sexta-feira, 25 de maio de 2012

Via Email: SARAIVA 13



---------- Mensagem encaminhada ----------
De: BLOG DO SARAIVA <anavirgilio@uol.com.br>
Data: 25 de maio de 2012 21:10
Assunto: SARAIVA 13
Para: francisco.marajo@gmail.com



SARAIVA 13


Posted: 25 May 2012 04:59 PM PDT

Geraldo Brindeiro e Roberto Gurgel - Algumas pessoas acreditam que existe a "maldição da gaveta" na PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA.  

A matéria é do JB
Senador vai aprofundar denúncias contra ex-procurador-geral de FHC


Para aprofundar as denúncias feitas ao escritório de advocacia do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, de envolvimento com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, o senador Pedro Taques (PDT-MT) cancelou a sua participação nesta sexta-feira, no X Simpósio Nacional de Direito Constitucional, no Teatro Guaíra, em Curitiba (PR), promovido pela Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConst). 

A quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira mostra que o escritório de Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso. 
De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), que analisou laudo de perícia financeira constante no inquérito que investiga o contraventor e seus comparsas, o escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados recebeu o montante em cinco parcelas, a maior delas de R$ 76 mil. 
Brindeiro foi procurador-geral da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Criticado por não dar sequência a investigações de grande repercussão, ganhou o apelido de "engavetador-geral da República".


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Do 007BONDeblog.

Posted: 25 May 2012 03:56 PM PDT

A revista CartaCapital mostra como o sargento Dadá, considerado braço direito de Cachoeira, negociou com o diretor da sucursal da revista Época em Brasília, Eumano Silva, a publicação de informações contra a empresa Warre Engenharia, uma concorrente da empreiteira Delta em Goiás. 
A versão impressa da revista também mostra a interlocução entre o vice-presidente Michel Temer e a cúpula das Organizações Globo, em torno da CPI do Cachoeira.

Nesta semana, o advogado de Dadá informou à CPI do Cachoeira que o trabalho do araponga era "abastecer veículos de comunicação", e que "é notório que o interesse de Cachoeira era usar essas informações no mundo dos negócios".
A negociação entre Dadá e o jornalista da Época foi flagrada em interceptações telefônicas da Polícia Federal. CartaCapital teve acesso a cinco ligações telefônicas entre os dois.

Procurada, a direção da revista Época disse não saber que os emissários integravam a quadrilha de Cachoeira. A PF interceptou também conversas do grupo com o repórter Eduardo Faustini, da TV Globo, para uma reportagem sobre compra de votos para prefeito numa cidade do interior. A reportagem não foi ao ar, segundo Faustini.

Confira as gravações abaixo:

1ª ) Eumano Silva diz para Dadá "muito boa, aquela história", se referindo às informações sobre a Warre Engenharia, do empresário Paulo Daher, que atropelou os interesses da Delta, em Goiânia (GO). Silva adianta, naquele dia, que o Jornal Nacional vai falar dos grampos da Operação Voucher, no Ministério do Turismo. Ele estava com medo de a história da Warre, passada com exclusividade para a Época, vazasse no telejornal da TV Globo, o que não ocorreu:
 


2ª) Eumano Silva fala com Dadá sobre o que saiu no Jornal Nacional, comenta do grampo de Frederico da Silva Costa, ex-secretário-executivo do Ministério do Turismo e comemora que não "apareceu o nosso assunto", justamente a parte da Warre. "Tamo (sic) indo bem, até agora não se falou naquela firma (Warre)". Aí, Dadá especula que "devem falar depois que vocês (revista Época) fizerem (a matéria)". Silva diz que já foi tudo mapeado da Warre, e que foi tudo "encaminhado". E se despede de Dadá: "Tamo (sic) junto, amigão. O que tiver aí a gente chuta para você":



3ª) Dadá diz a Eumano Silva que "aquele povo lá", referindo-se à Warre, construiu um aeroporto subfaturado (?) no Ceará. Mais um esforço de Dadá para plantar novas informações contra a Warre em favor da Delta:


4ª) Eumano Silva avisa a Dadá que um post no Twitter do jornalista Ronaldo Brasiliense avisava da possibilidade de a Delta aparecer no escândalo do Ministério do Turismo. Isso demonstra que ele sabia do interesse do araponga em proteger a Delta. Esse é o único áudio em que Silva liga para Dadá, e não o contrário:
 

5ª) Dadá parece estar com a matéria da Época contra a Warre na mão e comenta que "o nosso contato", provavelmente Cláudio Abreu, da Delta, disse que eles (a matéria é assinada por quatro repórteres) "foram na ferida certinha". Silva, contudo, se ressente por conta da falta de repercussão da matéria da Época, porque naquele mesmo fim de semana a revistaVeja tinha publicado uma reportagem de capa contra o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi:

6ª) Dadá fala que vai encontrar "com a pessoa" mais tarde, provavelmente, Cláudio Abreu, da Delta:
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 25 May 2012 03:42 PM PDT
No dia 10/08/2011 às 19:39hs, o araponga Dadá, do esquema Cachoeira, teve um telefonema interceptado pela Polícia Federal, durante as investigações da Operação Monte Carlo.

Do outro lado da linha, uma pessoa identificada como "Doni" no relatório, agradecia uma informação passada por Dadá, e confirmava que o "Jornal Nacional" iria falar sobre o grampo:


Cerca de 15 minutos depois, Dadá ligou para o ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu, dizendo que "o grampo" iria sair na Globo.


Logo mais, naquela noite, entrava no ar a edição do Jornal Nacional, mostrando o grampo:

http://goo.gl/ARvs3
Após o fim do telejornal, Dadá liga novamente para Doni às 21:56hs, e comentam sobre o diálogo acima:


Como no relatório só tem o resumo dos diálogos, falta a transcrição completa para elucidar mais detalhes. Mas já tem informação suficiente para indicar que o esquema Cachoeira, através do araponga Dadá, abasteceu o Jornal Nacional com grampos sigilosos da Polícia Federal.

Uma das funções de Dadá, dentro do esquema Cachoeira, era obter informações sobre operações policiais, segundo o inquérito.

Quem é Doni?

Não há nenhum DONI identificado na redação do Jornal Nacional, mas talvez o diretor de jornalismo no DF, Mariano BONI, pudesse ajudar a esclarecer quem é.

Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 25 May 2012 03:37 PM PDT
Reportagem da edição desta semana de CartaCapital, nas bancas a partir de sexta-feira 25, revela como o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira plantou notícias também em veículos das Organizações Globo para fragilizar adversários. É um exemplo de como a quadrilha abastecia jornalistas investigativos por meio de arapongas para sedimentar seus interesses. Assinada por Leandro Fortes, a reportagem mostra também como o vice-presidente Michel Temer se tornou, desde o início da crise, interlocutor do Planalto com cúpula das Organizações Globo.

CartaCapital mostra como Idalberto Matias Araújo, o Dadá, considerado o braço direito de Cachoeira, negociou com o diretor da sucursal da revista Época em Brasília, Eumano Silva, a publicação de informações contra a empresa Warre Engenharia, uma concorrente da empreiteira Delta em Goiás. Por causa da reportagem plantada pelo grupo ("O ministro entrou na festa"), a Warre figurou na lista de suspeitas da Operação Voucher da Polícia Federal, que mais tarde resultou na queda do então ministro Pedro Novais (Turismo). A Warre acabou sendo inocentada.

Cachoeira era uma espécie de sócio oculto da construtora Delta, empresa para a qual seu grupo fazia lobby.

A revelação sobre as relações entre o grupo do bicheiro e a revista acontece na mesma semana em que Leonardo Gagno, advogado de Dadá, informou à CPI do Cachoeira que o trabalho do araponga (e de seu colega Jairo Martins de Souza) consistia em "abastecer veículos de comunicação", e que "é notório que o interesse de Cachoeira era usar essas informações no mundo dos negócios".

Leia também:
Os valores éticos da Globo mudaram?
A Veja quer censurar a internet?
Mino Carta: a Veja e as trevas

A negociação entre Dadá e o jornalista da Época para a publicação de textos de interesse da Delta foi flagrada em interceptações telefônicas da Polícia Federal. CartaCapital teve acesso a cinco ligações telefônicas entre os dois.

Na primeira delas, Eumano Silva diz para Dadá "muito boa, aquela história", se referindo às informações sobre a Warre. Pertencente ao empresário Paulo Daher, a Warre atropelou os interesses da Delta em Goiânia (GO). Silva adianta, naquele dia, que o Jornal Nacional iria falar dos grampos da Operação Voucher. Ele estava com medo que a história da Warre, passada com exclusividade para a Época, vazasse no telejornal da TV Globo, o que não ocorreu. No quarto áudios, Eumano Silva liga para Dadá avisando-o da possibilidade de a Delta aparecer no escândalo do Ministério do Turismo, o que comprova que o jornalista sabia exatamente a quem interessava a divulgação das denúncias contra a Warre.

Procurada, a direção da revista Época disse não saber que os emissários integravam a quadrilha de Cachoeira. A PF interceptou também conversas do grupo com o repórter Eduardo Faustini, da TV Globo, para uma reportagem sobre compra de votos para prefeito numa cidade do interior. A reportagem não foi ao ar, segundo Faustini.

Confira as gravações no site de CartaCapital.
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Do Blog TUDO EM CIMA.

Posted: 25 May 2012 03:34 PM PDT
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Do Blog do Miro - 24/5/2012
Por José Dirceu, em seu blog:



A frase-título acima, na realidade uma brincadeira de Altamiro Borges, um dos principais ativistas da rede, diretor do Barão de Itararé e um dos organizadores do evento, tem muito de verdade. Não faltam exemplos do papel fundamental – e revolucionário – da blogosfera atualmente na comunicação brasileira.

