sexta-feira, 8 de março de 2013

Via Email: SARAIVA 13: 50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana



SARAIVA 13


Posted: 08 Mar 2013 03:51 PM PST


Uma homenagem, feita em vídeo, do publicitário João Santana ao presidente Hugo Chávez. Santana comandou a propaganda da última campanha vitoriosa de Chávez. É uma justa homenagem ao venezuelano. A música é de Santana e de João Andrade.

Posted: 08 Mar 2013 03:01 PM PST

Do Conversa Afiada - 08/03/2013


O PiG não consegue mais esconder nem nunca vai entender. Se FHC morrer, quantos pobres chorarão por ele?, se perguntou Juan Domingo.





O Conversa Afiada reproduz artigo sempre agudo de Saul Leblon, da Carta Maior, que se acompanha de fotos impressionantes que, no Brasil, só tem um paralelo: na morte de Vargas.


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Chávez e a fita métrica do conservadorismo

 




Saul Leblon
 Quando mede o tempo histórico na América Latina, a régua conservadora irradia uma ambiguidade sugestiva.

Nas medições à esquerda, identifica extensões anacrônicas de um tempo morto. Fantasmas de um mundo que na sua métrica não existe mais.

Exceto como detrito histórico.

Entre os fenômenos jurássicos estariam lideranças 'populistas', a exemplo da exercida pelo falecido presidente Chávez – pranteado agora em massa por um povo a quem favoreceu um primeiro degrau de cidadania e dignidade.

Enquadram-se nas mesmas polegadas da régua arestosa Lula, Evo Morales, Correa, Cristina, Mujica e, mais recentemente, Dilma.

A mídia dominante ecoa a régua discricionária, estendendo seu preconceito às políticas de emancipação social implementadas por esses governantes.

Sintomaticamente, não adota o mesmo peso e medida quando se trata de dimensionar a natureza dos graves constrangimentos estruturais, acumulados em séculos de hegemonia conservadora na região.

Mencione-se os mais óbvios.

Uma distribuição de renda iníqua; serviços públicos indignos; concentração patrimonial monárquica; estruturas produtivas imiscíveis com demanda popular; dependência colonial asfixiante.Uma elite empresarial cuja única pátria é o lucro e a capital, Miami.

A dualidade conduz a desdobramentos singulares.

Como explicar a aderência popular de líderes e projetos que, a julgar pela narrativa dominante, levitam em sociedades intrinsecamente modernas, distorcidas apenas pela anacrônica presença de demagogos ?

Oxímoros como 'autoritarismo democrático' tem sido cunhados pelo jornalismo conservador.

É notável o esforço para harmonizar o inenarrável.

As veias abertas de uma América Latina que, quanto mais moderna aos olhos da elite, mais sangra pelo cotidiano de seu povo.

Um caso exclamativo é o da reforma agrária.

'Verbete incluído no arquivo morto da história em todo o mundo', sentencia o padrão métrico dominante.

Como tal, uma discussão sequer admitida fora do carimbo ideológico que a sepultou.

Todavia, mais de 50% dos 870 milhões de famintos existentes no mundo vivem onde menos se espera que a fome possa dar as cartas: junto à terra.

Não apenas isso.

Quatrocentos milhões de pequenos proprietários rurais do planeta tem área insuficiente para a própria sobrevivência.

Menos de dois hectares, em mpedia, calcinados pela aridez tecnológica.

Contam apenas com a força de seus braços para enfrentar , e perder, cotidianamente, a luta contra a miséria.

Os maiores bolsões de fome e de pobreza do globo estão no campo, que ainda abriga 49% da humanidade.

A metade da pobreza latino-americana vive aí.

A metade da pobreza brasileira está no Nordeste e a metade dos nordestinos mais pobres habita a área rural.

Há dezenas de milhares de famílias paupérrimas listadas no MST, dispostas a tentar um recomeço junto à terra.

O Brasil tem menos de 20% de sua demografia misturada ao espaço da agropecuária.

Mas somados os habitantes de 1.800 pequenos municípios cuja orbita gravita no entorno da terra, nunca tantos brasileiros viveram no mundo rural.

Formam hoje um contingente quase equivalente a uma Argentina.

Lateja a percepção de que algo precisa mudar na estrutura agrária do país e do mundo para que a luta contra a fome e a pobreza possa acelerar o passo.

É mais que velocidade.

Está em jogo percorrer uma travessia estrutural que o presente deve às mazelas do passado trazidas ao século 21.

Diante do complexo emaranhado de tempos históricos e desafios sociais, fica difícil dissociar o tom do editorial do Globo desta 3ª feira, sobre o 'anacronismo da reforma agrária', de um mero rompante de classe.

A que fez 1964.

Com o título 'A comprovada falência da reforma agrária', o diário da família Marinho capturou a seu favor a autocrítica do governo.

A gestão Dilma, que beneficiou o menor número de assentados desde 2003, reconheceu –finalmente– a indigência a que estão relegados boa parte dos assentamentos no país. A presidenta se comprometeu com a Contag, esta semana, a retificar esse percurso e a sua velocidade.

Foi a deixa. O Globo disparou a conclusão prevalecente em sua régua histórica.

A reforma agrária sempre figurou no Brasil como uma das pendências históricas mais indigestas ao estômago conservador.

