segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Globo incitou manifestações no 7 de setembro no Rio


SARAIVA 13etembro no Rio


Globo incitou manifestações no 7 de setembro no Rio

Posted: 08 Sep 2013 01:50 PM PDT


A grande imprensa alarmou durante semanas  sobre as manifestações que "tomariam conta das ruas do Brasil" no sete de setembro, mas o que se viu foi um encolhimento dos protestos para o real tamanho das suas indignações alvo.
Os maiores agrupamentos aconteceram no Rio de Janeiro e foram direcionados para Sérgio Cabral, mas não somente.  A Globo também foi alvo destes protestos na capital fluminense, mas, como esperado, não noticiou que os manifestantes também pediam a democratização da mídia e gritavam palavras de ordem contra ela.
Apesar da ira de alguns grupos contra Cabral, o número de participantes foi baixo.
As emissoras de TV seguiram suas programações normalmente.
A exceção foi a Globo que cobriu os protestos em um RJTV especial.
A transmissão ao vivo do que ocorria na avenida Presidente Vargas, importante via do centro do Rio de Janeiro, parecia sob medida para, além de informar, incitar a participação mais pessoas para que comparecessem ao local e engrossassem a massa de descontentes.
Imagens de helicópteros e de celulares foram utilizadas para tentar amplificar as manifestações e torná-las ainda maior do que, de fato, eram.  A Globo tentou assumir o comando das ruas e criar fato político através de sua programação pró-manifestos apolíticos. Mas falhou…
Por volta das 12h30, uma imagem aérea fechada em um grupo de manifestantes deu close em uma faixa que se lia: "Abaixo a Rede Globo". Imediatamente o câmera postado no helicóptero, avisado pela produção do jornalístico, abriu a imagem e tirou o foco da faixa.
Nenhum comentário foi feito sobre aquela queixa registrada na faixa flagrada acidentalmente pelas câmeras globais…Ah, a dissimulação da Globo permanece, tal qual a sua desfaçatez ao reconhecer o erro de ter apoiado a ditadura, com a qual lucrou bastante, 50 anos depois!
O fracasso das manifestações convocadas por grupos radicais de direita e, amplamente divulgados pela imprensa, como espécie de convocatória cívica conservadora, representa uma vitória de Dilma, pois foi pouco incomodada, e mais preocupações para alguns governadores, como Cabral e Alckmin, que seguem cercados por grupos sociais descontentes.
A Globo e seus pares midiáticos acusaram o golpe e puderam perceber que não são capazes de direcionar a indignação de movimentos organizados ou desorganizados.
E se o grupo que ocupou o monumento ao Zumbi dos Palmares tivesse mudado o rumo e chegado até a rua Irineu Marinho, nº 35, ali perto, onde funciona o QG do jornal O Globo?
Em Brasília o prédio da emissora carioca foi apedrejado…
O feitiço virou contra o feiticeiro, é uma máxima que esteve perto de se concretizar a Globo, não por acaso, no dia da independência…
Fonte: Blog Palavras Diversas.
Postado por às 9/08/2013 

Do Blog DESABAFO BRASIL.

VOX POPULI: COM 38%, DILMA VENCERIA EM 1º TURNO

Posted: 08 Sep 2013 01:47 PM PDT

Revista Carta Capital divulga pesquisa do Instituto Vox Populi que mostra a presidente Dilma Rousseff com 38% de intenções de voto, contra 36% para a soma de seus principais adversários: Marina Silva (19%), Aécio Neves (13%) e Eduardo Campos (4%); Dilma ganhou três pontos percentuais sobre o último levantamento, enquanto os três concorrentes perderam, juntos, nove pontos; maior perda ocorreu no campo de Marina; Aécio é o que mais sobe; Dilma ganha fôlego e terreno

Do Brasil 247


A presidente Dilma Rousseff está ganhando terreno sobre os adversários e já volta à situação de quem venceria a eleição de 2014 em primeiro turno – posição que ostentava antes dos protestos populares de junho.

