quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 02 Jan 2013 03:18 PM PST






"Emissora dos Marinho perdeu 10% de audiência no ano passado; média foi de 14,7 pontos, no quinto ano consecutivo abaixo dos 20 pontos; todas as emissoras perderam espectadores; internet e TV por assinatura continuam fazendo estragos na midia tradicional

Todas perderam, mas foi a Globo a emissora de televisão que, em 2012, atingiu sua pior marca no Ibope no período dos últimos dez anos. Dona de um índice médio anual de audiência, entre 7h00 e meia-noite, de 20,3 pontos em 2002, a Globo de João Roberto Marinho atingiu apenas 14,7 pontos no ano passado, amargando o quinto ano abaixo da faixa dos 20. Em relação ao resultado de 2011, a perda foi de 10%. Cada ponto corresponde a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.
A Record, com audiência 13% menor do que a de 2011, fechou o ano com a marca de 6,2 pontos de média. Logo atrás, reduzindo a diferença registrada no período anterior, o SBT, do empresário Silvio Santos, com 5,6 pontos. A Band ficou com 2,5 pontos, enquanto a RedeTV! teve apenas 0,9 ponto.
As explicações para a perda generalizada de audiência entre as emissoras de tevê aberta são muitas, da baixa atratividade dos programas à concorrência com as tevês por assinatura. Não há dúvida, porém, de que o aumento nos volumes de acesso à internet, em sitos de jornalismo, entretenimento e informação segmentada, também contribuiu para os resultados ruins.
A RedeTV! foi a emissora que mais perdeu audiência entre um ano e outro, com média 37% menor em 2012. Uma das explicações foi a ida do programa Pânico na TV para a Rede Bandeirantes."

Posted: 02 Jan 2013 10:46 AM PST



A TV Globo exibirá hoje (2 de janeiro de 2013), às 22:09 horas, o filme "Lula, o filho do Brasil", inspirado na vida do presidente.

O filme está engavetado pela emissora desde 2010 e sua exibição neste momento não deixa de ser um sapo que emissora engole, depois de ver que foram infrutíferas as tentativas para derrubar a popularidade Lula, e que as denúncias tentando envolver o nome do presidente não tem fundamento, esvaziando como um balão furado.

Quais os motivos que teriam levado a emissora a incluir o filme na programação deste ano?

Será medo de seu histórico golpismo virar um dos temas populares das Caravanas da Cidadania em 2013?

Será que a emissora está abandonando o barco demotucano e procurando apostar suas fichas nos atucanados ou nas oligarquias que aderiram à base governista, com mais chances eleitorais?

Eu sei que a emissora não perderá oportunidade de continuar os ataques ao presidente Lula, sempre que tiver oportunidade ou testes de hipóteses a serem testados. E nós vamos dar o troco, desmascarando suas bolinhas de papel.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
Posted: 02 Jan 2013 05:45 AM PST

PARA A HISTÓRIA - Jornal O Globo aprova condenação baseada em "evidências" para que "não aumentasse o descrédito do Poder Judiciário".


Sexta-feira -28/12/12 - Página 6 - 1o. caderno - OPINIÃO
O jornal emitiu opinião sobre o artigo escrito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, onde ele afirmou que no julgamento da Ação Penal 470, garantias foram atropeladas pelo Supremo Tribunal Federal, possuído de uma ânsia repressiva além dos limites.

O jornal diz, rebatendo as afirmações de Bastos, que no julgamento "não se distorceu nada", defende a aplicação da Teoria do fato e, já no final do texto, acaba por admitir, provavelmente num ato falho, que o julgamento foi político e de cartas marcadas, pois, se o resultado não fosse a condenação dos RÉUS, isso significaria o descrédito público do Poder Judiciário.

Reproduzo o trecho que deixa escapar a realidade do que foi o julgamento na visão do Jornal:

"...Mas, ao se estabelecer que não é difícil chefe apagar rastros, foi possível condenar mensaleiros graduados a partir de provas testemunhais e EVIDÊNCIAS."

