sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 04 Jan 2013 04:04 PM PST



Stanley Burburinho, no Facebook

O Ministro Marco Aurélio Mello do STF que diz que a Câmara dos Deputados tem que cassar os mandatos conforme determinação do STF, é o mesmo que:
• Concedeu habeas corpus a Salvatore Cacciola do extinto Banco Marka acusado de provocar um rombo de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos. Usando de prerrogativa de presidente interino à época, soltou o banqueiro que estava preso havia cinco semanas, o que permitiu sua fuga. O curioso nisso tudo é que Cacciola era vizinho de Mello no Golden Green, condomínio cinco-estrelas na Barra da Tijuca, com piscinas quadras de tênis, pistas de corrida, ciclovia e um campo de golfe de 60 mil metros quadrados.
• No mesmo período, em liminar concedida por Marco Aurélio, o Tribunal de Contas da União foi impedido de tentar a recuperar R$ 169 milhões desviados da construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. O ministro atendeu a um pedido da Incal, empreiteira responsável pela obra. Mello também proibiu o Ministério Público de São Paulo de investigar os laços que unem a Incal ao Grupo OK, do ex-senador Luiz Estevão, amigo de Mello.
• Inocentou um adulto acusado de estupro por manter relações sexuais com uma garota de 12 anos em 1996: "não houve violência porque a menina teria concordado em fazer sexo; nos dias de hoje, não há crianças, mas moças de 12 anos".
• Lembram-se do índio Galdino? Aquele queimado em um ponto de ônibus em Brasília por jovens de classe alta da capital federal. Pois é, a esposa de Marco Aurélio Mello, que é juíza federal, rebaixou de assassinato para "lesão corporal seguida de morte" a acusação contra os assassinos de índio.
• Recentemente, utilizando-se de recurso de habeas corpus, Mello mandou soltar o fazendeiro Regivaldo Galvão o "Taradão", que cumpria pena de 30 anos acusado da morte de irmã Dorothy Stang.
• O guardião da cidadania como se considera defende o Golpe de "64", ao qual chama de "revolução: "Foi um mal necessário, sem ela o que teríamos?".

Dica do Fausto.




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Posted: 04 Jan 2013 12:41 PM PST

publicado em 2 de janeiro de 2013

por Flávio Aguiar, em Carta Maior, 
Estava eu posto em sossego, das festas colhendo o doce fruito, tendendo a voltar às lides apenas para o ano, quando dois excelentes artigos vieram arrancar-me do merecido repouso.

 Refiro-me a Uma proposta de reflexão para o PT, do amigo e governador Tarso Genro, e Pacto adversativo x Pacto progressista, do também amigo e editor, Saul Leblon.

Imagem Activa
Ainda que de modos diversos, tocam ambos na mesma tecla de entrada: como pode a direita brasileira desqualificar a atual experiência democrática das administrações populares que se sucedem, notadamente no plano federal, as de Lula e Dilma?
Também deve-se incluir aí tentativas internacionais. Primeiro foi a da The Economist, numa iniciativa digna dos tempos impérios coloniais, pedindo a cabeça do ministro Guido Mantega. Mais recentemente o Financial Times entrou na dança, montando uma ridícula farsa dialogada em que se misturam alusões toscas e grosseiras à presidenta Dilma Roussef, ao ministro Mantega, com outras a Putin e aos BRICS, a Cristina Kirchner, apenas para manifestar a indigestão que as administrações progressistas da América Latina provocam na sua linha editorial sempre alinhada com os princípios da ortodoxia neo-liberal.

 Durante muito tempo a mídia ortodoxa internacional exerceu um "ruído obsequioso" em relação ao Brasil, visto como uma terra exótica de empreendimentos governamentais exóticos que "davam certo" no desconcerto universal da hegemonia neoliberal.
Um acontecimento mudou essa situação: a vitória de François Hollande na França, destruindo a "aliança Merkozy" e introduzindo – ainda que de modo tímido – uma cunha adversa na hegemonia ortodoxa no reino da Zona do Euro. A partir daí – de modo conjugado com a diminuição ostensiva dos lucros (e dos bônus, prebendas e sinecuras) do investimento financeiro-especulativo no Brasil, este tornou-se uma influência perigosa, que necessariamente deve ser desarticulada para impedir que se espraie acima do Mediterrâneo. Ainda mais depois da exitosa passagem de ambos, Lula e Dilma, por Berlim (o primeiro) e Paris (ambos), articulando um seminário anti-ortodoxia com o próprio Hollande – que também deve ser desarticulado, ou nem chegar a se articular.
É nesse movimento internacional que se situam as iniciativas da nossa direita caseira, tendo sempre em vista a neutralização de qualquer exercício de soberania popular em nossa terra – iniciativa em que desde sempre se harmonizaram conservadorismo político e midiático, sobretudo desde que a Revolução de 30 e acontecimentos em torno introduziram no cenário político institucional esse "elemento" duvidoso e arriscado, o chamado "povo brasileiro", às vezes, simplesmente "o povão", outras vezes de modo mais preciso "os trabalhadores".
Num ensaio brilhante, publicado em 1945, logo ao fim da Segunda Guerra ('As raízes psicológicas do nazismo'), Anatol Rosenfeld caracteriza o universo espiritual nazista: um misto de sadomasoquismo. De modo masoquista, o típico nazista se situava como "inferior" dentro de uma hierarquia estabelecida, tendo ao topo o Führer, ou simplesmente uma "Ordem Superior", à qual este mesmo estaria submetido: no caso, era uma visão fanática de uma superioridade racial associada a uma missão civilizatória no estabelecimento de uma sociedade de eleitos. Auto-eleitos, sublinhemos. Daí, de modo sádico, o nazista típico se voltava para oprimir – negando toda a forma de humanidade – os que vê como inferiores nesta hierarquia que é, ao mesmo tempo, social, cultural, antropológica, espiritual, até religiosa.


Mutatis mutandis, pois não estamos falando de nazistas, a estrutura espiritual da(s) direita(s) hoje é análoga. A atividade política é algo por natureza reservado a uma casta superior, os "entendidos", aqueles que carregam consigo não mais uma superioridade racial, pois esse assunto tornou-se proibitivo, mas uma superioridade civilizatória. No caso europeu, por exemplo, isso se manifesta em relação aos "extemporâneos" muçulmanos, norte africanos, ou até mesmo, por parte dos que se identificam com um "norte saudável e austero", em relação aos que estes "auto-eleitos" identificam como os "sulistas ineficientes e perdulários".

Imagem Activa
No caso brasileiro (latino-americano, de um modo geral), os arautos dessa apologia da desigualdade se situam (inclusive e sobretudo na mídia) como portadores de uma mensagem civilizatória vinda de uma "ordem superior", qual seja, a atual ordem capitalista imposta pela financeirização da economia e da política, e como tais, negam qualquer possibilidade de exercício de soberania democrática por parte dos que estão "abaixo" desse círculo de "auto-eleitos".
Como aponta Tarso Genro, uma das vias para se concretizar essa negação da soberania democrática é a "judicialização" da política; como aponta Leblon, outra via é a pura e simples negação da história. Abrir o caminho da participação no círculo do consumo para dezenas de milhões de brasileiros que dela estavam excluídos não tem o menor significado para esse tipo de pensamento que se cristaliza em torno da "auto-eleição". Ou melhor, tem sim um significado: é insuportável, porque isso pode abrir-lhes o apetite para quererem mais, como diz Genro, citando Döblin, do que "pão e manteiga".
Portanto, para esse tipo de pensamento, é necessário destruir essa experiência de soberania democrática, destruí-la institucionalmente, pela negação da política ao seu alcance, e destruí-la na memória, negando seu valor histórico ou até mesmo a sua existência, ou afirmando-a como um "anti-valor": coisa de "demagogia", de "compra das consciências através de favores". Se bem olhada, outra não foi a argumentação de Mitt Romney para justificar sua derrota em novembro.
Como Leblon e Genro, situo-me entre aqueles que olham também – com alguma apreensão – para o lado esquerdo do tabuleiro, onde me situo. Haverá entre nós suficiente amplitude de espírito para entender o que está em jogo? Claro, existe uma dimensão imediata que está presente de modo imperativo: no Brasil, a eleição de 2014. Mas não é só isto. O que está em jogo é, depois da derrota histórica do socialismo ao final do século XX, a possibilidade ou não de reconstrução de uma alternativa que reponha na agenda política a questão da soberania democrática e popular. Esta é a questão hoje colocada nos cinco continentes.
Com a palavra, no caso do Brasil, o governo. Mas não só: com a palavra, também, todos nós.