Há 49 anos, no dia 31 de março, foi uma das agulhas mais operosas em cerzir o golpe militar.

Por mais de duas décadas, ele calaria a necessária discussão democrática das reformas de base, focadas no legado asfixiante do conservadorismo ao desenvolvimento brasileiro.

Entre elas, a estrutura de propriedade da terra.

Na ótica dos interesses que, já àquela altura, atribuíam o epíteto de 'demagogo e populista' aos que empunhavam essa bandeira, o debate reprimido caducou.

Com a palavra, 'O Globo' desta terça-feira, 5/02/2013:

"36% das 945.405 famílias assentadas (ou 339.945) sobrevivem do Bolsa Família, por terem renda abaixo do limite divisor da miséria".

"Não se realizou o sonho da redenção social por meio da divisão de terras. Foram distribuídos 87 milhões de hectares, 10,8% do território nacional, e, mesmo assim, metade dos assentados não sobrevive sem a ajuda assistencialista do Estado".

"Diante deste quadro, o governo age de maneira sensata ao dar prioridade à tentativa de corrigir os assentamentos existentes em vez de instalar outros".

"Espera-se que, num segundo momento, o governo se convença de que a modernização da agricultura e a própria urbanização do país jogaram na lata de lixo da História a reforma agrária, tema de meados do século passado, de um Brasil muito diferente do de hoje".

A síntese feita pelo editorial conservador é ardilosa.

Estampa a fotografia realista de um resgate de náufragos.

Acompanhada da legenda capciosa.

Nela, os responsáveis pelo transatlântico afundado atribuem o desastre ao predomínio de feridos, fracos e desfalecidos entre os passageiros.

Tem sido um pouco essa a tônica do jornalismo dominante ao tratar da ressurgência de agendas, lideranças e processos políicos incompatíveis com a métrica da modernidade capitalista na América Latina.

A ênfase nas dificuldades – reais – da reforma agrária tardia, perseguida em nosso tempo, segue o padrão de menosprezo e veto.

E evoca a pergunta do poema de Drummond diante da pele estendida no chão:

'O que sei do tapir senão a sua derrota?'

A ditadura brasileira sustentada por veículos que hoje destinam a reforma agrária ao lixo da história promoveu uma das diásporas rurais mais fulminantes do século 20.

Aquilo que se convencionou chamar de 'modernização conservadora do campo' cometeu no Brasil, no espaço pouco superior a duas décadas, uma transição rural/urbana que países como os EUA demandaram um século para completar.

Mais de 30 milhões de pobres do campo foram empurrados para periferias conflagradas das grandes metrópoles, entre os anos 60 e 80. Um exército de reserva pronto para o uso e o abuso do projeto de modernidade da elite.

Cinturões urbanos sem cidadania explodiram por todo país.

A grande produção capitalizada, mecanizada e subsidiada –em níveis de deixar corado o orçamento atual da reforma agrária e da agricutura familiar– deu conta de suprir a demanda interna por alimentos. Fez do Brasil um dos maiores exportadores agrícolas do mundo.

A um custo nem sempre relacionado.

O mais paradoxal deles, a fome.

A fome urbana e rural espraiou-se durante décadas abafada e esquecida pelo noticiário econômico e político; e só mitigada com a extensão do Bolsa Família a mais de 50 milhões de brasileiros na atualidade.

Não por acaso o PT chegou ao governo, em 2003, com a bandeira do Fome Zero.

Execrada, recorde-se, pelo jornalismo dominante.

Ainda hoje, ventríloquos resistem em admitir a existência da fome no país.

Talvez por ser um dos produtos mais representativos do capitalismo agalopado que ajudaram a implantar a partir de 64.

Por certo, a reforma agrária adequada ao século 21 ainda não foi decifrada pelas forças e lideranças progressistas que se debruçam sobre o tema.

Reside aqui, talvez,uma das suas grandes fragilidades.

Hesita-se em admitir a necessidade de um aggiornamento na forma e no conteúdo dessa agenda em nosso tempo.

Uma das chaves da atualização certamente passa pelo tema ambiental.

O governo ensaiou a resposta nessa direção com os projetos de assentamentos agroflorestais.

Mas sem atribuir-lhes a centralidade de uma diretriz estratégica.

A questão agrária e a urgência climática têm sido uniformemente negligenciadas, ademais, no debate estratégico da frente progressista que apoia o governo, dentro e fora do PT.

Talvez não seja um mero acaso.

Talvez sejam agendas gêmeas, indecifráveis em separado no mundo atual.

Uma, remanescente do legados das elites do século 19; a outra, contemporânea da exacerbação capitalista em nossos dias.

Juntas, entre outras, justificam a presença vigorosa de lideranças progressistas, e de processos revolucionários que, a exemplo de Chávez e do chavismo, não cabem na fita métrica conservadora.

A comoção popular que tomou conta da Venezuela nos últimos dias questiona a mídia e dá ao líder bolivariano a dimensão política transformadora que o conservadorismo sempre lhe negou.

As imagens de um povo que irrompe para a história em luto vermelho hipnotizam o mundo e falam mais que mil palavras.

Sobretudo, dão voz a um sentimento e a um processo tortuoso, difícil, de luta por direitos e emancipação que o jornalismo dominante sempre ocultou e negou.

