quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Cantanhêde e o filhote do Pinochet


SARAIVA 13


Cantanhêde e o filhote do Pinochet

Posted: 12 Feb 2013 03:14 PM PST



Altamiro Borges, Blog do Miro
"A jornalista Eliane Cantanhêde não relaxa nem no feriadão. Ela está muito angustiada com os rumos políticos no Brasil... e no Chile! Em seu artigo de hoje na Folha, intitulado "Antes e depois do Carnaval", a colunista da "massa cheirosa" do PSDB faz uma lista dos problemas brasileiros e lamenta: "Mas a reeleição de Dilma Rousseff em 2014 vai de vento em popa". Já no Chile, comandado por um notório filhote do ditador Augusto Pinochet, "a economia vai bem, mas a reeleição do presidente Sebastián Piñera vai mal".
Talvez devido à ressaca carnavalesca, a jornalista da Folha não se atentou para o fato de que a Constituição chilena proíbe a reeleição. O seu amigo FHC até poderia dar uns conselhos ao neoliberal do país vizinho sobre como comprar uns votos para garantir a reeleição. Mesmo assim, ele não teria uma vitória garantida. O ricaço Sebástian Piñera, cuja família controla vários veículos da comunicação – talvez outro motivo da afinidade de Eliane Cantanhêde – tem feito um governo desastroso, como atestam várias pesquisas.

