segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 24 Sep 2012 03:27 PM PDT
Juíza entra com ação contra autor de samba-enredo sobre o Pinheirinho 
Márcia Loureiro alega que foi pessoalmente ofendida pela música. 
Para defesa do autor, ação visa impedir a liberdade de expressão cultural.

Juíza Márcia Loureiro, da 6ª Vara Cível de São José dos
Campos. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
A juíza Márcia Loureiro, da 6ª Vara Cível de São José dos Campos, ingressou com uma representação criminal por calúnia, difamação e injúria contra Renato Bento Luiz, autor do samba-enredo "Covardia Nacional" (veja a letra abaixo), que foi apresentado no carnaval deste ano na cidade, no bloco "Acorda Peão", que é organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos.

A música faz alusão à desocupação do Pinheirinho ocorrida em janeiro. Cerca de 1.500 famílias foram desalojadas em uma ação da Polícia Militar para reintegração de posse da área que havia sido invadida há oito anos. A área, na zona sul da cidade, pertence ao especulador Naji Nahas.

A ação foi encaminhada pelo Ministério Público para a Polícia Civil, que instaurou um inquérito policial sobre o caso. "Vamos ouvir as partes e também um CD que foi apreendido com o teor exato da música. Assim que concluirmos as investigações, enviamos a ação para o MP que decide se vai ofertar denúncia ou não", explica o delegado Alvaro de Sá.

Na representação criminal, a juíza afirma que foi pessoalmente ofendida pela música e que carros alegóricos do bloco fazem alusão à ela, que foi quem decidiu pela reintegração de posse.

Para o advogado de defesa de Renato, Dênis Lantier, a ação visa impedir a liberdade de expressão cultural. "Ela (a juíza) está tentando censurar a letra do samba. A letra é impessoal e não foi direcionada para a pessoa da Márcia. Essa medida é um ataque à criação carnavalesca", diz.

O autor do samba-enredo deve ser ouvido pela Polícia Civil nesta sexta-feira (21). Já o depoimento da juíza ainda não tem data para acontecer.

O G1 procurou a advogada da juíza Márcia Loureiro nos últimos dois dias, mas até a publicação desta reportagem ela não havia retornado os contatos.

Veja a letra de "Covardia Nacional"

A moradia é um direito constitucional
Atacaram o Pinheirinho, covardia nacional
Alckmin e Cury sujaram de sangue este chão
Promessa de casa é até passar a eleição

Sou vereador da situação
Fiquei quietinho, o Pinheirinho está no chão
Pinheirinho e estudante é um tormento
Se juntaram e derrubaram meu aumento

Desaproprie o Pinheirinho
Dilma vem pra luta agora
Pra mostrar a diferença dos tucanos
tá na hora

Prefeitura e a Justiça
Comando do batalhão
Mete bala em inocente
e liberta o ladrão

É Carnaval e o bandido vai pra farra
gastar a propina do Naji Nahas

Falou Eliana Calmon
Espalha rápido essa droga
Em São José já tem bandido de toga

Vai ter punição, isto é Brasil
Só que ela vem lá em 1º de abril

A moral desta gente não se mede
Dizia Cazuza: a burguesia fede

Share/Bookmark

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 24 Sep 2012 01:32 PM PDT

"Segundo o jornalista, só a bonificação de volume, devolvida pela Globo às agências, explica a distorção entre a audiência real da emissora e sua receita com anúncios

Brasil 247
Num post publicado nesta segunda-feira 24, o jornalista Paulo Henrique Amorim reproduz uma reportagem da Folha de S.Paulo intitulada "Globo perdeu 22% de Ibope, mas triplicou faturamento". Para isso, há uma explicação. Depois de uma conversa com o empresário David Ogilvy, PHA concluiu que, dos R$ 12 bilhões que a Globo fatura, cerca de R$ 1,5 é devolvido ao mercado – os 10% de bônus que ela devolve às agências de publicidade. Ou seja, escreve o jornalista, "se acabar o BV da Globo acaba a indústria de publicidade do Brasil". Leia o texto em seu blog ou abaixo:

Saiu na Folha (*):

"GLOBO PERDEU 22% DE IBOPE, MAS TRIPLICOU FATURAMENTO

KEILA JIMENEZ

Carlos Henrique Schroder assumirá a direção-geral da TV Globo com a missão de estancar a queda de audiência do canal, mantendo o bom faturamento que foi conquistado na década de seu antecessor, Octávio Florisbal.

Nos dez anos em que Florisbal comandou a emissora, de 2002 a 2012, a Globo faturou alto, mas perdeu 22% de sua audiência em rede nacional. Em 2002, a média diária da Globo (das 7h à 0h) no Painel Nacional de Televisão (PNT) era de 22,2 pontos.

De janeiro a agosto deste ano, último período da gestão atual da rede, a média diária foi de 17,4 pontos. Cada ponto equivale a 191 mil domicílios no país.


Nesses dez anos, a participação da Globo nos investimentos publicitários em TV aberta se manteve em 70%, com um adendo importante.

Segundo dados do mercado anunciante, na última década, o faturamento bruto da TV aberta com anúncios passou de R$ 5,65 bilhões (2002) para R$ 18 bilhões (2011).

A Globo, que faturou cerca de R$ 3,9 bilhões em 2002, pulou para R$ 12,6 bilhões em 2011 e já bateu a casa dos R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre de 2012. Os valores são corrigidos pela inflação.

