SARAIVA 13 |
- Globo enrola espectador "enquanto o Carnaval não se transforma em um reality show"
- Charge Online do Bessinha: Achados & Perdidos
- Paulo Henrique Amorim NÃO foi condenado por racismo
- Heraldo diz que PHA não é racista
- Tucano chama líderes comunitários de "parasitas"
- Charge Online do Bessinha: CARNAVAL NA GLOBO 2012
- Os três brasileiros que refutaram as bases do neoliberalismo
- O dilema de Serra
- Torce, torce, e nem sai sangue…
- Folha usa Corinthians para ofender Lula
- E o caosaéreo ? No Carnaval não houve
- Racista é a PQP, não PHA!
- Bessinha, só acredito depois de ver o "coiso" instalado
- A Rússia sai da letargia
- Tucanalha chama Serra de imaturo e palhaço
- Rei Davi derrota transmissão do Carnaval da Globo
- O CASO ELOÁ E O LUGAR DA IMPRENSA
- TV trucida transmissão de desfile das escolas de samba
- JOSÉ SERRA PENSA QUE O POVO DE SÃO PAULO É ....!!??
- Globo manipula até no Carnaval
Posted: 23 Feb 2012 04:58 PM PST
O desfile das escolas de samba pode até ser o maior espetáculo da terra. Mas a televisão brasileira ainda não aprendeu a transmiti-lo. Há uma forte razão que obriga todas as escolas a terem um samba-enredo e que seus integrantes sejam estimulados a cantá-lo e sambar com ele. Mas quem assiste ao desfile pela TV, logo percebe que o áudio é um mero detalhe. A transmissão não se ocupa dele. Os sons parecem todos iguais e se não fosse por dois minutos de legenda, nem sequer saberíamos qual a música que cada escola escolheu para guiá-la. Os enredos são mesmo complexos, falam de muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. Mas o carnavalesco nem precisaria se preocupar em armar uma ordem mais ou menos lógica para tentar explicá-lo. A transmissão da TV é randômica, vai e vem para frente e para trás freneticamente, alternando alas, destaques e carros e impossibilita ao espectador saber quem está na frente, quem está atrás. A bateria é o pulmão de qualquer escola de samba, e quem quer que já a tenha ouvido ao vivo tem exata noção de sua importância e da emoção que provoca. Mas o som que ela produz é quase inaudível nas transmissões. Os instrumentos dos ritmistas mais parecem fantasias. Como todo o desfile, aliás, muito mais plástico que acústico. A TV Globo continua tratando os espectadores pela doutrina Willian Bonner, segundo a qual quem está do outro lado da tela são milhões de Homer Simpson. É preciso explicar cada uma das cenas como se estivéssemos assistindo a uma inusitada cerimônia aborígene ou a transmissão do parlamento sueco. Você já leu? Mas os comentários que ouvimos na longa transmissão forjam, mais ainda que os enredos incompreensíveis, aquilo que o compositor e humorista Stanislaw Ponte Preta denominava "samba do crioulo doido". O falso suicídio de Wladimir Herzog foi um tema muito "desenvolvido", diz o narrador. Antônio Conselheiro, líder da revolta de Canudos, vira mártir da independência brasileira. E por aí vão os comentários que nos impedem de ouvir as músicas. Samba e enredo, cultura e alegria, engenho e arte, tudo sai de cena quando o assunto é encontrar celebridades na avenida. Como madrinhas de bateria, destaques de alegorias ou diretores ad-hoc, toda escola tem os seus globais, que serão fartamente iluminados pelas câmaras da casa durante todo o desfile e entrevistados em plena ação, mesmo que para isso alas inteiras devam sucumbir na sombra. Descobre-se, ao final, entre tantas vinhetas, salas especiais e recursos visuais repetidos ad nauseam, que a vedete do Carnaval é sempre a própria emissora. E como se não bastasse trucidar o desfile, a Globo ainda estimula seus milhões de telespectadores a opinar pelo telefone justamente sobre aquilo que não viram. Como escolher entre os vários sambas-enredo que a emissora impediu que conhecêssemos? Como dar nota às baterias cujos sons nos foram sonegados? Não, a nota não tem nenhum valor, dizem eles insistentemente; apenas preço: trinta e poucos centavos mais os impostos etc. Mudar de canal, como se sabe, é impossível. Formadora constante de monopólios, a TV, alavanca do capitalismo, está se tornando, paradoxalmente, a maior inimiga da livre concorrência. Para corridas, jogos ou eventos musicais, não existe mais opção nesse liberalismo totalitário. Vai chegar um dia que alguma emissora, possivelmente a própria Globo, terá exclusividade na cobertura de uma passeata, na apuração da eleição ou na posse de um presidente. Para as escolas, o dinheiro engrossa o caixa não apenas pelos direitos de transmissão, mas cada vez mais pelo uso do merchandising. Produtos, locais ou pessoas vão se tornando enredos à medida em que são bons de retorno financeiro - é a tal força da grana que ergue e destrói as coisas belas. Assistimos à escola bancada pelo iogurte, com uma ala de lactobacilos, ou à que rende homenagem à mulher, alojando rimas da esponja de limpeza patrocinadora nas estrofes do samba. Se o mundo é um moinho, como já ensinava Cartola, e vai mesmo reduzir nossas ilusões a pó, talvez devêssemos é nos dar por satisfeitos, enquanto o Carnaval não se transforma num enorme reality show. Marcelo Semer Postado porPalavras Diversasàs20:48 Do Blog Palavras Diversas. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 04:31 PM PST | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 03:13 PM PST Posted by eduguim on 23/02/12 • Categorized as Esclarecimento Uma infinidade de sites e blogs está publicando notícia inverídica sobre o jornalista Paulo Henrique Amorim, de que ele teria sido condenado por racismo por ter usado a expressão "negro de alma branca" em texto em que criticou a capacidade profissional do jornalista da Rede Globo Heraldo Pereira. Paulo Henrique é um amigo e um homem contra o qual a acusação de qualquer tipo de preconceito é um verdadeiro absurdo. Por incontáveis vezes ouvi da boca do próprio seu inconformismo com preconceito contra negros, homossexuais etc. O que aconteceu foi que PH fez um texto em que afirmou que o jornalista da Globo em questão seria submisso ao ministro do STF Gilmar Mendes e que a Globo – que acusou de racista –consideraria Pereira um "negro de alma branca". Pereira processa PH e este, em audiência de conciliação, opta por fazer um acordo com o autor do processo em que se compromete a desdizer publicamente as críticas que fizera. A primeira mentira contra PH que está se espalhando até pelos grandes portais de internet, portanto, é a de que ele teria sido condenado. Não foi. Segundo o próprio PH me disse ao telefone, ele apenas optou por não se defender e ofereceu retratação ao ofendido de forma a extinguir o processo por reconhecer que se excedeu, mas faria isso contanto que quem o processou reconhecesse, no acordo, que não houve ofensa racista. Repito: Heraldo Pereira assinou um acordo em que reconhece que não houve intenção racista nas críticas que Paulo Henrique Amorim lhe fez. Isso consta do documento que um e outro assinaram diante de um juiz de Direito e de seus respectivos advogados. É, portanto, uma mentira quando dizem que foi "condenado por racismo". Abaixo, nota do advogado do PH em que explica o caso em termos técnicos. Do blog Conversa Afiada Heraldo diz que PHA não é racista Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no montante de R$ 300.000,00. Na ação promovida por Heraldo Pereira de Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012, conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado, constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de audiência. Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho. —– Leia também, do jornalista Leandro Fortes Racista é a PQP, não PHA! Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil. Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que, diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil, farsa burlesca exposta em obras como o livro "Não somos racistas", do jornalista Ali Kamel, da TV Globo. Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é um "negro de alma branca". O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver com racismo. A expressão "negro de alma branca", por mais cruel que possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O "negro de alma branca" é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável, iletrada e predatória – e branca. O "negro de alma branca" é o negro que foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil. Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB, partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos. Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula, pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa, em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo, do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o repórter da TV Globo tinha "a alma branca", ou seja, vivia alheio às necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca fosse. Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime, sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do blog "Conversa Afiada", a conviver com a crítica e os textos adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro. Do Blog da Cidadania. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 03:04 PM PST Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no montante de R$ 300.000,00. Na ação promovida por Heraldo Pereira de Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012, conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado, constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de audiência. Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho. Paulo Henrique Amorim | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 02:56 PM PST Audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) com moradores retirados da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), e representantes do Ministério das Cidades e da Secretaria-Geral da Presidência da República, acabou provocando bate-boca entre senadores. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Eduardo Suplicy (PT), ambos de São Paulo, se desentenderam no início da audiência. Aloysio Nunes acusou os senadores petistas Suplicy e Paulo Paim (RS), presidente da comissão, que estava ausente, de politizarem o episódio para favorecer o partido nas eleições municipais. Como argumento, lembrou que nada foi feito com relação às desocupações ocorridas no Distrito Federal e na Bahia, cujos governadores são do PT. "É um procedimento unilateral que visa a instrumentalizar a comissão por partidos políticos, no caso o PT, e outros grupos como o PSTU que o usa para terceirizar seu radicalismo". Aloysio Nunes chamou os líderes comunitários do movimento de "parasitas", atribuindo a eles a radicalização, "o circo", dias antes da reintegração da posse da área. "Tinha gente querendo brincar de insurreição, pseudorrevolucionários prontos para radicalizar". O senador informou que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não mandou representantes para a comissão para desarmar a iniciativa de explorar politicamente o episódio. O senador Eduardo Suplicy protestou e, aos gritos, pediu que Aloysio Nunes tivesse a "dignidade de ver as cenas de barbaridades que aconteceram no local". "Pode gritar a vontade, (senador Suplicy), que não me impressiona", reagiu o tucano. Aloysio lembrou que Suplicy relatou casos de violência no plenário uma semana depois da ação, depois de tomar conhecimento do que aconteceu por assessores de seu gabinete. Informações Estadão Por:Helena™0Comentários Do Blog Os Amigos do Presidente Lula. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 02:48 PM PST | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 01:17 PM PST O livro "O Universo NeoLiberal do Desencanto", do economista José Carlos de Assis e do matemático Francisco Antonio Doria, traz uma história extraordinária, de como três brasileiros – no campo da lógica – ajudaram a desmontar o principal princípio do neoliberalismo: aquele que dizia que em um mercado com livre competição os preços tendem ao equilíbrio. É mais uma das descobertas do incansável lutador José Carlos de Assis. As teses do trio – lógico Newton da Costa, matemático Antonio Doria e economista Marcelo Tsuji são um clássico da ciência brasileira que começa a ganhar reconhecimento mundial, ma história complexa, porém fascinante, que merece ser detalhada.
O primeiro passo é – a partir do livro – reconstituir as etapas da matemática no século 20, sua luta para se tornar uma ciência formal, isto é, com princípios de aplicação geral. E os diversos obstáculos nesse caminho. O método axiomático na matemáticaA matemática sempre se baseou no método axiomático de Euclides. 1 Escolhem-se noções e conceitos primitivos. 2 Utiliza-se uma argumentação lógica. 3 Manipulando os conceitos com a lógica, chega-se aos resultados derivados, os teoremas da geometria. Foi só a partir do final do século 19 que Giuseppe Peano incorporou o método axiomático à matemática tornando-se, desde então, a técnica mais segura para a geração de conhecimento matemático. Em 1908 Ernest Zermelo axiomatizou a teoria dos conjuntos e, a partir daí, todos os resultados conhecidos da matemática. Formou-se a chamada matemática "feijão-com-arroz" usada por engenheiros, economistas, ecólogos e biólogos matemáticos. E, desde então, no âmbito da alta matemática instaurou-se uma discussão secular: tudo o que enxergamos como verdade matemática pode ser demonstrado? A formalização da matemáticaCom esses avanços do método axiomático, pensava-se que tinha se alcançado na formalização da matemática, tratada como ciência exata capaz de calcular e demonstrar todos os pontos de uma realidade. Mas aí começaram a surgir os paradoxos, dos quais o mais famoso foi o de Russel:
Ora, um axioma não pode comportar uma afirmação contraditória em si. De acordo com as deduções da lógica clássica, de uma contradição pode-se deduzir qualquer coisa, acaba o sonho do rigor matemático e o sistema colapsa. Houve uma penosa luta dos matemáticos para recuperar a matemática da trombada dos paradoxos até definir o que são as verdades matemáticas, o que coube ao matemático David Hilbert (1862-1943).
Nos anos 20, Hilbert formulou um programa de investigação dos fundamentos da matemática, definindo o que deveriam ser os valores centrais:
A partir desses princípios, a ideia era transformar a matemática em uma ciência absoluta com regras definitivas. No Segundo Congresso de Matemática, em Paris, Hilbert propôs os famosos 23 problemas cuja solução desafiaria as gerações seguintes de matemáticos. (http://www.rude2d.kit.net/hilbert.html). Seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da ciência da computação. A pedra no sapato de Hilbert
Mas havia uma pedra em seu caminho quando 1931, o matemático alemão Kurt Gödel (1906-1978), radicado nos Estados Unidos, formula seu teorema da incompletude para a aritmética, inaugurando a era moderna na matemática. Muitos estudiosos sustentam que seu "teorema da incompletude" é a maior realização do gênio humano na lógica, desde Aristóteles.No começo, os achados de Gödel se tornaram secundários no desenvolvimento da matemática do século. A partir dos estudos de dois dos nossos heróis – Doria e Da Costa – os matemáticos descobriram porque a matemática não conseguia explicar uma série enorme de problemas matemáticos. E aí se entra em uma selva de conceitos de difícil compreensão. Mas, em síntese, é assim:
Pronto, bagunçou totalmente a lógica dos que supunham a matemática uma ciência exata. Anos depois, o lógico norte-americano Alonzo Church (1903-1995) e o matemático inglês Alan Turing (1912-1954) desenvolveram outro conceito, a indecibilidade. Ambos demonstraram que há programas de computador insolúveis.