Na véspera do III Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que começa amanhã em Salvador, Miro encontrou um espaço na sua agenda às vésperas do encontro para nos contar o que estará em questão durante a realização deste III BlogProg. Acompanhem a entrevista.

Dirceu - Miro, o que há de novo nas discussões deste ano?

Miro - A blogosfera está provocando ataques de úlcera em muita gente. A força da rede aumentou muito e, em contrapartida, os ataques contra nós, também. Isso só comprova que a blogosfera incomoda muita gente. Por isso, esta terceira edição terá como foco a defesa da blogosfera e da liberdade de expressão.

Dirceu - Quais são as principais ameaças hoje?

Miro- A blogosfera passou a receber muitos ataques. Basta ler a edição da semana retrasada da revista Veja que só faltou pedir censura abertamente na internet. O ódio contra a blogosfera está expresso nos editoriais como o de O Globo, nas colunas dos jornais e na fala dos comentaristas nos programas de TV. O sinal para nós é claro: a blogosfera está, sim, incomodando muita gente.

Chamo a atenção, ainda, para um outro aspecto. O processo de judicialização da censura. Os jornalistas Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif, por exemplo, respondem a dezenas de processos. Perseguições locais também ocorrem com blogueiros que não são tão conhecidos como ambos, mas estão lá, no dia a dia, na luta. Vejam o caso do Gusmão no interior da Bahia, do Esmael Moraes no Paraná, do Lúcio Flávio no Pará.

Nós vamos, inclusive, fazer uma homenagem ao blogueiro Edinaldo Figueira. Petista e presidente do diretório municipal do PT em Serra do Mel, ele foi assassinado com três tiros, aos 36 anos, no Rio Grande do Norte no ano passado.

Dirceu - Você está à frente da organização do BlogProv desde sua primeira edição. Alguma mudança na estrutura?

Miro - Em 2010, as manipulações promovidas durante a campanha eleitoral deram o tom daquele primeiro Encontro. Já em 2011, nosso foco foi defender a democratização da comunicação, a liberdade de expressão e o marco regulatório da mídia. Agora, essas bandeiras de luta continuam, mas, estamos agregando – dando mais ênfase – a defesa da blogosfera e a luta pela liberdade de expressão.

Nós esperamos cerca de 200 pessoas amanhã em Salvador. As mesas de debate suprem boa parte das demandas dos blogueiros. Mantivemos a estrutura dos anos anteriores, com debates simultâneos e promovidos por mesas autogestionadas. É a forma de abrangermos toda a pauta solicitada pelos blogueiros. Quero lembrar, ainda, para quem não puder comparecer, que a TVT irá transmitir todo o III BlogProg ao vivo. Para quem quiser acompanhar, entre no site da TVT.
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 May 2012 03:31 PM PDT

Do Blog DoLaDoDeLá - 25/05/2012

Marco Aurélio MelloEm agosto do ano passado o país passou pela "crise" do Ministério do Turismo.

Uma operação da Polícia Federal apelidada de Voucher desmontou um esquema de corrupção que envolvia peemedebistas e uma ONG.



O dinheiro foi repassado, mas não chegou ao destino.
A ação desencadeou um mal estar entre a base e o Governo.
No dia 11 de agosto o Jornal Nacional lançou mão de um grampo que serve apenas para ilustrar como as empresas de fachada eram arregimentadas pelo esquema.
Stanley Burburinho me pergunta se teria sido este o grampo sobre o qual Dadá se refere, nas conversas que vieram à tona na Operação Monte Carlo?



Seria Dadá, a serviço de Cachoeira, parceiro da TV Globo para ilustrar reportagens do JN? Será que os colegas Vladimir Netto e Ari Peixoto poderiam ajudar a CPMI a elucidar este caso? Talvez a Silvia Faria, diretora de jornalismo de Brasília à época. Ou, quem sabe, o Bonner, editor-chefe do telejornal. Ou melhor, o Ali Kamel e os Marinhos? Com a palavra os deputados da CPMI.

Para ver a reportagem com o grampo que pode ser o Dadá basta ir aqui, enquanto ela ficar no ar, porque depois dessa tenho dúvidas se será fácil acessá-la. De qualquer forma segue um html que pode facilitar um "cache" no futuro. (( http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/mp-investiga-fraude-em-outros-dois-convenios-do-ministerio-do-turismo.html ))

Burburinho informa: Aqui tem outra. (( http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/libertada-metade-dos-presos-na-operacao-da-pf-no-turismo.html )) Repare na última nota que a Fátima lê, em que diz que, segundo os advogados de Frederico da Costa, a gravação não faz parte da investigação.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 May 2012 12:04 PM PDT




"Comédia MTV faz paródia da canção Roda Viva apresentada por Chico Buarque e MPB-4 na era dos Festivais."
Tata Werneck, Paulinho Serra, Bento Ribeiro, Dani Calabresa e Marcelo Adnet.

Posted: 25 May 2012 11:55 AM PDT


Brasília - A presidenta Dilma Rousseff decidiu vetar 12 itens do Código Florestal e fazer 32 modificações no texto aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de abril. O governo vai editar uma medida provisória (MP) para regulamentar os pontos que sofreram intervenção da presidenta. Os vetos e a MP serão publicados na edição de segunda-feira (28) do Diário Oficial da União.
"Foram 12 vetos e 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado, cinco correspondem a dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo", resumiu o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, ao anunciar as decisões.
Entre os pontos vetados está o artigo que trata da consolidação de atividades rurais e da recuperação de áreas de preservação permanente (APPs). O texto aprovado pelos deputados só exigia a recuperação da vegetação das áreas de preservação permanente (APPs) nas margens de rios de até 10 metros de largura. E não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas APPs nas margens de rios mais largos.
Os vetos foram apresentados pelos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no Palácio do Planalto.
O texto, aprovado pela Câmara no fim de abril, deixou de fora pontos que haviam sido negociados pelo governo durante a tramitação no Senado. Os vetos presidenciais podem ser derrubados pelo Congresso Nacional, desde que tenham o apoio da maioria absoluta das duas Casas – Senado e Câmara – em votação secreta.
Danilo Macedo, Luana Lourenço e Yara Aquino
No Agência Brasil


Posted: 25 May 2012 11:49 AM PDT


Lilian Ferreira e Camila Campanerut 
Após intensa pressão social, a presidente Dilma Rousseff vetou 12 artigos e fez 32 alterações em trechos do novo Código Florestal que promoviam o desmatamento. O projeto de lei, aprovado no Congresso no final de abril, representou uma derrota do Governo ao perdoar desmatadores ilegais e permitir uso de área de vegetação nativa. As alterações serão feitas por medida provisória a ser enviada ao Congresso na segunda-feira (28), junto com o veto e sanção.
"O veto parcial foi feito para não permitir a redução da proteção da vegetação, para promover a restauração ambiental e para que todos pudessem fazer isso, sem que ninguém pudesse ser anistiado ou ter as regras flexibilizadas, além de alguns pontos que eram inconstitucionais ou ofereciam insegurança jurídica", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
"Não vai ter anistia para ninguém, todos devem recompor áreas desmatadas, mas isso seguirá o tamanho das propriedades", disse o ministro Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário. A medida provisória escalona as áreas a serem reflorestadas de acordo com o tamanho do rio e com o tamanho da propriedade.
"Dentre as alterações, 14 recuperam o texto do Senado, cinco são dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo", resumiu o ministro Luis Inácio Adams, da Advocacia Geral da União.
"Vamos recompor o texto do Senado, respeitar o Congresso e os acordos feitos", disse a ministra. "A decisão do governo federal é não anistiar desmatador e garantir que todos devem cumprir recuperação ambiental".
A ministra disse que aspectos do texto resgatados na proposta do governo são: só vai ter acesso a crédito rural que se cadastrar e regularizar em cinco anos. Governo volta com 50 metros de proteção nas veredas.
Longo caminho
A legislação sobre o uso de florestas em propriedades privadas do país ainda está longe de ser finalizada. No texto sancionado pela presidente, que tramitou 12 anos no Congresso, sobraram poucas novidades. As principais disputas entre ruralistas e ambientalistas ficaram sem definição, como a área a ser recuperada em margens de rios com mais de 10 metros de largura.
Os representantes do agronegócio querem que a lei amplie a área de produção (de agricultura e pecuária, entre outros) e não obrigue os proprietários a pagarem pelo reflorestamento ou multas. Eles afirmam que as alterações podem diminuir a quantidade de alimentos disponível no país. Já os ecologistas defendem a necessidade de uma maior proteção ao ambiente e à biodiversidade, além de cumprimento de multas já estabelecidas pela lei anterior.
Além dos ambientalistas, os pequenos proprietários de terra também se mostraram contrários ao texto aprovado no Congresso, por "tratar como iguais" os latifundiários e pequenos. Esta distinção deve ser mais um ponto a ser definido posteriormente.
Para preencher as lacunas, o governo envia uma MP ao Congresso. A MP têm força de lei desde a edição e vigoram por 60 dias, podendo ser prorrogadas uma vez por igual período, mas se não forem aprovadas no Congresso, expiram.
Veto
As partes do texto que foram vetadas devem ser comunicadas em 48h para o presidente do Senado, com os motivos do veto. Ele será, então, apreciado em sessão conjunta do Congresso, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento. Se o prazo de deliberação for esgotado, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, para votação final.
Para derrubá-lo, é necessária a maioria absoluta. Seria preciso o apoio de 257 deputados e 42 senadores. A votação é feita conjuntamente, mas a apuração é feita de forma separada.  Começa-se a apurar pela Câmara e, se conseguirem o número mínimo necessário, tem início a apuração do Senado.
Se o veto das partes do texto for derrubado, o presidente do Congresso deve comunicar o fato à presidente e enviar o texto aprovado no Congresso, para que seja promulgado e publicado.
Por outro lado, se o veto parcial não for derrubado, o que foi rejeitado pelo veto somente poderá estar em novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

