sexta-feira, 8 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: O 8 de Março, os direitos das mulheres e o novo Brasil


SARAIVA 13


O 8 de Março, os direitos das mulheres e o novo Brasil

Posted: 07 Mar 2013 03:47 PM PST


"As políticas públicas construídas por Lula e Dilma são fruto da história das mulheres militantes que transformaram o PT em um instrumento de combate ao preconceito e de construção da igualdade de gênero
Edinho Silva, Brasil 247

Os dez anos do Partido dos Trabalhadores à frente do Governo Federal transformaram para melhor a vida das mulheres brasileiras. As políticas públicas construídas por Lula e Dilma são fruto da história das mulheres militantes que transformaram o PT em um instrumento de combate ao preconceito e de construção da igualdade de gênero.

As conquistas começaram muito antes dos nossos governos. As ações para a transformação dos sonhos da igualdade em conquista vêm sendo construídas desde a fundação do partido. Foi o PT o primeiro a estabelecer porcentagem mínima de participação das mulheres em suas instâncias de direção, as ações afirmativas foram fundamentais para que lideranças mulheres pudessem emergir. Esta opção política do PT fez com que milhares de companheiras ocupassem espaço na vida institucional do país. Hoje, por deliberação da nossa militância, há paridade entre homens e mulheres nas instâncias de direção. Mais uma vez o PT sai na frente e transforma seu discurso em ações concretas.

Ao chegar ao governo central - primeiro com Lula, um filho da exclusão social brasileira -, e depois com Dilma - a primeira a assumir o comando do país -, o Partido dos Trabalhadores teve e mantém por princípio de governo garantir políticas para romper preconceitos e barreiras que impeçam o pleno desenvolvimento das capacidades e habilidades das mulheres nos diversos setores da sociedade, quer sejam públicos ou privados. As políticas sociais implementadas ao longo desses dez anos vieram para combater a discriminação, a violência – nas suas formas mais insidiosas –, e aprofundar a democracia e a cidadania. Sem igualdade de gênero esses dois pilares não se sustentam.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), criada com status de ministério por Medida Provisória no primeiro dia de governo do ex-presidente Lula e depois transformada em lei n. 10.683, de 28 de maio de 2003, surgiu com a função de articular, formular, coordenar, enfim, assessorar o presidente da República na formulação de políticas que fizessem alcançar os objetivos propostos. Em 2012, a estrutura da SPM ganhou a Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas, a Secretaria de Enfrentamento à Violência contras as Mulheres e a Secretaria de Planejamento e Gestão Interna, estas já por decreto da presidenta Dilma Rousseff. Esta nova estrutura da SPM permite a realização de ações rápidas visando intervir nos problemas que afetam a qualidade de vida das mulheres brasileiras.

Foi no governo Lula, em 2004, que o país realizou o a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. A Conferência foi um marco na afirmação dos direitos da mulher e mobilizou, por todo o Brasil, cerca de 120 mil mulheres que participaram dos debates e apresentaram as propostas para a elaboração do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, norteando ações da SPM.

Em 2007 foi lançado o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, cujo instrumento principal é a Lei Maria da Penha. O Pacto apresenta uma estratégia de gestão que orienta a execução de políticas de enfrentamento à violência contra mulheres, no sentido de garantir a prevenção e o combate à violência, a assistência e a garantia de direitos às mulheres. Para sua efetivação, o Pacto foi organizado nas quatro áreas estruturantes: Consolidação da Política Nacional de Enfrentamento da Violência contra as mulheres e Implementação da Lei Maria da Penha; Proteção dos Direitos Sexuais e Reprodutivos e Implementação do Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da AIDS; Combate à Exploração Sexual e ao Tráfico de Mulheres; Promoção dos Direitos Humanos das Mulheres em Situação de Prisão.

Com o fortalecimento dos serviços de atendimento às mulheres em situação de violência, o Pacto Nacional proporcionou um aumento significativo dos serviços especializados e o aperfeiçoamento da qualidade do atendimento prestado às mulheres.

Em Araraquara, município do qual fui prefeito por oito anos, entre 2001 e 2008, os direitos das mulheres nortearam nossas políticas públicas. Muito me orgulho das ações que, ao lado de companheiras e companheiros valorosos, conseguimos implantar. A Participação Popular foi um eixo fundamental para a construção do nosso Governo. Além do orçamento participativo por regiões organizamos também as plenárias temáticas, e entre elas a plenária para deliberar sobre investimentos para as mulheres.

Uma das nossas primeiras ações foi, já no início do nosso governo, a criação do Centro de Referência da Mulher para atendimento, acolhimento de vítimas de violência, orientação jurídica, atendimento psicológico e encaminhamento social. Em 2003 criamos a Casa Abrigo, espaço de acolhimento dessas vítimas com a vida em risco. O Programa Mãe Trabalhadora ampliou em 435% o número de atendimento de crianças nas creches. Unidades habitacionais foram construídas em sistema de mutirão para atender mulheres encaminhadas pelo Centro de Referência e que não tinham residências.
O cenário já começava a mudar, os direitos e a Justiça entravam definitivamente no vocabulário dessas mulheres e outros avanços se faziam necessários. Em 2006 veio o Conselho de Direito das Mulheres, com 38 membros da sociedade civil e do governo. Em 2007, a Coordenadoria das Mulheres foi implantada. Na legislação, regulamentamos da lei contra Assédio Moral e Sexual na administração pública de Araraquara. Na saúde, veio o Ambulatório da Mulher. Ainda no trabalho, veio o Programa Economia Solidária, com geração de trabalho e renda e a participação efetiva de mulheres. Campanhas educativas, tratando dos direitos das mulheres, foram uma constante nos oito anos de governo.
O Dia Internacional da Mulher tem que ser muito comemorado no Brasil. Afinal, as mulheres, que conquistaram direito de voto há 81 anos, em 1932, hoje estão à frente de governos e empresas públicas e privadas; estão no parlamento, nas universidades e nas escolas; são empreendedoras, são operárias e são chefes de famílias, mães com direitos garantidos. Sabem dos seus direitos e do seu papel na vida deste país. Estão, enfim, ocupando espaços por mérito, por vocação, mas também por políticas publicas que garantiram condições de igualdade.
Nós, do PT, vamos seguir no Executivo e no Legislativo, nos movimentos sociais, ao lado de mulheres e homens que acreditam na construção de uma sociedade sem discriminação, preconceito, que acreditam na igualdade, ampliando as vitórias e fazendo dos problemas novos e velhos, desafios a serem vencidos. E vamos vencê-los - mulheres e homens - juntos."

Como o velhaco atua

Posted: 07 Mar 2013 02:40 PM PST

Internautas organizam ato de repúdio ao pastor Marco Feliciano

 
A eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara gerou reclamações nas redes sociais. Um ato de repúdio ao novo presidente da comissão está sendo organizado no Facebook. Até as 18 desta quinta-feira (7), 6.522 pessoas já haviam confirmado presença.
"Repudiamos a nomeação do Pr. Marco Feliciano e convocamos todos os interessados a vir pra rua conosco. Venham negros, LGBTs, 'putas', cristãos que seguem os ensinamentos de Jesus Cristo de fato, punks, deficientes físicos, donas de casa, empresários, estudantes, professores, desempregados, judeus e toda e qualquer pessoa que cansou da avacalhação deste que é o PIOR CONGRESSO DESDE A REDEMOCRATIZAÇÃO! Apoiamos eventos paralelos em outras cidades. CHEGA!", diz o texto do evento.
A manifestação será no sábado (9), a partir das 14h, na esquina da Avenida Paulista com a rua Consolação, na região central de São Paulo.