Pesquisa Vox Populi divulgada nesta sexta-feira 6 pela revista Carta Capital aponta a presidente com 38% de intenções de voto para o primeiro turno das eleições, dois pontos percentuais a mais que a soma de seus adversários mais conhecidos.

Marina Silva marcou 19%, Aécio Neves obteve 13% e Eduardo Campos, 4%. Eles chegaram a 36%. A principal novidade da mostra, porém, é a distância registrada entre Dilma Rousseff e Marina Silva, que vinha se aproximando da presidente. Agora, essa vantagem quase dobrou - passou de 9 para 19 pontos.

"O mesmo ocorre quando se substitui Aécio por José Serra na cabeça de chapa do PSDB ou quando o paulista é incluído como opção do PPS. Serra levaria os tucanos a 18% das intenções de voto, porcentual idêntico ao de Marina, e Dilma permaneceria com 37%. Ou seja, não haveria mudança expressiva", avalia Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi.

Reportagem recente publicada pelo 247 mostra que a estratégia política da presidente tem motivado a sua recuperação nas pesquisas depois das manifestações. Além disso, ela viu a oposição errar em alguns fatos recentes, como com as críticas ao programa Mais Médicos, que não ganharam o aval da população. Leia mais em Melhor nas pesquisas, Dilma vê oposição errar.

Fonte: Brasil 247

O QUE DIRIA O DOUTOR ROBERTO?

Posted: 08 Sep 2013 12:58 PM PDT



Passado meio século, as Organizações Globo vêm a público para fazer o seu 'mea-culpa'. Em editorial publicado no dia 1º de setembro no jornal O Globo, a família Marinho admite, sem meias palavras, que "à luz da história, o apoio [à ditadura militar] se constituiu um equívoco". No título da matéria, em letras garrafais, lê-se que o "Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro". Os mais atentos hão de recordar que durante décadas o jornal jamais usou a expressão golpe e sim "revolução". Ainda segundo a matéria, trata-se de uma "decisão madura, cuja consciência não é de hoje, vem de discussões internas de anos". O texto é um arrazoado de frágeis justificativas de alguém comprometido até medula com um dos períodos mais negros da história desse País. Como ensina os versos do poeta amazonense Thiago de Mello em seu livro "Mormaço na Floresta", "para quem não viveu, convém contar. A quem já se esqueceu, convém lembrar".


Sob a batuta do patriarca Roberto Marinho – doutor Roberto, como era conhecido – as Organizações Globo não só apoiaram o golpe de 64 como acobertaram e deram guarida a todas as infâmias praticadas pelos gendarmes de plantão. Eram tempos de terror, medo e insegurança; de prisões arbitrárias, torturas e mortes. Ao sair pela manhã, nenhum cidadão tinha a certeza de retornar para casa ao fim do dia. Os exemplos são incontáveis. Os delatores andavam as espreitas na caça de comunistas ou de qualquer um que não comungasse de suas ideias. O poder era exercido pelo arbítrio, pela prepotência, e a lei do mais forte é que prevalecia nos porões dos quartéis e delegacias onde se praticavam verdadeiras sessões de carnificina. Ninguém estava a salvo.

A primeira vítima, como acontece nos regimes opressivos, é a verdade. A censura foi imposta goela abaixo e a imprensa totalmente cerceada. Mas alguns tinham que fazer o jogo sujo da farsa, da mentira. A dor dos mutilados, das famílias órfãs e dos filhos desaparecidos era sufocada pela propaganda oficial que ensinava o País cantar marchinhas do tipo "Eu te amo meu Brasil". As manchetes de jornais, editoriais e telejornais de televisão mostravam a ilusão de um Brasil capaz de realizar verdadeiros milagres econômicos. Só que tudo isso tinha um preço.