Agora não consegue mais esconder.

Nem explicar.

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Delator esclarece.
Folha (*) esconde 
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Posted: 08 Mar 2013 01:19 PM PST

50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana
O presidente Hugo Chávez, que faleceu no dia 5 de março de 2013, vítima de câncer, aos 58 anos. Estas são as dazões pelas quais o chefe de Estado venezuelano marcou para sempre a história da América Latina:
1. Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012. Sempre derrotou seus rivais com uma diferença de 10 a 20 pontos percentuais.
2. Todas as instâncias internacionais, desde a União Europeia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência das eleições.
3. Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, inclusive declarou que o sistema eleitoral da Venezuela era "o melhor do mundo".
4. A universalização do acesso à educação, implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de alfabetização denominada Missão Robinson I.
5. Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.
6. O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.
7. A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.
8. As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao Ensino Superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.
9. Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público para garantir o acesso gratuito à atenção médica para todos os venezuelanos. Entre 2005 e 2012, foram criados 7.873 centros médicos na Venezuela.
10. O número de médicos passou de 20 por 100 mil habitantes, em 1999, para 80 em 2010, ou seja, um aumento de 400%.
11. A Missão Bairro Adentro I permitiu a realização de 534 milhões de consultas médicas. Cerca de 17 milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas 1,7 milhão de vidas entre 2003 e 2011.
12. A taxa de mortalidade infantil passou de 19,1 a cada mil, em 1999, para 10 a cada mil em 2012, ou seja, uma redução de 49%.
13. A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
14. Graças à Operação Milagre, lançada em 2004, 1,5 milhão de venezuelanos vítimas de catarata ou outras enfermidades oculares recuperaram a visão.
15.  De 1999 a 2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa de extrema pobreza passou de 16,6% em 1999 para 7% em 2011.
16. Na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Venezuela passou do posto 83 no ano 2000 (0,656) ao 73° lugar em 2011 (0,735), e entrou na categoria das nações com o IDH elevado.
17. O coeficiente Gini, que permite calcular a desigualdade em um país, passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.
18. Segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos desigualdade.
19. A taxa de desnutrição infantil reduziu 40% desde 1999.
20. Em 1999, 82% da população tinha acesso a água potável. Agora, são 95%.
21. Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentaram 60,6%.
22. Antes de 1999, apenas 387 mil idosos recebiam aposentadoria. Agora são 2,1 milhões.
23. Desde 1999, foram construídas 700 mil moradias na Venezuela.
24. Desde 1999, o governo entregou mais de um milhão de hectares de terras aos povos originários do país.
25. A reforma agrária permitiu que dezenas de milhares de agricultores fossem donos de suas terras. No total, foram distribuídos mais de 3 milhões de hectares.13. A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
Agência Efe


26. Em 1999, a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia. Em 2012, a produção é de 71%, enquanto que o consumo de alimentos aumentou 81% desde 1999. Se o consumo em 2012 fosse semelhante ao de 1999, a Venezuela produziria 140% dos alimentos consumidos em nível nacional.
27. Desde 1999, a taxa de calorias consumidas pelos venezuelanos aumentou 50%, graças à Missão Alimentação, que criou uma cadeia de distribuição de 22.000 mercados de alimentos (MERCAL, Casa da Alimentação, Rede PDVAL), onde os produtos são subsidiados, em média, 30%. O consumo de carne aumentou 75% desde 1999.
28. Cinco milhões de crianças agora recebem alimentação gratuita por meio do Programa de Alimentação Escolar. Em 1999, eram 250 mil.
29. A taxa de desnutrição passou de 21% em 1998 para menos de 3% em 2012.
30. Segundo a FAO, a Venezuela é o país da América Latina e do Caribe mais avançado na erradicação da fome.
31. A nacionalização da empresa de petróleo PDVSA, em 2003, permitiu que a Venezuela recuperasse sua soberania energética.
32. A nacionalização dos setores elétricos e de telecomunicação (CANTV e Eletricidade de Caracas) permitiu pôr fim a situações de monopólio e universalizar o acesso a esses serviços.
33. Desde 1999, foram criadas mais de 50.000 cooperativas em todos os setores da economia.
34. A taxa de desemprego passou de 15,2% em 1998 para 6,4% em 2012, com a criação de mais de 4 milhões de postos de trabalho.
35. O salário mínimo passou de 100 bolívares (16 dólares) em 1998 para 2.047,52 bolívares (330 dólares) em 2012, ou seja, um aumento de mais de 2.000%. Trata-se do salário mínimo mais elevado da América Latina.
36. Em 1999, 65% da população economicamente ativa recebia um salário mínimo. Em 2012, apenas 21,1% dos trabalhadores têm este nível salarial.
37. Os adultos com certa idade que nunca trabalharam dispõem de uma renda de proteção equivalente a 60% do salário mínimo.
38. As mulheres desprotegidas, assim como as pessoas incapazes, recebem uma ajuda equivalente a 70% do salário mínimo.
39. A jornada de trabalho foi reduzida a 6 horas diárias e a 36 horas semanais sem diminuição do salário.
40. A dívida pública passou de 45% do PIB em 1998 a 20% em 2011. A Venezuela se retirou do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, pagando antecipadamente todas as suas dívidas.
41. Em 2012, a taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5%, uma das mais elevadas do mundo.
42. O PIB por habitante passou de 4.100 dólares em 1999 para 10.810 dólares em 2011.
43. Segundo o relatório anual World Happiness de 2012, a Venezuela é o segundo país mais feliz da América Latina, atrás da Costa Rica, e o 19° em nível mundial, à frente da Espanha e da Alemanha.
44. A Venezuela oferece um apoio direto ao continente americano mais alto que os Estados Unidos. Em 2007, Chávez ofereceu mais de 8,8 bilhões de dólares em doações, financiamentos e ajuda energética, contra apenas 3 bilhões da administração Bush.
45. Pela primeira vez em sua história, a Venezuela dispõe de seus próprios satélites (Bolívar e Miranda) e é agora soberana no campo da tecnologia espacial. Há internet e telecomunicações em todo o território.
46. A criação da Petrocaribe, em 2005, permitiu que 18 países da América Latina e do Caribe, ou seja, 90 milhões de pessoas, adquirissem petróleo subsidiado em cerca de 40% a 60%, assegurando seu abastecimento energético.
47. A Venezuela também oferece ajuda às comunidades desfavorecidas dos Estados Unidos, proporcionando-lhes combustíveis com tarifas subsidiadas.
48. A criação da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), em 2004, entre Cuba e Venezuela, assentou as bases de uma aliança integradora baseada na cooperação e na reciprocidade, agrupando oito países membros, e que coloca o ser humano no centro do projeto de sociedade, com o objetivo de lutar contra a pobreza e a exclusão social.
49. Hugo Chávez está na origem da criação, em 2011, da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), agrupando, pela primeira vez, as 33 nações da região, que assim se emancipam da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.
50. Hugo Chávez desempenhou um papel chave no processo de paz na Colômbia. Segundo o presidente Juan Manuel Santos, "se avançamos em um projeto sólido de paz, com progressos claros e concretos, progressos jamais alcançados antes com as FARC, é também graças à dedicação e ao compromisso de Chávez e do governo da Venezuela".