O declínio do jornalismo

Posted: 12 Feb 2013 02:04 PM PST



http://www.midiatismo.com.br/wp-content/uploads/2011/11/teoria-do-espelho-jornalismo.jpg 
Em mais de 30 anos entrevistei dúzias de candidatos a emprego em jornalismo. Entre as perguntas que sempre faço, uma delas é esta: por que jornais são publicados? Até hoje, ninguém com formação numa faculdade de Jornalismo soube dar a resposta – que, naturalmente, é dar lucro ao publisher.
No ano passado, participei de um bate-papo com estudantes de Jornalismo da universidade local. Fiz a minha pergunta e recebi as mesmas respostas de sempre ("Para... hmmm... dar uma voz à comunidade?") Quando disse a resposta aos estudantes, o instrutor discordou e repetiu a mesma besteira que os estudantes já haviam proporcionado. Minha resposta era uma observação de senso comum, dita com delicadeza. Como recentemente me escreveu um amigo, "se você quiser ver cabeças explodirem, tente explicar às pessoas que elas não são o cliente e o jornal não é o produto... Os anunciantes são o cliente e a atenção do leitor é o produto". Se você fizesse essa experiência com uma faculdade de Jornalismo típica, as detonações cranianas que se seguiriam seriam registradas no sismômetro do departamento de Geologia.
E no entanto, é a verdade pura e simples, 100%.
Nós, na Redação, não deveríamos alimentar ilusões. Nosso objetivo total é preencher o "buraco das notícias", que é o espaço que sobra depois que os anúncios tiverem sido colocados na página. Esse é o fato por trás da observação cômica do seriado de televisão Seinfeld: "É fantástico como a quantidade de notícias que acontece no mundo diariamente sempre se encaixa à perfeição no jornal." É tudo decidido pela publicidade.
Preparando jovens para 'salvar o mundo'
Se os jornais servem o público, isso é um feliz efeito colateral do principal objetivo de ganhar dinheiro. E, na verdade, servir o público depende completamente da condição de fazer dinheiro. Como estes simples fatos escapam à atenção dos estudantes de Jornalismo e professores de Jornalismo, é óbvio. Eles vivem numa Terra do Nunca onde os fatos da vida vêm em segundo lugar, depois do engajamento ideológico.
Ocupados, os professores preparam-se para enfrentar oralmente as injustiças do mundo, tais como definidas pelos professores do mundo. O resultado é aquilo que o colunista Jeff Jacoby, do Boston Globe, recentemente descreveu como uma "falta de diversidade ideológica" que se encontra na maioria das redações americanas. Jacoby listou os atributos mais comuns, incluindo "o apoio reflexivo aos democratas, a antipatia pela religião e pelos militares, o apoio ruidoso a entusiasmos liberais como controle de armas e casamento homossexual..."
Por que são necessários quatro anos para preparar jovens jornalistas para salvar o mundo – isto é, refazê-lo em sua imagem filosófica – é algo que não entendo. Nunca fiz um curso de Jornalismo, o que considero uma bênção para minha carreira e, em especial, para minha atividade de repórter. Eventualmente, um superior me diz: "Não é assim que se faz." Quando pergunto por que, invariavelmente a resposta é: "Porque eu aprendi que não é assim que se faz."
Regulação e legislação
Empresários podem recuar diante dessa frase. Espero que o façam. Afinal, nos negócios nenhuma frase é tão perigosa quanto "não é assim que fazemos aqui".
Em parte, o resultado é um modelo estilístico que se recusa a envolver-se por completo com o leitor. Você sabe por que esta frase seria cortada por um copidesque? Porque usei a palavra "você". O copidesque preferiria "os leitores poderiam se surpreender se soubessem que esta frase seria cortada pelo copidesque".
Na atual era midiática, quando o exibicionismo por categoria é comemorado, nós, do ramo dos jornais, continuamos muito melindrosos para usar o enorme poder de envolvimento da segunda pessoa. É claro que todo mundo sobrevaloriza o treinamento acadêmico que recebeu. Torna o débito uma inconveniência e o tempo gasto, válido, ou menos fútil, pelo menos. E imagine a emoção de usar o "lede", que é a nova forma de escrever lead [guiar, conduzir], como em frase de abertura de uma matéria. Seu uso proporciona a agradável sensação de possuir conhecimento especializado, um conhecimento bem para lá dos conhecidos do mediano zé ninguém.
Isso é particularmente agradável para aqueles que sabem tão pouco sobre todo o resto. Por exemplo, sempre pergunto aos candidatos a emprego uma segunda questão: "Qual é a diferença entre regulação e legislação?" Um único estudante graduado sabia a resposta. Timidamente, ele admitiu que sabia porque no verão anterior havia trabalhado como assessor legislativo.
Incompetência e corrupção
Diga-me, por favor. Como é que se prepara um estudante para uma carreira como "cão de guarda do governo" e não se dá a mais elementar instrução sobre como funciona um governo? Como convém à sua orgulhosa reputação e seu orgulhoso objetivo, os jornalistas trabalham sob o vínculo de uma orgulhosa construção ética. Infelizmente, ela é tão imperfeita e juvenil quanto sua proposta jornalística. De vez em quando, os imperativos éticos são simplesmente incompatíveis. Por exemplo: 1) salvar o mundo; e 2) objetividade jornalística. Isso ilustra à perfeição um fato importante: não foi filosófica ou acidentalmente que se chegou à ética jornalística.