A TV aberta abocanha atualmente 64,8% do total dos investimentos publicitários em mídia no país -a maior fatia da década."

Faltou dizer: a Globo tem 50% da audiência da tevê aberta no Brasil.

Ou seja, com 50% da audiência ela "abocanha", como diz a Folha (*), 70% da verba destinada à tevê aberta.

A tevê aberta "abocanha" 65% do total dos investimentos publicitários do país.

Do tijolinho para vender um Fusca usado em Teresina, Piauí, ao outdoor na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio, ao comercial de 30" na Avenida Brasil."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 17:091 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Sep 2012 01:24 PM PDT





Por Wladimir Pomar*   

O Brasil parece estar atravessando um momento político especial. Há um esforço concentrado dos partidos de direita, de centro e mesmo de esquerda para impor uma derrota ao PT nas eleições municipais, todos já tendo em vista as eleições de 2014. Ao lado disso, ou mais provavelmente articulado a isso, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do chamado mensalão, viram-se na contingência de fazer vista grossa às leis vigentes no país, sobre as quais julgaram casos idênticos precedentes, e de substituí-las por uma jurisprudência corporativa própria.

O exemplo mais emblemático dessa quebra de procedimentos legais foi o julgamento de Luiz Gushiken, antigo dirigente do PT e ministro do primeiro governo Lula. Desde o início considerado inocente das acusações que lhe faziam, na CPI, na polícia e no Ministério Público, por alguma razão que a própria razão parece desconhecer, Luiz Gushiken foi arrolado pelo procurador e pelo relator. Assim, embora reconhecidamente inocente, foi julgado por todos os membros do tribunal, cujo único propósito parece ter sido dar à imprensa a dica para divulgar que ele foi julgado inocente por falta de provas. Na verdade, o correto seria dizer que todas as provas demonstraram sua inocência. O que, no mínimo, coloca a Procuradoria Geral da República, o STF e os órgãos de imprensa diante da possibilidade de um processo de retratação e ressarcimento por danos morais.

Independentemente de se considerar se há ou não réus culpados, fica cada vez mais evidente que esse julgamento não se pauta por parâmetros jurídicos, mas por parâmetros políticos. Ele não se dirige apenas a condenar tais réus. Procura suscitar, politicamente, não apenas a existência de uma organização criminosa incrustada no PT, mas a suposição de que o próprio PT pode ser tal tipo de organização. Não é por acaso que tal figura jurídica, inexistente na legislação brasileira sobre a qual esses réus estão sendo julgados, tenha sido reiterada verbalmente pelo procurador e por alguns juízes, e divulgada deliberadamente na imprensa.

Nessas condições, os petistas que supunham superada a época das lutas de classes, e consolidados os processos democráticos civilizados no país, talvez precisem rever suas ilusões. Eles se encontram em meio a um turbilhão de aspectos políticos de vulto que, mais uma vez, pretendem destruir esse partido, seja fazendo-o mudar sua natureza, seja minguando-o social e politicamente. Exemplos dessas tentativas, na atualidade, podem ser encontrados nos esforços da grande burguesia, apesar do fracasso da experiência neoliberal, em convencer o governo de que qualquer privatização é superior a qualquer intervenção estatal. É lógico que ela não quer que o governo feche os financiamentos estatais a ela. Mas, fora isso, não deseja que o Estado se meta em mais nada, pressionando o PT a aceitar essa situação como irrecorrível.

Além disso, a grande burguesia se empenha em monopolizar todos os projetos apresentados pelo governo. Com isso, na prática funciona como um freio e coloca em risco a redistribuição e renda, um dos programas chave do governo e do PT. Ela também se empenha em provar que o chamado Custo Brasil está associado principalmente ao custo dos salários, procurando desregulamentar a legislação trabalhista e aumentar as taxas de exploração da força de trabalho, procurando fazer com que o PT se volte contra sua própria origem.

Ao mesmo tempo, os representantes políticos da burguesia, não só os da oposição, se esforçam em demonstrar que os problemas relacionados com a infraestrutura e com o fenômeno da desindustrialização resultam da lerdeza e ineficiência dos governos Lula e Dilma, e não da quebradeira provocada pelos governos neoliberais, em especial do período FHC. E, a rigor, os representantes políticos da burguesia, fora e dentro do governo, atuam ideológica e politicamente contra qualquer medida democrática e popular proposta pelo governo, enquanto a grande mídia opera, abertamente, como agência escrachada de propaganda marrom, seguindo à risca a hipocrisia de Demóstenes Torres.

Portanto, a pressão para o PT mudar de caráter, ou simplesmente ser destruído, continua na pauta da burguesia brasileira e aumentou de intensidade. A dificuldade da burguesia consiste em que continua politicamente dividida por não possuir um projeto alternativo comum de desenvolvimento capitalista. A grande burguesia das corporações nacionais e estrangeiras pretende manter seu oligopólio sobre a economia, para impor preços administrados e obter alta lucratividade. Isto, por sua própria natureza, é impedimento ao crescimento dos demais setores burgueses, que pretendem um desenvolvimento que atenda também seus interesses de lucratividade e baixo risco.

Embora estes setores não queiram, ou temam, romper com os setores oligopólicos, essa divisão abre chances para que os trabalhadores e os setores populares e democráticos da sociedade brasileira implantem um projeto de desenvolvimento econômico e social que, embora ainda sob a égide capitalista, expanda os médios e pequenos empresários industriais, comerciais e de serviços, imponha a concorrência aos setores oligopolistas, reforce o setor estatal da economia e, mais do que tudo, gere milhões de empregos para recompor a força social da classe trabalhadora.