Do Maria Frô.
Posted: 08 Mar 2013 12:15 PM PST


Não acreditem nos surtos do Joaquim Barbosa. É jogo de cena
Nirlando Beirão

Tem gente aí dizendo que Joaquim Barbosa, o condestável do Mensalão, surtou de vez.

Vocês se lembram: valendo-se da condição do presidente do Supremo, ele passou o julgamento soltando baforadas de ódio não só contra os acusados. E contra seus colegas de bancada, também.

Agora, o homem anda insultando jornalistas. Sem mais nem menos, chamou um deles de "palhaço" e mandou-o "chafurdar no lixo".

O mais surpreendente é que a vítima dos impropérios milita num dos veículos que fizeram do implacável Barbosa um herói da República: o Estadão.

O surto de Barbosa não é loucura passageira de um jurista que, de repente, ganha status de celebridade da revista Caras, sobraçando uma namoradinha quase teen e que sai por aí esperneando – "invasão de privacidade".

Joaquim Barbosa sempre adorou um holofote. O surto é uma estratégia minuciosamente estudada. Elevar-se acima da imprensa que tanto o incensou, simulando isenção, independencia e imparcialidade.

Para quem conheceu Jânio Quadros e seu método de falsa loucura, Joaquim Barbosa não está inovando nem um pouco.

Jânio só faltava espancar os jornalistas. Xingava-os de cães, de abutres, coisas assim. Claro que no dia seguinte uma gordurosa legião de jornalistas se postava à sua porta para registrar os impropérios do dia.

Assim, Janio, showman de talento, não saia das manchetes. A imprensa engolia a isca.

Joaquim Barbosa também está se mostrando um espertalhão. Vai ter cobertura cativa daqueles repórteres a quem eles irá desacatar. Mas não tem o mesmo talento cénico de um Janio Quadros.

(Nunca é demais lembrar que muita gente também não tem os jornalistas em alta estima. O potencial residual de rejeição da imprensa é um achado eleitoral para os oportunistas marotos).

Joaquim Barbosa foi aplaudido de pé num festival de música de Trancoso, segundo noticiou o jornalista-torcedor Elio Gaspari – que está convencido de que Joaquim Barbosa é o Barack Obama do Brasil.

Ser aplaudido em Trancoso é como ser aplaudido num daqueles botequins udenistas do Leblon ou num restaurante tucano de Higienópolis.

Empavonado em suas togas agourentas, Joaquim Barbosa tem ambições. De alma autoritária, quer se passar por ombudsman da democracia.

Falta combinar com o povo.
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Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Mar 2013 12:12 PM PST



Moção aprovada pelo Diretório Nacional homenageia e conclama as mulheres a se engajar na luta pela reforma do sistema político nacional


Leia a íntegra do documento aprovado pelo DN:
Moção do DN sobre o Dia Internacional da Mulher
O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza no dia 01 de março de 2013, parabeniza as mulheres brasileiras e os movimentos de luta em defesa dos direitos das mulheres pelas importantes e crescentes conquistas que têm alcançado,tendo em vista a celebração do Dia Internacional da Mulher.
E se junta aos movimentos em defesa dos direitos das mulheres.
Ao ratificar seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, o Diretório Nacional conclama todas as mulheres a se engajar efetivamente na luta por uma ampla e profunda reforma do sistema político nacional, pois só assim poderemos assegurar as bases necessárias para de fato transformarmos a realidade e construirmos uma sociedade paritária.

