terça-feira, 6 de novembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 06 Nov 2012 02:55 PM PST




Mensalão popularizou e escancarou as entranhas do STF - Ou foram injustos no passado absolvendo, ou são injustos agora condenando.

Segundo divulgado pelos jornais, o ministro Joaquim Barbosa afirmou nesta terça-feira, 06/11, que o julgamento da ação 470 no Supremo  Tribunal Federal popularizou o tribunal e o "trouxe para dentro das famílias". 

O ministro atribuiu a repercussão do caso a uma maior participação da sociedade com as questões jurídico-institucionais tratadas pelo Supremo. Ainda na opinião do Ministro, "o resto do que vem acontecendo no plano pessoal é consequência disso. Sobre sua popularidade, o ministro teria desconversado: "Sou simplesmente um cidadão que cumpre seus deveres e obrigações, nada além disso", completou.

O Ministro Joaquim Barbosa está envolvido pelo canto da sereia que a Mídia lhe tem soprado no ouvido, acreditando que tudo que acontece e se passa no STF tem a aprovação do povo brasileiro em sua totalidade. Não tem não ministro ! Os inúmeros processos que foram colocados em segundo plano para que o MENSALÃO fosse julgado a toque de caixa, causam grande prejuízo a inúmeros cidadãos e famílias.  A pressão da Mídia, a qual o STF sucumbiu, causa preocupação em quem observa atentamente a realidade brasileira. As brigas e trocas de desaforo entre ministros envergonha a todos. Os atropelos e  pesos e medidas diferentes utilizados para tratar RÉUS de um Mensalão e Réus de outro, deixam a sensação de falta de isenção e de condutas de exceção.

Então Sr. Ministro Joaquim Barbosa, com todo respeito, sem lhe afrontar, eu lhe digo aqui, o que lhe diria frente a frente caso lhe encontrasse por essas esquinas da vida. Noves fora as questionáveis condenações e interpretações absolutamente "inéditas" das LEIS, o senhor como relator, e outros ministros, além do STF e a PGR como Instituições, cometeram muitos erros nessa Ação PENAL 470. O futuro nos dará a real dimensão do quanto esses erros representam de mal para o Brasil.
Posted: 06 Nov 2012 02:50 PM PST

Governos federal e de São Paulo criam agência integrada para conter violência no estado
Elaine Patricia Cruz e Fernanda Cruz. Edição: Carolina Pimentel, Agência Brasil
06/11/2012 – 17h16


São Paulo – Os governos federal e de São Paulo decidiram pela criação de uma agência integrada de inteligência para combater a violência no estado. A decisão foi tomada em reunião na tarde de hoje (6) entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Somente este ano, 90 policiais foram assassinados em São Paulo, segundo dados da Polícia Militar.
"A agência vai fazer com que as ações policiais sejam integradas, especialmente na área de inteligência que é de grande importância. Não se combate o crime organizado sem um serviço de inteligência eficiente. E, somando esforços da inteligência da área federal com serviço de inteligência da área estadual, teremos relatórios precisos que orientarão as ações das nossas polícias", explicou o ministro da Justiça, em entrevista após a reunião, que foi fechada.
Um dos objetivos da agência será o de conter o fluxo financeiro das organizações criminosas. "Os relatórios de inteligência vão nos permitir fazer o asfixiamento financeiro de organizações criminosas que estejam atuando no estado. Esse asfixiamento é fundamental para se enfraquecer as organizações criminosas", disse o ministro.
Na semana passada, os governos federal e estadual acertaram uma parceria para conter a onda de violência no estado. O acordo foi fechado após troca de acusações entre os dois governos sobre a situação da segurança pública em São Paulo. No dia 30 de outubro, o Ministério da Justiça divulgou nota rebatendo acusações de que não teria oferecido ajuda ao governo estadual e reiterando a disposição de pactuar um plano de segurança pública integrado entre as esferas estadual e federal.
Na próxima segunda-feira (12), continuou Cardozo,já será feita a primeira reunião de representantes da agência, em São Paulo, para começar a estudar um plano de contenção nas fronteiras estaduais. "Deveremos assinar um acordo já na próxima segunda-feira, quando haverá a primeira reunião dessa agência", disse o ministro. A agência será coordenada pelo superintendente da Polícia Federal em São Paulo Roberto Troncon e pelo secretário-adjunto de Segurança Pública Jair Manzano.
Além da criação da agência, o governador de São Paulo citou outras cinco ações que serão desenvolvidas em parceria com o governo federal para o combate à violência no estado: a contenção nas fronteiras do país, com fiscalização reforçada nos aeroportos, portos e rodovias; ações de enfrentamento e combate ao crack, que podem incluir vídeo-monitoramento e bases móveis comunitárias; ações penitenciárias com possibilidade de transferência de presos responsáveis por assassinatos de policiais e de agentes penitenciários; a criação de um centro de controle de comando integrado e a criação e fortalecimento de um centro pericial, integrando as polícias científicas.
"É fundamental nós trabalharmos unidos para pensar na questão da segurança pública. Foi uma reunião proveitosa, bastante objetiva e com metas e datas para podermos avançar nesse trabalho", disse o governador de São Paulo. Além do ministro e do governador, outras 27 pessoas participaram da reunião, entre eles, o secretário estadual de Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto, o chefe da Casa Civil em São Paulo Sidney Beraldo e o secretário de Administração Penitenciária Lourival Gomes.
"As medidas que estamos tomando nesse momento são corretas, definidas em comum acordo e que terão impacto muito importante no enfrentamento de organizações criminosas no estado de São Paulo e no Brasil", ressaltou o ministro.
Sobre a transferência de presos, ministro e governador não informaram quantos presos deverão ser transferidos e nem quando isso vai ocorrer. "As transferências de presos envolvidos com a morte de policiais serão aceleradas", falou o governador. "Não informaremos datas de transferência e nomes por uma razão muito simples: dados de segurança pública não se comentam", acrescentou o ministro.

