sexta-feira, 10 de maio de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Que feio, Marina!

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SARAIVA 13


Posted: 09 May 2013 02:43 PM PDT

Posted: 09 May 2013 03:52 PM PDT


Something

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me


I don't want to leave her now
You know I believe and how

Something in the way she smiles
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Alguma Coisa

Alguma coisa no jeito que ela se move
Me atrai como nenhuma outra
Alguma coisa no jeito que ela me atrai

Eu não quero deixá-la agora
Você sabe como eu acredito

Algo no sorriso dela mostra que ela sabe
Que eu não preciso de outro amor
Algo no seu estilo que me mostra

Eu não quero deixá-la agora
Você sabe como eu acredito

Você está me perguntando se meu amor crescerá
Eu não sei, eu não sei
Fique por perto agora, pode ser que isto ocorra
Eu não sei, eu não sei

Alguma coisa no jeito que ela sabe
E tudo o que eu tenho que fazer é pensar nela
Alguma coisa no que ela me mostra

Eu não quero deixá-la agora
Você sabe como eu acredito

Posted: 09 May 2013 01:13 PM PDT




PITACO DO ContrapontoPIG


Rede Globo - mentindo como nunca


Plim Plim

Mente, engana, escamoteia,


Desdiz, modifica, altera,


Inventa, despista, desnorteia,


Ilude, esconde, exagera.




Aumenta, difama, induz,


Disfarça, dissimula, deforma,


Inverte, oculta, diminui,


ludibria, manipula, desinforma.




Bom dia Brasil, Globo News,



Os jornais da Rede Globo,


Nacional, Jornal das Dez,


Fazendo o Brasil de bobo...
Postado por Helio Borbaàs 16:331 comentários Links para esta postagem
Do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 09 May 2013 01:06 PM PDT


Joseph Pulitzer foi muito provavelmente o editor mais sensacional que o jornalismo já conheceu.
Pulitzer
Ao longo da história, qual foi o jornalista mais inovador?
Uma resposta boa para essa pergunta é Joseph Pulitzer, alemão de origem que fez história nos Estados Unidos no final do século 19 com seu jornal World.
Foi Pulitzer quem rompeu com a tradição de publicar as notícias na ordem cronológica. Ele estabeleceu a hierarquia no noticiário. Estava inventada a manchete, assim, bem como a primeira página. Era um jornalista brilhante, ambicioso, e inevitavelmente acabou tendo seu próprio jornal. Sua lógica como empreendedor no jornalismo era irretocável: "Circulação significa anúncio, anúncio significa dinheiro, dinheiro significa independência."
Essa independência não era estendida para os jornalistas que trabalhavam para ele. Pulitzer disse a um deles: "Acima de tudo, você é pago para veicular minhas idéias, meus anseios, meu julgamento." Se aquele funcionário fosse talentoso como ele próprio, Pulitzer lembrou, já teria "seu próprio jornal". Nunca um barão da imprensa foi tão claro, como Pulitzer, em relação a quem manda na redação.
Sua visão de jornalismo é ainda hoje perfeita. "Para se tornar influente, um jornal tem que ter convicções, tem que algumas vezes corajosamente ir contra a opinião do público do qual ele depende", afirmou.
Era um idealista, um liberal, um homem quase de esquerda. "Acima do conhecimento, acima das notícias, acima da inteligência, o coração e a alma do jornal reside em sua coragem, em sua integridade, sua humanidade, sua simpatia pelos oprimidos, sua independência, sua devoção ao bem estar público, sua ansiedade em servir à sociedade", escreveu.
Tinha uma frase que me me tem sido particularmente cara na carreira: "Jornalista não tem amigo."  Como a "Deusa Cega da Justiça", afirmava Pulitzer, ele ficava ao largo das inevitáveis influências que amizades com poderosos trazem. "O World, por isso, é absolutamente imparcial e independente."
Era um intelectual, um leitor voraz. Certa vez reconverteu Shakespeare do alemão  para o inglês apenas para ver a qualidade da tradução alemã. Lia Platão e Aristóteles em grego. Quando problemas nos olhos o deixaram cego, empregou secretárias para que lessem para ele.  Tinha um prazer particular em ouvir histórias eróticas em alemão.
Seu catálogo de inovações inclui a fundação de uma escola de jornalismo na Universidade de Colúmbia, na qual o principal ensinamento deveria ser "ética", e a criação de um prêmio jornalístico que se tornaria o mais importante do mundo, e que hoje conserva vivo o sobrenome do seu mentor.
Não bastasse tudo, Pulitzer inventou indiretamente ainda o formato dos tablóides. Pouco antes de 1900, ele contratou um jovem jornalista que vinha sacudindo a imprensa inglesa  para cuidar de uma única edição: a da virada do século. Foi dado ao inglês, Alfred Harmsworth, poder total nessa edição. Ele decidiu reduzir o formato do jornal para algo mais aproximado de um livro. Surgia o tablóide.  (Harmsworth faria posteriormente história no jornalismo inglês.)
Ele só não conseguiu uma coisa: ser feliz.  Foi essêncialmente um gênio atormentado. Epicuro escreveu que felicidade é saúde, é ausência de dor – e a cegueira foi apenas um dos males de Pulitzer. Não suportava barulho em seus últimos anos. Nos hotéis em que ficava, nenhum quarto no andar do seu era ocupado para a obtenção de silêncio.
Jamais chegou "perto da felicidade", segundo o relato de seu filho Joseph.
Se você quer aprender a viver, esqueça Pulitzer. Mas se quer aprender jornalismo estude-o com profundidade.
Paulo Nogueira
No DCM


Posted: 09 May 2013 11:47 AM PDT





A atitude de Marina, no dia de ontem, foi vergonhosa.

