SARAIVA 13
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- Fernando Ferro ataca a Globo e fala do controle da inflação
- Mídia já recoloca "a faca no pescoço" do STF
- Brasil é o país com maior redução do desemprego desde 2008
- Aliado e opositor
- Desemprego (5,7%) bate record. Chora, Eduardo, chora !
- Quem tira poder de quem?
- Fantástico show de mentiras da Globo
- Deputado defende impeachment de Luiz Fux e Gilmar Mendes
- Lula terá coluna mensal distribuída pela agência do New York Times
- O juiz inglês versus os juízes brasileiros
Posted: 25 Apr 2013 02:05 PM PDT
ABAIXo, a íntegra do pronunciamento desta quarta-feira (24).
Sr Presidente,
Quero aqui fazer uma fala referente ao clima e ao humor que a imprensa do Brasil assumiu nos últimos tempos em relação ao Governo Federal.
Assistimos a uma tentativa de criar um clima de instabilidade econômica e política no País. Refiro-me à chamada inflação do tomate, que foi usada por economistas e por gente da mídia. Inclusive uma decadente dondoca da Globo botou um colar de tomates para falar do preço do tomate. Espero que daqui a alguns dias ela ponha uma melancia na cabeça para ver se aparece melhor. O azar desse grupo é que o tomate já caiu de preço.
Essas pessoas estão apostando na inflação, esse partido da inflação está funcionando. Tanto que alguns discursos da oposição, como o desespero de alguns comentaristas políticos de oposição, insistem em criar um clima de insegurança ou de abrir e armar um debate político nessa base da questão econômica, estão quebrando a cara.
O Governo tem instrumentos para superar essa situação e não vai ser com essas medidas que irão desestabilizá-lo ou criar um clima para favorecer candidaturas de oposição, que se lançam aproveitando essas possibilidades. Até porque me estranha muito quem faz política apostando no mal. Não acredito que seja boa coisa alguém fazer política pensando no mal dos outros. Fazer política imaginando que o outro vai se dar mal. A gente tem que fazer política pensando no bem do povo, no bem do País como um todo, e até fazer a crítica, mas pensando no bem da população.
O que nós estamos vendo é um ato conservador, atrasado e de completa ausência política. E, como vimos, comemoraram há poucos dias uma vitória na Venezuela. O candidato da esquerda ganhou, mas parece aqui no Brasil que perdeu. O que vemos, na realidade, é uma direita — que aqui no Brasil ainda está um pouco acuada, extremamente autoritária e ansiosa para golpear a democracia.
O Governo está indo bem. A população no Brasil sabe disso. Enfrentamos dificuldades no plano internacional, mas temos o controle da economia no País, estamos avançando na democracia. Quem tem saudade dos períodos reacionários da ditadura naturalmente vive de saudade. E eu acho que saudade é um sentimento que a gente cultiva, mas não leva adiante a vida. Temos que olhar para o futuro, olhar para frente. Aqueles que estão mergulhados e perdidos no passado têm que pôr-se em alerta, porque o dia nasce; o sol nasce a cada dia, e a vida se renova, a vida se reconstrói. Até com a morte, que vem para todos nós, a vida se reconstrói.
É por isso que a gente aproveita e aponta um momento como este, para mais uma vez agradecer ao povo deste País. O povo brasileiro não tem entrado nesse discurso derrotista, pessimista que a Rede Globo está fazendo correntemente quanto à inflação.
Hoje é a inflação do sanduíche; ontem era a inflação do tomate. O que é isso? Na verdade, tem a ver com isto: a Globo tinha 60% da verba do Governo em 2003, mas, hoje, está com 44% da verba. Está aí o mau humor da Rede Globo: está perdendo, porque perdeu audiência, perdeu importância na comunicação no Brasil e, naturalmente, perdeu apoio financeiro da publicidade oficial. Daí essa insatisfação, essa raiva e essa tentativa de criar um mal-estar e um constrangimento para o Governo da Presidenta Dilma, mas não vai conseguir.
O povo brasileiro é mais sábio do que esses filósofos de plantão que não compreendem que este país vive uma revolução de crescimento, de cidadania e de democracia, conduzida pelas experiências do Governo do Presidente Lula e agora da Presidenta Dilma. Este é um grande momento da vida deste País, deste continente, do qual nós nos orgulhamos de participar.
