quinta-feira, 28 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Pressão sobre Copom pautou especulação


SARAIVA 13


Paulo Moreira Leite sobre espetáculo midiático do julgamento da AP470: Nem nos EUA a TV possui tamanho poder

Posted: 28 Mar 2013 02:07 PM PDT


Paulo Moreira Leite fala sobre o "outro lado" da cobertura do mensalão
Por: Luiz Gustavo Pacete, Portal Imprensa
27/03/2013 17:00
Uma das expressões mais usadas na cobertura da "ação penal 470" – também conhecida como "mensalão" – classifica o caso como o "maior julgamento da história". O termo foi utilizado no Brasil e repetido na imprensa internacional, porém, existem pontos de discordância.
Paulo Moreira Leite, diretor da sucursal da Istoé, em Brasília, que acompanha o mensalão desde 2005, quando o assunto veio à tona, expressou em seu blog, durante todo o julgamento, o que ele chama de cobertura "correta" que tentou, rigorosamente, analisar os dois lados e foi obsessiva com perguntas sobre a profundidade das provas.

No livro "A Outra História do Mensalão – As Contradições de um Julgamento Político", com prefácio do jornalista Jânio de Freitas, o repórter reúne os principais posts publicados durante o calor do julgamento.
À IMPRENSA, Leite fala sobre o seu ponto de vista da cobertura e não se considera corajoso por destoar de grande parte dos veículos. Ele destaca o posicionamento tomado pela imprensa brasileira e a exibição exacerbada pelo fato de o julgamento ser transmitido ao vivo pela TV, para ele, a existência das câmeras não é garantia de transparência.
IMPRENSA – Você se considera corajoso por ter mostrado um ponto de vista diferente de grande parte da imprensa?
Paulo Moreira Leite – Não acho coragem uma boa palavra, mesmo reconhecendo que outros jornalistas tinham uma visão do julgamento semelhante à minha mas não se manifestaram. Acredito que fiz a cobertura correta. Fui jornalista, como disse o Jânio de Freitas no prefácio, lembrando que fiz um trabalho profissional – como um médico deve ser médico, um professor, professor, e assim por diante. Aprendi que o bom jornalismo se faz com a dúvida, com a crítica, com a pergunta. Meu livro é o resultado disso. Comparei o que a acusação dizia com aquilo que a defesa sustentava. Examinei os indícios apresentados pelo Ministério Público à luz da investigação da Polícia Federal. Fui atrás de documentos e depoimentos que não foram levados em conta. Fiz o "bê a bá".
Num trecho do livro você fala na disparidade entre opinião pública e  opinião publicada. Como é isso?
Quem fez a distinção entre uma coisa e outra, certa vez, foi o Fernando Henrique Cardoso, quando era um dos principais intelectuais do MDB. Ele queria mostrar que há uma diferença entre aquilo que os jornais dizem – e publicam – e aquilo que a sociedade pensa, e nem sempre é publicado. Tivemos um julgamento em que a opinião publicada tinha uma visão radical e mesmo tendenciosa contra os réus da ação penal 470. Exigia penas duríssimas, falava em punições exemplares. Imaginava que o julgamento iria produzir a condenação política de ministros e integrantes da cúpula do governo Lula, mas a opinião da maioria da sociedade era outra, como se viu nas eleições ocorridas durante o julgamento, que mostraram um fortalecimento do PT e um imenso prestígio de Lula. O ex-presidente foi o grande vitorioso da campanha de 2012, como já havia sido em 2006.
A imprensa se frustrou achando que o julgamento teria impacto nas coberturas municipais?
Foi um erro em continuidade como o de 2006, quando diversos comentaristas anunciaram que Lula não seria capaz de se reeleger. Depois, quando Geraldo Alckmin foi derrotado, surgiu a tese de que os eleitores pobres, que em sua maioria votam em Lula, têm princípios éticos menos sólidos do que os eleitores com mais dinheiro e mais educação formal. Puro preconceito. As pesquisas mostram que a maioria dos eleitores, de todas as classes sociais, têm princípios e visões muito semelhantes. A diferença é que os mais pobres, que sofrem na carne o tratamento reservado a quem não tem dinheiro para pagar um bom advogado, consideram que a Justiça só funciona para os ricos e não levam a sério tudo o que ela diz. No segundo semestre de 2012 teve gente que escreveu "Adeus Lula", achando não só que o julgamento estava resolvido, mas que herança de Lula seria rejeitada pela população. O resultado veio nas urnas.