E MAIS ESTE REVELADOR TRECHO;

"CASO CONTRÁRIO, teria aumentado o descrédito público do Poder Judiciário, reconhecido interna e externamente pela benevolência com que trata (ou tratava) os réus poderosos, com destaque para os corruptos".

Um destes RÉUS PODEROSOS a que se refere o Jornal, que usa ainda o rótulo "mensaleiro graduado" é certamente, José Dirceu. Contra Dirceu só havia o testemunho de Roberto Jefferson, co-réu, que nunca escondeu sua sede de vingança e ódio. Não há nos autos nada (emails, assinaturas, telefonemas, pagamentos, recebimentos, fotos ...) que materialmente prove que Dirceu participou de qualquer desvio ou ato de corrupção, como compra de voto. Contra Dirceu só há, como admite o Jornal - EVIDÊNCIAS.

Que fique então registrado PARA A HISTÓRIA a OPINIÃO do Jornal O GLOBO. Para salvar a combalida credibilidade do Judiciário era, mesmo sem provas, absolutamente necessário condenar alguns dos RÉUS do Mensalão.
Posted: 02 Jan 2013 05:42 AM PST
Se o chamado "mensalão" da Ação Penal 470 despertou debates e manchetes nos meios políticos e jurídicos, o "mensalão" tucano tem todos os ingredientes para bombar também nas páginas policiais dos jornais e telejornais populares.

Em 2013 começa a hora do pesadelo para o tucanato. Apesar do "mensalão" tucano ter menos réus e mais amigos no STF, e da velha imprensa preferir varrê-lo para baixo do tapete, o escândalo tem ingredientes daqueles de despertar interesse de jornais e programas televisivos populares, do tipo que fazem o Datena e o Ratinho. Assim como o caso Eliza Samúdio, acabará por pautar o Jornal Nacional e o Fantástico, mais cedo ou mais tarde.

Um dos tristes ingredientes é o caso da modelo assinada. Para advogado da família da vítima, ela era arquivo vivo do mensalão tucano:



Inquérito 3530/STF apura incêndio criminoso contra Nilton Monteiro e familiares

http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoDetalhe.asp?incidente=4302755
C S DE A – Clésio Soares de Andrade – Senador PMDB
E B A – Eduardo Brandão Azeredo – Deputado Federal PSDB
J E F – Joaquim Engler Filho – Advogado
M B E – Maurício Brandão Ellis – Perito do Instituto de criminalística MG
J I F M – José Inácio Francisco Muniz – Advogado
A C V G – Andréa Cássia Vieira Guerra – Ex-sócia de Monteiro
R D DA R – Ricardo Drumond da Rocha – Advogado
W S DOS M G – Walfrido Silvino dos Mares Guia –  dirigente do PSB
Nilton Monteiro é um arquivo vivo sobre os malfeitos da turma do PSDB. Esteve nas campanhas tucanas de 1998 e 2002. Depois de desentendimentos com o tucanato, denunciou a lista de Furnas (um caixa-2 tucano das eleições de 2002) e uma outra lista atribuída a Marcos Valério, de 1998. Nesta lista de 1998, a modelo assassinada aparece como emissária de R$ 1,8 milhão para o tucanato mineiro. Valério nega, a Polícia Federal investiga.

Perigoso demais, Monteiro passou a ser perseguido pelo tucanato de Minas desde o governo Aécio Neves. Setores da polícia civil de Minas o submeteu a um polêmico inquérito, não para investigar suas denúncias, mas para prendê-lo sem nenhuma condenação e desacreditá-lo, com características arbitrárias e de intimidação. Suspeita-se (inclusive através de gravações entre advogados e burocratas tucanos) que Monteiro só não teve o mesmo destino da modelo, devido a investigação paralela da Polícia Federal, onde ele entregou boa parte da documentação em seu poder, o que ajudou a instruir inquérito e processo da Lista de Furnas e ligados ao mensalão tucano.