Mas convenhamos ninguém foi mais eficaz nessa arte que o Doutor Roberto. Enquanto transitava de braços dados com os donatários do poder e seus acólitos, cobrou caro pelo serviço. Seu conglomerado midiático não só abocanhou – e continua a fazer ainda hoje – as maiores fatias da propaganda oficial, como usufruiu de benesses que só os amigos do poder são capazes de angariar. Dinheiro, poder e o monopólio quase absoluto a ponto de anestesiar a consciência política de boa parte dos patrícios.

Finda a ditadura – ou a "ditabranda" como preferem alguns de seus colegas paulistanos - o velho capo ainda encontrou espaço para se impor. O primeiro presidente pós-regime militar, José Sarney, só nomeou o economista Mailson da Nóbrega para o ministério da Fazenda após ser sabatinado pelo dono da Vênus Platinada. Em 1989, comandou pessoalmente a edição de um debate na televisão para favorecer Collor de Mello e não permitir a vitória de Lula. Em tempos recentes, nunca escondeu sua predileção pelo ninho tucano. Aliás, herança esta que após sua morte, em 2003, se mantém incrustada nos corredores e redações do Sistema.  

As tragédias humanas não permanecem camufladas para sempre. A história, cedo ou tarde, traz a verdade à tona. Os vilões, por mais que insistam, são incapazes de apagar as marcas de seus deletérios. Amiúde, provocam a ira dos que caminharam lado a lado e depois se sentem apunhalados. O Clube Militar, em resposta ao editorial da família Marinho, divulgou uma nota oficial onde afirma que "declarar agora que se tratou de um 'equivoco da redação' é mentira deslavada. Trata-se de revisionismo, adesismo e covardia".

O rei, mesmo morto, finalmente está nu.
 
Do Blog AGENDA CAPITAL, por sugestão de Sérgio Lins.

Jornal não 'concordou' com o golpe, promoveu-o

Posted: 08 Sep 2013 12:33 PM PDT


Mauro Malin, Observatório da Imprensa
 
"Um primeiro e essencial desacordo com o texto de autoindulgência publicado no O Globo de 1º de setembro (leia aqui) diz respeito a uma falácia quanto à participação do jornal no movimento que levou ao golpe de Estado de 1964. Está escrito que o O Globo "concordou com a intervenção dos militares". Não é verdade. Embora outros tivessem muito mais prestígio e influência – como, por exemplo, o Jornal do Brasil, o Correio da Manhã e o O Jornal, no Rio de Janeiro, e o O Estado de S. Paulo, na Pauliceia –, o jornal da Rua Irineu Marinho foi um dos incentivadores do movimento golpista. Não "concordou". Promoveu.
Registra Carlos Chagas no precioso O Brasil sem retoque: A História contada por jornais e jornalistas, 1808-1964, vol. II, página 1.052, que no início de 1964 Roberto Marinho passa a frequentar a casa do general Humberto de Alencar Castelo Branco, então chefe do Estado-Maior do Exército, assim como faziam outros conspiradores, nomeadamente os deputados udenistas Bilac Pinto e Aliomar Baleeiro.
Castelo era historicamente um oficial legalista. Relutou muito em se incorporar ao movimento conspiratório, que tinha no proprietário do O Estado de S. Paulo, Júlio de Mesquita Filho, um de seus mais influentes chefes civis. É relativamente conhecido o documento com diretivas para um governo ditatorial escrito por Mesquita. Chagas cita-o longamente. "
Artigo Completo, ::AQUI::