Diretório Nacional do PT
Fortaleza, 1º de março de 2013
...
*Via sítio do  PT Nacional  http://www.pt.org.br
Posted: 08 Mar 2013 12:09 PM PST



ONU Mulheres 
Evento com o ex-presidente Lula, lançamento de um aplicativo para smartphones e da música exclusiva "One Woman" fazem parte das celebrações da ONU Mulheres pelo Dia Internacional da Mulher.
Brasília, 08 de março de 2013 – A ONU Mulheres preparou uma série de eventos para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Na tarde de hoje, acontece o lançamento de um aplicativo para smartphones que dá acesso à Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher no Rio de Janeiro.
Em todo o mundo, foi lançada a música "One Woman", uma celebração musical de mulheres que conta com a participação de 25 artistas de 20 países distintos, com a cantora Bebel Gilberto representando o Brasil. E na segunda-feira, dia 11 de março, haverá a cerimônia de adesão do ex-Presidente Lula à Rede de Homens Líderes pelo Fim da Violência contra as Mulheres, em São Paulo. Confira abaixo os detalhes.

ONU Mulheres lança aplicativo para smartphones

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ONU Mulheres, UNICEF e ONU-Habitat, com apoio da Embaixada Britânica, vão lançar um aplicativo gratuito para celular e computador que reúne informações sobre o atendimento a mulheres e meninas vítimas de violência na cidade do Rio de Janeiro. A ferramenta foi desenvolvida para facilitar o acesso às informações e aos serviços de apoio existentes na Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.
O objetivo é auxiliar a sociedade a conhecer cada um dos órgãos de assistência da rede, os locais de atendimento, as responsabilidades, como e em que momento acessá-los, como deve ser feito o encaminhamento de vítimas e o acompanhamento de cada caso nas áreas da Saúde, Segurança, Justiça e apoio psicológico. A ferramenta é parte da iniciativa "Safe and Friendly Cities for All", desenvolvida em mais de 20 cidades em todo o mundo, incluindo o Rio de Janeiro.
Presenças já confirmadas:
- Paula Walsh, cônsul britânica
- Luciana Phebo, coordenadora do escritório do UNICEF no Rio de Janeiro
- Daniela Pinto, ONU Mulheres
- Rayne Ferretti Moraes, ONU-Habitat
- Angela Fontes, Subsecretária de Estado de Políticas para as Mulheres

"One Woman": Uma música lançada pela ONU Mulheres no Dia Internacional da Mulher

"One Woman: Uma canção para a ONU Mulheres" foi lançada hoje, Dia Internacional da Mulher. O vídeo da música, com imagens de bastidores que contam a história da produção da canção ao longo de um ano, pode ser assistido no seguinte link: http://song.unwomen.org/
"Uma Mulher" é uma celebração musical das mulheres, com 25 artistas de 20 países de todo o mundo. O Brasil é representado pela cantora Bebel Gilberto. A canção faz um apelo por um futuro com mais igualdade e celebra atos de coragem e determinação de mulheres comuns que, diariamente, fazem contribuições extraordinárias a seus países e comunidades. A letra é inspirada em histórias de mulheres que a ONU Mulheres tem apoiado em todo o mundo.
"One Woman nos traz uma mensagem de esperança e inspiração", diz Michelle Bachelet, Diretora Executiva da ONU Mulheres. "Esta música traz uma mensagem de unidade e de solidariedade entre as mulheres e nos lembra que a igualdade, os direitos humanos e a dignidade humana são direitos inalienáveis de todos nós, cada ser humano. Agradeço a todos que fizeram esta canção possível."
Cantores e artistas de todas as regiões, mulheres e homens, doaram seu tempo e contribuíram com seu talento. A lista inclui: Ana Bacalhau (Portugal); Angelique Kidjo (Benin), Anoushka Shankar (Índia); Bassekou Kouyate (Mali); Bebel Gilberto (Brasil); Beth Blatt (EUA), Brian Finnegan (Irlanda); Buika (Espanha); Charice (Filipinas); Cherine Amr (Egito); Debi Nova (Costa Rica); Emeline Michel (Haiti); Fahan Hassan (Reino Unido); Idan Raichel (Israel); Jane Zhang (China), Jim Diamond (Reino Unido); Keith Murrell (UK); Lance Ellington (Reino Unido); Marta Gomez (Colômbia), Maria Friedman (Reino Unido); Meklit Hadero (Etiópia); Rokia Traoré (Mali); Vanessa Quai (Vanuatu); Ximena Sariñana (México); Yuna (Malásia).
A música da canção é da autoria de Graham Lyle – compositor "What's Love Got To Do With It" de Tina Turner e muitos outros sucessos – e do cantor e compositor somali-britânico, Fahan Hassan; as letras são de Beth Blatt. Jerry Boys – que já trabalhou com uma grande variedade de artistas, incluindo REM, Everything But The Girl e foi uma das pessoas por trás do Buena Vista Social Club – produziu a música, juntamente com o produtor executivo Beth Blatt.
A Microsoft, como parceiro corporativo da ONU Mulheres para "One Woman" patrocinou a música e a produção do videoclipe.

