SARAIVA 13
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- O golpe do vigário é tirar o mensalão tucano da fila de novo
- REGINA DUARTE - A IDADE VENCEU O MEDO
- FHC está com Cerra e não abre
- O PT repaginado
- Apedeuta
- Mau jornalismo, Veja, pão de queijo e golpe
- Posse de Barbosa pode ser tocaia para Dilma
- 23% dos brasileiros são corruptos
- Next tuesday, vote Obama. No Brasil, eles estariam em 'Suburbia'
- Regina Duarte descobriu que manga com leite não mata
- Os protestos contra a grande mídia na Argentina
- Quem deu a Azeredo o dinheiro da Cemig?
- Enem: Um exemplo terrível para São Paulo
- De como Max Weber teria analisado o julgamento do chamado "mensalão"
- O script do golpe
- Serra não morreu... E pensa em voltar em breve
Posted: 04 Nov 2012 01:00 PM PST
Depois de 3 meses ininterruptos de "overdose" de notícias sobre o julgamento do chamado "mensalão", foi só passarem as eleições com derrota da oposição e vitória do PT e PSB, para que o julgamento em si, que ainda não acabou, saísse da pauta principal. Os jornalistas demotucanos que falavam em novos tempos de fim da impunidade, de passar o Brasil a limpo, deveria estar cobrando o quê? A fila andar. E quem está na fila? O julgamento do mensalão tucano, cujos fatos aconteceram pelo menos 5 anos antes do petista e que prescreverá em 2014. Mas a imprensa demotucana, já aplica o golpe do vigário em seus leitores / telespectadores novamente. Da mesma forma que pressionaram o STF para furar a fila, passando este julgamento de petistas à frente do mensalão tucano (e cronologicamente casado com a campanha eleitoral), já tratam de fazer lobby para furar a fila de novo, jogando o mensalão tucano para o fim da fila, senão a candidatura de Aécio Neves (PSDB) se evapora. E a estratégia destes barões da mídia é usar o nome do presidente Lula com duplo objetivo: desgastá-lo e desviar as atenções do mensalão tucano, para manter a pauta do noticiário negativo presa aos petistas, e sobretudo ao seu maior líder, o presidente Lula. É nessa armadilha que os lulistas não podem cair. Todos os líderes políticos aliados a Lula, seja do PT ou aliados, não podem ficar presos à pauta negativa que a oposição quer impor. Toda vez que forem perguntados sobre mensalão, devem falar que a hora é de julgar o mensalão tucano, antes que prescreva, e que acha que delação premiada de Marcos Valério só atingirá tucanos no período do governo FHC, sobretudo 1999 a 2002, ainda abafadas. Inclusive não há o que temer. Se Valério tivesse como envolver Lula, já teria feito antes mesmo das eleições de 2006, dentro da estratégia de "sangramento". Assim os demotucanos nem precisaria ter criado a armadilha dos "aloprados". Um tucano seria eleito (talvez o candidato nem tivesse sido Alckmin e sim Serra ou o próprio FHC, caso Valério tivesse munição forte contra Lula). Um novo Brindeiro assumiria a Procuradoria Geral e trataria tudo como crimes eleitorais já prescritos, engavetando tudo. Paradoxalmente, se Lula perdesse em 2006, Dirceu, Genuíno e Delúbio também estariam livres de processos junto com Valério e Eduardo Azeredo, num grande acordão. Portanto ninguém precisa ter medo da verdade, porque, dentro da verdade, Lula não tem envolvimento nenhum. Resta lutar contra a mentira, inclusive na quimera (como bem definiu o ministro Fux do STF) contida nos autos da Ação Penal 470. Mas sem cair na armadilha de ser capturado pela eterna pauta oposicionista do mensalão de 2005, sem cobrar o julgamento do ocorrido em 1998 e do mensalão ainda oculto de 1999 a 2002. | ||
Posted: 04 Nov 2012 12:56 PM PST
E TROUXE JUÍZO
A ex-namoradinha do Brasil, agora uma senhora de 65 anos, parece que fez 'tratamento' e venceu a Lulofobia. Em seu novo estilo, confessa ter aderido a DILMANIA.
Trecho da entrevista para Folha.com - Mônica Bergamo
IMPRENSA
Já me aconteceram coisas muito desagradáveis. Certa vez, eu disse a uma revista que não bebo, não gosto de drogas... experimentei, mas detestei, saí. E a manchete foi: "Regina Duarte conta como se livrou do inferno das drogas".
BLOQUEIO
Você vai aprendendo a medir o que fala. Não quero perder a espontaneidade. Sou de uma geração que sempre falou, botou a boca no trombone. Mas me policio um pouco. Exatamente por ter passado por edições que não foram muito generosas comigo.
VOTO
Não [declara mais voto em eleições].
LULA
É melhor não relembrar [a declaração que ela deu na campanha de 2002 dizendo ter medo da vitória de Lula]. Não tem mais nada a ver com o que a gente tá vivendo.
DILMA
Nossa, eu tenho encantamento por ela, desde o início, sabe? Na política internacional, me impressionou muito como ela entrou firme defendendo umas coisas legais. Tem uma frase dela de que eu gosto: o controle da mídia é o controle remoto. É uma postura democrática que tem que ser louvada. E dá uma coisa bacana, a gente fica orgulhosa de ter uma mulher ali.