Liquidez no Sertão

Posted: 07 Mar 2013 01:37 PM PST


"Depois de décadas de miséria, a região começa a deixar de lado a imagem de recanto da pobreza brasileira

Mariana Segala, Carta Capital
"Pouca gente conhece melhor a cidade baiana de Luís Eduardo Magalhães, 950 quilômetros a oeste de Salvador, do que a família Lauck. Eles chegaram à Bahia, vindos do Paraná, no começo da década de 1980, quando o local que hoje abriga o município não passava de um povoado minúsculo apelidado de Mimoso do Oeste. Era um lugarejo sem nada. Tudo que oferecia era terra para plantar. Os Lauck mudaram--se para lá numa época em que o normal era fazer exatamente o contrário: deixar a miséria do Nordeste e seguir para o Sudeste próspero, em busca de oportunidades de trabalho. Porém, menos de 30 anos depois de instalados os primeiros moradores, Luís Eduardo Magalhães hoje ostenta um símbolo dos ares muito diferentes que passaram a circular na região na última década. A cidade é a 11a do Brasil que mais recebeu imigrantes nos últimos anos. Pelo menos 35% da sua população (66 mil habitantes) não morava no município cinco anos atrás. "Vimos a cidade nascer, crescemos com ela e agora percebemos como tudo está mudando", conta o produtor rural Fábio Lauck, que mora lá desde os 8 anos de idade.

O Nordeste ainda exporta gente, e muita ainda, para o Sudeste, mas os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o fluxo diminuiu consideravelmente na última década. Mais do que isso: além de reter nordestinos, a região também tem conseguido atrair de volta gente que um dia decidiu sair. Os estados do Nordeste estão entre os que apresentam os mais altos índices de migração de retorno do País: 23% dos imigrantes de Pernambuco, por exemplo, são pessoas 110 caminho de volta para o estado natal. E há bolsões de atração como Luís Eduardo Magalhães, onde o crescimento econômico ca-tapultado pelo agronegócio foi expressivo a ponto de ter feito sua população quase quadruplicar em menos de 15 anos.

"Estamos finalmente conseguindo livrar a região da imagem de saco de pobreza que ela tinha até bem pouco tempo atrás", diz Tânia Barcelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco e sócia da consultoria Ceplan, especializada na Região Nordeste. "A orientação dos investimentos públicos para a infraestrutura e as políticas de redistribuição de renda no Brasil teve o impacto potencializado no Nordeste."

Não é difícil entender por quê. "Os trabalhadores que ganham salário mínimo formam um público enorme 110 Nordeste que, até dez anos atrás, não tinha poder de consumo nenhum", afirma Saumíneo Nascimento, secretário de Desenvolvimento Econômico de Sergipe. De lá para cá, o mínimo teve um aumento real, descontada a inflação do período, de nada menos que 70%. Seu valor atual é suficiente para comprar mais de duas cestas básicas, segundo as contas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E a melhor relação já registrada pelo órgão desde o fim dos anos 1970.

Esse movimento ajudou a renda dos nordestinos a crescer acima da média nacional. O rendimento da região aumentou 40% desde 2004,10 pontos mais que o crescimento da renda dos brasileiros em geral. Isso provocou uma mudança de hábitos sem precedentes. "Quem usava ventilador, hoje luta contra o calor com ar-condicionado", diz Nascimento. Quem se locomovia com os folclóricos jegues consegue comprar uma motocicleta (a frota nordestina sobre duas rodas quadruplicou desde 2002). Quem não tinha eletrodoméstico passou a ter - e o consumo de energia elétrica nas casas da região disparou 84% em uma década, mais do que em qualquer outro lugar do Brasil.

Esse círculo virtuoso pôs o Nordeste em uma situação econômica privilegiada. "Assim como a Região Norte e a Centro-Oeste, estamos em uma fronteira de expansão cobiçada por empresas e investidores", diz Paulo Ferraz Guimarães, chefe do departamento nordestino do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Apesar dos efeitos da crise financeira de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu a uma média de 4,5% ao ano de 2002 para cá, com picos de 5,7% no Maranhão c 5,4% no Piauí. Espera-se, no entanto, que no próximo par de anos o crescimento do Nordeste se distancie ainda mais da média brasileira, que foi de 4% no mesmo período.

"0 conjunto de investimentos que existem na região está maturando agora e promete mostrar a que veio em breve", destaca Guimarães. O crescimento econômico é a arma que pode ajudar a região a superar os abismos históricos de desenvolvimento econômico e social que ainda a separam das áreas mais avançadas do País. Um olhar rápido sobre as estatísticas educacionais do Nordeste indica o tamanho do desafio a enfrentar. O número de adultos analfabetos da região caiu 15%, mas lá ainda está a taxa mais alta do País de pessoas que não sabem ler um simples bilhete. Elas representam 16,9% da população de 15 anos ou mais. A renda dos nordestinos aumentou, mas continua a ser a mais baixa do Brasil. A economia se dinamizou, mas ainda é desproporcional quando comparada com o tamanho de sua população - o PIB do Nordeste equivale a 13,5% do PIB do País, mas lá vivem quase 30% dos brasileiros. Não existe mágica para sair da lanterninha."

Um dia para esquecer

Posted: 07 Mar 2013 01:21 PM PST

 

O deputado Marco Feliciano, o novo líder das minorias da Câmara. Foto: Gustavo Lima / Agência Câmara

Foi, como esperado, um dia para ser esquecido na história do Congresso. O acordo entre as lideranças partidárias na semana passada, que deu de bandeja ao Partido Social Cristão a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, possibilitou ao país assistir a um movimento inédito: um presidente de claras inclinações homofóbicas ser eleito representante das minorias sobre as quais nutre um desprezo declarado.

 
Na véspera da votação, que apenas chancelou o inevitável, grupos ofendidos pela escolha fizeram alarde na sala da comissão. No dia seguinte, foram impedidos de acompanhar a votação por decisão do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). A medida provocou mais revolta, agora entre os deputados. O então presidente da comissão, Domingos Dutra (PT-MA), renunciou. Foi acompanhado por colegas como a deputada Luiza Erundina (PSB-SP). "Vamos sair juntos. Esta comissão não é mais a Comissão dos Direitos Humanos", disse ela.
 
 
Assim o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ganhou terreno livre para ser eleito com 11 votos a favor e apenas um branco. Terá agora, oficialmente, a chance de combater por dentro o que chama de privilégio de uma minoria rude e barulhenta. Uma minoria cujas bandeiras ele reluta em reconhecer como legítimas.
 
 
Durante a semana, quando seu nome foi aventado e as reações se multiplicaram, o pastor levantou a bandeira branca para cravar a haste na garganta de quem, com outras palavras, promete combater. Disse não ter nada contra os atores e sim contra o ato; negou ser racista com base em sua ascendência negra. Acuado, disse que o autoritarismo não reside em negar direitos a grupos marginalizados, mas sim na não-aceitação das críticas aos marginalizados. Por fim, disse ser especialista em perseguição, já que na História ninguém sofreu mais acossamento do que os cristãos.
 
Trata-se de um jogo retórico: o pastor se apoia em uma série de verdades, como a perseguição histórica aos cristãos, para sustentar uma inverdade básica, quase lógica. Basta lembrar que, pela avenida Paulista, não há notícias de cristãos sendo devorados por leões por andarem com a Bíblia debaixo do braço. Nenhum crente, de qualquer fé, terá de gritar alto para poder existir ou manifestar sua crença: trata-se de um direito garantido e assimilado ao longo dos anos.
 
 
Mesmo assim a inversão do papel de vítima é invocada para legitimar uma ofensa. "Reação", dessa maneira, virou "autoritarismo" e "fundamentalismo", mero "ponto de vista". O que o pastor Feliciano não parece ter entendido é que a revolta provocada por sua escolha não se explica pelo fato de ser cristão; explica-se pela demonstrada ignorância, para não dizer má fé, sobre o cargo que pretende ocupar, os grupos que pretende representar, os crimes que se nega a condenar. Pois ele a partir de agora será o responsável por receber e encaminhar investigações de abusos que hoje evita reconhecer a gravidade.
 
