quarta-feira, 10 de abril de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Juízes dizem que Barbosa é agressivo, grosseiro e desrespeitoso


SARAIVA 13


Sofismas neoliberais

Posted: 09 Apr 2013 03:36 PM PDT

 

 

 

Sem medo de cometer injustiças, mas sempre no exercício livre da opinião, afirmo que Luís Fernando Veríssimo é o maior e melhor dos cronistas em atividade na mídia nacional, não apenas pelo sabor que imprime ao seu texto, mas também pela visão do mundo que revela, como alguém permanentemente atento à realidade e às suas estranhas – e muitas vezes perversas – contradições.


Estava aqui relendo uma crônica que ele escreveu em 24.03.2000 – lá se vão 13 anos - , intitulada "Silogismo". Veríssimo tratava, então, de um posicionamento do governo tucano de FHC, que assegurava não poder dar aos trabalhadores um salário-mínimo que corrigisse as perdas de então, porque isso "comprometeria o programa de estabilização do Governo, quebraria a Previdência, inviabilizaria o país". Era o mantra neoliberal daquela época, que rotulava de irresponsáveis e demagogos quem pensava o contrário.

Veríssimo argumentava, então, com o que denominou "um silogismo bárbaro": se o salário-mínimo concedido não dava para boa parte da população viver dignamente e se não havia como mudar o panorama (na visão do Governo), uma parcela ponderável do povo estaria condenada "a uma subvida perpétua", por força de uma política que, subserviente a interesses financeiros internacionais, fundamentava-se na miséria...


Essas e outras visões do pessoal tucano acabaram por desmascarar os milagres que então se apregoavam. Um deles: um "plano real" que era apresentado como produto genuinamente nacional – com direito a heróis e tudo mais - quando, na realidade, era uma necessidade/imposição do mercado globalizado, tanto que, em um passe de mágica, todas as economias de alguma relevância no planeta tiveram então a inflação estabilizada...


Os governos que se seguiram - fruto da saudável decisão popular nas urnas que, quando convém, os demotucanos esquecem - não chegaram a inverter , infelizmente, essa postura de subserviência a um mercado infame em que especuladores, empreiteiros e banqueiros ainda dão as cartas. Conseguiram, no entanto, medidas pontuais que, aqui e ali, estão atuando no sentido de diminuir a perversidade do sistema entre nós, com políticas públicas que apontam para a preocupação com os menos favorecidos. Estão aí as diversas "bolsas" que a direita tanto abomina ("Como podem gastar o meu dinheiro com esse bando de desocupados?"); está aí o sistema de cotas que provoca a ira pouco santa das elites ("Isso está estimulando o preconceito racial !"); estão aí, agora, os direitos concedidos às empregadas domésticas secularmente exploradas ("Mas isso vai provocar muitas demissões e um descontrole no âmbito familiar!").

Não é preciso ser petista, lulista ou qualquer outro ista para perceber a diferença que existe entre o Brasil de hoje e o de então. E, invariavelmente, quando se tenta estabelecer esse paralelo, surge aquela pergunta orquestrada, para fugir do assunto: "Mas... e o mensalão?".


A pergunta traz embutida, de modo subliminar, a tentativa de fazer vingar uma tese esquisita, beirando a paranoia : a de que o pessoal que se preocupa com as necessidades populares é essencialmente corrupto... A pergunta desconhece a história desse país, desde as Capitanias hereditárias, desconhece as folclóricas frases do "Roubo mais faço" de próceres paulistas, desconhece a corrupção no regime militar das obras faraônicas, desconhece (ou finge desconhecer) a Privataria tucana, o mensalão mineiro (também tucano); desconhece/esquece a nunca apurada, mas sempre denunciada, compra de votos para reeleição de um Presidente da República (o que equivaleu a quatro anos de poder e de manutenção de interesse econômicos que é fácil adivinhar...).

O perverso silogismo de Veríssimo volta a atacar, agora, sob nova roupagem, mas com os mesmos atores, diante de posturas e medidas governamentais. Se a Presidenta menciona que o mais importante para o país é a preservação e o incremento das conquistas sociais, as cassandras de plantão apontam para o "nervosismo do mercado", que, "preocupado", vê nessas palavras o perigo da "volta da inflação"... Uma chantagem, um estelionato ideológico, que a mídia comprometida repete à exaustão...

No momento em que o país atinge o menor nível de desemprego desde que ele é medido, esse dado, ao invés de ser tratado com o louvor que realmente merece, é sutilmente apresentado como "preocupante", porque inibe a produtividade, vira custo para a indústria em função da valorização do empregado, "freia o PIB", "trava o crescimento". Ou seja, o pessoal neoliberal, coerente na sua perversidade, não muda mesmo. Para eles, o bom seria ter sempre à mão uma boa "reserva de mão de obra", que alguns economistas de plantão a serviço dos exploradores chamam de "estoque", reduzindo homens a coisas...

Felizmente, do lado de cá , o Veríssimo e sua visão do mundo também não mudam. E, como ele, pensam muitos dos cidadãos que, famosos ou desconhecidos, constituem o povo brasileiro. Se estivesse entre os vivos, Gonzaguinha responderia a esse pessoal que anseia pelo desemprego com os versos da sua composição "Um homem também chora": "Um homem se humilha / Se castram seu sonho / Seu sonho é sua vida / E vida é trabalho / E sem o seu trabalho / Um homem não tem honra / E sem a sua honra / Se morre, se mata / Não dá pra ser feliz / Não dá pra ser feliz.

Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil. Direto da Redação
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE

Juízes dizem que Barbosa é agressivo, grosseiro e desrespeitoso

Posted: 09 Apr 2013 03:32 PM PDT


Associações de juízes criticam postura de Barbosa 

Após reunião tensa com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, nessa segunda-feira (8/4), três entidades de classe da magistratura emitiram uma nota de esclarecimento sobre a criação de novos tribunais regionais federais. Durante a audiência, o ministro criticou a aprovação no Congresso da PEC 544/2002, que prevê a instalação de mais quatro TRFs, e as próprias entidades. O texto é assinado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, a Associação dos Juízes Federais do Brasil e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho.
De acordo com a nota, o ministro Barbosa "agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa". As entidades também defendem a necessidade e a instalação dos novos TRFs, proposta que tramitou por mais de uma década no Congresso. Segundo as associações, os deputados e senadores tiveram total liberdade para decidir sobre a matéria, como estabelece a Constituição Federal.
A nota ainda reitera que "as pessoas passam e as instituições permanecem. A história do Supremo Tribunal Federal contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes".
Em outra nota, publicada pela Ajufe, são listados números para justificar a necessidade dos quatro novos TRFs. De acordo com a associação, o Conselho Nacional de Justiça teve conhecimento, em diversas oportunidades, sobre o interesse de aumentar a quantidade de tribunais regionais federais e a PEC 544/2002.
O texto também afirma que é incorreta a afirmação de que os novos TRFs custarão R$ 8 bilhões aos cofres públicos. "Segundo dados da Lei Orçamentária de 2013, todo o orçamento da Justiça Federal, incluindo 1º e 2º graus, é de R$ 7,8 bilhões", diz. A viabilidade financeira da PEC 544/2002, de acordo com a nota, foi comprovada por estudos técnidos do Conselho da Justiça Federal.
Leia a nota:
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), entidades de classe de âmbito nacional da magistratura, considerando o ocorrido ontem (8) no gabinete do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), vêm a público manifestar-se nos seguintes termos:

1. O presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, agiu de forma desrespeitosa, premeditadamente agressiva, grosseira e inadequada para o cargo que ocupa.

2. Ao permitir, de forma inédita, que jornalistas acompanhassem a reunião com os dirigentes associativos, demonstrou a intenção de dirigir-se aos jornalistas, e não aos presidentes das associações, com quem pouco dialogou, pois os interrompia sempre que se manifestavam.

3. Ao discutir com dirigentes associativos, Sua Excelência mostrou sua enorme dificuldade em conviver com quem pensa de modo diferente do seu, pois acredita que somente suas ideias sejam as corretas.

4. O modo como tratou as Associações de Classe da Magistratura não encontra precedente na história do Supremo Tribunal Federal, instituição que merece o respeito da Magistratura.

5. Esse respeito foi manifestado pela forma educada e firme com que os dirigentes associativos portaram-se durante a reunião, mas não receberam do ministro reciprocidade.

6. A falta de respeito institucional não se limitou às Associações de Classe, mas também ao Congresso Nacional e à Advocacia, que foram atacados injustificadamente.

7. Dizer que os senadores e deputados teriam sido induzidos a erro por terem aprovado a PEC 544, de 2002, que tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados ofende não só a inteligência dos parlamentares, mas também a sua liberdade de decidir, segundo as regras democráticas da Constituição da República.

8. É absolutamente lamentável quando aquele que ocupa o mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro manifeste-se com tal desprezo ao Poder Legislativo, aos Advogados e às Associações de Classe da Magistratura, que representam cerca de 20.000 magistrados de todo o país.

9. Os ataques e as palavras desrespeitosas dirigidas às Associações de Classe, especialmente à Ajufe, não se coadunam com a democracia, pois ultrapassam a liberdade de expressão do pensamento.

10. Como tudo na vida, as pessoas passam e as instituições permanecem. A história do Supremo Tribunal Federal contempla grandes presidentes e o futuro há de corrigir os erros presentes.

Brasília, 9 de abril de 2013.

NELSON CALANDRA
Presidente da AMB

NINO OLIVEIRA TOLDO
Presidente da Ajufe

JOÃO BOSCO DE BARCELOS COURA
Presidente em exercício da Anamatra

Leia a nota sobre os TRFs:

A Associação dos Juízes Federais do Brasil – Ajufe, entidade de classe de âmbito nacional da magistratura federal, a propósito das declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), em reunião com entidades de classe da magistratura brasileira, aberta a jornalistas, na qual Sua Excelência afirmou que houve uma movimentação "sorrateira", "de surdina" e "açodada" pela aprovação da PEC 544/2002, que cria quatro novos tribunais regionais federais, vem a público apresentar os seguintes esclarecimentos:

1. Em primeiro lugar, em relação à PEC 544/2002, a Ajufe repudia a acusação de que houve atuação "sorrateira" em favor de sua aprovação. Ao longo de mais de uma década em defesa da PEC, a atuação da Associação sempre foi republicana, aberta e transparente, dialogando com todos os segmentos do Poder Judiciário, da sociedade civil organizada e da imprensa.

2. A Ajufe e os juízes federais produziram estudos consolidados em notas técnicas e cartilhas; publicaram dezenas de artigos em jornais de grande circulação e participaram de diversos seminários, audiências e atos públicos, com o objetivo de demonstrar os fundamentos técnicos em favor da PEC.

3. Em segundo lugar, soa estranho que se chame de açodada a aprovação de um projeto de emenda constitucional que tramita há 11 (onze) anos e 7 (sete) meses no Congresso Nacional, em procedimento público, que contou com amplos e aprofundados debates, seja nas comissões, seja nos plenários do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

4. Em terceiro lugar, é inverídico afirmar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não teve conhecimento ou oportunidade de apreciar a PEC 544/2002. Em julgamento realizado na 98ª sessão ordinária, no dia 09/02/2010, nos autos do processo nº 0200511-29.2009.2.00.0000, acolhendo, por maioria, proposta do então Conselheiro Leomar Barros, o CNJ deliberou pela emissão de uma nota técnica em favor da criação dos novos tribunais federais.

5. A expansão e a descentralização do 2º grau da Justiça Federal, com a criação de novos tribunais, é uma necessidade premente, uma vez que o número de juízes federais na 1ª Instância cresceu 668% (seiscentos e sessenta e oito por cento) entre 1987 e 2013, passando de 277 (duzentos e setenta e sete) para 2.129 (dois mil cento e vinte e nove), enquanto o número de integrantes do 2º grau, entre 1989 a 2012, cresceu somente 89% (oitenta e nove por cento), passando de 74 (setenta e quatro) desembargadores para 139 (cento e trinta e nove).

6. Segundo dados do "Justiça em Números" do CNJ, edição 2012, a Justiça Federal é o menor dos ramos do Poder Judiciário nacional, com a mais elevada  relação entre o  número de magistrados de 1ª e 2ª graus.

7. Ainda segundo o "Justiça em Números 2012", os desembargadores da Justiça Federal estão submetidos a uma carga individual de trabalho excessiva, muito superior à dos seus colegas das Justiças do Trabalho e Estadual.

8. A combinação de um reduzido número de tribunais e desembargadores com a elevada demanda processual faz do 2º grau da Justiça Federal o mais congestionado dos ramos do Poder Judiciário, como constatou o  "Justiça em Números 2012", conforme se vê do gráfico ao lado.

