SARAIVA 13 |
- A herança pesada de Roberto Gurgel ao Ministério Público
- É assim que se sai da crise
- Tem tucano se cagando de medo
- Fascistas tomam as ruas de São Paulo
- A revoada dos passaralhos
- Atividade industrial registra o maior crescimento em três anos, revela CNI
- Reflexión y Liberación. Papa Francisco admite existência de rede de corrupção e "lobby gay" no Vaticano. Uma "rede de corrupção homossexual".
- Ditadura cubana é assim...
- Com sua agressão, Gurgel pode ter nomeado Deborah
- A verdade sobre os amigos do PSDB, da revista 'Veja' e de resto toda a 'Conspiradora Corrupta'. É um lixo só!
- Bolsa Família enfraquece o coronelismo e rompe cultura da resignação, diz socióloga
- Dilma anuncia novo pacote fiscal até sexta
- Burburinho: Gurgel desautoriza vice
- COLLOR AO 247: "GURGEL É UM DÉSPOTA IGNORANTE"
- "Passaralho" sobrevoa o "PIG". O colapso da mídia conservadora chegou antes da falência do país, vaticinada há mais de uma década pelo seu jornalismo.
- Ação Gurgel levou PGR à crise
- O poder irresistível das redes sociais
- Charge do Bessinha
- O GLOBO E TV GLOBO TEM NOME ENVOLVIDO EM FRAUDE ELEITORAL
- Luto: Dilma lamenta morte de Jacob Gorender
- Dilma 73,7% de aprovação
- Dilma Bolada comenta a última pesquisa sobre sua popularidade e cenários para as eleições de 2014.
- Abril sangra no mercado por falta de transparência
- Joaquim "who cares" Barbosa tenta driblar Congresso
- Fátima Oliveira: Por que o Bolsa Família desperta tanto ódio de classe?
Posted: 12 Jun 2013 05:02 PM PDT
Enviado por luisnassif, qua, 12/06/2013 - 11:40Não há comparação - em termos de respeitabilidade jurídica - entre Deborah e Gurgel. Deborah é uma pensadora; Gurgel, um burocrata. Como não há entre os antecessores - Antonio Fernando de Souza e Cláudio Fontelles - e o próprio Gurgel. Este se fez dentro da burocracia do Ministério Público Federal, atuando politicamente e conquistando apoios muito mais pela capacidade interna de compor interesses e espalhar simpatia do que efetivamente pela preocupação da classe dos procuradores com a representação máxima do MPF. Em suas tertúlias políticas, por várias vezes Gurgel externou o incômodo com as eleições majoritárias, com a legitimação do voto. Talvez ele seja a prova mais evidente do mal das eleições diretas para órgãos públicos - MPF ou universidades. Nas eleições, os procuradores votaram no "bom companheiro", como acontece em qualquer casa legislativa. Os maiores avanços efetivos do MPF no campo dos direitos das minorias ocorreram no curto período de 30 dias, nos quais Deborah chacoalhou o Supremo com as teses libertárias, antes embargadas por Gurgel, e o então advogado Luiz Roberto Barroso iluminou o julgamento com suas considerações. O poder do PGR Qual o poder originário, que permite que as ideias tacanhas de Gurgel se imponham sobre as propostas responsáveis de Deborah? O mandato que recebeu do Presidente da República. Gurgel politizou, partidarizou o MPF, passou a atuar politicamente ao lado de outros militantes, como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, tendo como única fonte de legitimação, o mandato que recebeu dos poderes Exrecutivo e Legislativo. É uma típica piada brasileira. Em países juridicamente mais avançados, não é ruim a subordinação do PGR ao Presidente da República. É o modelo norte-americano. Ao subordinar o Procurador Geral ao Presidente da República - que pode nomear ou demitir a qualquer momento -, o que se pretendeu foi impedir que o Ministério Público pudesse ser apropriado por partidos políticos, comportando-se como tal e atuando para torpedear o Executivo sem ter recebido mandato popular. Embora todo seu poder derive do Executivo, Gurgel passou a se comportar como o imperador absoluto. Valeu-se da parceria com os cinco do STF para atuar contra o Executivo; e o mandato que recebeu do Executivo para atuar contra seus colegas. Comprometeu o MPF junto a enormes setores da opinião pública brasileira, prejudicou uma imagem constituída pelo trabalho sério de centenas de procuradores. Mas a organização fechou-se em copas, calando-se ante seus esbirros. Comportou-se burocraticamente blindando seu chefe contra o "inimigo externo", como se a fonte de poder de Gurgel residisse no apoio dos colegas ao "bom companheiro". E não da decisão monocrática do Presidente da República. O acerto de contas Daqui a alguns meses acaba a era Gurgel. Mas ele deixa não apenas um Ministério Público sitiado por inimigos, como dúvidas consistentes sobre a capacidade do órgão de se auto-regular. Paradoxalmente, o que legitima o combate à PEC 37 - daqueles que pretendem calar o MP - é a defesa do MP pelos juristas, advogados e jornalistas que não tiveram receio de denunciar os absurdos cometidos por Gurgel. Mas, dentre eles, nenhuma voz se levantou no MPF - a não ser a de Deborah, agora, nos estertores do mandato de Gurgel. Foi tratado com apoio ostensivo ou silêncio obsequioso dos procuradores, em relação às suas atitudes comprometedoras. Como é possível uma organização que se pretende o último baluarte da cidadania, ter fechado os olhos ao fato do casal Gurgel passar a controlar todos os processos envolvendo políticos? Como foi possível que assessores tenham avalizado suas manobras suspeitas para excluir financiadores do "mensalão" da AP 470? E suas atitudes anti-jurídicas durante todo o julgamento? A inamovilidade do cargo concedeu um poder inédito - e legítimo - aos procuradores, contra intererências externas. Mas, depois dos abusos dos anos 90 - de procuradores avançando o sinal - o que se tem hoje em dia é uma organização pujante (para fora) e acomodada (para dentro), com os controles burocráticos impedindo o arejamento e o receio de comprometer a carreira calando vozes. Gurgel sai e deixa uma herança pesada. O MPF terá que demonstrar que é um corpo vivo, capaz de se auto-regular e de avançar nas conquistas da cidadania. E não apenas mais uma repartição pública com poderes ilimitados. | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 04:21 PM PDT
Finalmente, nestes tempos em que o discurso recessionista parecia estar se infiltrando nos corações e mentes de gente do Governo, a Presidente Dilma dá um "chega pra lá" nos urubus da crise.
Os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida terão à disposição linha de crédito especial de R$ 18,7 bilhões para comprar móveis e eletrodomésticos (veja abaixo a relação), com 48 meses para pagar e desconto de 5% sobre o preço à vista.
O financiamento valerá por 12 meses e será operado pelo Banco do Brasil e pela Caixa, por meio de um cartão magnético.
É mais barato e socialmente justo que a redução de IPI, pura e simples.
Até porque os valores têm um teto, para não permitirem aquisições de produtos luxuosos. Mas sem discriminar os pobres, que também tem direito a comprar TV digital e computador.
Estes são itens que podem ser financiados:
Fernando Brito
No Tijolaço | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 11:29 AM PDT
Ameaças de Cachoeira provocam enxurrada na política goiana | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 11:15 AM PDT
Marcadores: Fascismo, PSOL, PSTU, terrorismo
Leia mais em: Blog Sujo Under Creative Commons License: Attribution Do Blog Sujo. | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 11:11 AM PDT
Demissões em massa nos grandes jornais acontecem de forma sucessiva e tornam os jornalistas mais inseguros, vulneráveis, explorados – e com menor liberdade de expressão
O maior orgulho de Vera Saavedra Durão foi ver a filha virar jornalista. Isso porque ela própria, Vera, dedicou 35 anos à profissão, com a garra de quem cumpre uma missão. "Você quer que as informações sejam publicadas da melhor forma possível, que aquilo ali venha a público. A gente se entrega", diz Vera. "Se minha filha seguiu o mesmo caminho é sinal de que ela viu valor nisso".
A jornalista, hoje com 65 anos, abraçou a reportagem com a mesma paixão que lutou contra a ditadura, como militante da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), onde foi companheira de Dilma Rousseff. Ficou dois anos na prisão; quando saiu, atuou como repórter de Economia nos então principais jornais do país – O Globo, Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Folha de S. Paulo.
Em 2000, fez parte da equipe que fundou o jornal Valor Econômico, onde ficou por 13 anos. "No início eu cobria muito tudo, o empenho era muito grande para manter o jornal, com furos, afinal ele precisava se firmar. A gente fazia muita coisa", lembra Vera, que traz dessa época a lembrança de uma úlcera duodenal sangrante, que surgiu quando fazia uma cobertura particularmente tensa para o Valor. "Perdi dois litros de sangue, e eu nem sabia, até que caí desmaiada. Eu me alienei tanto naquela cobertura, me estressei muito", conta a jornalista, respeitada por sua competência e dedicação pelos colegas e fontes.
No dia 24 de maio passado, Vera foi demitida sumariamente, junto com mais de 20 colegas do Valor, jornal que pertence ao Grupo Folha e às Organizações Globo. "Fui apanhada de surpresa, não podia imaginar que eu podia entrar numa lista negra, para ser cortada de uma maneira tão brusca". A surpresa foi ainda maior porque acabara de vir à tona que ela fora alvo de espionagem da empresa Vale S.A., segundo denúncia de um ex-gerente de segurança, caso ainda investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Mas Vera, que estava de férias, nem chegou conversar com a direção do jornal sobre a denúncia. "O jornal não teve contato comigo sobre isso. Mandei email para a chefia para conversar sobre isso, mas acabou a gente não conversando porque eu fui demitida", conta.
"Depois de 13 anos trabalhando para engrandecer o jornal achei que teria direito a um período sabático e não a uma demissão", diz ela. "O meu raciocínio sobre os meus direitos era o da minha classe, que é a dos jornalistas, dos que 'carregam o piano', e não dos acionistas, donos do jornal, que querem ver o resultado imediato do nosso trabalho". Vera lembra de uma fonte empresarial que lhe dissera, em 2005, que merecia um bônus já que por causa de uma série de reportagens suas, o Valor passou a ser lido no Japão. "Eu disse que jornalista não tinha bônus, só ônus".
Enquanto Vera ainda tenta digerir a demissão na sua casa do Rio de Janeiro, a mil quilômetros dali Flávio José Cardoso, de 51 anos, atende clientes de um belo restaurante à beira mar na ponta de Sambaqui, em Florianópolis. Há quatro anos, ele escrevia os editoriais do jornal mais lido de Santa Catarina, o "Diário Catarinense", com 40 mil exemplares diários. Hoje, é garçom.