Ao assumir a comissão de Direitos Humanos, Feliciano provocou, não por acaso, um embaralhamento semântico com vistas a confundir noções como "privilégio", "perseguição", "preconceito", "minorias". Essa confusão, mais do que vídeos antigos e comprometedores sobre Arca de Noé e "câncer gay", escancara o paradoxo da sua escolha. Exemplo: quando o pastor diz saber o que é ser discriminado e usa como exemplo a morte de um bebê na barriga de sua mulher numa fila de hospital, coloca uma tragédia pessoal, de alcance universal, na rota do preconceito. Confunde descaso do poder público com perseguição; descaso é universal, perseguição é específica. O fato de ser cristão e heterossexual, portanto, não teve a menor influência no episódio, em si lamentável.
 
 
A lógica da perseguição, é bom que se lembre, opera em outro campo. Ela não se manifesta apenas quando se estoura uma lâmpada no rosto de pedestres supostamente vulgares; se manifesta também quando se classifica, isso sim de forma autoritária, o que é ou não vulgar. É a mola propulsora do discurso de ódio, manifestada, por exemplo, quando se usa uma interpretação bíblica para impedir a ampliação de acesso a direitos básicos. Em nome de quê? Da suposta proliferação da espécie? Da busca pela moral familiar? Não: em nome da manutenção da ordem. Mais: da manutenção do medo da desordem. Se pastores, padres e líderes espirituais aceitarem que as pessoas podem viver em paz com quem quiserem, se quiserem, da forma como quiserem (famílias monoparentais, pais de mesmo sexo, solteiros por convicção), não terão mais o que fazer nem discursar. Não há Céu sem a projeção do Inferno e não há transcendência sem pecado. Sem o inimigo declarado, a arma contra o inimigo perde seu valor de uso e de troca. O mercado apodrece. Para quem se apoia no discurso do medo (medo do caos, medo da vulgaridade, medo da decadência), a liberdade de quem aceita a dor e a delícia de ser o que se é, para citar a música, é o maior dos infernos.
 
 
E isso não tem nada a ver com a fé.
 
 
Tem a ver, é bom repetir, com a manutenção da ordem: manda quem sempre mandou, obedece quem sempre obedeceu. Ainda que a manutenção da ordem seja propagada à base da confusão de conceitos. Destes, nenhum foi mais maltratado em todo o episódio do que a ideia de luta pelo direito básico de existir – que pouco tem a ver com o propalado privilégio citado pelo pastor. À frente da comissão, o deputado Feliciano deveria saber de antemão que direito básico não é gritar mais alto ou se rebelar. É poder andar nas ruas como bem quiser e com quem quiser. Sem que por isso, e não por outro motivo, chegar vivo em casa seja um mero lance de sorte.


Matheus Pichonelli-CartaCapital
 
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Estadão: se Barbosa não se vê capaz, que saia. Quem pariu Mateus que o embale...

Posted: 07 Mar 2013 11:49 AM PST


Quem pariu Mateus que o embale...

:
Com 24 horas de atraso, jornal O Estado de S. Paulo publica editorial reagindo à agressão sofrida por seu repórter Felipe Recondo, a quem Joaquim Barbosa chamou de "palhaço"; "Se não se sente em condições físicas e psicológicas para manter um comportamento público compatível com a dignidade dos cargos que exerce, Joaquim Barbosa deveria deles se afastar", diz o texto; ministro ainda não se desculpou pessoalmente com o profissional


Com 24 horas de atraso, o jornal Estado de S. Paulo reagiu à agressão sofrida por um de seus profissionais, o repórter Felipe Recondo, e que foi cometida justamente pelo homem que deveria zelar pela Justiça no País: o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
No editorial "Lamentável truculência", o jornal afirma que o ministro, se não se sente em condições físicas e psicológicas de cumprir com suas funções e com o decoro do cargo, deveria deixá-lo, lembrando que Barbosa atribuiu a agressão que cometeu a uma dor nas costas. Segundo o Estadão, Barbosa ainda não se desculpou de forma adequada e coloca em risco sua própria imagem.
O texto, no entanto, transita numa linha tênue entre a crítica ao estilo de Barbosa e os elogios à sua conduta do ministro na Ação Penal 470. "Barbosa foi transformado no Torquemada do PT pela mídia", avalia o jornalista, professor e militante político Emiliano José. "Depois de endeusá-lo, fica difícil criticá-lo".
Eis a dificuldade do Estadão e de praticamente todos os veículos que cultuaram a figura de Joaquim Barbosa: como ele foi transformado em herói por ter cumprido uma função politica e ter sido o algoz dos réus do processo do chamado mensalão, a crítica se torna mais delicada e cuidadosa.
Até agora, além de ter chamado o jornalista de "palhaço" e de tê-lo acusado de "chafurdar no lixo", justamente porque apurava uma reportagem sobre o excesso de gastos e mordomias no STF, o ministro Barbosa também se nega a responder à críticas de associações que representam 100% dos juízes brasileiros, que o acusam de ser superficial, preconceituoso, desrespeitoso e "dono da verdade". Barbosa, chefe do Judiciário, acusou seus pares de terem uma mentalidade pró-impunidade.
Para o 247, o estilo de Barbosa jamais surpreendeu (leia mais em "O estilo é o homem").
Leia abaixo o editorial:
Lamentável truculência - EDITORIAL O ESTADÃO
O ESTADO DE S. PAULO - 07/03
É profundamente lamentável que, por causa de um temperamento muitas vezes descontrolado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, coloque em risco a admiração e a credibilidade que conquistou - não apenas para si, mas, com a colaboração de seus pares, principalmente para o Poder republicano que hoje comanda - por ocasião do histórico julgamento da Ação Penal 470, que, ao mandar para a cadeia uma quadrilha de criminosos de colarinho-branco, sinalizou o fim da impunidade para os poderosos da política brasileira.
Joaquim Barbosa, cuja história de vida é um exemplo e um estímulo para todos os seus compatriotas, está hoje empenhado, na presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), numa luta muito mais ampla e renhida do que a que enfrentou no julgamento do mensalão, que teve a espinhosa responsabilidade de relatar. Profundo conhecedor das mazelas da Justiça brasileira, Barbosa está firmemente determinado a dar a contribuição de seus mandatos à frente do STF e do CNJ para que o aparato Judiciário se torne verdadeiramente capaz de fazer justiça a partir do princípio fundamental de que todos os cidadãos são iguais perante a lei.
Contudo, diante do peso do desafio que se coloca diante do ministro, as reiteradas manifestações de descontrole emocional de Barbosa tornam-se muito preocupantes. Já durante o julgamento do mensalão, transmitido ao vivo e acompanhado por um enorme contingente de brasileiros, em várias ocasiões o então ministro relator tratou com impaciência e descortesia os pares que se opunham a suas ponderações. Mais de uma vez, viu-se obrigado a se desculpar. E a maior parte do público sempre assimilou esses deslizes com alguma tolerância, até porque era testemunha do padecimento físico que um problema crônico de coluna impunha ao ministro.
No entanto, na última terça-feira, à saída de uma sessão do CNJ, o destempero de Joaquim Barbosa ultrapassou os limites da civilidade. Ele ofendeu, com inacreditável truculência, um repórter deste jornal que tentava lhe fazer uma pergunta sobre a crítica que o ministro recebera de associações de juizes por ter dito, numa entrevista, que há juizes que aplicam com demasiada complacência uma lei penal já excessivamente leniente. Sem permitir que o jornalista sequer concluísse a pergunta, Barbosa pediu que fosse deixado em paz e fulminou, em tom raivoso: "Vá chafurdar no lixo, como você faz sempre". E, enquanto seu assessor tentava afastá-lo dali, ainda chamou de "palhaço" o profissional que queria apenas entrevistá-lo.
O fato de a vítima da truculência do ministro ser um repórter deste jornal é irrelevante. A irresponsabilidade cometida por Barbosa atinge toda a imprensa, e não se redime com um anódino pedido de desculpas formulado em nota oficial pela assessoria do STF. Nem minimiza a gravidade do ocorrido a alegação, contida na nota, de que Joaquim Barbosa fora "ríspido" com o jornalista porque saíra de uma longa reunião do CNJ "tomado pelo cansaço e por fortes dores". Se não se sente em condições físicas e psicológicas para manter um comportamento público compatível com a dignidade dos cargos que exerce, Joaquim Barbosa deveria deles se afastar. É o que merece como ser humano, é o que dele espera a enorme massa de brasileiros que por ele tem demonstrado, até agora, admiração, respeito e apreço.
A reincidência do presidente do STF num comportamento reprovável sob todos os aspectos - desde a transgressão da liturgia do cargo que ocupa até o comprometimento de uma imagem pública que favorece o aperfeiçoamento das instituições nacionais - foi recebida com escandaloso regozijo, nas mídias sociais, pelas viúvas do mensalão, interessadas em desacreditar o principal responsável pelo desfecho da Ação Penal 470, em proveito dos dirigentes partidários condenados à prisão pelo crime de comprar apoio parlamentar para o governo Lula.
E hora de Joaquim Barbosa parar para pensar que pode estar começando a desfazer tudo o que até agora construiu com grande competência e admirável dedicação.
No 247