Porém, para isso, não basta que a esquerda no governo prepare e procure implantar projetos de desenvolvimento. É fundamental que os discuta com todas as forças populares e democráticas, de modo a criar um apoio social consistente para esse embate crescente.

*Wladimir Pomar é escritor e analista político.

Fonte: Correio da Cidadania  http://www.correiocidadania.com.br
Posted: 24 Sep 2012 01:18 PM PDT


O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo não é um candidato de muito currículo, mas tem história.
Russomano é mais velho do que eu, mas a gente já esteve próximo num certo momento da vida. Ele fazia o programa Circuito Night and Day e eu o Contramão, na TV Gazeta. O programa do qual fui repórter, ia para o ar antes do dele. Eu conheço algumas histórias do atual líder nas pesquisas, mas dando uma googlezada achei outras também bastante interessantes.
Apesar dessa imagem quase heróica que cultiva, Russomano possui uma folha corrida, ops…, um passado complicado. Como o candidato não aceita falar dessas questões, César Tralli que o diga, relaciono abaixo a "folha" do "herói" do consumidor.
Crime de peculato
Em 2008, Russomano foi acusado no STF de peculato, que nada mais é que a apropriação, ou desvio, de recursos públicos em proveito próprio. O candidato do PRB teria desviado verba da Câmara para pagar salário de uma funcionária de sua empresa quando era deputado federal.
O caso chegou ao STF em 2008, mas como Russomano deixou o cargo de deputado em 2010, o processo atualmente tramita na Justiça do Distrito Federal. Testemunhas ouvidas no STF afirmaram que Sandra Nogueira, funcionária do gabinete do então deputado federal Celso Russomano, trabalhava em São Paulo como gerente da produtora de TV de Russomano, a da Night and Day Produções.
Crime de falsidade ideológica
Celso Russomano é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de ter cometido o crime de falsidade ideológica. Para o órgão, o candidato mentiu sobre seu endereço eleitoral para disputar a prefeitura de Santo André em 2000. A lei eleitoral exige que os candidatos morem na cidade onde se vai disputar um cargo eletivo por três meses, antes de solicitar a transferência do domicílio eleitoral.
A acusação contra o candidato do PRB foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho. Após o Supremo receber a denúncia, o processo voltou para a primeira instância, uma vez que Russomano deixou o cargo de deputado federal e não possui mais direito ao foro privilegiado.
Para o Ministério Público, embora tenha afirmado em documento oficial que residia em um apartamento na região central de Santo André, Russomano jamais teria morado no imóvel. A ação é fundamentada no depoimento do porteiro do edifício e no vizinho de porta do apartamento de Russomano. Ambos afirmam nunca terem visto o candidato no prédio.
Outro indício contra Russomano é o consumo de energia do imóvel no período em que ele teria residido no mesmo. O consumo de energia no apartamento foi de zero kWh em dois meses e de 12 kWh em outro, média menor que o consumo mensal de uma geladeira.
Em sua defesa, Russomano apresentou quatro testemunhas. Porém, a promotoria as desqualificou, afirmando que uma era locador do imóvel, outra era filiada ao seu partido e as outras duas disseram tê-lo visto somente uma vez.
CPI do Cachoeira
Reportagem do jornal Correio Braziliense, publicada em julho deste ano, revelou que Russomano teria R$7 milhões em uma conta no exterior operada pela organização de Carlinhos Cachoeira.
Russomano teria recebido este dinheiro quando era deputado federal. De acordo com o jornal, a existência desta conta aparece em um relatório da Polícia Federal enviado à CPI.
Lobby para a Dolly
O empresário Laerte Codonho é o dono da marca de refrigerantes Dolly. Além disso, também é sócio de Celso Russomano na ND Comunicação e Publicidade desde 2007. Os dois se conheceram em 2003, quando Codonho patrocinava o programa 100% Brasil, apresentado por Russomano e exibido pela RedeTV.
Codonho também foi o maior doador para a campanha do candidato nas eleições de 2010, quando concorreu ao governo paulista. Na ocasião, deu R$250 mil para Russomano por intermédio da empresa Tholor do Brasil.
Com todo esse envolvimento, Russomano usou seu mandato de deputado federal para defender o empresário, que foi condenado à prisão por crime contra a ordem tributária.
Em 2004, Russomano apresentou à Comissão de Defesa do Consumidor, na Câmara dos Deputados, o requerimento de número 301, no qual pedia para que fossem investigadas denúncias sobre suposta concorrência desleal da Coca-Cola contra a Dolly.
Codonho armou uma guerra com a gigante multinacional. Acusou a Coca-Cola de espionagem, agressões fiscais e de querer "quebrar" sua empresa. Até funcionário plantado ele disse que a Coca-Cola colocou em sua empresa.
Nessa guerra, Russomano interveio ao defender que a Coca-Cola deveria informar se havia na composição do refrigerante extrato vegetal feito a partir da folha de coca – Codonho alegava que as substâncias derivadas da coca eram usadas e feriam normas brasileiras, além de causarem dependência. "O consumidor final precisa ter o direito de escolher no mercado de consumo o melhor e mais barato. Quero saber também se existe realmente algum derivado (da folha de coca)", disse Russomano na época.
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Codonho e a Rede TV! a pagarem indenização de R$2 milhões por danos morais à Coca-Cola. Cabe recurso.
Bens bloqueados
Em 19 de março deste ano, a Vara da Fazenda Pública de Diadema bloqueou os bens da ND Comunicação, agência de publicidade da qual Celso Russomano é sócio juntamente com o dono da Dolly, Laerte Codonho, já citado no caso acima.
O bloqueio foi pedido pela Fazenda Nacional. Russomano admitiu em entrevista que a ND é devedora da Fazenda Nacional e está no Refis.