9. É totalmente incorreta a afirmação de que os novos tribunais vão custar R$ 8 bilhões aos cofres públicos. Segundo dados da Lei Orçamentária de 2013, todo o orçamento da Justiça Federal, incluindo 1º e 2º graus, é de R$ 7,8 bilhões. O 1º grau, que não será ampliado, consome 78,6% desse orçamento, e o 2º grau, que será parcialmente ampliado, 21,4%. Como se vê, os custos serão bem inferiores aos erroneamente alardeados por Sua Excelência.

10. Acerca dos custos, ainda é importante destacar que o Conselho da Justiça Federal (CJF), órgão responsável pela supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal, concluiu, a partir de estudos técnicos (Ofício nº 2012/01822), que a criação dos tribunais proposta por meio da PEC 544/2002 está em conformidade, do ponto de vista orçamentário e financeiro, com os limites da lei de responsabilidade fiscal.

11. Por fim, insinuar que uma associação de classe iludiu o Congresso Nacional é desmerecer e diminuir a capacidade técnica e política do parlamento brasileiro, que possui quadros experientes que jamais se submeteriam a artimanhas dessa natureza.

12. Os esclarecimentos acima resgatam a discussão técnica e republicana que orientou a aprovação da PEC 544/2012, demonstrando a total inconsistência das informações e adjetivações ofensivas veiculadas pelo ministro Joaquim Barbosa.

Brasília, 9 de abril de 2013,

NINO OLIVEIRA TOLDO
Presidente da Ajufe

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Bono Vox para Lula: 'Eu me junto a você para fazer um Bolsa Família planetário'

Posted: 09 Apr 2013 03:20 PM PDT

Na tarde desta terça-feira (9), em Londres, o presidente Lula e o músico irlandês Bono Vox, líder da banda U2, conversaram durante uma hora e falaram sobre o programa Bolsa Família, segurança alimentar, fome na África e, claro, futebol, paixão de ambos.

Bono se aproximou de Lula já há algum tempo, por sua afinidade em lutar pelo fim da fome e da miséria. Ele lidera uma ONG Internacional, chamada ONE, dedicada a esta luta, que atua em países africanos.

A pedido do roqueiro e ativista social, Lula falou dos 30 milhões de pessoas que saíram da miséria no Brasil graças às políticas implantadas em seu governo.

De lápis na mão, Lula fez para Bono um cálculo estarrecedor:

"Some os 9,5 trilhões de dólares gastos para salvar bancos norte-americanos e europeus, depois da crise de 2008, mais os 1,7 trilhões de dólares despejados pelos EUA na guerra do Iraque, e você terá mais de US$ 11 trilhões. Isso significa que os recursos jogados na farra dos bancos e na invasão do Iraque seriam suficientes para montar um mega-programa Bolsa Família que atenderia a todos os pobres do mundo durante 150 anos".

Bono se impressionou e lançou um desafio, para somar esforços do Instituto Lula e da organização não-governamental ONE, criada e dirigida por ele, também voltada para programas contra a fome a miséria na África:

"Você é hoje a única pessoa em condições de liderar uma cruzada internacional para transformar o Bolsa Família num programa planetário, que atenda a todos os pobres do mundo! Vamos, eu me junto a você e fazemos isso juntos!"

Para Bono, depois que o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, com problemas de saúde, retirou-se da politica, Lula converteu-se naturalmente no grande interlocutor mundial dos pobres:

"Lula, você é o único interlocutor capaz de falar com capitalistas e socialistas, com dirigentes dos países ricos e com as lideranças do Terceiro Mundo".

Lula e Bono ficaram de se reencontrar em breve para aprofundar as ações, e já bateram o martelo: os dois estarão juntos nas arquibancadas do novo estádio do Corinthians, na abertura da Copa do Mundo de 2014. (Com informações do Instituto Lula).
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Globo se enforca no 'Mensalão': ou anula condenações, ou a TV irá para a forca junto

Posted: 09 Apr 2013 12:51 PM PDT

O julgamento do "mensalão" (AP-470) entrou numa sinuca de bico, agora que virão os recursos. A base da condenação dos petistas foi que teria havido desvio de dinheiro público da Câmara dos Deputados e da Visanet (aliás é empresa privada). Porém tanto a Câmara dos Deputados como a Visanet tem provas de que o dinheiro foi gasto para fazer anúncios ou patrocínios esportivos e culturais. As provas não se limitam a recibos e notas fiscais, mas também nos próprios anúncios (que foram efetivamente veiculados), principalmente nos mais famosos jornais, revistas e TV`s do Brasil. E estão registradas para todo mundo conferir nas páginas impressas e nos videotapes.

Sabe-se lá porquê, a maioria dos ministros do STF, ignorou essas provas apresentadas pela defesa, atestadas por laudos de auditoria, e tratou tudo como se fosse dinheiro desviado.

Pois bem, agora só tem um jeito: inocentar quem foi condenado injustamente com base em informações falsas.

Do contrário, para sustentar essa tese de condenação, só se admitir que a Globo, Folha, Veja, Estadão, etc, teriam feito parte da quadrilha para receber o dinheiro da SMPB e desviá-lo, como observou o ministro Lewandovski em seu voto, no caso do contrato da Câmara.

Logo, ou o STF terá que anular diversas condenações, onde tomou por base essa estória de desvio da Câmara e da Visanet, ou terá condenar também, por exemplo, a TV Globo, com as seguintes consequências:

- Os gestores da emissora (e dos jornalões) que supostamente participaram do suposto desvio, teriam que ser condenados tanto quanto Marcos Valério;

- O Ministério Público teria que abrir ação exigindo devolução do dinheiro, recebido pelas empresas de mídia, aos cofres públicos;

- A TV Globo, os jornalões e revistas que receberam o dinheiro da SMPB teriam que ser consideradas empresas inidôneas por corrupção, e ficarem proibidas de fazer qualquer contrato com o governo e com estatais, além de ficarem proibidas de contrair empréstimos de bancos públicos, por um longos anos.


- Por ser uma concessão pública, se uma TV for considerada inidônea por corrupção, o Congresso terá que cassar sua concessão (sem nenhum arbítrio, conforme a Constituição), pelo mesmo motivo que cassa deputados.

Aliás, do jeito que o julgamento tratou o BV (Bônus de Volume), como se fosse "propina", no mínimo, por coerência, a emissora teria que estar arrolada no processo, e teria que "provar sua inocência" da mesma forma que foi exigido dos demais réus.

A revista "Retrato do Brasil", da imprensa alternativa ao PIG (Partido da Imprensa Golpista), faz uma série de reportagens históricas, mostrando as provas irrefutáveis da defesa, que foram ignoradas.