Do Blog Sr.Com
Posted: 04 Jan 2013 12:36 PM PST


Nada contra os gramáticos e seu ofício. Mas esse Acordo Ortográfico com os portugueses sempre pareceu forçado e inútil. Não é a ortografia que separa as duas línguas, o português brasileiro e o português de Portugal. É a própria visão de mundo, que se reflete na língua culta (escrita), e na conversação coloquial.
Durante muito tempo, a comunicação cotidiana no Brasil se fazia com a língua geral, que desapareceu, pouco a pouco, enquanto o português brasileiro se afirmava nos púlpitos, na poesia, nos documentos oficiais. Enriquecida dos vocábulos ameríndios e das línguas africanas, a língua brasileira começou a distinguir-se da que se falava em Portugal, contaminada, com o tempo, de francesismos e anglicismos.
Entre os grandes escritores portugueses do século 20, destacam-se alguns que viveram no Brasil, e se deixaram influenciar pela nossa linguagem própria, como foram, entre outros, Miguel Torga e Ferreira de Castro. Torga passou a adolescência em Leopoldina, Minas, e Ferreira de Castro viveu dos 12 anos até a idade adulta nos seringais e rios amazônicos. Os dois se encontram entre os maiores escritores portugueses do século 20. E um dos melhores livros sobre a vida amazônica da primeira metade do século 20 é o de Ferreira de Castro, A selva. É na leitura de Saramago e Aquilino Ribeiro, pelos brasileiros, e de Jorge Amado e Guimarães Rosa, pelos portugueses, que os dois universos intelectuais se encontram.
O Acordo pode ter agradado aos que o sugeriram e trabalharam na simplificação ortográfica, mas desagradou a grandes escritores de um e do outro lado do Atlântico. Os jornais portugueses, e seus melhores escritores, o rejeitam. Muitos acusam o Brasil de exercer imperialismo cultural e econômico nas negociações do Tratado (vide o gif que ilustra este post). Em nosso país, fora alguns gramáticos (nem todos) e alguns jornalistas, o desagrado é geral.
Com o abastardamento da linguagem, na redução do vocabulário e na particular ortografia das redes virtuais, uma linguagem escrita que assegure a reprodução exata dos fonemas é necessária, a fim de que se preserve a linguagem e se mantenha a mesma forma culta em todo o território brasileiro.
Sinais gráficos como o trema e o acento circunflexo são indispensáveis para manter a identidade entre as letras e os sons.
A presidente Dilma Rousseff agiu com prudência ao prorrogar por mais três anos a obrigatoriedade do cumprimento do Acordo. Ela atendeu à pressão dos portugueses e dos países da CPLP, mas prestou grande serviço aos brasileiros. Seria o caso de os nossos jornais, que entraram no jogo dos gramáticos, voltarem à ortografia em uso.
É de se esperar que esses três anos devolvam o bom-senso aos legisladores daqui e "d'além-mar", para deixar as coisas tal como elas se encontram. Temos mais o que fazer, no Brasil e em Portugal, do que banir o trema, o acento circunflexo e o hífen. E, sem tais recursos, fica mais difícil aprender a falar bem, e a pensar com clareza.


Posted: 04 Jan 2013 12:32 PM PST

Quando o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), condenado, e barrado pelo TSE por sua ficha suja, conseguiu no STF um recurso favorável para tomar posse, o jornalão "O Globo" tratou a posse do tucano como "festa".

Nada de questionar a moralidade, ética, etc. Noticiou objetivamente que a Constituição estava sendo cumprida, pois o STF havia decidido que a lei da Ficha Limpa não retroagiria à eleição de 2010.

Já quando José Genoíno (PT-SP) tomou posse, também obedecendo a Constituição, mas o jornalão manchetou na primeira página "A posse de Genoino - Condenado assume na Câmara".

O colunista do jornal, Noblat, manchetou "Genoino, deputado. Legal, é. Imoral, também!".

Por que, pelo menos por coerência, não disse o mesmo de Cunha Lima?

Genoino sofreu um julgamento político. Foi condenado sem provas, por dedução, por ser petista, e por pressão da velha imprensa. Nenhum centavo ilícito foi encontrado em suas contas, mesmo tendo sua vida completamente devassada. Seu patrimônio e padrão de vida particular é extremamente modesto para quem foi deputado desde 1982 e ocupou importantes posições na vida nacional. É, sem sombra de dúvida, um dos parlamentares mais honestos que já passou pelo Congresso Nacional. O Globo sabe disso. Noblat sabe disso. Os demotucanos sabem disso. Mas fingem ignorar por puro oportunismo sem-vergonha, para fazer campanha eleitoral para seus colegas demotucanos.

O conceito de moralidade mais primitivo que existe é o de que é moral o que é justo. Iimoral é a injustiça.

Em tempo: Há dezenas de parlamentares com alguma condenação no Congresso. Alguns por estarem condenados em instâncias inferiores, ainda recorrem nos tribunais superiores, por isso a condenação não é definitiva, e podem exercer o mandato. Genoino ainda pode recorrer com embargos e sua condenação pode até ser anulada.

Cunha Lima será o líder do PSDB no Senado em 2013, em substituição ao milionário e ex-paladino da ética Alvaro Dias (PSDB-PR).
Por: Zé Augusto0 Comentários  
Posted: 04 Jan 2013 12:23 PM PST




Sul21 - Principal concorrente na disputa do comando da Câmara dos Deputados, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que, se eleito, tem intenção de descumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal de cassação automática do mandato dos condenados no julgamento da Ação Penal 470, o mensalão.

O deputado afirmou em entrevista que o Congresso não abrirá mão da prerrogativa de dar a palavra final. Isso inclui votação secreta no plenário da Casa, onde uma cassação só ocorre com o apoio de pelo menos 257 dos 513 deputados. "Não [abro mão de decidir]. Nem o Judiciário vai querer que isso aconteça. Na hora em que um Poder se fragiliza ou se diminui, não é bom para a democracia." O deputado afirmou ainda que "algum mais desavisado pode ter esquecido", mas a Constituição de 1988 foi elaborada pelos congressistas.

"Cada palavra, vírgula e ponto ali foram colocados por nós. Então, temos absoluta consciência de nossos direitos, deveres, limites e prerrogativas. A questão da declaração da perda do mandato é inequívoca que é do Parlamento", afirma o peemedebista.

Para ele, o placar apertado da sessão do STF pela cassação, 5 votos contra 4, reforça seu argumento. "O Supremo, que trouxe essa polêmica, metade dele concordou que fosse do Legislativo a última palavra. Cabe, realmente, ao Poder Legislativo a declaração da perda do mandato", afirmou, acrescentando a necessidade de se cumprir o processo de cassação.

Com informações da Conjur  - Via http://www.sul21.com.br
Posted: 04 Jan 2013 12:17 PM PST

 

Enviado por luisnassif, sex, 04/01/2013 - 16:00

Por Assis Ribeiro

 
Comentário ao post "Os paralelos entre Vargas e Lula - 1"

A direita foi, é, e será sempre assim. O que diferencia os períodos são as siglas, hoje PSDB.

Há algumas diferenças.

1) Hoje não há uma fundamentação sólida, mesmo mentirosa, para justificar um golpe mais claro. A caça, a preocupação aos "comunistas comedores de criancinhas" era vastamente disseminada pelo mundo, com a extraordinária e eficiente propaganda hollywoodiana.

2) A grande mídia já não domina hegemonicamente a mente do povo. Há o contraponto forte e eficaz da mídia alternativa da internet.

3) As forças armadas já não tem uma concepção de risco que o Brasil corre com o governo.

4) Há um grande e sólido apoio de parte do empresariado.

5) Há uma "fiscalização" do mundo no Brasil, hoje peça importante no xadrez internacional, e golpescos como o de Honduras, Paraguai, ou os golpes militares como os de 60/70 não irão prosperar.

6) Tentativa de desestabilizar o governo é arma utilizada pela oposição aqui, em Júpiter ou Saturno e por gregos e troianos. Em países democráticos essas tentativas prosperam no parlamentarismo e nunca no presidencialismo. Incluiria o Brasil entre estes países democráticos.

7) O golpe militar de 64 serve de vacina.

8) O Brasil segue a cartilha neoliberal light, importa muito, pouco faz para diminuir a concentração de riqueza das mãos dos grandes players internacionais que operam aqui dentro.

10) Abre serviços, ora públicos, às privadas via várias concessões.

11) Vasto financiamento público para as nultinacionais e para as grandes empresas brasileiras via BNDES.

12) O golpe de 64 foi pretendido por grupos empresarias fortes internos contra a reforma de base e o medo de outras mudanças, no âmbito externo pela Texaco e Esso inconformadas pela criação da Petrobrás entre outros grandes players mundiais na busca por resguardar a espoliação das riquezas do Brasil. Esse foi a real motivação do golpe e que encontrou a guerra fria e o anticomunismo com perfeitos fundamentos para o golpe.

13) Impossível um golpe contra o executivo sem o apoio fechado dos dois outros poderes, legislativo e judiciário, e o executivo atual tem, apesar de todos os pesares, forte apoio do congresso. Os golpes militares de 60/70 , agora recentemente, Honduras e Paraguai, judiciário e legislativo se uniram contra  executivo.

14) Se recentemente houve uma tentativa mais clara do golpe contra o executivo, essa se deu no episódio que envolveu Gilmar Mendes, Presidente do STF, e um senador, à época fortíssimo, Demostenes Torres.

15) Sobre as alianças políticas e econômicas internacional, se antes "o mundo" temia que o Brasil demandasse para o seu inimigo, a Rússia, hoje, o Brasil mantém relações com outro concorrente do imperialismo, mas, que é bem aceito (na marra) e utilizado por ele, a China.

16) A globalização, e o Brasil completamente adaptado e participante dela, não favorece golpes.


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PITACO DO ControntoPIG


Sei não.  

Com um STF e um PGR destes e uma mídia canalha que nem esta, todo cuidado é pouco.


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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Jan 2013 12:15 PM PST
 


Do Blog do Rovai - 4/1/2012



Em 1985, estudava na Metodista de SBC. Era um guri de 17 anos que acabava de subir a serra cheio de brilho nos olhos. Não era petista, peemedebista, comunista. Só queria ser jornalista, porque sonhava em mudar o mundo. Mas ao mesmo tempo não era um radical tradicional. Achava muito boa a eleição de Tancredo pelo Colégio Eleitoral.

