terça-feira, 14 de agosto de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 13 Aug 2012 01:53 PM PDT






Rapinagem


A melhor observação que li sobre a crise das dívidas na Europa foi a de um leitor do “London Review of Books” que, numa carta à publicação, comenta as queixas dos alemães inconformados com a obrigação de mandar seus euros saudáveis para sustentar a combalida economia grega. O leitor estranha que ninguém se lembre de perguntar sobre as grandes reservas de ouro que os alemães levaram da Grécia durante a Segunda Guerra Mundial – e nunca devolveram. Só os hipotéticos juros devidos sobre o valor do ouro roubado dariam para resolver, ou pelo menos atenuar, a crise grega. O autor da carta poderia estranhar também o silêncio que envolve um exemplo mais antigo de pilhagem, a dos tesouros artísticos da Grécia Antiga, levados na marra e de graça para os grandes museus da Alemanha. Seu valor garantiria com sobras a ajuda aos gregos que os alemães estão dando com cara feia.

É claro que se, num acesso de remorso, os alemães decidissem devolver ou pagar o que levaram da Grécia, estaria estabelecido um precedente interessante: a América poderia muito bem reivindicar algum tipo de retribuição da Europa pelo ouro e pela prata que levaram daqui sem gastar nada e sem pedir licença, durante anos de pilhagem. Que não deixaram nada no seu rastro, salvo plutocracias que continuaram a pilhagem e sociedades resignadas à espoliação. Alguém deveria fazer um cálculo de quanto a metrópole deve às colônias pelo que não pagou de direitos de mineração no tempo da rapinagem desenfreada. Só por farra.

Quanto às reservas de ouro levadas da Grécia pela Alemanha nazista, a observação do leitor do “London Review” mostra como a História não é linear, é um encadeamento. A atual crise do euro e da comunidade europeia é a crise de um sonho de unidade que asseguraria a paz e evitaria a repetição de tragédias como as das duas grandes guerras. Sua meta era uma igualdade econômica, que dependia de um equilíbrio de forças, que dependia da Alemanha como potência econômica ser diferente da Alemanha que invadiu e saqueou meia Europa. Os alemães atuais não têm culpa pelos desmandos dos nazistas, mas não podem renunciar à força desestabilizadora que têm, que continuam a ter. Como a Grécia não pode evitar de ter saudade do seu ouro, do qual nunca mais ouviu falar.
Artigo de Luiz Fernando Veríssimo, publicado hoje em vários jornais brasileiros. 
...............................
Completando as pertinentes observações do Veríssimo: na abertura das Olimpíadas de Londres 2012, dias atrás, houve um detalhado desfile das conquistas britânicas pelo mundo afora, com destaque para os avanços civilizatórios operados pela primeira revolução industrial, as contribuições inegáveis da cultura inglesa, etc. Mas faltou a menção às conquistas do Império inglês nos séculos 18 e 19. Faltou alguma alusão às rapinagens, saques e roubos mesmo do colonialismo inglês no Egito, por exemplo, na Índia, no sul da China, onde se apoderaram de Hong Kong, só para citar alguns locais onde houve choro e ranger de dentes por onde os "civilizados" ingleses passaram. Não mencionaram nada acerca do famoso Museu Britânico. Curioso, não? 
Foto: Museu Britânico de Londres, erguido em 1753. Mantém uma variada e valiosa coleção de objetos saqueados do mundo todo. Lá é possível encontrar peças de valor inestimável subtraídas da antiga Grécia, do Japão, das culturas pré-colombianas da América, da África, sobretudo do antigo Egito, e naturalmente da Ásia inteira, principalmente arte chinesa e persa antigas. O Museu Britânico é uma suntuosa caverna de Ali Babá da civilização branca e culta do Ocidente. 

Do Blog Diário Gauche.
Posted: 13 Aug 2012 12:51 PM PDT
Posted: 13 Aug 2012 12:30 PM PDT


Leia também:

Posted: 13 Aug 2012 12:15 PM PDT


É Fantástico: o sequestro da notícia alheia 
Leandro Fortes

Desde sábado, depois que começou a circular fortemente pelas redes sociais a capa de CartaCapital sobre o consórcio Veja & Cachoeira, a TV Globo desencavou uma notícia velha, dada em primeira mão…também por CartaCapital, sobre a suspeita de um sequestro levado a cabo pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O plágio tardio foi uma maneira desesperada de tentar neutralizar a única notícia que realmente ainda interessa sobre o tema, desde a cassação de Demóstenes Torres: as ligações de Policarpo Jr., diretor da Veja em Brasília, com o bicheiro, a quem pediu para grampear um deputado federal.
Botaram a matéria velha no Fantástico e obrigaram O Globo, cada vez mais o primo pobre das Organizações, a repercutir a história. Miserável sina, esta, do velho diário carioca, obrigado a repercutir notícia sequestrada de páginas alheias.
Na edição 698, de 18 de maio passado, CartaCapital trouxe a capa “No mundo de Cachoeira”, uma reportagem de Cynara Menezes sobre os múltiplos esquemas criminosos do bicheiro. Na matéria interna, intitulada “Senhor do submundo”, um dos pontos tratados pela repórter foi, exatamente, o sequestro que a Globo passou o fim de semana apresentando como novidade.
Leiam o texto de Cynara, escrito e publicado há três meses (leia mais clicando AQUI):
“Na quarta-feira 9, o também delegado da PF Raul Alexandre Souza, titular da Operação Vegas, havia relatado à CPI uma “ampla sorte de crimes de natureza grave” cometidos pelo grupo de Cachoeira. Segundo o federal, em determinado momento chegou a temer pela integridade física de um dos membros da quadrilha. Em abril de 2009, narrou o delegado, um funcionário “foi sequestrado e mantido em cárcere privado” pelo fato de Cachoeira desconfiar que o assecla estivesse envolvido no roubo de dinheiro apurado nas máquinas caça-níqueis. Os autores do sequestro teriam sido Jairo Martins e Idalberto Martins de Araújo, o Dada, os arapongas que aparecem nas escutas como fontes constantes do jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal de Brasília da revista Veja.”
Ou seja, vivem num fantástico mundo de bobos e cegos, certos, entre outras alucinações, de que as pessoas só entram na internet para rever os capítulos da novela da Carminha e as gracinhas do Globo Esporte.
Amanhã, terça-feira, dia 14 de agosto, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) vai ao plenário da CPI do Cachoeira pedir a convocação de Policarpo Jr. e dar início à única investigação que realmente precisa ser feita na comissão, já que todo o resto já foi apurado pela Polícia Federal.
Veja sustentava o esquema criminoso de Cachoeira, e vice-versa.
O único sequestro dessa história é o sequestro da verdade, da ética e do jornalismo.