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Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 25 May 2012 11:46 AM PDT
DIOGO ALCÂNTARA 
Terra

A presidente Dilma Rousseff vetou nesta sexta-feira 12 artigos do Código Florestal. A redação final será publicada no Diário Oficial da União. O texto aprovado na Câmara dos Deputados no mês passado chegou ao Planalto com 84 artigos. Dilma cortou trechos da proposta que abririam margem para anistia a desmatadores, como o trecho que suprime punição para quem desmatou após julho de 2008. Para eliminar vácuos legais devido ao corte dos artigos, o governo vai editar uma medida provisória (MP).
O texto tem 32 modificações, sendo que 14 recuperam o texto do Senado. São cinco novos artigos e 13 ajustes e readequação de conteúdo. Os ajustes serão feitos por medida provisória.
"As diretrizes adotadas compreendem recompor texto do Senado e preservar acordos e respeitar o Congresso. Não anistiar o desmatador", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao apresentar as modificações no código.
Com os vetos e a edição da MP, o governo quer dar um formato ao Código Florestal mais próximo à versão que foi aprovada no Senado. Na ocasião, a proposição foi considerada mais equilibrada sem ser muito rigorosa nem indulgente aos desmatadores. Ao chegar na Câmara, a bancada ruralista fez alterações de última hora que incomodaram o governo, abrindo precedentes para anistia maior que a acordada.
Dilma estava debruçada sobre o tema havia duas semanas e convocou reunião com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, diariamente, inclusive aos fins de semana. O último encontro aconteceu nesta manhã com os líderes do governo no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados e no Senado. A presidente quer minimizar o desgaste com o parlamento que o veto pode causar.

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Do Blog O Esquerdopata.

Posted: 25 May 2012 08:52 AM PDT

Do Conversa Afiada - 25/05/2012

Como se sabe, existe a CPI do PiG (*).

Aquela em que os senadores Catão dos Pinhais e a Kátia Abreu brilham no jornal nacional.

Aquela que o PiG ora quer transformar em pizza.

Ora quer reativar, com o encarceramento do Agnello e do Cabralzinho.

Mas, existe a verdadeira CPI que jorra dos vazamentos e nos desvãos da CPI global.

É a CPI que "saiu do controle", que todo mundo vai ver, independente do resultado final.

Como se sabe, por exemplo, a CPI dos Bingos jamais ouviu um único bicheiro ou dono de bingo.

Foi para montar o mensalão que está por provar-se.

E o ex-prefeito de Anápolis, na TV Record, já melou o mensalão.

A CPI da Nike indiciou o Mr Teixeira did you accept the bribe onze vezes e onze vezes ele foi absolvido na Justiça do Rio.

(Por falar nisso, por onde anda Mr Teixeira ? Será que o Galvão sabe do paradeiro ?)

Esta CPI já foi valiosa, independente do PiG (*) e do destino que lhe queira dar.

Já fechou a Veja, que se torna a Visão contemporânea.

Já desmoralizou o Robert(o) Civita – quantos passaportes ele tem, mesmo ?, perguntaria o Brizola.

Já mostrou que o Procurador Geral da República tinha uma estratégia, sim.

Inconfessável: "Maierovitch: quem acredita no Gurgel?".

Já mostrou também que o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (**) tem duas questões a esclarecer ao distinto público:

- o que significa o Demóstenes dizer "o Gilmar mandou subir" ?
– e do que se tratou no jantar que o Gilmar intimou o Demóstenes a aceitar ?

Agora, finalmente, a CPI toma rumos certos.

Poderá dissipar essas duvidas que pairam sobre o mais alto Judiciário: um PGR e um Ministro do Supremo.

E sobre a margarida que finalmente apareceu.

Antes, se imaginava que o papel do jornal nacional era transformar em Chanel # 5 o detrito sólido de maré baixa que o Cachoeira plantava na Veja.

Agora, começam a surgir os sinais mais claros de que, talvez, quem sabe ?, o Cachoeira plantasse no próprio jornal nacional e ramificações.

Diz o Mino Carta, sempre atento aos movimentos do que chama de "mídia nativa": provavelmente, os "deslizes" do jornal nacional sejam em menor monta do que os da Veja.

Pudera !

Em qualquer lugar do mundo a Veja já teria sido fechada.

De maior ou menor monta, a batata do Ali Kamel assa:

"Quem é o Doni da Globo que fala com o Dadá ?"

Outro rumo inexorável da CPI, ou do que dela vazar e jorrar, será a exposição das atividades da Delta em São Paulo, em plena temporada eleitoral:

"CPI: relator quer levar Delta a Cerra"

A Delta deve ter "investido" na São Paulo do Padim Pade Cerra mais do que "investiu" em Goiás.

Sabe como é, amigo navegante, tudo é grande em São Paulo: até o "Caracazo".

Provavelmente, o amigo navegante não lerá no PiG (*) nada que incomode a Globo, o Padim Pade Cerra e seu fidelíssimo aliado, o Paulo Preto.

Não tem a menor importância.

Oitenta por cento dos brasileiros hoje se informam mais pela internet do que pelo PiG (*).

O Jurassic Park só resiste na telinha da Globo.

E é por isso que o Michel Temer fez aquele pacto sinistro com a Globo.

Veja bem, amigo navegante.

Como os dinossauros se aproximam da cratera que os engolirá: o Dr. Roberto tratava direto com o Presidente da República.

Os filhos do Dr. Roberto – eles não têm nome próprio – agora fazem acordo com o vice.

Eles também são vice.

Que não manda nada.


Paulo Henrique Amorim
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Também do Blog CONVERSA AFIADA
Posted: 25 May 2012 08:49 AM PDT
Do Blog do Mauro Santayana - 24/5/2012

Mauro Santayana
(Revista do Brasil) - Em todos os encontros internacionais, entre eles o de Cartagena de Índias, no mês passado, o Brasil vem reafirmando a independência em suas relações externas – depois da vergonhosa capitulação ocorrida durante o governo dos dois Fernandos, Collor e Cardoso.

Política externa soberana não significa o jogo retórico de declarações agressivas, mas a exposição clara de uma atitude serena, e firme.As relações entre os Estados nacionais são semelhantes às que se dão entre os vizinhos.


O ideal é a amizade solidária, mas sem perder de vista o direito de cada uma das famílias a viver de acordo com suas ideias, suas regras próprias de conduta, e seus interesses privados. É assim que as visitas são recebidas em espaço próprio, com a família reunida, e a conversa gira em torno dos interesses gerais. Nenhum visitante honrado dirá aos donos da casa como governar a sua família. Nas relações internacionais essa conduta era conhecida, até tempos recentes, como o princípio da autodeterminação dos povos e de não ingerência em seus assuntos internos.O ideal nas relações externas é o da universalidade. Devemos manter o diálogo diplomático com todos os países do mundo, mesmo que a sua política interna nos desagrade. Enquanto eles não prejudicarem os nossos interesses nem ofenderem a dignidade de nosso povo, não há por que cortar os contatos nem impedir os negócios de vantagens recíprocas. Essa universalidade, no entanto, não nos impede de ter laços mais fortes com um ou outro país, de manter alianças políticas e comerciais com determinadas nações ou conjuntos de nações.

A política de alianças internacionais é tão antiga quanto as comunidades autônomas. Elas já existiam nas tribos pré-históricas, e sempre se fazem para a defesa ou para a conquista. Entre outras alianças de povos primitivos, que o Brasil conheceu de perto, temos a Confederação dos Tamoios – a tentativa, frustrada, da retomada, pelos índios brasileiros, de sua soberania sobre o território, com a expulsão dos portugueses. O erro político dos Tamoios foi buscar a aliança com os franceses, e não ampliar a confederação com outras nações autóctones – o que significaria apenas a troca de amos.De qualquer forma, os Tamoios – em tupi, os donos antigos do território – tiveram como resultado o abandono posterior da escravidão dos nativos.

O Brasil, naturalmente, está se compondo com a China, a Rússia, a Índia e a África do Sul, em aliança conhecida como Brics. Não é uma formação de caráter ideológico nem militar, mas organização de interesse econômico e de defesa da soberania de cada um deles. Como em todas as alianças, nessa incorrem riscos, mesmo porque o peso econômico e militar de seus membros é desigual.Corre-se, entre outros riscos, o de deixarmos em segundo plano a aliança prioritária, com os nossos vizinhos da América do Sul. É preciso romper os tabus, que nos perseguem há mais de um século, e acelerar os entendimentos entre os que vivemos lado a lado e temos origem histórica comum. Mas – e essa tem sido a postura do governo, desde Lula – levamos em conta que o Brasil pode ter inimigos, mas não deseja ser inimigo de ninguém.

Daí a correta posição da presidenta da República: defesa da economia nacional é uma coisa, protecionismo é outra.É certo, no entanto, que, em alguns momentos, as duas ideias se justapõem. Entre a acusação de protecionismo e a de entreguismo, é preferível a primeira.

Foi com o protecionismo de sua marinha mercante – assumida por Cromwell, em 1651, com o primeiro dos Navigation Acts – que a Inglaterra se tornou a grande potência imperial do século seguinte.Um país das dimensões do Brasil necessita do comércio internacional, mas a sua imensa potencialidade está dentro das próprias fronteiras. Está em seu povo, que deve ser protegido contra qualquer forma de domínio estrangeiro.

