terça-feira, 4 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 04 Sep 2012 02:52 PM PDT
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Fez muito bem a presidente Dilma Rousseff em dar um chega pra lá no sociólogo aposentado Fernando Henrique Cardoso para recolocar o ex-presidente tucano e "os fatos em seus devidos lugares".

Em breve e contundente nota oficial, divulgada no fim da tarde de segunda-feira, Dilma respondeu aos ataques que FHC fez ao governo do ex-presidente Lula no artigo Herança Pesada publicado domingo nos jornais O Globo e O Estado de S.Paulo.
Saindo de seus cuidados, o professor tucano criticou da política energética ao atraso em obras do PAC, áreas pelas quais Dilma era responsável no governo Lula, e chegou ao mensalão, falando em crise moral: "Houve mesmo busca de hegemonia a peso de ouro alheio".

Bem ao estilo Dilma, a presidente amadureceu sozinha ainda no domingo a ideia de responder a FHC, antes que Lula o fizesse. Muito contrariada com o que leu, pediu a um interlocutor para avisar o ex-presidente que não se preocupasse porque ela tomaria as devidas providências.

Durante toda a segunda-feira, várias versões foram escritas e rejeitadas pela presidente, até que no final da tarde a própria Dilma redigiu o texto divulgado à imprensa.

Trechos da nota em que a presidente contesta duramente o artigo de FHC:

"Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um País sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.

Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.

Recebi um País mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.

Recebi um País mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional, um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista".
Na mesma hora em que era divulgada, Dilma leu a nota para Lula por telefone. Foi o único momento em que os dois se falaram, ao contrário de informações publicadas nos jornais desta segunda-feira.

Fracassava assim mais uma vã tentativa do articulista Fernando Henrique Cardoso de reescrever a história, como diz a nota, ao jogar Lula contra Dilma, como de resto tentam fazer os colunistas amestrados dos dois jornais e o resto da grande imprensa desde a cerimônia de transmissão do cargo de presidente.

"O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento", ensinou Dilma a FHC, que não se conforma com a sua irrelevância política fora do poder e tenta destruir a imagem de Lula, aprovado por mais de 80% da população ao deixar o governo.

A maior prova disso pode ser encontrada no comportamento de candidatos do PT e do PSDB nestas eleições, como vem acontecendo, aliás, desde que FHC passou a faixa presidencial para Lula em 2003.

Enquanto petistas de todo o País lutam para conseguir um espaço na agenda de Lula para levá-lo a seus palanques, tucanos ignoram solenemente FHC, querem distância dele. Por que será?

Se assistiu ao debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, segunda à noite, na RedeTV!, o ex-presidente deve ter percebido quantas vezes o petista Fernando Haddad citou os governos de Lula e Dilma, e quantas vezes o seu nome foi lembrado pelo tucano José Serra.

Se o caro leitor do Balaio fosse candidato, quem chamaria para o seu palanque: Lula ou FHC?
Postado por Miroàs 15:59