Os réus foram julgados antes do resultado?
A maioria dos jornalistas cobriu o mensalão com toda energia em 2005 e 2006, mas parou de investigar e apurar a partir daí. Tivemos Roberto Jefferson, um delator de ópera, mas ele próprio foi mudando de versões com o passar do tempo. Outra novidade é que muitas coisas que pareciam óbvias, como o desvio de dinheiro público, não foram comprovadas por nenhuma auditoria. A Polícia Federal encontrou provas que ninguém esperava e não encontrou outras que todo mundo imaginava que estava ao alcance da mão. Mas nada disso foi debatido nem divulgado. Era como se ninguém quisesse atrapalhar o trabalho do procurador Roberto Gurgel e do relator Joaquim Barbosa.
Foi um espetáculo midiático?
A TV não pede reflexão e nem distanciamento. Não pede ponderação. Ela é show. Tem que ser rápida. A câmara está ali. Você passa a ter a sensação de que é um espetáculo com vida própria. E quem entra para fazer reflexão em um show estraga o espetáculo, vira o desmancha-prazeres. As pessoas tiveram um comportamento agressivo em relação ao Ricardo Lewandovski simplesmente porque ele estava estragando o show e pedindo reflexão. Em nenhuma democracia madura a TV exibiu tamanha força num julgamento político. Nem nos EUA, que tanta gente aponta como padrão nessa matéria, a TV possui tamanho poder.
As pessoas que defendem a transmissão direta por TV falam em transparência. Isso não conta?
Vamos reconhecer uma coisa: uma câmara de TV pode mostrar um grande espetáculo, mas o grau de transparência é definido por aquilo que ela conta para você. Não é o que você viu, mas o que você descobriu. Não há transparência quando você não é informado sobre o que se passa nos bastidores, quando a TV exibe um ponto de vista unilateral, quando não se conhece os argumentos de todas as partes. As imagens podem informar, mas podem apenas iludir. Os políticos adoram aparecer numa CPI por causa disso: é show garantido, publicidade de graça. Nem em jogo de futebol uma câmara é garantia de transparência. Como falar disso num tribunal?
Você acha que a imprensa quis transformar o Joaquim Barbosa em um herói?
O Joaquim é uma pessoa que estudou direito. Ele acreditava na culpa dos réus. Mas concordo com quem diz que ele não mostrou uma postura de juiz, que examina as provas e contra-provas numa atitude equilibrada, de quem pesa os argumentos, examina a consistência das partes a todo o momento. Como relator, Joaquim Barbosa chegou a intimidar os magistrados que tinham uma visão contrária a dele, gerando reações críticas até mesmo de O Estado de S. Paulo, que, em geral, apoiava sua atuação. Trabalhando na linha do grande espetáculo, a imprensa precisa de ídolos. Seja no futebol, seja na política. Isso explica o tratamento benigno dispensado ao ministro naqueles episódios lamentáveis em que ele repreendia repórteres e tentava interferir em seu trabalho.
Como foi lidar com as críticas vindas da internet?
Aprendi que a internet é igual a estádio de futebol. Tem gente que não concorda e argumenta, mas tem também quem só está ali para xingar. Muitos políticos mantém assessores escalados para dar porrada pela internet. É parte de seu trabalho profissional. Mas o importante é que a internet possibilita um debate, uma liberdade de expressão inegável. As pessoas conseguem te localizar, elas sabem o que você pensa e qual seu ponto de vista. Devo meu livro a esta liberdade que a internet permite. Foi ali que eu pude testar e desenvolver os principais argumentos sobre o julgamento.
Leia também:
Coletiva com jornalista Paulo Moreira Leite: "A outra história do Mensalão"
Mais um lançamento da Geração Editorial: A Outra História do Mensalão
Dirceu lota auditório da ABI e avisa à direita e à mídia conservadora: "Não vão me calar!"
Os vídeos da TVT: "O Brasil em debate: O Estado democrático de direito, a mídia e o Judiciário"
O STF pós 'mensalão' sob a ótica de especialistas