MARTA MINISTRA
Vamos ver [como será Marta Suplicy no Ministério da Cultura]. Ela tem ímpeto. Quando quer, faz coisas extraordinárias. Vamos falar dos CEUs, para deixar ela bem estimulada? Tem que falar "Viva a Marta!". Porque eu rodei os 21 CEUs. Tudo neles é bom, bem feito, descentraliza a cultura. Não é qualquer nota, não.
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Posted: 04 Nov 2012 12:38 PM PST
Ou seja, Aécio, lixe-se. São Paulo não vai entregar a rapadura a Minas. Saiu no Estadão o gorduroso artigo do Farol de Alexandria, cujo estilo reflete a ambiguidade e a hipocrisia de suas posições políticas: Hora de balançoÉ um conjunto de obviedades sobre a derrota do PT nas eleições municipais, a retumbante vitória do PSDB em Manaus e Belém, e a agenda "progressista" que o PSDB deve assumir, agora movido pelo excelente resultado em São Paulo. A certa altura, o Máximo-Guru tucano sai-se com essa: Ser jovem não assegura ser portador de mensagem renovadora e tê-la é a questão estratégica central. Carlos Mello, em artigo publicado neste jornal, afirmou que o PSDB era originariamente "liberal na economia, social-democrata nas políticas públicas e progressista nos costumes". Ou seja, Aécio, lixe-se. São Paulo não vai entregar a rapadura a Minas. E, quanto ao "progressista nos costumes", essa é a parte do programa do partido que vai ser escrita pelo Silas Malafaia. Em tempo: por que o FHC não fala mal do Cerra (em público) ? Será que só o Sergio Motta seria capaz de desvendar esse mistério ? Paulo Henrique Amorim
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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Posted: 04 Nov 2012 12:25 PM PST
Claudio Dantas Sequeira, Izabelle Torres e Josie Jerônimo / IstoÉ
O Partido dos Trabalhadores não é mais o mesmo. Uma revolução silenciosa, cujo signo é o sentimento da mudança, faz nascer novas lideranças, oblitera velhos caciques e desencadeia a maior transformação da história da legenda. Basta olhar os resultados das eleições municipais para entender a dimensão desse processo. Eleito prefeito em São Paulo, Fernando Haddad, 49 anos, é um dos símbolos da transformação. Em seu discurso da vitória, Haddad falou em autocrítica, na reconstrução do partido e agradeceu efusivamente à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula, os principais fiadores de sua candidatura. No texto, escrito de véspera, fez ainda um chamamento à intelectualidade, às forças produtivas e aos movimentos sociais, num claro resgate das raízes partidárias do PT da década de 1980. O teor do discurso de Haddad resume a diretriz que Dilma estabeleceu em seu governo: a opção por políticos de perfil técnico, dedicados à boa gestão e sem os ranços do tradicional fisiologismo partidário.
Nas primeiras tratativas para a montagem de seu gabinete, Haddad seguiu a cartilha da presidenta e avisou que não se renderá ao "toma lá dá cá". A referência ao modo de governar de Dilma ganha cada vez mais espaço dentro do PT, serviu de slogan para centenas de candidaturas e passou pelo primeiro grande teste nas urnas. O resultado foi a maior votação de um partido em eleições municipais, com mais de 17,2 milhões de votos em todo o País. Foram 635 prefeitos eleitos, o que significou um crescimento de 14% no número de municípios nas mãos do PT. Dilma foi uma das grandes vitoriosas da eleição. Seu governo, pela primeira vez, foi submetido ao escrutínio público – e os resultados, para ela, não poderiam ter sido melhores."
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior/ 11:090 Comentários
* Dilma Rousseff, Lula, PT
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 04 Nov 2012 12:09 PM PST
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Posted: 04 Nov 2012 12:05 PM PST
Reproduzido do Blog do Cadu: Que a prática jornalística no Brasil – apesar de termos profissionais excepcionais – não é das melhores todo mundo já está cansado de saber. Especialmente na autoproclamada grande imprensa, mas, cabe o destaque, não somente.
