terça-feira, 27 de agosto de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Médicos brasileiros envergonham o País


SARAIVA 13


Vannuchi: Mais Médicos mostra que governo ganha quando enfrenta debates

Posted: 27 Aug 2013 04:34 PM PDT


Padilha, que enfrentou o debate, abriu hoje
o treinamento dos médicos estrangeiros em
Brasília / Elza Fiúza/Agência Brasil

"Colunista da Rádio Brasil Atual diz que conservadores pensam que estão certos quando Executivo deixa de contra-argumentar. Para ele, vontade humanitária de médicos cubanos se opõe a corporativismo no Brasil
Redação RBA

O ex-ministro Paulo Vannuchi, colunista da Rádio Brasil Atual, afirmou hoje (26) que o governo federal encabeçado pelo PT deve apresentar seus argumentos publicamente com mais frequência, sem evitar a exposição de ideias que facilitem a busca de consensos sólidos. Para ele, a chegada de médicos cubanos, a partir do último fim de semana, levantou uma discussão muito importante para o país.

"Esse debate está sendo muito rico para o fortalecimento da democracia brasileira. Ela é uma oportunidade especial que o próprio governo Dilma e o governo Lula estão tendo", disse em seu comentário diário. "Ao fugir, se engana quem pensa que o outro lado, o lado conservador, a direita reacionária que tem saudades da ditadura e não gosta de pobre vai ficar sensibilizada com a moderação. Pelo contrário, ela passa a achar que seus argumentos conservadores e preconceituosos são muito válidos porque ninguém rebate."

Hoje, os primeiros 644 médicos estrangeiros que chegaram ao Brasil começaram a ter treinamento para integrar o programa Mais Médicos. A expectativa do Ministério da Saúde é de que eles atendam a população a partir do dia 16 de setembro. Deste total, 99 são brasileiros formados no exterior, e 400, cubanos, que vieram ao país após um acordo firmado na semana passada entre o governo federal e a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS). "Estão de parabéns a presidenta Dilma e o ministro Alexandre Padilha quando decidem enfrentar essa pressão da mídia partidarizada, da mídia que é oposta a esse projeto que se alinha a um ponto de vista corporativista do segmento médico e nem é de todos os médicos do Brasil", afirma Vannuchi.
Uma das contestações apresentadas pela Associação Médica Brasileira (AMB) é a de que os profissionais cubanos não receberão os R$ 10 mil mensais pagos aos outros médicos, mas uma quantia em torno de R$ 4 mil, que será repassada pelo governo de Cuba. Na semana passada a entidade acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) argumentando que o Mais Médicos é inconstitucional e coloca em risco a população brasileira porque os profissionais estrangeiros não terão de passar pelo exame de revalidação de diploma. A esse respeito, os médicos cubanos que chegaram neste fim de semana ao Brasil esclareceram que são funcionários de carreira do governo da ilha, e por isso recebem um salário fixo, que continha sendo encaminhado às famílias mesmo durante as missões no exterior.
Vannuchi entende que o debate é importante também para desfazer mitos em torno de Cuba, país que desde 1962 enfrenta um bloqueio imposto pelos Estados Unidos, e já atravessou dificuldades graves, como a dissolução da União Soviética, uma parceria estratégica do ponto de vista comercial e político. "Eu faço questão de lembrar que o império norte-americano não deu um ano de chance para Cuba desenvolver a sua democracia. Na guerra não é possível democracia, porque ela requer discussão, diálogo, e a guerra requer combate diário sem muita conversa. Todo mundo sabe disso", adverte.
"Nesse espírito de solidariedade internacional, são milhares os cubanos que se formam nas boas faculdades do país e não se interessam, como muitas vezes aqui no Brasil, pelo problema da remuneração. Quanto eu vou ganhar? Eu quero servir ao povo, ao povo cubano, ao povo brasileiro, ao povo venezuelano, ao povo mexicano, ao povo angolano... onde eu for necessário."