Pressão sobre Copom pautou especulação

Posted: 28 Mar 2013 12:02 PM PDT


"Especuladores apostaram na alta dos juros, mas perderam com manipulação de fala presidencial: taxas futuras caíram; antes da reunião dos Brics, André Esteves, do BTG Pactual, atacou política econômica; "medidas macroprudenciais não fazem sentido hoje", disse ele; "ocorreu uma mudança estrutural nos juros brasileiros, mas isso não quer dizer que as taxa não vão mais subir ou cair. Só que vão subir para 8,5% ou 9%, e não para 14%, 15% ou 16%"; carga sobre o Copom presidido por Alexandre Tombini ficou evidente
Brasil 247
Hoje, os jornais destacaram nas manchetes que o mercado foi afetado por declarações da presidente Dilma Rousseff, ontem, em Durban, na África. A manchete deveria ser outra: especuladores que apostam na subida dos juros perderam dinheiro, mas jogo está só começando, pois objetivo final é Copom.
A presidente Dilma não disse nada de novo. Ela apenas repetiu que o governo está atento à inflação e trata o tema como prioridade, refletiu que não considera o melhor caminho a velha receita da promoção de uma recessão na economia. Uma obviedade, já repetida em várias ocasiões.
Mas os especuladores, predadores na sua essência, se aproveitaram para operar em cima da fala da presidente Dilma.
Os especuladores estão em plena safra de apostas em relação ao próximo Copom. Será que vai subir, ou manter o juro? Com a inflação no teto da meta estabelecida pelo governo, os economistas que defendem o pensamento neoliberal de que o melhor remédio é a recessão, passaram a defender a alta dos juros já."
Matéria Completa, ::AQUI::

Maria Luiza Tonelli: Presidenta, crie corvos e eles bicarão teus olhos

Posted: 28 Mar 2013 11:56 AM PDT



Do Viomundo - publicado em 27 de março de 2013 às 14:02
Maria Luiza Tonelli: "Queremos o barulho da democracia mas com uma mídia democratizada"
por Maria Luiza Tonelli, especial para o Viomundo

O Brasil teve a mais longa ditadura da América Latina: 21 anos. Passamos por um período de redemocratização iniciado em 1985 e, finalmente, em 1988, com a Constituição chamada por Ulysses Guimarães de constituição cidadã, entramos efetivamente num sistema político de democracia, sob o Estado Democrático de Direito. Nossa democracia ainda é muito jovem, considerando que pela primeira vez o Brasil desfruta de um período de democracia ininterrupta, sem golpes no meio do caminho.

Às vésperas de completar 49 anos do golpe militar que contou com o apoio das classes privilegiadas, da imprensa, de intelectuais de direita, de grande parte da classe média brasileira e dos EUA, ainda estamos longe de viver numa verdadeira democracia em termos de efetiva igualdade de todos perante a lei e do respeito à dignidade humana, corolário da nossa Constituição.

O Brasil é um país constitucionalista, ou seja, um Estado no qual ninguém está acima da lei, nem governantes nem governados. Significa que nenhuma lei pode estar em contradição com a Constituição, bem como a nenhum cidadão ou grupo de indivíduos cabe, sob qualquer pretexto, agir de modo tal que contrarie o que diz nossa Lei Maior, mesmo quando percebemos que há colisão entre direitos.

Isso quer dizer que nenhum direito é absoluto. O direito à liberdade de expressão não é absoluto a ponto de violar o direito à imagem, à privacidade e à dignidade humana. 