A guinada em sua vida começou em 2010, quando mudou o editor-chefe do jornal. Ele deixou de ser editor de Opinião e foi "promovido" a subeditor de Geral, seção que inclui de polícia a comportamento. "Passei a editar também o caderno Mundo, sozinho. Depois de um tempo, me colocaram para escrever matérias especiais todos os dias". Além das reportagens e da edição, ele passou a fazer a diagramação, montar tabelas, procurar fotos. Se antes trabalhava das 13h às 19h, passou a ficar no mínimo 12 horas dentro do jornal, todos os dias – e estava sempre atrasado. "O trabalho que estava fazendo era para ser resolvido por oito ou dez pessoas. Entrava às 13h e saía a 1h, 2h da manhã, todos os dias. Não parava para comer; comia um salgado, enquanto digitava". Isso quando o editor não falava, em alto e bom som para todo mundo ouvir, coisas como "Eu já te expliquei isso. Uma pessoa com um neurônio entende".
Flávio aguentou a situação por um ano. "Isso leva o indivíduo a um nível de estresse que ele começa a se achar incompetente para executar as tarefas que faz há 20 anos". Durante esse período, teve lesões nos tendões das mãos e na córnea, porque usa lentes de contato e ficava muito tempo exposto ao computador e ao ar condicionado. "Quando voltei de licença por causa da lesão, o editor-chefe teve a cara de pau de dizer que eu inventei a doença!". Entrou com um processo contra o Diário. Hoje, embora seja garçom, colabora com uma revista especializada em economia. E não largou o jornalismo – ainda.
As histórias de Vera e Flávio não são exceção entre os jornalistas brasileiros; o que é raro é algum deles vir a público denunciar essa situação. Acúmulo de tarefas, assédio moral, hora extra não-remunerada, insegurança sobre o próprio futuro são males que infestam a indústria das notícias no Brasil. Embora sejam fruto de decisões empresariais que já duram alguns anos, nos últimos meses a situação se agravou com diversos grandes cortes de pessoal – os chamados "passaralhos".
Uma ave que acaba com tudo
Passaralho é um jargão agressivo para as demissões em massa nos meios de comunicação. Remete a pássaros, revoadas de algo que destrói tudo por onde passa. De março a maio de 2013, eles passaram sobre redações grandes como Estadão, Valor Econômico, Folha de S. Paulo e já sobrevoam a editora Abril, a maior do país, além de atingir a maioria dos jornalistas em redações menores, como Brasil Econômico e Caros Amigos. Isso, somente dentre as empresas sediadas na cidade de São Paulo. No estado inteiro houve demissões no jornal A Tribuna, o maior da região da Baixada Santista, e na Rede Anhanguera de Comunicações (RAC), que domina as regiões ao redor de Campinas, Ribeirão Preto e Piracicaba.
Considerando apenas os jornalistas registrados em carteira e somente na cidade de São Paulo, foram registradas 280 demissões homologadas de janeiro a abril desse ano, 37,9% a mais que no mesmo período de 2012, quando foram registradas 203 homologações por conta de demissões. Ou seja, tudo indica que 2013 será pior que o ano passado, quando mais de 1.230 jornalistas foram demitidos de redações no Brasil. Os motivos, em geral, foram "reestruturações", que nada mais são que novas formas de organizar o trabalho usando menos pessoas e mais tecnologia.
"É um ponto fora da curva", diz Paulo Totti, que, com quase 60 anos de jornalismo, também foi vítima do corte no Valor. Totti usa a expressão para explicar que, na indústria do jornalismo, os trabalhadores mais experientes são descartados facilmente e substituído por recém-formados – o oposto do que acontece em outras áreas. "Em nenhum outro ramo da economia se vê atitudes semelhantes. Os administradores têm a preocupação de manter a sua mão-de-obra qualificada", diz Paulo, que sempre cobriu economia, e com excelência. Em 2006 foi vencedor Prêmio Esso, o mais respeitado do jornalismo brasileiro, com uma série sobre a economia chinesa. Meses antes de ser demitido, havia se oferecido para fazer oficinas com cada uma das editorias do Valor, para ajudá-las a melhorar a qualidade dos textos. "Há, claro, uma certa surpresa, já que a demissão não decorre de uma maior ou menor dedicação ao trabalho. Mesmo um jovem fica meio intranquilo quanto ao seu futuro. Pior: se o cara desempenhar bem suas funções, ele pode ter um aumento de salário, e esse aumento causa a sua demissão".
Aonde os donos de jornais querem chegar?
Paulo Totti, que no momento considera a única opção que lhe foi dada pelo jornal – virar colaborador freelancer – compartilha um receio que se espalha nas redações com a mesma rapidez que o voo dos passaralhos. "Temo que isso esvazie o conteúdo do jornal. E esse é o sentimento de todo corpo de gente que integra o setor redação em todos os jornais brasileiros", explica ele. "Não sabemos bem aonde os donos dos jornais querem chegar. A decisão no Valor, por exemplo, partiu da pressão de pessoas que integram o conselho administrativo do jornal, representantes dos acionistas. Nenhum deles tem no seu currículo alguma passagem pelo jornalismo".
Os cortes de pessoal se devem a um investimento milionário em um serviço de informações financeiras em tempo real, o Valor Pro. Esse investimento começou a ser feito há cerca de três anos, quando os funcionários foram avisados que a redação seria unificada. "Fomos avisados de que nos dois anos seguintes ninguém teria aumento salarial. Ao mesmo tempo, todos teriam que escrever para as três plataformas: tempo real, site e impresso", diz um jornalista que sobreviveu ao último corte no jornal e que prefere não se identificar. Segundo o repórter, o clima da redação está ruim; além do trauma provocado pelas demissões, sobrou excesso de trabalho para todos. "O site, que antes era cuidado por cada editoria, agora é alimentado por pessoas de um 'mesão' digital, que não tem muita familiaridade com alguns assuntos. No impresso, a cada dia está uma briga por espaço e o número de páginas está sendo reduzido".
Também a Folha de S Paulo anunciou uma reestruturação na última semana, com o fim do caderno "Equilíbrio" e o reagrupamento de outros cadernos em três núcleos de produção. O número de jornalistas demitidos foi de 24. A direção comunicou à ombundsman, Suzana Singer, que "as redações do futuro deverão ser cada vez mais enxutas, assim como o produto impresso". Entre os demitidos estão nomes do porte de Andreza Matais, ganhadora do Prêmio Esso de jornalismo 2011 pela série que demonstrou o enriquecimento do então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Aos que acreditam que o jornalismo de qualidade faz bem à democracia resta torcer para que a travessia dê certo", resumiu Suzana Singer, em artigo na Folha.
A Pública falou com um dos jornalistas cortados do Grupo Folha, da área de cultura, que pediu para não ser identificado. "Ao chegar à redação um dos colegas comentou que haveria corte e, cerca de 20 minutos depois, fui chamado para ser avisado de que seria desligado da empresa. A justificativa? Corte de gastos. Tinham de ter uma meta x de gastos, e a minha saída ajudaria a atingir tal meta".
"Eu tenho pena de quem ficou e de quem está entrando no jornalismo", diz, com certa serenidade, o repórter fotográfico Lula Marques, premiado jornalista da sucursal de Brasília da Folha de S. Paulo. No dia 1º de abril, ele acordou comemorando o aniversário de 26 anos de jornal. À tarde, foi comunicado que estava demitido. "Me falaram que eu estava ganhando muito, mais que o editor de fotografia de São Paulo, que meu nome estava na lista há dois anos e que não dava mais para me segurar na empresa". Desde novembro de 2011 – quando a empresa cortou 10% dos seus jornalistas – os cortes, discretos e sem alardes, são constantes na Folha. Tanto, que Lula diz que já estava preparado. "Saí com um equilíbrio emocional bom, porque já estava me preparando para isso. Nos últimos dois anos, as pessoas que estavam com o salário lá no alto foram todas embora. Sabia que um dia ia chegar minha vez".
Tensão na Abril
Era sexta-feira, dia 7 de junho, quase no final do expediente, e o clima no prédio da editora Abril S.A, zona oeste de São Paulo, estava pesado por conta dos rumores de um grande corte, previsto desde a morte do presidente do grupo, Roberto Civita, em 26 de maio. "Olha, está muito tenso e é uma tensão diferente. Eu já vivi outras demissões coletivas, mas antes era assim: os diretores das redações estavam plenamente por dentro de quantas pessoas deveriam ser cortadas de cada revista, enquanto os 'peões' estavam morrendo de medo. Agora não, ninguém sabe de nada direito, nem os diretores", disse à Pública uma jornalista, que também pediu não ser identificada por medo de represálias.
Pouco depois, seis executivos foram demitidos, junto ao anúncio de que o grupo passaria por uma "reestruturação", com agrupamento de unidades de negócios, reduzidas de dez para cinco. O objetivo, segundo a empresa, era a "racionalização dos recursos". Há boatos de que 11 revistas deixarão de circular – entre elas nomes lendários como Playboy, Capricho e Contigo. É a senha para o passaralho. "Deve acontecer na próxima semana", diz a mesma jornalista. "Eu acho que, se na semana que vem já anunciarem qual revista vai ser cortada, o clima vai melhorar. Não saber o que vai acontecer que é estranho. A gente faz piada o tempo todo, tipo, estou me matando pra fazer esse editorial de moda e se a revista acabar amanhã…"
"Entre os jornalistas, nesse momento o clima é de intranquilidade aguda", diz Paulo Zocchi, diretor jurídico do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e que trabalha na redação da revista Quatro Rodas, da editora Abril. "Tá todo mundo morrendo de medo. Na minha redação, que é de uma faixa etária um pouco mais velha, tá todo mundo falando: 'vamos ver se segunda-feira vamos estar aqui'". A jornada dupla de Paulo – na revista e no sindicato – está ainda mais atribulada desde as últimas demissões. Toda vez que corre um boato de demissão, o sindicato é acionado, e pede uma reunião de emergência na empresa, para negociar.