Do Maria Frô.
Posted: 06 Nov 2012 02:37 PM PST


Brasil 247 - É possível que Roberto Freire, ex-comunista, tenha desviado o ouro de Moscou. Mas também é possível que não. É possível que o senador Álvaro Dias (PSDB/PR) tenha grilado terras no Paraguai. Mas também é possível que não. É possível que Aloysio Nunes Ferreira tenha assaltado vários bancos durante a ditadura militar. Mas também é possível que não.
Esses três representantes da oposição, além dos deputados Rubens Bueno (PPS/PR) e Mendes Thame (PSDB/SP), acabam de protocolar uma representação junto à Procuradoria-Geral da República, endereçada a Roberto Gurgel, em que pedem a abertura de processo criminal contra o ex-presidente Lula. O motivo? Uma reportagem de Veja. "É possível que seja tudo mera especulação", diz o texto da representação. "Mas é possível que também não seja".
É com esses argumentos que cinco políticos brasileiros (já escalados pelo 247 para a seleção paraguaia, ao lado de Roberto Civita) pretendem iniciar uma cruzada para colocar atrás das grades um presidente que entregou o cargo com a mais alta aprovação popular na história brasileira.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 06 Nov 2012 12:34 PM PST
por Bob Fernandes, no Terra Magazine
Nesta quinta-feira, 20, seis partidos de sustentação do governo Dilma (PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB), em nota pública, acusaram a oposição de estar "disposta a qualquer aventura" e a "práticas golpistas". Segundo a nota, "em defesa da honra e dignidade" do ex-presidente Lula, assinada pelos presidentes dos seis partidos, "assim foi em 1954, quando inventaram um 'mar de lama' para afastar Getúlio Vargas" e "assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a uma ditadura de 21 anos". Para uma reflexão sobre o momento, e o passado, Terra Magazine foi ouvir alguém com idade, história e autoridade para tanto.
Entre os dias 31 de Março e 1 de Abril de 1964, um golpe militar derrubou o governo João Goulart, o Jango. Dois funcionários foram os últimos a deixar o Palácio do Planalto depois do golpe. Um deles, o chefe da Casa Civil, Darcy Ribeiro. O outro, o Consultor-Geral da República, Waldir Pires. Ex-secretário de Estado, deputado estadual e federal, governador e senador, criador da Controladoria-Geral da União e ex-ministro da Defesa no governo Lula, Waldir Pires, aos 85 anos, é candidato a vereador pelo PT em Salvador. Na conversa que se segue, Waldir Pires discorre sobre o que já viveu e as relações ou semelhanças com o momento. Em um trecho da conversa, o ex- ministro da Defesa diz:
- Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…
Em outro momento, avança:
- Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso… o cheiro é o mesmo…
Abaixo, a entrevista.
Terra Magazine: Onde o senhor estava no dia do golpe que levou à ditadura em 1964?
Waldir Pires: Em Brasília, no Palácio do Planalto. Eu era o Consultor Geral da República… eu e o Darcy Ribeiro, Chefe da Casa Civil, fomos os últimos a deixar o Palácio quando derrubaram o presidente João Goulart, o Jango..
Seis partidos, PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB, todos de sustentação ao governo Dilma, assinaram e lançaram uma nota pública. Nesta nota, acusam os partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, de estarem "dispostos a qualquer aventura" e de "não hesitarem em práticas golpistas". O documento é apresentado em defesa "da honra e dignidade" do ex-presidente Lula…
…sim, eu tomei conhecimento da nota…
Como o senhor, aos 85 anos, tendo vivido o que já viveu e viu, vê esse momento?
Me parece evidente que a oposição, ao menos setores da oposição, estão agindo em relação ao ex-presidente Lula como um dia agiram em relação a Getúlio Vargas e João Goulart…
O senhor diria que já viu esse filme antes ou isso é um exagero dessa nota dos seis partidos?
Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso…o cheiro é o mesmo…
Em que termos o senhor faz essa comparação?
Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…
Mas não existiriam outros fatores objetivos no discurso da oposição? Assim como existem fatos que são objetos das críticas e denúncias e até do julgamento no Supremo…
Existem razões e fatos, mas o Brasil tem instituições funcionando e que são capazes de examinar os fatos sem que seja preciso pressão e a criação de um ambiente artificial. E diga-se que instituições fortalecidas exatamente durante os dois mandatos do governo Lula. Eu mesmo fui ministro-chefe da Controladoria-Geral da União que não existia até Lula. O governo Fernando Henrique tinha uma Corregedoria…
E qual a diferença?
A Controladoria fiscaliza e dá absoluta transparência a todos os gastos federais, está tudo na internet, cada centavo dos bilhões gastos pelo governo federal está no site. E mais. Tudo isso numa ação coordenada com o Ministério Público, no plano federal e nos Estados, com o Coaf, a Receita Federal, Polícia Federal…ora, quando falam no resultado disso, do aprofundamento das investigações nos casos de corrupção, como esquecem de dizer que isso, que essa coordenação de esforços, é obra exatamente dos governos de Lula e agora de Dilma?
Mas…
…a montagem dessa teia de acessos às informações e absoluta transparência, que leva a sociedade a ter acesso às informações, é obra de Lula, do governo Lula. Como é possível ignorar isso, esconder essa informação enquanto, ao mesmo tempo, se valem das informações que esse sistema coordenado de fiscalização e transparência permite obter?
Isso foi decisão pessoal dele ou foi acontecendo?
Decisão pessoal dele. Quando o presidente me convidou para o Ministério da Defesa me preocupei se poderia haver alguma modificação na atuação da Controladoria…o presidente Lula não apenas me garantiu que não como manteve minha equipe, e Jorge Hage está até hoje à frente da equipe com resultados e um trabalho que não apenas o Brasil reconhece. A ONU, a OEA e outros organismos internacionais já reconheceram e deram destaque a esse trabalho modernizador no setor de controle e transparência de informações…
Voltemos ao momento…
Vejo esse momento com preocupação, com inquietação. É um erro, e mais do que isso, não condiz com a verdade esse ambiente de que vivemos num "mar de lama", que há "corrupção generalizada" desde o governo Lula…
Por que um erro?
Porque nossas instituições democráticas ainda são frágeis…porque isso não é verdade…a transparência, o acesso às informações, a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal, a atuação conjunta nos últimos anos e os resultados disso mostram que esse ambiente desejado por certos setores é irreal, não é verdadeiro…o que há é que agora, depois de séculos, as informações, pela primeira vez na história, vêm a público…
O que lhe preocupa?
Me preocupa… há uma tendência nos últimos anos…os setores conservadores, ao invés de articularem golpes militares, agora dão golpes parlamentares… como se viu em Honduras, como se viu há pouco no Paraguai, e isso é precedido pela fomentação de um ambiente adequado para esses golpes parlamentares…
O que o senhor, objetivamente, detecta nessa "ambientação"…
A generalização, o procurar atingir os adversários a esse nível que estão fazendo e como estão fazendo ao invés do enfrentamento político democrático, enfrentamento com críticas duras, críticas e denúncias severas e tudo o mais, mas não com a criação de um ambiente artificial, e ainda mais quando isso parte dos setores de onde isso tem partido…
Ou seja…
Setores com figuras, instituições que construíram fortunas incalculáveis, que estão aí, e sem que nada ou quase nada fosse dito ou apurado… alguns desses personagens até já se foram e deixaram fortunas, até porque não existiam os mecanismos de fiscalização e transparência de agora, mas outros, bem mais recentes, estão por aí…como é possível querer que se acredite que a "corrupção nasceu ou cresceu" nos últimos anos, se foi exatamente nos governos de Lula e Dilma que iniciou o combate verdadeiro e eficaz, combate articulado e com o resultados que se conhece…isso é irreal e é uma farsa…
Por que irreal e…
É irreal fazer de conta que a corrupção é algo apenas "atual", é irreal fazer de conta que não se conhece os fatos conhecidos, do passado distante e também do passado recente… é uma farsa desconhecer a história do mundo e do Brasil, e desconhecer o combate que vem sendo travado exatamente desde a consolidação de todos esses mecanismos de controle e transparência… A corrupção existe, ninguém está negando isso, mas existem mecanismos de controle e eles estão funcionando…
O senhor sabe que tentarão desqualificar, rotular suas observações…
Certamente, isso é parte desse processo todo…
Que papel a mídia tem e deveria ter diante disso? Como o senhor percebe a atuação da mídia?
O papel é o de dizer como as coisas realmente são e foram, dizer quais são os fatos verdadeiros…e por isso vejo com preocupação a atuação de certos setores…
Que setores?
Os setores conservadores. Há certas coisas muito parecidas, inclusive a expressão "mar de lama", com a coisa terrível que a oposição fez com Getúlio… tentam fazer o que fizeram com Getúlio e depois com João Goulart, e tudo isso para impedir os avanços, querem, com Lula ou sem Lula, interromper os avanços do processo democrático, e o verdadeiro avanço se deu com a inclusão social. Esse é o avanço. Democracia é também, mas não apenas, o compromisso de liberdades formais. Democracia é, foi a inclusão social de 40 milhões de brasileiros que acontece desde Lula, e esse é o grande incômodo dos setores conservadores. Se a oposição quer vencer, que tenha um ideário e busque votos.
Quanto à imprensa, à mídia, o senhor pode ser mais específico quanto ao que pensa?
Eu era ministro da Defesa no governo Lula e fui a um programa de televisão para ser entrevistado. Por três ou quatro vezes o apresentador, que me recebeu de maneira muito gentil, repetiu "mas que vergonha o mensalão, hein?", "mas que surpresa um mensalão". Na quarta vez, respondi: "Mas como surpresa com um mensalão? Você não se lembra do 'mensalão' do IBAD, aquele que terminou em CPI em 1962?". Aquilo era uma trama, uma articulação e preparação para um golpe de estado (NR: Instituto Brasileiro de Ação Democrática. Financiado por setores do empresariado e pela agência norte-americana CIA, o IBAD teve como objetivo financiar a eleição de opositores ao governo João Goulart e também setores da mídia. Por decisão judicial, o IBAD foi fechado em 1963). Se querem usar a expressão "mensalão", como ignorar tantos mensalões da história do Brasil, inclusive os bem mais recentes? Se falam em "mensalão", como se esquecem que isso de agora veio de Minas Gerais, e do PSDB?
O senhor já foi secretário estadual, deputado estadual e federal, consultor-geral da República, ministro, governador, o ministro que criou a Controladoria-Geral da União, foi exilado por seis anos e agora é candidato a vereador pelo PT em Salvador, aos 85 anos. Por quê?
Por dever de gratidão. Dever de consciência, por ver minha cidade maltratada, a administração pública indiferente e sem nenhum projeto consistente para seu desenvolvimento, submetida a um processo de corrosão moral que a todos causa indignação. Porque não há como olhar para o espelho e admitir para si mesmo não participar das grandes preocupações. As capitais, a nossa capital, são ou deveriam ser um núcleo de organização da vida, de inclusão social… Salvador foi a cidade onde conheci o mar. Isso já é muito…
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.



Posted: 06 Nov 2012 11:36 AM PST


ESCÂNDALO - AUMENTAM AS SUSPEITAS DE CONLUIO ENTRE VEJA / ESTADÃO E MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. ALGUÉM VAZOU ! QUEM VAZOU ?
O Procurador Geral da República deve uma explicação ao Brasil. A PGR é ou não uma Instituição isenta, apartidária, zelosa de suas obrigações e deveres, entre eles o de guardar o devido sigilo quando o segredo de justiça se impõe. Se os fatos referentes ao suposto depoimento ( e conteúdo) de Marcos Valério ao MPF, conforme noticiados por alguns veículos de comunicação não são verdadeiros, isso é muito grave. Se correspondem a verdade, é mais grave ainda, pois, fica caracterizado que houve vazamento por parte de Procuradores. O silêncio do Procurador acaba parecendo uma confissão de culpa e reforça as acusações feitas pelo Senador Fernando Collor de que há um conluio entre procuradores e a Revista Veja.
Trecho do Site Conversaafiada
Com base em entrevista feita pelo jornalista Luís Nassif com o advogado Marcelo Leonardo que defende Marcos Valério nas Ações do MENSALÃO AP 470 e MENSALÃO DO PSDB de Minas Gerais.

Sobre matérias veiculadas pela revista Veja e pelo jornal Estadão, contendo referências a suposto pedido de delação premiada, suposto pedido de proteção pessoal e suposto depoimento de Marcos Valério em setembro do corrente ano, não tenho nada a declarar, uma vez que tenho por hábito cumprir meus deveres ético-profissionais. Se alguém "vazou" de forma seletiva, parcial e ilicitamente alguma providência jurídico-processual que está sujeita a sigilo, eu não tenho absolutamente nada a dizer, a confirmar ou não confirmar. 


Obviamente, não tornei público nada sobre este tema sobre o qual não falei a nenhum veículo de comunicação. - Advogado Marcelo Leonardo.

Leia + Aqui
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/11/06/escandalo-pgr-viu-caixa-2-do-psdb/


E NÃO ESQUEÇAM - O MENSALÃO É TUCANO

Posted: 06 Nov 2012 11:30 AM PST
Mauro Santayana, JB online

"Seria muito melhor que assim não fosse, mas do resultado das eleições norte-americanas de hoje dependerá o futuro imediato do mundo. As pesquisas mostram que Obama parece vitorioso, quando se trata dos votos populares, mas no sistema norte-americano é preciso que ele disponha da maioria do colégio eleitoral – o que é outra coisa. Basta lembrar que, em 2000, Al Gore obteve meio milhão de votos diretos a mais do que Bush, mas a estranha recontagem de votos na Flórida, aprovada por uma Suprema Corte engajada na direita, garantiu os sufrágios dos delegados eleitores daquele estado a Bush.