Mesmo quando se trata de figuras públicas, o direito mínimo à privacidade deve ser garantido. Estar na condição de agente público não exclui direitos fundamentais e direitos humanos do político como indivíduo e como cidadão.

De modo simplificado, o que podemos dizer sobre a dignidade humana é que todo ser humano deve ser tratado como um fim em si mesmo, não como um meio, segundo a fórmula kantiana.

A dignidade humana é um valor intrínseco ao ser humano, um direito constitucional a ser respeitado e um direito humano que tem como pressuposto o fato de que, por sermos humanos,  todas as pessoas devem ser tratadas com igual respeito.

Trata-se de um valor supremo. Direitos humanos são universais, para todos, pelo simples fato de fazermos parte da espécie humana. É uma conquista da civilização o direito de não ser tratado de forma humilhante e degradante. O direito a não sofrer tratamento cruel, física ou psicologicamente. Mesmo um prisioneiro, pelo simples fato de pertencer à espécie humana, deve receber tratamento digno de modo a ter preservada a sua integridade física e mental.

Foi durante os 21 anos de estado de exceção que surgiram e fortaleceram-se, em termos econômicos e políticos, os grandes meios de comunicação hegemônicos deste país. Mesmo que a Constituição Federal vede o monopólio dos meios de comunicação, apenas seis famílias dominam a chamada grande mídia, concentrada fundamentalmente no eixo Rio-São Paulo.

Além disso, foi durante o período da ditadura que concessões de rádio e TV foram distribuídas para políticos que apoiavam o regime militar. Como verdadeiros latifúndios eletrônicos, através de rádios e TVs pelo Brasil afora, principalmente no Nordeste do Brasil, políticos perpetuam-se no poder, que é passado de pai para filho. Temos então num país de dimensões continentais uma grande mídia nas mãos de seis famílias e seus tentáculos nos estados da federação.

Isso, tudo junto e misturado, significa que quando a mídia se assume oposicionista ela atua fora dos marcos do parlamento, uma vez que além de atuar como porta voz dos partidos de oposição, também se constitui num verdadeiro partido político na defesa de seus interesses e de sua ideologia. Uma mídia que se arvora em ser representante dos interesses da sociedade, como se fosse um quarto poder na república.

Não é por acaso que os donos dos meios de comunicação querem nos fazer crer que regulação da mídia é sinônimo de censura. Não admitem a democratização dos meios de comunicação porque querem manter o monopólio a fim de conservar o poder político e aumentar cada vez mais  sua força econômica. Vale lembrar sempre que os meios de comunicação privados são empresas comerciais; logo, regidas pela lógica do mercado, embora apregoem que atuam na defesa da democracia, em nome da liberdade de expressão e de imprensa. Liberdade de imprensa não é sinônimo de liberdade de expressão. Além disso, devemos nos lembrar que empresas de comunicação são concessões públicas que, portanto, estão sujeitas a regras e normas constitucionais.

A longa preleção acima presta-se, principalmente, a uma questão: pode um meio de comunicação, em nome da liberdade de expressão e de imprensa, através de um programa pretensamente humorístico, expor uma pessoa a um tratamento humilhante, degradante, aviltante, em nome da liberdade de expressão e de imprensa, como fez o CQC com o deputado José Genoíno, sem considerar que se trata de um ser humano com direitos a serem respeitados? Uma mídia que hipocritamente fala tanto em moral e valoriza tanto os "valores da família" não considera que José Genoíno também tem uma família que sofre com tamanho linchamento moral?

Estamos às vésperas de completar 49 anos de um golpe militar que nos impôs 21 anos de ditadura, quando muitos foram mortos, outros perseguidos, presos, torturados barbaramente, simplesmente porque lutavam contra o regime de exceção e defendiam a democracia que nos foi solapada quando um presidente legitimamente empossado no cargo foi deposto pelos militares, saudados pela imprensa em seus editoriais no dia seguinte ao golpe.

José Genoíno, preso e torturado, foi um dos que teve a coragem de lutar contra a ditadura. Pelo mesmo motivo foi perseguida, presa e torturada a mulher que hoje preside este país. Genoíno, hoje achincalhado, é torturado psicologicamente pela mesma mídia que agora defende a democracia.