Foi o que aconteceu em abril, na negociação com o Estado de São Paulo – de desfecho inesperado. O Estadão anunciara a redução da quantidade de cadernos diários para apenas 3, a extinção do caderno Link, sobre tecnologia, e do caderno de Negócios. Ao mesmo tempo, passou a privilegiar as plataformas digitais, com o lançamento do novo aplicativo do Estadão, adaptável a qualquer dispositivo móvel. Segundo conta Paulo Zocchi, na quinta-feira, dia 4 de abril, ele recebeu uma ligação avisando sobre boatos de demissão em massa no Estadão. "Hoje, a redação tem 250 jornalistas. O boato era de que 100 seriam demitidos na segunda ou na terça-feira da semana seguinte". O sindicato solicitou uma reunião de emergência com a direção do Estadão, mas o jornal não respondeu e começou a demitir já no dia seguinte, sexta-feira. No total, foram 31 demitidos.
"Na sexta-feira, 12 de abril, fizemos uma assembleia na empresa, e desceram 90 pessoas. O objetivo era reverter todas as demissões. Até que uma das trabalhadoras demitidas disse que não queria ser reintegrada", lembra ele, revelando sua surpresa. No fim da assembleia, em que estavam 14 dos 31 demitidos, nenhum deles queria voltar a trabalhar no Estadão. "As pessoas se sentiram descartadas, afetadas emocionalmente de uma forma tal que elas não queriam voltar".
Um dos demitidos, repórter com cerca de cinco anos de profissão, não disfarça sua revolta. Segundo ele, os rumores de cortes eram constantes no jornal, espalhando um "clima de terrorismo": "O jornal esperava que os jornalistas continuassem a manter a quantidade e a qualidade de trabalho com menos pessoas, impossível. Jornalistas acumularam funções e a qualidade, como os leitores puderem observar, caiu". Ao ser demitido, ele foi procurado por um dos diretores, "para deixar claro que eu não estou sendo demitido pela sua falta de competência, que é uma questão de corte de gastos", lembra. "Querem que você não se revolte e não sai baixo astral, que saia feliz e tranquilo. Te apoiam, mas dizem: 'vai lá'".
Como a maioria dos jornalistas demitidos, ele prefere não se identificar publicamente. Quase nenhum dos entrevistados, principalmente os mais novos, quiseram se expor. "Sabe como é, o mercado é muito pequeno e eu posso ter dificuldade para conseguir trabalho", diz um deles.
Do Sul ao Norte do Brasil
Na ilha de Santa Catarina, o nome do passaralho é mais poético: chamam de "barca", como aquela, dirigida por Caronte, que levava as almas ao inferno, ou Hades, na mitologia grega. A última barca do Diário Catarinense, o maior jornal do Estado, aconteceu no dia 21 de março e levou cerca de 20 profissionais da redação. Poucas pessoas souberam. A divulgação mais ruidosa do caso foi um e-mail do jornalista Célio Klein anunciando, aliviado, sua demissão após 25 anos de casa. Nela, ele se diz alegre por ter saído do jornal, mas expressa "profundo pesar pela situação": "É muito grave e difícil não se ver outra saída que não a de abrir mão do trabalho do qual se gosta e ao qual se dedicou a maior parte da vida". A carta prossegue: "Em uma empresa de comunicação, questionar, alimento do jornalismo, não é permitido. Em uma empresa de comunicação que tem a educação como bandeira, que implica justamente pensar de forma autônoma, pensar não é permitido. Em uma empresa de comunicação que exalta a democracia, vende a diversidade de opiniões, a participação dos leitores como case de ação, de sucesso, divergir não é permitido".
Semanas depois, em abril, o jornal "A Crítica", no Amazonas – um veículo da RCC (Rede Calderaro de Comunicação), que tem filiadas à Rede TV!, ao SBT e à Record. – demitiu aproximadamente 15 pessoas, entre repórteres, editores e fotógrafos do jornal impresso e do site. A repórter especial Elaíze Farias, vencedora do prêmio Imprensa Embratel 2013, foi uma das cortadas. "A justificativa oficial é de que o jornal acabou com esse cargo", diz ela. "Não sei quais foram os critérios".
Com quase 20 anos de experiência, Elaíze dedicou metade deste período a produções de reportagens sobre questões sociais e ambientais da região. Ela lembra de uma das últimas reportagens que fez, sobre um casal de índios matis que estava sendo acusado de tentar cometer 'infanticídio' contra seu filho doente em Manaus – o que foi completamente desmentido por eles. "Para conseguir entrevistar este casal, me desloquei de lancha pelo rio Solimões (uma hora) de Tabatinga até outro município, Benjamin Constant, e dali peguei um táxi-lotação (meia hora), viajando pela estrada até Atalaia do Norte, onde os índios matis estavam. Fiz o retorno de carona, na moto de um indígena, porque não havia mais táxi disponível entre Atalaia e Benjamin, até novamente voltar a Tabatinga. E precisava chegar antes das cinco da tarde, pois as lanchas que fazem a travessia do rio em Benjamin operam até neste horário. Ou seja, foi um gasto extra que precisei utilizar. Depois de uma jornada de oito dias, voltei a Manaus. Bom, é assim que se faz jornalismo na Amazônia".
Para ela a maior preocupação é ter que deixar de realizar reportagens como essa. "Fiquei muito frustrada por, após a minha saída, estes temas terem ficado parados, na minha própria gaveta de pautas. Elas continuam guardadas, para quando eu tiver algum espaço e logística para viabilizar".
Sobre o silêncio que cerca as demissões, Elaíze diz: "No geral, a notícia das demissões ficaram restritas ao boca-a-boca e às redes sociais – eu, por exemplo, fiz um comunicado pelo Facebook e por e-mail aos meus amigos, companheiros de luta, organizações sociais e fontes", comenta. "Hoje se fala muito nas crises dos jornais impressos e na sua dificuldade de se adaptar aos novos tempos e às notícias publicadas nos portais de internet. O enigma é: a mídia vai se conseguir se reinventar, se ressignificar, para continuar sobrevivendo? Cabe a todos nós, os que estão dentro e os que estão fora das redações, passar a refletir", acredita.
Para o pesquisador José Roberto Heloani, da FGV, a esperança é a de que os jornalistas comecem a ter maior consciência e maior interesse nessas questões. "É isso que chamo de luz no fim do túnel. E isso vai fazer com que as pessoas comecem a perceber que a saída não é individual. A saída é coletiva". Neste ano, em São Paulo, houve pelo menos quatro casos de organização de jornalistas contra demissões: "O Vale" e "Bom Dia", de São José dos Campos; do "Jornal da Cidade de Jundiaí"; do "Brasil Econômico"; e a dramática greve da pequena redação de "Caros Amigos", que se autodenomina "a primeira à esquerda" que terminou com demissões e ações na Justiça (veja box).
O jornalista Audálio Dantas, que presidiu o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog e foi o primeiro presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, tem uma avaliação mais pessimista. "Por mais que se lute, o panorama dos meios de comunicação concentrado em poucas mãos contribui para que as lutas sejam enfraquecidas", diz Audálio, que considera a regulação da propriedade dos meios de comunicação essencial no debate sobre o futuro da profissão: "Há a necessidade de se regular, porque nós temos esse fenômeno: o sujeito faz o trabalho para o veículo impresso, a empresa faz uma adaptação do mesmo texto e o trabalho de um profissional é aproveitado em quatro meios".
Nesse cenário, ele diz, não há mais distinção entre bons profissionais e medianos. "Antes os grandes jornais tinham esses cuidados de preservar os bons jornalistas. Hoje, não se distingue os profissionais e vão todos no mesmo diapasão", observa Dantas, que identifica um ciclo vicioso para a profissão: para aproveitar o rendimento máximo – em termos quantitativos – as empresas mantêm o jornalista dentro da redação, fazendo matérias por telefone e por e-mail, o que resulta em um número maior de matérias, mas de pior qualidade. "A grande vítima, depois do jornalista, é a apuração. A qualidade da informação, que é o que garante historicamente a credibilidade, está prejudicada".
Para os mais jovens, porém, a sensação é de que as mudanças são ainda mais profundas, como diz o jovem profissional, recém demitido do Estadão: "A justificativa [de cortes de papel e demissões] é a financeira. Se você acompanha o jornal, deve ter percebido que as editorias enxugaram, algumas sumiram… O jornal inteiro ficou menor. A sensação, dentro e fora da redação é de que o jornal está apenas adiando o seu fim".
Desrespeito também nas pequenas redações
Tão comum é a precarização do trabalho do jornalista, que ela chega a redações grandes e pequenas, de todos os espectros ideológicos. Em março deste ano, a Revista Caros Amigos – na qual trabalharam, no passado, as duas diretoras da Pública – protagonizou uma dramática greve. Os 11 profissionais grevistas abriram uma página no Facebook, que chegou a ter mais de 1500 apoiadores; mas, ao cabo de 3 dias, todos foram demitidos pelo atual proprietário Wagner Nabuco. Os funcionários protestavam contra a ameaça de uma redução de parte da equipe ou redução dos salários. "O dono comunicou que iria fazer um corte de 50% dos custos da redação, o que significaria a demissão de metade da redação", diz o ex-editor Hamilton Octavio de Souza. Também queriam direitos trabalhistas, como contratação formal no regime CLT. Em entrevista ao portal Sul 21, Nabuco mostrou-se indignado com as reivindicações. "Não tem carteira assinada porque ninguém entrou aqui com essa promessa. Foram crescendo devagar na empresa, muitos começaram como estagiários. A folha de pagamento da redação nunca foi tão alta, era maior que a do departamento comercial. Nunca me falaram que eu era um patrão ruim. Que instrumento eu utilizei para mantê-los acorrentados e explorados ao máximo? Por acaso coloquei um 38 na cabeça de alguém?".
Após uma tentativa de negociação, mediada pelo Sindicato dos Jornalistas, os demitidos decidiram entrar com ação judicial contra a empresa. Gabriela Moncau, uma das jornalistas demitidas da Caros Amigos, explica que nove dos onze profissionais desligados da empresa estão se organizando para mover uma ação reivindicando os direitos mínimos trabalhistas, negados no momento da demissão, o que deve ocorrer em breve.
Camila Rodrigues, Bruno Fonseca, Luiza Bodenmüller e Natalia Viana
No Pública
Postado por zcarlos ferreiraàs 11:00Nenhum comentário:
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Também do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 12 Jun 2013 11:09 AM PDT
Depois de um início de ano fraco, a atividade industrial registrou o maior crescimento em três anos, informou hoje (11) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com os Indicadores Industriais, pesquisa mensal sobre o desempenho do setor, o número de horas trabalhadas (que mede a produção industrial) aumentou 2,9% em abril na comparação com março. A expansão é a maior de um mês para o outro desde março de 2010, quando o indicador tinha avançado 3%.