Lobby para a Valor Capitalização
Russomano procurou o governo federal em 2004 para defender interesses da Valor Capitalização (empresa controlada pelo Banco Santos), a mesma que um calote em 110 mil pessoas e quebrou pouco depois. A empresa e o banco estão em processo de liquidação judicial.
Então deputado federal, Russomano pediu à Advocacia Geral da União (AGU) um "parecer técnico" sobre a proposta da Valor Capitalização para que os bingos, fechados em fevereiro de 2004, pudessem vender títulos de capitalização.
Russomano alegava que essa era uma maneira de ocupar os imóveis que ficaram ociosos com o fim dos bingos e dar emprego a seus ex-funcionários. Porém, no caso da Valor Capitalização, seria uma maneira de ampliar suas receitas e salvar o negócio.
O pedido foi rejeitado por consultores do Ministério da Fazenda que examinaram o caso a pedido da AGU. Na época da proposta de Russomano, a Valor Capitalização era alvo de reclamações de investidores que consideravam-se lesados. Em 2004, a empresa acumulava 186 processos nos Procons e 1.957 na Justiça.
Passagens aéreas com dinheiro público
Celso Russomano, na época em que era deputado federal, utilizou sua cota parlamentar de passagens aéreas para levar seus familiares em viagens ao exterior. Segundo o relatório de passagens fornecidas para o gabinete do ex-deputado, entre 2007 e 2009, foram emitidos oito bilhetes de sua cota parlamentar para familiares do ex-deputado.
De acordo com informações do jornal O Estado de S.Paulo, em 2007, foram emitidos dois bilhetes de ida e volta para Nova Iorque em nome da filha do ex-deputado, Luara Russomano. O valor para cada trecho foi de R$2.373,00. A filha de Russomano realizou um programa de intercâmbio nesse ano.
Já em 2008, foi emitido um bilhete em nome da esposa do ex-deputado, Lovani Russomano. O bilhete teve como destino Montevidéu e custou R$1.281,14 aos cofres públicos. Na época, Russomano integrava o Parlasul (Parlamento do Mercosul) e realizava viagens frequentes ao Uruguai para sessões.
No período da emissão de passagens da cota parlamentar para familiares de Russomano, a Câmara não tinha regulamentação específica para a emissão dos bilhetes. Em 2009, o escândalo conhecido como a "farra das passagens" estourou e atingiu 261 dos 513 deputados federais. Pressionada pela repercussão negativa do caso, a Câmara instituiu uma regra que determinou que as passagens só podem ser emitidas para os deputados ou para funcionários de gabinete.
Difamação
Em julho de 2011, Russomano foi condenado a pagar R$100 mil ao ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, em primeira instância.
O candidato havia declarado ter presenciado a prisão do engenheiro, em junho de 2010, por suspeita de receptação de uma joia roubada, e disse ainda que Paulo Preto portava dinheiro nas meias. Afirmou também que a delegada do caso "estava sofrendo a maior pressão" de autoridades para liberá-lo, o que ela negou em depoimento.
Rádio ilegal
Russomano foi acusado, em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de operar uma rádio em Leme, cidade do interior paulista, sem a devida concessão do Ministério das Comunicações.
À Justiça Eleitoral, o candidato declarou ser o dono da rádio Rede Brasil. Porém, a concessão pertence a uma empresa de Cametá, cidade do interior do Pará. A concessão foi destinada pelo Ministério das Comunicações à empresa Amazônia Comunicações, registrada em nome de um médico de Cametá, João Batista Silva Nunes.
O Ministério das Comunicações afirmou que não existe nenhum processo de transferência da concessão da Amazônia para a Rede Brasil.
Advogado sem OAB
Apesar de se apresentar como "advogado", Russomano não passou no exame da OAB. O candidato é bacharel em Direito pelas Faculdades Integradas de Guarulhos, mas não é advogado, uma vez que ele não passou no exame da Ordem, necessário para obter o registro que autoriza o exercício da profissão. Em 1988 ele foi processado pela OAB por exercício ilegal da profissão, o que configura crime.
Aliciamento de clientes
Celso Russomano também foi denunciado na OAB pela prática de aliciamento de clientes. A denúncia foi motivada por anúncios do Plantão Jurídico veiculados na televisão.
Russomano mantinha o serviço "Plantão Jurídico", pelo sistema 0900, em que oferecia pessoalmente pelo telefone uma "orientação de seus direitos". O serviço custava R$3,95 por minuto. Ainda que Russomano fosse advogado, a captação de clientes por meio de anúncios é ilegal.
Acusação de suborno
Durante a CPI do Narcotráfico, em 1999, o motorista Adilson Frederico Dias Luz acusou Russomano, sub-relator da comissão, de tentar suborná-lo. O objetivo, de acordo com Adilson, era que ele acusasse o advogado Artur Eugênio Matias.
O motorista afirma ter acusado o advogado em troca de sua liberdade. Na época, a OAB/SP comunicou o fato às corregedorias do Tribunal de Justiça e do Ministério Público de São Paulo.
Caso Inadec
No último mês de seu mandato como deputado federal, em 2010, Russomano tentou direcionar R$1,1 milhão ao Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec), entidade presidida por ele, por meio de emenda no Orçamento.
O deputado havia destinado a emenda para o Inadec com o argumento de que não seria mais deputado em 2011, quando o Orçamento seria executado e por isso não via irregularidade na emenda. A Lei de Diretrizes Orçamentárias proíbe que o parlamentar destine verbas para instituições que comanda.
Descoberta a manobra, Russomano remanejou metade dos recursos para o Instituto do Coração (Incor) e a outra metade para a Faculdade de Medicina da USP.
Ou seja, Russomano tem, digamos, muito a explicar. Como um outro candidato quer tem um livro todo dedicado a ele. Um certo livro cujo título é A privataria tucana.
Renato Rovai
No Blog Limpinho & Cheiroso