POR QUE DIRCEU DEVE RECORRER À OEA

Posted: 08 Sep 2013 12:28 PM PDT

"Faz sentido aceitar estoicamente o julgamento do Mensalão depois que vieram à luz, após o veredito do final do ano passado, tantos descalabros entre os juízes do Supremo Tribunal Federal?", questiona o jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo; segundo ele, que chama a corte suprema de "segunda ou terceira classe", com ministros "fracos e [alguns parecem] teleguiados", "as evidências de absurdos no julgamento têm que ser analisadas num fórum menos contaminado"; leia seu artigo
8 DE SETEMBRO DE 2013
247 - José Dirceu tem que ser duramente criticado, avalia o jornalista Paulo Nogueira, num artigo publicado neste domingo 8 no Diário do Centro do Mundo. Mas aí a ser "condenado a dez anos de prisão e chamado de chefe de quadrilha" pelos ministros da corte suprema do Brasil, já é uma "digressão".
"Faz sentido aceitar estoicamente o julgamento do Mensalão depois que vieram à luz, após o veredito do final do ano passado, tantos descalabros entre os juízes do Supremo Tribunal Federal?", questiona Nogueira, que chama o STF de corte de "segunda ou terceira classe", com ministros "fracos e [alguns parecem] teleguiados".
"As evidências de absurdos no julgamento têm que ser analisadas num fórum menos contaminado", acredita o ex-diretor da Editora Abril. Ele sugere, ainda, uma reflexão: "Você não precisa ser a favor de Dirceu. Basta ver quem é contra. A Globo, por exemplo. Quando a Globo apoiou uma boa causa no Brasil?".
Leia abaixo seu artigo:
Por que Dirceu deve recorrer à OEA
As evidências de absurdos no julgamento do Mensalão têm que ser analisadas num fórum menos contaminado que o STF
E eis que Dirceu fala, mais uma vez, em recorrer à Corte Internacional da Organização dos Estados Americanos.
Já tratei disso aqui. E, pelas circunstâncias, volto: Dirceu disse a semana passada que pretende recorrer à OEA.
Voltemos, então.
Vamos refletir sem paixões partidárias. Não sei se isso é possível num país tão polarizado, mas para o Diário é: nosso partido é a Escandinávia, e os leitores sabem disso.
Pois bem.
Faz sentido aceitar estoicamente o julgamento do Mensalão depois que vieram à luz, depois do veredito do final do ano passado, tantos descalabros entre os juízes do Supremo Tribunal Federal?
Mesmo leigos hoje são capazes de dissertar, com propriedade, sobre pataquadas ocorridas no julgamento.
Nossa mais alta corte – sejamos francos – é de segunda, ou terceira, classe. Muitos de seus integrantes são, numa palavra, fracos, e alguns parecem teleguiados.
Há sinais de que nenhum deles sabia o que é o chamado BV, Bônus por Volume – uma propina legal inventada pela Globo para forçar as agências a anunciar nela.