Um incêndio criminoso na casa de Nilton Monteiro, que provocou explosão de carros cinematográficas, ameaçou a vida de 9 pessoas, sendo que uma delas ficou 40 dias na CTI, deu origem ao inquérito 3530 no STF, investigado pelo Polícia Federal e movido pelo Ministério Público de Minas Gerais, sob relatoria do ministro Joaquim Barbosa. No inquérito, são investigados o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e outros demotucanos, como supostos mandantes ou financiadores do atentado.

Sexo, drogas e crimes

O advogado Joaquim Engler Filho fez parte do grupo operacional clandestino do tucanato mineiro. Gravou pelo menos 21 encontros que participou (e já encaminhados a Joaquim Barbosa). Há conversas de baixíssimo nível sobre sexo e drogas, envolvendo o nome de um importante senador e ex-governador tucano de Minas (é exatamente quem vocês estão imaginando), porém, como os diálogos são impressão pessoal dos interlocutores, sem que tenham testemunhado nada, não chega a ter valor de prova. O que é muito mais grave são as conversas que giram em torno de mandantes de crimes, assassinatos, uso de policiais ligados a grupos de extermínio, subornos e acordos políticos com altas autoridades do poder judiciário, controle dos meios de comunicação. Quem leu as degravações (a primeira até a sétima foram vazadas para internet aqui ou aqui), fica com a desalentadora impressão de que em Minas Gerais está tudo dominado pelo crime organizado entranhado nos poderes, e precisa de uma Operação Mãos Limpas semelhante a feita na Itália nos anos 80/90 (aliás, coisa já percebida há anos pelas pessoas bem informadas que acompanham a política de Minas).

A verdade é que o mensalão tucano tem tudo para ser aquilo e mais um pouco do que a Globo e a Veja queriam que fosse a Ação Penal 470.


Quem conseguirá conter José Serra?

Por mais que FHC e Aécio Neves (PSDB-MG) telefonem para as redações dos jornalões e TV`s dizendo para não publicarem nada, não haverá como esconder tanta sujeira debaixo do tapete, já que a blogosfera se encarregará de divulgar as informações que a Globo, Veja, Folha, Estadão e assemelhados escondem.

Mas, além da blogosfera, há um ingrediente a mais que tira o sono dos tucanos. Conhecedores do método de José Serra (PSDB-SP) para afastar seus concorrentes dentro do próprio partido, quem irá contê-lo, diante de dossiês tão fartos contra seu aqui-inimigo Aécio Neves?
Por: Zé Augusto0 Comentários  
Posted: 02 Jan 2013 05:37 AM PST