Os dados são desassonalizados e, portanto, desconsideram as oscilações típicas de determinada época do ano. Segundo a CNI, houve crescimento das horas trabalhadas em 17 dos 21 setores da indústria pesquisados. Em março, apenas seis segmentos tinham registrado aumento no indicador.
O desempenho positivo também refletiu-se em outros indicadores divulgados pela CNI. O faturamento real – descontada a inflação – da indústria aumentou 5% em abril em relação a março. Essa expansão recuperou o nível registrado em agosto do ano passado, quando o crescimento também tinha ficado em 5%. Nos quatro primeiros meses do ano, o faturamento real aumentou 6,8% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2012.
O emprego industrial cresceu 0,7%, sem retração pelo oitavo mês seguido. A massa salarial da indústria aumentou 0,4%, com alta pelo terceiro mês consecutivo. A utilização da capacidade instalada atingiu 83,3% em abril. De acordo com a CNI, é o maior nível desde junho de 2011.
Mais cedo, o presidente da CNI, Robson Andrade, disse que a recuperação, apesar de lenta, é consistente com a retomada do crescimento da economia. Ele, no entanto, ressaltou que ainda é cedo para avaliar se a indústria continuará a expandir-se na mesma intensidade nos próximos meses. Andrade participou de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Wellton Máximo No Agência Brasil | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 10:51 AM PDT
Papa admite existência de rede de corrupção e "lobby gay" no Vaticano
Opera Mundi - 11/06/2013
Declarações foram dadas por Francisco na semana passada, segundo revista chilena. Conhecido por ser um crítico da corrupção, inclusive a de dentro da Igreja Católica, o papa Francisco reconheceu abertamente, pela primeira vez, a existência de uma "corrente de corrupção" e de um "lobby gay" no Vaticano, segundo divulgou nesta terça-feira (11/06) a revista chilena Reflexión y Liberación. A declaração teria ocorrido na última quinta (06/06), durante uma reunião com a CLAR (Confederação Latinoamericana e Caribenha de Religiosas e Religiosos). No encontro, que durou quase uma hora, o papa admitiu a existência de uma "rede de corrupção homossexual". "Na Cúria há gente santa, de verdade, há gente santa. Mas também há uma corrente de corrupção. Fala-se de um 'lobby gay' e é verdade. Temos que ver o que podemos fazer", teria dito o pontífice. Esse lobby refere-se a um sistema de chantagens internas baseado em fraquezas sexuais que foi denunciado pela imprensa italiana em fevereiro. | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 07:46 AM PDT
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Posted: 12 Jun 2013 06:38 AM PDT
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Posted: 12 Jun 2013 06:36 AM PDT
Após ataques de Cachoeira, Perillo diz que 'não tem nada a esconder'
Governador discursou em evento sobre Lei de Acesso à Informação.
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Posted: 12 Jun 2013 06:32 AM PDT
ELEONORA DE LUCENA
Dez anos após sua implantação, o Bolsa Família mudou a vida nos rincões mais pobres do país: o tradicional coronelismo perde força e a arraigada cultura da resignação está sendo abalada.
A conclusão é da socióloga Walquiria Leão Rego, 67, que escreveu, com o filósofo italiano Alessandro Pinzani, "Vozes do Bolsa Família" (Editora Unesp, 248 págs., R$ 36).
Durante cinco anos, entre 2006 e 2011, a dupla realizou entrevistas com os beneficiários do Bolsa Família e percorreu lugares como o Vale do Jequitinhonha (MG), o sertão alagoano, o interior do Maranhão, Piauí e Recife. Queriam investigar o "poder liberatório do dinheiro" provocado pelo programa.
Aproveitando férias e folgas, eles pagaram do próprio bolso os custos das viagens. Sem se preocupar com estatística, a pesquisa foi qualitativa e baseada em entrevistas abertas.
Professora de teoria da cidadania na Unicamp, Rego defende que o Bolsa Família "é o início de uma democratização real" do país. Nesta entrevista, ela fala dos boatos que sacudiram o programa recentemente e dos preconceitos que cercam a iniciativa: "Nossa elite é muito cruel", afirma.
Folha - Como explicar o pânico recente no Bolsa Família? Qual o impacto do programa nas regiões onde a sra. pesquisou?
Walquiria Leão Rego - Enorme. Basta ver que um boato fez correr um milhão de pessoas. Isso se espalha pelos radialistas de interior. Elas [as pessoas] são muito frágeis. Certamente entraram em absoluto desespero. Poderia ter gerado coisas até mais violentas. Foi de uma crueldade desmesurada. Foi espalhado o pânico entre pessoas que não têm defesa. Uma coisa foi a medida administrativa da CEF (Caixa Econômica Federal). Outra coisa é o que a policia tem que descobrir: onde começou o boato. Fiquei estupefata. Quem fez isso não tem nem compaixão. Nossa elite é muito cruel. Não estou dizendo que foi a elite, porque seria uma leviandade.
Como assim?
Tem uma crueldade no modo como as pessoas falam dos pobres. Daí aparecem os adolescentes que esfaqueiam mendigos e queimam índios. Há uma crueldade social, uma sociedade com desigualdades tão profundas e tão antigas. Não se olha o outro como um concidadão, mas como se fosse uma espécie de sub-humanidade. Certamente essa crueldade vem da escravidão. Nenhum país tem mais de três séculos de escravidão impunemente.
Qual o impacto do Bolsa Família nas relações familiares?
Ocorreram transformações nelas mesmas. De repente se ganha uma certa dignidade na vida, algo que nunca se teve, que é a regularidade de uma renda. Se ganha uma segurança maior e respeitabilidade. Houve também um impacto econômico e comercial muito grande. Elas são boas pagadoras e aprenderam a gerir o dinheiro após dez anos de experiência. Não acho que resolveu o problema. Mas é o início de uma democratização real, da democratização da democracia brasileira. É inaceitável uma pessoa se considerar um democrata e achar que não tenha nada a ver com um concidadão que esteja ali caído na rua. Essa é uma questão pública da maior importância.
O Bolsa Família deveria entrar na Constituição?
A constitucionalização do Bolsa Família precisava ser feita urgentemente. E a renda tem que ser maior. Esse é um programa barato, 0,5% do PIB. Acho, também, que as pessoas têm direito à renda básica. Tem que ser uma política de Estado, que nenhum governo possa dizer que não tem mais recurso. Mas qualquer política distributiva mexe com interesses poderosos.
A sra. poderia explicar melhor?
Isso é histórico. A elite brasileira acha que o Estado é para ela, que não pode ter esse negócio de dar dinheiro para pobre. Além de o Bolsa Família entrar na Constituição, é preciso ter outras políticas complementares, políticas culturais específicas. É preciso ter uma escola pensada para aquela população. É preciso ter outra televisão, pois essa é a pior possível, não ajuda a desfazer preconceitos. É preciso organizar um conjunto de políticas articuladas para formar cidadãos.
A sra. quer dizer que a ascensão é só de consumidores?
As pessoas quando saem desse nível de pobreza não se transformam só em consumidores. A gente se engana. Uma pesquisadora sobre o programa Luz para Todos, no Vale do Jequitinhonha, perguntou para um senhor o que mais o tinha impactado com a chegada da luz. A pesquisadora, com seu preconceito de classe média, já estava pronta para escrever: fui comprar uma televisão. Mas o senhor disse: 'A coisa que mais me impactou foi ver pela primeira vez o rosto dos meus filhos dormindo; eu nunca tinha visto'. Essa delicadeza... a gente se surpreende muito.
O que a surpreendeu na sua pesquisa?
Quando vi a alegria que sentiam de poder partilhar uma comida que era deles, que não tinha sido pedida. Não tinham passado pela humilhação de pedi-la; foram lá e compraram. Crianças que comeram macarrão com salsicha pela primeira vez. É muito preconceituoso dizer que só querem consumir. A distância entre nós é tão grande que a gente não pode imaginar. A carência lá é tão absurda. Aprendi que pode ser uma grande experiência tomar água gelada.
Li que a sra. teria apurado que o Bolsa Família, ao tornar as mulheres mais independentes, estava provocando separações, uma revolução feminina. Mas não encontrei isso no livro. O que é fato?
É só conhecer um pouco o país para saber que não poderia haver entre essas mulheres uma revolução feminista. É difícil para elas mudar as relações conjugais. Elas são mais autônomas com a Bolsa? São. Elas nunca tiveram dinheiro e passaram a ter, são titulares do cartão, têm a senha. Elas têm uma moralidade muito forte: compram primeiro a comida para as crianças. Depois, se sobrar, compram colchão, televisão. É ainda muito difícil falar da vida pessoal. Uma ou outra me disse que tinha vontade de se separar. Há o problema de alcoolismo. Esses processos no Brasil são muito longos. Em São Paulo é comum a separação; no sertão é incomum. A família em muitos lugares é ampliada, com sogra, mãe, cunhado vivendo muito próximos. Essa realidade não se desfaz.
Mas há indícios de mudança?
Indícios, sim. Certamente elas estão falando mais nesse assunto. Em 2006, não queriam falar de sentimentos privados. Em 2011, num povoado no sertão de Alagoas, me disseram que tinha havido cinco casos de separação. Perguntei as razões. Uma me disse: 'Aquela se apaixonou pelo marido da vizinha'. Perguntei para outra. Ela disse: 'Pensando bem, acho que a bolsa nos dá mais coragem'. Disso daí deduzir que há um movimento feminista, meu deus do céu, é quase cruel. Não sei se dá para fazer essa relação tão automática do Bolsa com a transformação delas em mulheres mais independentes. Certamente são mais independentes, como qualquer pessoa que não tinha nada e passa a ter uma renda. Um homem também. Mas há censuras internas, tem a religião. As coisas são muito mais espessas do que a gente imagina.
O machismo é muito forte?
Sim. E também dentro delas. Se o machismo é muito percebido em São Paulo, imagina quando no chamado Brasil profundo. Lá, os padrões familiares são muito rígidos. É comum se ouvir que a mulher saiu da escola porque o pai disse que ela não precisava aprender. Elas se casam muito cedo. Agora, como prevê a sociologia do dinheiro, elas estão muito contentes pela regularidade, pela estabilidade, pelo fato de poderem planejar minimamente a vida. Mas eu não avançaria numa hipótese de revolução sexual.
O Bolsa Família mexeu com o coronelismo?