Como é o caso com muitos códigos de ética, a ética na indústria do jornalismo tem como um de seus principais objetivos a manutenção do status quo, principalmente do status quo econômico.
Os leitores mais velhos se lembrarão que antigamente os advogados americanos evitavam a publicidade. Funcionava às mil maravilhas como forma de diminuir a concorrência, tanto em termos de preço quanto de atrair novos clientes. Para um equivalente em jornalismo, imaginemos que a maioria das redações dos jornais americanos funciona isolada dos aspectos "comerciais" da empresa. O suposto objetivo é o de garantir que os repórteres não sejam influenciados pela sujeira da troca de dinheiro que ocorre em algum outro lugar daquele prédio. Eles devem trabalhar como se os bancos locais não estivessem, de fato, comprando anúncios de página inteira e, com isso, ficam livres para fazer perguntas sobre a incompetência ou a corrupção dos bancos com a mesma frequência que o fazem àqueles que não anunciam.
Notícias insípidas
Na prática, a coisa não funciona tão bem.
Entretanto, bate na tecla – tão presente entre os moradores das redações – de que a maioria dos negócios é uma atividade corrupta, ou pelo menos questionável. Todos os donos de negócios são vistos como "gananciosos". Os repórteres acham a ideia de maximizar os lucros um pouco perigosa. Lembre-se que os repórteres não estão trabalhando por recompensas semelhantes àquelas dos negócios. Eles querem salvar o mundo.
Há séculos que os donos de jornais usam essa propensão para pagar uma mixaria aos repórteres. Na realidade, a profissão dos repórteres é uma das que recebem pior pagamento entre as que exigem diploma universitário. Na maioria dos lugares, ganham de 40 a 50% menos que o bibliotecário local. Os donos dos jornais aproveitam-se, e muito, da ingenuidade do pessoal que está em suas redações. Eles não dizem uma palavra.
Depois temos a ideia de "objetividade", outro conceito completamente ridículo e que também é altamente útil para gerar lucros. Objetividade jornalística é uma coisa que não existe. (Para uma explicação detalhada, veja "Why the News Makes You Angry".)
Um pouco antes do final do século 19, toda a cidadezinha americana tinha um ou mais jornais e cada um atendia a leitores de determinada tendência religiosa, social ou política. Foi então que se introduziu a "objetividade". O resultado não eram notícias objetivas, mas notícias que não sofriam objeções por parte de nenhum grupo. Notícias insípidas e comentários mostraram ser um ótimo modelo de negócios porque eram vendidos ao público como estritamente factuais, sem a suspeita de preconceito.
Magia negra
Os consumidores confiaram. E engoliram essas notícias.
As notícias objetivas foram e continuam sendo uma piada, mas os americanos continuam a acreditar que existem. As pessoas que assistem ao canal CNBC dirão que é objetivo. Os espectadores que assistem à Fox acreditam que escutam a verdade nua e crua. Como iriam essas mesmas pessoas penetrar o noticiário tendencioso, mas muito mais sofisticado, do New York Times?
A maioria dos consumidores de informação acredita que as notícias que recebe são "objetivas" simplesmente porque lhes disseram que são. É um fenômeno psicológico bastante conhecido, normalmente citado como uma "grande mentira". A Sociedade dos Jornalistas Profissionais fornece uma interessante recapitulação de toda essa história de ética jornalística em seu website. Você verá que é exigido dos "jornalistas profissionais" – o que quer que isso signifique – que "descrevam na matéria a diversidade e magnitude da experiência humana com ousadia, mesmo quando não seja popular fazê-lo" – o que quer que isso signifique. E, finalmente, exige-se dos jornalistas que "exponham a conduta aética por parte de jornalistas e da mídia de informação". Certo. Se porventura alguma vez existiu um argumento a favor do valor de jornalistas de pijama online, isto deveria acabar com ele.
Durante décadas, a grande mídia trabalhou numa bolha, completamente livre do controle de outros. Todos vimos os resultados disso. Diminuíram nossas vidas diárias. E foi tudo consequência de um acordo de cavalheiros: nós não iremos olhar para vocês se vocês não olharem para nós. E nunca deveremos, jamais, olhar criticamente para nossas próprias operações.
Agora, felizmente, aquele modelo foi destroçado – não por jornalistas profissionais, mas por amadores. Diletantes é como os chamariam meus condescendentes colegas – se seu vocabulário fosse suficiente. Pessoalmente, adoro essa gente. Eles estão finalmente conseguindo forçar a responsabilidade numa indústria singularmente poderosa que, por um tempo demasiado longo, às vezes praticou sua magia negra com o olhar do público.
Tradução de Jô Amado, edição de Leticia Nunes. Artigo de Theodore Dawes "The Fall of Journalism", American Thinker
Do Blog COM TEXTO LIVRE