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Do Bog ContrapontoPIG
Posted: 25 May 2012 08:14 AM PDT



Engavetador Geral da República
de FHC de 1995/2003
Dados do contador de Cachoeira mostram que Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161 mil em cinco parcelas de empresas fantasmas utilizadas pela quadrilha do contraventor
Quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira mostra que o escritório do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso. De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), que analisou laudo de perícia financeira constante no inquérito que investiga o contraventor e seus comparsas, o escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados recebeu o montante em cinco parcelas, a maior delas de R$ 76 mil. "Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados", criticou Taques.
O senador, que trocou o MPF pelo parlamento, explicou que juristas ingressos na procuradoria antes de 1988 têm o direito de advogar, pois a limitação passou a constar apenas na nova Constituição. O parlamentar, no entanto, questiona o suposto conflito na prestação de serviços do escritório do subprocurador à quadrilha de Cachoeira. Ontem, Taques apresentou requerimento de informações à CPMI que investiga o contraventor para que o colegiado apure as circunstâncias dos repasses do contador de Cachoeira ao subprocurador.
Brindeiro foi procurador-geral da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Criticado por não dar sequência a investigações de grande repercussão, ganhou o apelido de "engavetador-geral da República".

Ação no CNMP

Dados da movimentação bancária em análise pela comissão mostram que a Delta Construções fez depósitos nas contas de duas empresas de fachada, a Alberto Pantoja Construções e Transportes e a Brava e essas firmas fantasmas repassaram os recursos para o contador de Cachoeira. O escritório em que Brindeiro tem sociedade foi pago com recursos da conta de Geovani.
O contador é considerado uma das principais testemunhas no inquérito contra Cachoeira. Ele era procurador de empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro no esquema da quadrilha. A Polícia Federal monitorou pelo menos oito contas registradas no nome do comparsa de Cachoeira. Apesar de declarar renda anual de R$ 21,3 mil e patrimônio de R$ 197,5 mil, Geovani chegou a movimentar R$ 4,3 milhões nas contas em que tem titularidade.
Paralelamente às ações da CPI, Taques anunciou que entraria com ação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar o serviço advocatício prestado pelo escritório de Brindeiro. O senador do PDT também entrou com ação solicitando a indisponibilidade de bens da Delta Construções. Taques decidiu lançar mão de instrumentos externos para ter resultados mais rápidos em relação às irregularidades apuradas pela PF e os trabalhos iniciais da comissão.
O Correio Braziliense entrou em contato com o escritório de advocacia do subprocurador, mas não recebeu resposta até a publicação desta edição.
"Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados", Pedro Taques (PDT-MT), senador
"É algo que diz respeito à advocacia privada. Mas claro que qualquer fato com que a gente se depare, temos que examinar se há algo para se apurar em relação a isso", Roberto Gurgel, procurador-geral da República

Posted: 25 May 2012 08:10 AM PDT

Para blindar Perillo, PSDB esquece CPI
Reunidos ontem de manhã, tucanos avaliam que é melhor abrir mão da investigação para evitar a convocação do governador de Goiás. Governistas, no entanto, pretendem forçar o depoimento

Josie Jeronimo



Perillo: aliados querem evitar a aprovação de novos depoimentos (Monique Renne/CB/D.A. Press - 15/12/11)
Perillo: aliados querem evitar a aprovação de novos depoimentos

O PSDB fez um balanço dos primeiros trabalhos da CPI criada para investigar os elos do bicheiro Carlinhos Cachoeira e chegou à conclusão de que, até agora, o partido é o maior prejudicado. E para proteger o governador de Goiás, Marconi Perillo, os tucanos vão abrir mão da investigação. Em vez de trabalhar para aprovar requerimentos de convocações de integrantes e de envolvidos com a quadrilha de Cachoeira, os correligionários de Perillo apostam no aprofundamento de dados do inquérito, dando ênfase ao envolvimento da Delta Construções em âmbito nacional e na influência do bicheiro em órgãos do governo federal.

Na manhã de ontem, 11 tucanos — quatro senadores e sete deputados — se encontraram às 7h30 no cafezinho do Senado para combinar estratégia de condução do depoimento de comparsas de Cachoeira na CPI e de participação na sessão administrativa de votação de requerimentos para evitar a convocação de Perillo. A conversa secreta foi municiada por um envelope repleto de documentos elaborados pela assessoria parlamentar da Câmara com informações que pudessem ampliar para o plano nacional as questões direcionadas aos comparsas de Cachoeira que atuavam em Goiás.

No encontro, os parlamentares chegaram a um consenso de que os depoimentos de integrantes da quadrilha tendem a fragilizar mais a situação de Perillo do que de outros envolvidos. Citaram o exemplo do ex-vereador Wladimir Garcez. Apesar de o ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia ter sido flagrado fazendo lobby para empresas farmacêuticas de Cachoeira, é a história do suposto pagamento da casa do governador com cheques da Delta, informação dada por Garcez, que prevalece no noticiário (leia matéria abaixo).

Ao Correio, um dos parlamentares que participou da reunião de ontem afirmou que o objetivo do partido agora é "começar a fechar o cerco pelos depoimentos". Se for para aprovar requerimento de depoente que possa provocar mais problemas a Perillo, os tucanos não têm interesse. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), um dos que madrugaram ontem no Senado para a reunião, contou que os tucanos se encontraram para combinar perguntas para o depoimento do ex-vereador, do araponga Idalberto Matias, o Dadá, e Jairo Martins.

Delta
A polêmica do requerimento de convocação dos governadores só pode ser contornada se a comissão aprovar requerimento dando preferência a texto do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) que lista o nome dos três chefes de Executivo — Perillo, Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ) e Agnelo Queiroz (PT-DF) — no mesmo documento, para que o tucano não seja o único a depor. "O PT quer circunscrever a CPI. Dos 60 da CPI, nós não chegamos a 16. Para nós não interessa ouvir um só." Para os tucanos, apenas a quebra de sigilo da Delta nacional e uma possível convocação do ex-presidente da empreiteira Fernando Cavendish poderia ampliar o assunto, que atualmente tem foco em Goiás.

O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), nega que o encontro no cafezinho do Senado tenha sido uma reunião institucional do partido para discutir a atuação na CPI. "Pode ter tido encontro de alguns, mas não foi uma reunião de liderança."


Sem votação
Na sessão de ontem, o único tucano que defendeu abertura de sessão administrativa para votar requerimento de convocação dos governadores foi o deputado Fernando Francischini (PR). A bancada do PT também não se arriscou em aprovar nenhum requerimento e o fim da sessão foi esvaziado, deixando para a próxima terça-feira decisão sobre a participação dos governadores na comissão.
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Também do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 25 May 2012 08:06 AM PDT

OPERAÇÃO MONTE CARLO »

Bicheiro fez depósito para subprocurador Dados do contador de Cachoeira mostram que Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161 mil em cinco parcelas de empresas fantasmas utilizadas pela quadrilha do contraventor

JOSIE JERONIMO



Atuação de Brindeiro como advogado é liberada pela Constituição, mas senador quer investigação sobre o caso (Lindauro Gomes/CB/D.A Press - 25/10/01)
Atuação de Brindeiro como advogado é liberada pela Constituição, mas senador quer investigação sobre o caso

Quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira mostra que o escritório do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso. De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), que analisou laudo de perícia financeira constante no inquérito que investiga o contraventor e seus comparsas, o escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados recebeu o montante em cinco parcelas, a maior delas de R$ 76 mil. "Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados", criticou Taques.

O senador, que trocou o MPF pelo parlamento, explicou que juristas ingressos na procuradoria antes de 1988 têm o direito de advogar, pois a limitação passou a constar apenas na nova Constituição. O parlamentar, no entanto, questiona o suposto conflito na prestação de serviços do escritório do subprocurador à quadrilha de Cachoeira. Ontem, Taques apresentou requerimento de informações à CPMI que investiga o contraventor para que o colegiado apure as circunstâncias dos repasses do contador de Cachoeira ao subprocurador.

Brindeiro foi procurador-geral da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Criticado por não dar sequência a investigações de grande repercussão, ganhou o apelido de "engavetador-geral da República".

Ação no CNMP
Dados da movimentação bancária em análise pela comissão mostram que a Delta Construções fez depósitos nas contas de duas empresas de fachada, a Alberto Pantoja Construções e Transportes e a Brava e essas firmas fantasmas repassaram os recursos para o contador de Cachoeira. O escritório em que Brindeiro tem sociedade foi pago com recursos da conta de Geovani.

O contador é considerado uma das principais testemunhas no inquérito contra Cachoeira. Ele era procurador de empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro no esquema da quadrilha. A Polícia Federal monitorou pelo menos oito contas registradas no nome do comparsa de Cachoeira. Apesar de declarar renda anual de R$ 21,3 mil e patrimônio de R$ 197,5 mil, Geovani chegou a movimentar R$ 4,3 milhões nas contas em que tem titularidade.

Paralelamente às ações da CPI, Taques anunciou que entraria com ação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar o serviço advocatício prestado pelo escritório de Brindeiro. O senador do PDT também entrou com ação solicitando a indisponibilidade de bens da Delta Construções. Taques decidiu lançar mão de instrumentos externos para ter resultados mais rápidos em relação às irregularidades apuradas pela PF e os trabalhos iniciais da comissão.

O Correio entrou em contato com o escritório de advocacia do subprocurador, mas não recebeu resposta até a publicação desta edição.


"Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados"
Pedro Taques (PDT-MT), senador



"É algo que diz respeito à advocacia privada. Mas claro que qualquer fato com que a gente se depare, temos que examinar se há algo para se apurar em relação a isso"
Roberto Gurgel, procurador-geral da República

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Posted: 25 May 2012 08:03 AM PDT
A sessão de ontem da CPI do Cachoeira, em que deveriam ser ouvidos os três acusados de pertencer à organização criminosa comandada pelo bicheiro, ficou marcada pela ausência de respostas. O único dos depoentes a se pronunciar, o ex-vereador Wladimir Garcez, limitou-se a ler um texto em que enviou recados a integrantes do governo e da oposição, complicou-se ao tentar explicar a compra da casa do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), paga com cheques assinados por um sobrinho de Cachoeira, e desqualificou as gravações obtidas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo.