Os resultados dessa violência judiciária são os que conhecemos: atentado às Torres Gêmeas; a invasão do Iraque e do Afeganistão; milhares de soldados ianques e de seus aliados  mortos; centenas de milhares de civis chacinados naqueles países e nos outros que se seguiram;  o retorno da barbárie de Estado, com os seqüestros de suspeitos no mundo inteiro, pelos agentes da CIA, Guantánamo, Abu Ghraib e outros centros de tortura e morte. São os estigmas de um tempo orgulhoso de seus amplos conhecimentos científicos. Uma época em que o iluminismo se dissolve nas trevas da selvageria.

Muitos são os estudos sobre a relação entre o mito e a realidade na formação espiritual dos Estados Unidos. Esses estudos remontam aos passageiros do Mayflower, animados pela visão teológica do contrato dos homens com Deus e com o destino, fundado na Última Ceia de Jesus com seus discípulos. The convenants se chamava a seita protestante chefiada por William Bradford, o líder dos peregrinos que chegaram em 1620 à baía de Plymouth, e fundaram a colônia que deu origem política à Nova Inglaterra. Os convenants, reconhecem os historiadores, eram uma dissidência – ou heresia – de esquerda no anglicanismo, e com essa orientação Bradford governou diretamente a comunidade, durante 30 anos. A mesma orientação seguiu John Winthrop, na Colônia de Massachusetts, um pouco mais ao norte.

O melhor dos Estados Unidos surgiu ali, na Baía de Massachusetts,  com a educação universalizada, as decisões tomadas democraticamente, o trabalho persistente e a solidariedade. O pior, também, com o fanatismo religioso, a repressão ao amor não convencional, a caça às bruxas. Não é por acaso que Arthur Miller recorre às feiticeiras de Salém a fim de explicar o irracional processo do macarthismo, em sua peça clássica, The Crucible, de 1952.

Uma análise mais acurada da história dos Estados Unidos encontrará na palavra escrita o grande vetor de seu desenvolvimento. No primeiro século, foram a Bíblia e os textos religiosos impressos que construíram o mito, ao qual se ajustava a realidade. No século 18, foram os textos jornalísticos, inspirados na filosofia moral e política inglesa, fundada no pensamento greco-romano. Esses textos impressos na Nova Inglaterra – alguns deles traduzidos para o entendimento popular, como os de Thomas Payne, entre os quais o mais lúcido de todos, The Common Sense -  mobilizaram as colônias para a autonomia.

Meditados e discutidos, foram  o germe da Declaração da Independência e da Constituição de 1787. A partir de então, os papéis impressos se encarregam de fazer a realidade norte-americana, na reconstrução mítica da História,  e na projeção ficcional da contemporaneidade de cada tempo. Tratou-se de um processo dialético, no qual a ficção e a contrafacção histórica alimentaram a realidade e  essa realidade induzida realimentou o mito. E, nisso, chegamos às eleições de hoje.

Em texto publicado anteontem na edição online do New York Times, o professor de História da Academia Naval dos Estados Unidos, e ex-oficial da Marinha, Aaron O'Connell, trata da permanente militarização dos Estados Unidos, contra a qual Eisenhower advertira, há 51 anos, e a atribui, entre outras razões, ao mito da superioridade militar norte-americana no mundo.

"Nossa cultura militarizou-se desde Eisenhower – escreve O'Donnel – e os civis, não os serviços armados, são a causa principal disso. Dos congressistas que apelam para o apoio às nossas tropas, a fim de justificar os gastos com as guerras, aos programas de televisão e aos jogos como os "NCIS", "Homeland" e "Call of Duty" ao vergonhoso e irreal reality show "Stern earn Stripes", os norte-americanos são submetidos à sua dieta diária de estórias que valorizam o militarismo, enquanto os redatores dessas estórias cumprem a sua tarefa por oportunismo político e seus resultados comerciais".

O'Connell poderia ir mais atrás em suas reflexões, lembrar "O Destino Manifesto" de John Sullivan e o endeusamento dos assassinos de índios, como o general Custler, e os heróis de fancaria, como Buffalo Bill e os reles assassinos do Oeste, elevados à glória pelas revistas de cinco centavos, entre eles Jesse James, Billy the Kid, Doc Holliday – e, do outro lado, o lendário Wyatt Earp, também muito menor do que a sua lenda.

O'Connell pondera que os veteranos de guerra merecem todo o respeito e o afeto de seus concidadãos, como os merecem também os policiais, os que se dedicam aos trabalhos nas emergências, e os professores. Mas nenhuma instituição, e menos ainda as que são mantidas com o dinheiro dos contribuintes, está imune às críticas.

O mesmo autor cita, ainda, outra frase de Eisenhower, ao assumir a presidência, em 1953: "Cada arma que é fabricada, cada nave de guerra lançada, cada foguete disparado, significa, em seu sentido final,  um roubo contra aqueles cuja fome não foi satisfeita, contra aqueles que têm frio e não foram agasalhados".

É conhecido o telegrama do grande magnata do jornalismo ianque, na passagem do século 19 para o século 20, William Hearst, a seu repórter-ilustrador Frederic Remington enviado a Havana – que comunicara ao patrão a inexistência de fatos em Cuba que merecessem cartoons de denúncia contra os espanhóis: "você me forneça os desenhos, e eu fornecerei a guerra". O envenenamento da opinião pública foi de tal intensidade, pelas duas grandes cadeias de jornais (a de Hearst e a de Pullitzer) que William James, ao falar para os estudantes de Harvard, e se opor à guerra que a imprensa pedia, foi intensamente vaiado.

Um dos mais respeitáveis pensadores do mundo, James – pai da psicologia moderna – comparou os jovens que o insultavam, por pedir a paz, a uma imensa horda de lobos sedentos de sangue. Com esse passado de ambigüidades e conflitos morais e ideológicos, os Estados Unidos vão hoje às urnas. O mais antigo e respeitado jornal americano, o The New York Times, que não se somara ao belicismo de Pullitzer e Hearst, na Guerra da Espanha, declarou seu apoio a Obama. Murdoch, com seus jornais e sua televisão, prefere Mitt Romney.

Romney, em declaração durante a campanha, reafirma a doutrina do direito ao império universal pelos Estados Unidos, a do Destino Manifesto, de 1845,  ao dizer que "Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os Estados Unidos não estão destinados a ser apenas um dos vários poderes globais em equilíbrio. Os Estados Unidos devem conduzir o mundo ou outros o farão."

Se Frederic Remington não houvesse fornecido as imagens falsas de Cuba, Hearst talvez não tivesse conseguido a guerra, e a história dos Estados Unidos no século 20 fosse outra. O governo de McKinley relutara o máximo em seguir os belicistas.

Esta é uma lição para muitos jornalistas brasileiros, que sabem muito bem do que estamos falando."

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:010 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 06 Nov 2012 11:24 AM PST

"O jantar que a presidente Dilma Rousseff oferecerá hoje (6) aos dirigentes do PT e PMDB deverá ter em seu cardápio um ingrediente a mais: uma análise sobre o desempenho nas urnas e os possíveis planos do PSB para 2014; nos próximos dias é que a "sobremesa", uma tentativa de reaproximação do PT com os socialistas, deverá ser servida em um encontro entre Dilma e Eduardo Campos

Paulo Emílio, Brasil 247 / PE247
Mais do que apenas avaliar o resultado das urnas, celebrar as relações entre PT e PMDB  e definir alguns pontos da minirreforma ministerial, o jantar que a presidente Dilma Rousseff oferecerá hoje (6) aos dirigentes das duas legendas deverá ter em seu cardápio um ingrediente a mais: uma análise sobre o desempenho nas urnas e os possíveis planos do PSB para 2014. Nos próximos dias é que a "sobremesa", uma tentativa de reaproximação do PT com os socialistas, deverá ser servida em um encontro entre Dilma e o presidente da sigla socialista, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
O mais provável é que o encontro entre a presidente e Eduardo Campos aconteça em Salvador (BA), na próxima reunião dos governadores do Nordeste, na sexta-feira (9). De acordo com alguns analistas, a participação da presidente no evento serviria não apenas para uma conversa "ao pé do ouvido" com Campos, mas também para marcar posição junto aos gestores regionais, uma vez que o Partido dos Trabalhadores perdeu espaço para o PSB em praticamente toda a Região Nordeste.
O jantar desta noite no Alvorada deverá ter, ainda, um comensal ilustre, o ex-presidente Lula. Ele deverá ser um dos principais articuladores visando o fortalecimento com o PMDB – seja através da Presidência da Câmara ou com uma maior participação nos ministérios -, no auxílio das primeiras montagens visando acalmar a movimentação na base aliada – com destaque para o PSB – e a reeleição de Dilma Rousseff em 2014."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:090 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 06 Nov 2012 11:16 AM PST


Documentos revelam participação de FHC, Gilmar Mendes e Veja no Valerioduto tucano




Valerioduto – O ministro Gilmar Mendes aparece entre os beneficiários do caixa 2 da campanha da reeleição de Eduardo Azeredo em 1998, operado por Marcos Valério
 

Leandro Fortes, via CartaCapital 


Na quinta-feira, dia 2, quando se iniciar o julgamento do chamado mensalão no STF, Gilmar Mendes estará com sua toga ao lado dos dez colegas da Corte. Seu protagonismo nesse episódio está mais do que evidenciado. Há cerca de um mês, o ministro tornou-se o assunto principal no País ao denunciar uma suposta pressão do ex-presidente Lula para que o STF aliviasse os petistas envolvidos no escândalo, "bandidos", segundo a definição de Mendes.