Os jornalões, revistonas e TV's ainda mantem um silêncio sepulcral sobre o assunto, porque não tem como desmentir a reportagem. Mas não terão como fugir de verem suas empresas como as maiores beneficiárias do dinheiro, naquilo que inventaram ser o mensalão.

A falta da velha mídia ter escondido estes fatos no noticiário é um dos episódios que entrará para história dos grandes vexames da imprensa golpista, ao lado de episódios como o golpe da Proconsult e da bolinha de papel nas eleições de 2010.
O colunista Elio Gaspari (jornais Folha de São Paulo e O Globo) já prepara o terreno. Publicou essa notinha na coluna de domingo:
NAS BANCAS
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Está chegando às bancas uma edição especial da revista "Retrato".
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Sua capa diz tudo:
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"A construção do mensalão -- Como o Supremo Tribunal Federal, sob o comando do ministro Joaquim Barbosa, deu vida à invenção de Roberto Jefferson."
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Coisa do respeitado jornalista Raimundo Rodrigues Pereira.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Canonizando Margaret

Posted: 09 Apr 2013 12:44 PM PDT

Vladimir Safatle

"Não existe esse negócio de sociedade. Existem apenas homens e mulheres individuais, e há famílias." Foi com essa filosofia bizarra que Margaret Thatcher conseguiu transformar o Reino Unido em um dos mais brutais laboratórios do neoliberalismo.
Com uma visão que transformara em inimigo toda instituição de luta por direitos sociais globais, como sindicatos, Thatcher impôs a seu país uma política de desregulamentação do mercado de trabalho, de privatização e de sucateamento de serviços públicos, que seus seguidores ainda sonham em aplicar ao resto do mundo.
De nada adianta lembrar que o Reino Unido é, atualmente, um país com economia menor do que a da França e foi, durante um tempo, detentor de um PIB menor que o brasileiro. Muito menos lembrar que os pilares de sua política nunca foram questionados por seus sucessores, produzindo, ao final, um país sacudido por motins populares, parceiro dos piores delírios belicistas norte-americanos, com economia completamente financeirizada, trens privatizados que descarrilam e universidades com preços proibitivos.
Os defensores de Thatcher dirão que foi uma mulher "corajosa" e, como afirmou David Cameron, teria salvo o Reino Unido (Deus sabe exatamente do quê). É sempre bom lembrar, no entanto, que não é exatamente difícil mostrar coragem quando se escolhe como inimigo os setores mais vulneráveis da sociedade e quando "salvar" um país equivale, entre outras coisas, a fechar 165 minas.
Contudo, em um mundo que gostava de se ver como "pós-ideológico", Thatcher tinha, ao menos, o mérito de não esconder como sua ideologia moldava suas ações.
A mesma mulher que chamou Nelson Mandela de " terrorista" visitou Augusto Pinochet quando ele estava preso na Inglaterra, por ver no ditador chileno um "amigo" que estivera ao seu lado na Guerra das Malvinas e um defensor do "livre-mercado".
Depois do colapso do neoliberalismo em 2008, ninguém nunca ouviu uma simples autocrítica sua a respeito da crise que destroçou a economia de seu país, toda ela inspirada em ideias que ela colocou em circulação. O que não é estranho para alguém que, cinco anos depois de assumir o governo do Reino Unido, produziu o declínio da produção industrial, o fim de fato do salário mínimo, dois anos de recessão e o pior índice de desemprego da história britânica desde o fim da Segunda Guerra (11,9%, em abril de 1984). Nesse caso, também sem a mínima autocrítica.
Thatcher gostava de dizer que governar um país era como aplicar as regras do bom governo de sua "home". Bem, se alguém governasse minha casa dessa forma, não duraria muito.


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Do Blog O Esquerdopata

Os motivos de Joaquim Barbosa não dar prazo para a defesa

Posted: 09 Apr 2013 12:26 PM PDT

Enviado por luisnassif, ter, 09/04/2013 - 12:36

Autor: 


 
Não se iludam os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) com a aparente unanimidade da mídia em relação ao julgamento do mensalão. O enquadramento das redações e colunistas impediu manifestações maiores de dúvida sobre a isenção dos magistrados. Fosse em tempos de maior pluralidade, a mídia teria servido de freio a alguns abusos cometidos.

Além disso, todo tema complexo permite o exercício do arbítrio pelo especialista – pela óbvia dificuldade em se entrar nos meandros da discussão e identificar as vulnerabilidades das conclusões.

Quando os primeiros questionamentos foram feitos – ainda em plena efervescência do julgamento -, não foram levados a sério por indicarem inconsistências tão absurdas, que soavam inverossímeis.

Muitas pessoas com quem conversei, simpáticas a uma condenação exemplar, acreditavam que entre as dezenas de milhares de páginas do inquérito haveria evidências capazes de derrubar as críticas.

A questão é que o tempo passou, houve a oportunidade de trabalhos mais alentados e meticulosos sobre o inquérito. E as críticas não foram respondidas.(Grifos do ContrapontoPIG)


Cada vez mais é evidente que a análise das acusações tem produzido dúvidas cada vez maiores nos colunistas que efetivamente contam.

Mesmo com a imensa dose de cautela, compreensível nesses tempos bicudos, houve a manifestação de Elio Gaspari, avalizando o trabalho em que Raimundo Pereira desconstrói  as acusações contra João Paulo Cunha. Direto, Jânio de Freitas explicita as enormes dúvidas em relação as acusações contra Henrique Pizzolatto.

Nenhum dos dois pode ser acusado de petista, assim como outros jornalistas de renome que, fora das grandes redações, puderam exercitar livremente sua opinião.

A indignação decorre do abuso de poder. E, como tal, são caracterizadas as ações em que os magistrados colocam sua vontade acima dos fatos analisados.

É bem possível que as agências de publicidade tivessem pago pedágio ao PT, pelas contas conquistadas. Mas não foi isso o que a acusação apurou.

Tratou como desvio a verba de publicidade da Visanet ignorando um relatório detalhado do Banco do Brasil indicando todas as fontes de aplicação dos recursos.

Atribuiu a responsabilidade total da destinação das verbas a Henrique Pizzolatto, ignorando documentos que demonstravam expressamente que as decisões eram colegiadas, com a participação de representantes de outros sócios da empresa.