E o BV pode explicar coisas que sequer foram discutidas num julgamento em que o STF, sob as câmaras interesseiras da televisão, mais pareceu o BBB.
E então, com toda a precariedade do STF, e mais a pressão da mídia, você é condenado a dez anos de prisão e chamado de chefe de quadrilha, como aconteceu com Dirceu.
Faça as contas: ele já passou dos 60 faz algum tempo. Pode viver parte de seus últimos anos na cadeia.
E condenado por quem? Não por Cíceros, não por Catões – mas por Barbosas e Fuxes, e mais a máquina dos Marinhos.
Você não precisa ser a favor de Dirceu. Basta ver quem é contra. A Globo, por exemplo. Quando a Globo apoiou uma boa causa no Brasil?
Roberto Marinho era dono de um jornal medíocre e pequeno quando encontrou, na ditadura militar, um aliado. Ganhou televisão, ganhou facilidades, e todos sabemos o que deu: mais que o apoio cego à ditadura, a alma.
A Globo virou grande não pelo talento de Roberto Marinho, que aliás jamais escreveu que se saiba uma legenda. Mas pelas absurdas vantagens que desfrutou na ditadura em troca de apoio.
Isso está registrado no livro Dossiê Geisel, da editora FGV, um vital retrato da ditadura feito a partir dos documentos pessoais de Geisel.
Leia.
Ali estão citados os encontros que Roberto Marinho fazia com empresários para promover entre eles a causa da ditadura.
Armando Falcão, ministro da Justiça de Geisel, se referia a Roberto Marinho como "o mais fiel e constante aliado" da ditadura entre os donos da mídia. E falava também dos pedidos de Roberto Marinho na contrapartida de tamanha fidelidade e constância.
A Globo grande nasceu desse conluio. Meritocracia zero, ou abaixo de zero.
E então você se chama Dirceu e se vê na iminência de fazer as malas e partir para o xilindró porque a Globo quer que isso aconteça.
Dirceu tem que ser duramente criticado, sim. Como uma das lideranças mais importantes do PT, fez menos do que deveria para reformar o Brasil nestes dez anos.
O Brasil avançou socialmente, mas menos do que poderia e deveria.
Um trabalho sério teria promovido mudanças, por exemplo, no Supremo. Você não pode colocar um Barbosa – por ser negro – ou um Fux – por matar no peito – e imaginar que vai transformar o STF num tribunal de sábios.
A conta pode chegar e chegou.
Mas isso é uma digressão.
De volta: você se chama Dirceu e foi condenado por eles.
A quem apelar?
Sim, à Corte Internacional da Organização dos Estados Americanos.
Seja o que for que a OEA delibere, lá a voz da mídia não perturbará tanto, não influenciará tanto, não terá efeito tão nocivo ao que se entende que seja justiça. A mesquinharia de Barbosa vai contar pouco.
Dirceu e os demais réus devem fazer a coisa certa.
Postado há 1 hour ago por
 