Genoino não pensava como eu. E eu mal sabia quem era o Genoino.

Mas junto com um amigo fiquei encarregado de esperá-lo para uma palestra na porta de entrada do estacionamento da faculdade. Ele iria lá para um debate sobre conjuntura política. Cá entre nós, ver um deputado de esquerda falar de conjuntura política em 1985 era algo muito interessante.

Eu mal sabia o que era conjuntura política. Era um garoto de praia que gostava de política. Então, imaginava que aquilo tinha muito a ver comigo.

Aliás, eu usava calças de cores vibrantes (estilo new wave) e sandálias de couro compradas na barraca do pai do Pixoxó, lá na Feira de Artesanato de Praia Grande, onde a renda de uma barraquinha mantida em sociedade com dona Clô ajudou a me levar a uma faculdade.

Mas o que tudo isso tem a ver com o Genoino? Recordo-me daquele homem de cara vincada, com típicos traços de nordestino, de sertanejo, se anunciando na portaria da Metodista para o guarda que fazia a segurança da entrada.

E lembro-me daquele garoto de 17 anos chegando ao guarda para dizer que aquele senhor era um deputado federal e estava autorizado a entrar pela direção da faculdade para dar uma palestra.

O guarda olhou de cima em baixo para aquele homem simples, de camisa e calça jeans, que dirigia um passat vermelho, ano 78, meia boca. E olhou para o outro  lado, onde estava o moleque que dizia ter a "autorização". Olhou, olhou e deu o veredicto. "Eu não autorizo entrar sem o diretor vir aqui. Nunca vi deputado dirigindo um  Passat desses."

Genoino mostrou a carteira de deputado. E nada… Eu argumentei que poderia trazer a autorização por escrito. E nada. Na época não havia celular. Genoino me pediu, então, pra subir no carro. E acelerou o carro subindo a rampa da Metodista, deixando o guarda meio perdido sem saber o que fazer.

Quando ele estacionou e os estudantes viram de quem se tratava, em minutos já estava cercado por dezenas de professores e alunos. E também pelo diretor que pediu pro segurança que havia nos seguido voltar para o seu posto.

Aquele encontro marcou minha vida estudantil. Me aproximei do grupo que fazia política na corrente chamada Caminhando e encontrei o deputado petista algumas outras vezes.
Genoino sempre me impressionou pelas opiniões fortes, a coragem pra enfrentar polêmicas e a altivez.

Infelizmente, este Genoino parecia ter submergido com o furacão de 2005 e a crise do Mensalão. Na verdade, parecia já ter sido engolido em 2002, quando foi candidato ao governo de São Paulo e caiu na armadilha de fazer uma campanha bastante conservadora para tentar derrotar Alckmin.

Hoje o vi na televisão tomando posse para o seu sétimo mandato,  após uma condenação pelo STF que pode levá-lo a cumprir seis anos e onze meses de prisão, mesmo que em regime semi-aberto.
 
Ele podia estar destruído, mas me pareceu altaneiro. Deu uma coletiva, falando de forma firme e clara frases como: "Tenho a consciência serena e tranquila dos inocentes" e "espero que a verdade apareça mais cedo ou mais tarde".

Resgatando a velha forma, parece que Genoino decidiu não desistir e entregar os pontos. É importante que uma pessoa com a história dele e que foi decisivo para pessoas de diferentes gerações, não se conforme em passar para a história como um bandido.

Bandidos desfilam por aí sem se preocupar com a história. Genoino tem uma história a defender. E o país precisa que ele assim o faça.

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Jan 2013 08:12 AM PST


"O direito de defesa vem sendo arrastado pela vaga repressiva que embala a sociedade brasileira. À sombra da legítima expectativa de responsabilização, viceja um sentimento de desprezo por garantias fundamentais."
Márcio Thomaz Bastos
"Nós entregamos aos nossos juízes – individualmente considerados— e aos tribunais, mais poder do que eles precisam para exercer suas funções."
Sérgio Sérvulo
O ministro Joaquim Barbosa declara em sua entrevista de final de ano — a primeira de seu recém iniciado mandato, que não há Poder após o Judiciário (e, aparentemente, nem antes…) e que suas decisões são inapeláveis. Esqueceu-se de dizer, porém, que isso não as livra, as decisões, de corrigenda, quando se trata de matéria criminal. É o caso da anistia (C.F. arts. 21, XVII e 48, VIII), e é o caso do indulto e da comutação da pena pelo presidente da República (C.F. art. 84, IX). E não é só, pois o ministro Joaquim Barbosa e seus colegas não estão acima do bem e do mal, eis que podem ser processados, julgados e condenados pelo Senado nos crimes de responsabilidade (C.F. art. 52, II). Podem, até, perder a toga.
Também os poderes do STF são susceptíveis de revisão. O Congresso Nacional pode emendar a Constituição (o que, aliás, tem feito com excessiva desenvoltura) e nela, até, alterar os poderes tanto dele próprio quanto do Executivo e do Judiciário. E pode ainda, o Congresso, legislar na contramão de um julgado do STF, e, assim, torná-lo sem consequência. Os poderes do Judiciário (como os do Legislativo e do Executivo), não derivam, na democracia, da ordem divina que paira, autoritária, sobre os Estados teocráticos, ou da ordem terrena das ditaduras. Atrás dos nossos Poderes, não está um texto de dicção divina, ou um texto datilografado por um escriba do tipo Francisco Campos ou Gama e Silva, mas um texto derivado de uma Assembleia, esta sim um Poder, o único, acima dos demais. Foi exatamente este Poder que, armado da força constituinte oriunda da soberania popular, ditou-lhe, ao STF, existência e a competência.
Não obstante, o Supremo brasileiro se atribui hoje o poder de dizer a primeira e a última palavra. O modelo é a Corte dos EUA, mas, se esta tem a 'última palavra' do ponto de vista jurídico, ela a pronuncia dentro dos estritos parâmetros que lhe são fixados pelo poder político, na legislação judiciária. Na Alemanha, na Espanha, em Portugal – adverte o jurista Sérgio Sérvulo – a suprema corte não tem regimento interno: o exercício de sua atividade é pautado em lei, e, com isso, se estabelece seu vínculo umbilical com o poder político.
Pouco entendendo de direito (convido o leitor a levantar os nomes dos dez últimos presidentes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal), e, talvez por isso, votando ao STF um temor reverencial, nosso Congresso fica de cócoras ante o Judiciário, aprovando tudo o que se lhe pede (inclusive aumentos salariais): excrescências como as súmulas vinculantes e repercussões gerais, contra as quais tanto se bateu Evandro Lins e Silva.
De outra parte, esse mesmo Supremo deixou de exercer sua principal função – o controle difuso de constitucionalidade – liberando com isso as mãos dos tribunais e juízes ao arbítrio.
Não trago à discussão tema irrelevante, uma vez que (e dessa verdade muitos se descuidam) as consequências das decisões do STF, de especial nos julgamentos criminais, dizem respeito a todos os cidadãos, e não só aos julgados e condenados. Daí, para horror do pensamento autoritário, a sucessão de instâncias julgadoras e a sequência de recursos e apelações e agravos, que sugerem impunidade, mas que simplesmente atendem à necessidade de assegurar a todos ampla defesa. Na democracia só se condena com provas.
É que essas precauções inexistem no caso do STF, pois ele age, no mesmo julgamento, como primeiro e último grau, como promotor e juiz, e suas decisões constroem jurisprudência a ser observada por todos as demais instâncias. Assim, por exemplo, se, em uma determinada ação criminal, o desconsiderar a presunção de inocência (transformada em "presunção de culpabilidade"), estará condenando todos os acusados de todos os processos vindouros a provar a própria inocência, e não a simplesmente refutar a acusação; se em um determinado caso, o STF considerar dispensável a prova material para caracterizar a culpabilidade de determinado réu, estará dispensando a prova em todos os demais julgamentos..
Uma coisa, desejada, aplaudida, é a sadia expectativa de punição dos chamados 'crimes de colarinho branco'; outra é a degeneração autoritária do direito criminal.
As decisões do STF, seja no caso da Ação Penal 470 decretando perda de mandato de parlamentares (competência privativa da respectiva Casa legislativa, C. F. art. 55), seja, à mesma época, intervindo na organização da pauta do Congresso mediante decisão monocrática em ordem liminar, assustam o pensamento democrático, que, cioso da importância da separação dos Poderes, reage ao papel de moloch autoritário que a direita quer emprestar ao Poder Judiciário brasileiro. Um dos mais perigosos movimentos desse autoritarismo que começa a quebrar a casca do ovo em que foi gerado, é a judicialização da política, a qual, se atende à fome voraz do Judiciário, é também acepipe que sai do forno dos partidos e do Congresso, seja pela omissão desse, seja pelo vício anti-republicano das oposições, das atuais e das anteriores (PT à frente) de recorrerem ao Judiciário, para a solução de impasses que não souberam resolver no leito natural da política.
De outra parte, a omissão legiferante do Congresso abriu lacunas legais ou criou impasses que foram levados ao Judiciário que, assim, 'legislou' e legislou (não discuto o mérito), por exemplo, no julgamento das cotas para negros nas universidades, na descriminalização do aborto de fetos anencéfalos e na legalização da união civil entre homossexuais. E legislou, então à larga, o STF sancionando decisões do TSE, que se auto-incumbiu de fazer a reforma política que o Legislativo postergou. Esse mesmo TSE se especializou em cassar mandatos.
No fundo a questão é esta: não há vazio de poder.
Na mesma entrevista citada no início deste artigo, o presidente do STF condena as promoções de juízes por merecimento, pois isso, diz ele, enseja a comprometedora corrida dos interessados atrás de apoios políticos. É verdade, mas não é a verdade toda, posto que não se aplica, apenas, à primeira instância. Em grau muitas vezes mais grave o 'beija mão' tem matriz na nomeação dos ministros dos tribunais superiores, principalmente do STF, com os candidatos em ciranda pelos vãos e desvãos do Executivo e do Senado à procura de apoios trocados por promessas de favores futuros.
Pede a democracia um Congresso revigorado, talvez o da próxima Legislatura – apto para realizar as reformas de que o Brasil necessita e uma delas é a reforma do Judiciário, livre da vitaliciedade monárquica, obrigado a trabalhar onze meses por ano, sujeito ao controle externo, como todos os demais Poderes republicanos.
Roberto Amaral, Cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia entre 2003 e 2004.
Posted: 04 Jan 2013 08:04 AM PST