Independente a da linha editorial do veículo de comunicação, nunca se pode abrir mão do fazer jornalismo. Já havia afirmado isso antes e reafirmo agora: Veja deveria ser usada nas faculdade de comunicação como exemplo do não jornalismo. Há muito tempo – e intensificado a partir de 2003- que a revista da Editora Abril abandonou os preceitos jornalísticos. Chega ao ponto de publicar entrevista sem áudio e requentar esta entrevista. Refirmo-me à "entrevista de Marcos Valério" onde ele acusa Lula de todos os males da galáxia. É mais fácil encontrar gremista na torcida do Internacional e vice-versa do que a fita dessa entrevista. No requente de Veja a fita do além teria sido entregue ao Procurado Roberto Gurgel. E Valério procurado o STF para entrar no programa de proteção às testemunhas. Ela já havia feito isso antes e teve o pedido negado por não ter nada a dizer. Além de uma entrevista psicografada, Veja se utiliza de fanfarronice. E agora que ela está para se livrar da CPI do Cachoeira, deve perder ainda mais a noção do ridículo. Some-se a isso o desespero da possibilidade de ter seus contratos com a prefeitura de São Paulo não renovadas, perdendo milhões de reais do seu orçamento, vai virar bicho acuado. E bicho acuado ataca tudo que vier na frente. Se o tucanato no governo paulista não repor o "dim dim" – em caso de término de contrato com a prefeitura – até penas de tucano voando poderemos ter nas capas da coisa feita em papel couché. Além do "julgamento" da Ação Penal 470, temos a possibilidade de Joaquim Barbosa – o novo Batman do pedaço – aceitar o pedido de delação premiada de Valério, sem este ter nada de novo a dizer ou a provar. Prato cheio para a mídia golpista. Manchetes e mais manchetes tentando incriminar Lula. Valério deveria falar em rede nacional. Isso mesmo, transmissão ao vivo para todo o país em todos os canais. Somente assim acaba a mentirada de Veja, da grande imprensa e de setores importantes do Judiciário brasileiro. Minas e o "apagão" Tivemos os recentes "apagões". Sua origem já foi confirmada. Trata-se da Cemig de Minas Gerais. A Cemig é a principal opositora às mudanças propostas pelo governo federal das regras do setor. Entre elas a queda da tarifa de energia para os consumidores. A empresa não realizou os procedimentos após a identificação da falta de energia. Entre elas uma coisa bem simples, ligar uma chave de segurança. A Cemig alega que as mudanças propostas diminuirão os investimentos das concessionária do setor, mas todos os problemas ocorridos no "apagão" foram humanos e em nada tem a ver com investimentos. Não precisa de investimento para ligar uma chave ou realizar os procedimentos de segurança. O agente do caos agora é mineiro Com a morte política de Serra, Aécio assume a condição de liderança da oposição no Brasil. E diz que se deve fazer oposição "classuda", na política apenas. Quem não conhece que compre o PSDB. Em entrevista à CartaCapital, Aécio lembrar que essa postura da oposição liderada por Serra não condiz com a origem do partido. De fato, não condiz mesmo. Mas desde o governo FHC que o PSDB tornou-se o porta-voz do que tem de mais atrasado na política nacional. Tanto que aliou-se, por exemplo, a quem construiu a ditadura militar no país. Quem já fez o que essa turma fez com o Brasil não tem limites. Se somente nos atermos à famílias que ainda não enterraram seus parentes por conta da ditadura, não precisaríamos expor mais nenhum exemplo. Pode-se também dizer da base militar em Alcântara no Maranhão, às portas da Amazônia, que FHC queria entregar aos estadunidenses. Dá para fazer uma lista bem grande de ações antipovo do tucanato e seus aliados. A privataria é a maior delas. Deixar parte do território nacional às escuras; falsear a realidade ao ponto que fazem a anos; mudar jurisprudência no Supremo Tribunal como fizeram, invertendo o ônus da prova e retirando o direito de julgamento em primeira instância, para a direita brasileira é fichinha. | ||
Posted: 04 Nov 2012 12:00 PM PST
O dia 22 de novembro é a data marcada para que Joaquim Barbosa assuma a presidência do Supremo Tribunal Federal e o comando do Poder Judiciário no Brasil. Relator da Ação Penal 470, Barbosa já foi criticado pelos próprios colegas da corte e também por advogados dos réus, que o enxergam como carrasco inquisidor, e não como juiz. Nas mãos dele, repousa um documento explosivo: o pedido de Marcos Valério, pivô do mensalão, para que faça parte do Sistema Nacional de Proteção a Testemunhas e para que seja beneficiado com a delação premiada. Segundo frases atribuídas a Valério pela revista Veja, o ex-presidente Lula seria o "chefe" do mensalão e teria também sido chantageado por personagens ligados ao assassinato de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André. Cabe ao futuro presidente da corte definir o que fazer em relação a isso.
Barbosa também tem em suas mãos alguns convites especiais para a sua posse. Ele já solicitou um pedido oficial de audiência ao Palácio do Planalto para que pudesse entregá-los pessoalmente à presidente Dilma Rousseff - o que não se confirmou. Não há, portanto, uma foto oficial de Barbosa ao lado de Dilma, no momento emblemático em que ex-presidentes do PT, como José Dirceu e José Genoino, estão sendo condenados e tendo suas penas definidas pelo Supremo Tribunal Federal.
De um lado, Dilma tem sido pressionada a não comparecer à posse de Joaquim Barbosa, tanto pelo ex-presidente Lula, como por quadros do Partido dos Trabalhadores. Seria um "recado" em relação ao "julgamento de exceção" conduzido por Joaquim Barbosa. De outro, é pressionada a comparecer. Sua ida foi anunciada ontem, no jornal O Globo, pelo colunista Jorge Bastos Moreno e comemorada neste domingo, com "alívio", por Merval Pereira. Seria uma obrigação institucional.
Ocorre que a posse de Joaquim Barbosa ocorre num momento em que o ex-presidente Lula é alvo de uma caçada impiedosa, uma "guerra sem fim", como definiu o ex-porta-voz da presidência, Ricardo Kotscho. E nada impede que Joaquim Barbosa, instantes depois da foto oficial com a presidente Dilma, que estará estampada em todos os jornais, crave uma estaca no peito de Lula, oferecendo a delação premiada a Marcos Valério, bem como a proteção pelo suposto risco de morte que o empresário estaria correndo. Dilma seria elogiada, como uma presidente que não foge aos compromissos institucionais, e Lula será, mais uma vez, duramente atacado.