Crocodilos derrotados

Posted: 08 Sep 2013 12:16 PM PDT

Nossos cronistas que tentam impedir que os condenados da Ação Penal 470 tenham direito a uma revisão adequada de suas penas e mesmo uma segunda jurisprudência perderam um argumento depois de ontem. 
Numa postura autoritária, que confundia seus desejos com a realidade, falavam do monstro, do ronco, do demônio das ruas para justificar a prisão imediata dos condenados. 
Mas tivemos protestos de participação modesta, que confirmam não só a vergonhosa ignorância da fatia conservadora da elite de nossos meios de comunicação quanto às preocupações reais que afligem a maioria da população, mas também sua total falta de compromisso com a apuração e divulgação de fatos verdadeiros e informações confiáveis. 
Querem fazer propaganda, querem ideologia – e não é difícil entender a razão. 
Interessados num eventual proveito político do julgamento, tentam chantagear as instituições da democracia, sem importar-se, sequer, com outros prejuízos de natureza cultural que o estimulo à baderna possa produzir. 
Como observou Janio de Freitas, pela primeira vez na história as pessoas saíram a rua num 7 de setembro sem "incluir, sequer remotamente, algo da ideia de nacionalidade, ou de soberania, de independência mesmo." 
Diz ainda Janio: "pelo visto, não faria diferença se, em vez do Sete de Setembro, a celebração mais próxima fosse o Natal. Ou Finados."
Lembrando que somos uma pátria de desiguais, o Grito dos Excluídos disse a que veio. Mas só. 
Os demais não disseram nada, embora fosse sobre eles que se disse tudo – especialmente, que o STF deveria se acovardar. 
Há um componente maligno e manipulador nesse esforço para anunciar que um protesto será uma manifestação grandiosa. 
Procura-se estimular o efeito manada naquele conjunto de cidadãos capazes de sair a rua porque acham que "todo mundo vai estar lá". Numa sociedade pouco organizada como a nossa, onde os partidos políticos são o que são e as demais organizações sociais são aquilo que se conhece, muitas pessoas sentem-se desenraizadas e sem compromisso social maior. Ficam impressionadas com demonstrações de força. 
Tenta-se contaminar nestes indivíduos um sentimento de solidão e isolamento caso não acompanhem os atos daqueles que se quer transformar numa "maioria" que ninguém ouviu nem diz onde mora nem sabe o que pensa – e muitas vezes nem pode ver o rosto, o que não é casual. 
A leitura de Hanna Arendt, uma das mais fecundas estudiosas do nascimento de movimentos totalitários que levaram às piores ditaduras do século passado, permite interessantes comparações com aquilo que se diz e se faz no Brasil de hoje. Não tudo, mas boa parte, pelo menos. 
Hanna Arendt explicou que os movimentos contra uma democracia ainda em gestação na Europa entre as duas Guerras precisaram de "uma grande massa desorganizada e desestruturada de indivíduos furiosos, que nada tinham em comum exceto a vaga noção de que as esperanças partidárias eram vãs; que, consequentemente, os mais respeitados, eloquentes e representativos membros da comunidade eram uns néscios e que as autoridades constituídas eram não apenas perniciosas, mas também obscuras e desonestas." ("Origens do totalitarismo", página 444). 
É claro que, diante do fiasco comprovado de ontem, ninguém irá admitir que nunca houve uma relação direta nem clara entre a ação 470 e os protestos de junho. 
Havia, há dois meses, quem protestasse contra os condenados. Era muita gente, sem dúvida. Mas havia uma raiva mais ampla e generalizada, que envolvia o sistema político, a saúde pública e, como causa inicial, não vamos esquecer, o transporte público. 
Reconhecer isso hoje seria aceitar que se fez uma descrição política interesseira, que pretende dar ao povo um tratamento de ralé, estimulando, acima de tudo, a busca de um líder autoritário – para empregar, mais uma vez, a análise de Hanna Arendt. 
Para ela, povo é aquele movimento social articulado a partir de interesses concretos e definidos, inclusive de classe social, que reage para defender seus direitos quando são atacados – e por isso ela identifica povo com a democracia. 
Já a ralé, no sentido político, é formada por uma massa de cidadãos de várias classes, alimentados por uma " amargura egocêntrica" que produz uma forma de "nacional tribal" e também o "niilismo rebelde."
Analisando a estratégia de um dos mais cruéis líderes de um movimento em si monstruoso como o nazismo, Arendt fala que Himmler procurava recrutar integrantes das SS entre cidadãos que não estavam interessados em "problemas do dia a dia" mas somente em questões ideológicas de quem acredita trabalhar "numa grande tarefa que só aparece uma vez a cada dois mil anos." 
Vejam algumas semelhanças entre as coisas. 