À época, imaginava-se que a maior preocupação do magistrado fosse a natureza de suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-senador Demóstenes Torres. Mas isso é o de menos. Gilmar Mendes tem muito mais a explicar sobre as menções a seu nome no valerioduto tucano, o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério de Souza para abastecer a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998 e que mais tarde serviria de modelo ao PT.

O nome do ministro aparece em uma extensa lista de beneficiários do caixa 2 da campanha. Há um abismo entre a contabilidade oficial e a paralela. Azeredo, à época, declarou ter gasto 8 milhões de reais. Na documentação assinada e registrada em cartório, o valor chega a 104,3 milhões de reais. Gilmar Mendes teria recebido 185 mil.

A lista está metodicamente organizada. Sob o enunciado "Relatório de movimentação financeira da campanha da reeleição do governador Eduardo Brandão de Azeredo", são perfilados em ordem alfabética doadores da campanha e os beneficiários dos recursos. São quase 30 páginas, escoradas em cerca de 20 comprovantes de depósitos que confirmam boa parte da movimentação financeira. Os repasses foram feitos por meio do Banco de Crédito Nacional (BCN) e do Banco Rural, cujos dirigentes são réus do "mensalão" petista.

Esse pacote de documentos foi entregue na quinta-feira, dia 26, à delegada Josélia Braga da Cruz na Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais. Além de Mendes, entre doadores e receptores, aparecem algumas das maiores empresas do País, governadores, deputados, senadores, prefeitos e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A papelada desnuda o submundo das campanhas eleitorais inalcançado pela Justiça. Há registros de doações de prefeituras, estatais e outros órgãos públicos impedidos por lei de irrigar disputas políticas.

Os pagamentos foram feitos pela SMP&B Comunicação, empresa do ecumênico Marcos Valério de Souza. Todas as páginas são rubricadas pelo publicitário mineiro, com assinatura reconhecida em cartório no final do documento datado de 28 de março de 1999. Há ainda uma declaração assinada por Souza de 12 de setembro de 2007 e apresentada à Justiça de Minas Gerais. Souza informa um repasse de 4,5 milhões de reais a Azeredo. Intitulado "Declaração para fins de prova judicial ou extrajudicial", o documento de apresentação assinado pelo publicitário afirma que o depósito milionário a favor de Azeredo foi feito "com autorização" dos coordenadores financeiros da campanha tucana Cláudio Roberto Mourão e Walfrido dos Mares Guia. As origens da quantia, diz o texto, são o Banco do Estado de Minas Gerais (BRMGE), Banco Rural, Comig (atual Codemig, estatal de infraestrutura mineira), Copasa (companhia estadual de saneamento), Loteria Mineira (estatal de loterias) e as construtoras Andrade Gutierrez e ARG, "conforme declaração de reembolso assinada pelo declarante".

Segundo a papelada, Souza afirma ter elaborado a lista em comum acordo com Mourão, principal tesoureiro da campanha de Azeredo, no mesmo dia 28 de março de 1999 que consta ao lado de sua assinatura. Chamada formalmente de "Relatório de movimentação financeira", a lista teria sido montada "sob a administração financeira" das agências SMP&B Comunicação e DNA Propaganda. No fim, o publicitário faz questão de isentar o lobista Nilton Monteiro, apontado como autor da famosa lista de Furnas, de ter participado da confecção do documento.
 

Monteiro provavelmente tem alguma ligação com a história. Há muitas semelhanças entre os dois documentos. A lista de Furnas, cuja autenticidade foi comprovada pela perícia técnica da Polícia Federal, igualmente trazia uma lista de nomes de políticos, a maioria do PSDB e do ex-PFL (atual DEM), todos beneficiados por recursos de Caixa 2. Além de Monteiro, assinava o documento Dimas Toledo, ex-diretor de Furnas, que até hoje nega ter rubricado aqueles papéis. A diferença agora são os comprovantes de depósitos, as autenticações em cartório e uma riqueza de detalhes raramente vista em documentos desse tipo.

Quem entregou a papelada à Polícia Federal foi Dino Miraglia Filho, advogado criminalista de Belo Horizonte. Miraglia chegou à lista por conta de sua atuação na defesa da família da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada por envenenamento seguido de estrangulamento em um flat da capital mineira, em agosto de 2000. Filha de um funcionário aposentado da Companhia Energética de Minas Gerais, (Cemig), Cristiana, de 24 anos, tinha ligações com diversos políticos mineiros. No inquérito policial sobre o crime, é descrita como garota de programa, mas os investigadores desconfiam que sua principal ocupação fosse entregar malas de dinheiro do valerioduto mineiro. Na lista assinada por Souza, ela aparece como beneficiária de 1,8 milhão de reais, com a seguinte ressalva: "Via Carlos Eloy/Mares Guia".

Carlos Eloy, ex-presidente da Cemig entre 1991 e 1998, foi um dos coordenadores da campanha de reeleição de Azeredo. É um dos principais envolvidos no esquema e, segundo Miraglia, pode estar por trás do assassinato de Cristiana Ferreira. "Não tenho dúvida de que foi queima de arquivo", acusa o advogado.

Mares Guia foi ministro do Turismo no primeiro governo Lula e coordenou a fracassada campanha à reeleição de Azeredo. Apontado como ex-amante da modelo, o ex-ministro chegou a ser arrolado como testemunha no julgamento de Cristina, em 2009, mas não compareceu por estar em viagem aos Estados Unidos. Na ocasião, o detetive particular Reinaldo Pacífico de Oliveira Filho foi condenado a 14 anos de prisão pelo assassinato. Desde então, está foragido. "Não há nenhum esforço da polícia mineira em prendê-lo, claro", diz Miraglia.

Na lista, Eloy aparece quase sempre como intermediário dos pagamentos do caixa 2 operado pelo publicitário, mas não deixa de se beneficiar diretamente. Há quatro depósitos registrados em seu nome no valor total de 377,6 mil reais. Os intermediários dos pagamentos a Eloy, segundo a documentação, foram Mourão, Mares Guia, Azeredo, o senador Clésio Andrade (PMDB/MG) e uma prima do tesoureiro, Vera Mourão, funcionária do escritório de arrecadação do ex-governador tucano.

Mares Guia, além de aparecer como intermediário de quase todos os pagamentos, consta como beneficiário de 2,6 milhões de reais. Sua mulher, Sheila dos Mares Guia (116 mil reais, "via Eduardo Azeredo/Mares Guias"), e seu filho, Leonardo dos Mares Guia (158 mil reais, "via Eduardo Azeredo/Mares Guia"), são citados. Na mesma linha segue Clésio Andrade. Presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Andrade foi vice-governador do estado no primeiro governo do atual senador Aécio Neves e aparece como intermediário de centenas de pagamentos.

O documento tem potencial para tornar a situação de Azeredo, hoje deputado federal, ainda mais crítica. O processo do valerioduto mineiro está no Supremo sob a guarda do relator Joaquim Barbosa. Ao contrário de seu similar petista, foi desmembrado para que somente os réus com direito a foro privilegiado, Azeredo e Andrade, sejam julgados na mais alta Corte. O destino dos demais envolvidos está nas mãos da 9a. Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Na denúncia apresentada ao STF em novembro de 2007 pelo ex-procurador-geral da República Antônio Fernado de Souza, o ex-governador Azeredo é acusado de ser "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado". O deputado tucano foi denunciado por peculato (apropriação de dinheiro por funcionário público) e lavagem de dinheiro. "Embora negue conhecer os fatos, as provas colhidas desmentem sua versão defensiva", aponta Souza na denúncia. "Há uma série de telefonemas entre Eduardo Azeredo e Marcos Valério, demonstrando intenso relacionamento do primeiro (Azeredo) com os integrantes do núcleo que operou o esquema criminoso de repasse de recursos para a sua campanha".

O ex-procurador-geral chamou o esquema mineiro de "laboratório do mensalão nacional". Outro citado pelo Ministério Público Federal é Danilo de Castro, secretário estadual no governo Aécio Neves e no mandato do sucessor, o também tucano Antônio Anastasia. Castro teria recebido, via Clésio Andrade e Azeredo, 350 mil reais. As origens dos recursos teriam sido a Cemig, a Comig e a Copasa.

Somam-se 35 registros de valores arrecadados a partir de órgãos públicos no valor de 14,4 milhões de reais. Apenas no Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), que Azeredo privatizaria ainda em 1998, saíram 1,2 milhão de reais para a campanha, segundo a lista do publicitário. A Petrobras teria repassado 1,3 milhão de reais, dos quais 157 mil reais foram desviados do patrocínio do Enduro Internacional da Independência, um evento de motociclismo.

A lista encadeia ainda uma arrecadação total de 530 mil reais feita por prefeituras mineiras comandadas por tucanos e aliados (Governador Valadares, Juiz de Fora, Mariana, Ouro Preto e Ponte Nova). De Juiz de Fora vieram 100 mil reais repassados pelo prefeito Custódio de Mattos, que teve um retorno interessante do investimento. Como beneficiário do esquema, Mattos recebeu 120 mil reais, segundo a lista, embora seu nome apareça em um dos depósitos do Banco Rural com um valor de 20 mil reais. A discrepância, nesse e noutros casos, acreditam os investigadores, pode se dever a saques feitos na boca do caixa. Quem desponta na lista de doadores, sem nenhuma surpresa, é o banqueiro Daniel Dantas. Foram 4,2 milhões de reais por meio da Cemig. Desses, 750 mil reais chegaram "via Daniel Dantas/Elena Landau/Mares Guia" numa rubrica "AES/Cemig". O dono do Opportunity aparece ainda no registro "Southern/Cemig" (590 mil reais) ao lado de Elena Landau e Mares Guia, e seu banco é citado num repasse de 1,4 milhão de reais via Telemig Celular.