Marina Silva, derrotada na Câmara dos Deputados, foi ao STF, acompanhada de um bando de parlamentares golpistas que não respeitam a decisão da maioria, tentar manter uma decisão deferida liminarmente por Gilmar Mendes, num brutal ofensa ao princípio de Tripartição dos Poderes, em vez de tentar reverter, no Senado, a derrota sofrida na Câmara.
Quem recebeu Marina foi o pinguço Joaquim Barbosa, que ficou o tempo todo da reunião em pé, deixando seus bajuladores em posição de subservientes.
Marina, como não tem cacife político para mudar uma lei aprovada regularmente pela Câmara dos Deputados, mas que, segundo ela, lhe prejudica, tenta vencer no tapetão, usando um Tribunal totalmente corrompido e dominado por um bando de golpista safado que não tem o menor apreço pela democracia.
É deprimente ver a foto de Marina se curvando a Joaquim Barbosa para pedir apoio. Em nenhum pais do mundo candidatos fazem visitas a membros do Poder Judiciário para pedir apoio. Só no Brasil isso ocorre.
Espero que Joaquim Barbosa tome vergonha na cara e se declare impedido de julgar um pedido que tem como interessado um dos candidatos à sucessão de Dilma. Um magistrado decente faria isso. Mas eu acho que é pedir demais de Joaquim.
Postado por às 10:58Nenhum comentário:

Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 09 May 2013 11:44 AM PDT



Gisele Federicce _247 – Um ano e meio depois, a análise sobre a cobertura da mídia durante a eleição presidencial de 2010, feita pela dupla de jornalistas Palmério Dória e Mylton Severiano, acaba de ser recheada com novas histórias, mais detalhes e uma interpretação sobre o que está por vir no próximo ano. "Crime de Imprensa", lançado em outubro de 2011 em uma banca de jornal da Avenida Paulista, ganha uma versão digital – revista e ampliada – pela Livraria 247. "Para mim o lançamento é agora", afirma, em entrevista ao 247, Palmério Dória – autor também de "Honoráveis Bandidos", sobre a ascensão da família Sarney -, com o mesmo parceiro.

Paraense de Santarém, o escritor acrescenta que a nova versão, porém, não será impressa. "Não adianta encarar certas paradas. A internet está aí para isso. Vimos que a melhor saída era essa", explica, ao se lembrar que "a mídia não deu uma mísera nota" sobre o livro em 2011. "Teve lançamento em Floripa e em Belém, mas a verdade é que ele circulou num circuito restrito mesmo". Segundo o jornalista, o novo texto faz um balanço, sempre com bastante humor – "parece às vezes uma paródia" – de 2004 a 2010, "e pode ser lido como uma premiere do que vem aí".
Para Palmério Dória, a eleição que levou Dilma Rousseff à presidência da República no segundo turno, quando derrotou o tucano José Serra, foi como um "trem-fantasma", que a cada curva tinha um susto diferente, sempre promovido pela imprensa. O livro trata desses sustos, passados pela então candidata. Um exemplo é o fato de o jornal O Estado de S.Paulo, da família Mesquita, assumidamente apoiador da campanha de Serra, ter noticiado que o tucano estava em dois lugares no mesmo dia e no mesmo horário. "Eles vão repetir os mesmos erros nessa campanha de 2014. E já estão operando", afirmou, sobre os jornais.
Leia abaixo os principais trechos da conversa:

Qual a diferença dessa edição revista e ampliada?
Bom, a gente acrescentou muita coisa. Por exemplo, a gente acha que a grande mídia vai fazer tudo igual ao que fez em 2010, só que diferente: eles estão mais unidos e coesos. Estava faltando também um pouco mais de eleições passadas. Falamos de uma operação Teodoro, levada à cabo pela TV Globo, em 89, para evitar a chegada do [Leonel] Brizola ao segundo turno. Eu acho que eu não vi nada até agora sobre isso... e está nessa versão. Tem coisas interessantes que a gente acrescentou que foram acontecendo depois do lançamento, como o fato ocorrido no dia 9 de dezembro de 2011, quando se celebrava o Dia Internacional Contra a Corrupção. Nesse dia, o [jornalista] Amaury Ribeiro Junior lançou um livro bem adequado à data, A Privataria Tucana. Só que a imprensa passou mais de uma semana para tomar o conhecimento do livro, enquanto se ocupava em perseguir o [ministro] Fernando Pimentel. Além de recontar melhor coisinhas como no fato de nas eleições de 2002 o [candidato à presidência] José Serra estar em dois lugares ao mesmo tempo – em um estúdio em São Paulo e numa grande manifestação popular em Tocantins. O Estadão deu isso: era o mesmo horário e o mesmo dia. O livro está realmente muito mais redondo. Esses pequenos e grandes crimes da imprensa estão mais evidentes.
Por que a cobertura jornalística da campanha presidencial de 2010 chamou tanta atenção, a ponto de você decidir escrever um livro sobre o assunto?
Porque o que está na frente da gente, diante do nariz, normalmente as pessoas não fazem. Esse é o único livro sobre as eleições de 2010, segundo o [jornalista] Ricardo Kotscho. Agora, é muito importante porque eles (os jornais) vão repetir o mesmo esquema, agora maior, também revisto e ampliado, de 2010. Porque eles já fazem isso há décadas.
Quais são os principais fatos da eleição citados no livro?
Partimos do episódio da bolinha de papel [contra José Serra], e vamos para a frente. Falamos que a eleição de Dilma parecia um trem-fantasma: a cada curva era um susto. Então vamos falando desses sustos que a Dilma e o País passou, terminando com o Papa entrando na discussão sobre o aborto.
E vocês veem esses acontecimentos com humor...
Sempre. Parece às vezes uma paródia. Só dá para entender o que está acontecendo hoje em dia no Brasil pelo viés do humor, como dizem os intelectuais. Não tem outra forma.
O título é Crime de Imprensa. Que crime é esse?
São os pequenos e grandes golpes da mídia para derrubar os governos populares.
Você chama a imprensa brasileira de murdoquizada. Qual a relação da mídia no País com os veículos do magnata Rupert Murdoch, na Inglaterra?
A revista Veja grampeou o José Dirceu numa operação que depois se viu que até o Carlinhos Cachoeira estava envolvido. Um repórter entrou no hotel, botou câmeras e tudo o mais. São os métodos que o pessoal do Murdoch usou.
Sobre um fato que ocorreu após a publicação do livro... o que pensa sobre a relação de Carlinhos Cachoeira com a Veja?
De novo a piada prevalece. O Cachoeira na verdade era o publisher da Veja. Tudo vira piada porque você vê, como no caso do [julgamento do 'mensalão' pelo] STF, que a ausência de fatos é mais importante que os fatos. E a imprensa vai criando esses fatos. A Folha vai ter que ampliar o seu "Erramos" para o caderno inteiro, e tendo como editora a [colunista] Eliane Cantanhêde.
O que você espera exatamente para o ano que vem?
Uma maior coesão. O "Rolando ladeira abaixo de Mesquita", o "Rolando ladeira abaixo Frias", Civita... eles vão repetir os mesmos erros nessa campanha de 2014. E já estão operando. O meu parceiro, o Mylton Severiano, tem um livro sobre o Estadão – que também não tem a menor divulgação –, chamado "Nascidos Para Perder". Só que nascidos para perder não são mais só o Estadão, tenho a impressão de que esses jornalões se viciaram nisso, perder causa dependência.
E eles perderam também em 2010?
Ah, sim. O Estadão assumiu, foi o único que fez editorial, defendendo meio que envergonhado a candidatura Serra, chamado "O mal a evitar". O mal a evitar seria a Dilma, no caso. Agora todos, de maneira geral, entraram nessa fria.
O que os jornais estão fazendo agora que é similar a 2010?
Similar a 2010 é se constituir como partido político. A grande mídia, os jornalões, estão unidos e coesos. Então um repercute o outro, não existem mais nuances, não há fato novo, eles vão em bloco, como numa ação coordenada, são concorrentes comparsas. É claro que eles têm seus interesses próprios, mas existe uma cumplicidade.
No fundo, no fundo, o grande objetivo é evitar os avanços sociais. Uma discussão antiga. Por isso que o livro precisava falar de outras eleições, para ficar mais claro. Na prática, a gente faz um balanço de 2004 a 2010, mas evidente que fala mais da eleição que passou – e pode ser lido como uma premiere do que vem aí, que já está acontecendo.
Posted: 09 May 2013 10:53 AM PDT