Posted: 24 Sep 2012 12:17 PM PDT


Não sei se a campanha de Haddad entrou na Justiça (e se entrou não deu em nada), mas a campanha política em São Paulo entrou numa fase 2 das campanhas eleitorais no país, a do descaramento total. Música tema da novela de maior audiência da emissora ser usada como jingle de campanha do Serra impunemente é prova de que vieram para o tudo ou nada.

A novela entra em seguida ao horário eleitoral, e, toda vez que o incauto telespectador da novela ouve a musiquinha, linka imediatamente com a campanha do mais rejeitado de São Paulo, o candidato da continuidade do governo Kassab (o pior prefeito do Brasil, que diz que aprendeu a governar com Serra) , o candidato que não cumpre o que fala nem o que assina.

Se fosse apenas isso, já seria um escândalo. E só não é porque a mídia em peso apoia Serra, que além de defender o liberou geral do capitalismo tem sempre um pacote de bondades para a mídia corporariva, com assinaturas de jornais e revistas, doação de terrenos públicos para a Rede Globo, (terreno seu, paulistano, que além de ser doado à Globo ainda virou escolinha de porcalismo dela), e, agora, mais recentemente, pacotes de livros, apostilas e outros "materiais didáticos" comprados para os milhares de alunos da rede pública - as bondades PIGáticas.

Mas a parceria Rede Globo- José Serra vai além, segundo notícias que tenho recebido de amigos da capital paulista, e que me chegam também por e-mail, como o que republico abaixo, sem alterações:


A Globo vem fazendo coincidir, por exemplo, propaganda do estado sobre expansão do metro, em seguida a propaganda do Serra falando sobre o mesmo assunto, propaganda do TSE falando da ficha limpa, em seguida propaganda do serra vc vota, ele volta...não acha muita coincidência?
O SPTV, jornal nas duas edições, passa o Serra sempre cercado por muita gente, dá até pra duvidar da rejeição recorde, agora a noite, a reporte disse que ele foi recebido por 4000 professores, mostra o Chalita sempre muito simpático (pra tirar os votos q poderiam ir pro PT) e o Haddad sempre parecendo sozinho e abandonado, fora as matérias sempre enaltecendo São Paulo em em relação a prefeitura e ao estado, mas isso ela faz o tempo todo, até claro o PT ganhar a eleição.
Por favor observem e tomem as medidas cabíveis, se ela ficar a vontade, vai deitar e rolar.
Eu respeito muito o seu trabalho.
Obrigada!

Amigos de São Paulo confirmam essa denúncia?



Posted: 24 Sep 2012 12:11 PM PDT
Agora é a criminalização de Dilma? 
PAULO MOREIRA LEITE 