Salta aos olhos de qualquer jornalista o absurdo de considerar, exclusivamente nas operações da Visanet, os BVs (bônus de veiculação, o dinheiro que as agências recebem dos órgãos de mídia onde anunciam) como indício de corrupção. E não estender esse julgamento a todo o universo de BVs. Ou não exigir a devolução do dinheiro dos beneficiados – grandes órgãos de mídia.

No caso de João Paulo Cunha, tratou como ocultação o fato de não ter ido receber pessoalmente os R$ 50 mil do PT, mas enviado a esposa, que apresentou RG e assinou o recibo. E ignorou totalmente a comprovação do uso dos recursos para pesquisas eleitorais.

A postura de Joaquim Barbosa – impedindo prazo maior para a apreciação da defesa – não se deve ao seu conhecido espírito de torquemada. É mais que isso: é receio de que as inconsistências das acusações sejam expostas agora, não mais em matérias de blogs, mas nos próprios autos do processo.

É paura, medo de uma discussão na qual o clamor da mídia não servirá mais de respaldo para o uso do poder imperial.
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Do Blog ContrapontoPIG.
 

 

JOAQUIM BARBOSA HUMILHA JUÍZES DE ENTIDADES DE CLASSE - E TENTA CENSURAR CRÍTICAS À SUA CONDUTA IMPERIAL - MATÉRIA ATUALIZADA - ÁUDIO

Posted: 09 Apr 2013 12:28 PM PDT


O Ministro Joaquim Barbosa está sob uma chuva de críticas. E elas não são feitas por "PETISTAS", e sim por seus pares do Judiciário. Barbosa pode até estar certo em algumas das posições que defende, mas, totalmente errado na forma como se comporta. Ele parece que pensa ser o TODO PODEROSO.

Outra vez, imagens nos trazem a verdadeira face do Ministro Joaquim Barbosa. Um homem que não conhece ou esqueceu, a diferença entre autoridade e autoritarismo, entre firmeza e truculência.



Fica claro ainda, que o Ministro Joaquim Barbosa tem grande preocupação em só aparecer perante a opinião pública, de forma favorável, cultivando a imagem de SUPER HERÓI da Justiça  e DEFENSOR de causas honestas, deixando para os demais a figura de fazedores de negociações sorrateiras. Barbosa não quer que a s associações de classe (ANAMATRA - AMB - AJUFE) publiquem notas nos jornais, reclamando de posições e declarações por ele feitas, mas, não se importa em abrir para a IMPRENSA registrar, uma reunião como a de ontem, onde de forma premeditada, saiu da PAUTA e esculhambou os presentes, tentando inclusive humilhar um dos juízes.

"Barbosa disse que há menos de quatro meses havia recebido "esse senhor", referindo-se ao presidente da Ajufe. O juiz disparou: "Meu nome é Nino Toldo". A resposta veio com rispidez: "Não tenho obrigação de saber o seu nome".

Errado Ministro Joaquim Barbosa, pessoas educadas e que prezam a posição hierárquica que possuem, sabem o nome dos que recebe em audiência e com pauta. 

Outra coisa, Barbosa parece não conhecer a GEOGRAFIA do Brasil.

"Os novos tribunais servirão para "dar mais empregos aos advogados" e que os novos TRFs serão instalados em "resorts, à beira de alguma praia".



CURITIBA - BELO HORIZONTE E MANAUS não tem praia.