É bom não esperar muito dos próximos doze meses. Os dissídios internacionais tendem a crescer e, se não houver o milagre do bom senso, podem conduzir a novos conflitos armados regionais, com o perigo de que se ampliem. Os chineses, que têm particular visão de mundo, podem dissimular sua alma coletiva, mas no interior de seu excepcional crescimento econômico e tecnológico, militam sentimentos de orgulhosa desforra. Nenhum povo, ao que registra a História, foi tão espezinhado pelos invasores armados quanto o chinês.
Durante milênios, senhores dentro de suas fronteiras, sentiam-se os donos do mundo que conheciam, mesmo que vivessem em guerras internas e se defendessem de vizinhos hostis.
O enriquecimento dos chineses e sua crescente presença internacional são fatos novos, que podem ser o fator mais importante da História neste século, que já entrou em sua segunda década. Eles estão se apropriando, com perseverança e obstinação, das riquezas naturais do mundo, do petróleo às terras raras (de que são grandes possuidores em seu próprio subsolo). Ao mesmo tempo, desenvolvem tecnologia militar própria e fortalecem seus exércitos.
É difícil pensar que, dispondo de tal poder econômico e militar, os chineses não o utilizem na defesa de sua cultura e de seus interesses. E também para cobrar o que lhes fizeram os colonizadores europeus durante o século 18 – e os japoneses, no século 20, na Manchúria. Como eles se lembram bem, contingentes do Exército Japonês, em fúria animal, mataram, entre dezembro de 1937 a fevereiro de 1938, mais de 200 mil militares e civis na cidade de Nanquim, estupraram as mulheres e meninas, antes de matá-las, e dilaceraram os corpos dos meninos, entre eles os de recém-nascidos.
O general Chiang-kai-Chek, que se tornaria anticomunista em seguida, não ficou bem no episódio. Com a desculpa de que deveria preservar a elite de seu exército, abandonou a cidade, entregando-a a recrutas mal treinados e a voluntários civis, além da população, inocente e desarmada. Foi essa gente, sem treinamento e debilitada, que os japoneses venceram e trucidaram. Os chineses não esqueceram os mortos de Nanquim, e os japoneses se esforçam em fazer de conta que não foi bem assim.
O dissídio, aparentemente menor, entre Beijing e Tóquio, a propósito das ilhas Senkaku (em japonês) ou Diaoyu (em chinês) pode ser o pretexto para o acerto de contas de 1937. Nos últimos dias do ano, o Japão decidiu enviar uma força naval para a defesa das ilhas, cuja soberania diz manter – o que os chineses contestam. Os chineses advertiram que vão contrapor-se à iniciativa bélica japonesa. As ilhas, sem importância econômica, e desabitadas, eram milenarmente chinesas, e foram incorporadas pelo Japão em 1895, depois da guerra sino-japonesa daquele fim de século. São ilhotas diminutas, a menor com apenas 800 metros quadrados (menor do que um lote urbano no Brasil) e a maior com pouco mais de 4 km2.
Acossados por uma série de vicissitudes, os Estados Unidos começam o ano combalidos pelo confronto político interno, a propósito do Orçamento. Mas não perdem a sua velha arrogância imperial. Há mesmo quem veja, na decisão japonesa de enviar navios de guerra ao diminuto arquipélago, uma jogada do Pentágono, para antecipar, enquanto lhes parece mais conveniente, o confronto com os chineses. Há um tratado de paz dos Estados Unidos com o Japão que prevê a ajuda americana em caso de conflito regional. É uma partida muito arriscada.
O presidente Obama também acaba de sancionar uma lei do Congresso determinando que o governo norte-americano tome medidas para impedir a penetração diplomática do Irã na América Latina, e, no bojo das justificativas, a Tríplice Fronteira é mais uma vez citada, como área que financia o Hesbolá. Como se não houvesse, ali e no resto do Brasil, os que financiam o Estado de Israel. Devemos nos precaver.
Infelizmente, no Brasil, há sempre os vassalos de Washington, que estimulam o intervencionismo ianque em nossas relações internacionais (sobretudo com o Irã e a Palestina), entre eles alguns senadores da República, como revelaram os despachos do Embaixador Sobel, divulgados pelo WikiLeaks.
O anunciado conflito armado entre Israel e o Irã é também alimentado pelo ódio da extrema direita judaica contra todos os que criticam Tel Aviv. O Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro Carlos Latuff o terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois primeiros são o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e Ahmadinejad, o presidente do Irã.
O cineasta Sylvio Tendler, em mensagem de solidariedade a Latuff, lembra que eminentes judeus, entre eles os jornalistas Ury Avnery, Amira Haas e Gideon Levy, são mais críticos da posição de Israel contra os palestinos do que o cartunista brasileiro.
É lamentável que o nome do caçador de nazistas Simon Wiesenthal, que conheci e entrevistei, em Viena, há mais ou menos 40 anos, para este mesmo Jornal do Brasil, seja usado para uma organização fanática e radical, como essa. Wiesenthal, ele mesmo sobrevivente da estupidez nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de criminosos de guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra seu povo.
O governo direitista de Israel é de outra origem. Não podemos fazer de conta que nada temos contra a ameaça a um cidadão brasileiro, Carlos Latuff, cuja segurança pessoal deve ser, de agora em diante, de responsabilidade do governo. Ou que não nos devamos preocupar com a lei aprovada por Obama. Temos tido bom relacionamento com o governo do Irã, e a política externa brasileira é decisão soberana de nosso povo.
Uma presença militar maior em Foz do Iguaçu e ao longo da fronteira ocidental é necessária, a fim de dissuadir os agentes provocadores. As guerras sempre foram vantajosas para os americanos, desde a invasão do México, em 1846-48. É provável que seus estrategistas estejam retornando à Doutrina Bush da guerra infinita.
Diante desse cenário mundial instável, e na perspectiva de uma campanha sucessória agitada, temos que manter toda serenidade possível. A defesa de posições políticas eventuais não deve comprometer a segurança nem a soberania do povo brasileiro. A nação deve sobrepor-se a todos os interesses, mais legítimos uns e menos legítimos outros, de grupos econômicos e partidários.
Infelizmente, desde Calabar e Silvério dos Reis, não faltam os que desprezam o nosso povo e traem os interesses da Pátria.