Sim, enfraqueceu o coronelismo. O dinheiro vem no nome dela, com uma senha dela e é ela que vai ao banco; não tem que pedir para ninguém. É muito diferente se o governo entregasse o dinheiro ao prefeito. Num programa que envolve 54 milhões de pessoas, alguma coisa de vez em quando [acontece]. Mas a fraude é quase zero. O cadastro único é muito bem feito. Foi uma ação de Estado que enfraqueceu o coronelismo. Elas aprenderam a usar o 0800 e vão para o telefone público ligar para reclamar. Essa ideia de que é uma massa passiva de imbecis que não reagem é preconceito puro.
E a questão eleitoral?
O coronel perdeu peso porque ela adquiriu uma liberdade que não tinha. Não precisa ir ao prefeito. Pode pedir uma rua melhor, mas não comida, que era por ai que o coronelismo funcionava. Há resíduos culturais. Ela pode votar no prefeito da família tal, mas para presidente da República, não.
Esses votos são do Lula?
São. Até 2011, quando terminei a pesquisa, eram. Quando me perguntam por que Lula tem essa força, respondo: nunca paramos para estudar o peso da fala testemunhal. Todos sabem que ele passou fome, que é um homem do povo e que sabe o que é pobreza. A figura dele é muito forte. O lado ruim é que seja muito personalizado. Mas, também, existe uma identidade partidária, uma capilaridade do PT.
Há um argumento que diz que o Bolsa Família é como uma droga que torna o lulismo imbatível nas urnas. O que a sra. acha?
Isso é preconceito. A elite brasileira ignora o seu país e vai ficando dura, insensível. Sente aquele povo como sendo uma sub-humanidade. Imaginam que essas pessoas são idiotas. Por R$ 5 por mês eles compram uma parabólica usada. Cheguei uma vez numa casa e eles estavam vendo TV Senado. Perguntei o motivo. A resposta: 'A gente gosta porque tem alguma coisa para aprender'.
No livro a sra. cita muitos casos de mulheres que fizeram laqueadura. Como é isso?
O SUS (Sistema Único de Saúde) está fazendo a pedido delas. É o sonho maior. Aliás, outro preconceito é dizer que elas vão se encher de filhos para aumentar o Bolsa Família. É supor que sejam imbecis. O grande sonho é tomar a pílula ou fazer laqueadura.
A sra. afirma que é preconceito dizer que as pessoas vão para o Bolsa Família para não trabalhar. Por quê?
Nessas regiões não há emprego. Eles são chamados ocasionalmente para, por exemplo, colher feijão. É um trabalho sem nenhum direito e ganham menos que no Bolsa Família. Não há fábricas; só se vê terra cercada, com muitos eucaliptos. Os homens do Vale do Jequitinhonha vêm trabalhar aqui por salários aviltantes. Um fazendeiro disse para o meu marido que não conseguia mais homens para trabalhar por causa do Bolsa Família. Mas ele pagava R$ 20 por semana! O cara quer escravo. Paga uma miséria por um trabalho duro de 12, 16 horas, não assina carteira, é autoritário, e acha que as pessoas têm que se submeter a isso. E dizem que receber dinheiro do Estado é uma vergonha.
Há vontade de deixar o Bolsa Família?
Elas gostariam de ter emprego, salário, carteira assinada, férias, direitos. Há também uma pressão social. Ouvem dizer que estão acomodadas. Uma pesquisa feita em Itaboraí, no Rio de Janeiro, diz que lá elas têm vergonha de ter o cartão. São vistas como pobres coitadas que dependem do governo para viver, que são incapazes, vagabundas. Como em "Ralé", de Máximo Gorki, os pobres repetem a ideologia da elite. A miséria é muito dura.
A sra. escreve que o Bolsa Família é o inicio da superação da cultura de resignação? Será?
A cultura da resignação foi muito estudada e é tema da literatura: Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, José Lins do Rego. Ela tem componente religioso: 'Deus quis assim'. E mescla elementos culturais: a espera da chuva, as promessas. Essa cultura da resignação foi rompida pelo Bolsa Família: a vida pode ser diferente, não é uma repetição. É a hipótese que eu levanto. Aparece uma coisa nova: é possível e é bom ter uma renda regular. É possível ter outra vida, não preciso ver meus filhos morrerem de fome, como minha mãe e minha vó viam. Esse sentimento de que o Brasil está vivendo uma coisa nova é muito real. Hoje se encontram negras médicas, dentistas, por causa do ProUni (Universidade para Todos). Depois de dez anos, o Bolsa Família tem mostrado que é possível melhorar de vida, aprender coisas novas. Não tem mais o 'Fabiano' [personagem de "Vidas Secas"], a vida não é tão seca mais.
"VOZES DO BOLSA FAMÍLIA"
AUTOR Walquiria Leão Rego e Alessandro Pinzani
EDITORA Editora Unesp
Marcadores: Bolsa Família, Lula
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Posted: 12 Jun 2013 06:07 AM PDT
"Medidas para reforçar contas públicas incluem o contingenciamento de despesas orçamentárias, o anúncio de uma meta crível de superávit primário para o ano, além de usar R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que serão arrecadados com o bônus dos leilões do de Libra, no pré-sal, para reforçar o caixa; O governo acredita que um ajuste fiscal ajudará a melhorar a imagem do país para as agências de classificação de risco
A presidente Dilma Rousseff se prepara para lançar novas providências para reforçar as contas públicas. A petista anunciará pessoalmente, até sexta-feira um pacote fiscal que inclui o contingenciamento de despesas orçamentárias, a exemplo do que foi feito em agosto de 2011, segundo informações do Valor.
Na época, o bloqueio de R$ 10 bilhões, foi visto como crucial para o Banco Central iniciar o último ciclo de redução da Selic.
O governo acredita que um ajuste fiscal ajudará a melhorar a imagem do país para as agências de classificação de risco - na semana passada, a Standards & Poor's piorou a perspectiva da nota brasileira.
Outra medida avaliada pelo governo é o anúncio de uma meta crível de superávit primário para o ano, sem manobras contábeis. Além disso, pretende-se usar R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões que serão arrecadados com o bônus dos leilões do de Libra, no pré-sal, para reforçar o caixa.
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Posted: 12 Jun 2013 02:31 AM PDT
Do Conversa Afiada - 11/06/2013
Em 38 dias Gurgel desce à planície e se encontra com Collor
O Bessinha, com todo o respeito, informa que quem chama de "prevaricador" não é ele, mas o Collor ...
O Conversa Afiada reproduz informação repassada por Stanley Burburinho: Gurgel desautoriza vice no SupremoPor Rodrigo Haidar O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, protocolou petição no Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (11/6), na qual requer que os ministros desconsiderem a manifestação da vice-procuradora-geral, Deborah Duprat, no julgamento da ação contra a tramitação do projeto de lei que inibe a criação de partidos e a fusão entre legendas. O STF deverá retomar o julgamento do caso nesta quarta-feira (12/6). Na quarta-feira passada, o Supremo começou a julgar o Mandado de Segurança interposto pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) contra o Projeto de Lei 4.470/12. A tramitação da proposta está suspensa por liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes. Ao se manifestar, Deborah Duprat reviu, da bancada do plenário, o parecer anterior do Ministério Público Federal sobre o tema, que era contrário ao projeto e favorecia a decisão de Gilmar Mendes. Duprat lamentou estar na "desconfortável e desagradabilíssima" posição de ter que substituir o procurador-geral Roberto Gurgel e, ao mesmo tempo, discordar de sua posição, dado o "importante e perigoso precedente". A vice-procuradora afirmou que pretendia desfazer conclusões "acríticas" do senso comum como a que vê a interpretação constitucional monopólio dos juristas e que desconsideram que o erro faz parte do processo de constante aperfeiçoamento da atividade legislativa. "Há também a possibilidade da Constituição ser interpretada e concretizada fora dos espaços das cortes", disse. "O controle preventivo de constitucionalidade, ainda que permitido ele, tem que ser reservado de absoluta excepcionalidade", disse Deborah na ocasião. Trocando em miúdos, a vice-procuradora defendeu a rejeição da ação e, consequentemente, a derrubada da liminar do ministro Gilmar Mendes. Três semanas antes, Roberto Gurgel havia encaminhado parecer em sentido contrário, no qual defendeu que o Supremo atenda ao pleito do senador e aborte a tramitação do projeto de lei. Para o PGR, a simples tramitação da proposta, que, na prática, inibe a criação de partidos políticos e dificulta a fusão e incorporação entre agremiações já existentes, "já motiva insegurança no meio político parlamentar impossível de ser eufemizada". Gurgel se manifestou a favor da tese de que não há qualquer ruído na independência entre os poderes quando o Supremo, provocado por parlamentares, age para corrigir tentativas de fraude à Constituição. "E é disso que se trata quando o Supremo Tribunal federal se depara com um projeto de lei que veicula proposta normativa que é de deliberação vedada até mesmo pelo Poder Constituinte de reforma", sustentou. Por conta da manifestação de sua vice-procuradora, Roberto Gurgel protocolou nova petição no tribunal. De acordo com a peça, o procurador reitera "em todos os seus termos a sua manifestação escrita" e diz que deve "ser desconsiderado qualquer pronunciamento em sentido diverso". De acordo com o texto do PL 4.470/12, já aprovado pela Câmara dos Deputados e enviado ao Senado, o parlamentar que mudar de partido durante o mandato não leva para a nova legenda o tempo de televisão e a fatia correspondente de recursos do Fundo Partidário. Esses recursos ficarão no partido que elegeu o parlamentar. Os defensores do projeto argumentam que a norma vai fortalecer o voto do eleitor e evitar o troca-troca de partidos. A votação do projeto foi concluída na Câmara dos Deputados em 24 de abril e o texto foi encaminhado no mesmo dia ao Senado. Em seguida, a discussão e votação foi suspensa por conta da liminar de Gilmar Mendes. Clique aqui para ler – Gilmar quer fechar o Congresso ? (Pelo jeito, o Gurgel também…) Artigos Relacionados
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PITACO DO ContrapontoPIG
Ao demitir a sua substituta, Gurgel faz a Dilma uma ótima sugestão para o futuro da PGR
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Posted: 12 Jun 2013 02:28 AM PDT
Senador Fernando Collor (PTB/AL), único parlamentar que confronta abertamente as atitudes de Roberto Gurgel, saiu em defesa da subprocuradora Deborah Duprat, que foi afastada do cargo pelo chefe, em função de uma divergência de opinião. "Foi um desrespeito, uma covardia e uma atitude antidemocrática tomada por um cidadão que nunca esteve à altura do cargo", diz ele. Questionado por Collor sobre a compra de equipamentos de escuta telefônica pelo Ministério Público, Gurgel confirmou. "Ele montou um aparato de espionagem"
12 DE JUNHO DE 2013
247 – Único parlamentar do Congresso que confronta abertamente as atitudes do procurador-geral Roberto Gurgel, o senador Fernando Collor saiu em defesa da subprocuradora Deborah Duprat, afastada do cargo nesta terça-feira, por decisão do chefe. "Gurgel demonstrou o que realmente é: um déspota ignorante, que não aceita ser contrariado", disse Collor ao 247. "A subprocuradora Deborah Duprat exerceu seu direito pleno, ao manifestar sua opinião no plenário do Supremo Tribunal Federal".