Marina Dias, Terra Magazine
"O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (8) que não vê "perspectivas de descontrole inflacionário" para 2014 no Brasil e elogiou a política de redução de juros do governo Dilma Rousseff. Durante palestra promovida pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), o tucano falou por mais de uma hora sobre o que chamou de "análise crítica" da política econômica brasileira nos últimos dez anos, período em que o país foi governado pelo PT.
"Foi bom ter baixado os juros, também porque tinha um custo fiscal fenomenal. E não tem por que ser diferente. Não acredito que isso vá resolver a questão da inflação, que está relacionada aos preços relativos, mas não vejo a inflação explodindo", afirmou Serra.
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 09 May 2013 10:51 AM PDT


Posted: 09 May 2013 10:48 AM PDT
Globo explica saída do Facebook
Juarez Queiroz, CEO do Globo.com, detalha os motivos que levaram a Globo a abandonar o Facebook como plataforma para distribuição de conteúdo
Por TERESA LEVIN: Meio e Mensagem
08/05/2013

A decisão das Organizações Globo em retirar o conteúdo do Facebook, na primeira semana de abril, foi provocada por razões editoriais e comerciais, afirma Juarez Queiroz, CEO da Globo.com. De acordo com Queiroz, o tráfego com origem na rede social não tão significativo que impedisse a decisão. "O Facebook não é importante na distribuição da Globo. Representa menos de 2% na média, em alguns produtos menos de 1%", afirma. Para o executivo, os meios de interação dos usuários com o conteúdo variam e nem sempre o resultado das ações dos veículos do grupo no Facebook eram satisfatórios.


Para explicar a decisão, o grupo baseou-se na observação de que nem tudo que os veículos publicam chega ao news feed dos usuários e que esta "edição" feita pelo Facebook, fora do controle da Globo, não era positiva do ponto de vista editorial. "São dois ambientes distintos: o news feed e a página de usuário. O comportamento das pessoas é de uma superutilização do news feed. Da mesma forma, elas não vão às fanpages, consomem o que foi publicado nelas à medida que aquilo vai saindo em seu news feed. E não necessariamente tudo que foi publicado na fanpage sai ali. Há uma edição, por meio de um algoritmo do Facebook, que faz a seleção do que vai para sua página", descreve.
Comercialmente, o fato de que o Facebook permite que anunciantes utilizem sistemas de filtro que chegam até a grupos de usuários fãs de determinadas marcas pesou, já que, para Queiroz, isso torna o público dos produtos das Organizações Globo disponível para outros veículos e para anunciantes que possam atingir o target da Globo via rede social. "Quando você quer fazer uma ação comercial no Facebook, tem uma página desenhada especificamente para isso. Nela o anunciante diz, por exemplo, que quer mandar uma publicidade para jovens, do sexo masculino, e pode classificar por interesses que são filtros, segmentados pelas fanpages. Com isso, meu concorrente pode mandar uma comunicação para minha base", detalha Queiroz. "Aquilo que construímos com cuidado e mantemos protegido torna-se público. Mais ainda: uma empresa que não fez uma fanpage, não construiu uma base grande de fãs, pode entrar lá e mandar uma publicidade para o meu público".
Queiroz não acredita que seja possível negociar políticas específicas de relacionamento do Facebook com as Organizações Globo, já que a rede social tem políticas globais. "A flexibilização local é limitada. É complicado ser de um jeito no país A e de outro no B ou C. Não acredito que isso tudo implique que eles repensem sua política comercial ou modelo", afirma.