Fernando Ferro - PT/PE
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Posted: 25 Apr 2013 01:03 PM PDT
Do Brasil 247 - 25 de Abril de 2013 às 06:36
Supostos representantes da "opinião pública" já declaram guerra antecipada aos ministros que ousarem dar guarida à defesa na nova fase da Ação Penal 470; para o Estadão, que encolheu nesta semana, há o risco de que se dissemine uma percepção de que o "STF arregou"; em Veja, Celso de Mello já é acusado de ter cedido à patrulha; ameaças rondam também a reputação de Teori Zavascki; sereno, Ricardo Lewandowski diz que não há pressa na análise dos embargos
247 - Antes do julgamento da Ação Penal 470, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, criou uma imagem perfeita: a de que a suprema corte estava sendo obrigada a julgar um processo político, às vésperas de uma eleição, com a "faca no pescoço". E os responsáveis pela pressão, chantagem ou intimidação eram os grandes meios de comunicação.
O primeiro tempo do julgamento, como se sabe, terminou entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais, com condenações pesadas – muitas delas, polêmicas. Agora, no segundo tempo, a mídia já trata de recolocar a faca no pescoço do STF. A começar pelo Estadão, que, nesta semana, encolheu e reduziu seus cadernos.
No editorial "Duas lógicas no Supremo", está clara a ameaça. Eis um trecho:
Bastará a mudança de 1 voto entre os ministros que participaram do julgamento - dois deles, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto, se aposentaram - ou o voto pela absolvição do ministro estreante Teori Zavascki para a revisão se consumar, porque o empate resultante beneficiará os réus. Nessa hipótese, todos aqueles, exceto Valério, cujas penas somam pouco mais de 40 anos de prisão, poderão começar a cumprir em regime semiaberto as punições por corrupção ativa (ou passiva, além de peculato, no caso de Cunha) a que foram sentenciados. A eventualidade dependerá da resposta da Corte aos recursos chamados embargos infringentes a serem interpostos pela defesa (…) Se dessa atitude de dois pesos e duas medidas resultar o abrandamento das penas pretendido pelos réus, correrá sério risco a imagem que, ao longo de 53 sessões televisionadas do julgamento do mensalão, a Corte construiu perante uma opinião pública farta da impunidade dos réus que não são "pessoas comuns" - na memorável referência do então presidente Lula ao oligarca José Sarney, à época presidente do Senado. Uma sensação de logro, de que o STF "arregou", poderá se difundir pela sociedade mesmo se nenhum dos ministros remanescentes mudar o seu voto pela condenação nos casos mencionados, e apenas o novo colega Teori Zavascki desfizer o resultado original, alinhando-se com a minoria que optou pela absolvição.
Em Veja, no blog de Reinaldo Azevedo, até mesmo Celso de Mello é acusado de ceder à patrulha:
Cedeu à patrulha?
Teria Celso de Mello — e não só ele! — cedido à patrulha? Ele já foi enxovalhado pela tropa dirceuzista, especialmente aquela financiada na Internet com o leite de pata das estatais. Inventaram a falácia de que ele teria mudado de ideia sobre a necessidade de ato de ofício para comprovar a corrupção passiva. Já escrevi bastante a respeito. É mentira. Tentaram evidenciar a sua incoerência, acusando-o de ter decidido, nesse caso, ser um Torquemada, quando vem de uma tradição garantista. Era pura conversa mole, puro truque. Em que medida Celso de Mello, até sem querer, faz um movimento para livrar-se das correntes da maledicência? Não sei.
E, no mesmo blog, Teori Zavascki recebe a ameaça de ter sua reputação arruinada:
Agora os petistas apostam que ministros não-vinculados ideologicamente ao partido possam cumprir a tarefa de livrar os mensaleiros da cadeia: Teori Zavascki e Não-Se-Sabe-Ainda-Quem. Vamos ver se eles decidem arcar com a reputação que alguns ministros, como direi?, petizados já recusaram.