Elena Landau foi uma das principais operadoras das privatizações no governo Fernando Henrique Cardoso. Casada com o ex-presidente do Banco Central, Pérsio Arida, ex-sócio do Opportunity, foi diretora de desestatização do BNDES. E uma das representantes do grupo Southern Electric Participações do Brasil, consórcio formado pela Southern, AES e Opportunity. O banco de Dantas adquiriu, com financiamento do BNDES, 33% das ações da Cemig em 1997.

O documento entregue à PF lista um total de 13 governadores e ex-governadores beneficiários do esquema, dos quais sete são do PSDB, quatro do ex-PFL e dois do PMDB. Os tucanos são: Albano Franco (SE, 60,8 mil reais), Almir Gabriel (PA, 78 mil reais), Dante de Oliveira (MT, já falecido, 70 mil reais), Eduardo Azeredo (MG, 4,7 milhões de reais), José Ignácio Ferreira (ES, 150 mil reais), Marconi Perillo (GO, 150 mil reais) e Tasso Jereissatti (CE, 30 mil reais).

Do ex-PFL são listados César Borges (BA, 100 mil reais), Jaime Lerner (PR, 100 mil reais), Jorge Bornhausen (SC, 190 mil reais) e Paulo Souto (BA, 75 mil reais). Do PMDB constam Hélio Garcia (MG, 500 mil reais) e Joaquim Roriz (DF, 100 mil reais).

Na distribuição política, os interessados, segundo a lista, são quase sempre Azeredo ou Pimenta da Veiga, ex-ministro das Comunicações e um dos coordenadores das campanhas presidenciais de FHC em 1994 e 1998. Pimenta da Veiga aparece no documento como destinatário de 2,8 milhões de reais para a "campanha de Fernando Henrique Cardoso". O ex-presidente está na lista em outra altura, ao lado do filho, Paulo Henrique Cardoso. À dupla, diz a lista do valerioduto, teria sido repassado o valor de 573 mil reais, "via Eduardo Azeredo e Pimenta da Veiga". Eduardo Jorge, ex-ministro e grão-tucano, teria recebido 1,5 milhão re reais.

Parlamentares não faltam. A começar pelo deputado Paulo Abi-Ackel, a quem foram destinados 100 mil reais, segundo registro do documento. Seu pai, o ex-deputado e ex-ministro da Justiça Ibrahim Abi Ackel, aparece como destinatário de 280 mil reais. Entre os locais estão os deputados estaduais Alencar Magalhães da Silveira Junior (PDT), com um registro de pagamento de 10 mil reais, e Ermínio Batista Filho (PSDB), com 25 mil reais. Melhor sorte parece ter tido o ex-deputado tucano Elmo Braz Soares, ex-presidente do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Soares, também registrado nos depósitos da SMP&B, teve direito a uma bolada de 145 mil reais. As benesses do valerioduto mineiro alcançaram lideranças nacionais do tucanato. Um deles foi o ex-senador Arthur Virgílio Filho, do Amazonas. Pela lista de Marcos Valério, Virgílio recebeu 90,5 mil reais do esquema. Outro tucano, o ex-senador Antero Paes de Barros (MT), ex-presidente da CPI do Banestado, aparece como beneficiário de 70 mil reais. Também consta da lista o ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI), conhecido por ter liderado a bancada de Daniel Dantas no Senado. O parlamentar piauiense teria recebido 60 mil reais. O petista Delcidio Amaral (MS), ex-tucano e ex-presidente da CPI dos Correios, teria embolsado 50 mil reais.

As acusações também atingem o Judiciário mineiro. São citados quatro desembargadores no documento, todos como beneficiários do esquema. Corrêa de Marins (55 mil reais) foi corregedor regional eleitoral, vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral e presidente do Tribunal de Justiça. Faleceu em 2009. Rubens Xavier Ferreira (55 mil reais) presidiu o TJ-MG entre 1998 e 2000. Ângela Catão (20 mil reais) era juíza em 1998 e foi investigada por crimes de corrupção e formação de quadrilha pela Operação Pasárgada, da PF. Apesar disso, foi promovida a desembargadora do Tribunal Regional Federal de Brasília em 2009. A magistrada é acusada de ter participado de desvios de recursos de prefeituras de Minas e do Rio de Janeiro. Também juíza à época da confecção da lista, Maria das Graças Albergaria Costa (20 mil reais) foi do TRE de Minas e atualmente é desembargadora do TJ-MG. Dos tribunais superiores, além de Mendes consta o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nilson Naves (58,5 mil reais).

Um dado a ser considerado é o fato de que, em janeiro de 2009, Gilmar Mendes ter concedido o habeas corpus que libertou Souza da cadeia. Também foi libertado, no mesmo ato, Rogério Lanza Tolentino, que aparece na lista do valerioduto como beneficiário de 250,8 mil reais "via Clésio Andrade/ Eduardo Azeredo". O ministro do Supremo entendeu que o decreto de prisão preventiva da dupla não apresentava "fundamentação suficiente".

Chamam a atenção alguns repasses a meios de comunicação. Entre os beneficiários da mídia aparecem a Editora Abril, destinatária de 49,3 mil reais "via Clésio Andrade/Usiminas/Mares Guia", e Grupo Abril, com o mesmo valor, mas sem a intermediação da Usiminas. Há ainda um registro de 300 mil reais para a Bloch Editora, assim como um de 5 mil reais para o Correio Brasiliense. O principal jornal de Brasília não é o único beneficiário do grupo Diários Associados. O jornal Estado de Minas recebeu 7 mil reais, assim como o jornal mineiro O Tempo (76 mil reais), de propriedade do ex-deputado tucano Vittorio Medioli que, como pessoa física, segundo a lista, recebeu 370 mil reais.

As novas informações encaminhadas à Polícia Federal, acredita Miraglia, não só poderão levar à reabertura do caso da morte da modelo como podem ampliar a denúncia do valerioduto tucano. O grupo sem foro privilegiado, sobretudo os intermediários do esquema, ficam mais vulneráveis a condenações na Justiça comum, como é o caso de Mourão e de sua assistente, Denise Pereira Landim, beneficiária de 527,5 mil reais, segundo o documento.

Nos bons tempos, os dois se divertiam alegremente em passeios de iate ao lado de Cleitom Melo de Almeida, dono da gráfica Graffar, fornecedora de notas frias do esquema. Almeida aparece como beneficiário de 50 mil reais. A Graffar, de 1,6 milhão de reais.
 
Posted: 06 Nov 2012 11:10 AM PST



Ilustração: A Justiceira de Esquerda
FHC confirma que no seu governo quem faz Justiça, acusa, denuncia, processa é a #MidiaVenal conhecida como imprensa no mundo  e no Brasil por PIG – Globo, Veja, FSP, Estadão, Band – Família Civita, Família Mesquita, Família Frias e seus pitbulls – bonner, poeta, reinaldo azevedo, jabor, merval, noblat, miriam leitão, boris casoy, waack, mainardi et caterva que abertamente cumprem com sua agenda, há décadas,  junto aos partidos de "oposição" que lutam desesperadamente contra o povo brasileiro. #NomeAosBois 
Essa quadrilha ( Para Rosa Weber, pode ser considerada quadrilha apenas a * "reunião estável" com o fim de cometer uma série indeterminada de crimes) midiática (uso indevido das concessões públicas, desrespeitar a Constituição manipulando a opinião pública com mentiras, distorções, omissões da informação; derrubar governos, ministros; interferir em eleições veja reportagem da Record aqui),  sempre "esquece" de dar notícias de interesse nacional seguindo a cartilha de seus "patrões"que não residem por aqui ex: Os 10 maiores Crimes de Corrupção , Mensalão do PT, que vergonha!  , inclusive livros que vendem muito, não merecem a  atenção desta turma: Livro mais vendido do ano, indicado para o Prêmio Jabuti.
*"reunião estável" – PIG há décadas agindo impunemente.





Governo de FHC – O Paraíso na Terra!
No Midiacrucis's Blog

Posted: 06 Nov 2012 10:59 AM PST

http://www.dci.com.br/servicos/marcos-valerio-captou-recurso-para-aecio-id62947.html

Em 29 de julho de 2005 a Agência Estado, do jornal Estadão, publicou a notícia de que 3 publicitários e 2 deputados afirmaram que a agência SMPeB de Marcos Valério atuou na captação de recursos na campanha de Aécio Neves para governador em 2002.

Desde então um manto de silêncio caiu sobre o assunto, apesar das evidências encontradas no relatório do delegado Zampronha sobre as movimentações entre 2000 e 2002.

Isso sim é nitroglicerina pura para uma delação premiada, e pode ser motivo real para colocar a vida de Valério em risco.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 06 Nov 2012 10:53 AM PST


247

Revelação bombástica foi feita pelo advogado Marcelo Leonardo (esq.), que defende Marcos Valério, ao jornalista Luis Nassif. Em carta, Leonardo disse que Valério entregou os nomes de vários parlamentares tucanos que receberam recursos desviados de estatais mineiras no governo de Eduardo Azeredo. No entanto, nenhum foi denunciado porque o procurador-geral à época, Antonio Fernando de Souza (dir.), considerou que houve apenas caixa dois, um crime prescrito. No caso do PT, ele denunciou 40 e viu compra de votos

 6 DE NOVEMBRO DE 2012 ÀS 15:14 247

- Numa carta endereçada ao jornalista Luis Nassif, o advogado Marcelo Leonardo, que defende o empresário Marcos Valério na Ação Penal 470, faz revelações surpreendentes sobre o mensalão tucano, ocorrido em 1998, na tentativa frustrada de reeleição de Eduardo Azeredo. De acordo com Leonardo, Valério entregou à procuradoria-geral da República os nomes de todos os beneficiários dos repasses do valerioduto, mas nenhum deles foi citado em qualquer denúncia, porque o procurador-geral, Antonio Fernando de Souza, tratou o caso apenas como caixa dois -- um crime prescrito.