 


Do Brasil 247 - 4 de Janeiro de 2013 às 08:10

Nada vai adiantar se o Governo de Dilma Rousseff não propiciar as condições para que o povo brasileiro tenha um sistema de comunicação democrático e aberto à sociedade
  
DAVIS SENA FILHO

Davis Sena FilhoO Partido dos Trabalhadores anuncia que a imprensa corporativa e de mercado está a fazer campanha para taxar o ex-presidente Lula de corrupto. Não é somente isso. A mídia de direita deseja, sobretudo, que Lula se cale, não articule composições políticas e que não apareça, de forma positiva, em suas telas televisivas, bem como nas páginas dos jornais e revistas. A ordem é não mostrar, de forma alguma, seu legado, além de superdimensionar até os fatos corriqueiros, além de criar polêmicas onde não existem polêmicas. E crises onde não há crise.

É o verdadeiro e autêntico jornalismo de esgoto, declaratório, elaborado na fofoca e na maledicência cujo objetivo é desqualificar o único político brasileiro de grandeza internacional e que se prepara para o combate das eleições de 2014. Por seu turno, até que enfim o PT saiu do imobilismo, porque se depender do Governo da presidenta Dilma Rousseff, política filiada ao partido, os integrantes do PT que estão na linha de frente a enfrentar uma oposição não partidária e sem voto vão ser imolados e calados sem o direito de se defender e muito menos se contrapor ao que é dito pela máquina midiática e por seus aliados incrustrados no STF.

É a ditadura da imprensa de negócios privados, que tem lado, cor e ideologia. A imprensa alienígena e de direita controlada, a ferro e a fogo, pelos patrões da oligarquia midiática e por setores poderosos do Judiciário (STF, STJ e PGR), que interferem no processo politico brasileiro, por intermédio da desconstrução da imagem de Lula, da criminalização do PT e da judicialização da política, que acarreta o engessamento da autonomia do Congresso e do seu direito constitucional de legislar.

Agora o PT "descobriu" que a direita sempre vai proceder e agir como direita, ou seja, tal qual ao escorpião, que vai sempre agir e proceder como escorpião. Então, vamos às perguntas que não querem calar: por que o PT até o momento não lançou ainda, em âmbito nacional, uma campanha a favor da efetivação do marco regulatório para as mídias? E por que a presidenta Dilma Rousseff tem tanta parcimônia com os plutocratas de mídias, que há quase um século golpeiam os políticos que não rezam por suas cartilhas, ou seja, aqueles que não seguem seus princípios políticos e seus interesses econômicos? Com a resposta, a própria presidenta, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann e o ministro das comunicações Paulo Bernardo.

A verdade é que a imprensa de caráter golpista pauta seus aliados, a oposição partidária (PSDB, PPS e DEM) e o Judiciário, e cria as estratégias políticas e criminosas de boicote e de sabotagem contra os governos trabalhistas de Lula e agora o de Dilma. A presidenta sabe disso e sempre soube. Afinal, ela militou na esquerda armada, foi presa e vitimada pela tortura. Ninguém está mais consciente do que a presidenta sobre o fato e a realidade de que os barões da imprensa jamais comporão politicamente com mandatários trabalhistas. Essa gente de direita tem uma imensa compreensão de quem são os trabalhistas e o que representam: o segmento ideológico e político brasileiro que deu fim definitivo à escravidão em 1930, bem como modernizou e industrializou o País, além de distribuir renda e garantir os direitos trabalhistas.

Os barões da imprensa conservadora e os homens e mulheres que alugam suas forças de trabalho e servem como porta-vozes de seus patrões sempre souberam que foram os trabalhistas que modernizaram e criaram ferramentas de controle estatal no que diz respeito à arrecadação do estado e à fiscalização do setor privado, que teima em sonegar impostos e desviar recursos de forma criminosa para o exterior. A direita sempre soube disso e por isso, na verdade, nunca se preocupou muito, apesar de tê-los perseguidos, com os comunistas que se tornaram ex-comunistas e que hoje, desavergonhadamente, são aliados de seus algozes, a exemplo de Roberto Freire, Raul Jungmann, Fernando Gabeira, Ferreira Gullar e muitos outros, como o Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal —, que vendeu o País e não satisfeito foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires na mão, porque quebrou o Brasil três vezes.

Acontece que nada vai adiantar se o Governo de Dilma Rousseff não propiciar as condições para que o povo brasileiro tenha um sistema de comunicação democrático e aberto à sociedade. Enquanto houver meia dúzia de oligarcas a dominar um setor econômico da maior importância para qualquer País, a sociedade vai ficar à mercê dos ditames de empresários que são capazes, como ocorreu no passado, de conspirar contra governantes eleitos pela população e, de forma real, concretizar golpes de estado. Lembremos, sempre, de Getúlio Vargas, de João Goulart e até mesmo Leonel Brizola, que não foi presidente da República, mas pagou um preço altíssimo por jamais ter sido cooptado pelos senhores condestáveis da mídia privada brasileira.

Como se percebe, no Brasil e em muitos países vizinhos da América do Sul presidentes trabalhistas foram, recorrentemente, alvos de uma direita cruel, perversa e capaz de qualquer ato ou ação para derrubar do poder mandatários trabalhistas que colocaram em prática seus programas de governo e a projetos de estado. A direita midiática, política e judiciária, com o apoio de setores da indústria, do campo, do comércio e dos banqueiros, querem a derrota de Dilma Rousseff em 2014, que insiste a não enxergar a montanha que está à frente de seus olhos. Contudo, é preciso ter discernimento e coragem. Não haverá paz para governar e muito menos para efetivar as políticas públicas se a presidenta continuar a tergiversar, a dissimular sobre a séria questão que é a implementação do marco regulatório para o setor midiático.

Para início de conversa, a bancada do PT no Congresso e alguns de seus aliados, como o PCdoB, têm de questionar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que "esqueceu", talvez para sempre, o projeto do jornalista Franklin Martins, que dispõe sobre um novo marco regulatório para o segmento midiático brasileiro, tanto na esfera pública quanto no âmbito privado. Afirmo e reafirmo o que já se tornou um mantra: a oligarquia midiática brasileira é historicamente golpista, não tem compromisso com a Nação brasileira, porque é aliada dos interesses de governos estrangeiros, representa os banqueiros, além de ser herdeira da escravidão. Por isso e por causa disso tem um profundo desprezo pelas conquistas sociais e econômicas do povo brasileiro, bem como odeia os políticos trabalhistas que ousaram a ouvir e a atender os anseios e os desejos dos trabalhadores deste País que cooperaram, e muito, para que as "elites" ficassem podres de ricas.

A direita gosta da direita e atura os de fora do seu círculo que foram cooptados, a exemplo de José Serra, aquele que tem sérias dificuldades para terminar um mandato, e, quando a cumpri-lo, recusa-se a melhorar as condições de vida da população. E os barões da imprensa e seus sabujos ainda o chamam de "elite da elite". Seria cômico se não fosse trágico. Todavia o que está em jogo é a eleição presidencial de 2014, e por isso a campanha sistemática e insidiosa contra o PT e o maior líder político deste País — o ex-presidente Lula.

Lula é um intelectual orgânico, ponderado e sábio, pois conhece profundamente a política brasileira e seus meandros. Tenho a impressão de que quanto mais o jogo político ficar intrincado e radicalizado, mais o Lula gosta, porque, como no futebol, as provocações e as jogadas desleais são o combustível para a reação, ou seja, para o debate e a apresentação de propostas e do que já foi feito por ele e sua equipe, além do que pode ainda ser realizado. Lula elegeu dois técnicos para dois dos cargos mais importantes da República — a Presidência e a Prefeitura de São Paulo.

Ao analisar essas realidades cheguei à conclusão que não adiantou muito aos jornalistas que prestam serviços à oligarquia midiática composta por meia dúzia de famílias. Por isso, torna-se importante a atuação do Judiciário integrado por juízes e promotores conservadores, que fizeram de seus ofícios um auto de fé nada republicano e voltado para combater politicamente os trabalhistas que conquistaram o poder em um tempo de 11 anos e que têm grandes possibilidades de vencer as eleições presidenciais de 2014 e, consequentemente, darem continuidade a programas e projetos sociais e de infraestrutura que deixaram de ser de governo e passaram a ser de estado. E é exatamente essa realidade que incomoda a direita e àqueles que querem e desejam um País VIP, para poucos privilegiados, que de tão autoritários, petulantes e arrogantes pensam que estão "em uma boa" porque, quiçá, consideram-se escolhidos por Deus.