Do Maria Frô.
Posted: 09 May 2013 10:45 AM PDT


justica 
Em debates envolvendo direitos humanos, especialmente quando os humanos em questão são presidiários, rapidamente alguém esgrime a frase: "quero ver se acontecer com tua família…". É uma expressão muito usada, por exemplo, em debates cotidianos sobre a pena de morte. Para os defensores desta máxima, tudo se passa como se ela fosse uma espécie de premissa fundadora da justiça. O complemento – nem sempre expresso – da frase é: (se acontecer com alguém da minha família)…tem que arrebentar e matar.
O uso da premissa ameaçadora "quero ver se acontecer com a tua família" apoia-se em sentimentos compreensíveis de raiva e vingança comuns em caso de violência. Ela é acompanhada, muitas vezes, por outra premissa, mais ameaçadora ainda, que consiste em invocar episódios particulares de violência extrema com requintes de crueldade para justificar teses gerais sobre o tratamento de presos. A maioria das pessoas tem hoje um integrante da família ou alguém próximo que foi vítima de um ato violento, seja um assalto, um roubo, um acidente causado por imprudência, um episódio de violência doméstica ou mesmo um assassinato. Estes casos particulares, porém, por mais dramáticos e dolorosos que sejam, não justificam a adoção da "justiça pelas próprias mãos". Essa é uma das razões pelas quais existem coisas como o Direito, a Justiça e o Estado. Se quisermos abrir mão dessas instituições, por maiores que sejam suas imperfeições, em pouco tempo estaremos de quatro urrando nas matas.
A frequência no uso da expressão citada mostra como esses conceitos (Direito, Justiça e Estado) ainda são um tanto contra-intuitivos, ou seja, seu significado e suas implicações ainda escapam a muita gente. A construção desses conceitos e sua transformação em ordenamento jurídico e instituições levaram séculos e custaram muito sangue derramado. A instituição do conceito de Estado, em especial, exigiu algumas renúncias, entre elas, a de querer fazer justiça com as próprias mãos, ou de querer criar e legitimar normas e preceitos particulares a partir, por exemplo, do que ocorre com cada um de nós e suas respectivas famílias. A pretensão de fundar a Justiça e o Direito em apelos desta natureza significa, na verdade, a implosão desses conceitos, ou, pelo menos, de sua universalidade, o que, no frigir dos ovos, dá no mesmo.
É sintomático que esse tipo de expressão tenha ampla circulação no Brasil e seja geralmente apontado contra defensores dos direitos humanos, reduzidos então à categoria de "amigos de bandidos". O Brasil, ao contrário do que certa historiografia tenta construir, foi construído na base de muita violência, racismo e desigualdade. A "cordialidade do brasileiro" é um mito. Milhões de índios foram massacrados, com requintes de violência. O Brasil foi um dos últimos países a abolir oficialmente a escravidão. Os resquícios desses episódios fundadores da nação brasileira estão aí para quem quiser ler, ver, ouvir e sentir.
Essa é uma das razões centrais pela qual os conceitos de Direito e Direitos Humanos precisam avançar no país, tanto do ponto de vista de sua efetivação como no de sua compreensão. Esta última, aliás, parece ser uma condição para a primeira. O problema do país não é, como disse recentemente um editorial do jornal Zero Hora, a existência de um excesso de direitos e uma escassez de deveres.
Esse chavão é uma expressão típica da cultura da Casa Grande que está impregnada na nossa cultura. Não há país que tenha perecido por algo como "excesso de direitos". O reconhecimento de novos direitos é uma conquista civilizatória. Acenar com um suposto desequilíbrio na balança Direitos-Deveres é um velho artifício retórico que mal consegue disfarçar seu mal-estar com a consolidação de certos direitos. Isso aparece, mais uma vez, hoje, nos debates sobre direitos trabalhistas de empregadas domésticas, reconhecimento de territórios quilombolas e sobre o casamento gay, apenas para citar três exemplos. Aliás, esse artifício costuma dar as caras no debate público justamente quando ele versa sobre o reconhecimento de direitos.
Esse mal-estar evidencia que nossa sociedade está fundada em uma cultura de violência, de aversão ao Direito, ao Estado e à Justiça como conceitos universais, de perpetuação da desigualdade e de práticas discriminatórias variadas. Todo esse caldo de cultura indigesto é retroalimentado diariamente pelos meios de comunicação que, ao mesmo tempo, bebem dele e o vitaminam com falácias, preconceitos e doses maciças de desinformação.
O debate sobre a situação dos presídios é paradigmático neste sentido. Merece registro a observação feita pelo ex-secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre, Luiz Fernando Zachia, ao relatar sua experiência no Presídio Central ao jornal Zero Hora (edição de 07/05/2013). Zachia foi um dos presos pela Polícia Federal na Operação Concutare, que investiga um esquema de fraudes ambientais no Estado. "Teve uma noite que dormi muito mal. Fui político, presidente da Assembleia, secretário de Estado, mas fiz muito pouco pela questão prisional. Os presos têm de pagar a conta, mas têm de ser reintegrados. Hoje, têm expectativa de vida zero. Isso me incomodou. Eu poderia ter ajudado, pelos cargos que ocupei", afirmou.
Esse é um debate difícil, mas que precisa ser feito. Se a população carcerária não para de crescer e a sociedade não está disposta a considerar esse assunto como seu, então estamos diante de um grave problema, a saber, a constatação de uma sociedade doente que quer fechar os olhos para as enfermidades que a ameaçam. Em tempo: eu já perdi "alguém da minha família", uma querida irmã no caso, vítima fatal de um motorista imprudente, para dizer o mínimo. Ele já foi julgado e condenado pela Justiça. As marcas dessa morte ficaram gravadas na alma e no corpo da família como se fossem feitas por ferro em brasa. Querer usar esse tipo de marca para justificar teses gerais sobre o mundo é simplesmente indecente.
Marco Aurélio Weissheimer
No RS Urgente


Posted: 09 May 2013 08:05 AM PDT


Um dia depois de a taxa voltar à meta do Banco Central, jornal O Globo usa um indicador, a inflação dos alimentos em 12 meses, para apontar descontrole inflacionário no País; publicação retoma a "guerra do tomate", apesar da desaceleração dos alimentos; enfoque alarmista mereceu destaque também no Jornal Nacional de ontem, com William Bonner e Patrícia Poeta.
Brasil 247 - Os dados divulgados pelo IBGE, sobre inflação, na manhã de ontem, foram claros. A taxa medida pelo IPCA, em abril, subiu 0,55%, o que fez com que o índice acumulado em 12 meses recuasse para 6,49%, ficando dentro, portanto, do teto da meta tolerada pelo Banco Central, que é de 6,5% ao ano (sobre isso, leia a reportagem IBGE: inflação na meta, normalidade na economia)
Assim, toda a gritaria dos últimos meses, sobre um suposto descontrole inflacionário, que teve como símbolo o "colar de tomates" que Ana Maria Braga, da Globo, pendurou no pescoço, deveria ser superada. Os dados de ontem também confirmam a correção da linha adotada pelo Comitê de Política Monetária, que, a despeito de todo o lobby por juros maiores, optou por uma alta levíssima, e quase imperceptível, em sua última reunião.
Seria natural, portanto, que o enfoque do noticiário sobre inflação destacasse o retorno à meta. Mas quando o assunto se torna peça de propaganda e tema de campanha presidencial, o quadro se torna menos previsível. No Globo desta quinta, o jornal dos Marinho retoma o terrorismo com a manchete "Inflação dos alimentos já é de 14% em 12 meses", ainda que os dados do IBGE, divulgados ontem, também tenham destacado a desaceleração dos alimentos e a pressão maior de outros setores, como o de medicamentos.
A abordagem alarmista também mereceu destaque no Jornal Nacional de ontem, apresentado por William Bonner e Patrícia Poeta. No telejornal da Globo, foi feita a defesa de que o Brasil adote metas inferiores à atual, que é de 4,5%. Detalhe importante: no governo FHC, o Brasil só cumpriu a meta em anos de recessão aguda. Em praticamente todos, a meta foi estourada.