Eis, abaixo, um trecho da carta de Marcelo Leonardo a Luís Nassif:

"Quanto ao chamado "mensalão mineiro", o andamento do caso está em fase bem mais adiantada do que se imagina. A etapa das investigações já foi concluída e nela Marcos Valério forneceu todas as informações , inclusive os nomes dos políticos ligados ao PSDB (deputados e ex-deputados) que receberam, em contas bancárias pessoais, recursos financeiros para custear as despesas do segundo turno da tentativa de reeleição do então Governador Eduardo Azeredo, em 1998, tendo entregue as cópias dos depósitos bancários realizados."

Esta é a primeira vez que Marcelo Leonardo afirma que seu cliente, Marcos Valério, entregou à procuradoria-geral da República os nomes de parlamentares do PSDB que foram beneficiados com recursos desviados das estatais Bemge, Comig e Copasa -- as fontes do mensalão mineiro. E é também a primeira vez que diz que nenhum deles foi denunciado, porque o procurador Antonio Fernando, segundo Marcelo Leonardo, "entendeu, expressamente, que o fato seria apenas crime eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral – "caixa dois de campanha"), que já estava prescrito". O advogado de Valério reforçou ainda que "este entendimento não foi adotado no oferecimento da denúncia e no julgamento da AP 470".

Cabe, agora, à procuradoria-geral da República explicar por que adotou um procedimento no tocante a deputados do PT e de sua base aliada (compra de votos) e outro (caixa dois) no que diz respeito aos parlamentares do PSDB. Lembrando, é claro, que a denúncia usada por Roberto Gurgel na Ação Penal 470 partiu da que havia sido formulada antes por Antonio Fernando de Souza.

Por que dois pesos e duas medidas? Ou será que a Justiça no Brasil não é cega? 
Posted: 06 Nov 2012 10:47 AM PST


Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

  • Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Lula recebeu nesta terça-feira (6), o Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos, em visita à sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Ele foi recepcionado por companheiros sindicalistas atuais e de seu tempo. Depois de visitar a sala da presidência da entidade e relembrar com os amigos histórias de quando esteve à frente do sindicato, ele participou da abertura da Conferência Nacional de Negociação Coletiva Metalúrgica. Ele discursou sobre a importância do Contrato Coletivo de Trabalho e, ao final, recebeu o prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos, concedido pela Canadian Auto Workers (CAW), a Associação Canadense de Trabalhadores da Indústria Automotiva, que tem um histórico relacionamento com a Central Única dos Trabalhadores, a CUT.
Lula foi escolhido em reconhecimento a seu compromisso para com o povo e com a justiça social. "Durante todo seu mandato como presidente, pudemos perceber que Vossa Excelència fez do povo e das questöes de justiça social sua mais importante prioridade. Ficou muito claro, durante sua campanha eleitoral, que uma vez eleito, Vossa Excelência trabalharia para eliminar a fome no Brasil. A promessa foi cumprida", diz a mensagem enviada pelo TCA.
O presidente nacional da CAW, Ken Lewenza, gravou um vídeo (em inglês), com uma mensagem para o ex-presidente (transcrição em português abaixo).

"Eu gostaria de enviar saudações do Canadá, particularmente do CAW.
Gostaria de parabenizá-lo por importante prêmio da CAW, o prêmio Nelson Mandela. Não preciso falar muito sobre Nelson Mandela, ele é um ser humano incrível, um ativista incrível e fez muitos sacrifícios reconhecidos pelo mundo inteiro.
Mas você, meu amigo, é igualmente reconhecido hoje em dia, como resultado da sua contribuição como ex-presidente do Brasil, você promoveu apoio e inclusão aqueles que viviam em condições que francamente nenhum de nós deveria aceitar e, mais importante, você deu enorme esperança a todos nós, mundo afora, mostrando que há outras alternativas ao modelo conservador de tantos governos hoje em dia.
Então, senhor Lula da Silva, eu agradeço, em nome da CAW, eu agradeço a sua contribuição para a humanidade, e eu agradeço francamente por nos inspirar aqui no Canadá em lutar por uma alternativa às políticas conservadoras de tantos países inclusive daqui.
Você está mantendo nossos sonhos vivos, meu amigo! E eu agradeço.
Além disso, eu queria lembrar dos companheiros do seu sindicato CNM/CUT que aceitaram este prêmio em seu nome, já que você não pôde vir ao Canadá.
Mas eu mais uma vez agradeço a sua contribuição e a participação de seus companheiros no trabalho da CAW.
Muito obrigado, meu amigo!"
Ken Lewenza, presidente nacional da Canadian Auto Workers

Do Instituto Lula.
Posted: 06 Nov 2012 10:36 AM PST

Me contaram que o Jornal Nacional mostrou William Bonner de luvas e cachecol dizendo que estava no frio de Washington, com a Casa Branca ao fundo, na paisagem, servindo de cenário ... para cobrir as eleições presidenciais estadunidenses. Confirmei no site do telejornal.

A TV Globo tem correspondente nos EUA. A Globonews também. TV's de lá e Agências de Notícias podem fornecer ampla cobertura, inclusive muito mais completa. Então o que Bonner teria a acrescentar, indo pessoalmente lá?

Apenas a reverência do pensamento colonizado, submisso, e do puxa-saquismo da TV Globo aos EUA pode explicar.

O simbolismo da presença de Bonner é a forma de editorializar a notícia para dar impressão de tratar-se de algo mais importante do que realmente é para nós, brasileiros.

É a doutrinação que a Globo quer passar ao telespectador da velha ideia colonizada de que "o que seria bom para os EUA, seria bom para o Brasil".

É a pregação do alinhamento submisso aos interesses dos EUA, do entreguismo demotucano, da ALCA, da entrega do pré-sal à Chevron, de voltar as costas para a integração sul-americana, de não votar contra os EUA na ONU. De tirar o "B" dos BRIC`s. É a apologia do pensar pequeno, de ser sabalterno como era FHC.

Não por acaso, telegramas da embaixada estadunidense no Brasil vazados pelo Wilileaks, relatam conversas com os colunistas da emissora, Merval Pereira e William Waack abastecendo os gringos como informantes e colaboradores.

Ficaria mais "fofo" se William Bonner usasse também um chapéu de Mickey daqueles da Disney e agitasse uma bandeirinha de lá.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 06 Nov 2012 10:24 AM PST



Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 12:420 comentários Links para esta postagem
Do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 06 Nov 2012 07:05 AM PST



Do Blog das Frases - 5/11/2012  Carta Maior


Saul Leblon


A principal peça de resistência às políticas de justiça social consiste em negar sua pertinência. Para isso é necessário esconder os pobres. Em São Paulo isso tem sido feito com afinco pelo conservadorismo e seus representantes.

A classe média de São Paulo concentra-se em bairros centrais ou vive em condomínios blindados. Diferente do que acontece no Rio de Janeiro, ela não enxerga, não transita, pouco conhece das periferias localizadas nos extremos de uma capital que se espalha por 1500 km2.

A viseira geográfica é afunilada pelo filtro midiático que omite ou acentua os abismos com a lente do preconceito.

A periferia só é 'pauta' quando jorra sangue ou 'cria' problemas.

Encapsulada pelos pés e pela mente, a classe média de São Paulo é induzida a olhar a cidade informal como os israelenses enxergam os palestinos. São os seus árabes.

O lacre ideológico permite desdenhar impunemente das políticas federais destinadas a superar esses abismos em todo o país.

Foi o que fez, mais uma vez, o candidato da derrota conservadora em SP, José Serra, na campanha municipal deste ano:'Esse tal de Minha Casa Minha Vida é um enganação. Se tudo o que propuseram for espetacularmente bem feito, vão fazer uns 20%', disparou em um comício.

O preço elevado dos terrenos encarece a construção popular. A alegação tucana é verdadeira. Mas será verdade a ponto de nivelar o total de contratações do Minha Casa Minha Vida ao desempenho de uma cidade como Guarulhos, por exemplo, que tem população dez vezes inferior a da capital?

Até meados desde ano São Paulo e Guarulhos haviam contratado 11 mil unidades pelo programa federal. Guarulhos tem 1,2 milhão de habitantes; São Paulo reúne 11 milhões de moradores; quase 20% vivem em condições precárias, 400 mil em favelas, quase dois milhões em cortiços, beiras de avenidas, terrenos alagáveis etc.

É a resistência elitista, mais que a falta de terrenos, que explica por que recursos federais de R$ 250 milhões para construir creches, por exemplo, também foram ardilosamente negligenciados pelo consórcio Serra/Kassab.

137 mil crianças estão sem vagas nas creches da cidade. O dinheiro federal seria suficiente para erguer 137 novas unidades; nenhuma foi feita.

Os programas federais que prosperam em SP são aqueles em que a iniciativa individual dispensa a intermediação da parceria com o poder local. Ainda assim, cercados de birra conservadora, como é o caso do ProUni ou o Enem.

Tudo isso foi pontuado na disputa eleitoral. Mas a insistência dos dados avulta um escândalo que não se dissipa após as urnas.

Nesta 2ª feira, o insuspeito 'Estadão' informa que São Paulo tem o pior índice de inclusão no Bolsa Família de todo o Brasil.

Apenas 44% das 500,6 mil famílias pobres da capital foram cadastradas no programa pela prefeitura, informa o repórter Roldão Arruda. O índice do Rio de Janeiro é de 74%; no Nordeste e Norte, gira em torno de 100%. Florianópolis, com 61% e Goiânia, 65%, são os mais baixos do país.

O caso de São Paulo, portanto, não é um cochilo: é uma excrescência conservadora.

A vice prefeita Alda Marco Antonio (PSD) alega que é difícil chegar aos pobres paulistanos. Fossem informados através de uma campanha massiva de cadastramento pelo rádio e TV --o SP TV recusaria um pedido nesse sentido?-- os pobres da cidade desdenhariam da bolsa federal?