O que será da relação dos dois depois disso, se essa hipótese vier a se confirmar, é um mistério. Mas Dilma vem se equilibrando entre as pressões que recebe de todos os lados da sociedade. Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comemorou seus 80 anos, ela enviou uma carta gentil e educada. Depois, quando Lula foi alvo de ataques de FHC, Dilma criticou, em nota, o "ressentido" ex-presidente. Recentemente, ela também se manifestou de forma contrária à demissão de José Genoino, ganhando aplausos do PT. Mas sua ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, avalizou as decisões do STF.
Entre os dias 16 e 19 de novembro, Dilma estará na Espanha. Comparecer à posse de Joaquim Barbosa não é exatamente uma obrigação e ela poderia ser representada pelo vice Michel Temer. Tanto não é algo obrigatório, que, no julgamento da Ação Penal 470, o ministro Marco Aurélio Mello lembrou ter sugerido ao ex-presidente Lula, por meio do senador Renan Calheiros, que não fosse à sua posse na presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Isso porque faria um duro discurso contra o PT, que foi lido, novamente, durante o julgamento. E Lula, a pedido de Marco Aurélio, não foi.
Dilma pode ir, como não ir. Mas será uma das decisões mais arriscadas no exercício da presidência.
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Posted: 04 Nov 2012 04:42 AM PST
Lista aponta 10 práticas de corrupção comuns no dia a dia do brasileiro
Embora legalmente crime envolva agentes públicos, promotor cita desvios de conduta já enraizados na sociedade. BBC Brasil Quase um em cada quatro brasileiros (23%) afirma que dar dinheiro a um guarda para evitar uma multa não chega a ser um ato corrupto, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais e o Instituto Vox Populi. Os números refletem o quanto atitudes ilícitas, como essa, de tão enraizados em parte da sociedade brasileira, acabam sendo encarados como parte do cotidiano. "Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público", diz o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira. Ele é coordenador nacional da campanha do Ministério Público "O que você tem a ver com a corrupção", que pretende mostrar como atitudes que muitos consideram normal são, na verdade, um desvirtuamento ético. Como lida diariamente com o assunto, Moreira ajudou a BBC Brasil a elaborar uma lista de dez atitudes que os brasileiros costumam tomar e que, por vezes, nem percebem que se trata de corrupção.
Marcadores: Corrupção, Hipocrisia, Moralismo
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Posted: 04 Nov 2012 04:38 AM PST
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 09:080 comentários Links para esta postagem
Do Blog APOSENTADO INVOCADO.
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Posted: 04 Nov 2012 04:35 AM PST
Uma notinha publicada hoje na coluna de Mônica Bergamo no Jornal Folha de São Paulo, mostra que Regina Duarte perdeu o medo de Lula.
Para a colunista, a atriz disse que, De Lula, é melhor não relembrar [a declaração que ela deu na campanha de 2002 dizendo ter medo da vitória de Lula]. Não tem mais nada a ver com o que a gente tá vivendo.
Sobre a presidente Dilma, ela disse: Nossa, eu tenho encantamento por ela, desde o início, sabe? Na política internacional, me impressionou muito como ela entrou firme defendendo umas coisas legais. Tem uma frase dela de que eu gosto: o controle da mídia é o controle remoto. É uma postura democrática que tem que ser louvada. E dá uma coisa bacana, a gente fica orgulhosa de ter uma mulher ali. E ainda falou sobre a mi8nistra Marta Suplicy Vamos ver [como será Marta Suplicy no Ministério da Cultura]. Ela tem ímpeto. Quando quer, faz coisas extraordinárias. Vamos falar dos CEUs, para deixar ela bem estimulada? Tem que falar "Viva a Marta!". Porque eu rodei os 21 CEUs. Tudo neles é bom, bem feito, descentraliza a cultura. Não é qualquer nota, não. Eu inaugurei neles o teatro com uma turnê. Tive lições de paulistanês. Viajava uma hora e meia para chegar lá. E ia vendo uma SP que não conhecia. Fiquei encantada. Às vezes uma patrulha nos acompanhava. Mas nunca foi necessário. O povo brasileiro é tão bom, é tão amoroso, né? O que tem aí de violência é tão minoritário... E vocês queridos leitores, o que acham ? Regina perdeu o medo do PT?
Por: Helena™0 Comentários
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
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Posted: 04 Nov 2012 04:30 AM PST
Brasileiro é engraçado, acha que tudo depende dos outros. Ficam aqui tagarelando porque a Dilma não faz uma Ley de Medios, mas tirar a bunda gorda da cadeira, nada.
É fácil entender porque a ditadura argentina teve que matar 100 vezes mais que a brasileira e porque os milicos lá estão indo em cana.
No Advivo
Postado por zcarlosàs 20:45Nenhum comentário:
Marcadores: Argentina, Lei dos Meios de Comunicação
Também do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 04 Nov 2012 04:27 AM PST
O Mensalão Tucano
O delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha de Oliveira indiciou três ex-dirigentes da Cemig e quatro funcionários que trabalhavam na Superintendência de Comunicação Social da empresa, acusados de autorizar pagamentos à agência de publicidade de Marcos Valério, como forma de desviar dinheiro para a campanha de Eduardo Azeredo, em 1998. Mas ele aparentemente se esqueceu de um detalhe: na época, a Cemig era dirigida, para todos os efeitos, pelos chamados "parceiros estratégicos" que haviam comprado 32,96% das ações com direito a voto, em maio de 1997. Quem eram esses parceiros do governo de Minas na gestão da empresa? Eram, sobretudo, grandes interessados na vitória de Azeredo, pois seu principal concorrente, Itamar Franco, do PMDB, vinha declarando sua oposição ao acordo de acionistas que lhes dera de mão beijada o controle da estatal.