Mais do que uma atitude antidemocrática, Collor apontou também um desrespeito e uma atitude covarde. "Dentro de um mês, o senhor Gurgel não será mais o procurador-geral da República", disse ele. "Por isso, não fazia o menor sentido punir uma pessoa que apenas tinha uma posição divergente da sua".
Reportagem da Agência Brasil, publicada nesta terça, aponta que a divergência de opiniões motivou o afastamento. Leia abaixo:
Gurgel dispensa número 2 da Procuradoria após confronto de ideias
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dispensou hoje (11) a subprocuradora Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral. A informação foi confirmada no início desta noite pela assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não justificou o ato. Não há previsão de substituto para o cargo.
Na semana passada, enquanto estava em representação oficial na Espanha, Gurgel foi confrontado duas vezes por sua vice. A divergência de opiniões oficiais no Ministério Público é possível porque os procuradores não são obrigados a seguir a posição de seus superiores hierárquicos. Deborah Duprat concorre em lista tríplice à chefia da Procuradoria-Geral da República, que ficará vaga em agosto.
O primeiro embate de ideias ocorreu durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), quando Deborah discordou do parecer de Gurgel contra o projeto de lei que limita a criação de partidos. "Se fossem duas partes em conflito entre si, eu me conservaria calada, mas acredito que esse é um importante e perigoso precedente. Eu sei que o doutor Gurgel esteve bastante preocupado a respeito disso, mas me preocupa a preservação do espaço democrático de discussão", disse Deborah.
No dia seguinte, ela se manifestou favoravelmente à proposta que criou mais quatro tribunais federais no país. Gurgel ainda não havia emitido opinião sobre o caso, pois alertava que a questão poderia ser judicializada e não descartava que a iniciativa poderia partir do próprio Ministério Público.
Com a dispensa, Deborah volta a exercer apenas o cargo de subprocuradora-geral. Atualmente, o quadro de subprocuradores-gerais tem 61 integrantes.
Em outro embate com Gurgel, Collor o questionou sobre a compra de aparelhos Guardião, pelo Ministério Público, que fazem grampos telefônicos. Na resposta, o procurador-geral confirmou a aquisição dos equipamentos, mas afirmou que os mesmos foram cedidos à Polícia Federal, que é quem tem o poder de realizar investigações. "Isso demonstra a urgência na aprovação da PEC 37", diz Collor. "O MP, com o senhor Gurgel, montou um aparato clandestino para bisbilhotar a vida das pessoas".
Segundo Collor, a resposta de Gurgel demonstra que o procurador-geral se contradiz ao confirmar a cessão dos equipamentos à PF. "Se ele próprio afirma que cedeu os grampos à Polícia Federal, porque sabe que o MP não tem o poder de sair investigando a vida das pessoas, acaba se colocando também à favor da PEC 37".
Leia, abaixo, o questionamento feito pelo senador Fernando Collor (PTB/AL):
Leia, ainda, as respostas de Gurgel:
Postado há 2 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog A Justiceira de Esquerda.
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Posted: 12 Jun 2013 02:21 AM PDT
Há quanto tempo as manchetes, colunas e reportagens disparadas do bunker dos Frias deixaram de surpreender o leitor? Existe algum motivo para ler amanhã um jornal que hoje tem a frase seguinte antecipada na anterior? E na anterior da anterior e assim sucessivamente?"
De costas para o Brasil
Carta Maior - Saul Leblon - 09/06/2013 O colapso da mídia conservadora chegou antes da falência do país, vaticinada há mais de uma década pelo seu jornalismo. O velho 'passaralho' sobrevoa algumas das principais redações que compõem o núcleo duro da oposição ao governo Dilma. Estadão, Abril, Folha, Valor lideram a deriva de uma frota experiente na arte de sentenciar vereditos inapeláveis sobre o rumo da Nação, enquanto o seu próprio vai à pique. De bagres a pavões, cabeças experimentam o fio gelado da guilhotina dos custos nas grandes corporações. A 'descontinuidade' de títulos, a supressão de cadernos, o emagrecimento das edições, o clamoroso empobrecimento da reportagem e o rapa nos borderôs dos freelas não deixam margem a dúvida. O setor vive uma de suas mais graves crises, da qual o leitor só tem notícia pela qualidade declinante do produto. Enquanto uiva e torce pela espiral descendente da economia, de olho em 2014, a mídia alivia (suprime?) a discussão da efetiva, ostensiva e acelerada decadência em seu metabolismo. Murmúrios escapam de quando em vez, como na coluna domingueira da ombudsman da Folha, Suzana Singer.
Marcadores: demissões empregados, jornalistas, PIG, Reestruturação
Do Blog Causa-me Espécie!
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Posted: 12 Jun 2013 01:05 AM PDT
12 de Jun de 2013 | 01:48
Um retrato de uma politização absurda que tomou conta do comando da Procuradoria e de parte do Supremo Tribunal Federal. O motivo é a discordância manifesta da Procuradora do parecer de Gurgel a favor de sustar a deliberação do Senado sobre o direito de partidos em criação terem acesso à tempo de TV e recursos do fundo partidário. Gurgel quer que não haja restrições, mas, curiosamente, ele deu parecer contrário quando o PSD de Gilberto Kassab buscou e ganhou no Supremo o direito às verbas do fundo. Mas não foi essa a discordância que levou Duprat a contrariar a posição de Gurgel, em dupla com Gilmar Mendes, de impedir o Senado Federal de apreciar e votar restrição semelhante àquela que defendia para novos partidos. A divergência foi sobre o poder do Supremo de interromper a discussão e a deliberação do Senado sobre uma lei. Duprat não aceitou que o Judiciário se substituísse ao Legislativo e, mais ainda, tivesse o poder de negar ao Congresso o direito de apreciar matéria legal. O que é completamente de suspender, por inconstitucional, a aplicação de qualquer lei aprovada. E o Supremo não ficou atrás. Ao admitir como "amicus curiae" parlamentares contrários à medida – que, por não serem advogados no gozo de suas prerrogativas, acabaram representados por seus advogados no plenário – o Tribunal usurpou o debate legislativo comum, numa decisão infeliz que só vem tirar o comedimento e a austeridade que devem pautar a Corte Constitucional. Duprat não é nenhuma neófita, possui um vasto currículo em causas diretamente ligadas aos direitos sociais e, dela, não se pode dizer que se serviu de uma oportunidade para confrontar Gurgel, com quem trabalha há anos e de quem recebeu a representação da PGR para questões de controle constitucional, exatamente o tema em questão. Ela é, pelo voto de seus colegas, uma das integrantes da lista de onde a Presidenta Dilma Rousseff escolherá o novo Procurador Geral. Os procuradores demonstraram claramente não desejar alguém que levasse a instituição pelos caminhos da radicalização e da partidarização, como se atribui à outra auxiliar de Gurgel, Sandra Cureau, que obteve 271 votos, contra os 445 dados a Duprat. Os dois outros integrantes da lista tríplice são Ela Wiecko – que teve 457 votos – e Rodrigo Janot, com 511 votos, que rompeu com Gurgel acusando o atual procurador de centralizador e autoritário. Se a tradição for seguida, ele, como mais votado, será o escolhido. Mas, depois de partidarizar o cargo, Roberto Gurgel conseguiu, também, colocar uma politização indevida em sua própria sucessão. Se o Procurador Geral nos governos FHC, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido como "engavetador-geral" por barrar o curso das ações contra o ex-presidente, Gurgel bem poderia ser chamado de "usurpador-geral", pelo poder transtornado que se atribuiu de deformar a partição dos poderes e a postura de inquisidor, em troca dos incensos da mídia conservadora. Seu último ato, portanto, é "coerente": uma violência contra a serenidade da instituição.
Por: Fernando Brito
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Posted: 12 Jun 2013 12:49 AM PDT
"A rapaziada saiu às ruas para protestar. A molecada arrumou um álibi qualquer, aprontou, despertou indignação no governador e no prefeito, enfrentou tropa de choque, balas de borracha e bombas de efeito moral. Como cidadão maduro e responsável, endossei as críticas aos jovens agitadores. Aí, no meio do dia recebo telefonema de minha filha de 15 anos. Queria saber do artigo que saiu no Blog, pois os amiguinhos estavam comentando. Entro no Twitter e, de cada 10 comentários na minha timeline (nome que dão às mensagens nas quais o remetente inclui o seu endereço como destinatário), 8 eram sobre o tal artigo. | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 12 Jun 2013 12:47 AM PDT
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Posted: 12 Jun 2013 12:43 AM PDT
HÁ TRINTA ANOS - CASO PROCONSULT REVELOU QUE EXISTEM FORÇAS E ORGANIZAÇÕES CAPAZES DE TUDO PARA INFLUIR NO RESULTADO DAS URNAS, ELEGENDO AINDA QUE POR MEIOS ESCUSOS OS CANDIDATOS QUE ATENDAM SEUS INTERESSES.
A matéria do JB é extensa e detalhada. Nela, os mais jovens poderão ver e os que viveram o momento relembrar, como certas forças atuam para influir de forma irregular e criminosa no processo eleitoral. Hoje, fraudes como a do caso denominado 'PROCONSULT' ou de EDIÇÃO DE VÍDEOS DE DEBATE não são mais possíveis, o que não quer dizer que essas mesmas "forças e organizações" não continuem por outros meios, jogando todo o seu peso de audiência e recursos financeiros para tentar desequilibrar as disputas eleitorais. Alguns eles transformam em "demônios', outros eles fazem refém, exaltam e tentam fazer com que sejam eleitos, para depois exigir a "volta".
Desde 2003, apesar da força que ainda tem, perderam três eleições, eis aí a motivação para a campanha feroz e sórdida que capitaneiam contra o atual governo.