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Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 09 May 2013 08:02 AM PDT


Paulo Sérgio Pinheiro, coordenador da Comissão Nacional da Verdade, afirmou estar surpreso com os documentos e informações que revelam a participação da cúpula do regime: 'A estrutura do aparelho de repressão vinha desde as alturas do poder até os executantes'
Autoridade com assento na ONU e coordenador da Comissão Nacional da Verdade, o cientista político e professor da USP Paulo Sérgio Pinheiro, em entrevista exclusiva ao iG, se diz surpreso com os documentos e informações que revelam a participação dos presidentes militares nas ações que resultaram na tortura, extermínio e ocultação dos corpos de militantes de organizações armadas que enfrentaram a ditadura.
Ao contrário da história oficial, segundo ele, a máquina repressiva não funcionou descolada do Palácio do Planalto. À exceção de Castelo Branco e de João Batista Figueiredo, todos os outros generais que se revezaram no poder sabiam e ordenaram os horrores dos anos de chumbo.
"A estrutura do aparelho de repressão vinha desde as alturas do poder até os executantes", afirma Pinheiro. O extermínio de militantes e o aniquilamento das organizações foi, segundo ele, uma opção da cúpula do regime militar.
A Comissão aguarda apenas a conclusão da autópsia dos restos de João Goulart para revelar que o presidente golpeado em 1964 teria morrido, em 1976, na Argentina, em decorrência de envenenamento, e não de ataque cardíaco, como consta no atestado de óbito.
Pinheiro diz que são normais as críticas de familiares sobre a lentidão das investigações, mas garante que a CNV vai apontar o paradeiro dos corpos de militantes de esquerda desaparecidos.
Serão esclarecidos também os casos de 20 brasileiros exilados na Argentina. Nesse grupo se encontra o pianista Francisco Tenório Júnior, o Tenorinho, sequestrado em 1976, a poucos metros do hotel onde se encontravam seus companheiros de excursão, Vinicius de Morais e Toquinho.
A Comissão já listou, segundo o coordenador, 250 agentes da repressão envolvidos em tortura e mortes. Eles serão chamados a depor. Caso não atendam a intimação, serão levados à força pela Polícia Federal e ainda responderão na Justiça por desobediência. A máquina envolvida diretamente nos 437 casos de mortos e desaparecidos tinha cerca de 1.500 militares e policiais.
As investigações apontam que o Judiciário brasileiro aderiu "gostosamente" ao arbítrio, sem que fosse necessário alterar ou criar legislação de exceção. "Dá para contar nos dedos das mãos os (juízes) que resistiram", cutuca o cientista.
A CNV também já tem indícios de que várias empresas e instituições financeiras de peso na economia financiaram a repressão que aniquilou as organizações de esquerda.
Segundo Paulo Sérgio Pinheiro, as Forças Armadas estão colaborando com as investigações, mas, apesar do contínuo avanço da democracia, não há ainda garantia de que o País esteja livre de novas aventuras militares golpistas.
"O antídoto é a democracia e o bom funcionamento das instituições", diz Pinheiro. O relatório, segundo o coordenador, vai propor a revisão na Lei da Anistia.
No iG

Posted: 09 May 2013 05:35 AM PDT

Do Brasil 247 - 9 de Maio de 2013 às 06:26 

 

:

Um dia depois de a taxa voltar à meta do Banco Central, jornal O Globo usa um indicador, a inflação dos alimentos em 12 meses, para apontar descontrole inflacionário no País; publicação retoma a "guerra do tomate", apesar da desaceleração dos alimentos; enfoque alarmista mereceu destaque também no Jornal Nacional de ontem, com William Bonner e Patrícia Poeta

247 - Os dados divulgados pelo IBGE, sobre inflação, na manhã de ontem, foram claros. A taxa medida pelo IPCA, em abril, subiu 0,55%, o que fez com que o índice acumulado em 12 meses recuasse para 6,49%, ficando dentro, portanto, do teto da meta tolerada pelo Banco Central, que é de 6,5% ao ano (sobre isso, leia a reportagem IBGE: inflação na meta, normalidade na economia)

Assim, toda a gritaria dos últimos meses, sobre um suposto descontrole inflacionário, que teve como símbolo o "colar de tomates" que Ana Maria Braga, da Globo, pendurou no pescoço, deveria ser superada. Os dados de ontem também confirmam a correção da linha adotada pelo Comitê de Política Monetária, que, a despeito de todo o lobby por juros maiores, optou por uma alta levíssima, e quase imperceptível, em sua última reunião.

Seria natural, portanto, que o enfoque do noticiário sobre inflação destacasse o retorno à meta. Mas quando o assunto se torna peça de propaganda e tema de campanha presidencial, o quadro se torna menos previsível. No Globo desta quinta, o jornal dos Marinho retoma o terrorismo com a manchete "Inflação dos alimentos já é de 14% em 12 meses", ainda que os dados do IBGE, divulgados ontem, também tenham destacado a desaceleração dos alimentos e a pressão maior de outros setores, como o de medicamentos.

