quinta-feira, 28 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: O nazijornalismo do CQC


SARAIVA 13


Lula não descarta voltar à Presidência em 2018

Posted: 27 Mar 2013 03:49 PM PDT

Do Brasil 247 - 27 de Março de 2013 às 06:09

 

William Volcov: SÃO PAULO, SP, 20.02.2013: PT/10 ANOS NO PODER -  -  Lula, a presidente Dilma Rousseff , o presidente do PT, Rui Falcão, e membros do partido participam de ato de comemoração dos 33 anos do PT e dos dez anos da sigla à frente do governo federal na noite d
Em entrevista ao Valor, ex-presidente diz que está na hora de ficar quieto, mas se mostrou disponível para voltar ao cenário político "se precisarem dele"; no momento, concentra toda sua energia em Dilma para 2014: "eu quero palanque. Se eu não puder falar eu levo um cartaz dela na mão"; quanto à oposição, conta que avisou José Serra para se poupar na época da eleição à Prefeitura de São Paulo e que é contra sua índole pedir para Eduardo Campos (PSB) não se candidatar


247 – A presidente Dilma Rousseff ainda está no início de seu terceiro ano de mandato, mas o ex-presidente já pensa até nas eleições de 2018. Em entrevista ao Valor, ele se mostra cheio de energia para ajudar Dilma a se reeleger em 2014 e, quem sabe, voltar a política na gestão seguinte, "se precisarem de mim", disse.

Leia trechos da entrevista de Lula às repórteres Vera Brandimarte, Cristiane Agostine e Maria Cristina Fernandes do Valor:

Dilma: O Brasil nunca esteve em tão boas mãos como agora. Nunca esse país teve uma pessoa que chegou na Presidência tão preparada como a Dilma. Tudo estava na cabeça dela, diferentemente de quando eu cheguei, de quando chegou Fernando Henrique Cardoso. Você conhece as coisas muito mais teóricas do que práticas. E ela conhecia por dentro. Por isso que estou muito otimista com o sucesso da Dilma e ela está sendo aquilo que eu esperava dela.

Eduardo Campos: Acho muito cedo pra falar da candidatura Eduardo. Ele é um jovem de 40 e poucos anos. Termina seu mandato no governo de Pernambuco muito bem avaliado. Não faz parte da minha índole pedir para as pessoas não se candidatarem porque pediram muito para eu não ser. Se eu não fosse candidato eu não teria ganho. Precisei perder três eleições para virar presidente. Eu não pedirei para não ser candidato nem para ele nem para ninguém. A Marina conviveu comigo 30 anos no PT, foi minha ministra o tempo que ela quis, saiu porque quis e várias pessoas pediram para eu falar com ela para não ser candidata e eu disse: 'Não falo'. Acho bom para a democracia. E precisamos de mais lideranças.

José Serra e Aécio Neves: O que acho grave é que os tucanos estão sem liderança. Acho que Serra se desgastou. Poderia não ter sido candidato em 2012. Eu avisei: não seja candidato a prefeito que não vai dar certo. Poderia estar preservado para mais uma. Mas Serra quer ser candidato a tudo, até síndico do prédio acho que ele está concorrendo agora. E o Aécio não tem a performance que as pessoas esperavam dele.

Volta em 2018: Não. Estarei com 72 anos. Está na hora de ficar quieto, contando experiência. Mas meu medo é falar isso e ler na manchete. Não sei das circunstâncias políticas. Vai saber o que vai acontecer nesse país, vai que de repente eles precisam de um velhinho para fazer as coisas. Não é da minha vontade. Acho que já dei minha contribuição. Mas em política a gente não descarta nada.

Rio: Não podemos permitir que a eleição da Dilma corra qualquer risco. Não podemos truncar nossa aliança com o PMDB. Acho que o PT trabalha muito com isso e que Lindbergh pode ser candidato sem causar problema. Acho que o Rio vai ter três ou quatro candidaturas e ele, certamente, vai ser uma candidatura forte. Obviamente Pezão será um candidato forte, apoiado pelo governador e pela prefeitura. 