Alheio às pressões, o juiz Ricardo Lewandowski diz que não deve haver pressa. "Não devemos ter pressa nesse aspecto. Aliás, não vejo por quê. Não há nenhuma prescrição em vista. Então deixemos que o processo flua normalmente", disse. Enquanto isso, Joaquim Barbosa usa a coluna de Merval Pereira para avisar que se houver qualquer mudança no placar, a imagem do Brasil nos Estados Unidos será seriamente abalada.
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PITACO DO ContrapontoPIG
" ... Joaquim Barbosa usa a coluna de Merval Pereira para avisar que se houver qualquer mudança no placar, a imagem do Brasil nos Estados Unidos será seriamente abalada."
- ÓTIMO! POR QUE O STF TEM QUE AGRADAR AOS EUA?
Do Blog ContrapotoPIG.
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Posted: 25 Apr 2013 12:58 PM PDT
O título dessa matéria que está no UOL economia, tem responsáveis: presidente Lula, presidenta Dilma, e povo brasileiro. O presidente Lula disse muitas vezes que faria o possível e o impossível para recuperar o país, para dar dignidade ao povo, que acabaria com a miséria no país. Herança maldita de FHC do PSDB. O povo brasileiro acreditou, não esmoreceu, não acreditou no blá, blá da oposição e da mídia. Elegeu Lula duas vezes, elegeu Dilma e sem medo de continuar a ser feliz vai reeleger Dilma em 2014. Lula fez a parte dele, e a presidenta Dilma deu continuidade ao seu bom modo de governar para todos. Leiam o que diz a matéria de Sílvio Guedes Crespo no blog Achados Econômicos no UOL:
Jussara Seixas
O Brasil é o país que acumula maior redução da taxa de desemprego desde 2008, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) que abrangem os 42 países que já divulgaram os números de 2012 sobre o mercado de trabalho.
No ano em que estourou a crise financeira internacional, 7,9% da população ativa brasileira estava sem emprego; em 2012, essa proporção passou para 5,5%, o que representa uma queda de 30% na taxa.
Os números do FMI se referem à média de cada ano e vão só até 2012. No entanto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que a tendência de queda do desemprego se manteve no início de 2013, apontando a menor taxa para meses de março desde 2002.
Leia mais aqui
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Posted: 25 Apr 2013 12:51 PM PDT
Janio de Freitas, Folha de São Paulo
"Eduardo Campos não faz crítica, como diz: a mera atribuição de erro ou insucesso é oposição
Aspirante à sucessão presidencial e governador pernambucano, Eduardo Campos apresentará hoje na TV, se não mudar na última hora o programa gravado, sua lista do que considera os erros desastrosos de Dilma Rousseff. Pelos quais, no entanto, ele é corresponsável. Se o PSB, conduzido por Eduardo Campos, se fez sócio dos êxitos do governo federal, não tem como fugir da condição de sócio do que sejam os erros e insucessos do governo em que tem até ministério e integra a "base aliada" no Congresso. Não há conversa farsesca que anule essa obviedade. Eduardo Campos não faz crítica, como diz. Poderia e talvez devesse fazê-la se, como caberia mesmo a um aliado, examinasse a natureza do erro, como e por que ocorre. A mera atribuição de erro ou insucesso não é crítica, é oposição. "O Brasil caminha para a crise", como já disse Eduardo Campos a empresários do Sul, é uma advertência grave demais, sobretudo partindo do governador de Estado com a importância de Pernambuco, para que passe sem a exposição de embasamento sério, seja convincente ou não. Do joguinho de aliado e opositor, de sugar proveito dos dois lados, o que resulta é simples: embuste como aliado e embuste como oposição, ou, vá lá, "crítico". A mesma evidência ressalta deste ridículo: "Nós não temos um projeto de poder, nós temos um projeto de país". Até em nome do pudor alheio, se não puder ser do próprio, quem deixa lá o seu governo e sai pelo país em óbvia pré-campanha pelo poder –na qual ainda não ofereceu nem uma só ideia nova para o país– deve apresentar um engodo melhorzinho."