A abordagem alarmista também mereceu destaque no Jornal Nacional de ontem, apresentado por William Bonner e Patrícia Poeta. No telejornal da Globo, foi feita a defesa de que o Brasil adote metas inferiores à atual, que é de 4,5%. Detalhe importante: no governo FHC, o Brasil só cumpriu a meta em anos de recessão aguda. Em praticamente todos, a meta foi estourada.
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PITACO DO ContrapontoPIG

Rede Globo - mentindo como nunca


Plim Plim

Mente, engana, escamoteia,


Desdiz, modifica, altera,


Inventa, despista, desnorteia,


Ilude, esconde, exagera.




Aumenta, difama, induz,


Disfarça, dissimula, deforma,


Inverte, oculta, diminui,


ludibria, manipula, desinforma.




Bom dia Brasil, Globo News,


Os jornais da Rede Globo,


Nacional, Jornal das Dez,


Fazendo o Brasil de bobo...

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Posted: 09 May 2013 05:32 AM PDT


Texto apresentado por Requião havia
sido aprovado pela CCJ em março de 2012

"Texto prevê dois meses para pedir uma resposta aos veículos de comunicação e poderá ser feita individualmente. Senadores rejeitam possibilidade de censura
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senadoaprovou nesta quarta-feira (8) um projeto que estabelece regras para a concessão de direito de resposta na imprensa. De autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), ele prevê a veiculação a quem se sentir ofendido por matéria publicada em jornais, radios, emissoras de televisão e internet. O texto agora será analisado pelos senadores em plenário.
O texto havia sido aprovadoem março do ano passado pela comissão, em caráter terminativo. Ou seja, seria enviado direto para a Câmara, sem precisar passar pelo plenário. No entanto, um recurso apresentado na época acabou forçando uma nova apreciação no Senado. Emendas foram apresentadas e depois remetidas à CCJ. Hoje, elas foram analisadas.
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 09 May 2013 05:29 AM PDT


Marco Aurélio Mello, DoLaDoDeLá
"Recuso-me a assistir à TV Globo desde que sai de lá. Como disse Lula em entrevista recente, não admito mais ser envenenado aos poucos. Muitos acham que é por despeito, porque fui demitido. Nada disso. Fui feliz enquanto estive lá, aprendi muito, deixei colegas leais e bons amigos, com os quais - infelizmente - não posso mais me relacionar, porque se descobertos podem ser demitidos. Vejam só que ironia...
Hoje impera na emissora uma ditadura. O noticiário é todo centralizado nas mãos de um incompetente gestor de conteúdo, que faz com o telejornalismo o que acusa outras empresas de fazer. Distorce, manipula e pior, usa o noticiário para chantagem política, o que deveria ser tratado como crime de lesa-pátria. Digo incompetente porque não consegue escamotear os interesses dos patrões, como era feito eficientemente durante o regime militar.
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 09 May 2013 05:25 AM PDT



Agressores dão risada e debocham da vitima (FOTO: Ney Franco)
Agressores dão risada e debocham da vitima 
(FOTO: Ney Franco)
Covardia: assim a redação do Olé do Brasil e os amantes do esporte definem o que ocorreu no estádio Independência, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O Atlético-MG surrou, espancou, chutou, amassou e humilhou o São Paulo, de forma bruta, absolutamente covarde. Após a partida, o presidente do Galo, Alexandre Kalil, foi notificado pela polícia que o clube foi enquadrado na Lei Maria da Penha:
"Todo mundo viu como o São Paulo apanhou e a lei existe para proteger o direito feminino. Além disso, foi ao vivo e em público, o que agrava demais o caso.", disse com pompa Felipe Nis, advogado do clube tricolor paulista.
A equipe investigativa do Olé do Brasil, melhor portal de notícias esportivas do país, descobriu que o caso é grave e já há um histórico de acusações contra o Galo em Minas Gerais. Segundo o delegado de polícia, Heloíso Antonelli, o time mineiro carrega um histórico de violação da Lei Maria da Penha.
"Vira e mexe o Galo aparece aqui e bate nas Marias. Não tem jeito, eles gostam. Tem vez que as Marias lutam, mas na maioria das vezes acaba apanhando mesmo. É uma pena", disse o delegado Heloíso.
Para piorar, pelo fato de o São Paulo ter levado de 4, o Atlético pode ser indiciado por estupro.

Posted: 09 May 2013 05:22 AM PDT


 Blog Palavra Livre   - 08/05/2013






Por Davis Sena Filho


O presidente do STF, juiz Joaquim Barbosa, age como monarca, apesar de não ter nascido em berço majestático e muito menos ser titular de um trono por hereditariedade. 
 .
Contudo, o juiz supremo não se faz de rogado, e, por saber que não é rei, transformou-se em uma autoridade majestosa, pois absoluto que é ao se apresentar à sociedade, bem como aos chefes de estado, de governo, do Parlamento e aos seus quase iguais do Judiciário.



Joaquim Barbosa é absolutista, como o foram os reis e as rainhas de tempos idos. Sua desenvoltura franca e invariavelmente contundente muitas vezes transpassa o limiar do entendimento e do respeito mútuo entre os poderes de Estado. Sua personalidade irascível e a vocação para o embate estimulam o conflito, e, consequentemente, criam aberturas para que os oportunistas, os golpistas e os manipulares promovam crises artificiais, que, de tão corriqueiras nesses últimos 11 anos, transformam a República em um "reino" de fofocas, picardias, maledicências, denúncias vazias e acusações irresponsáveis.



O juiz tem dificuldade para escutar e dialogar, e, quando não gosta do que escuta ou não concorda com as ponderações de seu interlocutor, seu gênio difícil emerge, as palavras saem de sua boca aos borbotões, em conotações ásperas e duras e em um volume altissonante, que passa a sensação a quem o observa de ter perdido o controle sobre o seu pensamento, pois o mais importante juiz do País deixa por momentos de ser magistrado para se transformar em um condestável de capa preta, que se sente acima de todos, pois sois rei. Sois rei! Sois rei!



Não há fotografia publicada na imprensa em que se vê o majestoso juiz a receber as pessoas e, igualmente a elas, sentar-se para conversar sobre o assunto em pauta. Não. Nem pensar. O juiz claramente demonstra arrogância e prepotência, como a dizer ao seu interlocutor: "Se você disser qualquer coisa que eu não concorde mesmo se for sensato, verdadeiro ou justo, vou te passar um "carão", uma reprimenda, que vai ficar difícil até para você dormir".