Chávez e o hidrófobo William Waack

Posted: 07 Mar 2013 11:38 AM PST


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Não se pode dizer que seja exatamente uma surpresa o fenômeno que passou a ser visto após o anúncio da morte de Hugo Chávez. Logo após esse anúncio, o título do texto aqui publicado já dizia que o venezuelano não morrera, mas que, antes, acabara de nascer – ou renascer –, agora como mito.
O fenômeno em tela é o de o ex-presidente, depois de morto, estar sofrendo um nível de ataques na mídia americanizada do Brasil – e nas de tantos outros países latino-americanos – que poucas vezes se viu quando estava vivo.
Foi surpreendente, porém, a virulência com que a edição do Jornal da Globo que foi ao ar entre a noite da última terça-feira e o começo da madrugada de quarta tratou o presidente recém-falecido.

O Jornal Nacional, poucas horas antes, fugiu de mostrar os avanços sociais na Venezuela durante a era Chávez, mas não enveredou pela hidrofobia sem limites que se viu no Jornal da Globo – telejornal destinado ao público que dorme e acorda mais tarde e que tem maior poder aquisitivo.
Abaixo, o texto hidrófobo lido pelo âncora do Jornal da Globo William Waack sobre um ser humano que acabara de perder a vida. Um texto desrespeitoso à Venezuela e à parcela esmagadora de seu povo que apoiou o ex-presidente até seu último suspiro e que continua apoiando, agora na figura de Nicolás Maduro, provável herdeiro político de Chávez.
*****
JORNAL DA GLOBO
Willian Waack - 5 de março de 2013
Hugo Chávez nunca reclamou quando o chamaram de caudilho, embora preferisse o título de comandante revolucionário. Como todo caudilho sul-americano, a revolução era ele.
O dono de um tal de socialismo bolivariano, que ninguém, nem mesmo Chávez, foi jamais capaz de explicar. Começou a carreira como muitos militares do continente, dando um golpe, descontente com políticos e elites tradicionais, que jamais, no caso da Venezuela, foram capazes de distribuir a grande riqueza do país: petróleo e energia.
Chávez fracassou na primeira tentativa de chegar ao poder, em 1992, mas não desistiu. Escolheu a marcha através das instituições formais da democracia como maneira de atacar a própria democracia, que, no entendimento dele, o caudilho bolivariano, só servia apenas aos interesses de quem ele declarava seus inimigos.
Em 1999, eleito presidente, Chávez não perdeu tempo. Convocou uma Assembleia Nacional Constituinte com a qual forjou as ferramentas que o manteriam no poder até o fim da vida.
Um de seus principais alvos era a imprensa independente: Hugo Chávez ganhou um lugar na já repleta história de caudilhos sul-americanos incapazes de conviver com o contraditório e a liberdade de imprensa.
Para ele, pouco importava: admirador dos irmãos Castro e do experimento ditatorial de Cuba, Chávez achava que a revolução social que tinha como propósito justificaria o emprego de qualquer meio. Foi beneficiado por uma extraordinária conjuntura internacional, que favoreceu a principal — quase única — fonte de renda do país: o petróleo.
Chávez transformou a então bem gerida e produtiva PDVSA, a estatal do petróleo, em um braço político dedicado ao distributivismo típico dos caudilhos preocupados apenas com a própria popularidade.
A indústria venezuelana ficou pelo caminho, a corrupção tornou-se ainda pior do que no regime político anterior, a inflação ficou sendo uma das maiores da América do Sul, mas Chávez continuava repetindo: "adelante siempre".
Fez escola entre outros países ricos em energia, como Equador e Bolívia, onde conquistou adeptos. Tratou de exportar seu modelo para outro país rico na história em caudilhos, a Argentina.
Declarou os Estados Unidos da América como o pior inimigo da Venezuela. Protagonizou um dos piores momentos da Assembleia Geral das Nações Unidas, ao dizer que onde o então presidente americano George W. Bush havia acabado de discursar ainda prevalecia o cheiro de enxofre, o cheiro do diabo.
Sua maior desmoralização internacional, no entanto, ocorreu nas mãos do rei da Espanha, Juan Carlos, que o mandou se calar. Chávez quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos.
Rompeu relações diplomáticas com Israel e estreitou laços com o Irã. Tornou-se muito popular em Moscou com as pesadas compras de armas, e um inimigo da vizinha Colômbia, que o acusava de abrigar, armar e ajudar os narcoguerrilheiros das Farc.
Encontrou no governo petista do Brasil um aliado confortável em várias iniciativas no continente, como a expansão do Mercosul, através de um truque diplomático articulado contra o Paraguai.
Faltou, porém, com a palavra dada a um de seus maiores amigos, o ex-presidente Lula, com quem combinou construir uma refinaria em Pernambuco. Até hoje, o aporte financeiro prometido por Chávez não se materializou, obrigando a Petrobras a tocar sozinha o projeto.
Ajudado por uma oposição desarticulada, desmoralizada e vítima também de perseguições, Chávez dominou a Venezuelal, mas não conseguiu realizar o tal do socialismo bolivariano, inspirado na figura de Simon Bolívar, que ele mandou exumar e venerava como um santo.
Como todo caudilho, embevecido de si mesmo, Chávez detinha a última palavra em qualquer assunto. Tinha a certeza de que seu nome, e a inspiração aos camisas vermelhas, seria o suficiente para levar a Venezuela a um grande futuro, pelo qual o país — dividido, traumatizado, empobrecido e violento — continua esperando.
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Um aspecto interessante desse texto lido por Waack no ar é que, a certa altura, parece lamentar o insucesso da tentativa de golpe de Estado contra Chávez em 2002 ao dizer que ele "Quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos".
A quantidade de distorções dos fatos contida na cobertura da Globo e do resto da grande mídia sobre o que foi o governo Chávez, é imensurável. Essa afirmação de que foi o venezuelano que "identificou" a interferência dos EUA na tentativa de golpe que sofreu, é hilária.
A tentativa de golpe contra Chávez em 2002 foi publicamente condenada pelas nações latino-americanas (os presidentes do Grupo do Rio se reuniram em San José, Costa Rica, na época, e emitiram um comunicado conjunto de repúdio ao golpe) e pelas organizações internacionais.
Apenas os Estados Unidos e a Espanha rapidamente reconheceram o governo de facto da Venezuela, agora presidido pelo rico empresário Pedro Carmona, presidente da Fiesp venezuelana, a "Fedecámaras".
Como primeira medida, o "presidente" Carmona fechou o Congresso e a Suprema Corte de Justiça do país e reprimiu, com tropas leais, as manifestações pró-Chávez que tomaram Caracas, com a população descendo dos morros que circundam a cidade para irem protestar diante do Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.
E para que fique absolutamente claro que a participação dos EUA no golpe não foi uma invenção de Chávez, basta ver notícia que o portal da mesma Globo na internet, o G1, publicou em 2009. Leia, abaixo, trecho da matéria.
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G1 - 20 de setembro de 2009
Os Estados Unidos estavam sabendo do golpe que quase derrubou o presidente venezuelano Hugo Chávez em 2002, e talvez tenham até apoiado a frustrada tentativa, declarou o ex-presidente americano Jimmy Carter em entrevista publicada neste domingo (20) pelo jornal colombiano "El Tiempo".
"Acho que não há dúvidas sobre o fato de que em 2002 os Estados Unidos estavam sabendo, ou tiveram participação direta, no golpe de Estado", disse Carter ao jornal. Assim, as críticas de Chávez contra os Estados Unidos "são legítimas", destacou o ex-dirigente democrata, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
(…)
*****
Parece-me material suficiente para que, ao menos, a Globo não atribuísse só a Chávez a acusação de que os Estados Unidos foram parte integrante da tentativa fracassada de golpe em 2002 na Venezuela, certo?
É claro que o que o Jornal da Globo apresentou não foi uma reportagem, mas um editorial capenga, cheio de furos e que, se fosse publicado em uma televisão norte-americana, seria passível de ser contestado no ar por qualquer cidadão que se sentisse prejudicado, como determina o Federal Communications Commision (FCC), órgão regulador das comunicações eletrônicas naquele país.
Mas isso é nos EUA, que, como todos sabem, é um país "marxista"…
Voltando à dura realidade brasileira, no mesmo Jornal da Globo ainda tivemos Arnaldo Jabor com mais opinião e ainda menos fatos, vociferando sem parar contra Chávez, omitindo, distorcendo, inventando etc.
Nos blogs e sites, os antichavistas pareceram ter enlouquecido com a imortalidade recém-adquirida por Chávez. Virulentos, pornográficos, hidrófobos ao impensável, mentecaptos de todas as idades e de todas as regiões do país tentavam se superar em palavrões, insultos e praguejamentos diversos contra um ser humano que acabara de falecer e que, segundo informações minimizadas e distorcidas da Folha de São Paulo do dia seguinte, reduziu a pobreza na Venezuela de 20% para 7%.
Tanto o telejornalismo da Globo quanto os grandes jornais impressos do dia seguinte simplesmente não deram uma linha sobre o fato de que Chávez conseguiu os maiores avanços em termos de redução da pobreza, da miséria e de distribuição de renda na América Latina, sem falar do feito histórico de ter acabado com o analfabetismo em seu país, conforme referendo público da Unesco.
A impressão que o noticiário sobre a morte de Chávez deu a qualquer um que assistiu ou leu – mesmo às pessoas despolitizadas –, foi de surpresa. Muitos não conseguiram entender a razão de tanto ódio contra alguém que acabara de deixar a vida para entrar na história.
A explicação, porém, já foi dada aqui mesmo poucas horas após o falecimento de Hugo Rafael Chávez Frías: morto, está mais poderoso do que nunca. É relativamente simples destruir os vivos – ainda que, às vezes, como no caso de Chávez ou do próprio Lula, nem tanto. Mas é praticamente impossível destruir um mito.
O que se viu e ainda será visto nos próximos dias, semanas e até anos em termos de hidrofobia político-ideológica contra o falecido Chávez, portanto, não passa de um medo absolutamente visceral que a direita sente de um homem que ergueu a América Latina social e economicamente.
Postado por às 3/07/2013  
 