A presidenta Dilma já disse várias vezes que prefere o barulho da mídia na democracia do que o silêncio da ditadura. Nós não queremos o barulho de uma mídia que não respeita a Constituição nem os direitos humanos, pois no Estado Democrático de Direito ninguém está acima da lei. O que queremos é o barulho da democracia com uma comunicação democratizada. Direitos quando são para poucos já não são direitos, mas privilégios.

A democracia foi inventada pelos gregos há quase dois mil e quinhentos anos como o regime da palavra e assim continua sendo.  Quando a comunicação está nas mãos de poucos não é apenas o direito humano e constitucional ao uso da palavra de todos que está sob ameaça, é a democracia que está em perigo.

Para quem sofreu na alma e na própria carne os horrores da ditadura, como a presidenta Dilma, é compreensível e louvável que defenda a total liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. Mas isso não é condição suficiente para que tenhamos uma verdadeira democracia. Sabemos muito bem a quem interessa e o que favorece a desregulamentação da mídia neste país.

A presidenta Dilma deve saber o significado do adágio popular espanhol cria cuervos que te sacarán los ojos.


Maria Luiza Tonelli é advogada, Mestre e Doutoranda em Filosofia pela USP

Leia também:

Leandro Fortes: O nazijornalismo do CQC
 
Também do Blog ContrapontoPIG

Globo omite nome de Haddad em notícia sobre desapripriação

Posted: 28 Mar 2013 11:52 AM PDT


Do ContrapontoPIG



Enviado por luisnassif, qui, 28/03/2013 - 07:33
 
Por Antonio Martins Pereira

Globo omite nome do prefeito Fernando Haddad (PT/SP) no decreto que evitou 'drama social' em terreno na zona leste 

Por Antonio Nelson

Sob o título, Prefeitura decide desapropriar área que seria reintegrada na capital de SP, o Bom Dia Brasil desta quarta-feira, Edição do dia 27/03/2013, evitou pronunciar o nome do prefeito da capital de SP, Fernando Haddad (PT), no decreto que evitou 'drama social' em terreno na zona leste.

A jornalista Carla Vilhena (São Paulo) apresentou dificuldades ao falar sobre a ação de Haddad na desapropriação social, ou seja, a compra do terreno para solucionar os males que as famílias enfrentavam.

Confira abaixo o texto e vídeo no link direcionado:


Vídeo:
 http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/03/prefeitura-decide-desapropriar-area-que-seria-reintegrada-na-capital-de-sp.html
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Do Blog ContrapontoPIG

'Moral' do Serra em baixa. Vale um Chevete 1980, segundo sentença judicial

Posted: 28 Mar 2013 11:44 AM PDT

A moral de José Serra (PSDB-SP) anda em baixa. Só dá pra comprar uma lata-velha, tipo um Chevete 1980.

Foi este valor (R$ 1.000,00) da indenização no processo por danos morais que o tucano ganhou em primeira instância por causa do livro "A Privataria Tucana", apesar da sentença se limitar a condenar pelo que considerou "oportunismo eleitoral" e não o conteúdo do livro.

Eis a notícia na coluna de Mônica Bérgamo:

José Serra ganhou indenização de R$ 1.000 por danos morais pelo "oportunismo eleitoral" do livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Júnior. O autor e a editora Geração Editorial foram condenados pelo juiz André Pasquale Scavone, da 10ª Vara Cível, em sentença publicada em 1º de março.

INDENIZAÇÃO

Na decisão, o juiz declara que "não é este o juízo que vai dizer se os fatos narrados são ou não verdadeiros". Diz, no entanto, que é "inequívoca a intenção dos réus de atingir a imagem de Serra". Scavone considera "curioso" o caráter indenizatório da ação. "Se o interesse era preservar a imagem, o pedido deveria ser de impedir a venda do material ofensivo."