Curioso ainda é ver no caso PROCONSULT, onde estavam alguns (políticos e jornalistas), que hoje abanam o rabinho para a toda poderosa ou fazem até parte do governo Dilma, o que convenhamos, é uma vergonha.
RESUMO
'JB' revelou escândalo do Proconsult e derrubou fraude na eleição.
No retorno às eleições para governador, tentaram roubar os votos de Leonel Brizola
Há 30 anos, uma tentativa de fraude na eleição para governador do Rio de Janeiro foi desbaratada graças ao trabalho das equipes do Jornal do Brasil e da Rádio JB. Com a ajuda de militares ligados aos órgãos de informação, tentou se evitar a vitória do esquerdista Leonel de Moura Brizola, favorecendo-se o candidato apoiado pelos militares, Wellington Moreira Franco. O esquema que ficou conhecido como "Proconsult" entrou na história como a primeira grande tentativa de fraude eleitoral através dos computadores.
O ano era 1982 e o país, debaixo do regime militar já há 18 anos, vivenciava a volta da eleição direta para a escolha dos governadores dos estados. No mesmo pleito, também foram escolhidos os deputados estaduais, deputados federais e um senador em cada unidade da Federação.
No Rio de Janeiro disputavam a cadeira de governador o candidato oficial do governo militar, Moreira Franco, representante do PDS (ex-Arena), partido de sustentação da ditadura militar que, à época, tinha na presidência da República o general João Figueiredo; o deputado federal Miro Teixeira (PMDB), herdeiro direto do então governador Chagas Freitas, mas que tentava passar a imagem de independente; o recém chegado do exílio (1979), ex-governador gaúcho, Leonel de Moura Brizola (PDT); a deputada federal, Sandra Cavalcanti (PTB), que iniciou sua vida política na UDN e no Lacerdismo; além do deputado federal cassado em 1976, Lysâneas Maciel, candidato pelo novato Partido dos Trabalhadores.
Vivia-se a derrocada da ditadura, embora ela ainda fosse perdurar por mais alguns anos. Para evitar novos sustos nas urnas e tentar manter a maioria no Congresso, o governo militar criou o chamado voto vinculado.
A principal novidade daquele ano foi a informatização do somatório dos mapas produzidos manualmente pelas juntas de apuração em cada zona eleitoral. Na maioria dos estados brasileiros, a empresa estatal Serpro foi contratada para computar os votos. No Rio de Janeiro, no entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) recorreu à Racimec, empresa dirigida por militares que criaram a Proconsult para atender ao tribunal. Seu responsável técnico era um tenente-coronel do Exército, Haroldo Lobão, ex-chefe do Centro de Processamento de Dados (CPD) do Exército.
As eleições estavam marcadas para 15 de novembro. Menos de um mês antes, na sexta-feira 21 de outubro, na coluna "Coisas da política", editada no Jornal do Brasil, o então diretor-adjunto da revista Veja e colunista do JB, Élio Gaspari,em um artigo intitulado "Uma nova sigla eleitoral no Rio de Janeiro", alertou para a "atividade de pessoas ligadas ao Serviço Nacional de Informações (SNI), em favor do PDS e de seu candidato, Wellington Moreira Franco". O artigo prosseguia:
"De todas as siglas de três letras em ação no Rio, o SNI é a mais discreta, pela própria natureza de suas operações. Até agora, pode-se estimar que esse pelotão agiu em duas direções: numa, contribuiu para orientar as forças uma concepção estratégica tanto na manobra de seccionamento do governador Chagas Freitas, hoje separado do PMDB, quanto na exibição das armas disponíveis para atacar a maré brizolista", diz trecho do artigo (Leia aqui).
Digitação paralela
Apesar da suspeição levantada por Gaspari, o então recém-criado Partido Democrático Trabalhista (PDT) – no qual Brizola juntou o grupo do extinto PTB que não se junto à Ivete Vargas quando ela se apoderou da velha sigla PTB - quase recuou da proposta de montar um sistema de apuração sofisticado, desenvolvido pelo economista César Maia, ainda uma pessoa desconhecida no meio político.
Naquela eleição, o Jornal do Brasil e a Rádio JB montaram um sistema de apuração paralela da contagem de votos. Trabalhavam com equipes distribuídas pelos centros de apuração das principais zonas eleitorais. O jornal O Globo e, principalmente, a TV Globo, fiaram-se nos números do Proconsult, o que acabou provocando a forte suspeita do envolvimento das Organizações Globo com a fraude que se descobriria depois.
A disputa eleitoral no Rio naquele ano teve momentos distintos. Inicialmente saíram à frente da preferência popular a candidata Sandra Cavalcanti e o peemedebista Miro Teixeira, beneficiando-se da máquina governamental comandada por Chagas Freitas. No desenrolar da campanha, Sandra perdeu espaço para o candidato apoiado pelos militares, Moreira Franco, que passou a rivalizar com Miro. No entanto poucos perceberam que o candidato pedetista, como se definiu na época, correndo por fora, foi conquistando a confiança dos eleitores. Àquela altura, se os militares já tentavam derrubar Miro para garantir a vitória de Moreira Franco, mais ainda faria contra Brizola, considerado por muitos deles como um incendiário.
A partir da eleição do dia 15 de novembro, o PDT passou, então, a recolher os boletins de apuração e a enviá-los para pontos de digitação secretos.
A Rádio Jornal do Brasil, logo após os primeiros dias de apuração, verificou que Brizola liderava na capital, onde estavam 70% dos votos, e decidiu se concentrar na apuração dos votos de Brizola e Moreira Franco. Graças a isto, a rádio e o jornal puderam perceber antes dos resultados finais as distorções que ocorriam nos números oficiais do TRE, repassados pelo Proconsult. O esquema da apuração do PDT também detectou as falhas que ainda não eram vistas como fraudes.
Diferencial Delta
Paralelamente, porém, a TV Globo, assim como o jornal O Globo, por ingenuidade ou, como desconfiaram os pedetistas, por participarem do esquema, fiaram-se nos números do Proconsult que sempre apresentavam Moreira Franco à frente.
De qualquer forma, dando preferência aos números apresentados pela Proconsult e desconhecendo apurações paralelas como a do PDT e da Rádio JB, as organizações Globo - em especial a TV Globo – alimentavam a esperança de o golpe ser assimilado. Na medida em que difundiam a ideia da vitória do candidato dos militares, permitiriam aos técnicos da Proconsult inverterem os votos nulos e brancos, contabilizados para o candidato dos militares.
Postado há 2 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog A Justiceira de Esquerda.
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Posted: 12 Jun 2013 12:36 AM PDT
Dilma lamenta morte de Jacob Gorender
*Via Blog do Planalto
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Posted: 11 Jun 2013 11:09 PM PDT
Blog da Dilma: http://blogdadilma.com/AVISO AOS NAVEGANTES - Aprovação pessoal de seu governo. A 113ª Pesquisa CNT/MDA avaliou os índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff. A presidente é aprovada por 73,7% dos entrevistados, e seu governo, por 54,2%. Na última pesquisa, de julho de 2012, Dilma teve aprovação pessoal de 75,7% e aprovação de seu governo foi de 56,6%. A queda na aprovação pessoal de Dilma está dentro da margem de erro, de 2,2 pontos percentuais.
Postado por Daniel Pearlàs 6/11/2013Um comentário: Links para esta postagem
Do Blog DESABAFO BRASIL.
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Posted: 11 Jun 2013 11:04 PM PDT
Sambou: Dilma tem 73,7% de aprovação popular e venceria no 1º turno
Dilma Bolada - 11/06/2013 Não adianta fazer macumba, não adianta fazer propaganda eleitoral na novela das 9… vão precisar de muuuuuito mais pra me derrubar, queridinhos. Hoje saiu mais uma pesquisa sobre a minha popularidade e a do meu Governo, ela apresentou uma ligeira queda, não vamos negar, mas uma coisa é fato: continuo sendo mais popular que todos os outros Presidentes da história deste país juntos! A pesquisa divulgada hoje feita pelo instituto MDA(mas um M e virava a turnê da Madonna) foi encomendada pela CNT e apontou que euzinha continuo super bem avaliada pelo povo brasileiro, nada mais nada menos que 73,7%(SETENTA E TRÊS VÍRGULA SETE POR CENTO) de vocês me aprovam como chefa da nação e me consideram uma Presidenta maravilhosa, inteligente, humilde, linda, competente, etc.
Quanto ao meu Governo, ele aparece com 89,8% de aprovação popular( OITENTA E NOVE VÍRGULA OITO POR CENTO), sendo 54,2% que consideram "bom" ou "ótimo" e 35,6% consideram "regular". Os dados revelam uma ligeira queda com relação à última pesquisa feita há um ano(vishhh, maior tempão). Lá em meados de 2012 a minha taxa de aprovação era 75,7% e a do Governo 56,6%. Lembrando que a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais(não sei se é para mais ou para menos).
CENÁRIO ELEITORALNão olha pro lado quem tá passando é o bonde… Se ficar de caozada… na urna o coro come… ♫A pesquisa fez uma simulação do cenário eleitoral pro ano que vem e quiseram saber se o povo quer que meu reinado continue e adivinhe?
Cenário 1______________________________
Dilmaravilhosa(Rainha da Nação) – 52,8%
Aécio Never – 17% Marinárvore – 12,5% Dudu Who? – 3,7% Branco/Nulo – 8,4% Não sabem – 5,6% Cenário 2 (2º Turno com Never)
Dilmaravilhosa(Rainha da Nação) - 58,8%
Aécio Never - 22,5% Cenário 3 (2º Turno com Marinárvore)
Dilmaravilhosa(Rainha da Nação) - 59,7%
Marinárvore - 20,4% Cenário 3 (2º Turno com Dudu)
Nem fizeram pra não humilhar…
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Mais uma vez sambando na cara da concorrência…É isso, como diz aquele ditado: "As críticas não me abalam, os elogios não me iludem, sou o que sou e não o que dizem! Estou com o povo e o povo comigo. Vivo o presente, não temo o futuro e dane-se a oposição!" ÊTA PRESIDENTA QUERIDA PELO POVO!!! Presidenta amada pelo povo para o Brasil seguir mudando. Sou linda, sou diva, sou Presidenta. SOU DILMA!!! FONTES: g1, estadão e jusbrasil | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 11 Jun 2013 11:01 PM PDT
Mercado publicitário atordoado com iminência de encerramento de diversos títulos do Grupo Abril; o que acontecerá com contratos de antecipação de anúncios?; longa reunião entre presidentes Giancarlo Civita e Fabio Barbosa, do Grupo Abril, e diretores de redação e editores das principais revistas da casa; ontem, patrão e seu principal executivo participaram pessoalmente da reunião de pauta da revista Veja; presença é inédita na história da publicação; cogitada desocupação do Novo Edifício Abril, de US$ 1 milhão por mês de aluguel
A crise no Grupo Abril tornou-se oficial, como já adiantava o mercado publicitário. Na tarde da segunda-feira 10, o presidente do Conselho de Administração, Giancarlo Civita, e o presidente do Grupo Abril, Fábio Barbosa, convocaram quase três dezenas de diretores de redação e editores para uma reunião que durou cerca de quatro horas. Pauta: cortes de custos, fechamentos de títulos e demissões de profissionais. Horas antes, Gianca e Barbosa participaram pessoalmente da reunião de pauta da revista Veja, numa fato inédito na história da revista fundada em 1968. A presença deles entre os jornalistas foi interpretada como a tomada do controle de decisões editoriais por parte dos acionistas. A rota de choque com o governo da presidente Dilma Rousseff poderá ser corrigida, mas a artilharia sobre alvos como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu tende a continuar.