Turing, aliás, tem uma biografia extraordinária http://www.turing.org.uk/turing/. Durante a Segunda Guerra foi criptógrafo do Exército inglês. Conseguiu quebrar a criptografia da máquina alemã Enigma, até então considerada impossível de ser desvendada. Tornou-se herói de guerra. E lançou as bases para a teoria da programação em computador, quando conseguiu reduzir todas as informações a uma sucessão de 0000 e 1111. Em 1952 confessou-se homossexual a um policial que havia batido na porta de sua casa. Preso, com base em uma lei antissodomia (revogada apenas em 1975), foi condenado a ingerir hormônios femininos para inibir o libido. Os hormônios deformaram seu corpo. Acabou se matando com uma maçã envenenada em 1954. A teoria da programação nasce em 1936 em um artigo onde Turing analisa em detalhes os procedimentos de cálculos matemáticos e lança o esboço da "máquina de Tuning", base da computação moderna. Nesse modelo o procedimento é determinístico – isto é, nos cálculos não há lugar para o acaso. Muitas vezes ocorrem os "loops infinitos", situações em que o computador não consegue encontrar a solução e fica calculando sem parar. Turing já havia provado ser impossível um programa que prevenisse os "crashes" de computador. Explicar a "parada" no programa de computador se tornou um dos bons enigmas para os matemáticos. Durante bom tempo, até início dos anos 50, os matemáticos procuravam a chave da felicidade: o programa que permitisse antecipar os crashes dos demais programas. Mas em 1936 Turing já havia provado ser impossível. Mais um revés para os que imaginavam a matemática capaz de explicar (ou computar) todos os fenômenos matemáticos. O teorema de RiceEm 1951, outro matemático, Henry Gordon Rice avançou em um teorema considerado "arrasa quarteirão".
Denominou-se de funções parciais àquelas em que não existe um método geral e eficaz de decisão. Se uma propriedade se aplica a todas as funções parciais, ela é chamada de propriedade trivial. E se a propriedade traz a solução correta para cada algoritmo, ela é chamada de método de decisão eficaz. Uma propriedade só é eficaz se for aplicada a todas as funções. E essa função não existe. Levando essas conclusões para outras áreas, é possível constatar que não existe uma vacina universal para vírus de computador, ou para vírus biológico, Todo desenvolvimento de uma vacina biológica será sempre na base de tentativa e erro. Para desespero dos que acreditavam que a matemática poderia explicar tudo, o teorema de Rice começou a se estender para a maior parte das áreas da matemática. O equilíbrio de NashO inventor oficial da computação, Von Neuman, não conseguia resolver um caso geral em que se analisava uma solução para a soma de um conjunto de decisões. Quem resolveu foi um dos gênios matemáticos do século, John Nash, personagem principal do filme "Uma mente brilhante", nascido em 1928 e vivo ainda.
Em uma tese de apenas 29 páginas – que lhe rendeu o PhD e o Nobel – ele mostrou que casos de jogos não-colaborativos (como em um mercado) a solução aceitável de cada jogador correspondia ao equilíbrio dos mercados competitivos. Como explica Dória, em linguagem popular: a situação de equilíbrio é aquela que se melhorar piora. O "equilíbrio de Nash" mostra uma situação em que há diversos jogadores, cada qual definindo a sua estratégia ótima. Chega-se a uma situação em que cada jogador não tem como melhorar sua estratégia, em função das estratégias adotadas pelos demais jogadores. Cria-se, então, essa situação do "equilíbrio de Nash". O princípio de Nash é: todo jogo não-cooperativo possui um equilíbrio de Nash. O "equilíbrio de Nash" tornou-se um dos pilares da matemática moderna. A matemática na economiaO primeiro economista a tentar encontrar o preço de equilíbrio na economia foi Léon Walras (1834-1910). Montou equações que identificam as intersecções da curva da oferta e da demanda, para chegar ao preço ótimo. Depois, montou equações para diversos mercados, concluindo que, dadas as condições ideais para a oferta e para a procura, sempre seria possível encontrar soluções matemáticas. Mas não apresentou uma solução para o conjunto de operações da economia. O que abriu espaço para o "equilíbrio dos mercados" foram dois matemáticos – Kenneth Arrow (1921) e Gérard Debreu (1921-2004) que beberam no "equilíbrio de Nash" para formalizar de maneira mais rigorosa os princípios de Walras. Walras tivera o pioneirismo de formular o estado de um sistema econômico como a solução de um sistema de equações simultâneas, que representavam a demanda de bens pelos consumidores, a oferta pelos produtores e a condição de equilíbrio tal que a oferta igualasse a demanda em cada mercado. Mas, argumentavam eles, Walras não dera nenhuma prova de que a equação proposta (o somatório de todas as equações da economia) tivesse solução. Só décadas depois, esse dilema – de como juntar em uma mesma solução todas as equações de um universo econômico – passou a ser tratado, com o desenvolvimento da teoria dos jogos, graças à aplicação do "equilíbrio de Nash" à economia. Mostraram que a solução de Nash para o jogo corresponde aos preços de equilíbrio. Essa acabou sendo a base teórica que legitimou praticamente três décadas de liberalismo exacerbado. Entra em cena o "outro Nash"Aí surge em cena o "outro Nash", Alain Lewis, um gênio matemático, negro, mistura de Harry Belafonte e Denzel Washington, criado nos guetos de Washington, depois estudante em Princenton, onde conquistou o respeito até de referências como Paul Samuelson. Partiu dele o primeiro grande questionamento à econometria como "teoria eficaz" (isto é, capaz de matematizar todos os fenômenos econômicos). Em um conjunto de obras, a partir de 1985, Lewis tentou demonstrar que as noções fundamentais da teoria econômica não são "eficazes" - isto é, não explicam todos os fenômenos econômicos - e, portanto, devem ser descartadas. Comprovou sua tese para um número específico de casos. Em 1991, em Princenton, Lewis ligava de madrugada para trocar ideias com um colega brasileiro, justamente Francisco Antônio Doria. Excepcionalmente brilhante, trato difícil, o primeiro surto de Lewis foi em 1994. Há dez anos nenhum amigo sabe mais dele. Provavelmente internado em alguma clínica. Sua principal contribuição foi comprovar que em jogos não associativos (aqueles em que há disputas entre os participantes) embora exista o "equilíbrio de Nash" descrevendo cada ação, ganhos e perdas dos competidores, o resultado geral é "não computável" . Ou seja, podem existir soluções particulares mas sem que possam ser reunidas num algoritmo geral. Aparecem os brasileirosO objetivo da teoria econômica é