Do Blog do Miro.
Posted: 04 Sep 2012 02:13 PM PDT
O ex-presidente FHC já deve ter se arrependido do artigo que publicou nos jornais O Globo e Estadão no último domingo. Tanto é que ele sumiu do mapa. "A Folha não conseguiu falar com FHC", lamenta hoje o jornal tucano. Na sua defesa, apenas o jagunço que preside o PSDB, o Sérgio Guerra, e alguns servos da mídia – como Ricardo Noblat, Merval Pereira e o pitbull da Veja. José Serra, que despenca nas pesquisas, já deve estar achando que o "amigo" FHC escreveu as suas bravatas apenas para prejudicá-lo na eleição.
A resposta mais contundente ao artigo partiu da presidenta Dilma Rousseff. Em nota oficial, ela defendeu a "herança bendita" de Lula e esculhambou FHC, acusando-o de reescrever a história com "ressentimento". "Não recebi um país sob a intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão", fustigou, lembrando a herança maldita de FHC. Ela enfatizou também que Lula "não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse", outra bordoada, relembrando a compra de votos para a reeleição do grão-tucano.
Dilma e o fim do "namorico"
A dura resposta de Dilma até surpreendeu. Afinal, ela vinha mantendo uma relação amigável com o pavão do PSDB. Chegou a convidá-lo para jantar no Palácio do Planalto e enviou uma carta bajuladora no seu aniversário de 80 anos, confundido civilidade com conciliação. Talvez ela tenha se iludido com FHC que, como diz Luis Nassif, nunca abandonou a sua "síndrome de escorpião". Quem sabe agora a presidenta também desperte diante de outros escorpiões e rompa de vez o seu "namorico com a mídia" – como já ironizou Lula.
Mas a contundência de Dilma é plenamente justificável. O artigo de FHC é realmente um horror, carregado de inveja e ressentimento. Caso não respondesse à altura, ia parecer que a presidenta sucumbira à manobra rasteira da oposição demotucana e da sua mídia venal, que tentam cravar uma cunha entre Dilma e Lula para estimular a cizânia. "A presidenta Dilma Rousseff recebeu uma herança pesada de seu antecessor", afirma FHC já na abertura do seu texto, apostando exatamente nesta divisão.
Um comparativo entre FHC e Lula
Quanto ao mérito do artigo, ele é patético. O tucano pinta um quadro mentiroso sobre o governo de Lula em várias áreas. Parece até que a atual presidenta herdou um país quebrado, rumo ao colapso. Egocêntrico e narcisista, FHC não se olha no espelho! Um rápido comparativo demonstra que seu reinado é que foi um desastre completo. O povo sabe disto. Tanto que ele saiu do Planalto com a popularidade no ralo e Lula transmitiu a faixa presidencial com aprovação de mais de 80%. Mesmo assim, vale relembrar alguns dados:
Economia
Salário Mínimo – Passou de R$ 200,00, em 2002, para R$ 510,00, em 2010. Na comparação com o dólar, subiu de US$ 81 para US$ 288 no período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas, em janeiro de 2003, para 2,4 cestas básicas em julho de 2010.
Emprego Formal – O governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (2003-2010), enquanto o reinado de FHC (1995-2002) criou apenas 5 milhões de empregos.
Taxa de desemprego – Em 2002, ela era 9,2%. Em setembro de 2010, baixou para 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE.
Inflação – Baixou de 12,53% ao ano, em 2002, para 4,31% em 2009.
Exportações – Subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 bilhões em 2009.
Reservas internacionais – Passaram de US$ 38 bilhões em 2002 para US$ 275 bilhões em 2010.
Dívida com o FMI – FHC entregou ao governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10 bilhões ao FMI em 2009.
Investimento Público - A taxa de investimento passou de 1,4% do PIB, em 2003, para 3,2% do PIB (abril de 2010).
Risco Brasil – Teve um pico de 1.439 pontos em 2002. No governo Lula, ela baixou para 206 pontos em setembro de 2010.
Desenvolvimento Social
Estrutura social – Em 2002, 44,7% da população tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, o índice havia caído para 29,7%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009.
Programas de transferência de renda – A soma de todos os programas de FHC totalizou R$ 2,3 bilhões, em 2002. Já o Bolsa Família, em 2010, destinou R$ 14,7 bilhões para as famílias mais carentes.
Saúde
Desnutrição infantil ­– Caiu de 12,5%, em 2003, para 4,8% em 2008.
Taxa de mortalidade infantil – Caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos, em 2002, para 19,3 por mil em 2007.
Saúde da Família – Em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes.
Agentes comunitários de saúde – Eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios.
SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do reinado de FHC. São 1.956 ambulâncias que percorrem o Brasil atendendo casos de urgência.
Assistência farmacêutica – Os recursos do Ministério da Saúde destinados à distribuição de medicamentos no SUS passaram de R$ 660 milhões, em 2002, para R$ 2,36 bilhões em 2010.
Educação
Analfabetismo – A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009.
Ensino Técnico – O número de escolas técnicas cresceu duas vezes e meia no governo Lula. No final de 2010, já existiam 214 novas escolas. FHC só construiu 11 escolas técnicas.
Prouni – Garantiu acesso à faculdade para 748,7 mil jovens de baixa renda. Com FHC, o programa não existia.
Universidades Federais – Lula criou 15 novas universidades e inaugurou 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. FHC, o príncipe da Sorbonne, criou apenas uma universidade.
Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões.
Política urbana
Investimentos em habitação – Os recursos aplicados no setor foram R$ 7 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões.
Minha Casa, Minha Vida – O governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, com a meta de construção de um milhão de moradias. FHC nunca investiu em programas de habitação popular.
No artigo, o rejeitado FHC também critica a "crise moral" herdada do governo Lula e, aproveitando a onda midiática, cita o badalado "mensalão". Sobre corrupção, o ex-presidente não tem qualquer moral para dar lições. Para não cansar o leitor, sugiro a leitura do texto "Os crimes de FHC serão punidos", que apresenta uma longa lista de escândalos do seu triste reinado. Em síntese, um rápido balanço confirma as palavras de Dilma. O tucano tentou reescrever a história com "ressentimento". Ou como diz o ditado popular: a inveja é uma merda! 

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Do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 04 Sep 2012 12:41 PM PDT



Leandro Fortes

O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a herança do governo Lula à presidenta Dilma Rousseff não é só uma pérola do ressentimento, embora seja possível reduzi-lo quase a isso. Na verdade, antes fosse somente isso. O texto, amargo e transbordado de inveja, revela no todo um traço comum à oposição no Brasil, desde a posse do ex-metalúrgico, em 2003, e a eleição de sua sucessora, em 2010: o absoluto descolamento da realidade.
Há muitas nuances nesse fenômeno, mas a causa central se encontra no círculo fechado no qual políticos e intelectuais oposicionistas, sobretudo do PSDB, buscam informações e trocam impressões sobre a política e a vida em geral. Esse círculo, formado pelos setores mais conservadores da mídia e seus batalhões de colunistas há muito se mostrou incapaz de retratar a diversidade social brasileira, por incapaz de enxergá-la, compreendê-la e, por isso mesmo, reproduzi-la.
FHC é um produto direto dessa relação. Desde sua primeira candidatura, em 1994, pongado no sucesso do Plano Real, acostumou-se ao palanque seguro montado pelo baronato da imprensa brasileira, que o apoiou como um bloco inexpugnável, num movimento mais fechado até do que o apoio dado, 30 anos antes, aos militares que desfecharam o golpe de Estado de 31 de marco de1964. Os donos da mídia, claro, não se perfilaram incondicionalmente. Assim o fizeram em troca de favores e negócios, em um alinhamento ideológico de defesa do grande capital e das diretrizes de então, pautadas pelo chamado Consenso de Washington, carro-chefe da locomotiva neoliberal que iria atropelar o Brasil e a América Latina, transformando essa parte do mundo em um laboratório de produção de miséria humana, corrupção e ataque ambiental predatório.
O ex-presidente aproveitou dois momentos de fragilidade política, um do PT, outro do PSDB, para exercer sua conhecida veia oportunista que tanto o levou à Presidência, em 1994, como quase transformou o barco tucano em Titanic, em 1992, quando se tornou comandante do grupo que pretendia se agregar ao governo Fernando Collor às vésperas do impeachment. Não fosse pela sabedoria e visão política de Mário Covas, FHC teria enfiado todos pelo cano.
A fragilidade do PT, obviamente, é o julgamento do mensalão e sua escandalização diária pela mídia. Certo de que ainda conta com a blindagem do baronato que o ajudou a se eleger duas vezes, FHC é capaz de falar sobre o tema nesse tom de falso moralismo que também dá chancela aos discursos do senador Álvaro Dias, do PSDB, e permite a outro senador, Agripino Maia, do DEM, servir de fonte para jornalistas que fingem se indignar com esquemas de corrupção.
Fernando Henrique, como se sabe, foi reeleito, em 1998, graças a um esquema de compra de votos no Congresso Nacional. Esquema denunciado pela Folha de S.Paulo (mas para sempre esquecido por ela) que resultou na cassação de dois deputados, mas não trouxe consequência alguma. Na Procuradoria Geral da República estava Geraldo Brindeiro, o "engavetador-geral", figura de proa do udenismo tucano ali mantido por oito anos, a fazer o serviço do entourage que lhe garantia o soldo.
A fragilidade do PSDB é o derretimento político-eleitoral de José Serra, a quem FHC nitidamente não suporta. Sentimento, aliás, que compartilha com o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais. Transformado, desde as baixarias da campanha de 2010, em uma caricatura de si mesmo, Serra perdeu o resto de respeito e apoio que tinha dentro do partido, embora, curiosamente, continue encarado como tábua de salvação pela mídia nacional movida ora pela nostalgia dos tempos pré-internet, ora por um sentimento antipetista similar a uma catapora infantil. Assim, tucano travestido de fênix, FHC apoia-se nas cinzas de Serra para tentar renascer politicamente.