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Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 13 Aug 2012 10:55 AM PDT

Redação, Rede Brasil Atual

“A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira pode convocar amanhã (14) o jornalista Policarpo Júnior, diretor da sucursal de Brasília da revista Veja, para que esclareça suas conexões com o grupo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Além do requerimento já colocado em pauta, de autoria do senador Fernando Collor (PTB-AL), o deputado Dr. Rosinha (PT-PR) promete apresentar outro pedido com base em novas denúncias.

O parlamentar petista deve expor aos colegas relatório da Polícia Federal apresentado em parte no último fim de semana pela revista Carta Capital. Nele, chamadas telefônicas revelam Policarpo combinando reportagens que deveriam ser publicadas a pedido de Cachoeira para prejudicar políticos e funcionários públicos que contrariassem as atividades do contraventor e da construtora Delta, vencedora de licitações para obras em vários estados do país e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Além disso, o diretor de Veja chega a pedir ajuda do chefe do grupo para promover uma escuta ilegal nas conversas de um deputado federal. 

Em outra frente, Collor espera conseguir, além da convocação de Policarpo, a de Roberto Civita, dono do Grupo Abril, responsável pela edição da semanal, e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado pelo parlamentar de tentar arquivar a Operação Vegas, realizada em 2009 pela Polícia Federal e que poderia àquele momento trazer à tona os crimes cometidos pelo grupo de Cachoeira, revelados apenas este ano durante a Operação Monte Carlo.”
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:300 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 13 Aug 2012 10:48 AM PDT



Postado por GUERRILHEIROS VIRTU@ISàs 13:33Nenhum comentário: Links para esta postagem

Do Blog GUERRILHEIROS VIRTU@IS.
Posted: 13 Aug 2012 10:42 AM PDT



“As empresas de comunicação, através de seus veículos, principalmente rádio, tevê, jornais e revistas, fazem pressão sobre o Supremo Tribunal Federal, antecipando a condenação”
Não sei dia, hora ou local em que nasceu Eremildo, o idiota. Sei que é filho ou enteado do jornalista Elio Gaspari. Quase todos os domingos leio o que pensa Eremildo. No geral, ele não elabora grandes teses e seu pensamento, no mínimo, é inocente, isso quando não é idiota.
Eremildo é a maneira satírica que Gaspari encontrou para criticar a corrupção, o uso indevido do dinheiro público e outros fatos da vida política do país.
No sábado, 04 de agosto, acordei pensando em Eremildo. O que será que ele acha do julgamento do suposto “mensalão”? O que ele acha da cobertura espetacularizada, condenando antecipadamente os réus, feita por alguns jornalistas?
Registro: não são apenas alguns jornalistas, isolados, que fazem uma cobertura vergonhosa. Eles estão respaldados ao menos por parte das empresas de comunicação do país. Segundo esses jornalistas e empresas, em coro ensaiado com Roberto Gurgel, procurador-geral da República, o “mensalão” é o maior escândalo da história do Brasil.
Um aparte, doutor Gurgel, perguntar não ofende: o senhor conhece a história do Brasil? Quem afirma que o “mensalão” é o maior escândalo da história ou o faz de má-fé ou não conhece nosso passado. Aproveito a oportunidade e pergunto: o senhor se sente eticamente desimpedido, depois de ficar sentado, por cerca de dois anos, em cima das denúncias contra Carlos Cachoeira e Demóstenes Torres, para formular o libelo acusatório do “mensalão”?
Eremildo, responda-me: não é vergonhosa a cobertura que jornalistas e empresas estão fazendo? Será que o pai (ou padrasto) de Eremildo, Elio Gaspari, já comentou sobre o comportamento destes jornalistas e empresas e eu não li? Como não sei se “o idiota” ou mesmo Gaspari comentaram algo sobre isso, recorro a Janio de Freitas.
Em nome da opinião pública, alguns jornalistas e algumas empresas de comunicação pedem a condenação de todos os “mensaleiros”, como definem. Inclusive Fernando Henrique Cardoso andou se manifestando sobre o tema e pedindo a condenação. Mas, livre da pressão da mídia, o que realmente pensa o povo brasileiro?
Janio de Freitas, em “As vozes”, artigo publicado na Folha de S. Paulo do dia 02 de agosto, escreve: “Com tantas pressões dirigidas aos leitores, espectadores e ouvintes, em linha direta e como reflexo das pressões sobre o Supremo Tribunal Federal, no momento não se sabe o que a voz silenciosa da opinião pública pede aos seus magistrados mais altos. Mas tal incerteza está acompanhada de ao menos duas certezas”.
Uma das certezas, que compartilho com Janio, é que a “recomendação de Fernando Henrique evidencia que a opinião pública referida é a opinião do público peessedebista” e que a “recomendação é um apelo velado no sentido de que o Supremo Tribunal Federal não negue o seu socorro ao catatônico PSDB, nesta hora difícil dos confrontos eleitorais. Tudo por um punhado de condenações de petistas”.
Busco novamente a luz de Janio de Freitas, dessa vez em “O julgamento da imprensa”, também na Folha, no dia 31 de julho. Segundo ele o “julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é desnecessário. Entre a insinuação mal disfarçada e a condenação explícita, a massa de reportagens e comentários lançados agora, sobre o mensalão, contém uma evidência condenatória que equivale à dispensa dos magistrados e das leis a que devem servir os seus saberes”.
As empresas de comunicação, através de seus veículos, principalmente rádio, tevê, jornais e revistas, fazem pressão sobre o Supremo Tribunal Federal, antecipando a condenação. Fazem também pressão sobre o eleitorado, pedindo quase que explicitamente que “não votem nos candidatos do PT”.
Ainda no seu “O julgamento da imprensa”, Janio afirma que a pressão exercida contra o STF é própria dos regimes autoritários, que negam aos magistrados o que a democracia lhes oferece. Daí, deduzo que quem sempre cobrou liberdade de imprensa agora é contra a liberdade de opinião e o direito de livremente decidir.
Mas não existe só um “mensalão”: há também o do PSDB mineiro, envolvendo o deputado Eduardo Azeredo, muito anterior ao do PT, e há o do DEM (tanto o nacional quanto especificamente o do Distrito Federal), envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda. Não só eu, mas também Eremildo, o idiota, está esperando pelo julgamento destes dois mensalões. Relembro: o do PSDB é anterior ao do PT.
O tratamento dado pela imprensa e no STF a ambos os casos está sendo diferenciado, não só na questão do tempo para julgar, mas também na questão de método e mérito. Na imprensa é ainda pior. No artigo “Dois pesos e dois mensalões”, publicado na Folha do dia 05 de agosto, Janio de Freitas chama a atenção para esse tratamento desigual.
Por exemplo: o advogado Márcio Thomaz Bastos propôs que o STF desdobrasse o processo do “mensalão” de tal maneira que a Suprema Corte só julgasse os três parlamentares que têm foro privilegiado, e que os demais 35 acusados fossem julgados em varas criminais comuns. Nove ministros do STF foram contrários a isso. No mensalão do PSDB, esta tese foi aceita. No do PT, não. Por que este tratamento diferenciado? Afinal, não somos todos iguais perante a lei? Esta decisão foi uma vitória dos jornalistas e da maioria das empresas de comunicação que cobrem o julgamento. E foi uma derrota dos que querem um país democrático, onde a lei tenha o mesmo valor para todos.
Além disso, Janio chama a atenção para o fato de que os “dois mensalões não receberam idênticas preocupações dos ministros do Supremo quanto ao risco de prescrições, por demora de julgamento. O mensalão do PSDB é o primeiro, montado pelas mesmas peças centrais – Marcos Valério, suas agências de publicidade SMP&B e DNA, o Banco Real. Só os beneficiários eram outros: o hoje deputado e ex-governador Eduardo Azeredo e o ex-vice-governador e hoje senador Clésio Andrade”.
O partido e os nomes dos parlamentares fazem uma diferença enorme para Globo, Veja, Estado de São Paulo, Folha, etc. Aliviam para o PSDB e para o DEM e exigem punição para o PT.
O que Eremildo, o idiota, pensa disso?
Dr. Rosinha
No Congresso em Foco