Quando a presidenta Dilma Rousseff compõe extraoficialmente com o baronato midiático procede, a meu ver, de forma arriscada. Quem não se previne fica aberto a contratempos, como ocorre com o boxeador que baixa a guarda ou quando um visitante ou curioso mesmo ao lado do treinador de grandes felinos permite que, por exemplo, um tigre o abrace.  Não é de bom alvitre, e considero que a presidenta trabalhista é cônscia dessa realidade. Não se empenhar para que o Brasil tenha um marco regulatório que atenda e seja coerente com a época atual é nada mais e nada menos do que uma grande insensatez, um despropósito inominável, porque sabemos que a mídia de negócios privados é a voz viva e atuante dos interesses dos grandes conglomerados e trustes nacionais e principalmente internacionais. Ponto.

Dilma Rousseff é a responsável maior por esse estado de coisas no que tange à falta de regras, de um marco regulatório que faça com que o setor midiático atue e aja dentro da legalidade, a seguir preceitos éticos e morais sem ser falso moralista, coisa que muitos homens e mulheres de imprensa se comportam e se conduzem, e, contraditoriamente, transformam-se em lubrificadores da máquina midiática moedora de almas e reputações e que não concede o direito de defesa ao agredido e desrespeitado, porque no Brasil não existe legislação adequada e específica que regulamente a imprensa corporativa e de mercado, que neste País atua e age como se estivesse em um mundo paralelo, alheio às leis a totalmente apropriado a seus devaneios e desejos, a seus interesses e á sua pauta.
É assim que a banda toca nesses pagos verdejantes, de céu anil e do gorgeio do sabiá. Existe uma certa "elite" econômica que se pudesse rasgaria a Constituição, a exemplo da posse do deputado José Genoíno, condenado, sem provas, no caso "mensalão" e que vai assumir uma cadeira na Câmara por ser suplente de um deputado que vai assumir a prefeitura de São José de Campos (SP). A imprensa questiona, maldosamente, a posse do petista de passado histórica e que participou da Guerrilha do Araguaia na década de 1970. Contudo, Genoíno ainda pode recorrer e sua punição ainda não foi publicada pelo Judiciário.

Os jornalistas que servem ao sistema sabem disso, bem como eu sei que o "mensalão" não foi juridicamente comprovado. O julgamento foi de ordem política, e a posse do petista histórico na verdade evidencia, sobretudo, que o País vive uma normalidade democrática tão substancial e sólida que mesmo o cidadão que foi punido pela maioria dos juízes de direita do STF (mas que pode ainda recorrer) tem o direito constitucional de assumir sua cadeira e com o apoio de seu partido, que, ao que parece, começou a reagir à malhação promovida pela imprensa direitista com a cumplicidade e a operacionalidade de juízes e procuradores que se aliaram aos tucanos e seus apêndices (DEM e PPS) que foram derrotados em três eleições presidenciais, perderam São Paulo, bem como, apesar do "mensalão", vão ter de ver o PT governar o maior número de brasileiros, porque os políticos petistas eleitos vão administrar a maioria das maiores cidades do Brasil. Ponto.

Esta é a verdade que não sai nos jornais conservadores. A direita brasileira herdeira da escravidão e do golpe civil-militar violento e de caráter alienígena, articulado e efetivado para atender os interesses geopolíticos e econômicos dos Estados Unidos, bem como impedir a concretização das reformas de base propostas pelo grande presidente trabalhista João Goulart não se importa se o crescimento econômico experimentado no Brasil nos últimos 11 anos a beneficiou.

O preconceito ideológico e a crença em um mundo privado que se autorregulamenta, a liberdade excessiva dos banqueiros para jogar no mercado, a valorização dos rentistas em detrimento dos que produzem, os juros altos, a especulação imobiliária, bem como a diminuição dos estados nacionais com a venda de estatais estratégicas de inúmeros países levam os que militam no campo da direita a nadar contra a maré, porque foi exatamente por isso que os países europeus e os Estados Unidos foram vitimados por um tsunami econômico e financeiro que já dura cinco anos e, conforme os especialistas, não tem data para terminar, ou seja, para os países estabilizarem suas economias.

Contudo, os "especialistas" do Instituto Millenium, entidade de direita financiada pelas famílias Marinho e Civita, insistem com a ladainha que não deu certo como demonstram as economias combalidas da maioria dos países europeus e as sérias dificuldades pelas quais passam os EUA. Ademais, quem tem um mínimo de discernimento e sensatez sabe que os inquilinos do Millenium se recusam a pensar o Brasil, como sempre se recusaram as nossas "elites" em todos os tempos.

Ridiculamente tratam o mercado como "deus" e, inquestionavelmente, "esquecem" de trabalhar em prol do bem-estar de grande parte de população que necessita do apoio e da cooperação do estado. Tal entidade conservadora não passa de um foco de golpistas, autênticos reacionários inconformados com os trabalhistas no poder. De forma alguma esses homens e mulheres que posam de sábios vão perder seu tempo a pensar o Brasil, porque simplesmente, antes de tudo, eles servem aoestablishment e se reportam à sociedade, especificamente à parcela conservadora da classe média ressentida e que acredita que manter o status quo é o caminho para que ela, inadvertidamente, tenha ascensão de classe social e, por conseguinte, livrar-se da massa.

Coitada da classe média de caráter lacerdista e que está sempre disposta a participar de marchas da Família com Deus pela Liberdade atualmente reeditada em movimentos Cansei que não atraem mais do que dois mil gatos pingados enraivecidos e obcecados, pois manipulados pelas informações que recebem de uma imprensa que acredita em um mundo para poucos e que pretende perpetuar a hegemonia de classe social e para isso tem como sua principal aliada e irradiadora de suas ideias a reacionária classe média. Bucha de canhão dos ricos e do sistema midiático privado é o que ela é, e que a usam como porta-voz de seus valores e princípios sectários e que luta, ferozmente e rotineiramente, contra a emancipação do povo brasileiro.

O que a direita não compreende ou finge não entender é exatamente isto. Para o povo, Lula simboliza sua própria emancipação, realidade esta que transforma o fundador do PT e da CUT em um político orgânico, inserido na profundamente na sociedade em todas suas faces, tanto a organizada e a desorganizada composta por milhões de brasileiros, que até então não tinham acesso à segurança alimentar quanto mais a um modesto emprego ou a uma simples conta em um banco.

Por sua vez, Lula sabe quem ele é e a quem representa. E a direita sabe disso e por causa disso tenta desmoralizá-lo e desconstruí-lo, como ocorreu com os trabalhistas de todas as épocas, nas pessoas de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Lula veio do trabalho. Sua origem é o trabalho, e não há nada que incomoda mais os barões da imprensa e a direita em geral do que um trabalhista no poder, como ocorre no momento com Dilma Rousseff na cadeira da Presidência da República.

Lula não é corrupto, com não o foram Brizola, Jango e Getúlio. O tempo é o senhor da razão e a história é escrita de maneira fria e isenta. A história é escrita por historiadores sérios e estudiosos e não pelos escribas do Instituto Millenium a soldo de empresários proprietários da Folha de S. Paulo, da Veja e de o O Globo. Quero deixar claro e a quem possa interessar que corrupta é a velha imprensa empresarial, pois golpista e mentirosa; dissimulada e manipuladora. Todo mundo sabe disso. Até mesmo a classe média reacionária, que acredita um dia ficar rica, como muita gente crê em Papai Noel, na mula-sem-cabeça, no lobisomem ou no boitatá. 

Desconfio que os donos das mídias privadas e seus papagaios de pirata também compreendem que o candidato de Lula para 2018 talvez seja o prefeito recém-eleito de São Paulo, Fernando Haddad. E por que, não? Dilma Rousseff, segundo as pesquisas, tem 78% de aprovação popular. Creio que a mandatária vai ser a candidata do PT, em 2014. Lembro aos navegantes que tal qual à Dilma, Haddad é um político de perfil técnico, nunca antes tinha concorrido a uma eleição, bem como é um político novo em idade, além de ter sido um competente e eficiente gestor à frente do Ministério da Educação. 

O prefeito de São Paulo é o responsável pela inclusão social de negros e pobres nas universidades públicas até então um reduto ou redoma de cristal dos filhos da classe média abastada e dos ricos, que, contraditoriamente, quando crianças e adolescentes foram matriculados por seus pais em escolas particulares que oferecem serviços escolares e educacionais muito melhores do que as escolas públicas, que foram sucateadas pelas "elites" brasileiras no decorrer das décadas, principalmente a partir de 1964, ano do violento golpe empresarial e militar. 

 Sob a administração de Haddad, o MEC propiciou o ingresso de centenas de milhares de negros e, portanto, de pobres, porque centenas de milhares de cidadãos de baixa renda são oriundos dos bairros populares, dos subúrbios, enfim, da periferia. Estive, há cerca de três anos, no Morro do Urubu, no bairro do Engenho da Rainha, no Rio de Janeiro. O sol estava inclemente e a temperatura nos relógios de rua marcava 39°.

Subi o morro em uma comitiva. O acesso à comunidade é dificílimo porque a ladeira é de quase 90°. Muito inclinada e longa. Conversei com alguns moradores. Eles me disseram que muitos idosos moram na comunidade, não descem para a cidade há dez e até 20 anos por falta de condições físicas e de saúde. E quando Lula financiou o teleférico do Complexo do Alemão, a direita o criticou açodadamente, debochou e seus apaniguados escreveram textos cretinos e sem noção da realidade nas páginas dos grandes jornais. Hoje os teleféricos são essenciais para a vida da comunidade, dos idosos, dos enfermos, das donas de casa e dos trabalhadores. Por ironia do destino, os bondinhos do Alemão servem como paisagem para a novelaSalve Jorge da TV Globo, que anteriormente também criticou a ocupação das favelas e hoje, na mesma novela, personagens militares andam pelas comunidades. Nada como um dia após o outro.