Em depoimento lido à CPI do Cachoeira, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez complicou o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao apresentar versão diferente da do tucano para a venda de uma casa em Goiânia. Preso na Operação Monte Carlo, da PF, Garcez disse que ele mesmo comprou a casa de Perillo, com cheques do diretor da Delta, Cláudio Abreu, e do sobrinho de Carlinhos Cachoeira, Leonardo Almeida Ramos. Em declarações anteriores, o tucano disse ter negociado a casa com o empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão, e que Garcez teria sido apenas intermediário. Garcez contou que Perillo lhe disse estar vendendo a mansão e aceitou receber R$ 1,4 milhão. Como não conseguiu vender o imóvel com lucro, começou a ser pressionado por Abreu para devolver o empréstimo. "Com medo de perder o emprego, resolvi procurar o professor Walter. Eu a vendi pelo mesmo valor e repassei ao Cláudio, quitando, assim, a dívida dos três cheques", disse

Efeito cascata. Ex-vereador contraria versão apresentada pelo governador de Goiás e afirma ter comprado a casa diretamente do tucano com empréstimo feito pelo ex-diretor da Delta Cláudio Abreu; PF diz que cheques foram emitidos pelo sobrinho do contraventor

Tucano no banco do réu

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), deve ser o primeiro governador convocado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as relações bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Também deve ser aprovada a quebra do sigilo das contas nacionais da construtora Delta.

A ida de Perillo à CPI se tornou majoritária depois do depoimento pela manhã de Wladimir Garcez, ex-lobista da Delta e ex-vereador pelo PSDB de Goiânia. Ao responder às perguntas, ele deu uma versão diversa da do governador de Goiás para a venda da sua casa. Garcez disse ter entregue três cheques a um assessor do governador. A última versão do governador é a de que ele a vendeu ao reitor de uma universidade goiana.

Os outros dois depoentes, Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado pela Polícia Federal como braço direito de Carlos Cachoeira, e Jairo Martins de Souza, compareceram à comissão mas se recusaram a falar.
Por: Helena™0 Comentários 
Posted: 25 May 2012 08:00 AM PDT

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que avaliará se caberá ao órgão apurar o pagamento superior a R$ 160 mil que o contador de Carlinhos Cachoeira fez ao escritório do subprocurador Geraldo Brindeiro, que exerceu o cargo de procurador-geral entre 1995 e 2003.

Gurgel disse que não tinha conhecimento do fato até a revelação feita pelo senador Pedro Taques (PDT-MT) e ressaltou que é necessário primeiro checar "as circunstâncias do que aconteceu". Ele, porém, descartou que o fato possa atingir a instituição Ministério Público (MP). "Não é nada que diga respeito ao MP. É algo que diz respeito à advocacia privada.

Gurgel em entrevista a jornalistas disse:. "Isso vai ser avaliado. Agora, é algo com que eu não havia me deparado"  Roberto Gurgel ainda reforçou ontem que o MP não se intimidará com as pressões por depoimentos. "Faz parte do trabalho do órgão resistir a pressões. O trabalho é esse, de permanente resistência. Pressões não significarão jamais intimidar o MP". Nas primeiras semanas da CPI, um dos principais alvos do colegiado foi Gurgel. No último dia 9, ele atribuiu as críticas a interessados em desmoralizá-lo pelo fato de ele sustentar as acusações do processo do mensalão.
Por: Helena™0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 25 May 2012 07:56 AM PDT
Quebra de sigilo do contador da quadrilha de Carlinhos Cachoeira mostra que o escritório do subprocurador-geral da República Geraldo Brindeiro recebeu R$ 161,2 mil das contas de Geovani Pereira da Silva, procurador de empresas fantasmas utilizadas para lavar dinheiro do esquema criminoso. De acordo com o senador Pedro Taques (PDT-MT), que analisou laudo de perícia financeira constante no inquérito que investiga o contraventor e seus comparsas, o escritório Morais, Castilho e Brindeiro Sociedade de Advogados recebeu o montante em cinco parcelas, a maior delas de R$ 76 mil. "Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados", criticou Taques.

O senador, que trocou o MPF pelo parlamento, explicou que juristas ingressos na procuradoria antes de 1988 têm o direito de advogar, pois a limitação passou a constar apenas na nova Constituição. O parlamentar, no entanto, questiona o suposto conflito na prestação de serviços do escritório do subprocurador à quadrilha de Cachoeira. Ontem, Taques apresentou requerimento de informações à CPMI que investiga o contraventor para que o colegiado apure as circunstâncias dos repasses do contador de Cachoeira ao subprocurador.

Brindeiro foi procurador-geral da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2003. Criticado por não dar sequência a investigações de grande repercussão, ganhou o apelido de "engavetador-geral da República".

Ação no CNMP

Dados da movimentação bancária em análise pela comissão mostram que a Delta Construções fez depósitos nas contas de duas empresas de fachada, a Alberto Pantoja Construções e Transportes e a Brava e essas firmas fantasmas repassaram os recursos para o contador de Cachoeira. O escritório em que Brindeiro tem sociedade foi pago com recursos da conta de Geovani.

O contador é considerado uma das principais testemunhas no inquérito contra Cachoeira. Ele era procurador de empresas de fachada usadas para lavar o dinheiro no esquema da quadrilha. A Polícia Federal monitorou pelo menos oito contas registradas no nome do comparsa de Cachoeira. Apesar de declarar renda anual de R$ 21,3 mil e patrimônio de R$ 197,5 mil, Geovani chegou a movimentar R$ 4,3 milhões nas contas em que tem titularidade.

Paralelamente às ações da CPI, Taques anunciou que entraria com ação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar o serviço advocatício prestado pelo escritório de Brindeiro. O senador do PDT também entrou com ação solicitando a indisponibilidade de bens da Delta Construções. Taques decidiu lançar mão de instrumentos externos para ter resultados mais rápidos em relação às irregularidades apuradas pela PF e os trabalhos iniciais da comissão.

O Correio entrou em contato com o escritório de advocacia do subprocurador, mas não recebeu resposta até a publicação desta edição.

"Não é possível que um membro do MPF advogue para uma quadrilha criminosa enquanto homens da Polícia Federal se arriscam investigando os acusados"

Pedro Taques (PDT-MT), senador

"É algo que diz respeito à advocacia privada. Mas claro que qualquer fato com que a gente se depare, temos que examinar se há algo para se apurar em relação a isso" Informações Correio Braziliense
Por: Helena™2 Comentários 
Posted: 25 May 2012 05:11 AM PDT



Saul Leblon, Blog das Frases
"É um velho truque do conservadorismo brasileiro reiterado ao longo da história: quando a raiz dos problemas repousa nas entranhas de seu aparelho administrativo ou no descaso histórico com as prioridades da população, desfralde-se a bandeira udenista da sabotagem perpetrada por 'agitadores'.

A lenga-lenga exala naftalina e remete ao linguajar pré-golpe de 64, mas encontra em São Paulo 71 quilômetros de motivações para ser ressuscitada com regularidade suíça pela pigarra do PSDB. Nessa rede escandalosamente saturada e curta do metrô --inferior a da cidade do México, por exemplo, com 200 kms-- os registros de panes, acidentes e interrupções tem exibido frequência preocupante: só este ano foram 143 ocorrências, média de uma por dia.

Nesta 4ª feira, a pigarra conservadora aproveitou a greve salarial dos metroviários para isentar a gestão temerária por trás dos transtornos renitentes. A narrativa é a de um 'jornal da tosse'; gargantas raspando pastilhas Walda emitem denúncias de sabotagem e insinuam 'incêndios do Reichstag' de olho nas eleições municipais. Agitadores conturbam o ambiente da metrópole; não fosse isso, os serviços públicos tucans deslizariam no azeite fino de oliva.

O ' jornal da tosse' por definição é pouco informativo: faltam-lhe pernas para driblar números adversos. Em 2011, o governador Alckmin investiu R$ 1,2 bi dos R$ 4,5 bilhões previstos para a expansão do metrô e não deixou por menos na ponta ferroviária: as compras de trens caíram à metade.No conjunto do sistema o recuo do investimento foi da ordem de 20% sobre 2010. A média tucana de
 expansão dos trilhos tem sido de 2,35 kms/ano. Significa que nas mãos do PSDB a rede precisará de cinco décadas para se equiparar a do México."
Artigo Completo, ::Aqui::
Enviada por: Nogueira Junior/ 22:590 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 25 May 2012 05:07 AM PDT

Da Carta Capital - 24.05.2012 16:53
Wálter Maierovitch
Uma vergonha a resposta de Roberto Gurgel, procurador geral da República, à desacreditada Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).
Para Gurgel, o "engavetamento de mais de dois anos foi uma estratégia". Só não pensou ter sido também uma estratégia para Cachoeira continuar a delinquir.