O Josias de Souza é o inimigo ideal porque falta a ele inteligência e capacidade de análise, se comporta mais como um torcedor onde seu time está perdendo de 3 a 0, faltando 5 segundos para o apito final e tem esperança de virar o placar. É um legítimo representante da imprensa brasileira, pouco estudo e nenhuma visão política. Coitado!

Posted: 12 Feb 2013 10:54 AM PST


Caravana de Lula será pré-campanha de Dilma

Josias de Souza

Em privado, Lula diz que a "caravana" que fará nos próximos meses será "parte da pré-campanha" pela reeleição de Dilma Rousseff. "Ela não pode fazer campanha, mas eu posso", afirma, referindo-se às limitações legais de sua afilhada política.
O morubixaba do PT conta que percorrerá o país "articulado" com Dilma. Já conversou com ela a respeito. Pediu-lhe que não dê ouvidos à "conversa fiada" segundo a qual ele poderia ser, de novo, candidato ao Planalto. "Não existe essa hipótese", enfatizou na semana passada a petistas que o visitaram.
Lula diz que é preciso respeitar a "simbologia" da política. Acha que, se abandonasse Dilma, deixaria de fazer sentido. "Então eu escolho uma mulher, ela faz um bom governo e eu a atropelo? Não vou fazer isso". Lula realça que a pupila está bem-posta nas pesquisas.
Mais: como que empenhado em esvaziar o balão de ensaio insuflado pelo pedaço do PT que sonha com seu retorno, Lula soa categórico: mais adiante, diz ele, "mesmo se a Dilma não estiver tão bem, eu vou me abraçar com ela."
Há cinco dias, Lula livrou-se do último resquício do tratamento do câncer na laringe. Foi liberado pela fonoaudióloga. Diverte-se ao discorrer sobre o uso que pretende fazer da voz nos deslocamentos da propalada caravana.
"Vou falar um bocado de besteira", diz Lula, entre risos. Acha que os antagonistas do PT, à frente o tucanato, morderão a isca. "Vão brigar comigo e esquecerão a Dilma."
Escorando-se na sua decantada intuição, Lula antevê o compartamento da oposição: uma parte dirá que Dilma é mais sóbria que o mentor. Outra parte dirá que o criador quer tomar o lugar da criatura. Num caso ou noutro, Dilma lucrará com a superexposição.
Lula vai prepara o flerte com os refletores num instante em que Dilma enfrenta uma conjunção de dois elementos venenosos: PIB em baixa e inflação em alta. Até onde a vista alcança, o governo está acuado. Na outra ponta, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), potenciais adversários de Dilma, estão assanhados.
 

Oposição cega leva Folha a mais um erro primário

Posted: 12 Feb 2013 10:31 AM PST

Do Brasil 247 - 12 de Fevereiro de 2013 às 10:54

 


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Em sua coluna desta terça-feira, a jornalista Eliane Cantanhêde, da Folha, apontou um suposto paradoxo da América Latina: enquanto o mau aluno, Brasil, tende a reeleger sua presidente Dilma Rousseff, o bom aluno, Chile, deve rejeitar a reeleição de Sebastian Piñera. Ocorre que, no Chile, Piñera não poderá ser reeleito por uma razão muito simples: a constituição do país não permite dois mandatos consecutivos e o atual presidente só poderá voltar em 2018; na disputa deste ano, a favorita é a ex-presidente Michelle Bachelet

247 - Eleições presidenciais estão marcadas no Chile para o dia 17 de novembro de 2013. A menos que ocorra uma hecatombe, a ex-presidente Michelle Bachelet, que representa forças de esquerda, será eleita para mais um mandato de quatro anos. A realidade política chilena levou a jornalista Eliane Cantanhêde, da Folha, a apontar um suposto paradoxo na América Latina. Segundo ela, enquanto o mau aluno, Brasil, tende a reeleger sua presidente Dilma Rousseff, o mesmo não ocorre com o Chile, melhor aluno da classe. "No simpático e aplicado país sul-americano, a economia vai bem, mas a reeleição do presidente Sebastián Piñera vai mal. No melhor país do mundo, que é o nosso, a economia não está lá essas coisas, mas a reeleição de Dilma Rousseff em 2014 vai de vento em popa", diz ela (leia mais aqui).

Talvez os eleitores chilenos e brasileiros não sejam capazes de discernir o que é melhor, como sugere Eliane, mas a análise tem um erro básico. A constituição chilena não permite a reeleição e, portanto, Piñera não poderá se candidatar – o que se discute, hoje, é sua eventual volta em 2018.

No início do ano, Cantanhêde já havia cometido um erro, ao afirmar que uma reunião rotineira, no Ministério de Minas e Energia, havia sido convocada emergencialmente para enfrentar um apagão iminente. Como se sabe, os apagões viraram apaguinhos e depois foram tratados, pela Folha, como uma ameaça para 2014, ano de Copa do Mundo.
O que fica claro, mais uma vez, é que a oposição cega tem levado o jornal a cometer erros primários.

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PITACO DO ContrapontoPIG


 Cantanhêde - a Rainha da Febre Amarela - não perde a forma.
 
Do Blog ContrapontoPIG.