AUDIÊNCIA INFLAMADA

Barbosa critica novos TRFs e associações de juízes


O encontro entre o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e representantes das três principais associações de juízes do Brasil, nesta segunda-feira (8/4), terminou mal. A reunião era pedida desde que Barbosa tomou posse como presidente e tinha como pauta a valorização do Judiciário, mas acabou com o ministro acusando as associações de fazerem "negociações sorrateiras" para que o Congresso Nacional aprovasse a criação de novos tribunais regionais federais. Participaram da audiência representantes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
O ministro usou a reunião para voltar a criticar a instalação de mais quatro TRFs, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 544/2002 e disse que a aprovação ocorreu de "maneira açodada, sorrateira", com a ajuda das entidades. Além das provocações sobre o assunto que não estava na pauta da reunião, o presidente do STF tentou encerrar diversas vezes o encontro, que era acompanhado pela imprensa, "porque o nível da conversa não estava adequado".
"Tínhamos uma pauta de valorização e fortalecimento do Judiciário: democratização interna, eleições diretas em tribunais estaduais, tribunais regionais do Trabalho", ponderou o presidente exercício da Anamatra, João Bosco Coura, em entrevista à revista Consultor Jurídico. "Mas parece que o ministro havia se preparado para um confronto. Ele usou palavras fortes e desarrazoadas", afirmou Coura. O presidente da Ajufe, Nino Toldo, confirmou o clima tenso da reunião.
Barbosa disse, em tom irônico, que os novos tribunais servirão para "dar mais empregos aos advogados" e que os novos TRFs serão instalados em "resorts, à beira de alguma praia", isso porque não teriam qualquer utilidade para o país. Barbosa ainda acusou as entidades de conduzir "na surdina" a negociação com os deputados para a aprovação da PEC 544/2002.
Nino Toldo não identificou motivos para a reação de Joaquim Barbosa, que também preside o Conselho Nacional de Justiça. "Não há nenhuma intenção de criar tribunais em resorts. Manaus, Belo Horizonte e Curitiba nem têm praia", lembra ele.
Para Toldo, a votação da proposta de emenda constitucional foi pública e a associação sempre se manifestou de modo transparente em relação ao tema. A proposta teve apoio de diversas entidades ligadas ao Judiciário, como as associações de juízes e a Ordem dos Advogados do Brasil, e tramitou no Congresso Nacional desde 2002.
Na véspera da votação, Barbosa havia encaminhado um ofício aos presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), em manifestação contrária à aprovação da PEC. "Barbosa ficou irado com isso porque ele foi diretamente ao Parlamento e os deputados votaram exatamente o contrário do que o ministro propôs", afirma o presidente da AMB,Nelson Calandra, em entrevista à ConJur. 
Barbosa disse que os novos tribunais custariam R$ 8 bilhões, mas, segundo Calandra, as informações sobre os custos da criação dos TRFs e a quantidade necessária de cargos para os novos órgãos estão desencontradas. "O ministro acredita que a Justiça Federal, à medida que aumenta o número de cargos, fica menos prestigiada, menos relevante", disse. "Na verdade, os colegas da Justiça Federal levaram a ele números que mostram a necessidade das novas cortes", conta.
O vice-presidente da Ajufe, Ivanir César Ireno Júnior, retrucou as acusações de que o projeto foi aprovado "a base de cochichos" e de maneira "sorrateira" e disse que a associação acompanhava o processo há mais de uma década. "Sorrateira não, ministro. Democrática e transparente", disse. "São responsáveis, na surdina, pela aprovação", contra-atacou Barbosa. O ministro, ainda exaltado, pediu que Ireno baixasse o tom de voz. O representante da Ajufe, por sua vez, disse que aquele era seu modo de falar. "O senhor abaixe a voz que o senhor está na presidência do Supremo Tribunal Federal", alertou Barbosa. "Não estou gritando, ó estou dizendo", argumentou Ireno, em vão. Joaquim Barbosa acrescentou ainda que o vice-presidente não havia sido convidado para a audiência — apenas os presidentes das três entidades: Anamatra, Ajufe e AMB.
Para o presidente do STF, entidades não têm legitimidade para representar órgãos estatais e falar sobre a necessidade de novos tribunais. "Os senhores não representam o Conselho Nacional de Justiça. Os senhores não representam o STJ [Superior Tribunal de Justiça], representam seus interesses corporativos legítimos. Mas isso não supre a vontade dos órgãos estatais. Compreendam isso. Os senhores não representam a nação. Não representam os órgãos estatais. Os senhores são representantes de classe. Só isso", disse Barbosa, segundo notícia publicada no portal Uol.
Ideia negativa
Para Bosco Coura, a ideia de Barbosa sobre as entidades é negativa e equivocada. "O ministro tem essa visão das corporações: espúria, de dinheiro, de vantagens. Mas elas atuam publicamente, republicanamente", disse. Nelson Calandra disse que a declaração do ministro de que ele era "só" um representante de classe nem pode ser encarada como crítica. "O ministro falou que os nossos interesses são de ordem corporativa, de classe. E eu fiquei feliz com a declaração, porque é sinal de que estou fazendo exatamente aquilo para que fui eleito", avaliou. A AMB tem 94 anos e aproximadamente 14 mil associados.
O encontro foi solicitado pelo representantes sindicais, o primeiro concedido por Barbosa desde que assumiu o Supremo, em novembro de 2012. Joaquim Barbosa avisou que, da próxima vez, as reivindicações deveriam ser entregues à sua assessoria, e não alardeadas na imprensa. O ministro ainda completou, dizendo que sua "agenda é muito cheia".
Em ofício conjunto, as três associações apresentaram a pauta de reivindicações da categoria, como a despolitização dos tribunais de segunda grau, da Justiça do Trabalho e Justiça Federal; mudanças na política remuneratória, programa nacional de valorização da magistratura; manutenção de previdência pública para os membros do Poder Judiciário; campanhas de combate à corrupção; entre outros.
Em relação à queixa dos magistrados sobre o pagamento de adicional por tempo de serviço, Barbosa não rendeu a conversa: "Não tenho controle da bolsa do país.
"Fomos desrespeitados", lamentou Nino Toldo. "Mas nosso relacionamento com o STF não está prejudicado. Nem com o Superior Tribunal de Justiça ou os outros tribunais. Essa é uma posição individual do ministro [Joaquim Barbosa]. Entendo posturas pessoais, mas deve ser respeitado o diálogo institucional".
Para Nelson Caladra, o presidente do Supremo possui o temperamento forte. "O diálogo é difícil, mas não impossível. Sei que ele é um homem com preocupação permanente em relação aos assuntos nacionais importantes", avaliou o presidente da AMB.
Um exemplo do "diálogo difícil" se deu quando, durante a reunião, Barbosa disse que há menos de quatro meses havia recebido "esse senhor", referindo-se ao presidente da Ajufe. O juiz disparou: "Meu nome é Nino Toldo". A resposta veio com rispidez: "Não tenho obrigação de saber o seu nome".
Procurado pela ConJur, a assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal comunicou que o ministro Joaquim Barbosa não deu declarações e nem se vai se manifestar sobre a audiência desta segunda-feira.


Revista Consultor Jurídico, 8 de abril de 2013

Em que Globo se pode realmente confiar?

Posted: 09 Apr 2013 08:34 AM PDT


"Jornal dos Marinho avisa na manchete desta terça-feira que os preços dos alimentos sobem e ameaçam a meta de inflação; Valor Econômico, que é metade Globo, metade Folha, anuncia o contrário; dados oficiais, divulgados hoje, apontam recuo dos preços; será que o Globo pisou no tomate?; por trás de tudo isso, evidentemente, há a pressão para que o Comitê de Política Monetária do Banco Central eleve os juros na reunião previstas para os dias 16 e 17
Brasil 247
Nesta terça-feira, o jornal O Globo prossegue sua cruzada de manchetes preparada para disseminar mau humor na economia. Depois de questionar as desonerações fiscais, no domingo, e de prever um novo apagão, ontem, o jornal dos Marinho agora avisa que a economia pisou no tomate e diz, na manchete, que "Preço de alimentos dispara e ameaça meta de inflação". O curioso é que outro jornal dos Marinho, o Valor Econômico, que é metade Folha, metade Globo, diz o contrário. Em que Globo se deve realmente confiar?
Leia, abaixo, a matéria do Valor: 
Alimentos perdem fôlego e analistas projetam recuo do IPCA para 0,50%
Por Arícia Martins | De São Paulo
Influenciada principalmente por uma lenta perda de fôlego dos alimentos, a inflação de março deve ceder em relação à alta de 0,60% apurada em fevereiro, mas não deixará de ser tema de preocupação, segundo economistas. A média de 14 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data aponta para avanço de 0,50% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês passado. As estimativas para a inflação oficial, a ser divulgada amanhã pelo IBGE, variam de 0,47% a 0,52%."
Matéria Completa, ::AQUI::
 
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 

Bancos brasileiros são os mais rentáveis na América Latina e EUA

Posted: 09 Apr 2013 08:30 AM PDT


A pesquisa também mostrou que somente 20 bancos na AL e nos EUA possuíam ativos superiores


"Um estudo da Economática divulgado nesta segunda-feira revelou que os bancos brasileiros são os mais rentáveis entre as 20 maiores instituições financeiras da América Latina e dos Estados Unidos, tendo  por base o indicador Rentabilidade sobre o Patrimônio (ROE) referente a 2009. A liderança do ranking é ocupada pelo Banco do Brasil, com ROE de 34,74%. Em seguida, aparecem Itaú Unibanco, com 24,19%, e Bradesco, com 23,82%.
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 

