jornalístico, ao ter em seu time de colunistas uma militante política como Eliane Cantanhêde, a Folha acaba de colher uma volumosa "barriga" (notícia falsa publicada em destaque).

A "barriga" ocorreu porque, na última segunda feira, esse jornal jogou lenha em uma fogueira acesa pelo concorrente Estadão na semana anterior, sobre iminente "racionamento de energia elétrica no país" devido à falta de chuvas que fez diminuir o nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Confiando no taco da colunista Eliane Cantanhêde, esposa de um dos marqueteiros do PSDB, o jornal divulgou, no último dia 7, manchete principal de primeira página difundindo uma suposta "reunião de emergência" do governo para tratar do tal "risco de racionamento".

Diante de notícia tão alarmista e divulgada com tanto destaque, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ligou para Cantanhêde, autora da matéria em tela, para informar que a reunião não fora convocada por Dilma e nem era de "emergência", pois integrava um cronograma de reuniões ordinárias do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que acontece todos os meses. E divulgou, no site do Ministério, o cronograma de reuniões para 2013.

Veja, abaixo, o cronograma.



Desmontada a farsa da Folha, produzida por Cantanhêde, sobre ser reunião de "emergência", a colunista não se deu por vencida e, em sua coluna da última quinta-feira (10), tentou remendar a "barriga" a que induziu seu empregador. Veja, abaixo, a coluna.

—–

Folha de São Paulo
10 de janeiro de 2013
Eliane Cantanhêde.
Aos 45 do segundo tempo

BRASÍLIA – Como previsto, o governo tentou desmentir a manchete de segunda da Folha sobre a reunião de emergência do setor elétrico marcada para ontem para discutir o nível preocupante dos reservatórios, ou o que o setor privado vem chamando, talvez com exagero, de "risco de racionamento".

Desmentir notícias desconfortáveis, aliás, é comum a todos os governos: "O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde".

Por isso, guardei uma carta, literalmente, na manga: o e-mail enviado por um dos órgãos participantes às 17h56 da última sexta-feira: "A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informa aos agentes que a 53ª Assembleia Geral Extraordinária foi transferida para o dia 14 de janeiro [...]. O adiamento deve-se à coincidência da data anterior [9/1] com a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), convocada pelo Ministério de Minas e Energia".

Não se desmarcam assembleias gerais do dia para a noite, porque elas custam um dinheirão, envolvem dezenas de pessoas na organização, centenas de convidados e deslocamentos. A CCEE só fez isso porque foi convocada de última hora, cinco dias antes, para a reunião de Brasília.

O governo, porém, insiste que é coincidência que a reunião ocorra no meio do turbilhão -e da assimetria das chuvas. O ministro Lobão até me disse que estava marcada havia "um ano". Para comprovar, me remeteu para o cronograma de reuniões no site do ministério.

Sim, estava lá, mas o cronograma foi postado no site precisamente às 15h14min30s de segunda, dia 7, horas depois de a manchete da Folha sacudir o governo, o setor, talvez o leitor/consumidor.

Há muito o que discutir: as falhas do sistema, a falta de planejamento, a birra de são Pedro, os custos das térmicas e, enfim, como ser transparente com indústrias, concessionárias e usuários. Aliás, uma obrigação de qualquer governo.

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Nem seria necessário mais nada para entender que a tese salvacionista de Cantanhêde não se sustentava, pois bastaria ver o cronograma de reuniões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para saber se, como a colunista insinuou, tal cronograma fora composto às pressas para desmentir a tese da "reunião de emergência".
O Ministério das Minas e Energia, porém, antecipou-se ao que este blog iria publicar e enviou carta ao jornal provando que nunca houve reunião de emergência alguma, conforme a "barriga" que o veículo cometeu sob influência de sua colunista. Sem remédio, a Folha publicou a carta em sua edição desta sexta-feira. Veja, abaixo, a manifestação do Ministério.

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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Painel do Leitor

Energia

No dia 7/1, a Folha publicou a seguinte manchete de capa: "Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico", com o subtítulo "Reunião de emergência discutirá propostas para evitar riscos de racionamento". O texto remetia para reportagem em "Mercado" sob o título "Racionamento de luz acende sinal amarelo".

Tratava-se de uma desinformação. Na mesma data da publicação, preocupado com a repercussão da reportagem, principalmente nas Bolsas, o ministro Edison Lobão, em telefonema à autora da reportagem, a jornalista Eliane Cantanhêde, esclareceu que a reunião em referência não fora convocada pela presidenta da República, nem tinha caráter de emergência. Tratava-se, conforme relatou, de reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada desde o ano passado.
Além desses esclarecimentos não terem sido prestados na reportagem sobre o assunto publicada em 8/1 ("Lobão confirma reunião, mas descarta riscos", "Mercado"), a jornalista, na coluna "Aos 45 do segundo tempo" ("Opinião", ontem), põe em dúvida a veracidade das informações do Ministério de Minas e Energia. Para que não reste dúvida sobre o assunto, consta na ata da 122ª Reunião do CMSE, realizada em 13/12/2012, precisamente no item 12, a decisão de realizar no dia 9/1/2013 a referida reunião ordinária.