Posted: 13 Aug 2012 08:20 AM PDT


Correio do Brasil

O julgamento da Ação Penal 470, apelidado de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, sofrerá nesta segunda-feira a sua maior reviravolta. Advogado do deputado cassado Roberto Jefferson, autor da denúncia de compra de votos por parte de um esquema audacioso, montado para que o Partido dos Trabalhadores (PT) permanecesse indefinidamente no poder, segundo a tese do ‘mensalão’, Luiz Francisco Corrêa Barbosa dirá à Superma Corte que tudo não passou de uma mentira, de uma invencionice de seu cliente. Os recursos entregues pelo PT ao PTB, no total de R$ 4 milhões, eram, na verdade, o cumprimento de um acordo para financiamento de campanhas municipais em 2004.
Corrêa Barbosa adiantou a sua linha de defesa do cliente em uma entrevista publicada neste domingo em um portal da internet. O advogado confessa que a tal mesada, supostamente paga a parlamentares, foi “objeto de coação”. Jefferson, que se dizia pressionado pelo partido, criou a palavra como figura retórica para se vingar de seus algozes. O segundo conceito é o caixa 2, como já admitido por réus, como Delúbio Soares. Com essa confissão pública, Jefferson derruba a tese central da peça de acusação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estruturada em mais de cinco horas de leitura, no início do julgamento, sobre as mentiras do ex-parlamentar petebista.
Barbosa criticou, ainda, as falhas na denúncia de Gurgel. Segundo ele, a defesa do operador do ‘mensalão’, Marcos Valério, feita pelo advogado Marcelo Leonardo conseguiu desconstruir a tese do procurador-geral.
– A casa caiu! – exclamou, em entrevista ao portal iG.
Segundo o advogado, “ele (Leonardo) indicou provas em juízo, ao crivo do contraditório, que não são aquelas que indicou o procurador-geral (da fase pré-processual e em tese sem validade, conforme a defesa dos réus no processo). Essa ação penal vai terminar com um festival de absolvições porque não tem provas contra quase ninguém”. Barbosa também ratificou que Roberto Jefferson de fato recebeu R$ 4 milhões do PT. Na época, o PTB negociou com o PT a concessão de R$ 20 milhões. Segundo a defesa do petebista, esse dinheiro serviu para o custeio das campanhas municipais de 2004. A defesa de Jefferson nega que o depósito de R$ 4 milhões foi utilizado para a compra de apoio político do partido visando a aprovação da reforma da previdência.
– Não há um elemento de prova no processo a não ser a palavra dele (Roberto Jefferson) de que ele recebeu esses R$ 4 milhões – revela.
Na entrevista em vídeo concedida ao iG, Barbosa confirma que também vai defender, em favor de Jefferson, a mesma tese apresentada pela defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, entre outros, segundo a qual o pagamento de congressistas denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) não passou de um mero esquema de Caixa 2 (pagamento de despesas de campanha não declaradas à Justiça Eleitoral).
Na semana passada, o presidente do PTB já fez essa revelação ao dizer “José Dirceu me derrubou, mas livrei o Brasil dele”. Essa “vingança” mobiliza o debate político no Brasil há sete anos e boa parte da acusação de compra de votos está ancorada no testemunho de um personagem que, agora, desdiz tudo o que havia dito.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 13 Aug 2012 06:50 AM PDT
Um gari brasileiro em Londres
Por: Wagner Iglecias* Especial para o Maria Frô
12/08/2012