Muitas pessoas ficaram surpresas quando Joaquim Barbosa mencionou Dilma Rousseff no Supremo. Para reforçar a ideia de compra de votos, Joaquim citou um depoimento em que Dilma se confessou surpresa com a rapidez com que o Congresso aprovou o novo marco regulatório de energia elétrica.
A mensagem do voto do ministro, exaustivamente repetida pelas emissora de TV, tem um elemento malicioso.
A "surpresa" de Dilma seria, claro, era uma prova do mensalão. O ministro não disse, mas permitiu que todos ouvissem: sem o mensalão, o marco regulatório não teria saído com a rapidez que surpreendeu a ministra-presidente.
A resposta do Planalto, em nota oficial, foi rápida. Responsável pelas negociações do marco regulatório ocorridas no Senado, Aloizio Mercadante também se manifestou.
O fato é que essa insinuação me parece uma consequência lógica da visão que Joaquim Barbosa está imprimindo ao julgamento.
Ele acredita que encontrou crimes até onde não é possível demonstrar que tenham ocorrido.
Falando com franqueza: para entender a "surpresa" revelada pela ministra, não é preciso enxergar tudo com malícia. É preciso considerar o chamado contexto. Pensar em política como o exercício humano e insubstituível de negociar, avançar e ceder.
No início do governo Lula, a oposição tucana fazia o possível para criar problemas para os petistas, em várias áreas. Mesmo na Previdência, onde o PT deu continuidade a uma reforma planejada por FHC, o PSDB fingia que nada tinha a ver com o assunto. Queria dar o troco para Lula, criando dificuldades artificiais, como a antiga oposição lhe fizera. Mostrar boa vontade com iniciativas de Lula, naquele momento, era mostrar-se fraco e adesista diante de seus eleitores. Era quase uma traição perante cidadãos que haviam dado seu voto para candidaturas tucanas só por amor à causa, quando todo mundo sabia que não tinham a menor chance.
O marco de energia era especialmente delicado por uma razão política conhecida. No segundo mandato de FHC, a falta de energia impediu a retomada de crescimento econômico, submetendo os brasileiros a um vexame inesquecível de racionar o uso de energia num país com todo esse potencial elétrico que todos nós sabemos.
A surpresa vem daí. Depois de blefar e ameaçar, os tucanos também concordaram em votar com o governo na sala de Mercadante.
A política é assim. Não é engenharia. Não é equação matemática. Inclui dissimulação, esperteza, ações dissimuladas. Não é contabilidade.
Pode incluir a corrupção — como acontece em vários lugares, o que levou a Eliane Calmon a querer saber até o que acontecia na Justiça.
Mas é preciso apurar, investigar e esclarecer. No caso de crime, apurar, ouvir as partes e acusar. É errado apenas mencionar, não é mesmo?
Respeito Joaquim Barbosa. Conheço seus títulos e sua formação. Acredita no que fala e diz. Mesmo quando discordo, devo admitir que está longe de fazer denuncias "mequetrefes", para empregar um termo que se tornou obrigatório no julgamento.
Mas eu acho que essa insinuação fora de lugar não ocorre por acaso.
A menção a Dilma foi apenas uma manifestação – um pouco exagerada, digamos – de uma atitude típica de um julgamento que avança numa imensa carga de subjetividade.
Várias vezes, Joaquim falou que é preciso examinar o contexto da denúncia, o contexto da ação dos acusados e assim por diante. Mas não considerou o contexto do apagão, este evento gigantesco, demolidor, humilhante para um país e sua população.
Imagino que, tecnicamente, o nome Dilma era uma menção até desnecessária. Tenho certeza de que num inquérito de milhares e milhares de páginas seria possível encontrar exemplos equivalentes e até mais enfáticos. Tenho certeza de que é possível demonstrar que houve compra de votos, em alguns casos, e apenas apoio político a um aliado, em outros.
A diferença é que nem sempre estes casos envolviam uma autoridade que, de ministra passou a presidente da República.
Politizando a justiça, pode-se dizer que a citação a Dilma jogou o julgamento para …2014.
O voto de Joaquim Barbosa, mais uma vez, foi aos telejornais. Foi repetido, reprisado…Sabe o que aconteceu?
Salomão Shwartzman, radialista e jornalista muito experiente, já lançou um comentário dizendo que o PSDB deveria convidar Joaquim para disputar a presidência da República.
Tudo é política. Mesmo o que não parece.
Na biografia de José Alencar, Eliane Cantanhede descreve o encontro entre Lula e seu vice, José Dirceu e Waldemar Costa Neto, onde se debate uma aliança política e a consequente coleta de recursos financeiros. Se fosse hoje, alguém mais afogado que estavam combinando um assalto.
Mas a descrição deste acordo político de campanha é tão bem feita, tão clara, que os advogados de Delúbio Soares incluíram vários parágrafos sobre o "rachuncho"—a expressão, bem humorada, é de Eliane – nas suas alegações finais de seu cliente.
Sabemos que a criminalização da política tornou-se parte da estratégia da acusação para condenar o maior número possível de acusados. Vamos combinar que ajuda a sustentar a tese de que não havia recursos para campanha eleitoral – mas compra de votos no Congresso.
Admito que eles simplesmente não conhecem os fatos que estão julgando, não tem familiaridade com o mundo das tratativas e negociações e acham tudo suspeito, estranho…
Considerando a baixa credibilidade dos políticos, apostar que todo mundo é ladrão pode ser uma vulgaridade – mas é uma forma de garantir, com facilidade, apoio popular a medidas que podem ser justas ou arbitrárias.
Minha experiência com a humanidade permite dizer que já tive contato com momentos de grandeza, coragem, solidariedade. Também tiver a infelicidade de testemunhar imensas baixezas.
Mas não me lembro de ter visto relatos – nem em ficção – de repulsa a linchamentos.
Acabo de ler a notícia de que alguns procuradores já estão preocupados com o indulto de Natal dos réus do mensalão. É assim: dando de barato que eles serão condenados, o que parece cada vez mais provável, a preocupação agora é impedir que passem o Natal com a família… Mais um pouco e teremos de acionar a Comissão da Verdade, que investiga crimes cometidos por representantes do Estado contra direitos humanos, para ver o que está acontecendo em nossa democracia…
É justiça, isso? Ou é vingança?
Como já disse aqui, eu acho que o mensalão produziu delitos de todo tipo. Também acho que havia caixa 2 e dinheiro publico desviado. São crimes diferentes, que a legislação trata de forma diferente porque lá atrás aquele personagem oculto e onipresente que os advogados chamam de O Legislador entendeu que era assim.
Ao ignorar as diferenças, quem perde é a democracia.

Share/Bookmark

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 24 Sep 2012 12:04 PM PDT

"O apoio do ex-presidente Lula foi determinante para eleger Dilma sua sucessora, mas tem se revelado insuficiente para deslanchar as candidaturas petistas e de aliados nestas eleições municipais. Cientistas políticos ouvidos por Carta Maior, porém, não creditam o fenômeno a uma potencial queda na sua popularidade. Apesar da postura ideológica da mídia na cobertura do julgamento do "mensalão" e da tentativa da Veja de envolvê-lo no escândalo, Lula segue como o político mais influente do país e, por consequência, um cabo eleitoral disputadíssimo.