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Foto: Agência Brasil
Para Gurgel, o "engavetamento de mais de dois anos foi uma estratégia". Só não pensou ter sido também uma estratégia para Cachoeira continuar a delinquir.
E quem aproveitou a ilegal estratégia de Gurgel ? Com a palavra, o senador Demóstenes Torres, Fernando Cavendish, responsável à época pela construtora Delta e Carlinhos Cachoeira. Será que teriam coragem de dizer que foram prejudicados pelo engavetamento ?
Por evidente, a sociedade civil e a legalidade foram as principais vítimas do engavetamento.
Volto a afirmar, pela lei processual penal, Gurgel tinha o prazo de 15 dias para se manifestar. Levou dois anos.
Mais ainda, como descobriu Gurgel que outro inquérito (Monte Carlo) seria aberto? E foi aberto por requisição de dois promotores estaduais (nada a ver com o Ministério Público Federal) e em face de ilegalidade decorrentes de exploração de jogos eletrônicos ilegais. E o inquérito (Monte Carlo) foi instaurado anos depois da conclusão do inquérito da Operação Vegas. Pelo jeito, Gurgel tem bola de cristal.
Na resposta apresentada à CPI, o procurador-geral da República nada diz a respeito das trapalhadas feitas pela sua mulher quando entrou em cena como biombo para não atingir Gurgel. Para quem não sabe, ele era muito conhecido no Ministério Público Federal, pois fazia política associativa, interna. Não é, portanto, um diletante na arte de acordos políticos.
Só para lembrar, a subprocuradora sustentou, e foi desmentida pela direção da Polícia Federal, que houve pedido para "segurar" os autos. Ora, se fosse para ganhar tempo, o delegado pediria a volta dos autos para completar diligências. E ele não fez isso. Ao contrário, deu o inquérito por concluído.
Para usar uma expressão popular, não "cola a história" contada por Gurgel à CPI. E o delegado responsável pelo inquérito não iria concluí-lo para depois pedir ao procurador Gurgel, por meio de sua mulher, sentar em cima dos autos.
Abaixo, a notícia publicado, hoje, no Valor Econômico, por Maíra Magro, Yvna Sousa e Bruno Peres:
"O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou ontem, no limite do prazo, seu depoimento escrito à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, com respostas às perguntas feitas por parlamentares. O documento, de sete páginas, repete o argumento de que a decisão de segurar o inquérito da Operação Vegas, em 2009, fez parte de uma estratégia do Ministério Público Federal para permitir novas investigações. Mas não entra na guerra de versões entre a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre quem teria solicitado a paralisação do inquérito"
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 25 May 2012 05:03 AM PDT



No período de uma semana a população paulista se viu por duas vezes refém da falta de uma política pública de transportes públicos, por inoperância do governo do Estado de São Paulo.
Na sequência de panes diárias nos sistemas da CPTM e do Metrô, os cidadãos paulistas foram vitimados por uma colisão de trens do Metrô e, agora, afetados pelo caos na cidade diante da paralisação dos metroviários.
Essa última situação se dá pela falta de sensibilidade do governo no processo de negociação com o sindicato dos trabalhadores, aliada à ausência de planejamento e ação coordenada para atenuar os problemas previsíveis com a paralisação.
O governo Alckmin, mais uma vez, deixou a população abandonada à própria sorte e se apressou em acionar a força policial para reprimir os protestos da população, que são vítimas diárias do apagão dos transportes em São Paulo, e lançou com celeridade um culpado. Aliás, celeridade não usual em seu governo quando trata de resolver as questões do Estado, mas desta vez ele foi rápido em definir como culpado: "a greve é eleitoreira".
Há anos a população é mal assistida de serviços de transportes públicos coletivos. A CPTM recebeu nova roupagem de trens novos com serviços velhos, que é facilmente constatada com as paralisações, reduções de velocidades, por conta de problemas nas subestações de energia.
O Metrô está superlotado e também foi atingido pelo descaso do governo do Estado. Diante do caos vivido por milhares de pessoas, que perderam seus compromissos e enquanto outros passaram horas parados em congestionamentos, o governo finalmente cedeu ao bom senso e as negociações avançam.
Na reunião de conciliação do início da tarde, o principal ponto definido foi o índice de reajuste salarial de 6,17%, sendo que até antes da paralisação o governo oferecia 5,71%.
Pelo acordo sinalizado nesta quarta-feira, o vale-refeição dos trabalhadores será reajustado dos atuais R$ 19,50 para R$ 23; vale-alimentação, de R$ 150 para R$ 218 ao mês; mais o pagamento de um adicional de periculosidade de 15% sobre o salário (atualmente é 10%).
Ou seja, o governo tinha margem financeira para fazer a negociação, não havia a necessidade de expor a população paulista a esse sofrimento.
Mas o governador Alckmin optou pela queda de braço com o sindicato, "jogou para a galera" quando atribui a greve à motivação política, como se fosse um agente apolítico,como se não fosse um gesto político buscar solução para o impasse.
O governador poderia ter tido bom senso e sensibilidade de gestão e calcular o custo benefício em defesa dos interesses da população e de, em parceria com os trabalhadores, construir diálogos e soluções.
Deputado Alencar Santana Braga 
Líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo
No Viomundo



Posted: 25 May 2012 05:00 AM PDT


Ettore Gotti Tedeschi
O presidente do banco do Vaticano, o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi, foi destituído de seu cargo, informou nesta quinta-feira a assessoria de imprensa da Santa Sé.
O funcionário, consultado pela imprensa, não quis explicar as razões de sua renúncia: "Prefiro não falar, do contrário posso dizer as palavras erradas", comentou.
Em um comunicado oficial o Vaticano explicou que Tedeschi foi destituído "por não ter cumprido várias funções de importância prioritária." A decisão foi tomada por "unanimidade" pelos diretores da instituição, indica a nota.
Nomeado em 2009 para acertar as contas do IOR, Gotti Tedeschi, simpatizante da Opus Dei e, durante anos, maior executivo do Banco Santander na Itália, foi acusado pela imprensa de ter cometido irregularidades e de violar as leis italianas contra a lavagem de dinheiro.
Depois das denúncias, feitas em 2010, a justiça italiana abriu uma investigação judicial contra dois diretores do banco do Vaticano por violação das leis italianas contra a lavagem de dinheiro, colocando a instituição bancária da Santa Sé novamente no olho do furacão depois dos escândalos que a atingiram na década de 80.
Nessa ocasião, o Vaticano manifestou sua "máxima confiança" nos diretores dos bancos envolvidos.
Na nota divulgada nesta quinta-feira, o Vaticano reconhece que se trata de uma medida necessária "para manter a vitalidade da entidade" e que a mudança de dirigente "ajudará" o banco a "reativar relações eficazes e amplas entre o IOR e a comunidade financeira, baseadas no respeito mútuo aos padrões bancários internacionalmente aceitos".
No Terra

Posted: 25 May 2012 04:57 AM PDT


Hoje, que o araponga Jairo se apresentou como repórter, o capítulo "O araponga e o repórter", da série "O caso de Veja", onde mostro em detalhes a associação criminosa entre as duas organizações: a de Cachoeira e a Abril. Lembrando que a série foi escrita em 2008. De lá para cá aprofundaram-se as relações criminosas entre as duas organizações.

O araponga e o repórter

Depois de se aliar ao araponga, jornalista é promovido.
A matéria foi bombástica e ajudou a deflagrar a crise do "mensalão". Uma reportagem de 18 de maio de 2005, de Policarpo Jr., da sucursal da Veja em Brasília, mostrava o flagrante de um funcionário dos Correios – Mauricio Marinho – recebendo R$ 3 mil de propina (clique aqui)
A abertura seguia o estilo didático-indagativo da revista:
(…) Por quê? Por que os políticos fazem tanta questão de ter cargos no governo? Para uns, o cargo é uma forma de ganhar visibilidade diante do eleitor e, assim, facilitar o caminho para as urnas. Para outros, é um instrumento eficaz para tirar do papel uma idéia, um projeto, uma determinada política pública. Esses são os políticos bem-intencionados. Há, porém, uma terceira categoria formada por políticos desonestos que querem cargos apenas para fazer negócios escusos – cobrar comissões, beneficiar amigos, embolsar propinas, fazer caixa dois, enriquecer ilicitamente.
A revista informava que tinha conseguido dar um flagrante em um desses casos na semana anterior:
Raro, mesmo, é flagrar um deles em pleno vôo. Foi o que VEJA conseguiu na semana passada.
Anotem a data que a revista menciona que recebeu a gravação: semana passada. Será importante para entender os lances que serão mostrados no decorrer deste capítulo.
A matéria, como um todo, não se limitava a descrever uma cena de pequena corrupção explícita, embora só esta pudesse ser comprovada pelo grampo. Tinha um alvo claro, que eram as pessoas indicadas pelo esquema PTB, especialmente na Eletronorte e na BR Distribuidora. O alvo era o esquema; Marinho, apenas o álibi.
O que a matéria não mostrava eram as intenções efetivas por trás do dossiê e do grampo. Os R$ 3 mil eram um álibi para desmontar o esquema do PTB no governo, decisão louvável, se em nome do interesse público; jogo de lobby, se para beneficiar outros grupos.
Antes de voltar à capa, uma pequena digressão sobre as alianças espúrias do jornalismo.

Os dossiês e os chantagistas

A partir da campanha do "impeachment" de Fernando Collor, jornalistas, grampeadores e chantagistas passaram a conviver intimamente em Brasília. Até então, havia uma espécie de barreira, que fazia com que chantagistas recorressem a publicações menores, a colunistas da periferia, para montar seus lobbies ou chantagens. Não à grande mídia.
Com o tempo, a necessidade de fabricar escândalo a qualquer preço provocou a aproximação, mais que isso, a cumplicidade entre alguns jornalistas, grampeadores e chantagistas. Paralelamente, houve o desmonte dos filtros de qualidade das redações, especialmente nas revistas semanais e em alguns diários.
Foi uma associação para o crime. Com um jornalista à sua disposição, o grampeador tem seu passe valorizado no mercado. A chantagem torna-se muito mais valiosa, eficiente, proporcional ao impacto que a notícia teria, se publicada. Isso na hipótese benigna.
É uma aliança espúria, porque o leitor toma contato com os grampos e dossiês divulgados. Mas, na outra ponta, a publicação fortalece o achacador em suas investidas futuras. Não se trata de melhorar o país, mas de desalojar esquemas barra-pesadas em benefício de outros esquemas, igualmente barra-pesadas, mas aliados ao repórter. E fica-se sem saber sobre as chantagens bem sucedidas, as que não precisaram chegar às páginas de jornais.
Por ser um terreno minado, publicações sérias precisam definir regras claras de convivência com esse mundo do crime. A principal é o jornalista assegurar que material recebido será publicado – e não utilizado como elemento de chantagem.
Nos anos 90 esses preceitos foram abandonados pelo chamado jornalismo de opinião. No caso da Veja a deterioração foi maior que nos demais veículos. O uso de matérias em benefício pessoal (caso dos livros de Mario Sabino), o envolvimento claro em disputas comerciais (a "guerra das cervejas" de Eurípedes Alcântara), o lobby escancarado (Diogo Mainardi com Daniel Dantas), a falta de escrúpulos em relação à reputação alheia, tudo contribuiu para que se perdessem os mecanismos de controle.
Submetida a um processo de deterioração corporativa poucas vezes visto, a Abril deixou de exercer seus controles internos. E a direção da revista abriu mão dos controles externos, ao abolir um dos pilares do moderno jornalismo – o direito de resposta – e ao intimidar jornalistas de outros veículos com seus ataques desqualificadores.
É nesse cenário de deterioração editorial que ocorre o episódio Maurício Marinho.