Do Blog DESABAFO BRASIL.

Lula no NY Times: Trabalho de Chávez para debelar a miséria e integrar povos latino-americanos tem que continuar

Posted: 07 Mar 2013 10:48 AM PST

O ex-presidente Lula escreveu um artigo publicado nesta quinta-feira (7) no New York Times, sobre o futuro da América do Sul após a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez. No artigo, Lula lembra que Chávez era um homem apaixonado, polêmico, sem freios no discurso, que teve um papel importantíssimo no trabalho pela integração da América Latina e que deixa um grande legado.

O artigo em inglês pode ser lido na versão online do jornal americano clicando aqui. Leia abaixo a versão em português:

A América do Sul após Hugo Chávez
Por Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente Hugo Chávez foi muito importante para a América Latina e deixa um grande legado. A história registrará, com justiça, o papel que ele desempenhou na integração latino-americana e sul-americana, e a importância de seu governo para o povo pobre de seu país. Mas, antes que a história se encarregue disso, é importante que tenhamos clareza da importância de Chávez no cenário político nacional e internacional. Somente assim poderemos definir as tarefas que se colocarão à nossa frente para que avancemos e consolidemos os avanços obtidos nesta última década, agora sem a ajuda de sua energia inesgotável e de sua convicção profunda no potencial da integração dos países da América Latina e nas transformações sociais necessárias no seu país para debelar a miséria de seu povo. Suas "misiones" sociais, especialmente na área da saúde e da habitação popular, foram bem sucedidas em melhorar as condições de vida de milhões de venezuelanos.

As pessoas não precisam concordar com tudo que Chávez falava. Tenho que admitir que o presidente venezuelano era uma figura polêmica, que não fugia ao debate e para o qual não existiam temas tabus. E preciso admitir que, muitas vezes, eu achava que seria mais prudente que ele não tentasse falar sobre tudo. Mas essa era uma característica pessoal de Chávez que não deve, nem de longe, ofuscar as suas qualidades.

Pode-se também discordar ideologicamente de Chávez: ele não fez opções políticas fáceis e tinha enorme convicção de suas decisões.


Mas ninguém minimamente honesto pode desconhecer o grau de companheirismo, de confiança e mesmo de amor que ele sentia pela causa da integração da América Latina, pela integração da América do Sul e pelos pobres da Venezuela. Poucos dirigentes e líderes políticos, dos muitos que conheci em minha vida, acreditavam tanto na construção da unidade sul-americana e latino-americana como ele.

Junto com Chávez criamos a Unasul (União de Nações Sul-Americanas), que integra 12 países do continente. Em 2010, a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) saiu do papel e ganhou forma jurídica – e isso não teria sido possível sem o empenho de Chávez. O Banco do Sul, um banco de desenvolvimento da Unasul, não seria possível sem a participação do líder venezuelano. Foi junto com ele também que conseguimos formar a Cúpula América do Sul-África (ASA) e a Cúpula América do Sul-Oriente Médio.

Por isso mesmo que a contribuição de Chávez ao seu país e ao projeto de integração da América do Sul e da América Latina não se extinguirá com sua morte. Se um homem público morre sem deixar ideias, quando o seu corpo físico acaba, acaba o homem. Não é o caso de Chávez, que foi uma figura tão forte que suas ideias permanecerão discutidas nas academias, nos sindicatos, nos partidos políticos e em qualquer lugar que exista uma pessoa preocupada com a justiça social e com a igualdade de poder entre os povos no cenário internacional. E talvez venham a inspirar outros jovens no futuro, como a vida do herói da independência Simon Bolívar inspirou o próprio Chávez. Isso no campo das ideias.