Faz enorme sucesso na Praça Vilaboim, em Higienópolis, e nos editoriais dos velhos jornalões de papel.

No mundo real, soa como uma piada antiga, roteiro de uma chanchada ultrapassada.
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Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 04 Sep 2012 11:22 AM PDT
Posted by on 04/09/12 • Categorized as Análise

É riquíssimo o episódio em que a presidente Dilma Rousseff responde a artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que atacou o ex-presidente Lula dizendo, de forma literalmente inacreditável, que ele teria deixado uma "herança pesada" para a sucessora.
A riqueza do episódio reside em que os dois lados, Dilma e FHC, podem extrair lições dele. Podem refletir sobre o poder das palavras e a oportunidade de usá-las, pois, como se sabe, palavras são como pasta de dente, que, uma vez fora do tubo, não pode ser colocada de volta.
O ex-presidente estava no melhor dos mundos. A popularíssima Dilma Rousseff lhe havia dado um presentão ao homenageá-lo reiteradas vezes desde que assumiu a Presidência da República. A boa relação com ela serviu, inclusive, para tirá-lo da linha de fogo.
Semanas após tomar posse como presidente, Dilma faz quase uma mesura ao antecessor do antecessor durante a festa comemorativa de 90 anos do jornal Folha de São Paulo. A imagem correu o país: a presidente, postada diante de FHC, de cabeça baixa e mão estendida.

O simbolismo daquele gesto residiu em tentativa de, na mesma tacada, firmar um tratado de paz com o político adversário e com o jornal que tanto o defende, propondo, assim, convivência civilizada com a oposição e a mídia.
Pouco tempo depois, Dilma convida FHC para almoço com o presidente Barack Obama durante visita deste ao Brasil, almoço que não contou com a presença de Lula e no qual seu antecessor e sua sucessora produziram imagens que chegaram a suscitar intrigas sobre poderem vir a entabular um romance (?!).
Decidida a evitar que seu governo fosse alvo do mesmo bombardeio oposicionista-midiático que fustigou seu padrinho político, Dilma reincidiu no tipo de agrado aos adversários que leva a mídia ao gozo: deitou elogios a FHC por ocasião de seu aniversário de 80 anos.
Os elogios de Dilma a FHC foram extremamente generosos e até, como se pode depreender de sua resposta ao recente artigo desairoso dele contra Lula, exagerados. Sua resposta destoante dos elogios foi como se ela cantasse para o tucano "Você pagou com traição a quem lhe deu a mão".
FHC poderia ter ficado com o que tinha: palavras elogiosas de uma líder política – o que Dilma é, ao fim e ao cabo, apesar de, até aqui, ter se portado como "gerente" – cuja alta popularidade é reconhecida por todos. FHC podia ter mantido sua grande boca fechada.
Tudo de que o ex-presidente tucano não precisava, agora, era de que alguém com voz alta o suficiente para ter suas palavras transformadas em manchete de primeira página lembrasse à opinião pública que herança deixou quem qualificou de "pesada" a herança deixada pelo sucessor.