Na longa reunião com os editores, Barbosa foi quem mais falou. Objetivamente, porém, disse pouco. Ele admitiu que a direção da editora detectou uma série de cargos sobrepostos, com núcleos editoriais pequenos nos quais um diretor de área tem funções semelhantes a de um diretor de redação. Esses cargos, adiantou, serão cortados.
A respeito do fechamento de títulos – a Abril edita atualmente 52 revistas, muitas delas deficitárias --, Barbosa foi lacônico: "Estamos reavaliando todo o nosso portfolio". Ele evitou informar sobre o destino da revista Playboy, uma dos ícones da editora, cuja circulação caiu 38% recentemente.
Entre jornalistas da Abril circula a informação de que o Novo Edifício Abril será desocupado pela editora, ou compartilhado. Nesse contexto, as redações das revistas Veja e Exame seriam transferidas para um imóvel da Abril na avenida Luís Carlos Berrini. O Nea, como o atua edifício ocupado pela Abril é chamado, tem um aluguel mensal de cerca de US$ 1 milhão.
O mercado publicitário está atordoado com a condução que a cúpula da Abril está executando sobre a crise da editora. Não há informações oficiais sobre o fechamento de títulos, mas fortes rumores convergem para a "descontinuidade" de até duas dezenas ou mais das 52 revistas publicadas atualmente pela editora. Muitas agências se acostumaram a comprar pacotes antecipados de anúncios, realizando programações anuais em troca de descontos. Se revistas forem fechadas, como ficam esses contratos, perguntam-se diretores de mídia. Até o momento, a Abril não informou oficialmente as agências sobre seus planos.
Outra preocupação é a dos assinantes. Esse grupo será contemplado de que maneira no caso de revistas serem fechadas? A Abril devolverá o dinheiro pago pelos exemplares que não serão remetidos?
No Justiceira de Esquerda | ||||||||||||||||||||||||||||
Posted: 11 Jun 2013 10:57 PM PDT
Do Brasil 247 - 11 de Junho de 2013 às 10:28
Seu objetivo: triplicar os gastos com pessoal do Conselho Nacional de Justiça, que ele mesmo preside; teto para contratação de servidores passaria de R$ 40,4 milhões para R$ 114,4 milhões; decisão, no entanto, não pode ser tomada sem aval do Legislativo; manobra é incoerente porque, há poucos meses, o próprio Barbosa criticou duramente o Congresso por aprovar a criação de novos tribunais, alegando, entre outros motivos, mais custos
247 – Crítico ferrenho da criação de novos Tribunais Regionais Federais (TRFs) pelo Legislativo, o presidente do Conselho Nacional de Justiça, Joaquim Barbosa, tenta agora fazer uma manobra que revela incoerência com sua postura recente: driblar o Congresso Nacional para aprovar a elevação do teto de gastos com pessoal no CNJ. Barbosa tenta triplicar o limite do valor para contratações de servidores no órgão, de R$ 40,4 milhões para R$ 114,4 milhões.
Barbosa não teve sucesso nos bastidores em emplacar no Congresso alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conforme noticiou nesta terça-feira reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, e agora pretende editar a resolução para alterar o limite de gastos com a folha de pagamento. Na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), no entanto, o aval do Legislativo para a mudança é obrigatório. A estratégia de Barbosa foi pedir aos presidentes dos quatro tribunais superiores para que contribuam com o CNJ cedendo parte de seus limites destinados à contratação, para que não fosse necessária a aprovação da proposta pelos parlamentares. O sufoco para Barbosa é que agora a nova proposta precisa passar pelo plenário do CNJ e, caso não seja aprovada, o órgão irá ultrapassar o teto de gasto definido por lei. Aos quatro tribunais superiores, segundo informa o Estadão, Barbosa justificou: O limite atual de despesas "mostra-se insuficiente para comportar as presentes despesas e os acréscimos decorrentes do provimento de cargos". Desde a criação do CNJ, os limites de gastos têm sido definidos via normas internas, situação que, de acordo com o TCU, é irregular, uma vez que uma lei complementar não pode ser alterada pelos conselheiros, e sim pelo Congresso. Barbosa, porém, segue com a ideia de aprovar mais uma resolução no próprio CNJ. Who cares No início de abril, Joaquim Barbosa alegou, entre outros motivos, o aumento de custos do setor Judiciário para criticar a aprovação de quatro novos tribunais regionais federais. Outra crítica era que a proposta deveria partir do Judiciário, e não do Legislativo, como aconteceu. No início de sua gestão, o ministro, que também é presidente do Supremo Tribunal Federal, chegou a questionar a existência da Justiça Militar, para o corte de gastos, sugerindo ao CNJ que uma comissão avaliasse sua necessidade. Agora, porém, o jogo virou e Barbosa foi pedir ajudar aos presidentes do Conselho da Justiça Federal (CJF), Felix Fischer, e do Superior Tribunal Militar (STM), general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, para contribuir com os gastos do órgão que ele preside. "Em documento enviado à presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, e ao presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Carlos Alberto Reis de Paula, Barbosa pede que todos se manifestem favoravelmente à nova resolução", diz a reportagem. Questionado sobre a promulgação da PEC que cria os novos tribunais, pelo Congresso, na semana passada, Joaquim Barbosa respondeu, em seu estilo blasé: "Who cares?" (Quem se importa?). O que aconteceria se todos os presidentes dos tribunais superiores fizessem a ele a mesma pergunta, diante de seu pedido? .
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Também do Blog ContrapontoPIG.
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Posted: 11 Jun 2013 10:55 PM PDT
Do Viomundo - publicado em 11 de junho de 2013 às 10:40
É o maior e mais importante projeto antipobreza do mundo
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br @oliveirafatima_ Eu não tinha a dimensão do ódio de classe contra o Bolsa Família. Supunha que era apenas uma birra de conservadores contra o PT e quem criticava o Bolsa Família o fazia por rancor de classe a Lula, ou algo do gênero, jamais por ser contra pobre matar a sua fome com dinheiro público. Idiota ingenuidade a minha! A questão não é de autoria, mas de destinatário! Os críticos esquecem que a fome não é um problema pessoal de quem passa fome, mas um problema político. E Lula assumiu que o Brasil tem o dever de cuidar de sua gente quando ela não dá conta e enquanto não dá conta por si mesma. E Dilma honra o compromisso. Estou exausta de tanto ouvir que não há mais empregada doméstica, babá, "meninas pra criar", braços para a lavoura e as lidas das fazendas que não são agronegócios… E que a culpa é do Bolsa Família! Conheço muita gente que está vendendo casas de campo, médias e pequenas propriedades rurais porque simplesmente não encontra "trabalhadores braçais" nem para capinar um pátio, quanto mais para manter a postos "um moleque de mandados", como era o costume até há pouco tempo! E o fenômeno é creditado exclusivamente ao Bolsa Família. Esquecem a penetração massiva do capitalismo no campo que emprega, ainda que pagando uma "merreca", com garantias trabalhistas, em serviços menos duros do que ficar 24 horas por dia à disposição dos "mandados" da casa-grande, que raramente "assina carteira". Eis a verdade! Esquecem que a população rural no Brasil hoje é escassa. Dados do IBGE de setembro de 2012: a população residente rural é 15% da população total do país: 195,24 milhões. Não há muitos braços disponíveis no campo, muito menos sobrando e clamando por um prato de comida, gente disposta a alugar sua força de trabalho por qualquer tostão, num regime de quase escravidão, além do que há outras ocupações com salários e condições trabalhistas mais atraentes do que capinar, "trabalhar de aluguel", que em geral nem dá para comprar o "dicumê". Dados de 2009 já informavam que 44,7% dos moradores na zona rural auferiam renda de atividades não agrícolas! Basta juntar três pessoas de classe média que as críticas negativas ao Bolsa Família brotam como cogumelos. Após a boataria de 18 de maio, que o Bolsa Família seria extinto, esse assunto se tornou obrigatório. Fazem questão de ignorar que ele é o maior e mais importante programa antipobreza do mundo e foi copiado por 40 países – é uma "transferência condicional de renda" que objetiva combater a pobreza existente e quebrar o seu ciclo. Atualmente, ajuda 50 milhões de brasileiros: mais de 1/4 do povo! E investe apenas 0,8% do PIB! Sem tal dinheiro, mais de 1/4 da população brasileira ainda estaria passando fome! Mas há gente sem repertório humanitário, como as que escreveram dois tuítes que recebi: "Nunca vi tanta gente nutrida nas filas dos caixas eletrônicos para receber o Bolsa Família, até parecia fila para fazer cirurgia bariátrica"; e "Eu também nunca havia visto tanta gente rechonchuda reunida para sugar a bolsa-voto!". Como disse a minha personagem dona Lô: "Coisa de gente má que nunca soube o que é comer pastel de imaginação; quem pensa assim integra as hostes da campanha Cansei de Sustentar Vagabundo, que circulou nas eleições presidenciais de 2010". São evidências de que há gente que não se importa e até gosta de viver num mundo em que, como escreveu Josué de Castro, em Geografia da Fome (1984): "Metade da humanidade não come e a outra não dorme com medo da que não come…". Leia também: Bolsa Família teve impacto na queda da mortalidade infantil Direita caça votos da classe média atacando o Bolsa Família? . |
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Francisco Almeida
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