identificar as decisões individuais que valem para o coletivo. De nada vale matematizar o resultado de dois agentes individuais se a solução não se aplicar ao conjunto de agentes econômicos. Havia razões de sobra para Lewis ligar toda noite, impreterivelmente às duas da manhã, para Dória. Desde os anos 80, Doria e Newton da Costa estudavam soluções para o problema da teoria do caos. Queriam identificar, através de fórmulas, quando um sistema vai desenvolver ou não um comportamento caótico. Esse desafio havia sido proposto em 1983 por Maurice Hirsch, professor de Harvard. Eram estudos relevantes, especialmente para a área de engenharia. Como saber se a vibração na asa de um avião em voo poderá ficar incontrolável ou não? Depois, provaram uma versão do teorema de Rice para matemática usual: que usa em economia. Depois de muitos estudos, ambos elaboraram uma resposta brilhante sobre a teoria do caos: não existe um critério geral para prever o caos, qualquer que seja a definição que se encontre para caos. Esse conceito transbordou para outros campos computacionáveis. A partir dele foi possível inferir a impossibilidade de se ter um antivírus universal para computador, ou uma vacina universal para doenças. Num certo dia, no segundo andar do Departamento de Filosofia da USP, Doria foi abordado por um jovem economista, Marcelo Tsuji, que já trabalhava na consultoria de Delfim Neto. Aliás, anos atrás Paulo Yokota já havia me alertado de que o rapaz era gênio. Na época, Delfim encaminhou-o para se doutorar com Doria e da Costa. Marcelo disse a Doria ter coisas interessantes para lhe relatar. Disse que tinha encontrado uma prova mais geral para o teorema de Lewis utilizando as técnicas desenvolvidas por Doria e Da Costa. Doria pediu para Marcelo escrever. Depois, Doria e Nilton revisaram o trabalho, todo baseado nas técnicas de lógica de ambos. Chegou-se ao resultado em 1994. Mas o trabalho com Tsudi só foi publicado em 1998. Revistas de economia matemática recusaram publicar. Conseguiram espaço em revistas de lógica. O grande desafio do chamado neoliberalismo seria responder às duas questões: 1. Como os agentes fazem escolhas. 2. Como a ordem geral surge a partir das escolhas individuais. A conclusão final matava definitivamente a ideia de que em mercados competitivos se chegaria naturalmente ao preço de equilíbrio. O trabalho comprovava que o "equilíbrio de Nash" ocorria, com os mercados chegando aos preços de equilíbrio. Mas que era impossível calcular o momento. Logo, toda a teoria não tinha como ser aplicada. O reconhecimento mundialO Brasil não tem tradição científica para reconhecer trabalhos na fronteira do conhecimento. Assim, o reconhecimento do trabalho do trio está se dando a partir do exterior. O livro "Gödel's Way", de Doria, Newton e Gregory Chaitin tornou-se um best-seller no campo da matemática, ajudando a conferir a Gödel o reconhecimento histórico que lhe faltou em vida.
No próximo mês, Doria – ele próprio um admirador da economia neoclássica – estará ministrando um curso na Áustria, para uma academia defensora da economia ortodoxa, mas que não tem o viés primário dos nossos cabeças de planilha. Luis NassifNo Advivo Postado porzcarlosàs18:16:002comentários Marcadores:Economia,Livros,Neoliberalismo Também do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 01:11 PM PST É um paradoxo: José Serra pode vencer a eleição paulistana e mesmo assim sair dela enfraquecido. O ex-governador tucano, uma das figuras de proa da direita tupiniquim, deve estar vivendo momentos de grande angústia pessoal. O sai não sai candidato desses últimos dias tem mesmo jeito de não ser um mero jogo de cena para atrair os holofotes para si: Serra está mesmo na posição que o populacho chama de "sinuca de bico". A explicação para o seu dilema é simples: se decidir não sair candidato para continuar seu trabalho de bastidor para concorrer, em 2014, novamente à Presidência, que é o que mais deseja, corre o sério risco de ficar esquecido pelos eleitores; se escolher disputar a prefeitura e perder, será o desastre absoluto; e se ganhar, não poderá, por motivos óbvios, abandonar o barco, como fez recentemente - o eleitor é capaz de perdoar uma traição, mas duas... Se o problema de Serra já é suficiente para que ele perca o pouco de cabelo que lhe restou, nem se fala então do PSDB paulista. O partido, teoricamente controlado pelo governador Geraldo Alckmin, enfrenta uma crise seríssima de falta de rumos, de quadros, e até de convicções, pois sabe apenas quem é o seu adversário, seu inimigo, mas não tem a menor ideia de quem sejam os seus amigos - o DEM minguou para a mais completa inexpressividade no Estado, o recém-fundado PDS visita variados balcões em busca da melhor oferta. O vexame só não é mais completo porque a imprensa insiste em embrulhar as notícias do campo tucano com os papéis mais coloridos e vistosos que existem, para disfarçar um conteúdo ordinário e sem valor. No lado de lá, petistas e peemedebistas observam o movimento ainda perplexos, quase paralisados de surpresa. Certamente, não esperavam por tanta confusão, aguardavam um cenário mais tranquilo. Lula, com sua intuição política, tentou uma jogada arriscada, que foi aproximar o PT do PSD, para repetir a fórmula de uma coalisão com a centro-direita que o levou duas vezes à Presidência. Mas tudo indica que sua jogada falhou. Seu plano B é convencer o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, vice-presidente da República, a formar uma aliança com o PT nessas eleições. Lula acha que, se Serra sair, a eleição ficará polarizada entre PT e PSDB, sem chances para o PMDB. Temer pode até topar, o difícil será dobrar o candidato do partido, o deputado federal Gabriel Chalita, que realmente acredita que tem chance de se tornar o próximo prefeito paulistano. O quadro sucessório de São Paulo será definido dentro de pouco tempo. E a partir daí começará uma campanha que tem todos os ingredientes para se tornar uma das batalhas mais renhidas dos últimos tempos, pois marcará, no lado tucano, a própria sobrevivência do partido como peça relevante da política nacional, e no campo petista, um capítulo importante no seu desejo de expandir e prorrogar seu projeto de poder. Carlos MottaNo Crônicas do Motta | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 12:50 PM PST No final dos anos 60, o programa radiofônico policial "A patrulha da cidade" – teatralizado, de péssimo gosto e recheado de preconceitos racistas – tinha um quadro onde um motorista de ônibus (da linha Caxias-Mauá) comentava as matérias policiais dos jornais populares. E, diante das maiores barbaridades, reclamava que eles eram