Ex-Presidente Lula assina adesão à Rede de Homens Líderes

Na próxima segunda-feira, 11 de março, no âmbito das celebrações pelo Dia Internacional da Mulher, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assinar o termo de adesão à Rede de Homens Líderes da Campanha do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, "UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres".
A campanha, que reúne diversas agências e escritórios da ONU, tem por objetivo prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todas as partes do mundo. Neste esforço conjunto, pais, irmãos, maridos, filhos, amigos, tomadores de decisões, líderes comunitários e de opinião, todos têm um papel fundamental a desempenhar e devem inspirar outros homens a manifestarem-se contra este tipo de violência.
Por este motivo, como uma iniciativa chave da campanha UNA-SE, o Secretário-Geral da ONU criou a Rede de Homens Líderes, que trabalha para mobilizar homens e meninos a levantar suas vozes contra a violência, desafiar os estereótipos destrutivos e abraçar a igualdade.
O ex-Presidente Lula vai se juntar a outros nomes de destaque no cenário internacional, como o ex-Primeiro Ministro da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero; o arcebispo da Igreja Anglicana na África do Sul e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu; e o escritor brasileiro e Mensageiro da Paz das Nações Unidas, Paulo Coelho.
Presenças já confirmadas:
- Luiz Inácio Lula da Silva, ex-Presidente da República Federativa do Brasil;
- Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;
- Rebecca Reichmann Tavares, representante da ONU Mulheres no Brasil.

Posted: 08 Mar 2013 12:00 PM PST


Pastor Marcos Feliciano: homofóbico, racista e acusado de estelionato

O deputado e Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido por declarações homofóbicas e racistas [responde também a processo no STF por estelionato], foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara nesta quinta-feira 7.

Assistra às cenas em que o mequetrefe pede senha do cartão de crédito de fiel:

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 15:380 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 08 Mar 2013 11:56 AM PST

Brasil 247 - 8 de Março de 2013 às 08:11


Os proprietários de órgãos de comunicação privados insistem em dar uma conotação nobre às suas atividades, quando, na verdade, a informação e a opinião, que são os produtos vendidos por eles, têm o propósito de defender os interesses da classe dominante
DAVIS SENA FILHO
 
Depois de acompanhar a cobertura da imprensa de mercado, ou seja, de negócios privados sobre a morte do estadista e revolucionário, Hugo Chaves, cheguei à seguinte conclusão:

Há algum tempo, quando eu era um jovem jornalista, percebi que as redações da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) praticam apenas o jornalismo empresarial, de negócios, bem como, irrefragavelmente, tem lado, cor, partido, ideologia e preferências culturais, raciais e de classe social.

Sabem por que essas distorções acontecem nas redações? Porque o jornalismo é tratado como produto por empresas de comunicação cujos proprietários são megaempresários, que estão a fim de ganhar dinheiro, aliás, muito dinheiro, como qualquer grande capitalista de outro ramo de negócios.

Contudo, esses comerciantes, proprietários de órgãos de comunicação privados, insistem em dar uma conotação nobre às suas atividades, quando, na verdade, a informação e a opinião, que são os produtos vendidos por eles, têm o propósito de defender os interesses da classe dominante a qual eles pertencem. Por isto e por causa disto, atacam, sistematicamente, seus adversários políticos, e, para isto, manipulam e distorcem os fatos e as realidades, com a finalidade de impor suas "verdades", e, consequentemente, manter, indefinidamente, o status quo do qual sempre se beneficiaram em forma de privilégios.

Por isto e por causa disto, temos um jornalismo partidário, sectário e conservador, elaborado, escrito e apresentado por jornalistas filhos das classes média e média alta, quando não de origem rica. São profissionais pequenos burgueses e que sonham desde sempre com ascensão social, fama, além do acesso a um mundo VIP, de preferência paralelo ao mundo real, porque a meta e o desejo é fugir das massas nem que para isso tenha de viver das sobras de seus patrões, que são os inquilinos da parte mais alta da pirâmide social...


Esses jornalistas não conhecem o Brasil, as suas diferentes regiões e culturas e muito menos compreendem as questões, as necessidades e as dificuldades das classes sociais menos privilegiadas. Agem assim porque inexiste neles o compromisso com o País e o seu povo, porque prezam essencialmente os valores individuais, que se alicerçam em uma sociedade de consumo, que, equivocadamente, mede e avalia as pessoas pelo o que elas têm e não pelo que elas são.

Parte desses jornalistas por ser assim integra e serve, de forma espontânea e natural, um sistema midiático de direita acumpliciado com os interesses econômicos e financeiros dos barões da imprensa, dos proprietários de mídias cartelizadas e monopolistas, que, por sua vez, são sócios e porta-vozes dos interesses dos grandes capitalistas nacionais e internacionais.

Características de tal ordem me levam a afirmar que os barões da imprensa são imperialistas e colonialistas, bem como os replicadores do pensamento conservador nacional e internacional. Ao controlarem os meios de comunicação e de informação, eles passam a influenciar e a domesticar o pensamento, os valores e até mesmo os sonhos e os propósitos rotineiros da população em geral e em especial das classes média e média alta, que, alienadas e conservadoras, aliam-se àqueles que combatem, historicamente, a distribuição de renda e de riqueza, porque não desejam um Brasil justo, independente e democrático, e muito menos querem o povo brasileiro emancipado e soberano.