Cerimônias de encerramento de Olimpíadas sempre reservam um espacinho para que a cidade que sediará a próxima edição dos Jogos se anuncie. Se em 2008, em Pequim, Londres se apresentou ao público presente e aos bilhões de telespectadores mundo afora com a entrada triunfal, no estádio, de um daqueles tradicionais ônibus vermelhos de dois andares, ao som de rock and roll, no caso do Rio na cerimônia de encerramento dos Jogos de Londres quem abriu nossa participação foi um gari da Comlurb, a empresa de limpeza urbana da cidade do Rio de Janeiro.
Gari que, diante do “keep away” do segurança britânico, lhe estendeu a mão e lhe puxou para o samba. E que logo depois, do alto de sua vassoura, como diria Boris Casoy, lhe mostrou a complexidade cultural do país que será a sede da próxima Olimpíada: índios, Yemanjá, capoeiristas, samba, maracatu, o malandro da Lapa, o calçadão de Copacabana, Villa Lobos…
Lembro do tempo em que nosso projeto de país era ingressar no “Primeiro Mundo”. Era esta a nossa ilusão, envergonhada ou nem tanto, há duas décadas. Mal saíamos da ditadura, consagrávamos uma Constituição prenhe de direitos sociais e já dávamos de cara com o jogo duro, duríssimo, do neoliberalismo anglo-saxônico, que inclusive chegava até tardiamente nestas terras, se comparado ao que já se passava em outras partes da América Latina.
Pois bem, os tempos mudaram, e o Brasil se mostrou ao mundo, nesta cerimônia de Londres, pela figura de um homem negro, pobre e trabalhador, que abre os braços e um sorriso largo àquele que lhe é diferente. Países e sociedades, obviamente, criam e recriam imagens de si mesmos, inventam e reinventam o modo como se vêem e como querem ser vistos pelo mundo. Assim como os USA se idealizam para si e para o mundo como a pátria da liberdade, nós nos idealizamos como o país da convivência pacífica entre os diferentes. O que, pelo menos no nosso caso, a realidade todos os dias se encarrega de questionar e tantas vezes desmentir.
Há quem torceu o nariz para aquilo que entendeu como uma representação clichê da cultura brasileira e da complexidade de nossa sociedade nesta cerimônia. Como se a Rainha Elizabeth II, o agente 007 e Pink Floyd não fossem também, neste sentido, meros clichês nos Jogos de Londres, posto que ícones reconhecidos mundialmente como pertencentes à cultura britânica. A discussão de como nos mostraremos ao mundo na cerimônia dos Jogos do Rio 2016 deverá se estender pelos próximos anos, e deverá ser acalorada. Eu, do meu lado, quero mais é ver o povo brasileiro sendo mostrado para o mundo. E, mesmo sabendo de nossas tantas mazelas e dos tantos obstáculos que fazem as relações entre os brasileiros, das mais variadas cores e classes, não ser lá tão pacíficas, quero poder continuar acreditando, como disse Darcy Ribeiro, que a boa convivência talvez venha a ser a grande herança que o Brasil legará ao mundo. Já em relação àqueles que se incomodaram com o gari brasileiro em Londres, tudo o que posso dizer é a frase de Cazuza que me veio à cabeça: “são caboclos querendo ser ingleses”. Viva o Brasil !!!
*Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

Do Maria Frô.
Posted: 13 Aug 2012 06:22 AM PDT


FALANDO EM TESE - SUPOSTAMENTE - IMAGINANDO QUE............
O jornalista que assina uma coluna semanal num determinado jornal, depois de publicar um post em seu blog em que acusou um "ministro da mais alta corte" de o ter ofendido com termos impublicáveis, resolveu fazer silêncio sobre o assunto. Aliás, toda a imprensa resolveu fazer silêncio sobre o assunto, até a maioria dos blogs está fazendo silêncio sobre o assunto, e pelo que vi até agora o "juiz' também resolveu fazer silêncio sobre o assunto.

Mas, adotando uma conduta de fazer "JUS" aos termos com que diz ter sido ofendido, o jornalista ao final da sua matéria, toca no assunto, sem citar nomes e, questiona o que pode acontecer a um "juiz", que em público, desce ao esgoto e dispara baixarias com objetivo de atingir a honra alheia. 

No finalzinho, o corajoso jornalista noBLA BLA BLA a que se permite, vai então ao ponto que aparece como sendo o seu objetivo nesse embróglio, e pergunta o que se pode esperar de um tipo desses na hora de julgar um caso relevante. O um tipo desses a que ele se refere é (JUIZ DA MAIS ALTA CORTE DA JUSTIÇA) ou seja, se fosse, BEM ENTENDIDO, SE FOSSE aqui no Brasil, seria um MINISTRO DO STF e o caso RELEVANTE seria certamente o MENSALÃO DO PT, visto que o MENSALÃO DO PSDB não tem nenhuma relevância, motivo pelo qual ninguém fala dele e nem pede que os que nele são RÉUS sejam julgados.

Evidente que os leitores não sabem de que ASSUNTO e de que "JUIZ DA MAIS ALTA CORTE" o jornalista está falando, até porque, os leitores não sabem de que jornalista eu estou falando.

Para finalizar, o conhecimento jurídico é inútil sem equilíbrio, isenção, dignidade e nobreza, e a sagrada missão de um jornalista também requer todos estes atributos.

Não pode cobrar valores morais dos outros, aquele que não os possui, ou, não mostra que os possui.
Posted: 13 Aug 2012 06:13 AM PDT


Posted: 13 Aug 2012 04:40 AM PDT
Do Conversa Afiada -Publicado em 12/08/2012
Deduz-se da leitura do Janio que nem o Ministro Peluso condena o Dirceu.


Saiu na Folha (*) – não perca a leitura sobre a fraude do Datafalha, que julga o mensalão – artigo de Janio de Freitas.

Ele faz uma pergunta ao Ataulfo Merval de Paiva: cadê as provas contra o Dirceu ?

Deduz-se da leitura do Janio que nem o Ministro Peluso condena o Dirceu.

Clique aqui para ler “PiG (**) quer que Peluso condene Dirceu por vingança”.

Quem disse que o mensalão se prova ?


Acusação e defesa


Numerosas contestações pareceram muito mais convincentes do que as respectivas acusações

Os advogados que até agora atuaram no julgamento do mensalão não merecem menos aplauso e defesa do que têm recebido, com fartura, o procurador-geral e acusador Roberto Gurgel. Não bastando que sua tarefa seja mais árdua, os defensores são alvos, digamos, de uma má vontade bem refletida na imprensa, por se contraporem à animosidade da opinião pública contra os seus clientes.

Ainda que não assegurem, necessariamente, a inocência de tal ou qual acusado, numerosas contestações pareceram muito mais convincentes, em pontos importantes, do que as respectivas acusações.

Na maioria desses casos, a defesa se mostrou mais apoiada do que a acusação em testemunhos e depoimentos tomados pelo inquérito, assim como em documentos e fatos provados ou comprováveis.

Com isso, outros pontos importantes da acusação estão ainda mais em aberto. É o caso, crucial, do mensalão como múltiplos pagamentos para assegurar votos ao governo na Câmara ou como dinheiro para gastos de campanha eleitoral.

A acusação não comprova a correspondência entre as quantias entregues a deputados e os votos na Câmara. Nem, sobretudo, a relação entre os pagamentos com valores tão diferentes e os votos que teriam o mesmo peso na contagem.

Não fica resolvida também, na acusação, a afirmada finalidade de compra de votos na Câmara e o dinheiro dado, por exemplo, aos leais deputados petistas Professor Luizinho e João Paulo Cunha, entre outros bem comportados aliados do governo também agraciados.

E houve, ainda, dinheiro destinado a seções partidárias estaduais, que nada tinham a ver com votações de interesse federal.