Boff pede Papa do "terceiro mundo" e diz que Bento XVI optou pelos ricos

Posted: 12 Feb 2013 10:19 AM PST


O teólogo brasileiro Leonardo Boff, repercutiu em seu perfil na rede social Twitter o anúncio feito nesta segunda-feira (11) de que o Papa Bento XVI irá renunciar ao comando da Igreja Católica. Ele disse que a saída do pontífice foi digna, porque "humildemente deu-se conta dos limites da natureza que o impediam de exercer sua função". Boff, porém, disse que Bento XVI, de linha dura, "não trouxe nenhuma novidade para a teologia", e que durante o período em que esteve à frente da Igreja católica, atuou com "dois pesos e duas medidas", pois "tratava com luvas de pelica os reacionários seguidores de Lefebvre" mas a bastonadas os seguidores da Teologia da Libertação, corrente do catolicismo de inclinação mais humilde e popular.
Leonardo Boff disse que é inegável pensar que a instituição Igreja Católica está em crise, e que Bento XVI elegeu como missão reevangelizar a Europa, o que para o teólogo significou "optar pelos ricos". Apesar de achar Bento XVI "controvertido", Boff afirma que este trabalhou "à luz da autoridade do Papa e não da Igreja Povo de Deus".
Boff afirma que o "terceiro mundo" merece um Papa e que sua preferência é por Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, cardeal-arcebispo de Tegucigalpa, em Honduras.
Da EBC   *Via Sul21

Aécio, turismo e turismo sexual

Posted: 12 Feb 2013 10:12 AM PST

Aécio, turismo e turismo sexual 
E cá estamos a apartear o Senador Aécio Neves.
Desta vez ele escreveu sobre turismo e, especificamente, manifestou preocupações com o turismo sexual no Brasil. Com menos clichês do que no ano passado.
Como sempre, para criticar ele expõe números que indicam os déficits brasileiros para o setor. Sua fonte foram matérias em sites de notícias Brasil, que repercutiram, com a tradicional leveza jornalística, um relatório do "Fórum Econômico Mundial": nosso país teria caído no ranking internacional no setor, na comparação 2011-2009.
Considerando que cada ponto de vista é a vista de um ponto, é bom lembrar que o citado Fórum representa governos e oligopólios que – hegemonicamente – levaram o mundo a sucessivas crises econômicas recentemente. Como a de 2008 e a atual na Europa, sem falar no crônico déficit fiscal dos EUA, que arrasta o mundo para "tsunamis" econômicos cada vez mais dramáticos.
E qual é a genial conclusão do relatório usado por Aécio Neves para desqualificar o Brasil? A alta carga tributária no setor de transportes seria uma das principais causas da referida "queda" brasileira. Pronto! Revelado o segredo do diagnóstico do Fórum de Davos. Eis o ponto de vista da turma do liberalismo sem limites, do estado mínimo e da privataria plena.
Números são números. Peguemos os dados da Infraero (aeroportos): em 2002 (FHC) os desembarques nacionais foram menos de 33 milhões; em 2010 (Lula), ultrapassaram os 68 milhões. Isso dá a dimensão da grandeza de nossos problemas. Que o nosso senador e a companheira Danuza Leão lamentam, compartilhando os mesmos valores: tem pobre demais nos aeroportos.
Infraestrutura é algo que deveria ter uma "herança bendita" de 30 ou 40 anos. Se os oito de FHC na presidência tivessem ajudado, certamente estaríamos melhores.
Basta pegar um item apenas, o da gestão, para mostrar o desprezo dos tucanos para o assunto. Com FHC, o turismo era um mero sobrenome de um Ministério mais amplo (primeiro , "... da Indústria, Comércio e Turismo"; depois como "... Esporte e Turismo"). E que teve seis titulares em seus oito anos de governo. Com Lula, o turismo ganhou pasta exclusiva e teve três ministros em oito anos.
Isso faz diferença para planejar e executar políticas. Sobretudo quando você pega uma área sucateada. Quase começamos do zero, pois o Plano Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT - (FHC) revelou-se apenas como um artefato de transferência e pulverização de responsabilidades e não um instrumento de integração do setor. Infraestrutura e logística em turismo, ilustre senador, é – principalmente – assunto nacional.
Quanto ao segundo tema, concordamos com o senador: o turismo sexual deve ser uma preocupação constante. Se ele voltar ao assunto vamos também fazer comparações entre as estatísticas atuais e as do tempo de FHC.
Basta dizer que, além de ações repressivas, há também questões de ordem cultural e comportamental que devem ser observadas. Exemplo: a atriz Megan Fox, contratada para enfeitar um dos camarotes no desfile do Rio de Janeiro, disse que gostaria de "ter uma bunda brasileira". Ela é apenas uma, dentre centenas de celebridades artísticas, empresariais e políticas que nos reservam tristes exemplos como esse. Não é mesmo senador?