Antonio Carlos Lima, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)

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Como este blog opinou no texto Imprensa tucana inventa apagão para tentar sabotar a economia, o Ministério das Minas e Energia também entendeu que a matéria tinha, se não objetivo, ao menos potencial para tumultuar a economia, do que decorreu queda do valor das ações das empresas geradoras de energia, as quais, desfeita a farsa, recuperaram-se na última quinta-feira.

O mais engraçado mesmo, porém, foi a tréplica de Eliane Cantanhêde tentando salvar sua matéria irresponsável, alarmista, criminosa mesmo. Leia abaixo.

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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Painel do Leitor

RESPOSTA DA JORNALISTA ELIANE CANTANHÊDE – De fato, a reunião foi marcada em dezembro, mas, diante dos níveis preocupantes dos reservatórios, ganhou caráter emergencial – evidenciado pela intensa movimentação do governo. A Folha contemplou no dia 8/1 a versão do ministro de que não havia risco de racionamento.

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É piada, não é mesmo? A matéria de Cantanhêde na Folha do dia 7 não disse que a reunião "ganhou caráter emergencial" devido aos "níveis preocupantes dos reservatórios"; disse que era de emergência, convocada às pressas. Não foi por outra razão que a própria Folha retificou a matéria mentirosa e alarmista logo abaixo da resposta de sua colunista, na seção "Erramos".

Veja, abaixo, a retratação da Folha – obviamente que sem o destaque que o jornal deu à  "barriga" que cometeu por obra e graça de uma "jornalista" cujo trabalho, há muito, pauta-se por motivações político-partidárias, para dizer o mínimo.

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Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Seção "Erramos"
MERCADO (7.JAN, PÁG. B1) A reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico havia sido marcada em 13 de dezembro de 2012, e não neste ano, conforme informou a reportagem "Racionamento de luz acende sinal amarelo", de Eliane Cantanhêde.

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Eliane e a "massa cheirosa" – via nossa leitora Meire Cavalcante





Posted: 11 Jan 2013 08:52 AM PST


"Um dia depois de se reunir separadamente com presidentes da Vale, Odebrecht e Cosan, presidente Dilma recebe no Palácio do Planalto líderes do Bradesco, do grupo Lafarge e o Sindicato da Indústria Pesada; além de obter diagnósticos da economia real, ela pede para empresas aumentarem apostas no Brasil
O crescimento econômico é o principal alvo do governo federal para 2013. Inaugurando sua agenda oficial de contatos neste ano, a presidente Dilma Rousseff deixou clara essa preocupação ao privilegiar conversas reservadas, em seu gabinete, com líderes dos principais grupos empresariais privados do País. Ontem, na parte da manhã, Dilma recebeu separadamente os presidentes da Vale, Odebrecht e Cosan, respectivamente Murilo Ferreira, Marcelo Odebrecht e Rubens Ometto. Hoje, já estiveram com ela o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, o líder do sindicato nacional da Indústria Pesada, Rodolpho Tourinho, e, à tarde, será recebido o presidente do grupo Lafarge, Bruno Lafont.
Executivos com os quais a presidente manteve contato na quinta-feira relataram que Dilma tem sido apresentada aos planos de investimentos das empresas e informada das perspectivas para os diversos segmentos produtivos, além de ter ouvido as sugestões do empresariado.
Em férias, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, não acompanharão os encontros, como ocorre tradicionalmente em temas de economia."


Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 11 Jan 2013 03:07 AM PST


Jornal O Globo, que até ontem era o mais alarmista em relação ao iminente apagão, reconhece, em editorial, que as chuvas de verão, que acontecem todos os anos, farão com que o risco de escuridão desapareça; como adiantou 247, as águas de janeiro já começam a inundar os catastrofistas

Neste ano, não haverá apagão. E quem reconhece é o jornal O Globo, que, até ontem, vinha sendo o mais catastrofista em relação a um possível colapso do setor elétrico. Nas últimas edições, tanto o jornal como seus principais colunistas, Merval Pereira e Miriam Leitão, vinham colocando o governo Dilma num corredor polonês em razão da iminente escuridão. Segundo Merval, nada se fez no setor elétrico nos últimos dez anos. De acordo com Miriam, era hora de reconhecer a lambança. 

Com as chuvas de janeiro, que acontecem todos os anos, o quadro mudou e inundou os catastrofistas (leia mais aqui). E, nesta sexta-feira, o próprio jornal O Globo reconhece, em editorial, que se chover no verão como sempre acontece, o risco de apagão estará descartado. Diante do quadro, fica a pergunta: São Pedro é petralha ou as chuvas eram previsíveis?