Apagão, FMI, compra de votos (subentendida) para aprovar a emenda da reeleição… Tudo isso foi jogado na cara (dura) de Fernando Henrique Cardoso em volume e evidência estrondosos.
Terá FHC achado que daria aquela declaração impunemente?
Mas Dilma também extraiu uma lição do episódio. Os elogios que fez ao adversário político estão sendo confrontados com as acusações que agora lhe faz – a mídia está opondo o que ela disse antes de FHC ao que diz agora.
A percepção deste blog é a de que a população entenderá que Dilma tentou ser gentil antes e agora, vendo que foi inútil, revidou – até porque, ela foi a segunda no comando do governo que FHC afirma que deixou "herança pesada". Todavia, é arriscado dar declarações tão contraditórias entre si.
FHC por certo já considera que perdeu a chance de ficar calado; Dilma certamente já reflete sobre a inutilidade (que este blog apontou tantas vezes) de tentar manter relação de alto nível com uma oposição e uma mídia capazes de lhe publicar ficha policial falsa na primeira página.
Resta torcer para que a presidente entenda que o cargo que ocupa é eminentemente político e que sua postura (até aqui) de "gerente" só faz estimular abusos como o que aquele a quem ela deu a mão tentou praticar impunemente.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 04 Sep 2012 11:09 AM PDT

Altamiro Borges, Blog do Miro

"Na tarde de ontem, a favela Morro do Piolho, na zona sul de São Paulo, foi tomada pelas chamas. Balanço parcial aponta três feridos – um jovem de 15 anos sofreu queimaduras de 1º e 2º graus, um homem fraturou uma das pernas e uma gestante caiu em depressão – e centenas de moradores ficaram sem teto, sem roupa, sem comida, sem nada. Pelo menos 285 dos 700 barracos foram destruídos pelo fogo. A Polícia Militar e a Defesa Civil ainda não sabem os motivos da tragédia, mas uma pergunta paira no ar: acidente ou crime?
Foi o quinto incêndio em favelas da capital paulista em menos de três semanas. Desde o início deste ano, já foram registrados 32 casos semelhantes. No ano passado, foram 79 incêndios em favelas. O Corpo de Bombeiros ainda computa 130 incêndios em 2008; 122 em 2009; e 91 em 2010. Na história recente de São Paulo nunca foram registradas tantas ocorrências assim, o que reforça a suspeita de que há algo de errado nestas tragédias em áreas carentes da cidade – mas, a maioria delas, valorizadas do ponto de vista imobiliário."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:040 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Sep 2012 11:06 AM PDT


Jornal A Redação participa do 64º Congresso Mundial de Jornais e 
do 19º Fórum Mundial de Editores

João Unes, A Redação

"O jornalismo digital é a modalidade que mais cresce em todo o mundo em número de leitores e em faturamento publicitário. Em alguns países, como Noruega, Estados Unidos, Taiwan e Hong Kong, a publicidade digital supera os meios tradicionais em termos de receita. Estes são alguns dos dados da recém-concluída edição 2012 da pesquisa World Press Trends (Tendências Mundias da Imprensa), revelada nesta segunda-feira em Kiev.
 
A World Press Trends é a mais completa pesquisa global sobre tendências em jornais, compreendendo a realidade da imprensa de150 países de cinco continentes, e patrocinado pela Associação Mundial de Jornais. O robusto levantamento é feito desde 1998 e a edição 2012 foi apresentada com exclusividade para os participantes do 64º Congresso Mundial de Jornais e do 19º Fórum Mundial de Editores, que este ano acontece na capital da Ucrânia.
 
Um dos fatos que mais chamou a atenção dos editores e dirigentes de jornais foi o fato de que em  quatro países (Reino Unido, Noruega, Suécia e Dinamarca), a publicidade digital superou a TV e os jornais de papel. Estes países estão entre os que têm maior índice de leitura de jornais em suas populações.
 
Outro ponto que merece destaque foi a consolidação da revolução digital nos Estados Unidos, Canadá, Noruega e Japão, países onde a proporção de receita digital é mais alta que a média mundial.
 
"A pesquisa mostra que 40% das pessoas que estão na internet pelo mundo lêem pelo menos um jornal on line, o que significa um aumento de 34% em apenas um ano ", explicou Larry Kilman, diretor executivo da Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA), durante a apresentação da World Press Trends."
Foto: divulgação
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:280 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 04 Sep 2012 07:36 AM PDT




Desde que o Ibope Inteligência começou a fazer levantamentos sobre o Índice de Confiança Social (ICS), em 2009, a mídia (meios de comunicação) foi a instituição brasileira que apresentou maior queda em sua credibilidade, atrás apenas do sistema público de saúde e das escolas públicas: de 71 pontos em 2009, chegou a 67 em 2010 e atingiu 55 pontos em 2011, vale dizer, 16 pontos a menos (ver aqui).

A queda acentuada de credibilidade da grande mídia não é um fenômeno que ocorre somente no Brasil. O respeitado Pew Research Center for the People and the Press divulgou recentemente resultado de levantamento sobre a credibilidade dos treze principais grupos de mídia nos Estados Unidos: nove registraram queda importante. A média positiva, que em 2010 era de 62%, caiu para 56%. Registre-se que em 2002 o índice era de 71%, isto é, 15 pontos percentuais acima (ver aqui, neste Observatório, "Credibilidade jornalística diminuiu, revela pesquisa").

No Brasil, as razões para a acentuada queda de credibilidade da grande mídia são várias e já tive a oportunidade de tratar da questão em outras ocasiões (ver "Pontos dos Princípios reforçam dúvidas" e "Ética e credibilidade de uma profissão"). Entre essas razões certamente está a inconteste e fartamente documentada partidarização que passou a caracterizar o "jornalismo político" que tem sido praticado nos últimos anos.

Retomo o assunto a propósito de um episódio certamente menor, mas emblemático.

Jornalismo ou oportunismo partidário



Alguns dos principais jornalões brasileiros estamparam em sua primeira página, na sexta-feira (31/8), a fotografia da presidente Dilma Rousseff lendo a resposta de duas de suas ministras a bilhete que ela mesma lhes mandou em solenidade no Palácio do Planalto, ocorrida na véspera. A foto saiu com grande destaque nas capas de O Globo, O Estado de S.Paulo, Estado de Minas e Correio Braziliense.