Os jornalistas os quais faço críticas são exatamente assim. Agem dessa forma, como se fossem patrões. Eu os conheço e sei de suas vaidades e manias de grandeza que se baseiam na ascensão social. São meros burgueses e acreditam em valores estritamente comerciais e de modismos, que os levam a pensar que subiram de status. Detestam ter de lidar com tudo o que seus pais sempre desprezaram: conviver com os mais pobres e ter de ouvir suas queixas e necessidades, Afinal a redoma de cristal onde vivem é um lugar para as poucas pessoas que eles consideram seus semelhantes.

Os homens e as mulheres comprometidos com seus patrões e, por conseguinte, com o jornalismo alienígena e de negócios privados se vestem e se comportam como yuppies cujos valores se confundem com o mundo neoliberal que derreteu as economias, as almas e o orgulho da Europa Ocidental, do Japão e dos Estados Unidos. Um mundo fútil e leviano, que se alicerça em falso moralismo e que edifica a ganância, o egoísmo, o materialismo e constrói a guerra entre as pessoas, as sociedades e os países.

Por isto e por causa disto, resolvi no já longínquo ano de 1995 não trabalhar mais em redações da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?). Hugo Chávez pertence à história, e, indelevelmente, ao povo venezuelano e latino-americano.

 É isso aí.
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Posted: 08 Mar 2013 07:35 AM PST