muito "suaves", dizendo: - O jornal de hoje a gente torce, torce, torce e nem sai sangue… É impressionante como – claro que com muito mais refinamento que o caricato personagem do rádio – o jornalismo econômico brasileiro caminha para do sensacionalismo negativista – inflação e recessão - para um muxôxo semelhante. - Ah, mas o crescimento econômico vai ser baixo, o PIB não vai crescer… Ora, isso é de uma tolice sem par. Que o PIB, em 2011, ia expandir-se a uma velocidade menor que o "boom" de 2010, até as pedras sabiam. Primeiro, porque a base de comparação de 2010, o ano de 2009, era baixíssima, pois o crescimento naquele ano fora zero (até um pouco abaixo de zero). Segundo, porque a ameaça de recrudescimento da inflação – já percebida no fim de 2010 – levou a uma elevação da taxa de juros que, desgraçadamente, se potencializou com os reflexos da crise europeia. Tanto é que o BC – "precipitação, politização", apressaram-se a gritar os comentaristas econômicos conservadores - imediatamente reverteu a curva da taxa de juros públicos. Como qualquer pessoa de boa-fé poderia prever, o processo inflacionário cedeu – e está cedendo, em ritmo mais acelerado até que o previsível – porque não estava assentado no núcleo da economia, mas na ponta final: basicamente no preço dos serviços. O outro fator altista, a elevação do preço do petróleo, foi contido pela ação da Petrobras – e tome de "revolta" com não haver elevação do preço dos combustíveis nas refinarias. O PIB brasileiro não apenas vai crescer num ritmo maior, este ano, como sequer, como se vê agora, baixou como o das principais economias do mundo. Não é correto comparar o desempenho do Brasil ao de emergentes como a China, porque senão teríamos de comparar as estruturas de mercado, a exclusão e,no caso da China, o poder imenso de intervenção do Estado nas estruturas econômicas. E isso, para o bem e para o mal, não é paralelo ao que se passa aqui. O problema da economia brasileira é a estrutura predatória que há séculos. E que, no capitalismo cada vez mais preso à esfera financeira, expressa-se hoje no tributo, uma espécie de "quinto" moderno, que representa nossa taxa de juros. Ela é o centro de um processo perverso que impede o desenvolvimento brasileiro, porque nos impede de uma visão estratégica, de um projeto, em nome do qual se acumule e que produza identidade, porque sem projeto comum não há identidade possível em qualquer grupamento humano. Como o caricato motorista da "Patrulha da Cidade", o olhar nacional da dita "inteligência" nacional está preso nas pequenas desgraças do dia-a-dia, com uma tentativa reiterada de ver a nova orientação que tomou como algo que é preciso, torcer, torcer, torcer, para ver se ela dessangra. Do Blog TIJOLAÇO.COM | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 12:41 PM PST O amigo navegante deve ler o notável esforço de reportagem – clique aqui para ler "J Lo ensina a dar entrevista à Folha" – de uma briosa equipe da Folha (*) para constranger D. Marisa e desmerecer o Presidente Lula. Tratava-se do desfile da escola paulista Gaviões da Fiel, cujo enredo homenageou o Nunca Dantes. (Quem assistisse à Globo – e foram poucos, segundo o IBOPE – não perceberia que se tratava de uma louvação ao Nunca Dantes .) O amigo navegante percebrá que a Folha usou o grande estadista Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, para atingir seu objetivo. Tira as crianças da sala, porque, como se sabe, a Folha publica palavrões. (Sobre o que Sanchez diz do destino de Ricardo Teixeira tem a relevância do que Silvio Santos disse à mesma Folha sobre seu papel na quebra do Panamericano: nenhuma !) Eis a Folha na sua íntegra: A METRALHADORA DO TIMÃO E O SILÊNCIO DE RITA
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Posted: 23 Feb 2012 12:29 PM PST Saiu no Valor: No Carnaval, Infraero registrou atrasos em 8,84% dos voos Por Rafael Bitencourt e Thiago Resende | ValorBRASÍLIA – A Infraero informou que o índice de atrasos de voos no Carnaval de 2012, da última sexta-feira até às 17h desta quarta-feira, foi de 8,84%. Nesse período, 1.514 voos registraram atrasos superiores a 30 minutos, do total de 17.133 partidas programadas.Segundo a empresa, houve queda de 7,7% no índice em relação a 2011, quando 1.642 voos sofreram atrasos de um total de 15.691 partidas no mesmo período do ano.Nesta quarta-feira de cinzas, houve queda de 31,15% no índice de atraso dos voos programados até às 17h, em relação ao mesmo período de 2011.O caosaéreo da Globo fica adiado para a Copa ! Paulo henrique Amorim Do Blog CONVERSA AFIADA. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 12:19 PM PST GUERRILHEIROS VIRTU@IS: reproduzimos texto de Leandro Fortes, do Brasília eu vi Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil. Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que, diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil, farsa burlesca exposta em obras como o livro "Não somos racistas", do jornalista Ali Kamel, da TV Globo. Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é um "negro de alma branca". O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver com racismo. A expressão "negro de alma branca", por mais cruel que possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O "negro de alma branca" é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável, iletrada e predatória – e branca. O "negro de alma branca" é o negro que foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil. Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB, partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos. Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula, pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa, em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo, do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o repórter da TV Globo tinha "a alma branca", ou seja, vivia alheio às necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca fosse. Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime, sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do blog "Conversa Afiada", a conviver com a crítica e os textos adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro. Do Blog GUERRILHEIROS VIRTU@IS. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 12:06 PM PST NOTA DO BLOG DO SARAIVA: Não deixem de ler os 4 comentários que já estão no blog da Glória Leite. Apreveitem para aprender e também para diversão. Obrigado. Saraiva | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 11:29 AM PST por Mauro Santayana, no JB Online Enganam-se os que viram, na guerra fria, o conflito ideológico entre o sistema socialista e o sistema capitalista. Na verdade, todos os que examinam a história com cautela, sabem que as ideologias podem ser, em certas ocasiões, doutrinas de escolha para conduzir os projetos nacionais estratégicos, mas o sentimento de nação sempre prevalece sobre as idéias de caráter universal. Essa é uma das dificuldades do marxismo aplicado: não é fácil a união internacional dos trabalhadores contra o capital. Quando traduzida, a Internacional, mesmo mantendo a força de seus acordes, não tem o mesmo efeito da versão original de Eugéne Pottier, um participante da Comuna de Paris – nem mesmo em russo, ainda que tenha sido o hino oficial da URSS. O homem, qualquer homem, é o centro de um universo que se amplia, mas que se distancia, ao ampliar-se. Assim, a percepção do mundo e de nossa existência nele encontra o limite ideal na comunidade cultural e em seu espaço geográfico – enfim, na pátria. A sobrevivência da comunidade nacional prevalece sobre os sistemas sociais que adotemos. Em razão disso, podemos considerar que as revoluções políticas atendem, em primeira urgência, à salvação do povo – a sua liberdade e soberania dentro dos limites nacionais. Sendo assim, podemos dizer que o marxismo foi uma doutrina de ocasião para que o Império Russo fizesse a sua revolução nacional, derrubando uma monarquia enfermiça e alienada e instituindo novo sistema político. A etapa kerensquiana da revolução nada prometia senão uma república tão conservadora quanto o regime dos Romanov – daí a ousadia de Lenine e seus companheiros. A revolução se estagnou e retrocedeu com Stalin, para se perder com Gobartchev. Ela vinha se esvaziando, por não avançar rumo à utopia de uma sociedade sem classes, que fora a promessa de 1917. A tecnocracia substituíra a nobreza do Império e parcelas da sociedade se cansaram das restrições. Isso possibilitou a Gobartchev capitular, como capitulou, sem a habilidade para promover uma transição mais inteligente para a economia de mercado. A queda do muro de Berlim foi um desastre para o mundo socialista e, especialmente, para a União Soviética, esquartejada e com sua economia dilacerada, com as empresas do Estado entregues aos favoritos de Ieltsin. As nações, no entanto, são capazes de soerguer-se em pouco tempo, desde que encontrem motivos para isso. Nos últimos 24 anos, com as dificuldades conhecidas, a Rússia vem recuperando a consciência de nação e sua força histórica. O complexo de derrota, que se seguiu à fragmentação do antigo Império e à arrogância dos Estados Unidos como a única potência hegemônica, foi vencida. A aliança entre os países emergentes, que une o Brasil à Rússia, à Índia, à China e à África do Sul, é um novo espaço de influência na geopolítica, compartilhado por essas potências – e anima os russos. Eles têm reconstruído seus exércitos, e, a duras penas na fase confusa da reorganização do núcleo mais poderoso do antigo Império, restaurado sua indústria pesada. Setores em que eles haviam sido, e durante muito tempo, superiores, como os da aviação militar e dos mísseis, foram recuperados. Seus aviões de caça, bem como seus foguetes intercontinentais, continuam a ser considerados do mesmo nível (e, em alguns casos, superiores) aos de seus rivais. Putin pode ter, e tem, grandes defeitos, a par de sua vocação ditatorial, segundo seus desafetos, mas vem devolvendo aos russos o seu orgulho antigo. O nacionalismo russo apelou para a Revolução de Outubro, mesmo contra a opinião de Marx, que via pouca possibilidade de um movimento socialista em uma região geo-econômica que não se libertara de todo da visão medieval da economia e do poder. O nacionalismo russo de nossos dias, não só aceita como prestigia (conforme as pesquisas pré-eleitorais destas horas) o líder político que encarna a recuperação do orgulho do velho país. A URSS – que ocupava a mais extensa região do globo, com seus quase 25 milhões de quilômetros quadrados – não mais existe, mas a Rússia continua sendo o maior território nacional do mundo (duas vezes o tamanho do Brasil), com seus 17 milhões de quilômetros quadrados. Com essa presença poderosa, e mais de 1.200.000 homens em armas, a Federação Russa quer ser ouvida e acatada no mundo de hoje. E não há dúvida de que o seu projeto nacional é o de recuperar o espaço político que conquistara na Segunda Guerra Mundial, e que perdeu em 1991. A indústria militar, conforme explicou Putin, irá provocar a aceleração de toda a economia nacional. Para isso, Putin anunciou que a indústria bélica irá produzir, nos próximos dez anos, mais 400 mísseis balísticos modernos, 8 submarinos estratégicos, 20 submarinos polivalentes, mais de 50 navios de superfície, cerca de cem veículos espaciais com função militar, mais de 600 aviões modernos, mais de 1.000 helicópteros e 28 baterias antiaéreas dotadas de mísseis terra-ar S-400. A Rússia sai da letargia Marcadores:Mauro Santayana,Rússia Leia mais em: O Esquerdopata Under Creative Commons License: Attribution Também do Blog O Esquerdopata. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 11:16 AM PST | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 10:52 AM PST
Os números de audiência são prévios do Ibope. Na noite anterior, a Globo já havia sido derrotada pelo Domingo Espetacular, jornalístico da Record que marcou 14,5 pontos contra 12,7 no confronto com as apresentações das escolas de samba. Cada ponto no Ibope corresponde a cerca de 58 mil domicílios na Grande São Paulo. No momento de maior diferença entre as audiências, às 23h04, a Record ficou com 17 pontos, enquanto a Globo marcou 13 pontos. Rei Davi vem derrotando sistematicamente as atrações que a Globo coloca para concorrer nos horários de exibição, às noites de terça e quinta-feira. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 10:31 AM PST Por Malu Fontes Alguns programas sensacionalistas de televisão cometeram tanto estardalhaço diante de crimes ocorridos no Brasil nos últimos anos que acabaram por encurralar não apenas a si ou os seus corvos travestidos de apresentadores e repórteres. Encurralaram toda a imprensa, colocando-a praticamente como cúmplice de alguns crimes cometidos com grande repercussão e agora, por conta desse fenômeno, há grandes chances de a imprensa ser responsabilizada, a levar em conta algumas teses que se esboçam no Senado para o próximo Código Penal Brasileiro, pelo tamanho da pena que venha a ser aplicada em alguns julgamentos de pessoas cujos crimes tiveram ampla repercussão midiática. Não deve ser tratado como coisa à toa o detalhe importantíssimo, sobretudo para o cruzamento entre crime e imprensa no Brasil, que foi o fato de a advogada de defesa do assassino de Eloá Pimentel, Lindemberg Alves, de convocar seis jornalistas para comparecer como testemunhas durante o julgamento do rapaz. A estratégia, amplamente divulgada na imprensa, era a de desviar pelo menos parte da culpa do rapaz pelo crime e pulverizá-la sobre a imprensa, por ter dado ampla cobertura ao episódio. CATIVEIRO E TELEFONE - Se no caso Von Richthofen e no caso Nardoni, apenas para citar dois episódios espetacularizados, boa parte dos programas televisivos que cobrem essa natureza de fatos por pouco não incitavam a população a fazer justiça com as próprias mãos contra os acusados logo após os crimes, no caso Eloá Pimentel a coisa foi ainda mais grave, com largos passos ribanceira abaixo na ética jornalística. Ok, ok, podem dizer que Sonia Abraão não é exatamente um exemplo do que se pode considerar como representante da imprensa. Mas o fato é que a apresentadora, seja lá se em nome do jornalismo ou do que quer que seja, entrevistou Lindemberg Alves em pleno cativeiro, ao vivo, por telefone, enquanto o rapaz mantinha quatro pessoas em cárcere privado, armado, ameaçando matar a todos. A cena nada tem de jornalismo policial. E embora pareça ficção, nem na noveladas nove seria crível. Na novela, aliás, há um repórter intrépido de um tal Diário de Notícias que vive apenas para cobrir o subsolo dos tapetes da vilã Teresa Cristina, uma moça rica malvada até a medula e cujo segredo que norteava a trama era uma coisa do outro mundo: a moça, riquérrima, é filha de uma empregada doméstica. Daí a tornar-se assassina para esconder esse segrego, foi um pulo. Mas, voltando a Sônia Abrão, os coleguinhas e Lindemberg: a imprensa, na época, se aproximou tanto do cenário do crime e da interlocução com o criminoso que durante a semana os jornalistas envolvidos na parte feia daquela cobertura devem, ou deveriam, ter se sentido um pouco no banco dos réus junto com o assassino, independentemente de terem sido convocados ou não pela defesa do rapaz e de terem comparecido ou não, já que não eram obrigados por lei. ESQUISITA - O fato é que Abraão inaugurou esse formato fofo de entrevistar ao vivo criminoso durante a prática do crime. Ao mesmo tempo em que era entrevistado, o tal via-se na televisão da casa onde mantinha quatro pessoas em cárcere privado, ameaçadas de morte todo o tempo sob a mira de um revólver e cujo desfecho o país inteiro acompanhou literalmente ao vivo. O criminoso teve acesso a tudo, até a entrevistas de especialistas em segurança pública dando orientações e consultoria sobre como a polícia deveria agir. Que a advogada do rapaz no julgamento é meio esquisita, todo mundo que acompanhou do caso durante a semana mais que desconfia. Mas dizer que a imprensa comportou-se como uma dama ética no caso Eloá são outros quinhentos. Parte da imprensa brasileira tem exagerado tanto na cobertura de crimes ainda na fase de denúncia, processo, inquérito que o feitiço já ameaça virar-se contra o feiticeiro. Imbuída do aprimoramento do Código Penal Brasileiro, visando criar leis adaptadas às mudanças sociais, sempre muito mais rápidas e dinâmicas que o mundo lento das leis, uma comissão de juristas notáveis criada pelo Senado está discutindo se a cobertura "abusiva e degradante" feita pela imprensa poderá reduzir a pena de réus condenados, como forma de compensação moral. VANGUARDISMO - O que a comissão discute é o seguinte: se o acusado já foi tão linchado pela imprensa, então a Justiça pode dar um desconto e reduzir a pena, já que parte já foi expurgada no primeiro julgamento, o da imprensa justiceira. Em linguagem jurídica e bonita, a justiça poderá levar em consideração se o abuso à imagem do acusado não lhe representou uma sanção moral tão grande que merece um atenuante no momento de fixação da pena. Pelo jeito, a defesa de Lindemberg ao tentar responsabilizar a imprensa, junto com Lindemberg, pela morte de Eloá, teve foi um quê de vanguardismo. Sua advogada está só um pouquinho adiantada em querer dividir a culpa do crime do seu cliente com os jornalistas corvos que lhe deram, régua e compasso durante toda a ação criminosa, atrapalhando completamente a ação policial e interferindo na confusão mental de quem já demonstrava estar longe do equilíbrio e do bom senso. No julgamento, a defesa apresentou nada menos que um total de duas horas de imagens e abordagens de programas telejornalísticos da época, para refrescar a memória de quem adora fazer malabarismo sobre a tragédia alheia. PRECEDENTES - A tese da possibilidade de redução da pena nos casos de exagero da imprensa, apresentada à comissão de notáveis do Senado, formada por 17 juristas e discutida sem nenhuma rejeição, é mais ou menos a seguinte: o juiz poderá considerar a cobertura da imprensa para determinar uma pena, assim como na legislação vigente já se considera a motivação do crime e a conduta do acusado. Sobre o tema de sempre, a censura, os notáveis juram que está longe deles querer cercear a imprensa em sua liberdade de abordar o que quer que seja da forma como quiser. Sim, mas não vamos nos queixar depois dos usos feitos dessa abordagem. O caso Eloá deve criar precedentes. Malu Fontes é jornalista, doutora em Comunicação e Cultura e professora da Facom-UFBA; maluzes@gmail.com às06:45 0comentários:Do Blog do Ricky. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 08:22 AM PST Alavanca do capitalismo, a televisão é hoje o principal inimigo da livre concorrência O desfile das escolas de samba pode até ser o maior espetáculo da terra. Mas a televisão brasileira ainda não aprendeu a transmiti-lo. Há uma forte razão que obriga todas as escolas a terem um samba-enredo e que seus integrantes sejam estimulados a cantá-lo e sambar com ele. Mas quem assiste ao desfile pela TV, logo percebe que o áudio é um mero detalhe. A transmissão não se ocupa dele. Os sons parecem todos iguais e se não fosse por dois minutos de legenda, nem sequer saberíamos qual a música que cada escola escolheu para guiá-la. Os enredos são mesmo complexos, falam de muitas coisas diferentes ao mesmo tempo. Mas o carnavalesco nem precisaria se preocupar em armar uma ordem mais ou menos lógica para tentar explicá-lo. A transmissão da TV é randômica, vai e vem para frente e para trás freneticamente, alternando alas, destaques e carros e impossibilita ao espectador saber quem está na frente, quem está atrás. A bateria é o pulmão de qualquer escola de samba, e quem quer que já a tenha ouvido ao vivo tem exata noção de sua importância e da emoção que provoca. Mas o som que ela produz é quase inaudível nas transmissões. Os instrumentos dos ritmistas mais parecem fantasias. Como todo o desfile, aliás, muito mais plástico que acústico.
