quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Petróleo para a Educação. O dia 9 que virou Sete de Setembro



SARAIVA 13


Posted: 10 Sep 2013 04:33 PM PDT
Posted: 10 Sep 2013 01:04 PM PDT
educa

Petróleo para a Educação. O dia 9 que virou Sete de Setembro

8 de setembro de 2013 | 22:00

Amanhã começa um grande momento para a educação brasileira.
A Presidenta Dilma Rousseff sanciona a lei que destina, obrigatoriamente, 75% dos royalties do petróleo do pré-sal para a educação pública, ficando os outros 25% para a Saúde. Seriam, pelo projeto do governo, integralmente destinados à educação, mas os dongressistas impuseram essa partilha. Que seja.
Poucos estão se dando conta do que isso vai representar, porque são recursos que mal começaram a ser explorados, mas significa uma imensa massa de dinheiro que será destinado à educação básica em nosso pais.
Serão, nos próximos oito anos, cerca de R$ 140 bilhões de reais, em valores sempre crescentes, que vão nos ajudar a atingir cerca de 7,2% do PIB investidos em educação. E assim começar a corrigir a imensa distorção dos gastos públicos com a formação dos brasileiros que, além de serem baixos diante de nossas necessidades, têm uma distribuição elitista e injusta.
Vejam: o investimento do Brasil em educação aumentou de 3,5% para 5,6% do PIB entre os  2000 e 2010, segundo um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Superamos a média de investimento dos países da organização, de 5,4%e ficamos â frente de países como os EUA, que gastam 5,1% de seu PIB e próximo à França (5,8%) e ao Reino Unido (5,9%).
Calma, não estranhe….
O mesmo relatório da OCDE diz que o país investiu em média US$ 2.964 (aproximadamente R$ 6,6 mil) por estudante em 2010, contra US$ 8.382 (cerca de R$ 18,8 mil) nos países da OCDE.
Opa! Como é isso? Investimos igual e, ao mesmo tempo, menos de um terço do que os paìses desenvolvidos fazem?
Somos um paìs ainda pobre e 10% do pobre, muitas vezes, é bem menos que 1% do rico.
É óbvio que é preciso mais – e muito mais – dinheiro para a educação.
Mas aquele documento deve ficar como um alerta de que o dinheiro dos royalties deve ser quase que exclusivamente aplicado em educação básica.
Porque mostra o tamanho das defomações de nossa pirâmide educacional.
"A educação superior recebeu a maior parcela de gastos no Brasil â"€ US$ 13.137 por estudante, mais que a média dos países da OCDE, de US$ 11.383, e mais que os US$ 12.112 dos Estados Unidos"
Óbvio que isso não significa que devamos tirar da educação superior para dar à básica, não apenas porque essa é essencial para o país como representa uma pretensão legítima contar com a possibilidade de uma univerdidade pública e gratuita, de fato acessível a todos.
E ela não é assim, mesmo com todos os sistemas de cotas, quando o aluno pobre chega à seleção por suas vagas em uma abismal inferioridade de preparação em relação aos jovens de famílias bem aquinhoadas economicamente.
Isso deve servir também para que comecemos a pensar na necessidade de estabelecerem-se contrapartidas sociais para aqueles que tem acesso à oportunidade de um ensino superior público e gratuito. Essa formação não é exclusivamente um ganho privado, mas uma apropriação de recursos públicos preciosos que, de alguma forma, devem ser revertidos para a coletividade, que precisa se beneficiar da qualificação de pessoal pela qual, afinal, a sociedade pagou.
De qualquer forma, essa é uma discussão longa, cheia de nuances e implicações, que deve ser travada pela sociedade e pelos educadores brasileiros.
O importante é que amanhã, o petróleo brasileiro vai se tornar, felizmente, combustível para a educação de nosso povo.
Um dia tão importante, que, não importa que seja o nove, todos nós temos o direito de senti-lo como Sete de Setembro.
Por: Fernando Brito
Do Blog TIJOLAÇO
Posted: 10 Sep 2013 01:01 PM PDT

Luiz Flávio Gomes defende embargos infringentes, rejeitados pelo presidente da Corte no julgamento do mensalão. 'Joaquim Barbosa não anda em companhia do melhor direito', afirma