São Paulo: Olha, acho que a gente não tem definição de candidato ainda. Você tem Aloizio Mercadante, que na última eleição teve 35% dos votos, portanto ele tem performance razoável. Tem o [Alexandre] Padilha, que é uma liderança emergente no PT, que está em um ministério importante. Tem a Marta [Suplixy] que eu penso que não vai querer ser candidata desta vez. Tem outras figuras novas como o Luiz Marinho, que diz que não quer ser candidato. Tem o José Eduardo Cardozo, que vira e mexe alguém diz que vai ser candidato e você pode construir aliança com outros partidos políticos. Para nós a manutenção da aliança com o PMDB aqui em São Paulo é importante.

Denúncias: Quando as coisas são feitas de muito baixo nível, quando parecem mais um jogo rasteiro, eu não me dou nem ao luxo de ler nem de responder. Porque tudo o que o Maquiavel quer é que ele plante uma sacanagem e você morda a sacanagem. É que nem apelido: se eu coloco um apelido na pessoa e a pessoa fica nervosa e começa a xingar, pegou o apelido. Se ela não liga, não pegou o apelido. Tenho 67 anos de idade. Já fiz tudo o que um ser humano poderia fazer nesse país.

As viagens aos exterior custeadas por empreiteiras: O que faz um presidente da República? Como é que viaja um Clinton? A serviço de quem? Pago por quem? Fernando Henrique Cardoso? Ou você acha que alguém viaja de graça para fazer palestra para empresários lá fora? Viajo para vender confiança. Adoro fazer debate para mostrar que o Brasil vai dar certo. Compre no Brasil porque o país pode fazer as coisas. Esse é o meu lema. Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender, me dê que eu vendo.

Fernando Henrique: Você sabe que eu fico com pena de ver uma figura de 82 anos como o Fernando Henrique Cardoso viajar falando que o Brasil não vai dar certo. Fico com pena.

Mensalão: Não vou falar por uma questão de respeito ao Poder Judiciário. O partido fez uma nota que eu concordo. Vou esperar os embargos infringentes. Quando tiver a decisão final vou dar minha opinião como cidadão. Por enquanto vou aguardar o tribunal. Não é correto, não é prudente que um ex-presidente fique dizendo 'Ah, gostei de tal votação', 'tal juiz é bom'. Não vou fazer juízo de valor das pessoas. Quando terminar a votação, quando não tiver mais recursos vou dizer para você o que é que eu penso do mensalão.


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PITACO DO ContrapontoPIG

Agora Eduardo vai pensar 1000 vezes antes de se candidatar em 2014. Está em sinuca!

A atitude de Lula nos leva a um exercício de imaginação: Dilma fica até 2018. Aí vem Lula e permananece até 2022 e depois até 2026.

E só então Eduardo poderia disputar ... contra o Hadadad.

A brechinha que ele poderia ter em 2018 ... pode desaparecer! 

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Do Blog ContrapontoPIG

O Ministério Público Federal é uma piada

Posted: 27 Mar 2013 03:44 PM PDT

 
 
 
O Ministério Público Federal recebe vale-alimentação, auxilio moradia, ganha Iped de graça da Apple, tem 60 dias de férias, patrocina Congresso com dinheiro público e privado, seus membros só viajam para fora do Brasil(a custa do povo, claro!), mas acha toda essa mordomia normal, ética.De outro lado, fica se preocupando com a viagem da Presidenta da República para a missa inaugural do pontificado do papa Francisco.
 
 
Veja trecho da matéria da Folha:
 
 
"O Ministério Público Federal instaurou, nesta terça-feira, um inquérito civil para investigar o custo da viagem e o tamanho da comitiva presidencial que viajou a Roma, para missa inaugural do pontificado do papa Francisco.
 
 
De acordo com o documento, o inquérito pretende apurar "eventuais irregularidades, em especial aos gastos e ao número de integrantes da comitiva".
 
 
O documento afirma que o aluguel de 52 quartos "ainda que por comitiva presidencial configura, ao menos em tese, extravagância e constitui indícios de irregularidades envolvendo gastos desmedidos".
 
 
Mas será possível que um presidente de um país majoritariamente católico não pode ir a uma cerimônia do pontificado de um papa? Que é isso, gente!
 