Enviada por: Nogueira Junior / 15:340 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 25 Apr 2013 08:27 AM PDT
Do Conversa Afiada - Publicado em 25/04/2013Os urubólogos vão querer desemprego em massa ! Em março, desocupação foi de 5,7%A taxa de desocupação foi estimada em 5,7%, a menor para o mês de março desde o início da série (março de 2002), sem variação em relação ao resultado apurado em fevereiro (5,6%). Em comparação a março de 2012 (6,2%), a taxa teve redução de 0,5 ponto percentual. A população desocupada (1,4 milhão de pessoas) ficou estável em comparação com fevereiro e decresceu 8,5% (127 mil pessoas) em relação a março do ano passado. A população ocupada (23,0 milhões) ficou estável em relação a fevereiro. No confronto com março de 2012, verificou-se aumento de 1,2%, o que representou elevação de 276 mil ocupados no intervalo de 12 meses. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,4 milhões) não registrou variação na comparação com fevereiro. Na comparação anual, houve alta de 2,8%, o que representou um adicional de 309 mil postos de trabalho com carteira assinada em um ano. O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.855,40) foi considerado estável em comparação com fevereiro. Frente a março do ano passado, o poder de compra dos ocupados cresceu 0,6%. A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 42,8 bilhões) apresentou queda de 0,6% em relação a fevereiro. Em comparação com março de 2012, a massa cresceu 1,6%. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 42,6 bilhões), estimada em fevereiro de 2013, variou -0,5% no mês e 2,7% no período de um ano.
NAVALHA
A lógica do Eduardo Campriles não vai longe: o Janio chama ele de embusteiro e sugere que ele procure um outro engodo.
Simples, não, amigo navegante ? O Lagareira, guru do Eduardo, precisa arrumar um engodo … Com esse resultado do emprego em março, os especialistas multi-uso, que nada sabem de tudo – diria o Requião – e que ilustram a Urubóloga em suas múltiplas atividades urubológicas, vão pregar o desemprego em massa. É o que eles querem. Juros altos. Desemprego. Caos social. Crise no jornal nacional. E Golpe paraguaio, do jeito que o Gilmar prega, hoje, contra o Congresso. Falta combinar com o portador do rendimento médio de R$ 1.855 … Paulo Henrique Amorim Artigos Relacionados | ||||
Posted: 25 Apr 2013 08:21 AM PDT
"Defensor da "supremocracia", ou seja, do império absoluto do Poder Judiciário e do enfraquecimento da política, o jornal O Globo noticia que a Câmara dá o primeiro passo para retirar poderes do STF; no entanto, a notícia mais forte do dia é a liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, que anula uma decisão soberana da Câmara dos Deputados sobre a criação de novos partidos, conforme noticia a Folha; no momento atual do Brasil, cabe a pergunta: afinal, para que serve o Congresso Nacional?
Brasil 247
O momento político brasileiro inspira cuidados. Apenas para citar casos recentes, o Supremo Tribunal Federal já anulou várias decisões soberanas do Congresso Nacional, por meio de decisões liminares. Luiz Fux, por exemplo, conseguiu, no ano passado, travar a votação do orçamento e congelar a decisão dos royalties do petróleo. Celso de Mello agiu para que se evitasse a posse de deputados legitimamente eleitos. Ontem, foi a vez de Gilmar Mendes, que, com uma canetada, anulou a lei aprovada pela Câmara dos Deputados, que restringe a criação de novos partidos políticos.
Sem entrar no aspecto político da discussão em si, sobre o casuísmo ou não do Congresso de impor amarras às novas legendas, agora que elas se situam fora da base governista, ao contrário do recém-criado PSD, a questão que se coloca é outra. Afinal, para que serve o Congresso Nacional, com representantes eleitos pelo povo, se todas as suas decisões de nada valem diante da chamada supremocracia?"
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior / 10:120 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 25 Apr 2013 08:16 AM PDT
Carlos Lopes, Hora do Povo / Blog do Miro
"A principal estrela dos 16 minutos que a Globo, no último "Fantástico", dedicou às ferrovias, portos e ao (suposto) terrível descaso de Lula e Dilma para com eles, foi o sr. Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento de Logística (EPL).