No cenário político onde essas ideias são debatidas, disputadas e podem virar realidade, todavia, ficar sem Chávez exigirá empenho e vontade para que os ideais do líder venezuelano não sejam lembrados, no futuro, apenas no papel.

Na Venezuela, os simpatizantes de Chávez, para manter o seu legado, vão ter pela frente um trabalho de construção de institucionalidades. Terão que trabalhar para dar mais organicidade ao sistema político, tornar o poder mais plural, conversar com outras forças e fortalecer sindicatos e partidos. A unidade do país dependerá desse esforço.

É preciso garantir as conquistas obtidas até agora. Essa é, sem dúvida, a aspiração de todos os venezuelanos, sejam eles de oposição ou de situação, militares ou civis, católicos ou evangélicos, ricos ou pobres… Todos precisam compreender que somente a paz e a democracia vão permitir que se realize o potencial de um país tão promissor quanto a Venezuela.

É preciso garantir instituições multilaterais fortes para garantir definitivamente a consagração da unidade da América do Sul. Chávez não estará nas reuniões de cúpula sul-americanas, mas seus ideais e o governo venezuelano lá estarão. A convivência democrática na diversidade dos líderes dos governos da América do Sul e Latina, é a certeza da construção da unidade política, econômica, social e cultural da América do Sul e da América Latina, que tanto precisamos. Um caminho sem retorno. E, quanto mais fortes formos, mais teremos força para negociar a nossa participação da América do Sul nos fóruns internacionais, e sobretudo, para democratizar os órgãos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial e o FMI, que ainda respondem à realidade internacional do fim da Segunda Guerra Mundial e não ao mundo de hoje.

Certamente Chávez fará falta. Ele era uma figura muito forte e ímpar, capaz de fazer amizades e se comunicar como poucos líderes. Precisamos ter a sabedoria de tirar da passagem dele pela Terra e pelo governo da Venezuela as contribuições que podem resultar na consagração da unidade latino-americana. E tenho a certeza de que todos os governantes da região farão um grande esforço para que isso aconteça.

Eu, pessoalmente, guardarei para sempre a relação de amizade e parceria, que durante os oito anos em que trabalhamos juntos como presidentes produziu tantos benefícios para o Brasil e para a Venezuela.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Se o governador fosse do PT a imprensa acusaria de censura a liberdade de expressão

Posted: 07 Mar 2013 10:45 AM PST



Uma notícia sobre o governador de Goiás, passou "despercebida" na grande imprensa, que só vê e ouve, aquilo que interessa e se for contra o PT publica

O governador Marconi Perillo (PSDB-GO) conseguiu uma liminar na Justiça proibindo a jornalista jornalista Lênia Soares de seu estado de escrever seu nome,  nas redes sociais ou em jornais, blogs revistas, em qualquer situação, positiva, negativa ou neutra sob pena de pagar multa de valor  milionária  diária. A decisão é da juíza Luciana Silva. Marconi  alega que se sentiu ofendido por textos de Lênia,  que criticou sua gestão e às relações obscuras com o bicheiro Carlos Cachoeira.
O governador tucano também abriu processo contra outros três jornalistas por ver seu nome citado na Operação Monte Carlo da Policia Federal (Veja aqui)
Por: Helena™0 Comentários  
 

Ignorante, insensível e canalha, Joaquim Torquemada nega pedido de Dirceu para comparecer a velório de Chávez

Posted: 07 Mar 2013 10:42 AM PST

Brasil 247 - Como se esperava, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, negou o pedido do ex-ministro José Dirceu para comparecer ao velório do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morto na última terça-feira. Barbosa alegou que Dirceu e Chávez não eram parentes e, portanto, não havia motivo forte para permitir a viagem, que abriria um precedente.


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Leia mais em: Blog Sujo
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Estadão: se Barbosa não se sente capaz, que saia

Posted: 07 Mar 2013 06:16 AM PST

 

Do Brasil 247 - 7 de Março de 2013 às 09:02

 

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Com 24 horas de atraso, o jornal Estado de S. Paulo publica editorial reagindo à agressão sofrida por seu repórter Felipe Recondo, que foi chamado de "palhaço" pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. "Se não se sente em condições físicas e psicológicas para manter um comportamento público compatível com a dignidade dos cargos que exerce, Joaquim Barbosa deveria deles se afastar", diz o texto; ministro ainda não se desculpou de forma digna nem respondeu a questão que seria formulada pelo jornalista

247 – Com 24 horas de atraso, o jornal Estado de S. Paulo reagiu à agressão sofrida por um de seus profissionais, o repórter Felipe Recondo, e que foi cometida justamente pelo homem que deveria zelar pela Justiça no País: o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

No editorial "Lamentável truculência", o jornal afirma que o ministro, se não se sente em condições físicas e psicológicas de cumprir com suas funções e com o decoro do cargo, deveria deixá-lo, lembrando que Barbosa atribuiu a agressão que cometeu a uma dor nas costas. Segundo o Estadão, Barbosa ainda não se desculpou de forma adequada e coloca em risco sua própria imagem.

O texto, no entanto, transita numa linha tênue entre a crítica ao estilo de Barbosa e os elogios à sua conduta do ministro na Ação Penal 470. "Barbosa foi transformado no Torquemada do PT pela mídia", avalia o jornalista, professor e militante político Emiliano José. "Depois de endeusá-lo, fica difícil criticá-lo".

Eis a dificuldade do Estadão e de praticamente todos os veículos que cultuaram a figura de Joaquim Barbosa: como ele foi transformado em herói por ter cumprido uma função politica e ter sido o algoz dos réus do processo do chamado mensalão, a crítica se torna mais delicada e cuidadosa.

Até agora, além de ter chamado o jornalista de "palhaço" e de tê-lo acusado de "chafurdar no lixo", justamente porque apurava uma reportagem sobre o excesso de gastos e mordomias no STF, o ministro Barbosa também se nega a responder à críticas de associações que representam 100% dos juízes brasileiros, que o acusam de ser superficial, preconceituoso, desrespeitoso e "dono da verdade". Barbosa, chefe do Judiciário, acusou seus pares de terem uma mentalidade pró-impunidade.

Para o 247, o estilo de Barbosa jamais surpreendeu (leia mais em "O estilo é o homem").

Leia abaixo o editorial:

Lamentável truculência - EDITORIAL O ESTADÃO
O ESTADO DE S. PAULO - 07/03
É profundamente lamentável que, por causa de um temperamento muitas vezes descontrolado, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, coloque em risco a admiração e a credibilidade que conquistou - não apenas para si, mas, com a colaboração de seus pares, principalmente para o Poder republicano que hoje comanda - por ocasião do histórico julgamento da Ação Penal 470, que, ao mandar para a cadeia uma quadrilha de criminosos de colarinho-branco, sinalizou o fim da impunidade para os poderosos da política brasileira.


Joaquim Barbosa, cuja história de vida é um exemplo e um estímulo para todos os seus compatriotas, está hoje empenhado, na presidência do STF e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), numa luta muito mais ampla e renhida do que a que enfrentou no julgamento do mensalão, que teve a espinhosa responsabilidade de relatar. Profundo conhecedor das mazelas da Justiça brasileira, Barbosa está firmemente determinado a dar a contribuição de seus mandatos à frente do STF e do CNJ para que o aparato Judiciário se torne verdadeiramente capaz de fazer justiça a partir do princípio fundamental de que todos os cidadãos são iguais perante a lei.