INDENIZAÇÃO 2

Ao fixar a indenização, o juiz afirma ser o valor "simbólico (para fins de paraísos fiscais)", uma referência às denúncias do livro, lançado às vésperas das eleições de 2010, contra o candidato tucano à Presidência.

INDENIZAÇÃO 3

Serra e os réus devem recorrer da decisão. "O livro foi considerado ofensivo, mas entramos com recurso para ampliar a condenação", afirma Ricardo Penteado, advogado do tucano. "Também vamos recorrer. Para nós, R$ 1.000 é muito", diz o editor Luiz Fernando Emediato.


Em tempo: Não entendi qual foi o oportunismo eleitoral. O livro esperou passar as eleições de 2010 e só foi publicado no final de 2011, quando José Serra jurava de pés juntos que não seria candidato a nada (nem a prefeito, nem a vereador) em 2012. Se o tucano voltou atrás e candidatou-se em 2012, que culpa tem a editora?
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

As crianças têm que ser protegidas da cafajestice do CQC

Posted: 28 Mar 2013 08:02 AM PDT

Diário do Centro do Mundo
Paulo Nogueira

A gangue pseudocômica faz um garoto mentir, enganar e torturar psicologicamente José Genoíno.
Professor de cafajestice

Alguns meses atrás, a gangue do  CQC já descera à lama ao abordar José Genoíno de maneira cafajeste logo depois do trauma de uma absurda decisão da justiça que decretou prisão para ele.

Agora, a gangue conseguiu descer ainda mais.

Ao longo de um interminável, odioso filme de sete minutos os pseudo-humoristas submeteram Genoíno sessão de violência que degrada não quem a sofreu, mas quem a fez – os mentecaptos sorridentes liderados por Marcelo Tas.

O que eles fizeram não é nem comédia e nem jornalismo: é simplesmente um caso de polícia.

Um repórter-palhaço ficou trollando desvairadamente Genoíno, em Brasília, em busca de uma "entrevista", aspas.

Louvo aqui o autocontrole de Genoíno,  porque pouca gente é capaz de suportar uma provocação tão baixa pelo que pareceu uma eternidade.

Depois, a gangue colocou um garoto pré-adolescente num papel que em algum momento haverá de envergonhá-lo, se ele tiver decência básica.

O menino enganou Genoíno. Se fez passar por admirador para entrar na sala de Genoíno e extrair algumas palavras.

Depois, em seguimento às mentiras que o fizeram contar, o garoto disse a Genoíno que seu tio estava fora da sala, esperando para cumprimentá-lo.

O tio era um dos integrantes da gangue.

Genoíno saiu da sala e deu de cara com o tio de mentira. E isso foi comemorado como um triunfo pela gangue.

Se há algum comitê de proteção à infância que funcione no Brasil, ele tem que cobrar satisfações de quem fez o garoto se submeter a uma infâmia dessa natureza. Dificilmente ele terá outra aula tão completa de canalhice.

Em poucos minutos, o menino foi obrigado a agir como um pequeno trapaceiro desprezível. O risco é que ele cresça e se torne um adulto tão asqueroso como Marcelo Tas e os integrantes da gangue.


Sobre o autor: 

O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.


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O nazijornalismo do CQC

Posted: 28 Mar 2013 07:58 AM PDT


"Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime"

Leandro Fortes, CartaCapital / Vi o Mundo

"A violência do CQC contra o deputado José Genoíno alcançou, essa semana, um grau de bestialidade que não pode ser dimensionado à luz do humorismo, muito menos no campo do jornalismo. Isso porque o programa apresentado por Marcelo Tas, no comando de uma mesa onde se perfilam três patetas da tristeza a estrebuchar moralismos infantis, não é uma coisa nem outra.

Não é um programa de humor, porque as risadas que eventualmente desperta nos telespectadores não vem do conforto e da alegria da alma, mas dos demônios que cada um esconde em si, do esgoto de bílis negra por onde fluem preconceitos, ódios de classe e sentimentos incompatíveis com o conceito de vida social compartilhada.
 
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
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Francisco Almeida 




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