Esses "parceiros estratégicos" têm nome. O mais destacado hoje é o Banco Opportunity, que começou a operar em 1996. Foi fundado por Daniel Dantas, que tinha como sócio um ex-presidente do Banco Central, Pérsio Arida, e administrava fundos de pensão públicos. Os outros que formavam com o Opportunity o consórcio Southern Electric Brasil Participações Ltda, eram duas empresas de eletricidade dos Estados Unidos, a Southern Electric e a AES.
A venda da Cemig para esse consórcio foi conduzida pelo vice-governador Walfrido dos Mares Guia, com apoio do então presidente do BNDES, Luiz Carlos Mendonça de Barros. O consórcio arrematou quase 33% das ações ordinárias da Cemig por R$ 1,13 bilhão. Metade do dinheiro seria paga em 12 meses sem juros e, a outra metade, em 10 anos, com financiamento do BNDES, que cobrava do consórcio juros de 3,5% ao ano.
Um negócio de pai para filho, mas tem mais: antes de desembolsar qualquer dinheiro, os compradores receberam dividendos da Cemig, concedidos retroativamente, no valor de R$ 500 milhões. O acordo de acionistas previa que os acionistas receberiam dividendos de 50% dos lucros, o que retirava da empresa a capacidade de fazer investimentos, mas era muito vantajoso para o consórcio. Walfrido informou à revista Dinheiro, de 13 de outubro de 1999, que a ideia de elevar o percentual de dividendos, de 25% para 50%, fora do presidente do BNDES. O secretário da Fazenda de Minas, João Heraldo Lima, citado no meu artigo anterior, teria insistido nos 50% junto ao escritório de advocacia contratado para redigir o acordo de acionistas.
Com apenas 33% do capital votante ou menos de 14% do capital total, os "parceiros estratégicos" tinham o controle da empresa, pois o acordo de acionistas previa que as decisões da Diretoria e do Conselho de Administração só teriam validade se fossem aprovadas por unanimidade. Com um terço do número de diretores e com quatro dos 11 conselheiros, os sócios minoritários reunidos no consórcio poderiam vetar qualquer decisão.
Os representantes do consórcio na Diretoria da Cemig eram o vice-presidente David Travesso Neto, o diretor de Produção e Transmissão Flávio Antônio Neiva e o diretor de Suprimentos, Luís Antônio de Souza Batista. Eles ficaram no cargo até o dia 7 de outubro de 1999, quando foram demitidos pelo governador Itamar Franco.
Apesar do inegável poder desses diretores, o delegado Zampronha achou que apenas o ex-presidente Carlos Eloy, o presidente interino José da Costa Carvalho Neto (que ficou na presidência enquanto Eloy trabalhava na coordenação da campanha eleitoral do governador) e o diretor de distribuição Marco Aurélio Madureira da Silva (além de quatro jornalistas que trabalhavam na Superintendência de Comunicação Social) eram os únicos responsáveis por destinar à campanha de Azeredo, pelas mãos de Marcos Valério, R$ 1.673.981,90.
Está faltando alguém em Nuremberg...
Aliás, para quem, no governo Azeredo, facilitou a venda de quase 33% das ações ordinárias da maior estatal mineira, deve ter sido decepcionante receber para a campanha de reeleição do governador uma quantia equivalente a menos de 0,34% dos dividendos pagos de cara aos compradores das ações. Será que eles se conformaram com essa mixaria? Se a Polícia Federal procurar bem, é possível que encontre em algum lugar o registro de um valor bem mais significativo destinado à campanha eleitoral pelo Banco Opportunity e seus sócios americanos. Afinal, naquele ano Daniel Dantas tinha motivos para estar feliz com o governo Fernando Henrique Cardoso, que privatizou o Grupo Telebrás, dando a ele uma boa fatia da estatal. Na Brasil Telecom, Dantas era sócio da Telecom Itália e do Group Citi, tendo brigado com os dois sócios. O último entrou em abril de 2005 com ação na Justiça de Nova York contra o sócio, exigindo indenização de pelo menos US$ 300 milhões, alegando que havia investido US$ 728 milhões no Fundo CVC Internacional, controlador de diversas empresas de telefonia, entre elas a Brasil Telecom e administrado pelo Opportunity, que não havia aportado nenhum tostão, ao contrário do estipulado no contrato entre os sócios.
No mesmo dia, no Rio de Janeiro, a Polícia Federal indiciava Daniel Dantas por formação de quadrilha, corrupção ativa e divulgação de segredo. Ao mesmo tempo, ele perdia o controle da Brasil Telecom.
Para influenciar políticos
Engenheiro e economista, 52 anos, Daniel Dantas começou a subir na vida fazendo amizade com Antônio Carlos Magalhães e outros políticos do PFL baiano. Foi sócio de Nizan Guanaes na agência de publicidade DM9. Durante as investigações da CPI dos Correios, revelou-se que a Telemig Celular e a Amazônia Celular, controladas pelo Opportunity, eram dois dos principais clientes das empresas de publicidade de Marcos Valério, o operador de pagamentos feitos a parlamentares no governo petista. As duas empresas controladas por Daniel Dantas, realizaram, em conjunto, pagamentos da ordem de R$152,45 milhões às agências de Marcos Valério, desde o ano 2000, e algumas notas fiscais emitidas pela Telemig Celular sumiram, "não se podendo ainda comprovar com exatidão a natureza dos serviços prestados pelas empresas do Sr. MARCOS VALÉRIO", diz o relatório da CPI. E acrescenta: "Constatou-se, ainda a partir da transferência de sigilo do investigado MARCOS VALÉRIO e de suas empresas, depósitos efetuados pela BRASIL TELECOM à empresa SMP&B Comunicação Ltda no valor de R$ 3.936.161,00 e à DNA PROPAGANDA no valor de R$ 823.529,00".