Posted: 02 Jan 2013 05:31 AM PST
Posted: 02 Jan 2013 05:27 AM PST



Daniel Mello, Agência Brasil
"Durante a cerimônia de transmissão do cargo, o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que o combate à miséria e a renegociação da dívida da cidade com a União serão os principais focos de seu governo, que começa hoje (1º). "Não é possível conviver por mais tempo com tanta desigualdade, com tanto descaso, com tantas mazelas. Crianças brincando no esgoto a céu aberto", ressaltou, no evento que aconteceu na sede da prefeitura, no Viaduto do Chá, centro paulistano. "Existe ainda muita miséria na cidade de São Paulo. E nós temos que lutar todos os dias deste mandato contra a miséria da cidade", acrescentou.
Para Haddad, a capital paulista pode se tornar um exemplo de sucesso na erradicação da pobreza. "Vamos identificar as pessoas, vamos fazer uma busca ativa, vamos reconhecê-las. Vamos interagir com o governo do estado, com o governo federal. Vamos equacionar esse problema. Vamos dar o exemplo de como o programa federal de erradicação da miséria pode apresentar o seu primeiro resultado pleno na cidade mais rica do país", pontuou o prefeito, que enfatizou a importância de se ter uma visão baseada na solidariedade para enfrentar os problemas da cidade.

Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 02 Jan 2013 05:23 AM PST


Posted: 02 Jan 2013 05:19 AM PST
Luis Antônio Cintra

Da Carta Capital - 31/12/2012 08:20   

Phillippe Van Parijs



Piso A renda básica universal representaria um ponto mínimo para qualquer indivíduo

 

Professor nas universidades de Harvard e Oxford, o economista e filósofo Philippe Van -Parijs também leciona, na sua Bélgica natal, na histórica Universidade de Louvain, onde, em 1516, Thomas Morus publicou Utopia


Defensor da renda básica universal e sem condicionantes, Van Parijs é uma referência para o debate internacional sobre o tema, aquecido com a crise nos países desenvolvidos. Segundo ele, um programa dessa natureza serviria como piso financeiro para os cidadãos. A renda seria dada inclusive a quem não necessita dela (nesses casos seria "recuperada" por meio dos impostos). Seria uma maneira, diz o acadêmico, de evitar a "armadilha da pobreza", que resulta dos programas em que o beneficiário é excluído ao obter uma renda extra, por mais instável que essa seja.


CartaCapital: Quais os prós e contras do Bolsa Família em comparação a um programa sem restrições de renda básica?