Najla Passos e Vinicius Mansur, Carta Maior
Há apenas dois anos, o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi determinante para eleger Dilma Rousseff sua sucessora. Hoje, entretanto, seu capital político tem se revelado insuficiente para deslanchar as candidaturas petistas e dos partidos aliados. Há poucos dias das eleições municipais, o cenário ainda opaco faz com que cientistas políticos ouvidos por Carta Maior divirjam sobre os motivos do fenômeno.

Há quem ressalte o impacto do julgamento do "mensalão" que, há 50 dias, impõe um desgaste continuado à imagem do PT. E quem atribua essa conta à dinâmica própria dos pleitos municipais. O que ninguém questiona é que, apesar da tentativa da revista de maior circulação no país, a Veja, de tentar envolver o ex-presidente com o escândalo em pauta na mais alta corte brasileira, Lula permanece como o político mais influente do país e, consequentemente, um cabo eleitoral disputadíssimo.

"A influência de Lula é positiva, mas não determinante", avalia o cientista político João Paulo Peixoto, da Universidade de Brasília (UnB). Ele não desdenha a capacidade do ex-presidente de transferir votos para os candidatos que apoia, mas relativiza esses efeitos nas eleições municipais, principalmente com o cenário de desgaste continuado do PT, em função do julgamento do "mensalão", em curso há 50 dias no Supremo Tribunal Federal (STF).

Para ele, o impacto do julgamento é forte nos grandes centros urbanos, especialmente onde a polarização entre PSDB e PT é acentuada, como em São Paulo, menor nos municípios onde o partido apresenta candidatos muito fracos ou não possui candidaturas próprias, como é o caso do Rio de Janeiro, e bem menos expressivo nas pequenas cidades. "O julgamento já está impactando nas eleições e, se os ministros mantiverem a tendência de condenações, se evidenciará ainda mais, à medida em que os quadros políticos mais expressivos sejam afetados", comenta."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:380 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Sep 2012 11:59 AM PDT

"Ex-ministro de FHC diz no Twitter que julgamento no STF não pode ser pretexto para 'condenar um partido de esquerda e seus líderes'

Redação, Rede Brasil Atual
O economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, ministro nos dois mandatos do governo FHC (1995-2002), afirmou hoje (21) em sua conta no Twitter que condenar réus com base em indícios ao invés de provas "é uma violência contra os direitos civis e a democracia".
Ele se referia ao julgamento do chamado "mensalão" no STF e aos argumentos usados até agora pelo relator Joaquim Barbosa para pedir a condenação dos acusados. Na avaliação de Barbosa, indícios são suficientes par determinar a culpa dos réus.
"O risco que o Supremo corre no julgamento do Mensalão é o de se deixar influenciar por uma opinião pública tomada pela emoção. É preciso jamais não esquecer que a aplicação da justiça em termos emocionais é linchamento", disse ele numa série de posts.
Depois, concluiu: O objetivo do julgamento do Mensalão é nobre, mas não pode ser o pretexto para condenar um partido político de esquerda e seus líderes. O Mensalão foi um grande erro, foi uma violência à democracia, mas erros não justificam outros erros contra essa mesma democracia".  

Enviada por: Nogueira Junior/ 10:420 Comentários
 Do Blog BRASIL! BRASIL!
Posted: 24 Sep 2012 04:19 AM PDT

Lula deveria ter respondido?
Diário do Centro do Mundo

Achei que era óbvio, mas pelo visto não era.

Lula não poderia ter respondido a Marcos Valério. Não em circunstâncias normais, e muito menos quando o próprio Marcos Valério nega que tenha dito o que dizem que ele disse.
Lula teria sido muito bobo se chancelasse o jogo do "disse-que-teria-dito", e isso ele não é.
Qualquer pessoa razoavelmente inteligente, ou que não sendo tenha um advogado por perto, não responderia. O que quer que Lula dissesse apenas daria mais balas a quem deseja fuzilá-lo.
O debate em torno de Lula ultrapassou, já há muito tempo, os limites da racionalidade. Instalou-se, na grande imprensa, um vale-tudo em que o bom jornalismo não quer simplesmente dizer mais nada.
Uma suposta denúncia de um conhecido vigarista ganha instantaneamente status de verdade absoluta e indiscutível para quem é contra Lula. Uma palavra que qualquer jornalista mediano colocaria sob suspeição, dada a fonte despida de qualquer credibilidade, acaba – por obtusidade cínica ou má fé córnea, para usar a grande expressão de Eça de Queiroz – se transformando no equivalente a um verso do Corão para um muçulmano praticante.
Tenho para mim que Lula faz bem, de resto, em não tornar ainda mais tenso o ambiente político brasileiro. (Se é verdade que Rui Falcão anda criticando pesadamente a mídia, alguém deveria serená-lo.)
Em dois países vizinhos, existe um quadro parecido. Governos de esquerda são massacrados, na Venezuela e no Equador, pela mídia estabelecida. Não importa que Rafael Correa, do Equador, tenha vencido duas eleições: um comentarista auto-exilado em Miami o chamada de "Grande Ditador". Nos dois casos, os presidentes têm reagido com fragor. Chávez, na Venezuela, é xingado e xinga, bem como Correa.
No Brasil, se a mídia age à maneira da imprensa venezuelana e equatoriana, a diferença está na atitude primeiro de Lula e agora de Dilma. Eles não estão reagindo aos ataques, e isso é bom para o Brasil e os brasileiros. De outra forma, a sociedade viveria sob uma uma atmosfera irrespirável.
Sequer na sombra surgem retaliações. Leio que a verba publicitária em 2011 do governo para a Globo – que astutamente, aspas, finge objetividade enquanto só dá voz e colunas a quem é visceralmente anti-Lula – foi de 50 milhões de reais. Para a Carta Capital, sempre atacada por ser chapa branca, restou um fragmento: 100 mil reais.
Não seria bom para ninguém se Lula ou Dilma agissem como Chávez ou Correa. Os que querem se livrar de Lula a todo preço deveriam respirar fundo e lembrar que ele tem um apoio extraordinário entre os brasileiros. Collor foi chutado sem reação, por não ter base nenhuma, mas se o mesmo acontecesse a Lula o cenário seria diferente.
Me parece às vezes que é aquele caso do garoto que vai provocando um outro, e mais, e mais, porque não encontra reação. Toma a prudência por medo, e excede na insolência até que um dia as coisas realmente se complicam. Gostaria de ver tanto destemor , aspas, se vivêssemos sob uma ditadura. Basta ver o comportamento da Globo de Roberto Marinho sob os militares para ver onde vai parar tamanho ardor. Saem os Jabores e entram os Amarais Netos, ao sabor das circunstâncias.
Quem quer ver Lula e o PT fora do poder – um direito legítimo de qualquer cidadão — tem que trabalhar duro: conquistar a simpatia da maioria dos brasileiros, mas não com truques baixos porque a voz rouca das ruas não é idiota, e ganhar nas urnas.
Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