As matérias e colunas relativas à foto, em sua maioria, comentavam o desencontro entre a posição da presidente e o acordo que teria sido sacramentado entre as ministras de Relações Institucionais e do Meio Ambiente e parlamentares visando a aprovação de medida provisória relativa ao polêmico Código Florestal.

Algumas dessas matérias chamaram a atenção para o uso de bilhetes entre a presidente e suas ministras, prática que já foi utilizada no passado pelos ex-presidentes Getúlio Vargas e Jânio Quadros.

O Correio Braziliense, todavia, escolheu aproveitar a ocasião para atacar o ex-presidente Lula. Na capa do jornal está escrito ao lado da foto da presidenta Dilma: "A presidente não apenas é contra a censura como, ao contrário do antecessor, lê jornais".

Na página interna (5) que trata do assunto, um box assinado pelo editor de política com o título "Uma presidente que lê jornais" diz:
"O mais importante no bilhete é que Dilma reconhece a importância dos jornais impressos, ao contrário do que já afirmaram outros presidentes, incluindo aí o petista Luiz Inácio Lula da Silva. É preciso comemorar a leitura de Dilma".
Um pouco à frente, prossegue o editor:

"É bom saber que temos no maior posto de comando do país alguém que utiliza informações produzidas pelos jornais impressos para cobrar resultados dos auxiliares. Um ponto a mais para a presidente."

O alvo é o ex-presidente


No momento em que o STF realiza o julgamento da Ação Penal nº 470 sob intensa artilharia da grande mídia que tem ignorado deliberadamente a presunção constitucional de inocência desde que estourou o escândalo no primeiro governo Lula [cf. Venício A. de Lima, Mídia: Crise Política e Poder no Brasil, Editora Perseu Abramo; 2006], a utilização do episódio do bilhete para atacar o ex-presidente, inclusive insinuando – irresponsavelmente – que ele seria a favor da censura, expressa o grau de partidarização a que chegou o jornalismo político praticado pela grande mídia.

O Brasil talvez seja hoje o único país do mundo onde a oposição sistemática da grande mídia se dirige não à presidente em exercício, mas a um ex-presidente da República. E para isso, além de promover a atual presidente – que o ex-presidente fez eleger – também dela se utiliza para perpetrar os ataques.
Não é sem razão que despenca a credibilidade da grande mídia.
Venício A. de Lima, jornalista, professor aposentado da UnB e autor de, entre outros livros, Política de Comunicações: um balanço dos Governos Lula (2003-2010). Editora Publisher Brasil, 2012.

Posted: 04 Sep 2012 07:30 AM PDT


Chalita cita Paulo Preto ao rebater crítica de Serra em debate

O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, iniciou o debate desta segunda-feira (3), promovido pela Folha e pela RedeTV!, com críticas à gestão de José Serra (PSDB) na prefeitura e no governo do Estado.
Ex filiado do PSDB e ex-secretário estadual de Educação, Chalita questionou o tucano sobre ter fechado escolas de tempo integral na cidade, o que o tucano negou, acusando o peemedebista de mentir.
"Eu não posso ser chamado de mentiroso, não tenho histórico", rebateu Chalita. "Quem disse que não conhecia o Paulo Preto não fui eu. Quem disse que não nomeou o Aref não fui eu. Quem disse que não sairia da prefeitura não fui eu", disse o peemdebista, que deixou o PSDB após desavenças com Serra, então governador.

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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 04 Sep 2012 07:27 AM PDT
Da Carta Capital - 04/09/2012
Leandro Fortes
O artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a herança do governo Lula à presidenta Dilma Rousseff não é só uma pérola do ressentimento, embora seja possível reduzi-lo quase a isso. Na verdade, antes fosse somente isso. O texto, amargo e transbordado de inveja, revela no todo um traço comum à oposição no Brasil, desde a posse do ex-metalúrgico, em 2003, e a eleição de sua sucessora, em 2010: o absoluto descolamento da realidade.