Contudo, diante do peso do desafio que se coloca diante do ministro, as reiteradas manifestações de descontrole emocional de Barbosa tornam-se muito preocupantes. Já durante o julgamento do mensalão, transmitido ao vivo e acompanhado por um enorme contingente de brasileiros, em várias ocasiões o então ministro relator tratou com impaciência e descortesia os pares que se opunham a suas ponderações. Mais de uma vez, viu-se obrigado a se desculpar. E a maior parte do público sempre assimilou esses deslizes com alguma tolerância, até porque era testemunha do padecimento físico que um problema crônico de coluna impunha ao ministro.


No entanto, na última terça- feira, à saída de uma sessão do CNJ, o destempero de Joaquim Barbosa ultrapassou os limites da civilidade. Ele ofendeu, com inacreditável truculência, um repórter deste jornal que tentava lhe fazer uma pergunta sobre a crítica que o ministro recebera de associações de juizes por ter dito, numa entrevista, que há juizes que aplicam com demasiada complacência uma lei penal já excessivamente leniente. Sem permitir que o jornalista sequer concluísse a pergunta, Barbosa pediu que fosse deixado em paz e fulminou, em tom raivoso: "Vá chafurdar no lixo, como você faz sempre". E, enquanto seu assessor tentava afastá-lo dali, ainda chamou de "palhaço" o profissional que queria apenas entrevistá-lo.


O fato de a vítima da truculência do ministro ser um repórter deste jornal é irrelevante. A irresponsabilidade cometida por Barbosa atinge toda a imprensa, e não se redime com um anódino pedido de desculpas formulado em nota oficial pela assessoria do STF. Nem minimiza a gravidade do ocorrido a alegação, contida na nota, de que Joaquim Barbosa fora "ríspido" com o jornalista porque saíra de uma longa reunião do CNJ "tomado pelo cansaço e por fortes dores". Se não se sente em condições físicas e psicológicas para manter um comportamento público compatível com a dignidade dos cargos que exerce, Joaquim Barbosa deveria deles se afastar. É o que merece como ser humano, é o que dele espera a enorme massa de brasileiros que por ele tem demonstrado, até agora, admiração, respeito e apreço.


A reincidência do presidente do STF num comportamento reprovável sob todos os aspectos - desde a transgressão da liturgia do cargo que ocupa até o comprometimento de uma imagem pública que favorece o aperfeiçoamento das instituições nacionais - foi recebida com escandaloso regozijo, nas mídias sociais, pelas viúvas do mensalão, interessadas em desacreditar o principal responsável pelo desfecho da Ação Penal 470, em proveito dos dirigentes partidários condenados à prisão pelo crime de comprar apoio parlamentar para o governo Lula.


E hora de Joaquim Barbosa parar para pensar que pode estar começando a desfazer tudo o que até agora construiu com grande competência e admirável dedicação.




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PITACO DO ContrapontoPIG


Na briga Barbosa X PIG... torcer por quem? 

Por vitória, de nenhum deles.

Por empate, também não. 

Então ... que percam os dois!

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Do Blog ContrapontoPIG

Chávez fez a Venezuela deixar de ser um quintal americano

Posted: 07 Mar 2013 03:15 AM PST

Do Diário do Centro do Mundo - 6 de março de 2013 

O país avançou extraordinariamente sob o líder morto.

Chávez com o retrato de seu inspirador, Bolívar
Chávez com o retrato de seu inspirador, Bolívar
Paulo Nogueira
 
A América Latina foi infestada, a partir dos anos 1950, por militares patrocinados pelos Estados Unidos.

Eles transformaram a região num monumento abjeto da desigualdade social, e impuseram com a força das armas sua tirania selvagem e covarde.

Pinochet foi o maior símbolo desses militares, aos quais os brasileiros não escaparam: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo foram capítulos lastimáveis da história moderna nacional.

Hugo Chávez rompeu, espetacularmente, com a maldição dos homens de farda a serviço dos americanos e de uma pequena elite predadora e gananciosa.

Paraquedista de formação, coronel na patente, Chávez escolheu o lado dos excluídos, dos miseráveis – e  por isso fez história na sua Venezuela, na América Latina e no mundo contemporâneo.

Chávez foi filho do Caracaço – a espetacular revolta, em 1989, dos pobres venezuelanos diante da situação desesperadora a que foram levados na gestão do presidente Carlos Andrés Perez.

Carne de cachorro passou a ser consumida em larga escala por famintos que decidiram dar um basta à iniquidade. A revolta foi esmagada pelo exército venezuelano, e as mortes segundo alguns chegaram a 3 000.

Uma ala mais progressista das forças armadas ficou consternada com a forma como venezuelanos pobres foram reprimidos e assassinados.

Hugo Chávez, aos 34 anos, pertencia a essa ala.

Algum tempo depois, ele liderou uma conspiração militar que tentou derrubar uma classe política desmoralizada, inepta e cuja obra foi um país simplesmente vergonhoso.

O levante fracassou. Antes de ser preso, Chávez assumiu toda a responsabilidade pela trama e instou a seus liderados que depusessem as armas para evitar que sangue venezuelano fosse vertido copiosamente.

Chávez aprendeu ali que o caminho mais reto para mudar as coisas na Venezuela era não o das armas, mas o das urnas.

Carismático e popular,  Chávez se elegeu presidente em 1998. Pela primeira vez na história recente da Venezuela, um presidente não dobrava a espinha para os Estados Unidos.

Isso custou a Chávez a perseguição obstinada de Washington. Mas entre os venezuelanos pobres – a esmagadora maioria da população – ele virou um quase santo.

Chávez comandou projetos sociais – as missiones — que retiraram da miséria milhões de excluídos. Alfabetizou-os,  ofereceu-lhes cuidados médicos por conta de médicos cubanos – e acima de tudo lhes deu auto-estima. Os desvalidos tinham enfim um presidente que se interessava por eles.

O tamanho da popularidade de Chávez pode se medir num fato extraordinário: um grupo bancado pelos Estados Unidos tentou derrubá-lo em 2002. Mas em dois dias ele estava de volta ao poder, pela pressão sobretudo dos mesmos venezuelanos humildes que tinham protagonizado o Caracaço.
Amado pelo seu povo

Venezuelanos choram a morte de Chávez
Quanto ele mudou a Venezuela se percebe pelo fato de que, nas eleições presidenciais de outubro passado, a oposição colocou em seu programa os projetos sociais chavistas que, antes, eram combatidos e ridicularizados.

Chávez teve tempo de pedir aos venezuelanos que apoiassem Nicolas Maduro, seu auxiliar e amigo mais próximo.

Maduro provavelmente se baterá, em breve, com Henrique Caprilles, principal nome da oposição. As pesquisas indicam, inicialmente, vantagem clara para Maduro.

Se o chavismo sobrevive sem Chávez é uma incógnita. O que parece certo é que a Venezuela, pós-Chávez, jamais voltará a ser o que foi antes dele – um quintal dos Estados Unidos administrado por uma minúscula elite que jamais enxergou os pobres.

Leia mais: Por que Chávez será sempre lembrado pelos venezuelanos.


*Paulo Nogueira. Jornalista  baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo. 
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Do Blog ContrapontoPIG

Lula vai a Caracas na quinta para velório de Hugo Chávez

Posted: 07 Mar 2013 03:10 AM PST


Marina Dias, Terra Magazine
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá à Venezuela para participar do velório do presidente Hugo Chávez, que morreu na última terça-feira (5), vítima de um câncer na região pélvica. Lula viaja a Caracas nesta quinta-feira (7), acompanhado de assessores, e permanece na capital venezuelana até a sexta-feira (8), quando acontece a solenidade em homenagem a Chávez. 
A presidente Dilma Rousseff também embarca nesta quinta-feira para a Venezuela e estende a agenda até a sexta-feira para acompanhar o funeral do presidente venezuelano.
O ex-presidente brasileiro era bastante próximo de Chávez e, na própria terça-feira (5), emitiu uma nota na qual afirmava ter "muito orgulho de ter convivido e trabalhado com ele pela integração da América Latina e por um mundo mais justo".
"Eu me solidarizo com o povo venezuelano, com os familiares e correligionários de Chávez, neste dia tão triste, mas tenho a confiança de que seu exemplo de amor à pátria e sua dedicação à causa dos menos favorecidos continuarão iluminando o futuro da Venezuela", completou Lula no texto."