por Najla Passos, da Carta Maior
Citado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para justificar a rejeição dos embargos infringentes na ação penal 470, o jurista Luiz Flávio Gomes agradeceu a deferência, mas contestou o voto do ministro, no artigo Mensalão, embargos infringentes e duplo grau de jurisdição, publicado no portal Atualidades do Direito. Para o jurista, não há dúvida de que os recursos são cabíveis. "Barbosa não está na companhia do melhor direito", afirmou ele, no texto.
Luiz Flávio Gomes defende que são os embargos infringentes que garantem o duplo grau de jurisdição previsto pela Convenção Americana dos Direitos Humanos (art. 8º, 2, "h") e pela jurisprudência da Corte Interamericana (Caso Barreto Leiva). Segundo ele, embora exista controvérsia se tais embargos foram ou não revogados pela Lei 8.038/90, "sempre que não exista consenso sobre a revogação ou não de um direito, cabe interpretar o ordenamento jurídico de forma mais favorável ao réu".
O ministro Celso de Mello, decano do STF que teve um acórdão de sua relatoria citado por Barbosa para justificar seu voto pela não admissibilidade do recurso, também contestou o colega. Embora não tenha adiantado sua posição sobre o tema, o decano interrompeu o voto de Barbosa para esclarecer que seu acórdão negava o recurso dos infringentes apenas para os demais tribunais superiores, sem analisar o mérito no âmbito do STF, que o prevê no seu próprio regimento. 
"O tribunal firmou esta orientação, mas foi muito claro ao salientar a oposição de embargos infringentes contra ações penais condenatórias perante tribunais de justiça e tribunais regionais federais. (...) Mas neste momento não se discutiu a admissibilidade ou não contra embargos às decisões do STF", ressaltou Celso de Mello. "Como [o recurso] está previsto no regimento do Supremo, não seria aplicável a esses tribunais", completou o ministro Marco Aurélio Garcia. 
Polêmica
O debate que toma conta do mundo jurídico e da imprensa dá a medida da polêmica esperada para a próxima sessão do julgamento do mensalão, na próxima quarta (11), quando a Corte decidirá sobre a admissibilidade ou não dos embargos infringentes, recursos que garantem novo julgamento aos réus condenados com pelo menos quatro votos contrários. Até o momento, só o presidente do STF e relator da ação penal apresentou seu voto. 
Embora tenha reconhecido que eles estão presentes no Regimento Interno do STF, editado em 1980 e acolhido com força de lei pela constituição de 1988, Barbosa alegou que a Lei Federal 8008, de 1990, que disciplina os recursos cabíveis no âmbito do STJ e STF, não faz nenhuma menção a eles. "Essa lei teve uma consequência clara: o desaparecimento do mundo jurídico das normas que regiam antes esta corte", interpretou.
Também foi taxativo ao descartar os infringentes como garantia maior do direito ao réu à dupla jurisdição, conforme previsto no Pacto de São José da Costa Rica, convenção internacional da qual o Brasil é signatário. Na interpretação dele, o pacto prevê duas exceções para o direito à dupla jurisdição. E uma delas seria justamente quando o réu é julgado apenas pela mais alta corte do país. "Os beneficiários desse privilégio não percorrem diferentes graus de jurisdição, porque já são julgados pela Corte que dá a palavra final", argumentou.
O presidente voltou a insistir que o envolvimento de cada réu já foi exaustivamente debatido durante os mais de quatro meses de julgamento e neste último mês de análise dos embargos declaratórios. "Admitir embargos infringente no caso, será, no meu sentir, só uma forma de eternizar o processo", concluiu.
Recursos precipitados
A base para o voto de Barbosa foram os embargos infringentes já interpostos pelas defesas dos réus Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT na época do escândalo) e Cristiano Paz (sócio de Marcos Valério na agência de publicidade que operou o esquema). A interposição precipitada dos recursos, porém, desagradou o ministro Marco Aurélio Mello. Segundo ele, não se pode julgar infringentes antes da publicação do acórdão final que, teoricamente, serve como base para a interposição do recurso. "Se fizermos isso, vamos prejudicar aqueles que observaram a ordem jurídica natural e aguardam o prazo", justificou. 
Lewandowski interveio, alegando que a interposição precipitada visava apenas a garantir a admissibilidade do recurso, dado o cenário de divisão da corte em relação ao tema. A discussão também foi postergada e, para garantir às defesas dos demais condenados a possibilidade de argumentar em favor dos infringentes, o ministro Luiz Barroso propôs que fosse estabelecido prazo, até a próxima terça (10), para que encaminhassem suas considerações à corte. 
Placar imaginado
Com a discussão adiada por mais uma semana, os advogados que atuam no mensalão aprimoram o exercício quase futurológico de tentar prever o placar que a votação terá no STF. Além do presidente da Corte, o ministro Gilmar Mendes também já se manifestou publicamente contra os infringentes, em entrevista à imprensa. Luiz Fux, que segue rigorosamente os votos de Barbosa, é dado como voto contrário. 
Lewandowski, Dias Toffoli e Marco Aurélio, por outro lado, são apontados como votos certos pela admissibilidade. A maioria calcula, embora sem muita convicção, que as ministras Rosa Weber e Carmem Lúcia devem seguir o relator, e os novatos Teori Zavascki e Luiz Roberto Barroso, o revisor. O fiel da balança, portanto, seria o decano da corte, ministro Celso de Melo, que foi contundente ao falar sobre a admissibilidade do recurso, no início do julgamento, mas agora vem dando sinais de que poderá mudar de posição.
Novos julgamentos
Se forem acatados, os embargos infringentes darão possibilidade a pelo menos 11 réus de se submeterem a novo julgamento. E sob a nova composição da corte: ficam de fora Ayres Britto e Cesar Peluso, aposentados no ano passado, e entram Barroso e Zavascki, escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff para substituí-los. 
Todos os oito réus condenados por formação de quadrilha, por exemplo, terão os méritos de suas condenações reavaliados, o que poderá resultar em diminuição da pena total ou mesmo a não imputabilidade do crime. O ex-ministro José Dirceu e o deputado José Genoino (PT-SP) são alguns dos que podem ser beneficiados. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por lavagem de dinheiro pela pequena margem de 6 votos a 5, também terá direito ao recurso.
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47 documentos NÃO FORAM ANALISADOS pelo STF
No NoFront
Há grave omissão no acórdão quando fica demonstrado, pelos seus próprios fundamentos, que não foram analisados nenhum dos 47 (quarenta e sete) documentos constantes da própria AP 470:

  • montante de R$ 74.000.000,00 PERTENCIAM EXCLUSIVAMENTE a empresa privada Visanet;
  • o montante de R$ 74.000.000,00 JAMAIS PERTENCERAM ao Banco do Brasil;
  • fica evidente que o montante de R$ 74.000.000,00 NUNCA FOI "recurso público";
  • NÃO foi o petista Henrique Pizzolato que determinou à Visanet pagar a empresa DNA esses R$ 74.000.000,00;
  • Não existe identificação de qualquer ATO DE OFÍCIO de responsabilidade do petista Pizzolato que sustente a condenação a ele imposta;
  • Está devidamente identificado que era outra diretoria do BB (e não a diretoria de marketing) que mantinha relação com a Visanet. A título de ESCLARECIMENTO político, informamos que essa outra diretoria se chamava "Diretoria de Varejo" e era composta de funcionários nomeados na gestão FHC;
  • a natureza jurídica das Notas Técnicas do BB eram apenas a de transferir informações internas;
  • existia um funcionário do BB nomeado p/ ser o GESTOR do Fundo Visanet e esse funcionário era da Diretoria de Varejo e também foi nomeado na gestão FHC;
  • somente este GESTOR (nomeado na gestão FHC) tinha a condição Legal de determinar que a empresa privada Visanet transferisse seus recursos privados p/ a empresa DNA, como de FATO ocorreu;
  • o "bônus de volume" (o já conhecido BV), era decorrente de uma relação PRIVADA, tanto no caso do BB como na questão da Câmara dos Deputados;
  • não tinha o BB qualquer acesso a documentação referente ao BV, pois como dito acima, tratava-se de relação PRIVADA, tendo inclusive TODAS as agências de publicidade SE NEGADO a submeter seus contratos PRIVADOS - referente ao BV - amparadas que estavam por Lei específica;
  • NÃO HOUVE qualquer desvio de recurso, pois há farta documentação comprovando que as campanhas publicitárias do cartão Ourocard/Visa, envolvendo recursos do Fundo Visanet foram realizadas.
  • Com blogs
Postado há 12 hours ago por
Posted: 10 Sep 2013 11:51 AM PDT


Oposição no baile contra a Petrobrás
Mais grave do que os atos de espionagem do governo americano contra o Brasil é a reação da oposição diante a denúncia de que a NSA tentou desvendar segredos da Petrobrás. 
Os adversários do governo querem adiar o leilão do pré-sal com o argumento de que será um evento de cartas marcadas. 
Nem sabem o que foi apurado pelo serviço secreto norte-americano e já querem suspender a venda dos direitos de exploração de Libra, que contém reservas imensas e deve atrair uma montanha de investimentos para o país. 
Quanta pressa, não? 
Vamos combinar que, exagerando na indignação repentina, esse pessoal está exagerando na boa vontade – ou já seria submissão? – diante de potências estrangeiras. 
A missa nem começou e eles querem se ajoelhar, ajudando a NSA a cumprir o único objetivo estratégico dos EUA em relação a Petrobrás: prejudicar a empresa em toda e qualquer oportunidade que se apresente.
Será que este antiamericanismo súbito tem algo a ver com a possibilidade de se bloquear um evento que, conforme a maioria dos analistas, pode dar um folego novo e importante ao conjunto da economia? 
Quem sabe tenha impacto em 2014?
Alguma dúvida? 
Não há informações precisas sobre os segredos quebrados pelos espiões. 
Mas nós sabemos muito bem qual é a finalidade de sua ação. Por caminhos sujos e obscuros, querem, mais uma vez, enfraquecer a maior empresa brasileira. 
Trata-se de um novo lance num movimento que nasceu na década de 1950, quando a Petrobrás foi criada. 
Mais conhecido aliado dos Estados Unidos na época, o queridinho dos conservadores Carlos Lacerda liderou a campanha que culminou no emparedamento e suicídio de Vargas. 
No Irã, na mesma época, um processo semelhante levou a derrubada de um governo eleito. 
Em vários países árabes, a ação americana ajudou a levantar e proteger ditaduras dóceis a seus encantos.
O que se tenta, há 60 anos, é encontrar caminhos e atalhos que possam diminuir a Petrobrás, reduzir suas receitas e inviabilizar seus investimentos. Tentou-se a privatização no governo FHC. O projeto foi abandonado pelo receio da reação popular. 
Petróleo é economia. E é política, também. Não se perdoa o esforço de uma empresa do Estado para articular uma política de energia autônoma, capaz de garantir que as reservas brasileiras sejam patrimônio do país, em vez de serem incorporadas as reservas estratégicas dos EUA. 
É sintomático que a ação dos espiões se volte contra a empresa. Não se poderia esperar outra coisa. Queriam que a NSA fosse espionar carrinhos que vendem suco na praia? 
Adversária editorial da Petrobrás, não é nem um pouco surpreendente que a TV Globo procure dar um destaque devido e também indevido a ação dos espiões na empresa. Seus repórteres conseguiram apurar que a NSA tentava espionar a Petrobrás. Não foi possível chegar ao que descobriram. E só. A empresa divulgou, ontem, nota onde nega que terra ocorrido qualquer desvio em seus sistemas de segurança. 
Vendo a reportagem do Fantástico, domingo, cheguei a me perguntar: será que eles vão dizer que há indícios que iriam justificar o adiamento do leilão? 
Não, a Globo não fez isso. 
Pode ser que surjam fatos novos, capazes de justificar suspeitas maiores. 
Deverão ser examinados com cautela redobrada e muita prudência, em função dos interesses políticos envolvidos. Está na cara que deixar a Petrobrás fora do maior leilão de sua história e um dos maiores do mundo será um golpe formidável no futuro da empresa, em seu equilíbrio econômico e em sua perspectiva de mercado. 
Não se pode descartar até falsos dossiês para justificar um ambiente de incerteza e insegurança. Agentes do serviço secreto não precisam cumprir preceitos morais nem respeitar a verdade. O universo é outro. Seu jogo é duplo, triplo. A mentira faz parte essencial do negócio. Sempre trabalharam assim – antes mesmo da invenção do computador. 
Não há o menor indício de que os segredos do leilão tenham sido quebrados. Mas a oposição pegou a senha e já está querendo entrar no baile. 
Dá para entender. Mas também dá para lamentar.
Posted: 10 Sep 2013 11:48 AM PDT