Esses porra-loucas não têm o que fazer não, é? Por que esses vagabundos não vão atrás de denunciar corrupto.Os crimes prescrevem e esses canalhas não agem.Veja o exemplo de Raul Jungmann.O cara roubou R$ 39 milhões do MDA/INCRA mas o crime prescreveu devido a inoperância do Ministério Público Federal, que não ofereceu a denúncia de imediato.
Postado por às 18:20Nenhum comentário:  

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

O nazijornalismo do CQC

Posted: 27 Mar 2013 03:39 PM PDT

NAZIJORNALISMO
Leandro Fortes, no Facebook

A violência do CQC contra o deputado José Genoíno alcançou, essa semana, um grau de bestialidade que não pode ser dimensionado à luz do humorismo, muito menos no campo do jornalismo. Isso porque o programa apresentado por Marcelo Tas, no comando de uma mesa onde se perfilam três patetas da tristeza a estrebuchar moralismos infantis, não é uma coisa nem outra. 
Não é um programa de humor, porque as risadas que eventualmente desperta nos telespectadores não vem do conforto e da alegria da alma, mas dos demônios que cada um esconde em si, do esgoto de bílis negra por onde fluem preconceitos, ódios de classe e sentimentos incompatíveis com o conceito de vida social compartilhada. 
Não é jornalismo, porque a missão do jornalista é decodificar o drama humano com nobreza e respeito ao próximo. É da nobre missão do jornalismo equilibrar os fatos de tal maneira que o cidadão comum possa interpretá-los por si só, sem a contaminação perversa da demência alheia, no caso do CQC, manipulada a partir dos interesses de quem vê na execração da política uma forma cínica de garantir audiência.
A utilização de uma criança para esse fim, com a aquiescência do próprio pai, revela o grau de insanidade que esse expediente encerra. O que se viu ali não foi apenas a atuação de um farsante travestido de jornalista a fazer graça com a desgraça alheia, mas a perpetuação de um crime contra a dignidade humana, um atentado aos direitos humanos que nos coloca, a todos, reféns de um processo de degradação social liderado por idiotas com um microfone na mão.
A inclusão de um "repórter-mirim" é, talvez, o elemento mais emblemático dessa circunstância, revelador do desrespeito ao ofício do jornalismo, embora seja um expediente comum na imprensa brasileira. Por razões de nicho e de mercado, diversos veículos de comunicação brasileiros têm lançado, ao longo do tempo, mão dessa baboseira imprestável, como se fosse possível a uma criança ser repórter, ainda que por brincadeira.
Jornalismo é uma profissão de uma vida toda, a começar da formação acadêmica, a ser percorrida com dificuldade e perseverança. Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime e espero, sinceramente, que alguma medida judicial seja tomada a respeito. 
Não existem repórteres-mirins, como não existem médicos-mirins, advogados-mirins e engenheiros-mirins. 
Existem, sim, cretinos adultos. 
E, a estes, dedico o meu desprezo e a minha repulsa, como cidadão e como jornalista.

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Também do Blog O Esquerdopata.

Reflexões do Perfeito Idiota Brasileiro sobre a candidatura de FHC à ABL

Posted: 27 Mar 2013 03:35 PM PDT

Paulo Nogueira

A pompa de Fernando vai nos redimir da pobreza de Francisco.
Ele é o Perfeito Idiota Brasileiro, mas nós o chamamos simplesmente de PIB.

É um cidadão antenado: no trânsito está sempre com a CBN ligada. Quando chega Jabor, aumenta.

Um patriota. Se não fosse, estava há muito tempo em Hollywood com uma coleção de Oscars.

PIB gosta de repassar e-mails políticos para os amigos. O último foi uma profecia do general Ernesto Geisel. "Estou iniciando um processo de abertura, mas logo chegará o dia em que vocês terão saudade dos militares."  PIB sentia mesmo  que os brasileiros cultivavam mesmo uma enorme nostalgia sobre os militares.

O  zé-povinho estava em seu devido lugar.

Hoje foi um dia feliz para ele. FHC na Academia Brasileira de Letras. PIB aplaudiu de pé, mentalmente, a notícia.

Leu no site do Globo a informação. Grandes brasileiros estavam na ABL, ou tinham passado por ela. Roberto Marinho, Sarney e ele. Ele é como PIB se refere a Merval, seu guru.