Promotora boquirrota

Posted: 12 Feb 2013 10:05 AM PST

Não é caricatura; é natural!
O que mais me impressionou nessa história não foi o reacionarismo da promotora em questão - há muito venho dizendo que o Ministério Público, com seus quadros repletos de concurseiros profissionais oriundos da classe média, está se transformando num playground de jovens arrumadinhos absolutamente descolados da realidade.
O que me impressionou foi o ódio de classe e o baixíssimo nível de uma promotora responsável por um processo que envolve estudantes sob risco de privação de liberdade.
Em um dos tuítes, Eliana Passarelli diz que "o PT é bem pior que a ditadura (militar) brasileira, mais de (sic) Chavez e Cuba junto (sic)!".
Ou seja, trata-se de uma promotora de mais de 40 anos (a julgar pela foto) que é incapaz de fazer uma avaliação histórica minimamente plausível, sem falar no português bisonho.
E covarde. Flagrada em um acesso de verborragia no twitter, primeiro mentiu, dizendo que não tinha conta. Depois, sorrateiramente, tirou a conta do ar.
Vamos ver o que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido pelo probo Roberto Gurgel, irá fazer a respeito, depois do carnaval.
Leandro Fortes
No Amoral Nato

O lançamento de Serra-2014 através da 'trolagem' de terceiros

Posted: 12 Feb 2013 09:54 AM PST

Captura da tela modificada com a imagem do maior interessado por trás dos ataques.
É claramente perceptível o estilo de campanha negativa, de desconstrução pessoal, tentada nas eleições de 2010, contra a presidenta Dilma, no artigo do "estoriador" Marco Antônio Villa no jornal Estadão.

O texto é irrelevante em seu conteúdo e nem justificaria perder tempo em comentá-lo, pois não passa de "trolagem" infantilizada, ou seja, agressões pessoais à presidenta, do tipo "feia, boba e malvada", para desestabilizar o bom debate político.

O que o torna interessante são as digitais do modus operandi inconfundível de José Serra fazer política: usar terceiros na imprensa demotucana para tentar desconstruir a imagem de adversários.

Villa é serrista até o último fio de cabelo. Há um ano atrás escreveu um artigo criticando, pasmem, FHC! O motivo? Acusava FHC de usar o "dedazo" para indicar Aécio Neves (PSDB-MG) como o candidato tucano a presidência em 2014. Villa agiu ali como um autêntico porta-voz de Serra, e na "trolagem" de agora parece repetir a dose.

Serra quer impor-se como "o mais preparado" candidato anti-Dilma e anti-Lula. Acha que larga na frente de Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE), pelo efeito "recall" das últimas eleições. E acha que o desempenho de Aécio deixa a desejar. A "trolagem" de Villa pode ser lida como Serra preparando o terreno, o lançamento "triunfal" de sua candidatura.

Alguém já disse: "Os sábios aprendem com os erros dos outros. Os inteligentes com seus próprios erros". Pois Serra não se encaixa em nenhum dos dois casos, repetindo velhas fórmulas das derrotas que sofreu.