A direita não realiza nada e nada dá para a população quando está no poder. Nem os impostos ela devolve em forma de investimentos sociais e de infraestrutura. Sempre foi assim. A direita, sim, sempre se beneficiou dos legados dos governantes trabalhistas, que, ao contrário dos comunistas, conquistaram quatro vezes a Presidência da República. A direita sabe do que se trata, e por isso transborda seu ódio pelos olhos, boca e ventas. Lula sabe disso tudo. Quem parece que esqueceu é a presidenta Dilma Rousseff, que, aparentemente, está a compor com quem não deveria para não ser alvo de ataques. Porém, em 2014, Dilma vai enfrentar uma campanha agressiva e baixa por parte de seus adversários, como ocorreu em 2010. A direita é como um felino: ronrona e ronrona... e depois dá o bote. É isso aí.

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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Jan 2013 08:00 AM PST




 



Do Blog Cidadania  04/01/2013

Eduardo Guimarães

 

Conforme notícia divulgada pela Folha de São Paulo nesta semana, a Rede Globo fechou o ano passado com a pior audiência de sua história. Segundo dados do Ibope, em 2012 ela teve, em média, 14,7 pontos (cada ponto equivale a 60 mil domicílios).

A emissora ainda amarga o pior índice em seu principal programa jornalístico, o Jornal Nacional, que, ano passado, teve média de 28,1 pontos contra o pico de audiência, que ocorreu em 2006, de 36,4 pontos.

Todavia, é equivocada a percepção de muitos de que se trata de um problema isolado da Globo. Houve queda de audiência de todas as TVs abertas no ano que passou em relação a 2011.

Apesar de a Globo ter fechado 2012 com 14,7 pontos contra 16,3 em 2011, a Record teve 6,2 pontos contra 7, 2, o SBT 5,6 pontos contra 5,7, a Band 2,5 pontos contra 2,5 e a Rede TV! liderou a queda, tendo perdido 37% de sua audiência no ano passado, tendo cravado 0,9 pontos contra 1,4 em 2011.

E não foi só. O número de aparelhos ligados em televisões abertas caiu perto de 5%.
O resultado negativo mais "vistoso", claro, foi o da Globo, que, ao longo da última década, vem perdendo mais audiência do que as concorrentes, sobretudo devido ao avanço da Record e à forte perda de audiência do Jornal Nacional.

Sobre o ainda mais assistido telejornal do país, a perda de audiência acima da média  certamente se deve, em boa parte, à utilização do informativo como arma na incessante guerra da Globo contra o governo federal e o PT.

A cobertura do julgamento do mensalão, por exemplo, irritou profundamente até o público que não gosta do PT. Tentando influir a qualquer preço na eleição municipal do ano passado, sobretudo na de São Paulo, o núcleo de jornalismo da Globo, às vésperas do segundo turno, produziu um dos maiores absurdos que se viu na televisão brasileira.

Em 23 de outubro,  a uma semana do segundo turno, logo após o horário eleitoral gratuito, o Jornal Nacional levou ao ar uma matéria que teve duração só comparável às coberturas de grandes catástrofes como a de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, nos Estados Unidos, quando terroristas derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center. Dos 32 minutos de duração da edição do JN naquele dia, 18 minutos foram gastos com o julgamento. E o que é pior: não houvera absolutamente nada de especial, naquele dia. Assim, o telejornal se limitou a importunar o telespectador com "melhores momentos" do julgamento.

Aliás, o ineditismo do tempo gasto na reportagem foi de tal monta que virou até matéria de jornal no dia seguinte, na Folha de São Paulo, e ainda gerou representação da ONG Movimento dos Sem Mídia ao Ministério Público Eleitoral acusando a emissora de fazer uso político de uma concessão pública em período eleitoral, contrariando a legislação.

O julgamento do mensalão foi tão martelado por toda a programação da Globo que passou a ser comum ouvir pessoas comentando que não agüentavam mais o assunto. Contudo, a queda mais pronunciada de audiência da Globo e do JN se deve a um processo mais amplo.

Outras emissoras não se beneficiaram da queda de audiência da Globo porque também incorrem em manipulação de notícias, mas, acima de tudo, porque todas as emissoras abertas insistem em uma programação que qualificar de medíocre soa até benevolente.

O público que pode, foge para a televisão a cabo. Quem não pode, recorre à internet. Sobretudo para se informar.

Agora, por exemplo, está sendo anunciado que o Brasil voltará a ser assolado por nada mais, nada menos do que a DÉCIMA TERCEIRA edição do Big Brother Brasil, com bebedeiras, promiscuidade e mediocridade invadindo nossos domicílios.

Alternativa ao BBB? A Record apresenta algo ainda pior, uma cópia malfeita, mais brega, ainda que menos promíscua: o reality show A Fazenda.

Novelas? Apesar de Globo e Record, acima de todas, reunirem bons elencos, as tramas são sofríveis, repetitivas. As histórias são sempre as mesmas, com pequenas variações. Ainda que o público para essas porcarias ainda se mantenha, vem diminuindo percentualmente em relação ao conjunto da população.

O progressivo aumento do nível de escolarização e cultura do brasileiro vai provocando fuga de uma programação cuja produção chega a ser cara só para produzir lixo cultural em estado puro.

Para que se informar pelos telejornais se, pela internet, você fica sabendo antes das notícias e ainda pode ter acesso a diversos ângulos delas?

No Jornal Nacional, por exemplo, o espectador sofre tentativa de manipulação, com notícias distorcidas sob interesses políticos e econômicos e, em geral, não fica sabendo do outro lado da moeda.

Há cada vez mais gente, portanto, produzindo seus próprios informativos pela internet. Hoje você pode montar uma rede de sites e blogs nacionais e internacionais e se informar em muito maior profundidade.

Claro que ainda é restrito o contingente de pessoas que montam seu portfólio informativo com base em critérios mais racionais e via internet, mas esse contingente cresce de forma exponencial.

O que ocorre no Brasil é uma tendência mundial. Nos EUA, por exemplo, a televisão aberta tem baixa audiência, muito mais baixa do que no Brasil, percentualmente.

Agora, a cereja do bolo: nos próximos anos, as operadoras de telefonia deverão começar a produzir conteúdo para transmitirem via TV digital ou internet, inclusive em celulares. E sem uma regulação das comunicações eletrônicas, a Globo e congêneres estarão ferradas.

Explico: as teles vêm aí com arcas incontáveis de dinheiro para investir em conteúdo, com seus faturamentos dez vezes maiores do que das emissoras tradicionais, inclusive da Globo. Sem regulação do setor, até ela será engolida.

Talvez por conta disso vemos o governo Dilma impassível diante do clamor de setores da sociedade por uma "lei da mídia", pois a tecnologia deverá levar Globo e companhia limitada a baterem na porta do governo pedindo regulação, por incrível que pareça.

Muitos – entre os quais me incluo – estão contrariados com a postura da presidente Dilma de renegar qualquer intenção de dar ao Brasil uma legislação moderna para esse setor tão crucial, até porque há medo de que os barões da mídia arranquem de um governo aparentemente acovardado uma regulação feita sob medida para os interesses deles.

Todavia, apesar de também ter essa preocupação, penso que a passividade do governo federal pode – apenas pode – ser uma estratégia para negociar em posição de força quando a própria família Marinho, entre outros, bater-lhe à porta pedindo uma "lei da mídia".

A ver.
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Do Blog ConttrapontoPIG
Posted: 04 Jan 2013 07:31 AM PST



"Apesar da inegável capacidade de Lula de estabelecer com as camadas populares uma relação profunda de identificação, o poder dos meios de comunicação na sociedade brasileira não foi minado. Lula é percebido como alguém que ameaça, com sua estima popular e com suas possibilidades presidenciais até 2014, o status quo midiático brasileiro. Destruir o capital político do ex-presidente, que havia crescido com o triunfo de seu candidato Fernando Haddad nas últimas eleições municipais, parece ser um objetivo visível. O artigo é de Ariel Goldstein.
Ariel Goldstein, Página/12 / Carta Maior
Num artigo recente, o historiador inglês Perry Anderson estabeleceu as diferenças entre a cobertura feita pela mídia internacional e a brasileira sobre o governo Lula, assim:

"Aquele cujas impressões a respeito de seu governo viessem da imprensa internacional teria um choque ao encontrar o tratamento dado a Lula nos meios de comunicação brasileiros. Praticamente desde o início, a The Economist e o Financial Times ronronaram satisfeitos com as políticas pró-mercado e com a concepção construtiva presidência de Lula (...). O leitor da Folha ou do Estadão, para não falar da Revista Veja, estava vivendo num mundo diferente. Normalmente, em suas colunas, o Brasil estava sendo governado por um grosso aspirante a caudilho, sem a menor compreensão dos princípios econômicos ou respeito pelas liberdades civis, uma ameaça permanente à democracia e à propriedade privada".

Uma situação similar se produziu durante a recente visita da comitiva brasileira a França. Enquanto o ex-presidente estava junto da mandatária Dilma Rousseff, e o país era lembrado na capa do semanário francês Challengecomo "Brasil, o país onde se precisa estar", as declarações do empresário condenado por corrupção Marcos Valério sobre um suposto benefício de Lula do esquema do Mensalão inundavam as páginas dos periódicos de maior tiragem nacional.