Um colosso o Merval, pensou PIB: deu o furo da morte de Chávez com mais de um ano de antecedência.

Nobel, por que não o Nobel de Jornalismo para ele?

PIB teve depois um pequeno momento de apreensão. FHC teria que enfrentar um conclave, e poderia perder.

Foi então que ele teve uma ideia genial. FHC poderia combinar com Serra uma jogada. Serra se candidataria também. Mas não de verdade. Apenas para garantir a vitória de FHC. Serra, grande alma, com certeza ficaria feliz de ajudar o amigo.

Tem algum livro o Serra?

Deve ter dezenas, pensou PIB. É uma cabeça privilegiada. Mas achou melhor checar. Foi a uma livraria e procurou. O pobre que o atendeu não conhecia nenhuma das grandes obras de Serra. PIB olhou as estantes e não viu nada.

Deve estar tudo esgotado. Só pode ser.

Viu uma pilha dos Irmãos Metralhas, de outro guru, Reinaldo Azevedo. Apanhou um exemplar e já ia comprar quando decidiu que podia deixar para a próxima visita à livraria. Não podia se dispersar. Queria a prosa incomparável de Serra.

Deu um Google, ao chegar em casa, e não encontrou nada.

Meu plano fracassou?

Mas, para o valente PIB, cada problema era apenas a véspera de uma solução. E então ele teve uma segunda ideia genial: fazer uma antologia dos tuítes de Serra.

FHC, em retribuição, poderia assegurar a Serra que sua vaga seria dele, Serra, caso morresse primeiro. Como Serra é meio desconfiado, isso poderia ficar registrado no testamento de FHC.

PIB sorriu sozinho ao compor a imagem de FHC de fardão. O mundo estava precisando de coisas solenes. PIB estava irritado com o papa Francisco pela ausência de pompa.

Papa pobre. Ir de classe econômica para o conclave? Andar de ônibus em Buenos Aires? Coisa de pobre. Coisa de argentino.

A posse de FHC seria uma resposta à pobreza do novo papa.  A Globo com certeza já adquirira os direitos de transmissão. Galvão ia narrar.

Vai que é tua, Fernando!

E então PIB deu o sorriso cristalino, triunfal, retumbante que só eles, os Perfeitos Idiotas Brasileiros, sabem dar. E depois pensou: "Temos papa". Em latim soa mais chique, refletiu.

Habemus papam.

Leia mais: Um dia na vida do perfeito idiota brasileiro


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Do Blog O Esquerdopata.

As gafes de Xuxa em sua aventura pelas redes sociais

Posted: 27 Mar 2013 03:28 PM PDT

Quando nós cometemos uma gafe, já ficamos em uma situação embaraçosa. Se você é famoso então, a gafe toma uma proporção tão grande que transforma um mico em um King Kong. E se a personagem da gafe for a Rainha dos Baixinhos então, a gafe rende semanas, meses e até anos. Confira algumas das gafes da Rainha dos Baixinhos em sua aventura nas redes sociais:

Sasha e Xuxa (Foto: AgNews)

1. Sasha foi alfabetizada em inglês?

A confusão começou quando a apresentadora postou direto do set de filmagens de seu filme 'Xuxa e o mistério da Feiurinha' que Sasha tinha acabado de filmar com um bode e que logo filmaria com uma cobra. Logo após o tuite, Sasha postou do Twitter da mãe "Sou eu, Sasha. Estou aqui filmando e vai ser um ótimo filme. Tenho que ir. Vou fazer uma sena (sic) com a cobra" Pronto! Foi o que faltava para os tuiteiros de plantão começarem a fazer observações sobre o erro de ortografia de Sasha, que escreveu "sena" ao invés de cena. A confusão foi tanta que Xuxa respondeu: "Para quem não sabe, minha filha foi alfabetizada em inglês, vou pensar muito em colocar ela pra falar com vocês, ela não merece ouvir certas m..." E mais tarde completou: "fui vcs não merecem falar comigo nem com meu anjo".