O relatório da CPI afirma ainda que "DANIEL DANTAS necessitava influenciar políticos para que pudesse manter o controle das citadas empresas durante e após sua destituição da administração de recursos de fundos de pensão das grandes empresas estatais".
Curioso, não? Não teria ocorrido a mesma coisa na Cemig?
Itamar Franco, logo que assumiu o governo, em 1999, entrou com ação no Tribunal de Justiça de Minas, para desfazer o acordo de acionistas e retomar para o Estado o controle da Cemig - mas não as ações vendidas ao consórcio. Em outubro de 1999, o TJ concedeu liminar favorável a Itamar, que imediatamente demitiu os três diretores representantes do consórcio. Hoje Itamar, sem partido, é presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, convidado pelo tucano Aécio Neves, que nada tem a temer da parte dele. Em maio de 2002, quando faltavam sete meses para o fim do governo Itamar Franco, que apoiaria a candidatura de Aécio à sua sucessão, a composição acionária da Cemig com direito a voto era a seguinte: Governo do Estado 50,96%; Southern Electric Brasil Participações Ltda (aí incluído o Banco Opportunity), 32,96%; outros: 16,08.
Apesar da presença desses estranhos nesse ninho tucano, reina a paz na Cemig, até onde se sabe. A empresa encerrou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de R$ 922 milhões, um valor capaz de deixar muito contente qualquer acionista, por mais que ele fale em inglês e pense em dólar.
José de Souza Castro
CunhaNo Advivo
Postado por zcarlosàs 22:00Nenhum comentário:
Marcadores: Cemig, Eduardo Azeredo, Mensalão, Minas Gerais, Privatização, PSDB, Tucanos
Do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 04 Nov 2012 04:21 AM PST
Subtrair espaços à exclusão equivale no Brasil a estreitar o horizonte político do conservadorismo. E vice versa.
A atordoante derrota de Serra em SP credencia a maior cidade do país, uma das três maiores manchas urbanas do planeta, a se tornar uma gigantesca referencia políticas sociais emancipadoras. Os derrotados sabem que uma seta do tempo foi disparada no dia 28 de outubro de 2012; ela tem potencial para traçar um novo divisor de ciclos na política brasileira. Desdenhar do feito de Lula é uma forma de acusar o golpe. Outra é tentar implodir seu autor e seu entorno. 'Veja', os mervais, robertos freires e que tais estão soltos na praça sem focinheira. Estão fazendo as duas coisas ao mesmo tempo. E com o mesmo objetivo: segurar a seta do tempo histórico. O êxito do Enem nesse momento, uma semana depois da derrota maiúscula do PSDB em casa, não poderia acontecer em hora mais ingrata. Com Haddad e Lula, o exame criado pelos tucanos virou uma porta de entrada de pobres na universidade. Um exemplo terrível de coisas que podem acontecer em SP. Carta Maior
Marcadores: ENEM, Fernando Haddad, Lula, São Paulo
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Posted: 04 Nov 2012 04:08 AM PST
A aplicação de um arremedo de Justiça em alguns casos do "mensalão", sobretudo nos de Dirceu e Genoíno, nos remete aos métodos dos antigos tribunais de Inquisição nos quais a prova técnica era dispensada e a decisão era o domínio da suposição e do arbítrio. Para o resto de nossa História, a maioria deste Supremo que não conheceu a ditadura comportou-se como se fosse um tribunal ditatorial. Como escreveu Weber, sob as condições de uma democracia de massa, a opinião pública é a conduta social nascida de sentimentos irracionais. O artigo é de J. Carlos de Assis.
J. Carlos de Assis (*)
Escrevi anteriormente que o Supremo, no julgamento do chamado "mensalão", violou as bases formais do Direito Brasileiro, fundado no Direito Romano, ao ignorar a necessidades de provas concretas para incriminação de réus, especialmente de Dirceu e Genoíno. Eis meus fundamentos:
"A interpretação 'racional' da lei, à base de conceitos rigorosamente formais, opõe-se ao tipo de adjudicação ligado primordialmente às tradições sagradas. O caso à parte, que não pode ser resolvido sem ambiguidades pela tradição, é solucionado pela 'revelação' concreta (oráculo, profecia ou ordálio – isto é, pela justiça 'carismática') ou – e apenas esses casos nos interessam aqui – pelos juízos informais prestados em termos de avaliações éticas concretas, ou outras avaliações práticas. É a 'justiça do Cádi', como adequadamente a chamou R. Schmidt. Ou os julgamentos formais são feitos não pelo suposição de conceitos racionais, mas pelo recurso às 'analogias' e dependendo dos 'precedentes' concretos e de sua interpretação. É a 'justiça empírica'.