Nassif: Sem Serra, Marina é a única candidata paulista…

Posted: 27 Aug 2013 04:30 PM PDT

trinca

Nassif: Sem Serra, Marina é a única candidata paulista…

26 de agosto de 2013 | 15:10
Muito interessante o artigo que publica hoje o Luís Nassif, que entende muito mais da pauliceia do que este carioca empedernido aqui.
Depois de registrar que a entrevista de FHC defenestrando José Serra é apenas um sinal dado ao  capital e à mídia para que o abandonem – ele sai-se com uma definição que, apesar de parecer insólita – afinal, Marina Silva é acreana – é cheia de fundamento lógico.
Dos três pré-candidatos à presidência – Marina, Aécio e Campos -, Marina é a única candidatura paulista.
No jogo político, Marina é apenas o símbolo, com uma imagem bem concatenada com os novos tempos – de militância digital, dos símbolos ligados à natureza etc. Mas quem pensa por ela são grandes empresários, respeitados em seus negócios, refratários aos órgãos de classe e com posição crítica em relação ao Estado. Surgiram na militância em fins dos anos 80, através do PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais), contra o burocratismo da FIESP. Alguns deles tornaram-se grandes empresários, mas mantiveram a resistência aos órgãos de classe.
São Paulo – não os paulistas, claro, mas o poder econômico – vai exigir de Aécio Neves muito mais do que este aval de Fernando Henrique ou visitas à festas do peão de  boiadeiro.
E a primeira destas exigências é que se torne, rapidamente, um candidato viável eleitoralmente.
E isso, queiram ou não Aécio, Fernando Henrique, o empresariado paulista e a mídia, depende da atitude de José Serra.
Que, a esta hora, rumina o que fazer. No twitter, falou sobre a morte do goleiro Gylmar e seu mais  indomável áulico, Reinaldo Azevedo, limitou-se a um gemido triste, no sábado, dizendo que o PSDB repete os velhos erros de sempre e continua imbatível na arte de vencer o… PSDB!
Serra aceitará a desclassificação humilhante e desaparecerá no silêncio?
Ou vai lançar-se numa candidatura pelo minúsculo – em todos os sentidos – partido de Roberto Freire?
Faça isso ou não, dificilmente deixará de reagir à humilhação que lhe faz o ex-amigo FHC.
Serra sabe que tem cacife, senão para vencer, para derrotar Aécio, por tirar-lhe uma fatia importante de São Paulo. E, de quebra, tirar-lhe em outros estados, pela necessidade que criará ao mineiro de pendurar Fernando Henrique no pescoço.
Há um mês, o Tijolaço afirmou que Serra está disposto a morrer, mas matará antes.
E aí, de fato, Nassif está certo de afirmar que Marina será mesmo a candidata paulista.
Como o alagoano Fernando Collor o foi em 89.
Porque à direita importa menos quem está no poder do que quem não pode estar lá.
Por: Fernando Brito

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Do Blog TIJOLAÇO.

Bob Fernandes: 'Médicos Cubanos' provocam fígado e alma do Brasil

Posted: 27 Aug 2013 08:30 AM PDT

Qual Brasil, Bob Fernandes? Certamente não o Brasil do qual eu e 3/4 da população que usa o SUS pertencemos.
De fato nós não deveríamos nos surpreender com a reação dos #coxinhasdejaleco em Fortaleza, esta é a nossa elite, ela só enxerga o seu próprio umbigo e ela sempre reagirá de modo violento contra qualquer ampliação de direitos aos mais pobres. Nossa elite é perversa e reacionária.
Bob Fernandes se esqueceu de mencionar os embates que já começaram dos trabalhadores brasileiros contra o PL4330  e como esta mesma elite, diretamente saída do século XIX,  se porta e se portará.