O show (pois reportagem aquilo não foi) constituiu-se de mentiras, falsificações e estelionatos informativos, além de uma burrice indecente por parte da repórter – o que não é surpresa – e de uma senhora algo avantajada que apresentou o programa. No entanto, dos entrevistados, o único que mostrou uma inequívoca satisfação foi Figueiredo. Os outros, até os capachos de fé, pareciam sentir uma úlcera ou um corpo estranho adentrando-lhes, supomos, a alma. Eles sabem quando estão mentindo. O ministro dos Portos parecia constrangido – tão constrangido que assinou em seguida uma nota apontando algumas mentiras. O único que estava, não somente à vontade, mas alegre, contente, exibindo-se para a Globo - e nem se abalou em assinar a nota conjunta do governo - era o sr. Figueiredo. O que é muito interessante, porque ele é o principal responsável pela elevação do preço do transporte ferroviário para, em média, 103% do preço do transporte rodoviário (há quase um consenso que aquele é, normalmente, pelo menos 30% mais barato que o último; exceto quando há um mágico escondendo cobras e engolindo espadas...)."
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior / 21:440 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 25 Apr 2013 08:11 AM PDT
Em entrevista exclusiva, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) afirma que sua emenda constitucional, já aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça, visa resgatar a soberania do voto popular, ao submeter ao Congresso algumas decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal. "Estimulado pela mídia, que hoje é um partido político de oposição, o STF se converteu em linha auxiliar da minoria", afirma. De acordo com o parlamentar, ou o Congresso passa "da covardia à coragem" ou perde sua própria razão de existir. Sem receio de comprar brigas, ele defende o impeachment dos ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes e rotula ainda o jornalista Merval Pereira, do Globo, como um personagem de conduta fascista.
Brasil 247 - Autor de uma emenda constitucional que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso Nacional, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) concedeu entrevista exclusiva ao 247 para defender o seu projeto, que, nesta quinta, foi alvo da artilharia pesada do jornal O Globo. Segundo Fonteles, a mídia é hoje um partido político de oposição, que usa a suprema corte como sua linha auxiliar de combate. Ele defende ainda que o Congresso passe da "covardia à coragem" sob pena de perder sua própria razão de existir. Confira:
Sua emenda vem sendo rotulada como uma retaliação do Congresso ao julgamento da Ação Penal 470. Como o sr. responde à crítica?
Nazareno Fonteles - A emenda foi apresentada no primeiro semestre de 2011, dois anos atrás, bem antes do julgamento da Ação Penal 470 e eu não tenho controle sobre períodos em que se colocam os temas em votação. Coincidiu de ser agora, no contexto do julgamento, mas o fato é que o Supremo Tribunal Federal já vem invadindo a competência do Legislativo há muito tempo e eu já vinha estudando esse tema. O fato é que não cabe ao juiz legislar acima do constituinte.
Cite um exemplo concreto
Nazareno Fonteles - Aconteceu ontem, com a decisão do Gilmar Mendes, sobre a criação de novos partidos. Foi uma imoralidade. Um juiz do STF tomando uma decisão de caráter político, passando por cima de uma decisão soberana da Câmara dos Deputados, em favor da fidelidade partidária. Na prática, isso comprova que a suprema corte hoje age como linha auxiliar da oposição. E juízes se comportam como políticos, sem terem legitimidade popular, conquistada no voto, para isso.
Como o Congresso deve reagir?
Nazareno Fonteles - É preciso passar da covardia à coragem. A chamada judicialização da política enfraquece a democracia. Em vez do respeito às decisões da maioria, passa a valer a regra do tapetão permanente. O que cabe à oposição fazer? Lutar para ter mais votos e vir a se tornar maioria. Se esse movimento não for brecado, o Congresso Nacional perderá sua razão de existir. Um dia, é o ministro Luiz Fux que derruba a votação dos royalties. Agora, é o Gilmar, com uma liminar, que derruba a lei da fidelidade partidária. Estes senhores não foram eleitos.
Argumenta-se que os casos param no STF porque o Congresso não consegue resolver seus impasses.
Nazareno Fonteles - Ora, como não? A lei dos royalties foi votada. A lei da fidelidade partidária foi votada. Na democracia, ganha a maioria. No modelo que estão tentando impor ao Brasil, a minoria se alia à mídia e ao STF para fazer prevalecer o tapetão. O Congresso deveria reagir e essa invasão de competência deveria suscitar, inclusive, uma discussão sobre o impeachment dos ministros.