 Philippe Van Parijs: Existem três diferenças em relação ao Bolsa Família. A primeira é que o programa brasileiro não é estritamente individual. Depende da composição da família, do número de adultos, de quantas crianças existem na casa. Já uma renda básica universal é um direito de todo indivíduo. A segunda diferença é o fato de o Bolsa Família possuir requisitos: você é apto de acordo com a renda da residência, se é maior ou menor de 70 reais per capita. A renda básica seria completamente universal, dada a todos, independentemente da renda. Um programa desse gênero muda quando se acrescenta a expectativa de procurar um trabalho ou de ser obrigado a aceitar um emprego. No Brasil, a linha de corte do Bolsa Família é relacionada aos ganhos, mas há outras condições, como a de exigir o acompanhamento médico no caso de haver gestantes na família ou a obrigação de enviar as crianças para a escola. Ao não colocar como foco o benefício à criança, a renda básica é incondicional.

CC: Qual é melhor?
 PVP: A renda básica para as crianças existe em vários lugares no mundo, nesse sentido são programas condicionados. Que os benefícios para as crianças estejam atrelados à escolarização acho perfeitamente satisfatório, e é compatível com a ideia de uma renda básica. Já a renda mínima para adultos não seria condicionada à falta de trabalho ou a ter filhos na escola. Mas isso não faz o Bolsa Família ser pior do que um esquema de renda básica. Existe a desvantagem da condicionalidade e o fato de depender da situação familiar. E existiria outra desvantagem, também presente em vários esquemas norte-americanos e europeus de renda mínima, que é a de ir lá e checar se o beneficiário vive sozinho ou com outros.

CC: Faz diferença?
 PVP: Em muitos casos, quando se descobre que o sujeito divide casa com outro adulto, retira-se o benefício ou reduz-se o valor pago. Isso é ruim porque é invasivo, além de ser preciso checar. Também por ir contra o que os cidadãos pensam sobre o que significa viver acompanhado. Viver acompanhado é uma coisa boa, reduz a solidão e favorece as economias de escala. Os seres humanos, ao dividir uma casa, podem usar menos recursos naturais. Na verdade, quanto mais individual o esquema, melhor para a comunidade. Mas uma coisa interessante no caso do Bolsa Família é existir um teste de qualificação peculiar apenas no momento de entrada no programa. Um recenseador vai e checa, o que em geral é difícil de ser feito de forma precisa, para saber se a família está acima ou abaixo dos 70 reais per capita. Mas nos meses seguintes, ou mesmo em dois anos, não há nenhum tipo de verificação real para saber se alguém conseguiu uma renda extra, o que levaria a família a estar acima do valor de corte e à perda do benefício. Isso significa que, se não existe a verificação, o programa opera na prática como um esquema de renda básica. E também funciona como um piso no qual se pode apoiar para em seguida ir além dele. 

CC: Como o senhor responde à crítica de que o Bolsa Família desencoraja a -pro-curar trabalho?
 PVP: Acredito que seja muito fácil responder porque a quantia paga segue muito modesta. É verdade que alguns podem adiar a procura de um emprego por conseguirem alimentar um filho imediatamente, em vez de abandoná-lo para obter um emprego a duas horas de distância de ônibus. Às vezes permite a eles aguardarem um pouco e não levarem uma vida tão dura, mas é uma quantia tão modesta que todo beneficiário procurará aumentá-la com um rendimento extra. A boa coisa da incondicionalidade de facto do Bolsa Família é não existir essa punição.

CC: O senhor mencionou em sua palestra que nunca a filosofia política foi tão importante como hoje. Por quê?
 PVP: Se você deseja reformas para tornar a nossa sociedade mais justa, são necessários três elementos. Um é ter a visão de que o chamado pensamento utópico é preciso. Mas um pensamento utópico não é a mesma coisa que um wishiful thinking, que significaria imaginar uma determinada forma de sociedade simplesmente por gostar dela. Precisamos de propostas realistas em relação ao futuro, uma visão de futuro à luz dos nossos valores, e é aí que entra a filosofia política. Além disso, são necessários políticos, que tornem essas propostas viáveis. E ainda ativistas, militantes que lutem por elas.