Villa e o Estadão não conseguiram eleger Serra nem para prefeito de São Paulo, diante do "poste" Haddad lançado por Lula. A irrelevância dos dois é muito maior quando a disputa é nacional.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
 

Pressões políticas podem ter influenciado Bento XVI

Posted: 12 Feb 2013 07:55 AM PST


Papa Bento XVI no dia 25 de novembro
de 2012 na Basílica de São Pedro.
Foto: ©AFP / Vincenzo Pinto

Gabriel Bonis, CartaCapital
"O anúncio da renúncia do Papa Bento XVI nesta segunda-feira 11 causou surpresa, mas não pode ser considerado um movimento tão inesperado. Em meio a um mandato marcado por tensões com outros líderes religiosos, novos casos de pedofilia envolvendo clérigos e a demanda por uma Igreja Católica mais aberta, Joseph Ratzinger vivia sob constante pressão. Algo que tornou-se mais evidente em delicados escândalos, como o do mordomo mandado para a prisão por revelar documentos que deixavam claro o jogo de poder nos corredores do Vaticano.
Em uma carta, Ratzinger afirma ter refletido repetidamente até concluir não ter mais "forças, devido à idade avançada (…) para exercer adequadamente o ministério petrino". Embora isso não seja novidade, uma vez que ele assumiu o posto aos 77 anos, em 19 de Abril de 2005, o pontífice não mencionou nos últimos anos nenhuma doença grave que poderia afasta-lo de suas funções. Realizou recentemente, inclusive, um longo discurso a cardeais sem grandes problemas.
É preciso, então, avaliar as forças políticas do Vaticano, um monastério absolutista sobre o qual o Papa tem mandato vitalício e controla sozinho os poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Sem mencionar alguns aspectos das diretrizes econômicas do Estado independente cravado no centro da Itália. É, portanto, um cargo sujeito a pressões de todos os tipos. Algo que pode ter contribuído para a renúncia."
Artigo Completo, ::AQUI::
 
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 

A Igreja e a reinvenção do Ocidente

Posted: 12 Feb 2013 07:50 AM PST


Mauro Santayana, Jornal do Brasil
"Ao surpreender o mundo — menos alguns íntimos de sua fadiga — com a renúncia ao papado, Bento XVI revela a grande crise por que passa a Igreja Católica. Quando Gregório XII renunciou, em 1415, seu gesto unificou a instituição, então dividida sob três pontífices desde 1378. Ângelo Correr percebeu, com acuidade, que ele assim serviria melhor à sua própria posteridade ao servir à unidade da Igreja e abandonar o trono papal.
Ele não era O Papa, mas a terceira parte de um poder que, dividido, enfraquecia-se cada vez mais diante do mundo e, o que é pior, diante da História. Os dois anos de vida que lhe sobraram — morreu em 1417 — lhe devem  ter assegurado esse consolo. Ele tinha 90 anos ao renunciar — uma idade difícil de atingir naquela véspera do Renascimento — mas deu a seu gesto o claro caráter político, ao negociá-lo com o adversário mais forte e influir na escolha — unânime, do sucessor, Martinho V — da poderosa família Colonna. Não alegou cansaço mas, sim, responsabilidade política.
Mais longa do que o Grande Cisma dos séculos 14 e 15, que durou quase 40 anos, é a já duradoura crise do Ocidente, de que a Igreja foi fiadora e principal organização política, desde Constantino e Ambrósio. Depois da morte de ambos,  a Igreja se proclamou herdeira do Império Romano, com base em um documento apócrifo, a  Constitutum Constantini, segundo o qual Constantino legava ao papa Silvestre I — e, assim, à Igreja — todo o poder político e todos os bens do Império. O documento, forjado no século 8, foi desmascarado por Lourenço Valla,  no século 15.
Um dos mais destacados latinistas e gramáticos da História, Valla provou que o latim usado para redigir o documento não existia no século 4. A inteligência lógica de Ambrósio arquitetou a construção política da Igreja, conduzida na sábia combinação entre a concentração da autoridade espiritual no Vaticano, exercida mediante os bispos, e a distribuição do poder temporal entre os reis e os senhores feudais, sem esquecer o domínio direto  sobre os estados pontifícios, que garantiam a incolumidade dos papas."
Artigo Completo, ::AQUI::

Bento XVI: Crise e exaustão conservadora

Posted: 12 Feb 2013 01:41 AM PST

Do Blog das Frases -  Carta Maior 11/02/2013

 

 

Saul Leblon

 

Dinheiro, poder e sabotagens. Corrupção, espionagem, escândalos sexuais.
A presença ostensiva desses ingredientes de filme B no noticiário do Vaticano ganhou notável regularidade nos últimos tempos.

A frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da Santa Sé.

Desta vez, mais que nunca, a fumaça que anunciará o 'habemus papam' refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre grupos radicais de direita na alta burocracia católica.