O sr. é favorável ao impeachment de alguns ministros?
Nazareno Fonteles - O exemplo do ministro Luiz Fux é um caso claro de impeachment. Ele afirma que não debate com um réu, no caso o ex-ministro José Dirceu, mas não teve vergonha de procurar o mesmo réu para se tornar ministro do STF. Foi ele próprio, Fux, quem confessou. Ou seja, é um réu confesso. Há também o exemplo do ministro Gilmar Mendes, cuja mulher trabalha no escritório do advogado Sérgio Bermudes, que é seu amigo pessoal. E ele afirma que não tem por que se declarar impedido. Isso, obviamente, fere o código de conduta da magistratura.
Qual será, a seu ver, a consequência da judicialização da política?
Nazareno Fonteles - O Congresso está sendo humilhado pelo STF. É uma invasão permanente de competências, quando eles têm milhares de processos parados. Os juízes hoje agem como políticos, em sintonia com a mídia, e isso retira a legitimidade das próprias decisões judiciais, que passam a estar contaminadas por esse efeito perverso. Na democracia, cada um deve fazer o que lhe compete.
Sua emenda foi qualificada pelo jornalista Merval Pereira, do Globo, como obra dos aloprados do PT. Como o sr. reage?
Nazareno Fonteles - É um exemplo de desonestidade intelectual. Se o STF estivesse agindo contra a oposição, Merval seria contra. Sem argumentos, ele não debate. Parte para a desqualificação do adversário, numa atitude tipicamente fascista. Eu estudei o assunto e ajo por convicção. Ele se move de acordo com seus interesses políticos. Só existe democracia na política. Fora dela, restam a guerra e o tapetão.
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Posted: 25 Apr 2013 04:32 AM PDT
Nos Estados Unidos, Lula, se reuniu com Michael Greenspon, diretor-geral do serviço de notícias do New York Times. Eles fecharam contrato para uma coluna mensal do ex-presidente, que será distribuída pela agência do New York Times. A coluna tratará de política e economia internacional, e de iniciativas para o combate à fome e à miséria no mundo.
FHC é o novo colunista da Gazeta de Higienópolis: "um jornal diferenciado"
Fernando Henrique Cardoso não perdeu tempo ao saber que Lula é o novo colunista do New York Times. O tucano acabou de acertar um espaço opinativo na Gazeta de Higienópolis. O ex-presidente escreverá sobre as dificuldades que o bairro passa, além de mostrar a perspectiva econômica da região.
"É um jornal diferenciado. Como morador, não deixo de notar os seus problemas sociais. Espero que, com esta coluna, as pessoas conheçam o panorama real de Higienópolis", disse FHC.
Postado por zcarlos ferreiraàs 22:30Nenhum comentário:
Marcadores: Lula, New York Times
Também do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 25 Apr 2013 04:27 AM PDT
Depois de ver Leveson comandar as discussões sobre a mídia inglesa, dói ver nosso STF.
DE LONDRES
Acompanhei, em Londres, o trabalho sereno, lúcido, inteligente do juiz Brian Leveson, incumbido de comandar as discussões sobre a mídia britânica.
Leveson, para lembrar, foi chefe de um comitê independente montado a pedido do premiê David Cameron depois que a opinião pública disse basta, exclamação, às práticas da mídia. Já havia um mal estar, parecido aliás com o que existe no Brasil, mas a situação ficou insustentável depois que se soube que um jornal de Murdoch invadira criminosamente a caixa postal do celular de uma garota de 12 anos sequestrada e morta. O objetivo era conseguir furos.
Leveson e um auxiliar interrogaram, sempre sob as câmaras de televisão, personagens como o próprio Cameron, Murdoch (duas vezes), editores de grande destaque, políticos e pessoas vítimas de invasão telefônica, entre as quais um número expressivo de celebridades.
Em seu relatório final, Leveson recomendou a criação de um órgão independente que fiscalize as atividades jornalísticas. Os britânicos entendem que a auto-regulação fracassou. O "interesse público" tem sido usado para encobrir interesses privados, e a "liberdade de expressão" invocada para a prática de barbaridades editoriais.