A afirmação de compra de votos, sustentada pelo procurador-geral Roberto Gurgel, foi tomada à CPI dos Correios por seu antecessor, Antonio Fernando de Souza, para formular a denúncia ao Supremo Tribunal Federal, há cinco anos.

A afirmação prevaleceu na CPI, porém, por conveniência política da oposição, e não porque os fatos apurados a comprovassem. Acertos de campanha eram muito mais coerentes com o constatado pela CPI. E já figuravam nas acusações de Roberto Jefferson, quando admitiu também haver recebido do PT, para o PTB e para candidatos petebistas.

Outro exemplo de afirmação fundamental e em aberto, porque construída de palavras e não de comprovações, está na acusação agora apresentada por Roberto Gurgel ao STF: “Foi José Dirceu quem idealizou o sistema ilícito de formação da base parlamentar de apoio ao governo mediante pagamento de vantagens indevidas” -e segue.

Seriam indispensáveis a indicação de como o procurador-geral soube da autoria e a comprovação de que José Dirceu “idealizou” o “sistema ilícito”. Não só por se tratar de acusação com gravidade extrema.

Ocorre que o “sistema ilícito” foi aplicado já em 1998 por Marcos Valério, com suas agências de publicidade, e pelo Banco Rural para a frustrada reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas. Foi o chamado “mensalão do PSDB”, descrito pela repórter Daniela Pinheiro, como já indicado aqui, na revista “piauí” deste mês.

Logo, para dar fundamento às palavras do procurador-geral Roberto Gurgel, só admitindo-se que José Dirceu “idealizou” tudo uns cinco anos antes do mensalão do PT. E, melhor ainda, que “idealizou” o “sistema ilícito” para beneficiar o PSDB de Eduardo Azeredo, hoje senador ainda peessedebista.

Os votos dos ministros do Supremo não suscitam expectativa só por carregarem consigo a absolvição e a condenação, mas pela maneira como encarem as divergências perturbadoras entre acusação e defesas.

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 13 Aug 2012 04:37 AM PDT



Veja aqui o que o Partido da Imprensa Golpista (PIG- Partido da Imprensa Golpista) não mostra!


TESE É DO JURISTA CELSO BANDEIRA DE MELLO; LEIA SUA ENTREVISTA À REVISTA CONSULTOR JURÍDICO

Do Sintonia Fina - 13 de Agosto de 2012 às 05:21

Estrela do direito administrativo, o jurista Celso Bandeira de Mello falou sobre o processo do mensalão. Leia trechos de sua entrevista ao repórter Elton Bezerra, da revista Consultor Jurídico,, na qual ele também falou sobre meios de comunicação e os governos Lula e FHC:

ConJur — Como que o senhor vê o processo do mensalão?
Celso Antônio Bandeira de Melo − Para ser bem sincero, eu nem sei se o mensalão existe. Porque houve evidentemente um conluio da imprensa para tentar derrubar o presidente Lula na época. Portanto, é possível que o mensalão seja em parte uma criação da imprensa. Eu não estou dizendo que é, mas não posso excluir que não seja.

ConJur − Como o senhor espera que o Supremo vá se portar?

Bandeira de Melo − Eu não tenho muita esperança de que seja uma decisão estritamente técnica. Mas posso me enganar, às vezes a gente acha que o Supremo vai decidir tecnicamente e ele vai e decide tecnicamente.

ConJur − O ministro Eros Grau disse uma vez que o Supremo decidia muitos casos com base no princípio da razoabilidade e não com base na Constituição. O que o senhor acha disso?

Bandeira de Melo − Pode até ser, mas eu acho que muitas vezes quem decide é a opinião pública.

ConJur – E o que o senhor acha disso?
Bandeira de Melo – Péssimo. A opinião pública é a opinião da imprensa, não existe opinião pública. Acho muito ruim decidir de acordo com a imprensa.
ConJur – E como o senhor avalia a imprensa?

Bandeira de Melo − A grande imprensa é o porta-voz do pensamento das classes conservadoras. E o domesticador do pensamento das classes dominadas. As pessoas costumam encarar os meios de comunicação como entidades e empresas cujo objetivo é informar as pessoas. Mas esquecem que são empresas, que elas estão aí para ganhar dinheiro. Graças a Deus vivemos numa época em que a internet nos proporciona a possibilidade de abeberarmos nos meios mais variados. Eu mesmo tenho uma relação com uns quarenta sites onde posso encontrar uma abordagem dos acontecimentos do mundo ou uma avaliação deles por olhos muito diversos; que vai da extrema esquerda até a extrema direita. Não preciso ficar escravizado pelo que diz a chamada grande imprensa. Você pega a Folha de S.Paulo e é inacreditável. É muito irresponsável. Eles dizem o que querem, é por isso que eu ponho muita responsabilidade no judiciário.

ConJur – O que o Judiciário deveria fazer?
Bandeira de Melo − Quando as pessoas movem ações contra eles, contra os absurdos que eles fazem, as indenizações são ridículas. Não adianta você condenar uma Folha, por exemplo, ou uma Veja a pagar R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil. Isso não é dinheiro. Tem que condenar em R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Aí, sim, eles iriam aprender. Do contrário eles fazem o que querem. Lembra que acabaram com a vida de várias pessoas com o caso Escola Base? Que nível de responsabilidade é esse que você acaba com a dignidade das pessoas, com a vida das pessoas, com a saúde das pessoas e fica por isso mesmo? Essa é nossa imprensa.

ConJur − O senhor é a favor da diminuição da maioridade penal?
Celso Antônio Bandeira de Melo − Não consigo ser porque a vida inteira eu fui contra, mas hoje eu balanço. Eu era firme como uma rocha, achava um absurdo, achava que era necessário dar boas condições de vida para as crianças. Claro que devemos fazer isso, mas enquanto existir televisão e não for permitida a censura, nós vamos ter a continuidade dessa violência e as crianças vão assistir violência.

ConJur − O senhor é a favor da censura na TV?

Bandeira de Melo − Sou absolutamente a favor. Sou contra a censura ideológica. Essa eu sou visceralmente contra. Mas a censura de costumes eu sou a favor.

ConJur − Como seria essa censura de costumes?

Bandeira de Melo − Todo mundo é [a favor], só que não tem coragem de dizer. Você é a favor de passar filmes pedófilos na televisão? Eu não sou. Mas se passasse você se sentiria como? Você é a favor de censurar. As pessoas não têm coragem de dizer, porque depois do golpe virou palavrão ser a favor da censura. Você é a favor que passe um filme que pregue o racismo, não importa que tipo de racismo, nem contra que povo? Todo mundo é a favor da censura, mas as pessoas não têm coragem de dizer por que não é politicamente correto.