Mais que as razões de saúde, existiriam razões de Estado que teriam levado Bento XVI a anunciar a renúncia de seu papado, nesta 2ª feira.

A verdade é que a direita formada pelos grupos 'Opus Dei' (de forte presença em fileiras do tucanato paulista), 'Legionários' e 'Comunhão e Libertação' (este último ligado ao berlusconismo) já havia precipitado fim do seu papado nos bastidores do Vaticano.

Sua desistência oficializa a entrega de um comando de que já não dispunha.

Devorado pelos grupos que inicialmente tentou vocalizar e controlar, Bento XVI jogou a toalha.

O gesto evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de escrutinar democraticamente suas divergências. E cada vez mais afunilada pela disputa de poder entre cepas direitistas, cuja real distinção resume-se ao calibre das armas disponíveis na guerra de posições.

Ironicamente, Ratzinger foi a expressão brilhante e implacável dessa engrenagem comprometida.

Quadro ecumênico da teologia, inicialmente um simpatizante das elaborações reformistas de pensadores como Hans Küng (leia seu perfil elaborado por José Luís Fiori, nesta pág.), Joseph Ratzinger escolheu o corrimão da direita para galgar os degraus do poder interno no Vaticano.

Estabeleceu-se entre o intelectual promissor e a beligerância conservadora uma endogamia de propósito específico: exterminar as ideias marxistas dentro do catolicismo.

Em meados dos anos 70/80 ele consolidaria essa comunhão emprestando seu vigor intelectual para se transformar em uma espécie de Joseph McCarty da fé.

Foi assim que exerceu o comando da temível Congregação para a Doutrina da Fé.

À frente desse sucedâneo da Santa Inquisição, Ratzinger foi diretamente responsável pelo desmonte da Teologia da Libertação.

O teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos intelectuais mais prestigiados desse grupo, dentro e fora da igreja, esteve entre as suas presas.

Advertido, punido e desautorizado, seus textos foram interditados e proscritos. Por ordem direta do futuro papa.

Antes de assumir o cargo supremo da hierarquia, Ratzinger 'entregou o serviço' cobrado pelo conservadorismo.

Tornou-se mais uma peça da alavanca movida por gigantescas massas de forças que decretariam a supremacia dos livres mercados nos anos 80; a derrota do Estado do Bem Estar Social; o fim do comunismo e a ascensão dos governos neoliberais em todo o planeta.

Não bastava conquistar Estados, capturar bancos centrais, agências reguladoras e mercados financeiros.

Era necessário colonizar corações e mentes para a nova era.

Sob a inspiração de Ratzinger, seu antecessor João Paulo II liquidou a rede de dioceses progressistas no Brasil, por exemplo.

As pastorais católicas de forte presença no movimento de massas foram emasculadas em sua agenda 'profana'. A capilaridade das comunidades eclesiais de base da igreja foi tangida de volta ao catecismo convencional.

Ratzinger recebeu o Anel do Pescador em 2005, no apogeu do ciclo histórico que ajudou a implantar.

Durou pouco.

Três anos depois, em setembro de 2008, o fastígio das finanças e do conservadorismo sofreria um abalo do qual não mais se recuperou.

Avulta desde então a imensa máquina de desumanidade que o Vaticano ajudou a lubrificar neste ciclo (como já havia feito em outros também).

Fome, exclusão social, desolação juvenil não são mais ecos de um mundo distante. Formam a realidade cotidiana no quintal do Vaticano, em uma Europa conflagrada e para a qual a Igreja Católica não tem nada a dizer.

Sua tentativa de dar uma dimensão terrena ao credo conservador perdeu aderência em todos os sentidos com o agigantamento de uma crise social esmagadora.

O intelectual da ortodoxia termina seu ciclo deixando como legado um catolicismo apequenado; um imenso poder autodestrutivo embutido no canibalismo das falanges adversárias dentro da direita católica. E uma legião de almas penadas a migrar de um catolicismo etéreo para outras profissões de fé não menos conservadoras, mas legitimadas em seu pragmatismo pela eutanásia da espiritualidade social irradiada do Vaticano.


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Do Blog ContrapontoPIG
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Francisco Almeida / (91)81003406

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