Ou a perversão do interesse político tem falado mais alto, a ponto de subtrair da pobreza local repasses de R$ 354 milhões por ano pelo não cadastramento de dezenas de milhares de famílias miseráveis?

As evidências de uma penalização instrumentada se sucedem como num caleidoscópio que conduz sempre à mesma mensagem: a São Paulo tucana pune os seus pobres para impedir que programas federais ameacem seu curral de votos.

Simplesmente romper o casulo conservador já trará algum ar fresco à capital. Nada substituirá, porém, a tarefa de promover uma reconciliação da cidade consigo mesma e isso quem faz é a participação política da população.

Abris canais para que moradores pobres e de classe média possam discutir problemas comuns e pactuar prioridades é a grande obra que se espera do novo prefeito que toma posse em janeiro.

As dimensões superlativas da cidade não podem ser evocadas como barreira à democratização do seu comando.

Conselhos de Desenvolvimento Econômico e Social prosperam em vários pontos do país, a partir da iniciativa pioneira do governo Lula, que criou o CDES federal logo em maio de 2003. Por que São Paulo não pode ter um aberto às lideranças e movimentos sociais ?

Não só. Ainda no governo Lula, 73 conferencias nacionais setoriais foram organizadas. Mobilizaram mais de cinco milhões de pessoas, desde as instâncias locais, até os encontros de delegados nacionais em Brasília.

Estavam cercadas de barreiras institucionais. Mas arguiram políticas e formularam propostas. Sobretudo, apontaram um caminho capaz de estender a escuta forte da sociedade para além do calendário eleitoral.

Na campanha de 2010, o então adversário de Dilma Rousseff, José Serra, criticou esse instrumento, ao descartar a regulação da mídia proposta em uma delas: ' São conferências, desde logo, pagas com dinheiro público, pagas com dinheiro de todos os contribuintes. Quantas pessoas podem ter participado dessas conferências, 15 mil, 20 mil? Isso não representa o povo brasileiro", bradou a goela tucana.

Para Serra e assemelhados a vontade da elite será sempre mais ampla que o discernimento popular. Foi o que norteou a vida de São Paulo nos últimos oito anos, com os resultados sabidos. Que as urnas rejeitaram.

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 06 Nov 2012 06:59 AM PST


Novojornal teve acesso à declaração da tesoureira do "Mensalão do PSDB" confessando o crime. Ministro Joaquim Barbosa avisa: Agora é o PSDB
Sempre que questionado a respeito do "Mensalão Tucano", o ministro Joaquim Barbosa informa apenas que ainda faltam algumas provas. Novojornal teve acesso ao inquérito nº 2280 que apurou os crimes praticados por Eduardo Azeredo, Walfrido dos Mares Guia e Clésio Andrade, denunciados pelo Procurador Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal.
"As provas são contundentes e inquestionáveis", afirma um procurador da República de Minas Gerais, que acompanhou todas as investigações. Concluindo afirmou:
"Ao contrário do que alegam alguns críticos do processo do Mensalão do PT, nestes autos existem provas documentais do crime de caixa dois e desvio de dinheiro público, praticados pelo candidato ao Governo de Minas pelo PSDB".
Ao folhear os 50 volumes do inquérito verifica-se que o procurador tem razão.
Assusta a quantidade de provas colhidas no inquérito fundamentadas em documentos e perícias, confirmadas através de depoimentos dos envolvidos. O documento mais "guardado" encontra-se no volume distribuído posteriormente por dependência pelo então Procurado Geral da República, Antonio Fernando de Souza, contendo a declaração de próprio punho da tesoureira da campanha de Eduardo Azeredo, Vera Lucia Mourão de Carvalho Veloso, relatando como operou o esquema criminoso montado, acompanhado das prestações de contas.
O famoso manuscrito de Mares Guia descrevendo as fontes e destinação dos recursos arrecadados, que até agora havia sido divulgado apenas em parte, encontra-se na íntegra. Provas e documentos constantes neste volume do inquérito esclarecem o motivo do desinteresse da grande imprensa em não noticiar o "Mensalão Tucano". Em diversos relatórios constam os jornalistas e os principais veículos nacionais e regionais que foram beneficiados com quantia milionária pelo esquema.
A documentação foi encaminhada pela Procuradoria da República de Minas Gerais ao Procurador Geral da República que a remeteu ao Ministro Joaquim Barbosa. Desde então, segundo fontes do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal vinha tentando ouvir Vera Mourão. Embora não confirmado pela mesma fonte, a versão existente é que a mesma teria sido ouvida e seu depoimento desmonta o PSDB mineiro e nacional.
Não por outro motivo que o atual deputado federal Eduardo Azeredo tem mandado recado pela imprensa para alta direção do PSDB, avisando que o esquema montado por ele de arrecadação e operação através do caixa dois apurada no inquérito financiou além de sua campanha a de outros figurões do PSDB, dentre eles a de Fernando Henrique Cardoso a presidência da República em 1998.
A mesma fonte do Supremo informa que ao contrário do que vem sendo divulgado, até o final do ano o Ministro Joaquim Barbosa apresentará seu parecer, tomando em relação ao "Mensalão do PSDB" a mesma linha adotada no julgamento do Mensalão do PT.
Documentos que fundamentam a matéria, constantes do inquérito 2280 que apura o Mensalão Tucano, que tramita no Supremo Tribunal Federal - STF, contendo a declaração de Vera Mourão, sua prestação de contas e a íntegra do planejamento financeiro feito por Walfrido dos Mares Guia: clique aqui, em pdf.