ConJur − E a quem caberia exercer essa censura?

Bandeira de Melo − Não precisa ser de funcionário público. Um corpo da sociedade escolhido por organismos razoavelmente confiáveis, como a OAB e certas entidades de benemerência.

ConJur – Mas a censura não é vedada pelas leis do país?

Bandeira de Melo − Você diria que é proibido. Eu diria que não é tão proibido assim. Pegue a Constituição e veja o que ela diz a respeito da defesa da criança, inclusive na televisão. Portanto, seria perfeitamente possível, mas a palavra ficou amaldiçoada.

ConJur – Por que deveria haver censura?
Bandeira de Melo − A imprensa escolhe o que noticia e usa uma merda de argumento que diz o seguinte: “Nós não somos responsáveis por essas coisas, isso existe, são os outros que fazem isso. Só estamos contando, nada mais.” Se fosse por isso, a humanidade não teria dado um passo, porque a humanidade adorava ver os cristãos sendo devorados pelos animais ou os gladiadores se matando. A humanidade adorava ver as supostas feiticeiras sendo queimadas. A humanidade sempre gostou de coisas de baixo nível e vis. Dizer que tem gente que gosta de assistir esses programas ordinários não é argumento válido. Você diz esse mesmo argumento para passar e acabou. A imprensa poderia dar notícias de coisas maravilhosas. Existe muita gente boa, que fazem coisas excelentes. Não. Ela noticia só o que há de pior, e você fica intoxicado por aquilo no último grau.

ConJur − O senhor acha que a imprensa deveria ser obrigada a noticiar outras coisas?

Bandeira de Melo − Acho que não dá para tolher a liberdade das pessoas nesse nível. Deveria haver uma regulamentação da imprensa importante.

ConJur − Em todos os meios: impresso, eletrônico?

Bandeira de Melo − Todos. De maneira que os que trabalham, os empregados, deveriam ter uma participação obrigatória e importante. O dono do jornal, da televisão tem direito ao dinheiro daquele lugar, mas não às opiniões. Porque do contrário não há mais a liberdade de pensamento. Há liberdade de meia dúzia de caras. O pensamento é dos que produzem o jornal, é dos jornalistas. Não é um problema de censura, é um problema de não entregar o controle a uma meia dúzia de famílias. Abrir para a sociedade, abrir para os que trabalham no jornal, ou na rádio ou na televisão, para que eles possam expressar sua opinião. E haver, sim, um controle ético de moralidade e impedir certas indignidades.

ConJur − Algum exemplo de uma indignidade cometida pela imprensa?

Bandeira de Melo − Mostrar crianças sendo torturadas ou mostrar corpos dilacerados. Isso incentiva [a violência], sim. O ser humano não é bonzinho. Você não tem que incentivar a maldade. Porque os EUA são desse jeito? Eles exportam para nós tudo o que há de pior. A boa imagem dos EUA no mundo quem dá é o cinema. Porque o cinema deles tem coisas muito humanas, muito boas também. Para cá vem o lixo, o povo gosta do lixo.

ConJur − Na época do governo FHC havia um grande número de ações por improbidade administrativa, e de certa forma, durante o governo do PT isso deu uma diminuída. O senhor acha que o Ministério Público amadureceu, houve alguma mudança?
Bandeira de Melo − No governo do Fernando Henrique houve muita corrupção, e essas ações eram uma demonstração disso. Houve corrupções confessadas, por exemplo, foi gravado o senhor Fernando Henrique dizendo que podia usar o nome dele numa licitação. O que aconteceu com ele? Nada. Ele está endeusado pela imprensa. Nada. O senhor Menem andou uma temporada na cadeia, o senhor Fujimori está [na prisão] até hoje, e com ele [FHC] nem isso aconteceu. Não estou dizendo que era para ele ir para a cadeia ou não. Mas foi um crime e não aconteceu nada. Olha os dois pesos e duas medidas. Pegaram aquele italiano [Salvatore Cacciola] e meteram na cadeia. Ele ficou algum tempo e agora está solto.

ConJur – E no governo Lula?

Bandeira de Melo − As pessoas podem dizer o que quiserem a respeito dele, mas só não se podem renegar fatos: 30 milhões de pessoas foram trazidas das classes D e E para as classes B e C. Basta isso para consagrar esse homem como o maior governante que esse país já teve na história. Mas não só isso. Foi, portanto, a primeira vez que começaram a ser reduzidas as desigualdades sociais, que a Constituição desde 1988 já mandava. E veja outro fenômeno tão típico: olha o ódio que certos segmentos da classe média têm deste governante, deste político. É profundo, visceral. É o ódio daqueles que não suportam alguém de origem mais modesta estar equiparado a ele. (Grifo do ContrapontoPIG)
ConJur − Como o senhor vê a sucessão no STF, com a proximidade da aposentadoria dos ministros Ayres Britto e Cezar Peluso?

Bandeira de Melo − Não tenho a menor expectativa a respeito de quem vem e quem não vem. Claro que eu queria um candidato, todo mundo sempre tem um. Mas o que eu penso não interessa.

ConJur − O senhor já leu as poesias do ministro Ayres Britto?

Bandeira de Melo − Claro. Gosto delas. São poesias despretensiosas como ele. O Carlos é uma pessoa maravilhosa, não é só um grande ministro, um grande juiz, um grande constitucionalista. Ele fez mestrado em Direito Constitucional com um ex-assistente meu, Celso Bastos. O Carlos eu já conhecia e fez Direito Administrativo, que era cadeira obrigatória, comigo. Nós já tínhamos um relacionamento pessoal muito bom. À noite em casa o Carlos tocava violão. Ele é um ser humano maravilhoso, e isso é a coisa mais importante que existe. Ele é uma pessoa para se tirar o chapéu. Se eu fosse espírita, diria que o Carlos não reencarna mais. Ele vai direto, de tão perfeito que é.