Foto de Antonio Cruz/ ABr

Há muitas nuances nesse fenômeno, mas a causa central se encontra no círculo fechado no qual políticos e intelectuais oposicionistas, sobretudo do PSDB, buscam informações e trocam impressões sobre a política e a vida em geral. Esse círculo, formado pelos setores mais conservadores da mídia e seus batalhões de colunistas há muito se mostrou incapaz de retratar a diversidade social brasileira, por incapaz de enxergá-la, compreendê-la e, por isso mesmo, reproduzi-la. FHC é um produto direto dessa relação. Desde sua primeira candidatura, em 1994, pongado no sucesso do Plano Real, acostumou-se ao palanque seguro montado pelo baronato da imprensa brasileira, que o apoiou como um bloco inexpugnável, num movimento mais fechado até do que o apoio dado, 30 anos antes, aos militares que desfecharam o golpe de Estado de 31 de marco de1964. Os donos da mídia, claro, não se perfilaram incondicionalmente. Assim o fizeram em troca de favores e negócios, em um alinhamento ideológico de defesa do grande capital e das diretrizes de então, pautadas pelo chamado Consenso de Washington, carro-chefe da locomotiva neoliberal que iria atropelar o Brasil e a América Latina, transformando essa parte do mundo em um laboratório de produção de miséria humana, corrupção e ataque ambiental predatório.
Leia também:Em resposta a FHC, Dilma defende legado de Lula
O ex-presidente aproveitou dois momentos de fragilidade política, um do PT, outro do PSDB, para exercer sua conhecida veia oportunista que tanto o levou à Presidência, em 1994, como quase transformou o barco tucano em Titanic, em 1992, quando se tornou comandante do grupo que pretendia se agregar ao governo Fernando Collor às vésperas do impeachment. Não fosse pela sabedoria e visão política de Mário Covas, FHC teria enfiado todos pelo cano.
A fragilidade do PT, obviamente, é o julgamento do mensalão e sua escandalização diária pela mídia. Certo de que ainda conta com a blindagem do baronato que o ajudou a se eleger duas vezes, FHC é capaz de falar sobre o tema nesse tom de falso moralismo que também dá chancela aos discursos do senador Álvaro Dias, do PSDB, e permite a outro senador, Agripino Maia, do DEM, servir de fonte para jornalistas que fingem se indignar com esquemas de corrupção.
Fernando Henrique, como se sabe, foi reeleito, em 1998, graças a um esquema de compra de votos no Congresso Nacional. Esquema denunciado pela Folha de S.Paulo (mas para sempre esquecido por ela) que resultou na cassação de dois deputados, mas não trouxe consequência alguma. Na Procuradoria Geral da República estava Geraldo Brindeiro, o "engavetador-geral", figura de proa do udenismo tucano ali mantido por oito anos, a fazer o serviço do entourage que lhe garantia o soldo.
A fragilidade do PSDB é o derretimento político-eleitoral de José Serra, a quem FHC nitidamente não suporta. Sentimento, aliás, que compartilha com o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais. Transformado, desde as baixarias da campanha de 2010, em uma caricatura de si mesmo, Serra perdeu o resto de respeito e apoio que tinha dentro do partido, embora, curiosamente, continue encarado como tábua de salvação pela mídia nacional movida ora pela nostalgia dos tempos pré-internet, ora por um sentimento antipetista similar a uma catapora infantil. Assim, tucano travestido de fênix, FHC apoia-se nas cinzas de Serra para tentar renascer politicamente.
Faz enorme sucesso na Praça Vilaboim, em Higienópolis, e nos editoriais dos velhos jornalões de papel.
No mundo real, soa como uma piada antiga, roteiro de uma chanchada ultrapassada.
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Também do Blog ContrapontoPIG. 
Posted: 04 Sep 2012 07:23 AM PDT
Do Conversa Afiada - Publicado em 04/09/2012
A cheirosa corrupção tucana caiu na boca do povo. Furou o cerco pigal (**).

Na campanha de 2010, a da bolinha de papel e a do aborto (no Chile, pode), a então candidata Dilma Rousseff acusou Cerra de, se eleito, desmontar o Bolsa Família, mesmo que dissesse que ia preservá-lo e ampliá-lo.

(Naquela altura, o ansioso blogueiro dizia que, se eleito, o Cerra privataria o Bolsa Família para o WalMart.)

Num debate, Cerra se enfureceu com a acusação.

E Dilma foi pra cima: ele vai fazer com o Bolsa Família o mesmo que fez com as escolas do antecessor (Alckmin), no Estado de São Paulo.

No debate desta segunda-feira, promovido pela Folha (*) e pela RedeTv, com a mediação do Kennedy Alencar, Chalita voltou ao assunto: ele fechou o que eu construí (Chalita foi o – excelente – Secretário de Educação de Alckmin).

Cerra respondeu: "fico assombrado com a facilidade que ele tem para faltar com a verdade".

Chalita retrucou, também segundo a Folha:

"Não posso ser chamado de mentiroso. Quem disse que não conhecia Paulo Preto [acusado de desviar doações para a campanha de Serra em 2010] não fui eu. Quem disse que não nomeou Aref [pivô de escândalo da gestão Kassab] não fui eu. Quem disse que não sairia da prefeitura não fui eu, me respeite".

Paulo Preto, dispensa apresentações.

Aref é aquele que aprovava a construção de edifícios em São Paulo, na jestão Cerra, e conseguiu comprar mais de 200 apartamentos.

Em seguida, um candidato nanico, por duas vezes, se referiu a Cerra diretamente e o acusou de estar envolvido na Privataria Tucana e na Lista de Furnas.

Privataria Tucana, onde Cerra aparece como chefe de um clã que executou a maior Privataria da América Latina, sob a batuta do "ressentido", o Farol de Alexandria. (Ler o "em tempo".)

E a Lista de Furnas, que persegue o Aécio Never e todos os tucanos – como Cerra – pelos calcanhares.

Sem falar no julgamento do mensalão tucano de Minas Gerais.

Pois é, amigo navegante.

O PiG (**) empurrou o mensalão (do PT) pela goela abaixo do Supremo.

Vamos ver se a Justiça brasileira consegue abafar, por mais tempo, com a cumplicidade do PiG (**) a Lista de Furnas, a Privataria, a Castelo de Areia, a Satiagraha.

A cheirosa corrupção tucana caiu na boca do povo.

Furou o cerco pigal (**).

Falta entrar nos tribunais.

Não é isso Roberto Tênue Gurgel ?

Quando é que a Procuradoria Geral da República vai ler os exemplares da Privataria que o Edu enviou ?

Quando vai investigar as denúncias contra o Aécio Never ?

O Collor está de olho !

As incongruências têm pernas curtas.