Posted: 06 Nov 2012 06:55 AM PST



(Brenda Starr, repórter da HQ de Dale Messick)
No final de 1997, após minha aventura espanhola – economizei um dinheirinho e fui estudar Literatura Espanhola e Hispanoamericana em Madri –, voltei ao Brasil para morar em São Paulo. Desempregada, fui convidada por uma grande amiga a fazer um frila para a revista Marie Claire, onde ela era editora: uma entrevista com o pré-candidato a presidente Ciro Gomes que acabou sendo um dos mais marcantes trabalhos da minha carreira. Ciro abriu a alma, talvez mais do que gostaria, e a matéria de uma revista feminina surpreendentemente repercutiu em todos os jornais.
O sucesso foi tão grande que aquela entrevista, publicada na edição de janeiro do ano seguinte, foi a responsável por minha reinserção no mercado brasileiro após dois anos fora. Fui sondada por alguns veículos e acabei sendo convidada para voltar à Folha de S.Paulo, onde havia trabalhado na sucursal de Brasília, para ocupar uma vaga na editoria de Cotidiano. Meses depois, mudei para a Ilustrada, que almejava quando fui para a Espanha. (Qualquer hora tiro um tempinho para digitar a entrevista com o Ciro e postar aqui para vocês. É muito divertida.)
Sete anos mais tarde, em maio de 2004, eu estava havia apenas três meses trabalhando no Estadão quando a mesma querida amiga me procurou para fazer um convite: iria assumir a editoria de Brasil da revista Veja e queria que eu fosse para lá fazer coisas bacanas, reportagens especiais, entrevistas. "Quem você gostaria de entrevistar?", ela perguntou. Respondi que sempre quis entrevistar Diego Maradona sobre política. Até hoje acho que seria uma entrevista e tanto. Ela ficou entusiasmada e eu também. Mas e hard news?, perguntei. Este nunca foi meu forte. "Ah, você vai ter que fazer, mas ocasionalmente". Pensei uns dias e topei. Lembro que até comprei, num sebo de São Paulo, um livro de Oriana Falacci, a grande entrevistadora italiana, para me inspirar…
Costumo dizer que existem dois tipos de repórteres: os que têm boas fontes e apuram muito, mas têm um texto apenas razoável, e os que não têm tantas fontes nem são incríveis apuradores, mas escrevem bem. Eu não tenho fonte nenhuma e apuro o suficiente; o texto é o diferencial. Portanto, o primeiro choque para mim após a estreia na Veja foi que a alentada matéria de capa sobre corrupção que eu e dois colegas apuramos não foi escrita por nós. Eu escrevi o texto inteirinho. E ele foi inteirinho modificado para publicação. Obviamente não recebi aquilo de bom grado, mas uma colega que estava lá há mais tempo me acalmou dizendo que logo eu "pegaria o jeito" para escrever no estilo da revista e não mexeriam tanto no texto.
Bom, hoje sei que nunca iria "pegar o jeito" de escrever da Veja porque, para começo de conversa, não é o meu. Meus textos em geral têm bastante aspas, adoro colocar frases boas de entrevistados e especialistas para dar um colorido. Na Veja, podem reparar, os textos quase não têm aspas, é tudo assumido pelo redator. Além disso, tem uns clichês do tipo "os números impressionam" que eu não conseguiria incluir num texto meu nem que trabalhasse lá durante 100 anos.
Vi, de cara, que tinha entrado numa enrascada, que só piorou quando me destacaram para cobrir a campanha de Marta Suplicy à reeleição em São Paulo. Não havia ninguém no PT que aceitasse falar com a Veja. As fontes das reportagens tinham que ser pessoas, mesmo dentro do partido, de oposição à prefeita. Eu fazia a apuração possível, mas absolutamente nenhum daqueles textos foi escrito por mim. Àquela altura, eu só pensava num jeito de sair da Veja sem ficar desempregada – afinal, eu acabara de entrar no Estadão quando decidi ir para lá. E tinha um filho para criar, não sou nenhuma filhinha-de-papai para me dar ao luxo de ficar sem trabalhar.
Para driblar as dificuldades, minha amiga e chefe escalou outra repórter para trabalhar em parceria comigo: eu fazia a apuração pelo lado petista a partir de uma pauta sugerida por mim e ela redigia o texto e apurava o lado do PSDB, incluindo os obrigatórios elogios ao tucanato, como na reportagem dos políticos "picolés de chuchu". Quem acompanha meu trabalho há mais tempo sabe que essa é uma pauta tipicamente minha, para tirar sarro de políticos. Foi transformada por Veja em uma peça de bajulação a Geraldo Alckmin – reparem que a reportagem em questão é assinada em dupla com outra pessoa, assim como várias outras do meu curto período na revista.
Algumas alterações foram menos dramáticas: o perfil do advogado Kakay, apesar de nenhuma frase do texto ter sido escrita por mim, pelo menos manteve-se fiel ao que apurei, não tem nada do que me envergonhe ali. A hilária história do "embargo auricular" foi descoberta minha, e já foi citada em vários perfis dele depois. Mas o único texto integralmente meu, desde o título, é a ótima entrevista que fiz com a namorada do senador Eduardo Suplicy, Mônica Dallari. Um furo. Sou, antes de tudo, uma repórter. E minha maior especialidade (é a segunda vez que volto a elas neste texto) sempre foram as entrevistas. Tenho um belo portfólio, modéstia à parte: escritores, políticos, atletas, cineastas.
Em revista, mais do que em jornal, pode acontecer de o redator-chefe modificar um pouco seu texto, isso não é incomum. Mas o difícil de tolerar em Veja, para mim, além de eles mexerem no texto todo, eram as torcidas de raciocínio. Certa vez, fui convocada a colaborar em uma reportagem sobre educação e me pediram alguém para falar sobre cotas. Lembrei de um antigo colega da faculdade que era do movimento negro, liguei para ele e peguei uma frase favorável às cotas. Qual não foi a minha surpresa quando a autora do texto simplesmente transformou a frase dele em contrária às cotas! Fiquei furiosa e felizmente, neste caso, consegui reverter. Mas o pior estava por vir.
Quando as discussões com minha chefe começaram a desandar em gritaria na redação, decidi que estava na hora de sair. Escrevi um e-mail para ela dizendo que preferia manter sua amizade e me demiti da revista. Ela aceitou, me pediu um mês para arranjar outra pessoa e saiu de férias. Neste meio tempo, me pediram uma matéria sobre as dívidas que Marta Suplicy deixaria a seu sucessor na prefeitura de São Paulo, que não eram mesmo coisa pequena. Mas no texto aconteceu algo pelo qual nunca passei em mais de 20 anos de carreira: foi incluída uma frase, entre aspas, que não apurei.
Em 14 anos de Folha de S.Paulo, entre indas e vindas, como repórter fixa ou colaboradora, jamais modificaram um texto meu desta maneira. Em seis anos de CartaCapital, muito menos. Em nenhum lugar onde trabalhei aconteceu algo nem sequer parecido. Está lá a frase, no primeiro parágrafo da matéria: "Parece a madrasta de Cinderela". Não sei quem disse isto. Eu não a ouvi de ninguém, mesmo porque não tenho ascendência italiana nem conheço ninguém em Roma. Quando minha chefe chegou de férias, me encontrou arrasada. Tenho certeza que, se ela estivesse ali, a frase não teria aparecido magicamente no texto. Detalhe: não me importaria de fazer uma reportagem crítica ao PT ou a quem quer que fosse, desde que eu a tivesse escrito – e que fosse verdade. Isso se chama profissionalismo.
Felizmente, almas boas me ajudaram a sair da Veja logo depois das férias coletivas de final de ano, e em fevereiro eu começaria na revista VIP, onde já havia atuado como colunista, no ano anterior. Passei dois anos e meio na VIP, de onde não tenho nenhuma queixa, pelo contrário. Voltei a ter a coluna, fiz matérias engraçadas e algumas entrevistas bobas com bonitonas da capa, mas também com pessoas interessantíssimas, como o cineasta Hector Babenco, o jogador Zico e o produtor musical Nelson Motta, entre outras. (Com o tempo, postarei elas aqui, na seção vintage do blog.) Ironia: enquanto na Veja o que escrevia era trucidado, na VIP uma coluna minha concorreu ao prêmio Abril de 2006 como melhor texto do ano na categoria artigo.
Uma tarde, na VIP, uma das advogadas da editora Abril entrou em contato comigo para me comunicar que Marta Suplicy estava processando a Veja por conta daquela reportagem, e me perguntou quem foi o "jornalista italiano" que me disse a frase. Perguntei se tinha conhecimento de que as matérias da Veja eram mexidas depois de escritas, e ela me disse que sim. Falei, então, que não fora eu quem apurara aquela história e não tinha falado com jornalista italiano algum. Nunca soube o resultado do processo.
Se você me perguntar: mas isso acontece com todos os jornalistas que trabalham na Veja e eles aceitam, são coniventes com essa prática? Não sei, só posso falar por mim. Não sou o tipo de jornalista que coleciona inimigos. Coleciono amigos, essa é minha natureza. Tenho amigos em todos os lugares em que atuei como repórter, inclusive na Veja. Posso dizer que tem vários jornalistas excelentes na revista, por quem tenho apreço genuíno – minha querida amiga, por exemplo. Mas desprezo o veículo onde trabalham. Tenho razões de sobra para isso. Sinto consideração e carinho por todas as redações por onde passei. Respeito a editora Abril. Veja, não.
E sabem o que é pior disso tudo? Nunca entrevistei Maradona.
Cynara Menezes
No Socialista Morena


Posted: 06 Nov 2012 06:48 AM PST


O golpe já veio, se você não notou é porque está esperando tanques nas ruas e prisioneiros sendo levados de caminhão para campos de concentração, ou seja, você vive nos anos 60. Milicos fechando o congresso e fuzilando os inimigos da pátria é coisa do passado, démodé, o chique hoje é a mídia repetir mil vezes uma "denúncia" e um bando de juízes assinar embaixo. Foi assim em Honduras, foi assim no Paraguai, está sendo assim no Brasil. Exagero? Presunção de inocência é coisa do passado, partidos que pretendam coligar-se para exercer o governo são chamados de quadrilha, partidos que tenham como objetivo ganhar eleições, chegar ao governo e nele ficar o máximo tempo possível são chamados de golpistas e de organizações criminosas pelo STF e comparados ao PCC. Que parte você não entendeu?
Dilma continua sendo presidenta e os eleitos vão tomar posse em janeiro, você poderia me dizer, mas, mais uma vez, que parte você não entendeu? Dirceu e Genoino vão para a cadeia em breve, receberão penas maiores que assassinos brutais, Lula está sendo acusado e continuará a ser até que uma acusação qualquer torne-se viável mediante a teoria fascistóide do "domínio dos fatos" e com Lula condenado quanto tempo demorará para ser pedida a cassação do registro do PT? Depois disso alguém dúvida que será julgada a validade dos mandatos conseguidos por candidatos de um partido cujo registro foi cassado?
Tudo dentro da lei e com amplo direito a recorrer sob as gargalhadas de Joaquim Barbosa.
Competência do TSE - Processar e julgar originariamente: a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de candidatos à Presidência e vice-presidência da República.

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Posted: 06 Nov 2012 06:15 AM PST


No Supremo, há quem não esconda o desejo de que Lula é o alvo

Marcos Valério teve relações financeiras com o PT. Como teve com o PSDB de Minas. Empresas de Valério tiveram negócios com empresas do grupo Opportunity, de Daniel Dantas. Dantas teve ligações importantíssimas com gente importante no PSDB. Como teve ligações importantes com gente importantíssima no PT. Já passou da hora do PT vir a público e admitir os erros brutais que cometeu nesse contubérnio.
Condenado há 40 anos, Valério não quer ir para a cadeia. Para isso, fará e dirá qualquer coisa. Assim como Valério pode dizer o que quiser, a mídia tem o direito, e o dever, de publicar o que ele diz. Mesmo que, por ora, baseada apenas na palavra do condenado que não quer ser preso.
Há um consenso que esses são direitos democráticos, os de Valério, e os da Mídia. Como é de direito quem recebe tais informações, o telespectador, o leitor, fazer uma pergunta: por que o que Valério diz sobre Lula chega às manchetes e 115 páginas de documentos verídicos não são nem notícia? 115 páginas de documentos confidenciais produzidos em uma CPI ou obtidos em paraísos fiscais.
Valério prestou depoimento ao Ministério Público. Ele quer delatar e ser beneficiado com a liberdade. As 115 páginas de documentos estão num livro chamado "A Privataria Tucana". As informações contidas no livro receberam um registro em dois grandes jornais.
Essas informações seguem inéditas em boa parte da chamada Grande Mídia. Inclusive na revista Veja. A pergunta de quem não conhece esse ramo é: por que manchetes num caso e silêncio, ou desqualificação, no outro caso? Em outros casos também.
O PT errou, gravemente, ao montar parceria com Marcos Valério. Como errou quando alguns dos seus construíram pontes com, entre outros, Daniel Dantas e seus negócios. O PT erra quando não reconhece e não se desculpa publicamente pelos seus erros. Esses, e outros.
É claro como o dia que partidos de oposição também têm seus escândalos. Mas, para ter autoridade ao abordar escândalos alheios, o PT deve, antes, tratar dos seus. E, ao contrário do que sempre fizeram os demais partidos, tratar disso também publicamente.
Como já informado aqui em outros comentários, além dos que estão em julgamento do mensalão, havia, e há, um outro grande alvo. Esse alvo é Lula. No Supremo há quem não esconda isso em conversas reservadas. Da mesma forma, na mídia.
Lula deixou o governo com aprovação de 87% no Ibope. Felizmente, 13% não aprovaram seus 8 anos de governo; só nas ditaduras não existe oposição.
Brasil afora há quem venere Lula. E ele sabe disso; é muito mais agradável informar e ser informado sobre isso. Mas certamente Lula deve saber, alguém deve dizer a ele de quando em quando: além de fazer oposição, um direito de todos, há quem lhe devote um ódio profundo.

Bob Fernandes
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