Santayana: Qualquer agressão desatinada a Lula desatará crise nacional

Posted: 09 Apr 2013 08:25 AM PDT

O processo contra Lula e a força do simbolismo
Como Getúlio e Juscelino, cada um deles em seu tempo, Lula é símbolo do povo brasileiro. Acusam-no hoje de ajudar os empresários brasileiros em seus negócios no Exterior. O grave seria se ele estivesse ajudando os empresários estrangeiros em seus negócios no Brasil.
Por Mauro Santayana, em Carta Maior
O Ministério Público do Distrito Federal – por iniciativa do Procurador Geral da República – decidiu promover investigação contra Lula, denunciado, por Marcos Valério, por ter intermediado suposta "ajuda" ao PT, junto à Portugal Telecom, no valor de 7 milhões de reais.
O publicitário Marcos Valério perdeu tudo, até mesmo o senso da conveniência. É normal que se sinta injustiçado. A sentença que o condenou a 40 anos de prisão foi exagerada: os responsáveis pelo seqüestro, assassinato e esquartejamento de Eliza Salmúdio foram condenados à metade de sua pena.
Assim se explica a denúncia que fez contra o ex-presidente, junto ao Procurador Geral da República, ainda durante o processo contra dirigentes do PT.
O Ministério Público se valeu dessas circunstâncias, para solicitar as investigações da Polícia Federal – mas o aproveitamento político do episódio reclama reflexões mais atentas.
Lula é mais do que um líder comum. Ele, com sua biografia de lutas, e sua personalidade dotada de carisma, passou a ser um símbolo da nação brasileira, queiramos ou não. Faz lembrar o excelente estudo de Giorg Plekhanov sobre o papel do indivíduo na História. São homens como Getúlio, Juscelino e Lula que percebem o rumo do processo, com sua ação movem os fatos e, com eles, adiantam o destino das nações e do mundo.
Há outro ponto de identificação entre Lula e Plekhanov, que Lula provavelmente desconheça, como é quase certo de que desconheça até mesmo a existência desse pensador, um dos maiores filósofos russos. Como menchevique, e parceiro teórico dos socialistas alemães, Plekhanov defendia, como passo indispensável ao socialismo, uma revolução burguesa na Rússia, que libertasse os trabalhadores do campo e industrializasse o país. Sem passar por essa etapa, ele estava convencido, seria impossível uma revolução proletária no país.
É mais ou menos o que fez Lula, em sua aliança circunstancial com o empresariado brasileiro. Graças a essa visão instintiva do processo histórico, Lula pôde realizar uma política, ainda que tímida, de distribuição de renda, com estímulo à economia. Mediante a retomada do desenvolvimento econômico, com a expansão do mercado interno, podemos prever a formação de uma classe operária numerosa e consciente, capaz de conduzir o processo de libertação.
Não importa se o grande homem público brasileiro vê assim a sua ação política. O importante é que esse é, conforme alguns lúcidos marxistas, começando pelo próprio Marx, o único caminho a seguir.
Como Getúlio e Juscelino, cada um deles em seu tempo, Lula é símbolo do povo brasileiro. Acusam-no hoje de ajudar os empresários brasileiros em seus negócios no Exterior. O grave seria se ele estivesse ajudando os empresários estrangeiros em seus negócios no Brasil.
Lula não é uma figura sagrada, sem erros e sem pecados. É apenas um homem que soube aproveitar as circunstâncias e cavalgá-las, sempre atento à origem de classe e fiel às suas próprias idéias sobre o povo, o Brasil e o mundo.
Mas deixou de ser apenas um cidadão como os outros: ao ocupar o seu momento histórico com obstinação e luta, passou a ser um emblema da nacionalidade. Qualquer agressão desatinada a esse símbolo desatará uma crise nacional de desfecho imprevisível.
Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.
Postado por às 4/09/2013 
 
Do Blog DESABAFO BRASIL.

OAB solta nota contra agressão de Barbosa

Posted: 09 Apr 2013 07:53 AM PDT

 

Do Brasil 247 - 9 de Abril de 2013 às 06:44

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, comandado por Marcus Vinícius Furtado Coelho, repreende o presidente do Supremo Tribunal Federal; ontem Joaquim Barbosa tentou passar um pito coletivo em representantes do Judiciário, acusando-os de tramar, de forma "sorrateira", a criação de novos tribunais; disse ainda que a medida serviria apenas para dar empregos para juízes e advogados e que os fóruns seriam criados perto de resorts; advogados reagiram e exigiram respeito, na primeira nota da história da OAB feita para admoestar um integrante do STF (a propósito, quem gosta de resorts é o próprio Barbosa, que passou férias em Trancoso e em Miami, onde buscou um imóvel de veraneio)