A justiça do Cádi não conhece qualquer julgamento racional. Nem a justiça empírica do tipo puro apresenta quaisquer razões que possam, em nosso sentido, ser chamadas de racionais. O caráter avaliativo concreto da justiça do Cádi pode avançar até o rompimento profético com toda a tradição. A justiça empírica, por sua vez, pode ser sublimada e racionalizada numa 'tecnologia'. Todas as formas não-burocráticas de domínio evidenciam uma coexistência peculiar: de um lado, há uma esfera de tradicionalismo rigoroso, e, do outro, uma esfera de arbitrariedade livre e de graças senhoriais. Portanto, as combinações e as formas de transição entre esses dois princípios são muito frequentes; serão discutidas em outro contexto.
Ainda hoje, na Inglaterra, como Mendelssohn demonstrou, um amplo substrato da justiça é, na realidade, do tipo de justiça de Cádi, em proporções dificilmente concebíveis no continente europeu. (...) Na Inglaterra, a razão para o fracasso de todos os esforços de uma codificação racional da lei, como o fracasso de se copiar o Direito Romano, foi devido a uma resistência bem sucedida contra essa racionalização por parte das grandes corporações de advogados, organizadas centralmente. Essas corporações formavam uma camada monopolista de notáveis, entre os quais eram escolhidos os juízes das altas cortes do reino. Eles conservavam em suas mãos o treinamento jurídico, como uma tecnologia empírica e altamente desenvolvida, e combatiam com êxito todos os movimentos em favor do direito racional, que lhes ameaçava a posição social e material. Tais movimentos nasceram nos tribunais eclesiásticos e, durante algum tempo, também nas universidades. (...)
Toda espécie de 'justiça popular' – que habitualmente não pergunta pelas razões e normas – bem como toda espécie de influência intensiva sobre a administração da chamada opinião pública, cruza com o mesmo vigor o caminho racional da justiça e administração, e em certas circunstâncias, ainda com mais vigor, como o que pôde fazer o processo da 'câmara das estrelas' do governante 'absoluto'. Ou seja, sob as condições de democracia de massa, a opinião pública é a conduta social nascida de 'sentimentos irracionais'.
Normalmente, ela é encenada, ou dirigida pelos líderes partidários e pela imprensa." (In. Weber, Max. Ensaios de Sociologia, Zahar Editores, 3ª. Edição, p. 251 e sgs., "Burocracia e Direito". Pela transcrição, JCA.)
Em termos mais diretos, a aplicação de um arremedo de Justiça em alguns casos do "mensalão", sobretudo nos de Dirceu e Genoínio, nos remete aos métodos dos antigos tribunais de Inquisição nos quais a prova técnica era dispensada e a decisão era o domínio da suposição e do arbítrio. Para o resto de nossa História, a maioria deste Supremo que não conheceu a ditadura comportou-se como se fosse um tribunal ditatorial.
(*) Economista e professor de Economia Internacional da UEPB, autor do recém-lançado "A Razão de Deus", pela editora Civilização Brasileira. Esta coluna sai também nos sites Brasilianas e Rumos do Brasil, e, às terças, no jornal carioca "Monitor Mercantil".
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Posted: 04 Nov 2012 03:50 AM PST
Posted by eduguim on 04/11/12 • Categorized as Opinião do blog
Vencidas as inacreditáveis ingenuidade e imprudência de democratas bem-intencionados que chegaram a crer que a direita midiática continuaria aceitando ser contrariada por uma vontade popular que as urnas teimam em expressar eleição após eleição desde o histórico 2002, é chegada a hora de ler o script do golpe – que já não se esconde. Retrocedamos, pois, ao limiar daquele outono de 1964, quando, já em nome do "combate à corrupção", os mesmos meios de comunicação evocavam a "ética" contra o governo trabalhista de então, que, tenhamos presente, cometia o "crime" de combater a desigualdade renitente que infecta a nação há 500 anos, só que com muito menos ousadia do que o atual. No início dos anos 1960, o Coeficiente de Gini, que mede a concentração de renda das nações, em sua versão verde-amarela, já altíssimo, alcançava a marca pornográfica de 0,52 – quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. Aos trancos e barrancos, no limiar do golpe Jango Goulart retomara, em certa medida, o controle do governo, após tentativas civilizadas de impedir que adotasse medidas contra uma chaga nacional que escandalizava o mundo e mantinha o país agrilhoado ao atraso. A expressão "reforma agrária" também escandalizava, só que aos detentores do que, à época, tinha muito mais importância do que hoje: a propriedade da terra. E, para colocar lenha na fogueira, os movimentos estudantil e sindical se entregavam, entre um devaneio e outro, ao idílio socialista. E o que é pior: sem fazer maior segredo. Os arreganhos golpistas, para se venderem à sociedade, não falavam no "direito" dos ricos a concentrarem parcela indecente da renda. A ideia de que o povo estava sendo roubado pelo governo justificaria melhor a conspiração que já germinava nas redações dos donos da "imprensa". Era preciso, pois, construir "razões" para justificar o uso da força bruta a fim de obter o que, cada vez mais, ficava evidente que não seria obtido pelas urnas – até porque, na falta de votos, fraudá-las seria impossível estando os "comunistas" no poder, pois são os governos que organizam eleições. Dez anos antes, a mesma desculpa fora usada para acuar aquele que, heresia das heresias, ousara erigir uma legislação trabalhista que tantos "custos" acarretara ao "pobre" capital. A história do Brasil, como se vê, é a prova de que a "corrupção" sempre foi o artifício do