A parceria com o araponga

Nas alianças políticas do governo Lula, os Correios foram entregues ao esquema do deputado Roberto Jefferson. Marinho era figura menor, homem de propina de R$ 3 mil.
Em determinado momento, o esquema Jefferson passou a incomodar lobistas que atuavam em várias empresas. Dentre eles, o lobista Arthur Wascheck.
Este recorreu a dois laranjas – Joel dos Santos Filhos e João Carlos Mancuso Villela – para armar uma operação que permitisse desestabilizar o esquema Jefferson não apenas nos Correios. como na Eletrobrás e na BR Distribuidora. É importante saber desses objetivos para entender a razão da reportagem da propina dos R$ 3 mil ter derivado - sem nenhuma informação adicional - para os esquemas ultra-pesados em outras empresas. Fazia parte da estratégia da reportagem e de quem contratou o araponga.
A idéia seria Joel se apresentar a Marinho como representante de uma multinacional, negociar uma propina e filmar o flagrante. Como não tinham experiência com gravações mais sofisticadas, teriam decidido contratar o araponga Jairo Martins.
E, aí, tem-se um dos episódios mais polêmicos da história do jornalismo contemporâneo, um escândalo amplo, do qual Veja acabou se safando graças à entrevista de Roberto Jefferson à repórter Renata Lo Prete, da Folha, que acabou desviando o foco da atenção para o "mensalão".
Havia um antecedente nesse episódio, que foi o caso Valdomiro Diniz, a primeira trinca grave na imagem do governo Lula. Naquele episódio consolidaram-se relações e alianças entre um conjunto de personagens suspeitos: o bicheiro Carlinhos Cachoeira (que bancou a operação de grampo de Valdomiro), o araponga Jairo Martins (autor do grampo) e o jornalista Policarpo Jr (autor da reportagem).
No caso Valdomiro, era um contraventor – Carlinhos Cachoeira – sendo achacado por um dos operadores do PT, enviado pelo partido ao Rio de Janeiro, assim como Rogério Buratti, despachado para assessorar Antonio Palocci quando prefeito de Ribeirão.
Jairo era um ex-funcionário da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), contratado pelo bicheiro para filmar o pagamento de propina a Valdomiro Diniz.
Tempos depois, Jairo foi convidado para um almoço pelo genro de Carlinhos Cachoeira, Casser Bittar.
Lá, foi apresentado a Wascheck, que o contratou para duas tarefas, segundo o próprio Jairo admitiu à CPI: providenciar material e treinamento para que dois laranjas grampeassem Marinho; e a possibilidade do material ser publicado em órgão de circulação nacional.
Imediatamente Jairo entrou em contato com Policarpo e acertou a operação. O jornalista não só aceitou a parceria, antes mesmo de conhecer a gravação, como avançou muito além de suas funções de repórter.
O grampo em Marinho foi gravado em um DVD. Jairo marcou, então, um encontro com Policarpo. Foi um encontro reservado - eles jamais se falavam por telefone, segundo o araponga -, no próprio carro de Policarpo, no Parque da Cidade. Policarpo levou um mini-DVD, analisou o material e atuou como conselheiro: considerou que a gravação ainda não estava no ponto, que havia a necessidade de mais. Recebeu a segunda, constatou que estava no ponto. E guardou o material na gaveta, aguardando a autorização do araponga, mesmo sabendo que estava se colocando como peça passiva de um ato de chantagem e achaque.
Wascheck tinha, agora, dois trunfos nas mãos: a gravação da propina de R$ 3 mil e um repórter, da maior revista do país, apenas aguardando a liberação para publicar a reportagem.
Quando saiu a reportagem, a versão do repórter de que havia recebido o material na semana anterior era falsa e foi desmentida pelos depoimentos dados por ele e por Jairo à Policia Federal e à CPI do Mensalão.
Pressionado pelo eficiente relator Osmar Serraglio, na CPI do Mensalão, Jairo negou ter recebido qualquer pagamento de Wascheck. Disse ter se contentado em ficar com o equipamento, provocando reações de zombaria em vários membros da CPI.
Depois, revelou outros trabalhos feitos em parceria com a Veja. Mencionou série de trabalhos que teria feito e garantiu que sua função não era de araponga, mas de jornalista. O único órgão onde seus trabalhos eram publicados era a Veja. Indagado pelos parlamentares se recebia alguma coisa da revista disse que não, que seu objetivo era apenas o de "melhorar o pais".
Segundo o depoimento de Jairo:
'Aí fiquei esperando o OK do Artur Washeck pra divulgação do material na imprensa. Encontrei com ele pela última vez no restaurante, em Brasília, no setor hoteleiro sul, quando ele disse: 'Eu vou divulgar o fato. Quero divulgar'. E decorreu um período que essa divulgação não saía. Aí foi quando eu fiz um contato com o jornalista e falei: 'Pode divulgar a matéria''.
Clique aqui para ler os principais trechos do depoimento do araponga Jairo à CPI.
E aqui para acessar o relatório final da CPMI.

Reações na mídia


A revelação do episódio provocou reações acerbas de analistas de mídia.
No Observatório da Imprensa, Alberto Dines publicou o artigo "A Chance da Grande Catarse do Jornalismo"
O atual ciclo de denúncias não chega a ser uma antologia de jornalismo mas é uma preocupante coleção de mazelas jornalísticas. Busca-se a credibilidade mas poucos oferecem transparência, pretende-se a moralização da vida pública mas os bastidores da imprensa continuam imersos na sombra:
Tudo começou com uma matéria de capa da Veja sobre as propinas nos Correios, clássico do jornalismo fiteiro.
(...) Carece de (...) transparência a ouverture desta triste e ruidosa temporada através da Veja. Dois meses depois, a divulgação do vídeo da propina nos Correios continua envolta em sombras, rodeada de dúvidas e desconfianças.E, como não poderia deixar de acontecer com fatos mantidos no lusco-fusco da dubiedade, cada vez que a matéria é examinada ou discutida sob o ponto de vista estritamente profissional, mais interrogações levanta.
Caso da entrevista ao Jornal Nacional (Rede Globo, quinta-feira, 30/6) do ex-agente da ABIN, Jairo Martins de Souza, autor da gravação. O araponga — que, aliás, se diz jornalista [veja abaixo comentários de Ricardo Noblat] e faz negócios com jornalistas — revelou que ofereceu o vídeo ao repórter Policarpo Júnior, da sucursal da Veja em Brasília, e que este aceitou-o antes mesmo de examinar o seu teor [abaixo, a transcrição da matéria do JN].
Na hora da entrega, o jornalista teria usado um reprodutor portátil de DVD para avaliar a qualidade das imagens. De que maneira chegou ao jornalista e por que este aceitou o vídeo são questões que até hoje não foram esclarecidas.
Tanto o repórter como a revista recusam-se terminantemente a oferecer qualquer tipo satisfação ou esclarecimento aos leitores. Não se trata de proteger as fontes: elas seriam inevitavelmente nomeadas quando o funcionário flagrado, Maurício Marinho, começasse a depor. Foi exatamente o que aconteceu e hoje Veja carrega o ônus de ter se beneficiado de uma operação escusa – chantagem de um corrupto preterido ou ação formal da Abin para desmoralizar um aliado incômodo (o PTB, de Roberto Jefferson).
(...) Araponga não é jornalista, vídeo secreto ainda não é reconhecido como gênero de jornalismo. Talvez o seja num futuro próximo.
O episódio mereceu comentários do blogueiro Ricardo Noblat:
Ao ser contratado para filmar Marinho e grampear André Luiz, a primeira coisa que ele disse que fez foi procurar a Veja e oferecer o material. 'Foi um trabalho puramente jornalístico', garantiu.
A amigos, nas duas últimas semanas, Jairo confessou mais de uma vez que espera ganhar o próximo Prêmio Esso de Jornalismo. Ele se considera um sério candidato ao prêmio.
Não é brincadeira não, é serio! Porque ele está convencido de que filmou e grampeou como free-lancer da Veja – embora jamais tenha recebido um tostão dela por isso. Recebeu dos que encomendaram as gravações.
Jairo ganhava como araponga e pensava em brilhar como jornalista.
É, de certa forma faz sentido."
Tempos depois, a aliança com o araponga renderia a Policarpo a promoção para chefe de sucursal da Veja em Brasília. A revista já caíra de cabeça, sem nenhum escrúpulo, no mundo nebuloso dos dossiês e dos pactos com lobistas. E o grande pacto do silêncio que se seguiu na mídia, permitiu varrer para baixo do tapete as aventuras de Veja com o araponga repórter.