Não é porque Chávez morreu que a Venezuela vai virar Las Vegas

Posted: 07 Mar 2013 03:05 AM PST

Hugo Chávez Não é porque Chávez morreu que a Venezuela vai virar Las Vegas
Foto: Fernando Llano/AP
De volta à República das bananas? Nem pensar.
Seguro que não.
A Venezuela não vai recuar para o papel de quintal dos Estados Unidos e de poleiro para ditadores corruptos.
Se Chávez teve um mérito, foi esse: a Venezuela se livrou da plutocracia. Os magnatas sem escrúpulos se mudaram para Miami. Ele deu um basta nos governos gringos que tratam a América Latina como se a gente ainda vivesse na guerra fria.
A Venezuela de Chávez se impregnou de cheiro de povo. Os índices de miséria desabaram. Os programas sociais da chamada Revolução Bolivariana foram mais radicais e mais abrangentes do que as versões brasileiras do Fome Zero e da Bolsa Família.
Outra virtude sua foi a coragem pessoal.
Chávez jogou pelas regras da democracia (embora os choramingões da imprensa golpista filiada à SIP quisessem dizer o contrário), mas deu um conteúdo excessivamente personalista a seu governo. Esse foi seu pecado.
Mesmo que o chavismo sobreviva, Chávez há de fazer falta. Governos autocráticos se fundam em líderes e correm o risco de sucumbir junto com eles.
Estão soltando fogos em Miami. O intrigante Roger Noriega deve ter aberto uma champanhe. Em vão.
(Noriega foi o sub-secretário de Estado de George Bush para assuntos do quintal, isto é, da América Latina.
Tramou com o rebotalho da direita um golpe contra o presidente eleito, em 2002. Botou no poder, por 48 horas, o líder dos empresários do atraso. A revista Veja comemorou, na capa. Chávez voltou nos braços do povo. Noriega continuou atuando nos bastidores: boatos, intrigas, subornos e notas plantadas em acadêmicas colunas do Globo e assemelhados).
Mas a Venezuela não é mais vassala do Império. Com Chávez, sem Chávez, não há como voltar atrás. O poder é dos descamisados.
Nirlando Beirão

Lula divulga vídeo falando de sua convivência com Hugo Chávez

Posted: 07 Mar 2013 03:02 AM PST


Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Vítimas de pedofilia na Igreja divulgam lista negra de "papáveis"

Posted: 07 Mar 2013 02:55 AM PST

Uma associação americana de vítimas de abusos sexuais por padres pedófilos publicou nesta quarta-feira uma lista negra de doze possíveis candidatos "papáveis" e exortou à Igreja Católica a levar a sério a proteção das crianças, a ajuda às vítimas e as denúncias de corrupção. "Queremos dizer aos prelados católicos que deixem de fingir que o pior já passou" sobre o escândalo de pedofilia dentro da Igreja, declarou David Clohessy, diretor da Rede de Sobreviventes de Abusados por Padres (Snap, por sua sigla em inglês).

"Tragicamente, o pior com certeza ainda estar por vir", acrescentou.

A organização citou uma dúzia de cardeais da Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Gana, Honduras, Itália, México e República Tcheca, acusados de proteger os padres pedófilos ou por terem feito declarações defendendo os padres ou minimizando a situação.

Todos eles são considerados candidatos para suceder Papa Bento 16, muito criticado pela forma como conduziu os escândalos.

A Snap também se opõe à eleição de qualquer membro da Cúria romana, a administração da Santa Sé.

"Acreditamos que ninguém de dentro do Vaticano tem verdadeira vontade de 'limpar a casa' no Vaticano e em outras partes", indicou Clohessy em um comunicado.

"Promover um membro da Cúria desencorajaria as vítimas, as testemunhas, os denunciantes e seus defensores a relatar más condutas".

A lista negra inclui os seguintes cardeais: Leonardo Sandri da Argentina; George Pell da Austrália; Marc Ouellet do Canadá; Timothy Dolan (Nova York), Sean O'Malley (Boston) e Donald Wuerl (Washington) dos Estados Unidos; Peter Turkson de Gana; Oscar Rodríguez Maradiaga de Honduras; Tarsicio Bertone e Angelo Scola da Itália; Norberto Rivera Carrera do México; e Dominik Duka da República Tcheca.

Entre os mais citados para ser o sucessor de Bento 16, estão Angelo Scola, Marc Ouellet, Peter Turkson e Oscar Rodriguez Maradiaga.

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:240 comentários 

Do Blog TERRA BRASILIS.

O Brasil que vai mal, imagine se estivesse bem.

Posted: 07 Mar 2013 02:50 AM PST

Brasil deve quase dobrar inaugurações de shoppings em 2013

A região Sudeste, que hoje representa 55% dos 457 shoppings em operação, deve seguir respondendo pela maior parcela, mas a tendência é de inaugurações em cidades menores

Reuters  
Reuters


Divulgação
Shopping Independência, em Belo Horizonte

O Brasil deve ver abertura neste ano de praticamente o dobro do número de shopping centers inaugurados em 2012, sendo a maior concentração na região Sudeste, porém, com as cidades menores ganhando cada vez mais participação no setor.
Ao longo de 2013, devem ser inaugurados pelo menos 46 empreendimentos no país, após 27 novos shoppings entrarem em operação no ano passado --maior número dos últimos 13 anos--, segundo estimativa apresentada nesta quinta-feira pela associação que representa o setor, Abrasce.
"Esse número pode aumentar para 48, 49 shoppings neste ano", disse a jornalistas o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga. "Desse total, 16 cidades do país terão o primeiro shopping em 2013". Para 2014, a previsão é de abertura de cerca de 23 novos shoppings.
A região Sudeste, que hoje representa 55% dos 457 shoppings em operação no país, deve seguir respondendo pela maior parcela dos projetos, segundo a Abrasce.
Entretanto, Veiga assinalou que os empreendimentos tendem a se instalar em cidades menores, fora das capitais, em meio à falta de terrenos para construção em grandes centros e ao elevado número de shoppings já existentes nessas regiões.
"A tendência é ter shoppings menores, em cidades menores. Nos grandes centros, apesar da dificuldade de terrenos, ainda há espaço nos bairros", afirmou ele.
O setor de shoppings vem acompanhando o movimento já visto no segmento de supermercados, cujas principais redes passaram a priorizar a abertura de lojas de pequenos formatos, os chamados supermercados de proximidade.
"Cada vez mais os shoppings devem estar próximos às residências", acrescentou Veiga.
Ainda sobre a tendência de ingressar em áreas pouco exploradas, o presidente da Abrasce destacou o desempenho da região Norte, "que tem sido muito maior que no resto do país". Hoje o Norte tem 18 shoppings em operação.
VENDAS CRESCEM
As vendas dos shoppings brasileiros devem crescer 12% neste ano, segundo a Abrasce, favorecidas pela combinação de baixo desemprego, aumento de renda e crédito disponível.
Em 2012, as vendas subiram 10,65%, para 119,5 bilhões de reais, abaixo da previsão da entidade, de alta de 12% ante 2011.
No período de Natal, o mais importante para o varejo, as vendas foram cerca de 15% maiores sobre um ano antes, segundo a entidade.
O setor de shoppings responde por 19% das vendas totais do varejo brasileiro.
(Por Vivian Pereira)
 
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