Leia, abaixo, o editorial dO Globo desta sexta-feira: 



Sinal de alerta permanecerá aceso no setor elétrico

Continuamos nas mãos de São Pedro, e, se as chuvas de verão vierem como habitualmente, o risco de racionamento de energia elétrica desaparecerá no curto prazo, como frisaram as autoridades do setor anteontem em Brasília. Mas o que ocorreu este ano é um sinal de alerta que ainda se manterá aceso, pois preocupa o fato de o nível dos reservatórios das hidrelétricas ter chegado ao piso da curva de segurança em pleno mês de janeiro. Se as chuvas não forem abundantes a ponto de os reservatórios verterem água (ou seja, se não encherem 100%), é bem provável que as usinas termoelétricas não sejam desligadas este ano, para se poupar ao máximo as hidrelétricas.

Exatamente pela existência desse parque gerador termoelétrico é que a situação hoje é diferente da que motivou o racionamento em 2001/2002. Naquela época o governo havia lançado um programa prioritário de construção de termoelétricas; tentou-se correr contra o tempo, porém as usinas não estavam prontas quando mais se precisava delas. A lição foi aprendida e desde então não mais se deixou de licenciar esse tipo de usina. Este ano várias entrarão em operação exatamente no Nordeste, onde são mais necessárias.

De qualquer forma, diante das dificuldades para licenciamento ambiental de hidrelétricas — os principais aproveitamentos agora estão na Amazônia, região sensível não só do ponto de vista da natureza, mas também aos mais variados lobbies — o funcionamento das termoelétricas tende a ser mais permanente que emergencial. Isso deve mexer com a estrutura de custos da energia elétrica no país, já considerado elevado e capaz de inviabilizar muitas atividades produtivas que antes se mostravam competitivas. É uma questão a ser discutida e que possivelmente envolve o uso mais racional da eletricidade. Programas de eficiência energética já não são conduzidos com a mesma ênfase dada logo após o racionamento de 2001/2002.

Há que se considerar que termoelétricas dependem de combustíveis fósseis, alguns mais e outros menos poluentes. O gás natural, que é a menos poluente, infelizmente ainda não está disponível em abundancia no país. O Brasil importa grande volume da Bolívia e complementa essa compra com gás natural liquefeito adquirido em outros fornecedores, a preços bem salgados. Com o pré-sal a oferta doméstica deve aumentar, mas não o suficiente para que se possa abrir mão das importações. Além disso, o gás natural não tem uso apenas térmico: é insumo para diferentes ramos de indústria e serve como combustível automotivo.

Nesse quadro, a opção nuclear precisa ser revigorada. Os planos para a construção de quatro novas usinas no Nordeste, já a partir da conclusão de Angra 3 (prevista para 2016), que tinham sido engavetados após o acidente de Fukushima, merecem ser novamente avaliados.

E por último, mas não menos importante, é crucial melhorar o gerenciamento das obras no setor, para evitar os vergonhosos atrasos existentes.

Brasil 247

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 06:360 comentários  
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 11 Jan 2013 03:00 AM PST




QUEM VAI ORIENTAR E ACONSELHAR O MINISTRO JOAQUIM BARBOSA ?


O Ministro Celso de Mello deve deixar o STF e pedir sua aposentadoria ainda no mês de março próximo. A antecipação, em aproximados três anos, do momento em que teria que deixar de integrar a mais ALTA CORTE DE JUSTIÇA DO BRASIL por idade, se deve aos problemas de saúde que o Ministro é portador.

Segundo a coluna de Ilimar Franco (Panorama Político - O Globo 11/01/2013), o Ministro já está até "avisando" os colegas do Supremo e a amigos que deixará o órgão. Segundo ainda a mesma coluna, Celso de Mello se diz "cansado,com problemas de saúde e precisando de um tempo para si".

É possível, embora pouco provável, que ele reveja por um tempo, adie por alguns meses a decisão de sair, visto que por parte de alguns Ministros/colegas, o apelo neste sentido será muito forte.

De qualquer maneira, a Presidente Dilma Rousseff já pode ir pensando em mais um nome para indicar como integrante do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Posted: 11 Jan 2013 02:53 AM PST


Saul Leblon, Carta Maior / Blog das Frases
"O jornalismo praticado pelo dispositivo conservador tem cada vez mais o prazo de validade de um pote de iogurte vencido. A 'grave denúncia' da noite azeda no contato com o oxigênio da manhã.

A manchete garrafal e assertiva da hora desaba ao primeiro sopro dos fatos. Como um frango desossado da Sadia, não se sustenta sem os ganchos de uma desconcertante indiferença à realidade.

Não raro, a afronta à opinião pública balança sua indignidade por dias seguidos nas páginas e sites, como a carcaça putrefata da credibilidade conservadora.

A insistência do vetusto 'Estadão' em manter uma 'barrigada' histórica na manchete --a 'decisão' do Ministério Público de pedir a investigação de Lula'-- é o exemplo arrematado da carnificina da notícia no cepo conservador.

Do Blog BRASIL! BRASIL! 

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