2. Não precisa gritar, Xuxa!

Xuxa (Foto:Divulgação)

Quando começou a usar o Twitter, Xuxa ainda meio perdida só postava em caixa, como mostra sua resposta a Zeca Pagodinho no dia 3 de agosto de 2009: "ZECA CHAMOU PRA IR A XEREM. E ELE JA SABE EU NAO BEBO, NAO FUMO E NAO COMO CHURRASCO, MAS FICO COM AS CRIANÇAS. TIPO BABÁ.VOU AMAR XEREM." Os internautas então começaram a avisá-la que escrever com o caps lock ligado significava que ela estava gritando. A apresentadora respondeu aos seguidores: "EU NÃO ESTOU GRITANDO, NEM QUERO SER MAL EDUCADA, GALERA. SEMPRE QUE ESCREVO NO COMPUTADOR, ESCREVO ASSIM. É O MEU JEITINHO!". Alguns dias depois, Xuxa começou a escrever com letras minúsculas. 

3. Quanto erro de português, Maria da Graça!


Ainda no mesmo dia em que apresentadora tuitou: "OUTRA COISA , NÃO FIQUEM TRISTE POR EU NÃO RESPONDER TUDO EU FICO DOIDINHA , VOU APRENDER AOS POUCOS TÁ". Logo após identificar seu erro, ela retornou e postou: "OPS , ESCREVI SEM LER SAIU ERROS DE PORTUGUES".

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 17:480 comentários 

Do Blog TERRA BRASILIS.

Decisões de olho no Ibope?

Posted: 27 Mar 2013 03:23 PM PDT

Até o momento me abstive de comentar o julgamento do Mensalão. Muito já foi dito sobre o tema e novos comentários só terão sentido após a publicação do acórdão e o exame mais detalhado das razões de decidir de nossa Suprema Corte.
Mas se fazem necessárias algumas considerações sobre os julgamentos do STF após o mensalão. A intensa polêmica que envolveu este julgamento trouxe, uma vez passada a cobertura midiática que sem dúvida não teve paralelo na história mundial, toda uma série de contestações que põem em xeque a qualidade mesma do julgamento. Raimundo Pereira , um dos mais notáveis jornalistas do Brasil impugnou a existência de dinheiro público no esquema com farta documentação e não foi contestado. Paulo Moreira Leite apontou em livro best-seller diversas inconsistências e não foi respondido. O professor de Direito Alaor Leite, em conferência na FGV, criticou a aplicação da hoje famosa "teoria do domínio do fato" em crimes do grupo de delitos de dever, como é a corrupção, e não foi contrariado.
É claro que "juiz fala nos autos" (ou pelo menos deveria ser assim….) e justamente se aguarda a publicação do acórdão para ver as justificativas do STF quanto a estas impugnações jurídicas. Mas enquanto este não é publicado, no lento tramitar de nosso Judiciário, o STF tem tirado do armário julgamentos que aguardavam há bastante tempo e parece que tem buscado manter a empatia com a opinião pública decidindo pela tese que é mais simpática no Ibope…
São os melhores exemplos recentes a ADIN da Emenda 62, a PEC do Calote, relativa ao pagamento dos precatórios e o Recurso Extraordinário que tratava da obrigatoriedade das estatais justificarem os atos de demissão de seus empregados. Ambas as teses vencedoras são altamente simpáticas, seja a defesa das "velhinhas tricoteiras", credoras dos precatórios, seja a garantia do emprego dos funcionários que fizeram concurso público para entrar nas estatais. A opinião pública aplaude e o Bonner dá a notícia com um belo e amplo sorriso no Jornal Nacional. Mas será mera coincidência que ambos eram processos que se arrastavam há anos , com seguidos pedidos de vista, e foram trazidos à pauta de uma hora para outra ? Será mera coincidência que foram agora julgados numa só sessão, sem novas interrupções , como seria , feliz ou infelizmente, o normal em julgamentos tão complexos e com tantas conseqüências para o país?
Aliás, examinando estes casos ora em concreto, não restem dúvidas de que o STF acertou ao exigir que as estatais e sociedades de economia mista sejam obrigadas a motivar os atos de demissão de seus empregados que fizeram concurso público para serem admitidos. Ao permitir a " despedida imotivada" nestes casos, autoriza-se o administrador público a agir de forma que na prática frauda a seleção pública e lhe concede um poder de escolher quem trabalha na empresa .
Mas em relação à Emenda Constitucional nº 62, a decisão do STF criou uma situação gravíssima. A Emenda permitiu o avanço dos pagamentos dos precatórios nos últimos anos, já que vinculou um determinado percentual do orçamento ( entre 1 e 2% da receita corrente líquida) ao seu pagamento. Poderia ser lento, mas vinha sendo pago. Agora, voltamos ao estágio anterior. A obrigação é "pagar no próximo orçamento" : 87 bilhões? Com que dinheiro? Mas nem um só centavo é vinculado a este pagamento, chancelando, na verdade, a inadimplência. Teria feito melhor o Supremo se pensasse mais um pouco, se tivesse mais uns dois pedidos de vista para refletir…
Decidir pela tese mais simpática não significa, a priori, decidir certo ou errado. Mas pode uma Corte Suprema de Justiça, que é a guardiã da Constituição num pais, ter esta motivação para decidir?
O mensalão colocou o STF na roda viva da opinião pública, da opinião publicada, dos editoriais de jornal, das demonstrações nas ruas. É da vida, é da política, dirão alguns, mas se o sorriso do Bonner passar a pautar o Supremo…
Antônio Escosteguy Castro
No Sul21