Em tempo: se o Dirceu for condenado com provas "tênues", o Fernando Henrique não escapa da Privataria. Só que o Fernando Henrique tem atos de ofício. Como as conversas gravadas que tratam da imaculada relação entre Daniel Dantas e o Ricardo Sergio de Oliveira, em torno da grana do Banco do Brasil. Elas fazem do Pizzolato um santinho de pau oco.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da "ditabranda"; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de "bom caráter", porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**)
Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Sep 2012 04:19 AM PDT



Bem que a presidenta tentou uma relação republicana com o ex-presidente FHC, em cujo governo o Brasil quase quebrou quatro vezes. O homem da privataria, da lista de Furnas, que recebeu dinheiro do mensalão tucano de Minas, como confirmou o capo do esquema, Eduardo Azeredo (leia Azeredo confirma informação do Blog do Mello: Dinheiro do valerioduto tucano irrigou campanha de FHC).

Mas, como na fábula do escorpião e o sapo. a presidenta sentiu na pele o ataque insidioso do homem que se achava o príncipe, mas se viu suplantado por um simples metalúrgico, retirante nordestino.

O despeito, a vaidade ferida (que, no entanto, não se abalou com o chifre que o país sustentou, No Reino da Cornualha, a triste história de Fernandus, de Príncipis a Cornus), fizeram FHC afirmar em artigo que Dilma teria recebido uma herança maldita do ex-presidente Lula.

A presidenta respondeu à altura, com uma nota oficial em que reduz FHC a sua verdadeira dimensão, com uma série de recados nas entrelinhas:

Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.
Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.
Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.
Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.
Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.
Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil [Fonte]

Com o ataque traiçoeiro, a presidenta deve finalmente ter entendido que não é possível uma relação republicana com tucanos e com a mídia corporativa, que não são nem agem como adversários, mas como inimigos, não dela, mas do país.


Posted: 04 Sep 2012 04:13 AM PDT
Posted: 04 Sep 2012 03:58 AM PDT

Do Blog Palavra livre - 3/9/2012

Por Denis Sena Filho

Eu não sei e creio que ninguém sabe o que se passa na cabeça do ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso quando ele chama o presidente mais popular da história do Brasil, juntamente com o presidente Getúlio Vargas, de "herança pesada", em artigo nada sociológico no jornal mais conservador da direita brasileira, o Estado de São Paulo.

FHC TEM DOIS PROBLEMAS GRAVES: NÃO CONCATENA AS IDEIAS E TEM INVEJA DO LULA.

O homem que vendeu o Brasil, aquele que alienou o patrimônio público que ele não construiu, o político que considera o Plano Real do presidente Itamar Franco como de sua autoria, o ex-presidente que quebrou o Brasil três vezes e teve de ir ao FMI de joelhos e com o pires na mão a pedir esmolas, além de ser o responsável pelo apagão de energia que durou mais de um ano, considera, na maior cara de pau possível e total ausência de senso crítico, o presidente Lula uma herança pesada.

Seria trágico se não fosse cômico o artigo do pseudointelectual "mauricinho", que sempre teve como aliada a imprensa comercial e privada de São Paulo, além do apoio irrestrito das Organizações(?) Globo, que no momento está a tratar do "mensalão", como se fosse a última chance de a direita poder, enfim, chegar ao poder depois de três derrotas em eleições para a Presidência da República.

FHC, o Neoliberal, cuja figura patética é escondida pelos próprios candidatos tucanos quando tem de concorrer às eleições, resolveu, novamente, deitar falação, e a tribuna escolhida foi o carcomido, o vetusto, o direitista, o reacionário "Estadão", que, se tivesse a força de persuasão que pensa ter, elegeria há muito tempo para presidente da República gente como FHC, Geraldo Alckmin e principalmente José Serra, que perdeu as últimas eleições para a candidata petista Dilma Rousseff, que, até então, nunca tinha participado de qualquer eleição.

LULA GOVERNOU O BRASIL COMO ESTADISTA, O QUE REVOLTA O FHC E A BURGUESIA.


E aí, o que acontece? O falastrão do FHC, aquele que afundou a maior plataforma produtora de petróleo do mundo, a P-36, resolve, em um texto mal escrito e pessimamente articulado mentalmente, chamar o político que mudou o Brasil, bem como o tirou de uma posição subserviente perante os países ricos, como herança pesada de Dilma.

Para fazer sua ilações perversas e pérfidas, tal figura da burguesia paulistana faz alusões francamente levianas ao estadista Lula e o coloca como o responsável por questões sobre corrupção, desvios de recursos, além de outras "acusações" de menores implicações no que concerne ao caráter e à conduta moral do presidente petista que fez uma revolução silenciosa e melhorou as condições de vida de milhões de brasileiros, bem como elevou o Brasil a um patamar de importância em termos mundiais como nunca se viu antes neste Pais.

FHC deveria ficar quieto, como o faz Lula em relação ao seu medíocre governo, que vendeu o Brasil e tratou de seu patrimônio com uma irresponsabilidade que, para mim, tal tucano arrogante e vaidoso deveria estar a responder processos como ocorreu com os presidentes neoliberais da Argentina, México, Peru, Chile, Equador, Uruguai e Venezuela. Alguns foram presos, outros fugiram ou estão a responder processos por terem vendido o que não é deles, o que não lhes pertencem, o que evidencia prejuízos de lesa pátria e, consequentemente, as provas de que tais governantes traíram seus povos.