No livro " A Cozinha Venenosa, " no qual estuda a emergência do nazismo a partir da história de um jornal socialdemocrata de Munique, a jornalista Silvia Bittencourt lembra uma frase do hino da SS: "a Alemanha desperta." 
Descrevendo a "atomização social e a individualização extrema", Hanna Arendt fala de massas que, "num primeiro desamparo de sua existência, tenderam para um nacionalismo especialmente violento." 
Avaliando o comportamento dos partidos que tinham uma postura de cumplicidade nos ataques a democracia, diz que agiam assim "por motivos puramente demagógicos, contra seus próprios instintos e finalidades." 
Na verdade, a falta de disposição espontânea para transformar o 7 de setembro numa jornada de confronto político real, como ocorreu em junho, não era tão difícil assim de ser percebida. 
Em 4 de setembro registrei neste espaço minhas dúvidas sobre o tão falado monstro e seu "ronco", como dizem os adoradores de todo movimento capaz de ser usado para causar prejuízos ao condomínio Lula-Dilma. 
Falando dos crocodilos que rondam o Supremo, escrevi: 
"Tenho certeza absoluta de que muitos brasileiros querem a prisão dos condenados pela ação penal 470. São sinceros e estão convencidos de seus motivos. Acho que o massacre dos meios de comunicação, tendenciosos, tem muito a ver com isso.
Não custa lembrar, contudo, que o Brasil não se resume a essas pessoas. Todos os deputados indiciados na ação penal 470 e que disputaram cargos eleitos em 2010 tiveram boa votação. Em 2012 a lei ficha limpa tirou João Paulo Cunha do pleito em Osasco. Senão, teria sido eleito prefeito. Não pode concorrer e emplacou um substituto no posto. Dirceu só não foi eleito em 2010 porque perdeu os direitos políticos no Congresso.
(...)
O "povo", "a rua", "o monstro" compareceu em massa às urnas em 2006, 2010, 2012. Em nenhuma dessas ocasiões a ação penal 470 derrotou qualquer candidato a presidente, a governador, a prefeito. Ocorreram derrotas e vitórias espetaculares. Sei da opinião de quem vai aos protestos. Mas basta andar pela rua e perguntar a opinião da população sobre Dilma. Ou sobre Lula." 
Seria ilusório no entanto, esperar por um balanço politicamente honesto deste 7 de setembro. Ninguém irá aplicar o mesmo critério e reconhecer que a população não está com tanta pressa assim –-- e dar uma folga na chantagem sobre o Supremo, deixando que, nos últimos dias, seja capaz de encarar os fatos e reconhecer que tem o dever de abrir o debate para a discussão dos embargos infringentes, uma possibilidade de assegurar a pelo menos uma parcela dos réus o direito de uma revisão de suas penas. 
As "ruas " e o "monstro" eram apenas pretextos convenientes para justificar uma postura autoritária para mobilizar a população, de qualquer maneira, para exigir punições exemplares. Não deu certo e agora se mudará de assunto para perseguir o mesmo alvo, que é criminalizar as mudanças ocorridas no país nas últimas décadas. Como se faz sempre, a retórica consiste em transformar o bom em regular em ruim, o ruim em péssimo – e dizer que tudo o que há de ótimo saiu da cartola da oposição, enxotada do Planalto com uma popularidade negativa de 13 pontos. 
A transmissão ao vivo do julgamento, ainda no ano passado, destinava-se a transformar uma decisão que deveria ser tomada num ambiente de serenidade e recolhimento num espetáculo público com várias demonstrações de autoritarismo e intolerância. 
Tivemos um ministro relator que jamais foi um juiz, mas um aliado da acusação e, em vez de ser questionado a respeito, foi aplaudido exatamente por isso. 
Este comportamento permitiu várias distorções e abusos. No último exemplo, o ministro Ricardo Lewandovski demonstrou, com dados irrefutáveis, o agravamento artificial das penas com a finalidade de impedir que, apesar das denúncias injustas, da falta de provas, da fraqueza de tantas acusações, os réus pudessem beneficiar-se de um direito universal – a prescrição de penas depois de determinado prazo de investigação. 
Estimulando atitudes de quem se coloca acima da lei, improvisa soluções sob encomenda a seus interesses, o que se quer é outra coisa. 
Convencer o "niilismo rebelde" e o "nacionalismo tribal" que é possível desrespeitar a democracia pois ninguém será capaz de reagir. Estamos sendo submetidos a um teste. 
Através do ataque aos direitos de 25 condenados, pretende-se atingir os direitos do povo inteiro É um plano para um prazo mais longo, amplo e profundo.
Se, em outubro de 2014, Dilma Rousseff e Lula confirmarem o dizem as pesquisas eleitorais de hoje, cravando uma quarta vitória eleitoral consecutiva sobre a " a amargura egocêntrica" das elites, nós poderemos saber exatamente o que estava em jogo no espantalho do monstro de 7 de setembro -- obter, fora das urnas, fora do respeito devido às instituições democráticas, vitórias que só a soberania popular pode assegurar.