http://www.bahiatododia.com.br/spn-admin/midias/imagens/artigos/31686_Economia%20brasileira.jpg 
Estimativa das instituições financeiras pesquisadas pelo Banco Central para a expansão da economia passou de 2,32% para 2,35% este ano; economistas esperam ainda que a inflação fique abaixo da previsão anterior, de 5,83% para 5,82%; expectativa para a Selic foi elevada de 9,50% para 9,75%
Brasília - As instituições financeiras pesquisadas pelo Banco Central (BC) fizeram ajustes nas projeções para o crescimento da economia. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 2,32% para 2,35%, este ano e caiu de 2,30% para 2,28%, em 2014.
A estimativa para a expansão da produção industrial caiu de 2,11% para 2,10%, este ano, e segue em 3%, para 2014.
A projeção das instituições financeiras para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB segue em 35%, este ano, e foi ajustada de 34,85% para 34,80%, no próximo ano.
Ainda de acordo com a pesquisa do BC a instituições financeiras, o dólar deve fechar este ano cotado a R$ 2,36, a mesma estimativa da semana passada. Para 2014, a previsão segue em R$ 2,40.
A estimativa para o superávit comercial, saldo positivo de exportações menos importações, passou de US$ 3 bilhões para US$ 2,5 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 10 bilhões, em 2014.
A previsão das instituições financeiras para o saldo negativo em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 77 bilhões para US$ 78,00 bilhões este ano, e segue em US$ 78,9 bilhões, em 2014.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões tanto para 2013 quanto para o próximo ano.
Instituições financeiras aumentam para 9,75% projeção da Selic em 2013
Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por uma taxa básica de juros (Selic) maior ao final do ano. A projeção passou de 9,50% para 9,75%. Para o final de 2014, a estimativa também é 9,75% ao ano, a mesma da semana passada. Atualmente, a Selic está em 9% ao ano.
Essa mudança na projeção para 2013 ocorreu depois da divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Na ata, o Copom explica que era preciso dar continuidade ao ritmo de elevação da Selic em 0,50 ponto percentual, tendo em vista os danos que a persistência da inflação alta "causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos".
A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação. Quando considera que os preços estão em alta, o comitê eleva a Selic.
É função do BC fazer com que a inflação convirja para a meta (4,5%), com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O indicador da meta é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que na previsão das instituições financeiras deve ficar acima do centro da meta, mas abaixo do limite superior. A projeção para o IPCA passou de 5,83% para 5,82%, este ano, e de 5,84% para 5,85%, em 2014.
A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que foi ajustada de 4,38% para 4,22%, este ano, e segue em 5,27%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 4,57% para 4,79%, em 2013, e de 5,64% para 5,72% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções foram ajustadas de 4,45% para 4,62%, este ano, e de 5,55% para 5,59% no próximo ano.
Kelly Oliveira
No Agência Brasil
Posted: 10 Sep 2013 08:29 AM PDT


Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulga nesta terça-feira (10) de setembro, em Brasília, mostra que 73,9% da população é a favor da vinda de médicos estrangeiros ao país no programa Mais Médicos, do governo federal. A pesquisa apontou ainda que pelo menos 49,6% dos brasileiros acreditam que o programa Mais Médicos, do governo federal, será capaz de solucionar problemas graves de saúde.
 A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Ainda de acordo com a pesquisa, 62,4% da população pesquisada utiliza o serviço público de saúde, 20,8% o serviço privado e 16,5% usam ambos. A pesquisa aponta também a avaliação dos usuários dos dois sistemas. Sobre o sistema público, 2,7% consideram ótimo, 18% bom, 37,4% regular, 18,6% ruim e 22,9% péssimo. A avaliação do sistema privado tem índices melhores: 13% consideram ótimo, 45% bom, 34,5% regular, 4% ruim e 2,5% péssimo.
 A pesquisa apontou ainda a posição da presidente Dilma Rousseff em uma suposta disputa à reeleição presidencial. A presidente recebeu 36,4% das intenções de voto para as eleições de 2014, três pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior. No entanto, ela não venceria a disputa no primeiro turno, de acordo com a pesquisa.  Marina tem  22,4% das intenções de voto.