SERRA PODE SER TUDO, MENOS BOBO. MOSTRAR FHC NA TV SERIA A DERROTA IMINENTE.
Lula é Dilma e Dilma é Lula. Ponto. Por sua vez, Serra não é FHC e FHC não é Serra e nem Alckmin, porque simplesmente esses tucanos quando são candidatos não deixam o FHC aparecer na televisão, nem falar pelo rádio e muito menos aparecer em outdoors. E porque isto acontece? Porque ninguém é tão ingênuo de colar sua imagem a um governo que ficou conhecido por vender o Brasil, ser leniente com a corrupção, de ir ao FMI três vezes de joelhos e com o pires na mão, de causar o apagão da energia, de fechar estatais, de tentar desmontar a Petrobrás, de afundar a P-36, de não criar empregos, de não distribuir renda, de não criar escolas técnicas e universidades, de não facilitar o acesso dos pobres ao ensino superior, não investir em pesquisas científicas, de não construir casas para a população e de não cuidar da infraestrutura, como rodovias, aeroportos, portos, ferrovias, siderúrgicas, estaleiros, além de deixar a saúde à míngua, no que trata ao orçamento quando, já na oposição ao Governo Lula, retiraram bilhões da CPMF, como forma de combater o mandatário petista.

Depois o neoliberal FHC vem falar de corrupção e de má administração sem ter, no entanto, nenhum cuidado para se olhar no espelho e ver que seu governo foi um fracasso retumbante, porque nunca cuidou dos pobres e se comprometeu até a medula com os interesses dos ricos. O neoliberal FHC é assim: fala o que quer e não mede quaisquer consequências por que, na verdade, se tal tucano tivesse responsabilidade não teria vendido o Brasil e seu governo não cometeria tantos erros e ilícitos como mostra e demonstra o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro.

Quem acredita em FHC ou na grande imprensa de negócios privados são os 6% da população brasileira, que, conforme as pesquisas, consideravam o Governo Lula ruim ou péssimo. São os mesmos que atualmente acham a mesma coisa do Governo Dilma. São os lacerdistas de classe média, tão ressentidos e reacionários quanto os barões da imprensa e seus jornalistas e especialistas de prateleira e de confiança. São pessoas de direita que continuam de direita. Só isso. Ponto. E nada mais.

ALCKMIN GOVERNA SÃO PAULO. JAMAIS APRESENTOU O FHC NA TV.
A questão primordial disso tudo é que apesar de eles serem minoria, evidentemente que essas pessoas e grupos econômicos são barulhentos — altissonantes. E por que se ouve tanto o barulho deles. Porque a direita controla os meios de comunicação privados, que apoiam, sem deixar dúvida, os candidatos, os políticos e os governantes do DEM e do PSDB. Apesar de esse pessoal ser a minoria, o barulho, além de ser alto, é publicado e veiculado todos os dias pelo sistema midiático porta-voz dos interesses empresariais.

Muitos cidadãos acreditam que a corrupção aumentou durante o governo Lula. É dessa maneira que a imprensa sistematicamente o mostra. Nada mais falso. O que houve, de fato, foi um aumento brutal, exponencial do número de operações da Polícia Federal contra a corrupção, principalmente os malfeitos que são considerados como crimes do colarinho branco, geralmente cometidos por homens e mulheres de negócios e autoridades de alto escalão, como banqueiros, juízes, políticos, servidores com cargo de mando e empresários.
O que se vê é uma falácia perpetrada por jornalistas, pois a verdade é que o Governo do FHC, o Neoliberal, em oito anos efetivou 28 operações da Polícia Federal, enquanto o Governo do Lula realizou 1.150 operações da PF, o que, sobremaneira, faz com que os números do tucano que deita falação no reacionário Estadão se tornem pífios e ridículos. A PF de Lula se tornou republicana e por isso não foi à toa que o diretor da PF, Paulo Lacerda, foi afastado e sua moral atacada pela imprensa corrupta e por gente como o senador cassado Demóstenes Torres e o juiz do STF Gilmar Mendes

DE IMPRENSA MANIPULADORA, MENTIROSA E SEM COMPROMISSO COM O BRASIL.
A verdade é que nunca aconteceram tantas investigações e prisões como no tempo de Lula, ao ponto de colocarem algemas no banqueiro Daniel Dantas, o que comoveu e revoltou a imprensa colonialista e hegemônica, bem como certo juiz e certo senador, que acusaram a PF de escuta ilegal, de grampear Gilmar e Demóstenes. Por causa disso, Lacerda também caiu. Só que o áudio de tal grampo nunca apareceu e a verdade é que aquelas duas figuras da República nunca foram gravadas pela PF de Lacerda e até hoje o bravo e republicano policial nunca recebeu um pedido de desculpas.

FHC, o Neoliberal, é uma farsa, inclusive como intelectual. E o Estadão não pode ser levado a sério.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 04 Sep 2012 03:46 AM PDT



A propósito de um artigo divulgado no PIG (*) em que demonstra seu ilimitado tartufismo e ousa dizer que o Nunca Dantes deixou uma "herança maldita", a presidenta Dilma Rousseff reduziu o Farol de Alexandria às suas mínimas proporções. 

Saiu no Blog do Planalto

RECEBI DO EX-PRESIDENTE LULA UMA HERANÇA BENDITA, AFIRMA DILMA ROUSSEFF EM NOTA OFICIAL  

A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (3), em nota oficial, ter recebido uma herança bendita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma afirmou ter recebido um país com economia sólida, crescimento robusto e inflação sob controle. 

Leia abaixo a íntegra da nota:  

Citada de modo incorreto pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo publicado neste domingo, nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, creio ser necessário recolocar os fatos em seus devidos lugares.  

Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão.  Recebi uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes.  

Recebi um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes.  

Recebi um Brasil mais respeitado lá fora graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional. Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse. O ex-presidente Lula é um exemplo de estadista.  

Não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a história. O passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento. Aprendi com os erros e, principalmente, com os acertos de todas as administrações que me antecederam. Mas governo com os olhos no futuro.  

Dilma Rousseff Presidenta da República Federativa do Brasil
Fonte: Conversa Afiada
De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:480 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
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