Estão chegando os médicos cubanos. Em 700 municípios, 11 milhões de brasileiros não tem nem um médico. Na maioria, em Estados do Norte e Nordeste com baixo índice de desenvolvimento humano e muita miséria.
Virão médicos também de outros países, mas, claro, Cuba é o chamariz para o debate. Há quem imagine ser esse um debate político-partidário. É, mas é muito mais do que só isso.
O que esse tema provoca são percepções sobre o que é, o que deve ser a sociedade. O "Mais Médicos" arranca a visão que cada um de nós tem da vida. Da vida privada e da vida em comunidade.
O programa é mais um a dividir opiniões radicalmente nos últimos 11 anos. Para lembrar outros: Bolsa-Família, sistema de Cotas, e a PEC das Empregadas Domésticas.
Bolsa Família, Cotas, PEC das Empregadas e Médicos… Existem argumentos irrefutáveis. E sempre haverá argumentos refutáveis. Ao gosto e visão de cada um.
Quem contesta Cotas -e há quem odeie- enxerga desprezo ao mérito, e favorecimento. Quem apoia Cotas lembra que o Brasil manteve humanos como escravos por 385 anos, quatro quintos da nossa história.
.
Bolsa Família. Entre os que reagem às Bolsas predomina um argumento: é um incentivo ao ócio, "dá o peixe e não ensina a pescar". A pior seca do Brasil nos últimos 50 anos providência fatos para quem defende as Bolsas.
Não se viu, como em outros tempos, saques nas cidades. E ao lado do chão esturricado, do gado morto, não há, como sempre houve, fome em larga escala. Porque existem as Bolsas. Porque existem redes de proteção social.
Na reação à PEC das Domésticas cansamos de ouvir e ler: "Eu trouxe essa babá para casa quando ainda era uma menina"; "Minha empregada é como se fosse da família".
Não faltou quem lembrasse: a menina se tornou adulta e seguiu babá; quase sempre sem estudar, e tantas sem carteira assinada. "Como se fosse da família", a empregada serve café às 7 da manhã e o jantar à noite.
Com banheiros, chão e roupa suja pra lavar no intervalo. "Da família", mas, claro, sem direito a herança. Agora, os médicos: não faltarão problemas, desavenças e crises.
Mas há outro lado nessa história: 700 cidades não têm nem um médico. E milhares têm, se tanto, um médico. Não têm médicos porque faltam condições para tanto. Mas também porque médicos para lá não querem ir.
Milhões que moram nestas cidades não querem saber se o médico é baiano, sueco ou cubano. Querem médicos. E medicina. Sabem que um médico é melhor do que nem um médico. A boa medicina será cobrada, e muito, nesse caminho. O resto é o jeito de cada um enxergar a vida.
Leia também:
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Do Maria Frô.

Médicos brasileiros envergonham o País

Posted: 27 Aug 2013 08:25 AM PDT

A foto acima diz tudo; um médico cubano negro, que chegou ao Brasil para trabalhar em um dos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum profissional brasileiro, foi hostilizado e vaiado por jovens médicas brasileiras; com quem a população fica: com quem se sacrifica e vai aos rincões para salvar vidas ou com uma classe que lhe nega apoio?
Brasil 247 - Em nenhum país do mundo, os médicos cubanos estão sendo tratados como no Brasil. Aqui, são chamados de "escravos" por colunistas da imprensa brasileira (leia mais aqui) e hostilizados por médicos tupiniquins, como se estivessem roubando seus empregos e suas oportunidades. Foi o que aconteceu ontem em Fortaleza, quando o médico cubano negro foi cercado e vaiado por jovens profissionais brasileiras.
Detalhe: os cubanos, assim como os demais profissionais estrangeiros, irão atuar nos 701 municípios que não atraíram o interesse de nenhum médico brasileiro, a despeito da bolsa de R$ 10 mil oferecida pelo governo brasileiro. Ou seja: não estão tirando oportunidades de ninguém. Mas, ainda assim, são hostilizadas por uma classe que, com suas atitudes, destrói a própria imagem. Preocupado com a tensão e com as ameaças dos médicos, o ministro Alexandre Padilha avisou ontem que o "Brasil não vai tolerar a xenofobia" (leia mais aqui).
Ontem, o governo também publicou um decreto limitando a atuação dos profissionais estrangeiros ao âmbito do programa Mais Médicos – mais um sinal de que nenhum médico brasileiro terá seu emprego "roubado" por cubanos, espanhóis, argentinos ou portugueses. Ainda assim, cabe a pergunta. Com quem fica a população: com o negro cubano que vai aos rincões salvar vidas ou com os médicas que decidiram vaiá-lo?
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Francisco Almeida 




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