O senador Aécio Neves, candidato do PSDB,tinha 15,2% das intenções de voto na pesquisa de julho e 17% na de junho e aparece agora com o mesmo percentual: 15,2%.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), também  candidato à sucessão presidencial, estava com 3,7% das intenções em junho e subiu para 7,4% em julho, caindo agora para 5,2%.

Os pesquisadores também consultaram os entrevistados sobre em quem votariam em um eventual segundo turno. Dilma vence em todos os cenários. Contra Marina Silva, Dilma teria 40,7% dos votos, vencendo a adversária, que teria 31,9%. Dilma teria 44% dos votos contra 24,5% de Aécio Neves, e 46,7% contra 16,8% de Eduardo Campos.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 unidades da federação, das cinco regiões, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro de 2013. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais. A 115ª Pesquisa CNT/MDA questionou também a opinião da população sobre o momento atual da economia brasileira e a percepção a respeito da inflação.

A nova rodada apresenta a imagem pública de instituições como Justiça, governo, imprensa, Congresso Nacional, entre outras. Programa Mais Médicos O programa Mais Médicos, do governo federal, seleciona médicos brasileiros formados aqui e no exterior, além de estrangeiros, para atuar em cidades onde faltam esses profissionais. -A pesquisa foi divulgada na Uol
Por: Helena™0 Comentários  
Posted: 10 Sep 2013 08:25 AM PDT


Pesquisa CNT/MDA traz pacote de boas notícias para presidente Dilma Rousseff; com melhora na aprovação do desempenho no cargo, ela também cresce na intenção de voto, de 33% no levantamento anterior para 36,4% agora; Marina Silva, com 22,4% (tinha 20,7%), Aécio Neves, que manteve índice de 15,2%, e Eduardo Campos, com 5,2%, vêm a seguir; contratação de médicos estrangeiros é aprovada por grande maioria: aceitação em junho que era de 49,7% subiu agora para 73%; taxa de "ótimo e bom" da administração Dilma salta de 31,3% no levantamento anterior para 38,1%; para 42,6% dos entrevistados, País melhorou depois das manifestações de junho; 54% acham que não; em levantamento espontâneo, José Serra aparece com 1% de intenção de voto para presidente; Joaquim Barbosa e Geraldo Alckmin, 0,5% cada um; Dilma lidera também nesse quesito, com 16%; segundo colocado é Lula, com 9,7%
Brasil 247 – O governo da presidente Dilma Rousseff está mesmo consolidando sua recuperação nas pesquisas de opinião. Levantamento CNT/MDA que acaba de ser divulgado mostra que o índice dos que aprovam o desempenho pessoal da presidente no cargo subiu de 49,3% para 58%.
Caiu a taxa dos que consideram a administração ruim, de 29,5% para 21,9% agora. O parâmetro de "ótimo/bom" para julgar o governo subiu de 31,3% para 38,1%.
Para 42,6% do universo da pesquisa, que é de âmbito nacional, o pais melhorou depois das manifestações populares de junho. Para 54%, porém, não houve mudanças significativas.16%
Feito por meio de duas mil entrevistas, o levantamento também pesquisou as intenções de voto. O quadro apurado de respostas espontâneas é o seguinte:
Dilma - 16%
Lula - 9,7%
Marina - 5,8%
Aécio - 4,7%
Eduardo Campos - 1,65%
José Serra - 1%
Na estimulada ficou assim:
Dilma - de 33% na pesquisa anterior para 36,4% agora
Marina - de 20,7% para 22,4%
Aécio - 15,2% antes e agora
Eduardo Campos - de 7,4% para 5,2%
Pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (10) mostra que 73,9% dos entrevistados apoiam a vinda de médicos estrangeiros para atuar no país. A medida faz parte do programa Mais Médicos  lançado pelo governo federal em julho e que pretende atrair médicos para atuar nas periferias e no interior do Brasil.
A pesquisa, divulgada nesta terça, ouviu 2.002 pessoas entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro. As entrevistas foram realizadas em 135 municípios de 21 unidades da federação nas cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Posted: 10 Sep 2013 07:37 AM PDT