capital e das elites para manter a esquerda, seu trabalhismo e seu viés distributivista de renda longe do poder de Estado. A pontuação do coeficiente de Gini, naquele outono de 1964, era pouco maior do que é hoje. Com a ditadura, as coisas foram postas no lugar, ou seja, de 0,52, naquele momento, ao fim da ditadura foi parar em cerca de 0,60, em um processo que tornou o rico mais rico e o pobre, mais pobre. Entre todas as razões para o golpismo se erguer de novo por estas bandas, portanto, a queda vertiginosa do Gini que marcou os governos Lula e Dilma explica, como nada mais, a volta das acusações de corrupção ao grupo político que, no poder, é responsável por, em dez anos, devolver ao Brasil o que a ditadura levou vinte para lhe roubar – em 2012, o índice é pouco menor do que o de 1964. No entanto, se as razões de hoje para o golpismo via acusações de corrupção ao governo de turno são as mesmas de há meio século, o script do golpe teve que ser reescrito. Não existe mais o inimigo externo a ameaçar tomar os bens das famílias mais abastadas para entregá-los à ralé preguiçosa, morena e inculta. Sem a ameaça de tropas vermelhas a marchar sobre a nação, não se justifica mais o uso das forças armadas para golpear a democracia. É por aí que começou a ser construída, em Honduras, uma modalidade de golpe que há pouco se reproduziu no Paraguai de forma mais próxima – porém ainda grosseira – do modelo que se pretende aplicar por aqui. O golpe "constitucional" de Honduras inaugurou a modalidade, o do Paraguai a refinou um pouco mais, mas ainda não o suficiente para ser usada no Brasil. O ansiedade por retomar o poder naqueles países pecou pelo tempo escandalosamente curto para desenvolver o processo. No Brasil, com a comunicação de massas, o Judiciário, os militares e boa parte da classe política de acordo, pode-se dar tempo ao tempo, começando a devorar a democracia pelas beiradas. A aceleração que se está vendo do processo, portanto, deve-se à gota d'água que foram as eleições de 2012, que extirparam aos golpistas contemporâneos qualquer esperança em obter do povo a colaboração eleitoral para recolocá-los no poder. Pela burrice de que padecem os autoritários, confiaram na "burrice" popular que acreditaria, por exemplo, em uma revista que há dez anos, semana após semana, só enxerga e denuncia corrupção em um único partido, em um único nível de governo. Passada a última surra eleitoral, aplicada bem quando a bomba atômica (o julgamento do mensalão) foi detonada, não há mais esperança. A condenação ditatorial de José Dirceu, José Genoino e outros petistas menos relevantes não conspurcou nem o PT, nem Lula e muito menos o governo Dilma Rousseff. Acabaram-se as ilusões. Assim, o golpismo destro-midiático descobriu que o povo simplesmente se recusa a acreditar que o PT inventou a corrupção no país – premissa contida no fato de petistas serem os primeiros políticos a ser condenados pelo STF após mais de cem anos de história republicana. Eis que a ingenuidade de Lula e de Dilma, quase inacreditável, foi um presente dos deuses – ou dos demônios – para o golpismo tupiniquim. Lula, um estrategista político como nunca se viu outro no Brasil, nomeou, de olhos fechados, inimigos políticos para o cargo que dá a quem ocupa a prerrogativa de processar até o presidente da República. Dessa maneira, há poucas dúvidas – se é que existe alguma – de que o doutor Roberto Gurgel aceitará, gostosamente, a denúncia que a oposição faz àquele que responsabiliza por suas derrotas eleitorais, o que ela faz por não entender que o que leva o povo a votar nos que ele indica não são seus belos olhos, mas a distribuição de renda e oportunidades. Os golpistas mais espertos, então, já sabem que anular Lula será insuficiente enquanto a vida do brasileiro continuar melhorando. Mesmo que consigam fazer o processo dele andar até as eleições de 2014, de forma a chegar lá desmoralizado, a situação do país reelegerá Dilma. Se mesmo após Lula ter sido inocentado nas investigações sobre o mensalão agora estão conseguindo envolvê-lo com matérias meramente opinativas de revistas e jornais, o que custará "descobrirem", antes de agosto – quando Gurgel será substituído –, que a presidente, que integrou o governo anterior, também integrou a "quadrilha"? Do Blog da Cidadania. | ||
Posted: 04 Nov 2012 03:45 AM PST
A turma do deixa disso entrou em campo para acalmar o ex-governador José Serra (PSDB), derrotado por Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo, que não gostou das declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a necessidade de renovação do partido. A ala serrista está convencida de que o melhor a fazer agora é cuidar da reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2014, e garantir a vaga do Senado na chapa tucana para Serra.
E tem mais
Um dos coordenadores da campanha tucana em São Paulo, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse, em discurso no Senado, que o candidato José Serra perdeu para o petista Fernando Haddad por "negligência" do PSDB. Para ele, o partido e os articuladores da campanha não conseguiram reverter junto à população a impressão de que Serra deixaria mais tarde a prefeitura, caso eleito.
Bingo! Alguém tem dúvida de que, caso fosse eleito prefeito, Serra não se meteria a ser candidato presidencial novamente, em 2014? Da outra vez em que foi candidato a prefeito, assinou um documento dizendo que cumpriria o mandato ate o fim. Mentiu. Fez como FHC, que disse: "Esqueçam tudo que escrevi".Os tucanos costumam abrir o bico para mentir.
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