É mais ou menos assim que muitas autoridades ou até mesmo pessoas não tão poderosas se sentem. O juiz Joaquim Barbosa não se conduz como juiz, não pensa como juiz e parece que não compreende que a magistratura no âmbito do Supremo Tribunal Federal não se traduz somente em julgar, absolver ou punir. Não se limita a apenas a executar a Constituição e as leis em geral. O STF é um Tribunal e uma Casa por onde tramitam os interesses da Nação brasileira, inclusive os de soberania, e por isto e por causa disto o presidente do Supremo tem a obrigação de ser humilde, educado e ponderado, pela razão de tal cargo ser poderoso e que pode ser exercido ou não em prol do Brasil e do povo brasileiro.



As dores na coluna do presidente do STF, Joaquim Barbosa, não servem de forma alguma como desculpa para o magistrado ficar em uma posição em que se torna nítida e, por conseguinte, visível sua pose autoritária e conduta à beira de uma explosão emocional, que faz com que seus interlocutores se sintam como se estivessem a conversar com o próprio Nosferatu, monarca da opressão, ou o Torquemada — o absolutista da Inquisição.



A postura do juiz Joaquim Barbosa não condiz com os princípios republicanos. Os Poderes da República são diferentes, mas iguais no que concerne à independência de cada instituição. Não é agradável, sobremaneira, falar com uma pessoa que está em pé, enquanto seu interlocutor está sentado. Essas reuniões e agendas não se tratam de encontros informais.

 Nunca vi, no exterior e no Brasil, alguém se conduzir como o juiz Joaquim Barbosa, o absolutista sem sofá, poltrona e cadeira. O STF precisa, urgentemente, providenciar um trono para o juiz Joaquim Barbosa sentar.

É isso aí.
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PITACO DO ContrapontoPIG 
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Diagnóstico: megalomania

* Do Aurélio: "megalomania
 
(è) [De megal(o)- + -mania.]
 
Substantivo feminino. 

1.
Psiq. Mania de grandeza; superestima patológica de si mesmo, das próprias qualidades; macromania: "

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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 09 May 2013 05:19 AM PDT

Do Viomundo publicado em 8 de maio de 2013 às 16:26
Miguel do Rosário: "Damatta envereda para o golpismo quando usa a sua coluna do Globo para fazer proselitismo político com a imagem do presidente do STF, Joaquim Barbosa"


Xaropadas barbosianas de Roberto Damatta
 
por Miguel do Rosário, em O Cafezinho


Se havia alguma dúvida sobre a aliança espúria entre o STF e a mídia, um texto publicado hoje no jornal da maior empresa de mídia no país esclareceu tudo.

"Joaquim Barbosa seria meu candidato definitivo à presidência da república e estou certo que ele venceria no primeiro turno", afirmou hoje, em sua coluna semanal, o antropólogo Roberto Damatta.

Repare bem a convicção! "Estou certo que ele venceria no primeiro turno". No primeiro turno! O artigo revela bem a triste patologia golpista do conservadorismo brasileiro.

Por que golpista? Admito que o termo golpista permite interpretações bem diversas. Para a direita, a esquerda é golpista. Para a esquerda, é a direita. No entanto, vejamos quem é o candidato que, segundo o colunista do Globo, "venceria no primeiro turno". É um político? Pertence a partido? É ligado a alguma legenda? Expressa claramente suas opiniões políticas ou ideológicas? A resposta para todas as questões é: NÃO!

A asserção de Damatta flerta com uma gravíssima ilegalidade, ao sugerir que Barbosa, representante máximo do Judiciário, ambiciona controlar também o Executivo. Juízes estão proibidos, constitucionalmente, de fazer política partidária, de maneira que a declaração de voto em Barbosa, por parte de um antropólogo erudito, é, para dizer o mínimo, de um mau gosto atroz e desastrado.

O pior mesmo é o "eu tenho certeza", que revela apenas a arrogância sem limites, à beira da esquizofrenia, de quem considera o jardim que descortina da janela da Casa Grande representa o mundo inteiro.

Esses não são os únicos problemas do texto. Ele é um amontoado de – como diria Manoel de Barros – "ignoranças" sobre política, ideologia e história.

Concordo que não devemos tratar a dicotomia "direita" X "esquerda" com um viés maniqueísta. Suponho que há canalhas de esquerda e pessoas íntegras na direita. Alguns diriam que, se a pessoa é canalha, é porque, na verdade, não é de esquerda, e que se é de direita, também não pode ser tão legal assim. Não vou entrar nesse tipo de juízo.

Entretanto, quando se observa a dialética ideológica no mundo hoje, não estamos avaliando a integridade ou valor subjetivo de ninguém, mas apenas constatando a permanência de um conflito muito natural entre o trabalho e o capital, que atravessa a história da humanidade desde seus primórdios. Os termos "esquerda" e "direita" nasceram no âmbito da revolução francesa, mas as lutas sociais vêm de muito mais longe.

O renomado historiador francês León Homo, que escreveu um dos maiores clássicos sobre Roma antiga, "Les Instituitons politiques romaines", uma obra profundamente documentada e filiada aos critérios mais rígidos da tradição historiográfica europeia, não hesita em dividir as facções políticas da república romana em "esquerda" e "direita".

De fato, ao se estudar a realidade daqueles tempos, não é difícil constatar que a classe dos nobres, dos aristocratas, o partido dos "optimates", representava a direita romana; plebeus, estrangeiros, trabalhadores, o partido dos "populares", correspondiam à esquerda. Havia pessoas boas e más em ambos os lados. A esquerda vivia infestada de traidores, oportunistas, corruptos, espertalhões. A direita sofria com seus ambiciosos, ególatras, corruptos.

Entretanto, mesmo com os problemas de cada lado, o partido popular, a esquerda romana, é que representava a maioria (outra característica da esquerda), e a sua evolução significou a modernização democrática da civilização romana. Não fossem as espetaculares vitórias plebeias, Roma jamais teria chegado onde chegou: seria consumida muito antes disso, de dentro. Foram as conquistas trabalhistas e políticas plebeias que injetaram orgulho e autoestima no povo romano. Foi assim na França napoleônica e foi assim nos Estados Unidos.