247 - Comandada por Marcus Vinícius Furtado Coelho, a Ordem dos Advogados do Brasil já começa a adotar uma postura mais combativa, em defesa das prerrogativas da classe, bem diferente da que prevalecia na gestão de Ophir Cavalcanti. Ontem, diante de mais uma agressão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, aos advogados, a OAB decidiu reagir com uma dura nota – a primeira, em toda a história da entidade, feita para admoestar um integrante da suprema corte no País.
Barbosa afirmou que a criação de novos tribunais federais, uma proposta que tramita no Congresso desde 2002 e que teve o voto transparente de 371 deputados federais, foi aprovada de forma "sorrateira". Disse ainda que os novos tribunais servirão apenas para dar emprego a juízes e advogados – e que serão construídos ao lado de resorts. Detalhe: quem gosta de resorts é justamente Barbosa, que passou férias em Trancoso e, recentemente, buscava um imóvel de veraneio em Miami para comprar.
Leia, abaixo, reportagem do Conjur sobre a resposta da OAB a Joaquim Barbosa:
OAB repudia declarações de Joaquim Barbosa sobre TRFs
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil aprovou, em sessão plenária na noite desta segunda-feira(8/4), feita para eleger os nomes que devem representar a entidade no Conselho Nacional de Justiça e no Conselho Nacional do Ministério Público, uma nota pública "refutando e repudiando" as declarações feitas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, durante encontro com representantes de três associações de magistrados (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, Associação dos Magistrados Brasileiros e Associação dos Juízes Federais do Brasil). 
Nesta segunda-feira, o presidente do STF criticou a criação de novos tribunais regionais federais, aprovada na semana anterior pelo Congresso Federal. "Pelo que eu vejo, vocês participaram de forma sorrateira na aprovação", disse o presidente do STF, quando, então, acabou discutindo com o vice-presidente da Ajufe, Ivanir Ireno. 
Barbosa criticou abertamente o que classificou como intromissão de entidades de classe de juízes na aprovação do texto da Proposta de Emenda Constitucional 544, que criou quatro novos Tribunais Regionais Federais. O presidente do STF chegou a dizer que os TRFs "vão servir para dar emprego para advogados (...) e vão ser criados em resorts, em alguma praia". 
"Não faz sentido nem corresponde à relevância do tema supor que a criação de novos Tribunais Regionais Federais objetive de criar empregos, muito menos para os advogados. Em momento algum cuidou-se de favorecimento à classe dos advogados ou de interesses que não fossem os do aprimoramento da Justiça Federal no Brasil", diz a nota pública divulgada pela OAB. 
Leia a nota do Conselho Federal da OAB: 
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, durante sessão ordinária realizada nesta data (8/4), tomou conhecimento de declarações do Sr. ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, acerca da Proposta de Emenda Constitucional 544, do ano de 2002, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, que institui quatro novos Tribunais Regionais Federais.
Tais declarações proferidas em reunião com os presidentes de três associações de magistrados (AMB, Ajufe e Anamatra) reiteram críticas exacerbadas do senhor ministro à criação dos referidos Tribunais. 
Causam espécie, notadamente, os seguintes trechos de tal pronunciamento: "Os Tribunais vão servir para dar emprego para advogados ...";  "e vão ser criados em resorts, em alguma grande praia...";  "foi uma negociação na surdina, sorrateira".
O Conselho Federal da OAB entende do seu dever refutar e repudiar tais declarações, por inexatas, impertinentes e ofensivas à valorosa classe dos advogados. A bem da verdade, a Emenda Constitucional em questão tramita no Congresso Nacional desde o ano de 2002, tendo observado o processo legislativo próprio, revestido da mais ampla publicidade. Além disso, resultou de antiga e legítima aspiração dos jurisdicionados em nosso país e contou com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil. 
Ao aprovar a PEC 544/2002, após a realização de audiências públicas e intenso debate parlamentar, o Congresso Nacional exerceu, com ponderáveis e justas razões, o poder constituinte derivado, que lhe é exclusivo e indelegável.
Não faz sentido nem corresponde à relevância do tema supor que a criação de novos Tribunais Regionais Federais objetive de criar empregos, muito menos para os advogados. Em momento algum cuidou-se de favorecimento à classe dos advogados ou de interesses que não fossem os do aprimoramento da Justiça Federal no Brasil.
O assunto merece ser tratado em outros termos, respeitando-se a independência dos poderes e a dignidade dos órgãos e associações que pugnam pela melhor realização da Justiça no país.
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PITACO DO ContrapontoPIG 
 
Dom Joaquim, o desquilibrado.
Como se diz aqui no Ceará: "Se este cabra tiver juízo, eu engrene!"
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Também do Blog ContrapontoPIG

O julgamento popular de Margaret Thatcher

Posted: 09 Apr 2013 05:11 AM PDT

Do Diário do Centro do Mundo 9 de abril de 2013 
Muita gente comemorou sua morte, e ninguém chorou.
  
Festa para muitos na Inglaterra
Festa para muitos na Inglaterra

Paulo Nogueira

Abaixo, você pode ler a essência da manifestação de Morrisey, cantor do Smiths, à morte de Thatcher.

"Cada movimento que ela fez foi marcado pela negatividade.


 Ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os pobres, ela odiava o Greenpeace e os todas as entidades de proteção ambiental.

 Ela deu a ordem para explodir o Belgrano já quando o navio argentino estava se afastando das Malvinas. E quando os meninos argentinos a bordo do Belgrano sofreram uma morte terrível e injusta, Thatcher deu o sinal sinal de positivo para a imprensa britânica.

 Ela odiava feministas ainda que tenha sido graças a elas que o povo britânico aceitou que um primeiro-ministro pudesse realmente ser do sexo feminino.
 Thatcher era um horror sem um átomo da humanidade."
  
Quanto a mim: sabia, evidentemente, que Thatcher era uma figura que dividia os ingleses.

Mas não imaginava, até ver as reações a sua morte aqui na Inglaterra e em outras partes do Reino Unido, quanto o ódio que ela despertou suplantava o amor e a admiração.
Horas depois do anúncio da morte, enfrentaram-se em Manchester os dois times locais, o United e o City.

Não houve minuto de silêncio. A torcida teria devastado o tributo.

Em Liverpool, os torcedores cantavam em comemoração à morte de Thatcher. Numa tragédia em que morreram muitos torcedores no estádio do Liverpool nos dias de Thatcher, a polícia acusou a torcida local – erradamente, como se veria depois.

Thatcher condenou a torcida e apoiou a versão falaciosa da polícia. Jamais foi perdoada.

Em Glasgow, uma multidão foi às ruas celebrar a morte. Os escoceses acham que foram tratados como subespécies por Thatcher.

No twitter, o congressista George Galloway lembrou que ouviu Thatcher chamar Mandela, no Parlamento, de "terrorista". (Alguém disse que houve justiça poética em Mandela, tão combalido, ter sobrevivido a ela.)

"Que ela arda no inferno", disse Galloway, sob numerosas manifestações de apoio e poucas de protesto. Alguém pediu respeito a Galloway.

A melhor maneira de mostrar respeito hoje é esta, respondeu Galloway – e postou um link que ia dar no seu partido, chamado exatamente Respeito.

Fora da galhofa, Galloway disse algo que merece reflexão.

Ele comparou a reação à morte de Thatcher com a reação à morte de Chávez, um mês atrás.

O povo não é bobo.

Thatcher fez um governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos.
Chávez governou para os pobres.

O reconhecimento da voz rouca das ruas — vital para o que vai ficar registrado para a posteridade nos livros – irrompe com potência sublime e comovedora na morte de pessoas públicas.

É a aprovação definitiva, ou a reprovação, ou a indiferença.

Chávez foi amplamente aprovado, como gritaram as filas de catorze horas formadas por venezuelanos desesperados por vê-lo pela última vez em Caracas – num lamento épico e histórico protagonizado não pelo Comandante, mas pelos excluídos ao longo da história por uma elite corrupta e predadora controlada pelos Estados Unidos.

Thatcher foi reprovada.


*PauloNogueira. Jornalista baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


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PITACO DO ContrapontoPIG 
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As ações do governo Thatcher foram mais nefastas para a humanidade do que as ações de muitos dos grandes criminosos de guerra.

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Do Blog ContrapontoPIG
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Francisco Almeida 




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