O centro desse jogo não é a NSA, nem a CIA, nem Snowden, nem mesmo criptografia, "backdoors", metadados. Nem mesmo Chevron, Exxon, Shell…
Isso são peças do cenário, só parte do enredo do drama.
O drama chama-se geopolítica.
Tão velha quanto a civilização humana.
Aquela dominação que nos tentaram fazer esquecer quando decretaram o "fim da história" e tornaram o mundo unipolar, com a falsa ideia de que os conflitos, agora, eram apenas entre democracias e tiranias.
Como se a dominação econômica, motor dos impérios em todos os séculos, tivesse, subitamente, se dissolvido no ar, éramos um só mundo, irmanado.
Pois quem se dissolveu, mesmo, foi essa fantasia, que viveu seu último momento na eleição de Barack Obama, o homem que ia dar fim a todas as guerras, prolongou-as e, agora, está prestes a fazer o seu "debut" como valente general de mísseis teleguiados.
Embora visivelmente decadente, o ciclo de hegemonia econômica norte-americana, incontrastável deste a II Guerra, não se desfará da mesma maneira quase espontânea com que os fatos fizeram à ilusão de "um único mundo".
Não é mais possível, como nos tempos da Guerra Fria, imaginar que os países deixem a vassalagem aos interesses econômicos americanos para se abrigarem em outro bloco.
Não apenas não existe outro bloco como a história provou que isso não conduziu, nos países que o fizeram, a situações artificiais, a divisões internas e à estagnação e ao atraso econômico, embora não às desumanas carências sociais em que os regimes americanófilos fizeram ou mantiveram por toda parte do mundo, com o beneplácito dos EUA.
Nosso desafio é o desenvolvimento econômico e ele já se mostrou inseparável da justiça e do ascenso social no Brasil.
O destino nos colocou ao alcance das mãos, pelos longos braços das perfuratrizes da Petrobras, uma imensa riqueza em petróleo.
Ela é um tesouro que não pode permanecer enterrado, numa espera que atiça e açula as ambições que quem nos quer pirateá-los e o vê por seus óculos de alcance cibernéticos.
Não pode, porque o povo brasileiro precisa dele para arrancar-se do atraso e não pode porque, jazendo ali, à espera que voltem os que querem cavá-los a picaretas, para entregá-lo, como fizeram os vendilhões que tentaram destruir a Petrobras.
É preciso que esta Nação compreenda – e isso só ocorrerá se falarmos por mil vozes, e a cada minuto – que precisamos de alianças estratégicas que se consumam no plano empresarial mas que são, no fundo, encontros estratégicos com as nações que também lutam para por o pescoço de fora da submersão colonial.
Um encontro como o que ocorreu entre os Brics, dos quais dois – China e Índia – são fortemente dependentes do petróleo que o pré-sal fará abundante aqui. Um deles, a China, tem sobras de capital que trocará, de bom grado, por fornecimento futuro do óleo que teremos de exportar.
A espionagem americana sobre o pré-sal, ao contrário de nos paralisar, deve acelerar nosso processo de busca pelas parcerias necessárias a garantir a plena hegemonia da Petrobras na exploração do pré-sal, muitíssimo além dos 30% que a lei já lhe assegura e, ainda mais, tornar mais intensa e veloz a prospecção das áreas ainda não mapeadas, para que saibamos onde temos de nos defender e seletivizar o controle de jazidas.
A declaração de James R. Clapper, diretor da inteligência nacional do governo Obama, no The New York Times, além da desfaçatez de dizer que "não era segredo que o governo dos Estados Unidos coletasse informações sobre questões financeiras", é de achar que somos idiotas:
- O que nós não fazemos, como já disse muitas vezes, é usar as nossas capacidades de inteligência para roubar segredos comerciais de empresas estrangeiras para que empresas norte-americanas aumentem sua competitividade.
Mr. Clapper, o que todo mundo sabe é que as empresas norte-americana são o meio e o fim de todo o expansionismo americano!
E nós, portanto, temos de ter ciência que, do nosso lado também, as definições empresariais sobre a exploração do pré-sal é que vão definir se ela servirá ou negará os legìtimos interesses nacionais brasileiros.
O jogo geopolítico que ficou claro só pode ser vencido com alianças táticas e estratégicas.
Deixar de fazê-las seria mais do que ingenuidade ou falta de confiança em nossa própria altivez e amor ao Brasil. Seria por a risco de perder-se o tesouro que é do povo brasileiro, mas que ele só terá quando o tirarmos de lá e dos olhos cobiçosos que o espiam, à espera de quando lhe possam por a mão.
Fernando Brito
No Tijolaço