A TV Globo continua tratando os espectadores pela doutrina Willian Bonner, segundo a qual quem está do outro lado da tela são milhões de Homer Simpson. É preciso explicar cada uma das cenas como se estivéssemos assistindo a uma inusitada cerimônia aborígene ou a transmissão do parlamento sueco. Mas os comentários que ouvimos na longa transmissão forjam, mais ainda que os enredos incompreensíveis, aquilo que o compositor e humorista Stanislaw Ponte Preta denominava "samba do crioulo doido". O falso suicídio de Wladimir Herzog foi um tema muito "desenvolvido", diz o narrador. Antônio Conselheiro, líder da revolta de Canudos, vira mártir da independência brasileira. E por aí vão os comentários que nos impedem de ouvir as músicas. Samba e enredo, cultura e alegria, engenho e arte, tudo sai de cena quando o assunto é encontrar celebridades na avenida. Como madrinhas de bateria, destaques de alegorias ou diretores ad-hoc, toda escola tem os seus globais, que serão fartamente iluminados pelas câmaras da casa durante todo o desfile e entrevistados em plena ação, mesmo que para isso alas inteiras devam sucumbir na sombra. Descobre-se, ao final, entre tantas vinhetas, salas especiais e recursos visuais repetidos ad nauseam, que a vedete do Carnaval é sempre a própria emissora. E como se não bastasse trucidar o desfile, a Globo ainda estimula seus milhões de telespectadores a opinar pelo telefone justamente sobre aquilo que não viram. Como escolher entre os vários sambas-enredo que a emissora impediu que conhecêssemos? Como dar nota às baterias cujos sons nos foram sonegados? Não, a nota não tem nenhum valor, dizem eles insistentemente; apenas preço: trinta e poucos centavos mais os impostos etc. Mudar de canal, como se sabe, é impossível. Formadora constante de monopólios, a TV, alavanca do capitalismo, está se tornando, paradoxalmente, a maior inimiga da livre concorrência. Para corridas, jogos ou eventos musicais, não existe mais opção nesse liberalismo totalitário. Vai chegar um dia que alguma emissora, possivelmente a própria Globo, terá exclusividade na cobertura de uma passeata, na apuração da eleição ou na posse de um presidente. Para as escolas, o dinheiro engrossa o caixa não apenas pelos direitos de transmissão, mas cada vez mais pelo uso do merchandising. Produtos, locais ou pessoas vão se tornando enredos à medida em que são bons de retorno financeiro - é a tal força da grana que ergue e destrói as coisas belas. Assistimos à escola bancada pelo iogurte, com uma ala de lactobacilos, ou à que rende homenagem à mulher, alojando rimas da esponja de limpeza patrocinadora nas estrofes do samba. Se o mundo é um moinho, como já ensinava Cartola, e vai mesmo reduzir nossas ilusões a pó, talvez devêssemos é nos dar por satisfeitos, enquanto o Carnaval não se transforma num enorme reality show. No Sem Juízo, por Marcelo SemerPostado porzcarlosàs13:49:000comentários Marcadores:Carnaval,Rede Globo,Televisão Do Blog COM TEXTO LIVRE. | ||||||||||||||||
Posted: 23 Feb 2012 03:29 AM PST Vejam só o que deseja o senhor José Serra. Que as prévias do PSDB em São Paulo – Capital – sejam mantidas, mas, que o vencedor seja indicado para ser seu vice, na chapa que concorrerá a Prefeitura nesse ano. Se Serra for eleito Prefeito, ele renunciaria ao cargo em ABRIL de 2013, PRAZO DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO, para as eleições presidenciais, e aí seu VICE assumiria a Prefeitura. José Serra pensa em utilizar a desesperadora situação de seu partido, o PSDB, para impor seu nome mais uma vez, como futuro candidato dos tucanos à presidência da República. Caso Serra não concorra a Prefeitura de São paulo, o PSD de Kassab vai todo com Haddad do PT, e aí a fatura estará liquidada na Capital paulista. Com o PT conquistando a Capital e com mais o PSD como aliado, a oposição estará nacionalmente praticamente liquidada, e o PSDB não terá forças para manter o Governo de São Paulo e nem enfrentar a disputa presidencial para 2014. A única chance dos tucanos é com Serra disputando a prefeitura, com Kassab lhe apoiando, visto que moralmente está obrigado a isso. Só que Serra vai exigir (o encontro decisivo será hoje ou amanhã), que o PSDB se comprometa com ele, inclusive antecipando para setembro desse ano (2012) o anúncio ainda que informal, da sua candidatura. Aécio Neves está fulo da vida e há quem diga que ele considera essa jogada um "absurdo", uma chantagem. Ocorre que a situação da oposição é tão delicada, que ninguém quer ao menos arriscar o pouco de poder e governo que ainda tem. Os tucanos paulistas estão apavorados inclusive com a possibilidade do DEM ser extinto e se fundir com o PMDB. Nesse caso só restaria o PPS, ou seja, não restaria nada. E tem mais, a possibilidade de Serra deixar o PSDB existe. Se o partido insistir em Aécio, Serra vai fazer tudo o que foi relatado e virá candidato por um partido que lhe aceite a filiação. A obsessão serrista não tem tamanho. Ele não perdoa a traição das últimas eleições e acredita mesmo que o povo paulista é desmemoriado ou não se importa de ser enganado. Serra já enganou os paulistanos uma vez, garantindo que cumpriria seu mandato, e renunciou. Está disposto a contar a mesma mentira agora. NOTA DO SARAIVA: Como sempre recomendo a leitura dos comentários, que até agora são 14. Vejam por exemplo este compiado do 007BONDeblog:
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Posted: 23 Feb 2012 03:13 AM PST Do Blog do Miro - 22/02/2012 Por Altamiro Borges Muita gente achou estranha a baixa pontuação que a TV Globo deu para a escola de samba Gaviões da Fiel durante seu desfile no sambódromo de São Paulo. Para o blogueiro Eduardo Guimarães, a "enquete dos telespectadores", que deixou a escola no sétimo lugar, foi manipulada e visou puni-la por sua homenagem ao ex-presidente Lula. Há quem desconfie desta avaliação. O que dizer, então, da matéria da jornalista Keila Jimenez, do blog Outro Canal, hospedado na insuspeita Folha, sócia das Organizações Globo em outros empreendimentos da comunicação. Para ela, a emissora manipulou também o desfile do Rio de Janeiro: ***** Globo foge do enredo sobre Olimpíada de Londres Por Keila Jimenez Pouca gente reparou, mas a Globo fez um grande esforço durante a transmissão do desfile da escola de samba carioca União da Ilha, na segunda-feira (20). A agremiação, que levou a história da Inglaterra para a Sapucaí, caiu em um assunto ingrato para a emissora: a Olimpíada de Londres, este ano, que a líder de audiência não irá exibir. Os direitos da competição são exclusividade da Record. Durante todo o desfile, repleto de referências da cultura inglesa e da próxima Olimpíada, Glenda Kozlowski e Luis Roberto, que comandaram a transmissão da Globo, se apoiaram no final do enredo, que encerrava a passagem da escola falando da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Diferentemente de Londres, os jogos do Rio serão transmitidos pela Globo. Diante da saia-justa, os narradores evitaram ao máximo falar da competição na Inglaterra, que será em julho. Mesmo vendo foliões com bandeiras de "Londres 2012″, Glenda falava: "Olha aí os anfitriões de 2016!". Procurada, a Globo não comentou o assunto. ***** Ainda existe muita gente que acredita na isenção e neutralidade da Rede Globo. Mas, por interesses políticos ou comerciais, a poderosa emissora não dá ponto sem nó. Mesmo com a queda acentuada de audiência nas transmissões do Carnaval, o império da famiglia Marinho não muda a sua postura manipuladora. O uso do cachimbo entortou a boca de vez. ***** Leia também: - TV Globo dançou no Carnaval - Rede Globo: poder e corrupção - TV Globo manda no futebol - Bombeiros expulsam a TV Globo Do Blog ContrapontoPIG. . |
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