Sintonia Fina
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 13 Aug 2012 04:34 AM PDT
Petista representa contra PGR por material que prejulga réus do chamado mensalão

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) entrou hoje (9) com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a Procuradoria Geral da República (PGR), comandada por Roberto Gurgel. A ação questiona a divulgação pelo órgão, em seu site, de material didático destinado a crianças que “condena antecipadamente os réus da Ação Penal 470” (denominada pela mídia de “mensalão”).  
“É um acinte o Procurador Geral apoiar e promover uma peça de propaganda condenando os réus antes da decisão final do Supremo Tribunal Federal. Esse papel não cabe ao Ministério Público e muito menos o senhor Roberto Gurgel tem poder constitucional para fazer isso”, afirmou Vaccarezza.
Na representação o parlamentar alega que o conteúdo direcionado ao público infantil (“Turminha do MPF”) “não traz caráter educativo, informativo ou de orientação social, contrariando o §1º, do art. 37, da Constituição”. Segundo Vaccarezza, as informações prestadas pelo site também ferem “inúmeros preceitos constitucionais relacionados à presunção de inocência e ao devido processo legal”.
Na representação proposta ao CNMP, Cândido Vaccarezza pede ainda que o órgão tome as providências necessárias para “impedir ou remediar a carnavalização de um assunto tão sério, que é o julgamento de AP 470”. “Não será influenciando crianças e jovens que uma denúncia será ou não acolhida, será ou não procedente!”, apontou o deputado na ação.
Além dessas alegações, Vaccarezza também afirma que a atitude do Procurador Geral pode ter consequências eleitorais. “Essa atitude pode, inclusive, ter repercussão no processo eleitoral em curso no país, o que também poderia ter ocorrido caso Gurgel tivesse denunciado o ex-senador Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira ainda em 2009, quando eles foram investigados pela Polícia Federal. Mas isso ele não fez!”, observou o parlamentar.  
Roberto Gurgel responde a acusação no Conselho Nacional do Ministério Público, por supostamente ter prevaricado ao não denunciar o ex-senador cassado Demóstenes Torres (ex-DEM/GO), após a Operação Vegas da Polícia Federal. A ação investigou as atividades ilegais do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e naquela época já envolvia o ex-senador goiano. A iniciativa da representação no CNMP é do senador alagoano Fernando Collor (PTB).
Héber Carvalho



De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:480 comentários

Do Blog TERRA BRASIL.
Posted: 13 Aug 2012 04:25 AM PDT


As socialites, leia-se desocupadas, paulistas destilam todo seu desconhecimento, arrogância e preconceito sobre o que acontece no Brasil. Saiu na coluna da Mônica Bergamo de domingo, dia 12.

Clientes da Daslu e do JK Iguatemi comentam o julgamento do mensalão


Marcella Tranchesi, filha de Eliana Tranchesi,
dona da Daslu, morta em fevereiro.

Na tarde de terça-feira, dia 7, um grupo de empresárias, socialites e “descoladas” de São Paulo assistia ao desfile de lançamento da nova coleção de verão da Daslu, no shopping Cidade Jardim. Naquele momento, o STF (Supremo Tribunal Federal) realizava a segunda sessão para ouvir os advogados dos réus do “mensalão”.
Em 2005, no auge do escândalo, o maior da era Lula, a dona da butique, Eliana Tranchesi, foi presa por suspeita de sonegação. A investigação que atingiu a empresária, ícone do luxo, foi interpretada por sua clientela como retaliação, uma forma de o governo desviar a atenção. Eliana morreu em fevereiro, sem que seu julgamento, ao contrário do “mensalão”, chegasse ao fim.
A Daslu foi vendida, mas conserva parte da freguesia. Que torce, de forma quase unânime, pela prisão dos principais réus.
“Chego em casa à noite e leio quem falou que mentira. Fico nervosa e não consigo dormir”, diz Marcela Tranchesi, 21, filha da empresária. “O ideal é que todos sejam condenados. Não digo os 38 [réus], não sei se todos são culpados. Mas muitos.”
“Eu tenho nojo! Fico com a Carminha [da novela Avenida Brasil, da Globo], não com o Zé Dirceu!”, diz a socialite Anna Maria Corsi, 71.
Carolina Pires de Campos incentiva a amiga a continuar: “E o que é o ‘mensalão’, Anna?”. “Sabe o que é isso? É nordestino querer fazer alguma coisa em São Paulo”, responde Anna. “E é erradíssimo. Eles têm de ficar lá, em Garanhuns [cidade de Lula], lá no fuuundo do Pernambuco, lá no fuuundo do Ceará. Aqui, não, aqui é de paulista e de paulistano. É por isso que isso está acontecendo”.
A coluna lembra que há vários paulistas no “mensalão”. “Ah, claro…”, diz ela, para arrematar: “Eu não gosto do [José] Serra. Aqui, nós precisamos é de pessoas como o Fernando Henrique!”.
Carolina Pires interrompe Anna. “Deixa eu falar uma coisa. Meus filhos eram petistas, assim, fanáticos. Eu tenho um filho juiz, outro advogado, que não é mais petista. Aliás, a pessoa que eu mais adoro é a [Luiza] Erundina [PSB/SP]. Eu já gostava [antes de ela desistir de ser candidata a vice-prefeita de Fernando Haddad por causa da aliança do PT com Paulo Maluf]. Agora, mais ainda. Sou apaixonada por ela.”
Mas, apesar da torcida contra os “mensaleiros” e da intensa cobertura que a imprensa tem dado ao julgamento, a maioria não perde muito tempo com o assunto.
Marcela Tranchesi, por exemplo, comentava com as amigas que começou a correr pelas manhãs no parque do Povo, no Itaim. “Quero ter corpo para usar um vestido de tricô que vi no desfile.”
A estilista Mirelle Moreno, 24, que desenha roupas masculinas para a Daslu, comentava como é difícil fazer uma coleção com equipe enxuta. “É capaz que peguem esses 40 e poucos ladrões, mas o Ali Baba, que é o Lula, não vai cair”, disse à coluna, voltando logo aos comentários sobre sua coleção.
A radialista Stephanie Choate, 26, repórter do programa de Otávio Mesquita, telefonava para a mãe, que também estava na loja, mas em outro ambiente. “Vou entrar no provador de jeans, não está essa bagunça, tá vazio.”
Provocada pela coluna, diz que está atenta. “Estou totalmente disposta a ir para a rua, lutar por isso [a condenação]. É um arrependimento não ter nascido a tempo de ser uma cara-pintada [jovens que protestavam contra o governo Fernando Collor].” Duas estudantes de moda concordam: “Mas para pintar a cara, passaríamos antes na Sephora [loja de cosméticos francesa], né, amiga?”.
A produtora Gabriela Bucciarelli, 21, iria junto. “Não sou de algazarra, mas se ninguém for condenado, é o caso de ir até Brasília.”
A stylist polonesa Ela Pruszynska, 45, é casada com um brasileiro e mora em São Paulo há dois anos. Diz que não tem a menor ideia do que é o “mensalão”. “É uma coisa grave?”
“Não vejo cobrança no meu meio. As pessoas não se importam muito com o assunto”, diz Irene Martins, superintendente comercial, tomando champanhe numa pequena garrafa enquanto aguardava o desfile. “São todos [os políticos] farinha do mesmo saco.” “A gente torce [pela condenação], mas vai dar pizza”, dizia a arquiteta Gilda Arantes, com uma água perfumada para roupas de R$59,00 na sacola.
Guiando um carrinho de supermercado cheio de peças, a designer de joias Renata Camargo, 54, dizia que emagreceu e que por isso merece “um guarda-roupa novo”. Ela era uma das poucas que, naquela tarde, destoava da torcida. “A Dilma não sabia de nada [do “mensalão”]. E o Lula sabia pouco. Para mim, ele foi uma revelação. Antes dele, eu era contra o PT. Agora eu sou PT. É uma novela velha, mas temos de acompanhar.”
O marido de uma tradicional cliente da Daslu, empresário que tem concessão do governo e se aproximou do PT na era Lula, relatou à coluna que quase “apanhou” no casamento de um amigo, na igreja Nossa Senhora do Brasil, nos Jardins. “Quase quebrei o pescoço, de tanta tensão”, disse, pedindo que seu nome não fosse revelado.
Na festa, ele foi cobrado por ser amigo de alguns dos réus, que eram chamados de “ladrões, bandidos”. “Eu tentava argumentar, mas não deixavam. Principalmente as mulheres.” Elevou a voz e, segundo relata, afirmou: “Vocês querem fazer um bullying na era Lula”.
Diz que não negou a existência do “mensalão”, mas argumentou que não ocorreu apenas no governo do PT. “Eu disse: ‘Gente, nós estamos numa sala de aula. A classe toda tá colando. E agora estamos querendo pegar um aluno, aquele barbudo, com a voz rouca, que não tem um dedo, e expulsá-lo da sala. Isso é bullying puro, bullying da elite branca, que aliás também ‘cola’ na prova.”
Alguém lembra que uma consultoria [Tax Justice Network] calcula que em 40 anos os brasileiros depositaram cerca de R$1 trilhão em paraísos fiscais.
Nada funciona. Ele diz que apelou então para o pragmatismo. “Eu disse: ‘Gente, temos de pensar: nós ganhamos muito dinheiro na era Lula. E ele pode voltar. O que vai achar de tudo isso?’.” Os homens, ao menos, cederam.
No dia seguinte, do outro lado da marginal Pinheiros, em outro shopping, o JK Iguatemi, a Lool lançava a sua coleção de acessórios de verão. Amigas e clientes de Luiza Setubal, filha de Olavo Setubal Jr., se dirigiam para a loja. Alessandra Gabor, 29, redatora do blog da Lool, disse à coluna que estava achando o julgamento “banal, mas dentro do esperado”. “O [apresentador] Marcelo Tas colocou hoje no ‘Face’: no Brasil a realidade supera a ficção.”
Carmem Luzia, 55, passeava no shopping com sacolas da Le Lis Blanc e da Calvin Klein. “O ‘mensalão’ podia acontecer com qualquer partido”, opinou a dona de casa. E se disse confiante. “Ministra Cármen Lúcia [do STF]? Não conheço. Mas eu gosto daquele [ministro] Gilmar. Mendes, né? Ele tem pulso firme, não vai deixar o povo sair de fininho.”
No Blog Limpinho & Cheiroso