A insistência na desqualificação da imagem de Lula por parte da imprensa obrigou Dilma Rousseff a ensaiar uma defesa, na França: "Repudio todas as tentativas de destituir Lula da imensa carga de respeito que o povo brasileiro tem por ele", ao tempo em que Hollande observava que "Lula tem na França uma grande imagem" e "é visto como uma referência".

A ênfase crítica especial que a imprensa brasileira demonstrou com o ex-presidente obriga necessariamente a uma reflexão: é verdade, como observa Anderson, que "o relacionamento direto de Lula com as massas" interrompeu um ciclo, "minando o papel dos meios de comunicação na formação do cenário político"?

Apesar da inegável capacidade de Lula de estabelecer com as camadas populares uma relação profunda de identificação, o poder dos meios de comunicação na sociedade brasileira não foi minado. Lula é percebido como alguém que ameaça, com sua estima popular e com suas possibilidades presidenciais até 2014, o status quo midiático brasileiro. Destruir o capital político do ex-presidente, que havia crescido com o triunfo de seu candidato Fernando Haddad nas últimas eleições municipais, parece ser um objetivo visível.

A relação tensa entre Lula e o PT com os meios de comunicação possui uma história que antecede à sua chegada à presidência – o que produziu uma mutação na relação. Estas tensões começaram a aumentar durante as eleições de 1989, 1994 e 1998, quando os meios dominantes teceram múltiplas acusações para desacreditar o candidato petista. Durante as eleições de 1989, sobressaiu a atuação da Rede Globo para construir, como rival de Lula, Collor de Mello, um candidato da elite brasileira e sem lastro partidário, editando o debate televisivo do segundo turno notoriamente a favor deste.

Esta história de operações contra a sua imagem explica a aversão em relação aos meios de comunicação, que existe tanto em Lula como em outros líderes partidários, como José Dirceu, seu chefe da casa civil entre 2003-2005.

Apesar disso, a elaboração de uma legislação reguladora da comunicação parece estar distante, no Brasil. Em que pese a insistência do que poderia ser chamado de "a velha guarda dirigente do PT", como Dirceu, Genoino e o atual presidente, Rui Falcão, que que saíram intensamente prejudicados com a cobertura do julgamento do mensalão, Dilma Rousseff proclamou em numerosas ocasiões: "Prefiro o barulho da imprensa ao silêncio das ditaduras", proporcionando uma resposta, tanto às exigências de regulação como às acusações dos grandes meios de que assim se tentaria cercear a "liberdade de expressão".

O conflito se torna estrutural, pois remete a questões que vão desde o papel do comunicador popular que Lula exerce, o que o situa na lógica alternativa à unidirecionalidade dos grandes meios, até a mudança de elites políticas produzida pelo PT, que dificulta as mediações internas características das relações governo-imprensa, previamente, assim como a agenda progressista do governo, que tende a entrar em conflito com a cosmovisão dos meios conservadores.

É por isso que os recorrentes picos de tensão que atravessam esta complexa relação parecem desde o começo uma medição de forças entre atores que não permitem resoluções de "soma zero"; entre a negociação e o conflito os contornos dessa transição se vão definindo.

(*) Sociólogo (UBA). Bolsista do Conicet, no Instituto de Estudos da América Latina e do Caribe (Iealc).

Tradução: Katarina Peixoto"

Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Jan 2013 07:27 AM PST


Saul Leblon, Carta Maior / Vi o Mundo

 
"A mídia tanto insiste em confundir que às vezes até setores progressistas parecem acreditar.

Mas é preciso ficar claro: o nome da crise é capitalismo e não esquerda; não PT – ou governo Dilma, como quer o jogral embarcado nas virtudes dos livres mercados, os mesmos que jogaram o planeta no pântano atual.

A esquerda tem sua penitência a pagar nesse banco de areia movediça. Mas uma coisa é diferente da outra.

O conservadorismo não tem agenda propositiva a oferecer, exceto regressão à matriz do desmazelo atual.

A esquerda ainda lambe feridas, espana a rendição neoliberal que acometeu – ainda acomete – segmentos e lideranças importantes de suas fileiras, aqui e alhures.

Mal ou bem, no entanto, ensaia um debate sobre a alternativa à desordem capitalista.

Deve acelerar o passo porque a história apertou o seu: a restauração conservadora avança no vácuo progressista.

A preparação do V Congresso do PT, que acontecerá em 2014, é a oportunidade para que isso ocorra no Brasil de forma organizada. Com convidados de dentro e de fora do partido. De dentro e de fora do país. E cobertura maciça da mídia alternativa, a contrastar o bombardeio de veículos sempre alinhados às boas causas democráticas.

O conservadorismo aposta no imobilismo progressista."
Artigo Completo, ::AQUII::

Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Jan 2013 07:23 AM PST


BRASÍLIA NO PÓDIO
A cidade mais conectada do país A capital federal supera as metrópoles brasileiras no universo virtual. Os brasilienses investem alto em equipamentos para acesso à internet e também na telefonia móvel. No DF, a relação é de 2,3 chips por habitante, à frente de São Paulo, 1,5 por morador


FLÁVIA MAIA



Giovanna, 5 anos, já tem celular. Ela faz parte de uma família em que todos os integrantes têm aparelhos (Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 20/12/12)
Giovanna, 5 anos, já tem celular. Ela faz parte de uma família em que todos os integrantes têm aparelhos

Experimente olhar ao redor e observe o que as pessoas estão fazendo. Certamente, haverá alguém concentrado em ler as mensagens em seu  smartphone ou, então, atendendo o telefone e conversando horas a fio. Nesse mesmo local, pode ter uma criança entretida com um joguinho no tablet e um funcionário preocupado em responder todos os e-mails que estão lotando a caixa de entrada. Essa comunicação constante nas cenas cotidianas brasilienses reflete a concentração de aparelhos e de serviços de informação, o que transforma Brasília em uma das regiões mais conectadas do país.

Para garantir o título à capital federal, os brasilienses investem pesado na compra de equipamentos de comunicação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cada três habitantes, dois têm computadores, totalizando 1,858 milhão de máquinas. Dessas, 90,4% estão ligadas à internet — 1,681 milhão —, sendo que 29% contrata serviços de banda larga fixa, o que coloca o DF empatado com  São Paulo com a maior proporção de acessos por habitante.

Mas o aparelho predileto dos brasilienses é o celular. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações, são quase 6 milhões de linhas habilitadas pós e pré pagas ou cerca 2,3 chips por pessoa. Dessa forma, o DF dispara no ranking das unidades da Federação com maior densidade de acesso à telefonia móvel. O estado de São Paulo fica em segundo lugar com 1,5 linha por habitante. O Maranhão é o último colocado da lista da Anatel com 0,9 chip por pessoa.

Para Eduardo Levy, diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), o motivo para a concentração de telefones e computadores no DF está relacionado à administração pública federal. "As pessoas, aqui, precisam ter o celular pessoal e o do trabalho, isso sobe a densidade de linhas por habitantes", explica.

Renda
A alta renda no DF também contribui para esse cenário, tanto que as crianças têm acesso à tecnologia cada dia mais cedo. Giovanna de Carvalho Vasquez Lemos Rodrigues, 5 anos, possui um celular. Ela ganhou o aparelho da tia e não tira do ouvido. "Gosto de ligar para a minha vó". A mãe dela, Tatiana Kely de Carvalho Vasques Lemos Rodrigues, 31, conta que optou por uma linha pré-paga porque Giovanna gasta todos os créditos no mesmo dia. A professora afirma que se sente mais segura com a filha tendo um telefone móvel. "Se acontecer algum problema, ela pode me ligar", diz. "O engraçado é que, agora, minha mãe só liga para a Giovanna porque é certeza que ela vai atender. Às vezes, eu esqueço o celular em um canto e não ouço ele tocando", completa.

Giovanna e Tatiana integram a típica família conectada do DF.  Apenas Sophia, 2 anos, não tem o seu. Mas usa o aparelho de todo mundo da casa para brincar e ligar, assim como adora os jogos do Ipad. Além do tablet, a casa tem computador e laptop ligados na internet, sem contar o tradicional telefone fixo. "Como professora vejo que é importante para a formação das minhas filhas a informação. Hoje, a informação e o conhecimento estão ligados à tecnologia. É lógico que eu imponho limites e horários. Mas acho ótimo quando elas usam a internet para um trabalho escolar, por exemplo", explica.

No apartamento da família de Tatiana ainda há três televisores e todos com ponto de tevê por assinatura. Casas como a de Tatiana ajudam a entender por que o DF lidera os rankings das telecomunicações no Brasil. Na tevê por assinatura, a capital do país fica em primeiro lugar quando a análise é proporcional à população, são 395.644 lares com TV paga. No caso da telefonia fixa, o DF fica em 2º lugar, com 3,44 linhas por habitante. O estado de São Paulo lidera a lista com 3,79 por pessoa.

O que diz a lei
O Governo do Distrito Federal regulamentou, via decreto, a lei complementar nº 755/2008 que normatiza a instalação de infraestrutura no solo, subsolo e espaços aéreos. Estão abrangidos nessa modalidade equipamentos de telefonia, de energia elétrica, de abastecimento de água, de radiodifusão, de esgotamento sanitário, de drenagem pluvial e de gás natural encanado. A intenção é estipular regras e acelerar a concessão de licenças para a implantação dos aparelhos pelas empresas prestadoras dos serviços públicos. O prazo para instalação de antenas de telefonia móvel no DF, por exemplo, será reduzido para 70 dias, metade do prazo atual de tramitação. Dependendo do local, o processo pode demorar mais de seis meses e até anos.
Postado por Helio Borbaàs 06:310 comentários Links para esta postagem
Do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 04 Jan 2013 03:00 AM PST


Conheça algumas informações curiosas sobre o meio de comunicação que mudou completamente o planeta.