Também do Blog COM TEXTO LIVRE.

Trabalharíamos 18 horas por dia de segunda a segunda se dependesse de Danuza

Posted: 27 Mar 2013 03:19 PM PDT


Ir contra as conquistas trabalhistas das empregadas domésticas desafia qualquer lógica.
Mais um fora
Mais um fora
Danuza mais uma vez vacilou.
Não havia um editor na Folha para conversar com ela antes que o texto das empregadas domésticas fosse publicado?
Em certo momento, ela fala que não existe país com direitos trabalhistas iguais aos do Brasil. Ora, onde ela foi arrumar uma informação tão descabida?
Os direitos trabalhistas brasileiros, comparados aos da Escandinávia, por exemplo, são primitivos. Na Noruega, as mulheres têm um ano de licença maternidade, e os pais têm dez semanas de folga remunerada para ajudar a cuidar dos bebês.
Na Suécia, creches governamentais que parecem hotéis cuidam durante a noite de crianças cujas mãe tenham trabalho noturno.
E a economia escandinava é florescente. Mídia nenhuma se atreve lá a fazer campanhas contra o "Custo Escandinávia".
Mas o pior do artigo de Danusa não está na informação errada, e sim na lógica tortuosa.
Se a seguíssemos, os trabalhadores teriam jornadas de sete dias por semanas e de 16 horas, como foi nos primórdios da era industrial.
Estaríamos assim se dependesse de Danusa
Estaríamos assim se dependesse de Danusa
Não haveria férias, não haveria aposentadoria, e as crianças de famílias pobres iriam direto não para a escola mas para o trabalho.
Foi a Alemanha de Bismarck, na segunda metade do século 19, que criou proteção aos trabalhadores. Não por espírito filantrópico, mas porque havia uma intensa pressão dos sindicatos dos trabalhadores, e também porque o governo temia uma revolução de esquerda.
Mais direitos para as empregadas domésticas é uma excelente notícia para elas e para a sociedade.
Quem não puder pagar vai aprender a cuidar das próprias coisas, e encontrará saídas alternativas. Em Londres, o recurso às cleaners, diaristas, é um fato da vida da classe média.
Você acerta com uma cleaner uma ou duas visitas por semana de duas ou três horas cada, e paga cerca de 35 reais a hora.
Fora disso, você mesmo lava a roupa, passa o aspirador e faz a louça. Há máquinas boas e baratas.
As inglesas que no passado já remoto trabalhavam como domésticas têm hoje ocupações mais sofisticadas e mais bem pagas. Ninguém ficou ao relento, como parece temer Danusa.
Assim como, na Alemanha bismarquiana, a indústria não se destruiu – longe disso, como se vê hoje – porque os trabalhadores conquistaram direitos.
Já é mais que hora de a classe média brasileira lavar a própria roupa suja. É fácil, como aprendi em Londres.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo

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Francisco Almeida 




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