O final da história

Parte da história terminou em agosto de 2007. Sob o titulo "PF desmonta nova máfia nos Correios", o Correio Braziliense noticiava o desbaratamento de uma nova quadrilha que tinha assumido o controle dos Correios (clique aqui).
No comando, Arthur Wascheck, que assumiu o comando da operação de corrupção dos Correios graças ao serviço encomendado a Jairo - grampo mais publicação do resultado na Veja.
Durante a Operação Selo, foram presas cinco pessoas, em dois estados mais o Distrito Federal.
Segundo o jornal:
Entre os presos estão Sérgio Dias e Luiz Carlos de Oliveira Garritano, funcionários dos Correios, além dos empresários Antônio Félix Teixeira, Marco Antônio Bulhões e Arthur Wascheck, considerado pela PF como líder do grupo e acusado de ter sido o responsável pela gravação feita no dia em que Marinho recebia a propina. Os investigadores não quantificaram o volume de recursos envolvidos nas fraudes, mas calculam que seja de dezenas de milhões de reais.
De acordo com os investigadores, "o grupo agia como traficantes nos morros".
"Havia uma quadrilha na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), que foi desbaratada e afastada. A outra organização tomou o lugar dela. Assim como os traficantes fazem, quando saem, morrem ou são presos, acontece a mesma coisa no serviço público. Quando uma quadrilha sai do local, entra outra e começa a praticar atos ilícitos no lugar da que saiu", explica o delegado Daniel França, um dos integrantes do grupo de investigação.
A corrupção tinha apenas trocado de mãos:
Para o Ministério Público Federal, o entendimento era o mesmo.
"Não se pode dizer que a corrupção terminou ou se atenuou. O que houve foi uma substituição de pessoas, alijadas do esquema", afirma o procurador da República Bruno Acioli.
Segundo ele, há pelo menos 20 empresas, muitas delas ligadas a Wascheck, estão envolvidas nas fraudes que podem atingir outros órgãos públicos, conforme investigações da PF.
A ficha de Wascheck era ampla e anterior ao episódio do qual Veja aceitou participar:
O empresário, conforme os investigadores, atuava na área de licitações desde 1994, sendo que um ano depois ele fora condenado por irregularidades em licitação para aquisição de bicicletas pelo Ministério da Saúde.
O valor das fraudes chegava a milhões de reais:
Segundo a polícia, o grupo de Wascheck vendia todo tipo de material para os Correios. De sapato a cofres, sendo que muitos integrantes do esquema eram também procuradores de outras empresas envolvidas nas concorrências. Com a análise dos documentos, que começou a ser feita ontem, os investigadores devem chegar aos valores das fraudes. "O que posso dizer é que esse prejuízo é de milhões de reais. Dezenas de milhões de reais", diz o procurador da República, ressaltando que seu cálculo se baseia em alguns casos específicos. "Existem licitações na casa de bilhões de reais", afirma o procurador.
No sistema de buscas da revista, as pesquisas indicam o seguinte:
Operação Selo Wascheck: 0 ocorrências
Operação Selo (frase exata) Período 2007: 0 ocorrências
Revista de 8 de agosto de 2007: nenhuma menção
Na edição de 15 de agosto, nenhuma menção. Mas uma das materias especiais atende pelo sugestivo título de"Porque os corruptos não vão presos"
"Frágil como papel
A Justiça brasileira é incapaz de manter presos assassinos
confessos e corruptos pegos em flagrante. Na origem da
impunidade está a própria lei".
A reportagem fala do mensalão, insinua que os implicados até melhoraram de vida, menciona símbolos midiáticos de corrupção (Quércia, Maluf, Collor etc). Nenhuma palavra sobre a Operação Selo e sobre o papel desempenhado pelas reportagens de escândalo da própria revista no jogo das quadrilhas dos Correios.
Seus aliados foram protegidos.
Luís Nassif
No Advivo


O araponga e o repórter



Posted: 25 May 2012 04:43 AM PDT

Nenhuma outra CPI tem tanto material já pronto para ser analisado como esta. Tem os relatórios da Polícia Federal, os inquéritos, centenas de horas de interceptações telefônicas que não foram transcritas, tem sigilos já quebrados, tem o caminho das pedras.
Então a CPI real está na sala cofre com os dados. Tem muito material e leva tempo. Se o relator e os parlamentares sérios forem meticulosos na análise destes dados chegará aos resultados que todos nós queremos.
Por isso ninguém deve desanimar com o que vê na TV. 
Se a gente se basear só nas reuniões abertas da CPI do Cachoeira, transmitidas pela TV, parece que dali não sai nada. Quem já está preso não vai abrir o bico. E tem parlamentar jogando para platéia, mas que, na verdade está atuando para melar a CPI. 
O deputado Francischini parece aqueles alunos arruaceiros que atrapalha a aula, fica querendo chamar para a briga, e só atrapalha o bom andamento. Outros só pensam em holofotes e politicalha, em vez de buscarem trabalho eficaz de investigação. É o caso de Álvaro Dias (PSDB-PR), Onix Lorenzoni (DEMos-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). E outros que só pensam em blindar os seus correligionários e seus estados, empurrando a CPI para outro rumo, como é o caso de Kátia Abreu (PSD-TO) e dos já citados.
Curiosamente, nenhuma CPI com tanto material sigiloso em mãos, teve tão pouco vazamento para a imprensa (o que vazou para a internet, foi antes da CPI ter em mãos). Logo, ou os costumeiros vazadores demotucanos não estão gostando do que estão encontrando para vazar, ou a velha imprensa não está gostando do que está tendo acesso para publicar.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
Posted: 25 May 2012 04:34 AM PDT


Parlamento brasileiro necessita solidificar suas estruturas de apoio popular.  A representação do povo é ainda um arcabouço da democracia brasileira, mas a CPMI pode representar um avanço histórico nesse sentido 
Após algumas semanas da instalação da CPI do Cachoeira, surgem rumores de que grandes veículos de comunicação, destacadamente a Veja, que estaria respaldada pela solidariedade de Folha, Globo e Época, estariam interferindo no andamento desta comissão.

Ameaças de retaliação política estariam sendo feitas a parlamentares e partidos políticos que ousarem convocar Policarpo Júnior, editor chefe da Veja e o proprietário do grupo Abril, Roberto Civita.

Atitude desesperada, de quem quer encobrir a verdade dos fatos e impedir que a sociedade tome conhecimento pleno de todos os atos de corrupção gerados no esquema Cachoeira, operacionalizado por oposicionistas e jornalistas de colossais empresas de comunicação brasileiras.

Agem como se estivessem acima do bem e do mal, se compreendem muito maiores que o interesse social que deveriam cumprir e imunes à lei, que deveriam cumprir como qualquer pessoa, física ou jurídica.

Muito pior: estes jornalistas, sob ordens de seus poderosos chefões, rasgam as normas do bom jornalismo e descumprem a missão primordial da imprensa, que é informar a sociedade dos fatos relevantes, observando e/ou analisando os seus mais variados contextos.

A imprensa brasileira, em geral, salvo exceções, acredita-se mais poderosa até que os poderes constituídos da República, tanto que intentam pautar a mais alta corte do país para apressar o julgamento do mensalão, segundo os interesses que patrocinam, mas que não assumem publicamente.

O país está diante de uma grande oportunidade de ser passado a limpo, a começar pelo meio político, passando por escroques da imprensa, do empresariado e do judiciário. 

 
O papel redentor do meio político

O papel que esta CPI pode desempenhar tem tudo para desentranhar outros fatos escabrosos e escândalos fedegosos, mas também servir como uma espécie de desinfetante ético, limpando tais setores de malfeitores conhecidos, falsos moralistas, supostos defensores da lei e deformadores de opinião.

O recuo diante da intimidação que alguns órgãos de imprensa advertem, significaria robustecer a crença de que o Parlamento brasileiro sucumbe a negociatas inconfessáveis e acordos vis, colocando o cidadão brasileiro em segundo plano na pauta das decisões do Congresso, espaço que deveria servir aos interesses do povo, em primeiro lugar.

Pelo contrário, avançar nestas investigações e convocar governadores, membros do judiciário, empresários e jornalistas, todos citados e envolvidos no esquema, conforme as escutas produzidas pelo trabalho da Polícia Federal na operação Monte Carlo, traria a cena a esperança de uma mudança dos rumos do Congresso e, salvo parlamentares que, voluntariamente, se inclinam em agir a margem da ética e da lei,  poderia simbolizar a redenção do círculo político.

Sem a confiança da sociedade não há como o parlamento agir em conformidade com os anseios da maioria do povo. Atualmente a Câmara e o Senado brasileiros não gozam do respeito e da admiração de suas bases sociais, conforme as pesquisas de opinião divulgadas nos últimos anos.

A vitória sobre esta desconfiança só se concretizará, gradualmente, com esforços legislativos incisivos em proveito da maioria e na prática contumaz de combate aos desvios de comportamento, não apenas aqueles cometidos por Cachoeira, Demóstenes Torres, Marconi Perillo, Construtora Delta e outros personagens políticos e do meio empresarial envolvidos. 


Mostrar ao povo os falsos moralistas
A sociedade brasileira precisa saber que aqueles que se intitulam formadores de opinião, que ostentam as etiquetas das grandes marcas das comunicações, também agiram e ainda agem para enganá-los, desinformando e, quando não, se associando ao crime organizado para benefício próprio ou em favor de poucos.

O brasileiro comum quer que a apuração dos graves fatos não se restrinja apenas aos nomes já veiculados pela imprensa, mas precisa que chegue aos nomes que a própria mídia se recusa a divulgar, muitos deles ocupantes de cargos importantes no setor.
Setores da imprensa, historicamente ligados a causas infiéis ao interesse nacional, age corporativamente  para safar-se das penas que suas ações fora da lei podem causar.
O Congresso brasileiro precisa desentocar tais agentes midiáticos a serviço do crime ou da desinformação social, pois, no mínimo, atentaram contra a ética e o bom jornalismo.
Senão condenam-se juntos, imprensa e parlamento, ao descrédito público mais agudo.
Postado por Palavras Diversasàs 22:41 
Do Blog Palavras Diversas
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