Um grupo de políticos conservadores publicou uma carta aberta que reflete o sentimento geral. "Ninguém deseja que nossa mídia seja controlada pelo governo, mas, para que ela tenha credibilidade, qualquer órgão regulador tem que ser independente da imprensa, tanto quanto dos políticos", diz a carta.
Este Diário defende vigorosamente isso no Brasil, aliás: um órgão regulador independente — sem subordinação a governo nenhum e nem a políticos de qualquer naipe. Mas — vital — também independente das empresas de mídia. A Inglaterra marcha para isso, e a Dinamarca — ah, sempre a Escandinávia — já tem um sistema exemplar desses há anos. A auto-regulação é boa apenas para as empresas de mídia. Para a sociedade, como se observou na Inglaterra e como se observa no Brasil, pode ser muito danosa.
Você vê Leveson e depois vê nossos juízes do STF e o sentimento que resulta disso é alguma coisa entre a desolação e a indignação. Por que os nossos são tão piores?
Leveson, para começo de conversa, fala um inglês simples, claro, sem afetação e sem pompa. Não se paramenta ridiculamente para entrevistar sequer o premiê: paletó e gravata bastam. Ninguém merece a visão das capas que fizeram Joaquim Barbosa ser chamado, risos, de Batman.
Leveson guarda compostura, também. Se ele fosse a uma festa de um jornalista com um interesse tão claro nos debates que ele comanda, seria fatalmente substituído antes que a bagunça fosse removida pelas faxineiras.
Nosso ministro Gilmar Mendes foi, alegremente, ao lançamento do livro do colunista Reinaldo Azevedo, em aberta campanha para crucificar os réus julgados por Gilmar, e de lá saiu com um livro autografado que provavelmente jamais abrirá e com a sensação de que nada fez de errado.
Leveson também mede palavras. Há pouco tempo, nosso Marco Aurélio Mello disse que a ditadura militar foi um "mal necessário". Mello defendeu uma ditadura, simplesmente – e ei-lo borboleteando no STF sem ser cobrado para explicar direito isso.
Necessário para quem? O Brasil tinha, em 1964, um presidente eleito democraticamente, João Goulart. Os americanos entendiam, então, que para cuidar melhor de seus interesses em várias partes convinha patrocinar golpes militares e apoiar ditadores que seriam fantoches de Washington.
Foi assim no Irã e na Guatemala, na década de 1950, e em países como o Brasil e o Chile, poucos anos depois. O pretexto era o "risco da bolchevização". Uma pausa para risos.
Recapitulemos o legado do golpe: a destruição do ensino público, a mais eficiente escada para a mobilidade social. A pilhagem dos trabalhadores: foram proibidas greves, uma arma sagrada dos empregados em qualquer democracia. Direitos trabalhistas foram surrupiados, como a estabilidade.
De tudo isso nasceu uma sociedade monstruosamente injusta e desigual, com milhões de brasileiros condenados a uma miséria sem limites. Quem dava sustentação ideológica ao horror que se criava era o poderoso ministro da economia Delfim Netto. Ele dizia que era preciso primeiro deixar crescer o bolo para depois distribuir.
São Paulo, a minha São Paulo onde nasci e onde pretendo morrer, era antes da ditadura uma cidade dinâmica, empreendedora, rica – e bonita. Menos de 1% de sua população vivia em favelas. Com vinte anos de ditadura, já havia um enxame de favelas na cidade, ocupadas por quase 20% dos residentes.
Este o mundo que adveio do "mal necessário" defendido por Marco Aurélio Mello. Não tenho condições de avaliar se ele entende de justiça. Mas de justiça social ele, evidentemente, não sabe nada, e muito menos de história — a despeito de uma retórica pomposa, solene, pretensamente erudita e genuinamente arrogante.
Se a ditadura foi um mal necessário, aspas, Mello pode ser classificado como um mal desnecessário, exclamação.
Paulo NogueiraNo DCM
Postado por zcarlos ferreiraàs 23:30Nenhum comentário:
Marcadores: Brasil, Inglaterra, Justiça, Paulo Nogueira, STF
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Francisco Almeida
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