CC: A crise tem provocado regressão social na Europa?
 PVP: Vemos a desigualdade crescer por causa da redução da renda dos mais pobres. Há cada vez mais gente que ganha cada vez menos na base, e cada vez ganhando mais e mais no topo. Há um problema realmente sério na Zona do Euro. Temos um sistema muito instável e doentio por termos uma moeda comum. Quando um país torna-se menos competitivo, ele não pode desvalorizar a moeda. E assim a crise não é mitigada. A Grécia e a Espanha perdem competitividade, mas não podem desvalorizar a moeda. Cresce o desemprego, mas é preciso pagar benefícios a essas pessoas. Mas como o welfare system é de base nacional, isso aumenta o déficit público. E o aumento do déficit leva as agências de rating a ficar desconfiadas, o que eleva os juros dos títulos públicos etc.

CC: Não há escapatória?
 PVP: O grande problema é o Welfare State estar organizado em um nível menor que o da união monetária e do mercado único. É uma receita para forçar os países a usar o seu Welfare State para reconquistar a competitividade, uma espiral que precisa ser interrompida. Nesse ponto volta a discussão sobre a renda básica. Precisamos de um sistema completo de Welfare State no âmbito da União Europeia. O modo de organizá-lo será criar um piso de renda comum, modesto, a ser financiado pela UE. É paradoxal. Você tem razão ao sugerir que há um sério risco de desmontarmos o Welfare State, mas a resposta pode vir justamente de algo completamente sem precedentes na história mundial, pois nunca houve um sistema redistributivo que cruzasse as fronteiras dos países.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 02 Jan 2013 03:24 AM PST
Presidente do PT diz que oposição à legenda está instalada em setores do empresariado e no Judiciário brasileiro 

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, verbalizou hoje uma tese que vem se difundindo no partido desde a condenação pelo Supremo Tribunal Federal de líderes históricos petistas no julgamento do mensalão: a principal oposição ao PT hoje não está nos partidos políticos mas em setores do empresariado refratários ideologicamente aos governo petistas.
Segundo Falcão, além dessa oposição extrapartidária existe preocupação quanto à atuação do Judiciário que, conforme ele, tenta se sobrepor à soberania popular.
O presidente do PT anunciou que o partido fará em 2013 uma reformulação programática à luz dos 10 anos no governo federal. O foro será o 5º Congresso Nacional do PT, ainda sem data definida, onde também será feito um balanço dos erros e acertos do partido.
De acordo com Falcão, um dos principais erros do PT foi não ter identificado de pronto a oposição extrapartidária.
"Um dos erros talvez foi não localizar imediatamente quem são nossos principais adversários", disse ele. "Há uma oposição extrapartidária localizada em grandes grupos econômicos que não se conformaram até hoje com as transformações que o país vem sofrendo e não querem abdicar de seus privilégios. Não quero nominar os grupos mas eles são fortes, muito fortes, estão presentes na nossa sociedade diariamente, fazem opinião", completou o dirigente petista.
Questionado se entre estes grupos estão as grandes empresas de mídia, Rui desconversou. "Para a imprensa o que nós queremos é mais liberdade de expressão".
Falcão não elencou setores do Judiciário entre os adversários do PT mas disse enxergar um perigo na forma como os magistrados tem interferido em assuntos políticos. "Há um perigo muito grande de o Judiciário procurar assumir funções que não lhe competem e inclusive tentar se sobrepor à soberania que é do povo e não de algum dos três poderes", disse ele.
O presidente do PT também fez um mea culpa em relação às práticas que levaram o partido a se tornar o centro do escândalo do mensalão.
"Eventualmente temos enveredado por práticas que são correntes em outros partidos mas que o PT não deveria ter enveredado", afirmou.
Para evitar novos escândalos vinculados ao caixa dois eleitoral, Falcão disse que o PT fará em 2013 uma grande campanha pela reforma política, com a possibilidade de coletar assinaturas para um projeto de iniciativa popular, cujo foco será o financiamento público de campanhas.

(Ricardo Galhardo - Portal IG)

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Do Blog O Esquerdopata.
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