Share/Bookmark

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 24 Sep 2012 04:14 AM PDT

"A frase é de Roberto Jefferson, insatisfeito com a reportagem deste fim de semana da revista, que sugere que ele receba o perdão judicial pela delação que fez

Brasil 247
Neste domingo, às vésperas de ter sua sentença definida pelo Supremo Tribunal Federal, Roberto Jefferson, presidente do PTB, se dedicou a postar em seu blog. Negou o papel de dedo-duro e disparou ataques contra a revista Veja, que, nesta semana, publicou reportagem sugerindo que ele poderá receber o perdão judicial, numa espécie de delação premiada. "Já já o Civita morre, depois de ter vivido uma vida apodrecida, e, finalmente, o controle editorial da "Veja" muda e, quiçá, muda para melhor", escreveu. Leia os posts de Jefferson:

Is com pingos, alhos sem bugalhos
O STF inicia o julgamento das acusações feitas contra mim. E a mídia entendeu que tal era um sinal verde para matérias (pouco) jornalísticas nas quais sou chamado de "delator" do mensalão. Delator é ex-carequinha que, com o rabo entre as pernas, negocia escondido em gabinetes de promotores e faz chantagens com o que, quiçá, sabe. Não sou delator, pois não sou quadrilheiro, crime que sequer foi-me imputado. Sou quem fez uma denúncia política, a céu aberto no foro próprio, o Congresso. Delator, uma vírgula! Tudo o que eu fiz foi falar a verdade!


O que espero 
Repito aqui o que tantas vezes já falei à imprensa, mas que muitas vezes tem o dom de esquecer as palavras que não quer ouvir para dizer as ilações que vendem mais: a minha denúncia foi política, no Congresso Nacional, do qual era membro e no qual sempre atuei e sempre honrei os votos que me foram confiados. O Judiciário não me pertence, como também não pertence a ninguém que não seja juiz togado com ilibado e reconhecido saber jurídico. O Judiciário tem os fatos, tem as provas, tem minhas palavras e com elas pode fazer o que achar melhor. Bem porque os fatos, as provas e as palavras não vão a lugar nenhum e não pertencem a mais ninguém, nem mesmo a mim. Agora só me cabe esperar ser julgado pelo que fiz e como o fiz. É o que deve ficar sob o olhar dos ministros do Supremo Tribunal Federal."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 20:440 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Sep 2012 04:11 AM PDT


Altamiro Borges, Blog do Miro

"As eleições municipais de 2012 ingressam nas suas duas semanas decisivas. No passado, muitas pesquisas "científicas" caíram no ridículo na reta final das disputas eleitorais. E muitos jornalões e emissoras de tevê também tiveram que engolir a língua com seus prognósticos. Tanto os institutos de pesquisa como a mídia não são neutros. Tem interesses, comerciais e políticos, nestas batalhas. No caso atual, a mídia insiste na tese de que as forças de esquerda serão as grandes derrotadas. É mais torcida do que análise séria!

O jornalista Fernando Rodrigues, da Folha, não esconde sua antipatia pelas forças de esquerda, em especial ao PT. Mas, pelo menos, ele procura trabalhar com dados concretos – diferente de outros "calunistas", que trocaram o jornalismo pela militância demotucana. Em artigo publicado ontem (22), ele mesmo constatou que o PT mantém sua força nas eleições deste ano. Com base nas últimas pesquisas, ele apontou que o partido do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma poderá eleger sete prefeitos em capitais."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 22:590 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
You are subscribed to email updates from BLOG DO SARAIVA
To stop receiving these emails, you may unsubscribe now.
Email delivery powered by Google
Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610



--
Francisco Almeida / (91)81003406

Nenhum comentário:

Postagens populares