Posted: 13 Aug 2012 04:21 AM PDT
Posted: 13 Aug 2012 04:08 AM PDT


Esta imagem significa aquilo que a Veja representa para o jornalismo, mas serve também para indicar que a redação do semanário da Abril tinha um editor chefe laranja, o senhor Policapo Jr., que dava expediente em nome de Carlinhos Cachoeira
Policarpo e Veja pediram grampo ilegal a Cachoeira

CAPA DE CARTA CAPITAL APONTA LIGAÇÕES MAIS DO QUE PERIGOSAS ENTRE O CHEFE DA SUCURSAL DA REVISTA VEJA EM BRASÍLIA, POLICARPO JÚNIOR, E O BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA; NUMA DAS CONVERSAS, POLICARPO, QUE ERA CHAMADO DE "CANETA" PELO CONTRAVENTOR, PEDE A ELE QUE LEVANTE LIGAÇÕES DO DEPUTADO JOVAIR ARANTES, QUE CONCORRE À PREFEITURA DE GOIÂNIA; SEGUNDO A REPORTAGEM, HÁ PROVAS CONCRETAS DE QUE VEJA DEFENDIA INTERESSES DO BICHEIRO

247 – Neste fim de semana, a revista Veja publicou uma reportagem, em tom indignado, denunciando uma "farsa" protagonizada por Andressa Mendonça, esposa de Carlos Cachoeira. Como se sabe, Andressa ameaçou o juiz Alderico Santos com a publicação de um dossiê negativo em Veja, pelas mãos do jornalista Policarpo Júnior, e só não foi presa porque pagou uma fiança de R$ 100 mil – em dinheiro vivo. Na reportagem, falava-se que "Veja não faz nem publica dossiês".

Era meia verdade e, portanto, meia mentira. Veja publica, mas não faz dossiês. Até recentemente, terceirizava a produção dessas peças ao bicheiro Carlos Cachoeira. E a prova está numa reportagem de Carta Capital deste fim de semana, em que Policarpo Júnior pede a Cachoeira que grampeie o deputado Jovair Arantes, do PTB, que hoje é candidato à prefeitura de Goiânia.

Eis um trecho da conversa captada pela Operação Monte Carlo entre Policarpo e Cachoeira, do dia 26 de julho do ano passado:

Policarpo – É o seguinte, não, eu queria te pedir uma dica, você pode falar?

Carlinhos – Pode falar.

Policarpo – Como é que eu levanto aí uma ligaçóes do Jovair Arantes, deputado?

Carlinhos – Vamos ver, uai. Pra quando,que dia?

Policarpo – De imediato, com a turma da Conab.

Carlinhos – O Neguinho.

Policarpo – Hã?

Carlinhos – Deixa eu ver com ele, o Neguinho, vou falar para ele te procurar aí.

Foi também a Cachoeira que Veja recorreu para obter as imagens do Hotel Naoum. Dias atrás, o senador Fernando Collor definiu Policarpo Júnior como "quadrilheiro". Sua convocação à CPI do Congresso será votada na próxima semana.

Abaixo, a íntegra do grampo da PF publicado por Carta Capital:

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Postado por Palavras Diversasàs 20:30 
Do Blog Palavras Diversas
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