Com os cumprimentos da democracia estadunidense...

Posted: 08 Sep 2013 12:13 PM PDT

  Napalm contra os vietnamitas
      
 ...e da democracia Israelense
 Bombas de Fósforo contra os palestinos
E contra os libaneses bombas de urânio

Tudo arma proibida.
E a Síria é que vai pagar o pato?
Enquanto essa mídia corrupta e servil insistir que Estados Unidos e Israel são democracias, pouca coisa vai mudar.
Mas com certeza vai mudar.
Ou alguém duvida?
No Blog do Bourdoukan

Infringentes aceitos foram "ficção jurídica"?

Posted: 08 Sep 2013 09:09 AM PDT

Do Brasil 247 - 8 de Setembro de 2013 às 07:03

 

:  

Questionamento é do ministro Ricardo Lewandowski, que defende a aceitação dos embargos infringentes na Ação Penal 470, sobre o que dizer desse tipo de recurso já aceito em outros julgamentos pelo mesmo próprio STF, caso prevaleça, nesta semana, a decisão de que eles não são válidos no caso do chamado 'mensalão'; outra questão seria o fato de os embargos de declaração e outros recursos da ação também não estarem previstos na lei 8.038/90, um dos argumento de Joaquim Barbosa para não aceitar os infringentes



247 – A decisão sobre a aceitação ou não dos embargos infringentes pelo STF na Ação Penal 470 deve ser tomada pelo plenário, de uma vez por todas, na próxima quarta-feira 11, quando acontece a próxima sessão e a discussão sobre o tema será retomada.

Defensor desse tipo de recurso, o revisor do caso, ministro Ricardo Lewandowski, questiona o que serão de todos os outros embargos infringentes já aceitos pelo tribunal em outros julgamentos. "Foram mera ficção jurídica?".

A avaliação de Lewandowski consta em notas da coluna Painel, da Folha de S.Paulo, neste domingo. Leia abaixo:

Voto aberto
Às vésperas da decisão do Supremo Tribunal Federal que definirá se cabem ou não embargos infringentes para condenados no mensalão, Ricardo Lewandowski questiona: "A prevalecer a tese de que o multicentenário embargo desapareceu dos tribunais superiores porque não foi expressamente previsto em lei, o que dizer sobre as dezenas de infringentes que o STF julgou nos últimos 23 anos, após a edição dessa lei, inclusive em matéria penal? Foram mera ficção jurídica?"

Como faz? Lewandowski também aponta outra questão, referente aos embargos de declaração e outros recursos da ação penal não previstos na lei 8.038/90: "Também seriam abduzidos do regimento interno do STF e do Código de Processo Penal?"

Yin-yang Mais uma vez, a argumentação do ministro é oposta à de Joaquim Barbosa, presidente da corte, que já se manifestou contrariamente aos recursos que podem mudar o resultado do julgamento. Outros magistrados afirmam ser imprevisível o placar sobre os infringentes.

.

 
Do Blog ContrapontoPIG

Ricardo Kotscho. Fracassa em todo o país "o maior protesto da história"

Posted: 08 Sep 2013 06:23 AM PDT

"Se as oposições e seus aliados do Instituto Millenium esperavam o 7 de Setembro para dar uma guinada no cenário político-eleitoral do país, amplamente favorável à presidente Dilma e ao governo federal, como foi registrado nas últimas pesquisas, é bom que procurem logo outro povo e outro mote para "o maior protesto da história". Desta vez, foi um fiasco retumbante." 
Fracassa em todo o país "o maior protesto da história"
Ricardo Kotscho - Publicado em 07/09/13 às 16h20

Fracassou em todo o país "o maior protesto da história do Brasil", evento anunciado durante toda a semana nas redes sociais e amplificado por setores da grande imprensa, que divulgaram massivamente os atos de protestos marcados para 149 cidades.

Até as quatro da tarde deste sábado de 7 de setembro, hora em que começo a escrever, não houve nada que lembrasse as grandes manifestações das chamadas "Jornadas de Junho", que levaram milhões de brasileiros às ruas nas principais cidades brasileiras.

Ao contrário, não vimos nada de multidões protestando "contra tudo e contra todos", carregando faixas e cartazes com as mais diferentes reivindicações, mas apenas alguns bandos de arruaceiros, umas poucas centenas de integrantes dos grupos mascarados do Anonymous e dos Black Blocs, tentando invadir desfiles militares, queimando bandeiras e entrando em confronto com a polícia, principalmente no Rio e em Brasília.
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Francisco Almeida 




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