Posted: 10 Sep 2013 07:32 AM PDT
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:
Ingratidão da Globo me espanta, ela vomita no prato em que comeu, com o perdão pelo uso do verbo, de eficácia indiscutível, no entanto. Aludo ao editorial com que o mais autorizado porta-voz das Organizações, O Globo, brindou seus leitores dia 1º de setembro. Diz-se ali que apoiar o golpe de 64 foi erro nascido de um equívoco. Veio a ditadura, como sabemos, provocada pelos gendarmes chamados pelos donos do poder civil, entre os quais figurava, com todos os méritos, Roberto Marinho, e os anos de chumbo de alguns foram de ouro para a Globo.
A empresa do doutor Roberto cresceu extraordinariamente graças aos favores proporcionados pelos ditadores, gozou de regalias incontáveis, floresceu até os limites do monopólio. O apoio de 64 prosseguiu impavidamente por 21 anos, enquanto o Terror de Estado imperava. Grassavam tortura e censura, repetiam-se os expurgos dentro do Congresso mantido como estertor democrático de pura fancaria. Só o MDB do doutor Ulysses Guimarães redimiu o pecado original ao reunir debaixo da sua bandeira todos os opositores do regime. Para desgosto da Globo.
Sim, O Globo apoiou o golpe, juntamente com os demais jornalões como o editorial não deixa de acentuar, e também apoiou os desmandos do regime, a começar pelo golpe dentro do golpe que resultou no Ato Institucional nº 5. E prisões e perseguições, e até as ditaduras argentina, chilena e uruguaia.
Em contrapartida, combateu Brizola governador, e de modo geral, os demais governos de estado conquistados pela oposição em conjunturas diversas, bem como o movimento sindical surgido sob o impulso de um certo Luiz Inácio, presidente do Sindicado dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, responsável pelas greves de 78, 79 e 80, finalmente preso e enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional.
Derradeiro lance global, a condenação inapelável do movimento das Diretas Já, quando a Globo foi alvo da ira popular e um veículo da empresa foi incendiado na Avenida Paulista no dia 25 de janeiro de 84, ao término de uma manifestação que reuniu na Praça da Sé 500 mil pessoas. Rejubilou-se, contudo, o doutor Roberto, com a rejeição da emenda das Diretas, obra magistral da Arena de José Sarney, e com a formação da Aliança Nacional, nome de fantasia da enésima, inesgotável conciliação das elites.
Não se diga que a Globo deixou de ser coerente com seus ideais. Decisiva na eleição de Fernando Collor em 89, com a manipulação do debate de encerramento com Lula, comandada pelo doutor Roberto em pessoa. Nosso colega, como sustentavam seus assalariados, não hesitou em promover a festa carnavalesca contra o presidente corrupto, desmascarado somente pela IstoÉ ao descobrir a testemunha inesperada e fatal, o motorista Eriberto. Antes disso, o governo Sarney contara com o apoio irrestrito da Globo, sempre beneficiada por Antonio Carlos Magalhães, ministro da Comunicações, na mesma medida em que o fora por outro amigo insubstituível, Armando Falcão, ministro da Justiça do ditador Ernesto Geisel.
O governo Fernando Henrique quebrou o País três vezes, mas nunca lhe faltou o aplauso global oito anos a fio, tanto mais na hora do singular episódio intitulado "Privataria Tucana" e da compra dos votos para garantir a reeleição do príncipe dos sociólogos, sem falar do "mensalão" também tucano. Houve até o momento em que, tomado de entusiasmo, o doutor Roberto acreditou cegamente na sua colunista Miriam Leitão, segundo quem, eleito pela segunda vez, FHC garantiria a estabilidade da moeda até o último alento. Doze dias depois de reempossado, o príncipe desvalorizou o real e cobriu a Globo de dívidas. Havia, contudo, um BNDES à disposição para tapar o buraco.
FHC deixou saudades, a justificar o apoio compacto aos candidatos tucanos nas eleições de 2002, 2006 e 2010. E a adesão à maciça campanha midiática que, como em 1964, coloca jornalões e quejandos de um lado só, então a favor do golpe, nos últimos dez anos contra um governo tido como de esquerda, atualmente a carregar a herança de Lula. Vale observar, aliás, que mesmo no instante do pretenso arrependimento, O Globo de domingo passado desfralda os mesmos argumentos de 50 anos atrás. Donde a evocação da "divisão ideológica do mundo" à sombra álgida da Guerra Fria, aprofundada no Brasil "pela radicalização de João Goulart". Enfim, renova-se o aviso fatídico: a marcha da subversão estava às portas. Eu a espero em vão até hoje.
Sim, o doutor Roberto acreditou ter agido acertadamente até sua morte e sempre chamou o golpe de revolução. Explicaria em um dos seus retumbantes editoriais da primeira página, no 20º aniversário daquele que seus pupilos agora definem como "equívoco", que "sem povo não haveria revolução". E quem seria o povo daquela quadra criminosa? As marchas dos titulares da casa-grande e dos seus aspirantes, secundados pelos fâmulos momentaneamente retirados da senzala.
Sim, é verdade que muitos jornalistas de esquerda tiveram abrigo na redação de O Globo, e alguns deles foram e são amigos meus, mas não me consta que o doutor Roberto se tenha posicionado "com firmeza contra a perseguição" de profissionais de quaisquer outras redações. Vezos nativos. O Estadão chegou a hospedar colunistas portugueses, inimigos do regime salazarista. Tinham eles a virtude de escrever em castiço os editoriais ditados pelo doutor Julinho. Este gênero de situações reflete a pastosidade emoliente da realidade do País, onde o dono da casa-grande pode permitir-se tudo o que bem entender.
De todo modo, não é somente deste ponto de vista que a Globo foi deletéria. Ensaios foram escritos no exterior para provar como a influência global foi daninha, inclusive com telenovelas vulgarizadoras de uma visão burguesota, movida a consumismo e cultura da aparência, visceralmente apolítica, anódina e inodora. Como tevê, e como jornal, a Globo já foi bem melhor. Ocorrem-me programas de excelente qualidade, conduzidos por humoristas como Chico Anysio e Jô Soares, capazes às vezes de ousar o desafio sutil à ditadura. Mas a queda foi brutal, como se deu em relação ao jornal à época da direção de Evandro Carlos de Andrade. Lamentáveis as opiniões, em compensação, boa, frequentemente, a informação.
O texto do editorial carece, é óbvio, da grandeza que a situação recomendaria, pelo contrário é de mediocridade e superficialidade doridas, não somente na lida difícil com o vernáculo, mas também pela demonstração, linha a linha, palavra a palavra, e, mais ainda, no desenrolar do raciocínio central, da sua insinceridade orgânica. Surge, de resto, da covardia diante das manifestações anti-Globo e, como de hábito, aferra-se à hipocrisia típica dos senhores da casa-grande, velhacos até a medula.
Esta é a gente que gosta de brigar na proporção de cem contra um, se possível mil, sem mudar o número de quantos ousam confrontá-los. Incrível, embora natural, inescapável, nesta pasta víscida e maligna que compõe a verdade factual do país da casa-grande e da senzala, a falta de um debate em torno da peculiar confissão global, como acentua Claudio Bernabucci na sua coluna desta edição. Que dizem os jornalões acusados de conivência pelo O Globo? Que dizem as lideranças partidárias? E o Congresso? Nem se fale das figuras governistas e parlamentares que até agora enxergam na Globo um sustentáculo indispensável.
Silêncio geral, entre atônito e perplexo.
Postado há 6 hours ago por
Posted: 10 Sep 2013 07:25 AM PDT

Do Tijolaço - 9 de setembro de 2013 | 18:57


Do Tijolaço - 9 de setembro de 2013 | 18:57
 

por Fernando Brito

É uma espécie de "habilitação" para participar da disputa.