9 números impressionantes sobre a internet 
(Fonte da imagem: iStock)
Há 22 anos, seria nula a probabilidade de que você estivesse lendo este texto. Não somente porque ele trata de dados recentes, mas sim porque essa é a idade que a internet comercial como a conhecemos possui — período durante o qual a rede mundial de computadores sofreu uma quantidade imensa de transformações.
Durante esse tempo de vida, esse meio de comunicação presenciou o surgimento de empresas como a Google (15 anos de vida) e o YouTube (8 anos) e a ascensão e queda de nomes como Yahoo e AOL, entre outros. Neste artigo, reunimos alguns números interessantes sobre essa rede gigantesca que domina o tempo de milhões de pessoas por todo o mundo. Confira nossa seleção e não deixe de falar sua opinião sobre o assunto em nossa seção de comentários.

Maior parte dos acessos é feita por desktops

9 números impressionantes sobre a internet 
(Fonte da imagem: Reprodução/Flickr de William Pitcher)
Embora muitos já tenham decretado a morte dos computadores de mesa, eles permanecem fortes no que diz respeito ao número de acessos à internet. 79% das pessoas costumam usar um aparelho do tipo para entrar na rede, enquanto somente 45% delas realizam essa ação através de celulares. Em seguida, vêm os consoles de video game (11%), reprodutores multimídia (8%) e tablets (6%).

294 bilhões de emails são enviados diariamente


As mensagens virtuais há muito tempo superaram qualquer espécie de comunicação que envolva a velha combinação papel e caneta. Atualmente, somente cerca de 3,5 bilhões de envelopes e cartas físicas são enviadas a cada dia ao redor do mundo — número que tende a diminuir drasticamente conforme mais pessoas aderem à rede mundial de computadores.

Hong Kong tem a banda larga mais rápida do mundo


Um dos dados mais surpreendentes sobre a rede mundial de computadores é que a velocidade média de conexão não está exatamente relacionada à quantidade de pessoas que a utilizam. Prova disso é o fato de que Hong Kong é o local que apresenta a conexão mais rápida do mundo: em média, o país navega a 41,9 Mbps.
9 números impressionantes sobre a internet 
(Fonte da imagem: Reprodução/Flickr de inkelv1122)
Em seguida, vem nomes como Andorra (35,6 Mbps), Lituânia (35,2 Mbps), Coreia do Sul (34 Mbps) e Macau (33,4 Mbps). Para efeitos de comparação, o Reino Unido possui uma velocidade média de 17,7 Mbps, valor que parece surpreendente para quem tem que lidar com as velocidades (e preços) disponíveis no Brasil.

A humanidade gasta 22% de seu tempo em redes sociais


Provando que a internet ainda é vista essencialmente como um meio de entretenimento, em média as pessoas gastam 22% de seu tempo em redes sociais. Em seguida, vêm as pesquisas (21%), leituras (20%), comunicações através de emails e mensageiros instantâneos (19%), conteúdos multimídia (13%) e compras em lojas virtuais (5%).
Em média, quem possui uma conta no Facebook costuma dedicar 7 horas e 46 minutos verificando atualizações, reclamando da vida ou simplesmente compartilhando conteúdos  —56% das pessoas também aproveitam esse tempo para espionar a vida privada de seus parceiros amorosos. Para completar, os brasileiros são os que mais possuem amigos no serviço: em geral, cada pessoa do país possui nada menos que 481 conexões na rede social.

79% da América do Norte está conectada à rede

9 números impressionantes sobre a internet 
(Fonte da imagem: Reprodução/Free Press Pics)
Enquanto nossos vizinhos do norte possuem quase 80% de conexão à internet, na América do Sul a tecnologia está restrita a somente 39% de seus moradores — número que só supera a África (11%) e a Europa Oriental (22%). Já a Europa Ocidental conta com 65% de disponibilidade de conexões, enquanto 58% da Oceania possui alguma espécie de cobertura.

1,63 bilhão de GB


Essa é a quantidade de dados que são enviados através da rede mundial de computadores a cada 24 horas. Ou seja, você pode passar a vida inteira conectado à internet que dificilmente vai ver sequer uma fração mínima do que ela disponibiliza  — algo que surge como uma ótima notícia, já que isso torna mais fácil evitar a maior parte dos conteúdos bizarros disponíveis no meio.

250 milhões de tweets são enviados diariamente


Ao todo, nada menos que 250 milhões de atualizações são feitas diariamente no sistema de microblogs Twitter. O difícil é tentar descobrir quantas delas realmente são úteis em meio a um universo de reclamações, piadinhas sem graça e links para fotografias que retratam o que alguém está prestes a comer no almoço.

72 horas de vídeo

9 números impressionantes sobre a internet 
(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube)
É essa a quantidade de conteúdo que é enviada para o YouTube, maior site de vídeos do mundo, a cada minuto que passa. Ou seja, a cada vídeo com gatos fofinhos que você vê, é grande a chance de que algumas horas de conteúdos semelhantes estejam chegando ao serviço no mesmo momento.

Existem 45 bilhões de páginas na rede


Caso seu objetivo na internet seja conhecer ao menos um site interessante por dia, saiba que isso é plenamente possível — e você provavelmente vai morrer antes de completar seu objetivo. Atualmente, existem nada menos que 45 bilhões de páginas, compreendendo desde blogs pessoais até sites de tecnologia como o Tecmundo.
No Tecmundo


Posted: 04 Jan 2013 02:56 AM PST

Saiu no jornal Folha de São Paulo que o "mensalão" tucano não será julgado em 2013.

Se não for julgado logo, não será julgado nunca, pois em 2014 os crimes, que ocorreram em 1998, completarão 16 anos de ocorrência e estarão prescritos.

Se o STF cometer esse disparate de deixar prescrever, pode trocar o crucifixo que fica na parede por uma estátua de tucano de uma vez por todas.

Já chega ter "furado a fila" e ter dado prioridade de julgar primeiro o que iria prescrever depois.


Outra coisa esquisita é o STF só andar com o processo quando entrar um novo ministro substituto de Ayres Britto. O Tribunal não é uma instituição? Por que a instituição, com poderes independentes, para cumprir o seu dever de fazer o trabalho que tem que ser feito, precisa depender de fatores externos, como nomeação pela Presidenta Dilma e aprovação pelo Senado? Se há risco de prescrição qualquer outro ministro pode e deve relatar o processo.
Por: Zé Augusto0 Comentários  

Posted: 04 Jan 2013 02:53 AM PST



O IBOPE registrou e divulgou informação dando conta ao respeitável público que a audiência da TV Globo no ano de 2012 foi a menor já registrada pela emissora, depois que ela passou a ser líder.

Não é para menos. A TV Globo insiste em apresentar programas surrados (Domingão do Faustão) e apelativos (Caldeirão do Huck), além de outros idiotizantes (TV Xuxa). Um humorismo sem graça e com quadros de discriminação racial (Zorra Total) e jornalismo que se apresenta tendencioso e de baixíssima credibilidade, além de programas como o Encontro com Fátima Bernardes, ou, "Na Moral" com Pedro Bial, que não somam nada, nem pontos no IBOPE.

Mesmo descendo a ladeira, a TV Globo não parece disposta a mudar, ou, não tem competência para mudar. É assim, que dentro de alguns dias, vai dar início a mais um BBB, certamente aprofundando o arsenal de baixarias, que já até "brindou" quem assiste a "atração", com cenas de um pseudo estupro.

Posted: 04 Jan 2013 02:50 AM PST

Elaine Patricia Cruz, Agência Brasil

"As vendas de carros, veículos comerciais leves (como vans e furgões), caminhões e ônibus bateram recorde histórico em 2012. Segundo balanço divulgado na tarde de hoje (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Aumotores (Fenabrave), foram comercializadas 3.801.859 unidades no acumulado do ano passado, o que representou aumento de 4,65% em comparação a 2011. Excluindo-se o comércio de caminhões e ônibus, as vendas de veículos (carros e comerciais leves) cresceram 6,11% em 2012 em comparação ao ano anterior.
Segundo o presidente da Fenabrave, Flávio Antonio Meneghetti, o recorde foi resultado principalmente da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Em maio, estávamos prevendo um número negativo para o ano como um todo. Depois do esforço conjunto entre governo, indústria, bancos e concessionárias conseguimos reverter esse número e terminamos o ano com um aumento de 6,1% [quando considerada apenas a venda de automóveis e comerciais leves]", disse.
Para ele, o impacto do IPI nas vendas ainda será sentido em 2013. "Certamente o impacto vai acontecer. Por isso negociamos com o governo para que ele [imposto] fosse retirado escalonadamente, ou seja, em seis meses, ele vai voltar ao patamar normal. Acreditamos que o primeiro trimestre vai ser o mais difícil, mas temos ainda um estoque de preços velhos que vai garantir uma certa atividade nos meses de janeiro e fevereiro. E, a partir do segundo trimestre, com a retomada já da economia em seu ritmo normal, acreditamos que o país vá crescer 3% e o mercado voltará a acompanhar esse número", disse o presidente da Fenabrave."
Matéria Completa, ::AQUI::

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