Sem conquistas sociais, trabalhistas, políticas, por parte de sua classe trabalhadora, nenhum país consegue olhar a si mesmo com a dignidade necessária, não consegue ser um país de verdade, permanece apenas um casual aglomerado geográfico na periferia do mundo.

Damatta fala que a "esquerda tem sofrido de estadofilia, estadomania e estadolatria. Daí a sua alergia a tudo que chega da sociedade e de seus cidadãos".

Pelo amor de Deus, quanta besteira! A esquerda quase sempre esteve afastada do poder, no Brasil. Suas forças se desenvolveram no chão, na terra, longe das benesses, das mordomias, do Estado e sua clientela.

Quem sempre sofreu de estadomania é a direita brasileira, tradicionalmente dependente do Estado. Tanto é que, fora do Estado, não consegue mais ganhar eleições, porque jamais aprendeu a botar a mão na massa.

Agora, é evidente que a esquerda tem uma visão de Estado bem diferente. A esquerda é o partido, em suma, dos pobres. Sim, porque a direita brasileira, diferente de suas primas no primeiro mundo (que tem um discurso nacionalista e, em alguns casos, trabalhista), é fundamentalmente antipobre e antinacional. Os pobres precisam muito mais do Estado do que os ricos.

Mas Damatta é um grande hipócrita. O jornal para o qual ele escreve recebeu R$ 6 bilhões do governo federal apenas nos últimos 10 anos. Acabamos de saber que o STF pagou a passagem de repórter do Globo para acompanhá-lo à Costa Rica.

Agora faça um exercício de imaginação e tente adivinhar quanto dinheiro as organizações Globo já ganharam do Estado nos últimos 50 anos? E a esquerda é que sofre de estadofilia?
Quando o Brasil convivia com juros estratosféricos, o Estado permitia que a direita rentista ganhasse bilhões de dólares por dia, sem trabalhar, sem fazer nada, mas é a esquerda, segundo Damatta, que sofre de "estadolatria"…

O antropólogo acusa a esquerda de querer um "Estado forte", como se isso fosse algo errado. Na verdade, queremos um Estado justo para um país que pretende se desenvolver. Compare o tamanho do Estado brasileiro, em arrecadação fiscal per capita, em número de funcionários por 100 habitantes, com os países desenvolvidos, e verá que temos um Estado pequeno, insuficiente, pobre.

Sem contar que Damatta repete, qual papagaio terceiromundista, a grande mentira americana contra o tamanho do Estado: os EUA tem um Estado gigantesco, encarnado num aparato militar monstruoso. O Estado americano, com suas armas de destruição em massa, com seus aparelhos de repressão doméstica e externa, com seus serviços secretos e seus gastos trilionários com guerras, não é um "Estado forte"?

Pior, Damatta envereda para o golpismo quando usa a sua coluna do Globo para fazer proselitismo político com a imagem do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Toda aquela história de separação de poderes, de Montesquieu, de democracia, vai pro ralo quando ele confere a um membro do judiciário o poder de governar o Brasil.

Sim, é o que ele faz, simbolicamente, ao dizer que votaria em Barbosa e que este ganharia as eleições no primeiro turno. Damatta chancela a não-política, e sacrifica a democracia brasileira no altar sagrado de um STF submisso ao Globo. O círculo se fecha. O Globo desqualifica a política e o congresso; exalta e glorifica o STF, sobretudo os juízes que seguem a sua cartilha. E daí se empolga e quer ver o presidente do STF como presidente da República!

A promiscuidade do STF com a Globo atingiu as raias do insuportável. O ex-presidente do STF, Ayres Brito, não esperou um dia: assim que saiu do STF correu para assinar o prefácio do livro de Merval Pereira sobre o mensalão – não teve nem a decência de aguardar o processo terminar; participa regularmente dos programas da Globonews; e pleiteia, com ajuda global, uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.

Joaquim Barbosa foi o grande campeão do prêmio Faz Diferença, promovido pela Globo. Logo depois correu para os EUA para receber outro prêmio, de outra publicação direitista, a revista Time. Ele e o cozinheiro Atala. Quando Lula ganhou o prêmio e saiu na capa da Time, a mídia esnobou e procurou diminuir. Agora não. Barbosa viajou aos EUA para receber o dinheiro da Times com passagens e hotel pagos pelo contribuinte.

Vejam só. Barbosa reclama (com razão) de juízes que produzem eventos em ressortes com patrocínio de empresas, mas ele faz pior. Esses eventos podem ser pouco éticos, mas pelo menos geram empregos no Brasil e tem patrocínio privado. Barbosa vai aos EUA, promover uma revista conservadora norte-americana, hospedar-se em hoteis estrangeiros, gerando empregos lá fora, com dinheiro público. E tudo para ganhar um prêmio que vai para subcelebridades e cozinheiros (com todo o respeito aos cozinheiros!).

Esse é o candidato à presidente da república no qual Damatta votaria. No artigo, o articulista faz uma tremenda confusão conceitual, sempre para justificar seu próprio conservadorismo. Além de, naturalmente, festejar a Ação Penal 470, sem sequer esconder a ideologia "justiceira" que lhe serviu de base. Os réus do mensalão não foram condenados porque cometeram os crimes dos quais foram acusados, mas porque a esquerda "revelou-se incapaz de honrar com os papeis sociais cabíveis na administração pública e dizer não aos seus projetos autoritários".

Que significa isso? A linguagem remete aos articulistas do tempo do império, mas o sentido é sinistramente claro. Não se culpam os réus, a culpa é da esquerda! Toda a tradição do direito moderno, de que a culpa de um crime é uma responsabilidade absolutamente individual, vai por água a abaixo, e a Damatta tenta criminalizar genericamente todo um espectro ideológico em função dos supostos crimes.

Vivemos tempos sombrios, em que poderosos atores políticos tentam a todo custo levar a luta para fora do ringue democrático, onde a disputa se vence pelo debate, na sociedade, no parlamento, nas urnas. Os velhos setores do golpismo querem travar a luta exclusivamente em seus órgãos de comunicação e no judiciário. E num gesto de comovente amor pela democracia montesquiana, querem fazer do presidente do STF o presidente da República!
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Francisco Almeida 





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