O que decidirá é a parcela do petróleo que o vencedor oferecerá ao Estado brasileiro.

E a Petrobras está pronta para "entrar rachando" nisso, com uma oferta que nenhuma multi poderá fazer, até porque não vão se interessar por algo que, por lei, não poderá controlar fisicamente e tentar, com isso, "compensar" o "sobrepreço" representado por uma parcela robustíssima do óleo entregue ao Governo.

Quando a Presidenta diz que o Governo tomará todas as providências para proteger "suas empresas", o que quer dizer é que o Governo brasileiro tratará a Petrobras, neste leilão, como trataria de si mesmo.

Há espaços legais para isso, que vão desde a lei da partilha do petróleo estabelecer "um mínimo" de 30% para a Petrobras – e mínimo já diz tudo – até operações "casadas" entre o Tesouro – ou o BNDES – com nossa petroleira para que ela disponha de folga financeira para assumir os ônus iniciais da exploração, que levará vários anos até fazer a área entrar em produção economicamente compensadora.

E tudo sob o constrangedor silêncio dos urubus, que não terão coragem de dar mais que pios, diante da afronta à Nação que foi este episódio de espionagem comercial do governo americano, funcionando como agente de suas multinacionais.

O adiamento da outorga da exploração do campo de Libra, jóia da coroa do pré-sal, se podia antes ter a justificativa de esperar que a Petrobras conseguisse equacionar os gargalos provocados pelo imenso desafio de desenvolver imensas áreas já sob sua responsabilidade, agora passou a ser interesse apenas de grupos que preferem ver o caso "esfriar" para que, depois, as empresas beneficiadas pelo furto de informações possam voltar a se apresentar de "cara limpa" e "competitividade" renovada.

Estão, neste momento, com o estigma do crime estampada em suas testas. Os seus "boards", neste momento, discutem se não vão se apresentar ao leilão, e deixar com isso patente que foram pegos com a boca na botija ou se participam para "cumprir tabela".

Seus simpatizantes aqui, como o nefasto Adriano Pires, sempre escalado pela Globo para defender as multis no petróleo brasileiro, já reclamava na Globonews, hoje, da "xenofobia" provocada por "este erro" do governo americano. Vejam só: espionar é "erro", defender o Brasil da espionagem é "xenofobia".

O fato é que ele e todos os entreguistas estão gaguejando.

Quando a gente está apanhando, ensinava o célebre e folclórico tecnico Neném Prancha, "arrecua os arfi para evitar a catastre".

Mas quando o jogo vira, talvez ele dissesse: "avança o centrefor pra compretá o massacre".

PS. Para os não-velhinhos feito eu, "arfi" eram os alf, os laterais. "Centrefor", ou center forward, era o centroavante.


A nota da Presidência

Mais uma vez, vieram a público informações de que estamos sendo alvo de mais uma tentativa de violação de nossas comunicações e de nossos dados pela Agência Nacional de Segurança dos EUA. Inicialmente, as denúncias disseram respeito ao governo, às embaixadas e aos cidadãos – inclusive a essa Presidência. Agora, o alvo das tentativas, segundo as denúncias, é a Petrobras, maior empresa brasileira. Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro.

Assim, se confirmados os fatos veiculados pela imprensa, fica evidenciado que o motivo das tentativas de violação e de espionagem não é a segurança ou o combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos.

Por isso, o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, a nossa soberania e aos nossos interesses econômicos.

Tais tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestamente ilegítimas. De nossa parte, tomaremos todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 10 Sep 2013 07:23 AM PDT
Do Facebook
Folha - TERÇA-FEIRA, 10 DE SETEMBRO
De Janio de Freitas
Destruir utensílios urbanos é antissocial. Quebrar porta de banco como 'agressão ao capitalismo' é imbecilidade.

Há quem pense que faz pouco quem passa a vida, para ganhá-la honestamente, lidando com os restos deixados pelos outros.

É o que pensam --se os imaginamos capazes de pensar-- os depredadores que despejam nas ruas o lixo das caçambas públicas, a pretexto de manifestação e protesto.

O que fazem é impor um acréscimo perverso de degradação aos garis, sem a mais mínima consideração humana a esses a quem devemos, mais do que a quaisquer outros, a possibilidade de vida em comum nas usinas de imundice chamadas de cidades.

Destruir utensílios urbanos e emporcalhar prédios públicos é antissocial. Quebrar porta de banco como "agressão ao capitalismo" é imbecilidade.

Mas não é provável que os autores de tais façanhas sejam capazes de perceber que não produziram efeito algum, além da mera destruição.

Mas quando voltam a sua cretinice feroz contra alheios indefesos e, ainda pior, já subjugados pela vida, aí essas bestas de cara escondida ou descoberta se tornam revoltantes.

Por mim, são indefensáveis. O que quer que lhes aconteça é problema estritamente seu. Nada tem a ver com democracia ou com direitos humanos.Poderiam ser levados para a cadeia ou o hospital metidos em uma caçamba de lixo.
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[Mensagem cortada]  



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Francisco Almeida 





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