Posted by on 08/03/13 • Categorized as Opinião do blog

Os noticiários políticos e econômicos dos grandes meios de comunicação brasileiros e os do resto da América Latina deram mais um passo no processo de desmoralização em que mergulharam há cerca de uma década e no qual vão mergulhando cada vez mais fundo.
Logo após o anúncio da morte do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, a grande imprensa brasileira foi tomada por um acesso inexplicável de fúria e rancor.
A virulência do noticiário brasileiro se mostrou inexplicavelmente redobrada em relação a alguém que acabara de falecer, o que deveria gerar, se não respeito, ao menos prudente comedimento.
Não foi o que ocorreu. As "análises" dos telejornais – sobretudo os da Globo – sobre a Venezuela pós Chávez retrataram um país mergulhado no caos, na pobreza e na violência.
Imprudente, a dita "imprensa" corporativa pareceu nem suspeitar de que milhões de venezuelanos colocariam suas versões em xeque indo às ruas em comoção pela partida de um líder amado pela esmagadora maioria daquele povo.
Suponho que muitos devem ter presenciado cenas que presenciei nos últimos dias envolvendo pessoas de classe média pouco politizadas e que, como exceção, ainda dão crédito ao que os grandes veículos dizem sobre política, seja sobre a nacional ou a internacional
Muitos estão surpresos com a comoção e o carinho que os venezuelanos estão dedicando a um líder político eternamente acusado pelas mídias brasileira, latina, americana e europeia de tudo de ruim que se possa imaginar.
A pergunta mais recorrente que tem sido vista, é: se Chávez era tão ruim, por que seu povo demonstra tanta dor com a sua partida?
Esse fenômeno não ocorre só no Brasil. Como já foi dito, a grande mídia internacional também sempre vendeu essa história de que Chávez "destruiu" a Venezuela "em 14 anos de governo", premissa que se choca com o que está sendo visto no país vizinho.
Timidamente, alguns poucos "colunistas" daqui e de toda parte tentam explicar o fenômeno alegando que os povos latinos são ignorantes e, assim, não conseguem avaliar o quanto Chávez era ruim.
Esse, porém, é um discurso perigoso pelo qual só os extremistas midiáticos de direita ousam enveredar. Os mais moderados preferem insinuar.
Apesar de a Venezuela ter produzido os maiores avanços sociais da última década na América Latina, para os "colunistas", "editorialistas" e até "repórteres" dos grandes veículos de toda parte, isso pouco importa.
Apegam-se aos problemas econômicos que aquele país enfrentou devido à crise econômica internacional, já que depende muito do comércio exterior, ou da exportação de petróleo. E sempre ignorando que os problemas não chegaram ao povo que apoiou Chávez e que hoje chora por ele por ter melhorado drasticamente de vida sob seu governo.
A incompatibilidade sobre o que dizem as grandes mídias e a realidade, porém, não se resume a esse episódio. Aqui no Brasil, a mídia acaba de sofrer nova grave desmoralização por questões econômicas.
Na última quinta-feira, caiu o último de três cavalos-de-batalha midiáticos sobre a economia brasileira lançados entre o fim do ano passado e o começo deste: a produção industrial.
No último trimestre, a indústria brasileira, contrariando todas as previsões midiáticas, cresceu 2,5%. Pouco antes, os alarmismos sobre racionamento de energia e sobre um surto de inflação iminente já tinham caído.
O risco de racionamento que foi vendido como altamente provável, sumiu do noticiário. E a inflação sofreu um tombo sobretudo devido ao barateamento da energia elétrica.
Porém, para usar uma surrada frase de efeito, o fracasso parece que subiu à cabeça da direita midiática. Quanto mais suas previsões furadas se desmoralizam, mais ela reincide nelas.
A crença da direita latina na estupidez popular chega a ser messiânica.
Não é por outra razão que os partidos de direita e os de extrema esquerda que lhes servem de linha auxiliar vão minguando tanto no Brasil quanto no resto de uma América Latina que hoje é a região que mais avança econômica e socialmente em um mundo à beira do abismo.
A direita midiática parece não entender nada. Ao menos é o que dão a entender as suas "análises" desconectadas da realidade.
Incapaz de perceber que, para os povos da região, é assustador que avanços sociais sejam tratados como fatos secundários, subjacentes a critérios sobre as economias que não influem diretamente em suas vidas, a direita chafurda em um discurso catastrofista.
Aqui mesmo no Brasil, o tal de "pibinho" foi alvo de grandes apostas da direita midiática, como se alguns pontos percentuais a menos no Produto Interno Bruto pudessem anular o pleno emprego e o crescimento da renda que se vê nos países governados pela centro-esquerda.
No Brasil, porém, o governo Dilma nada de braçada. Poucos apostam nas chances da oposição no ano que vem, ainda que alguns colunistas se entreguem a devaneios. Já na Venezuela, a oposição direitista trabalha para perder de pouco a eleição do sucessor de Chávez.
Ainda no Brasil, o PSDB e o DEM, os principais partidos de oposição, encolheram assustadoramente no Legislativo, ainda que mantenham alguns governos estaduais importantes. Todavia, no quartel-general tucano, São Paulo, as expectativas não parecem promissoras.
Note-se que o parágrafo acima encontra concordância inclusive entre os analistas da grande mídia mais partidários do PSDB e do DEM. Entre outros jornalistas umbilicalmente ligados ao PSDB, a colunista da Folha de SP Eliane Cantanhêde concorda comigo.
É fácil entender a razão desse processo de desidratação da direita midiática latino-americana. Está sem outro discurso que não seja sobre "corrupção" ou o de negar todos os avanços que a região experimentou na última década.
No Brasil, particularmente, o discurso oposicionista-midiático sobre os avanços do país é ainda mais delirante, pois se alterna entre negar os fatos e, logo em seguida, aceitar os avanços mas atribuí-los ao governo Fernando Henrique Cardoso.
Nesse aspecto, vira e mexe eclode uma campanha midiática tentando "ressuscitar" FHC.
Na eleição para prefeito de São Paulo em 2010, a campanha de José Serra ensaiou pôr o ex-presidente na telinha para "avalizar" o candidato tucano, mas logo que viu o resultado ruim dessa estratégia, abandonou-a.
Até hoje, mais de dez anos após a primeira eleição de Lula, a direita midiática ainda não percebeu que ele só chegou ao poder por conta da revolta dos brasileiros com o estelionato eleitoral praticado por FHC em 1998, estelionato que, inclusive, foi endossado pela mídia.
Apesar de os jovens com vinte anos ou menos não terem memória sobre o governo FHC, pais, avós, amigos, professores etc. lembram muito bem de como era ruim este país até 2002 e sabem muito bem quanto o Brasil avançou na década passada. E transmitem o conhecimento aos jovens.
Não existe hoje na América Latina, portanto, um projeto político viável à direita. E mesmo as aventuras golpistas acalentadas por tantos na região, como as experiências em Honduras e Paraguai, não se mostram promissoras e desestimulam novas aventuras iguais.
Vejamos o caso da Venezuela: a saída de Chávez da cena política não aumentou as chances da oposição. Assim, não adianta extirpar um Chávez ou um Lula, porque a consciência política na América Latina já ganhou dinâmica própria.
Até as apostas em criminalização de líderes de centro-esquerda parecem fadadas ao fracasso.
No Brasil, quem aposta em que a criminalização de Lula irá render dividendos políticos, engana-se. Vista como única chance pela direita midiática para vencer em 2014, será entendida como golpe dos ricos contra os pobres, o que elegerá Dilma ainda mais facilmente.
Em resumo, o que está construindo a hegemonia da centro-esquerda na América Latina é a distância abissal que separa a direita midiática do povo. Essa direita trata a volta por cima no emprego e na renda como fatos secundários.
O maior eleitor da centro-esquerda latino-americana é a direita midiática. Se fosse mais comedida, se respeitasse mas o povão, seria muito mais difícil derrotá-la. A arrogância da elite branca e midiática latino-americana é a sua maior inimiga.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 08 Mar 2013 06:44 AM PST

O rola -bosta  abobado e abestalhado da Veja (só podia)  diz que o presidente  Hugo Chávez faleceu porque escolheu Cuba para se tratar, e não o Brasil ou EUA.  Ele não sabe  que Cuba é, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde),  a nação em que a medicina está mais desenvolvida. Ele não sabe que há vários tipos de câncer, que muitos desses cânceres são invasivos e atingem órgãos vitais muito rápido, são inoperáveis  e não respondem à quimioterapia. Ele não sabe que quem se submete  a quatro cirurgias corre riscos maiores devido ao estresse do organismo, às drogas, inclusive anestésicos  que  causam  complicações respiratória, renal, hepática, cardíaca, hematológica.  A causa da morte é quase sempre a falência de  múltiplos órgãos. De fato, o Brasil tem bons hospitais e excelentes médicos, mas que não fazem milagres. A Hebe Camargo,  com câncer de intestino, tratou-se  em um desses ótimos hospitais, o Albert Einstein, e faleceu. Orestes Quércia  tratava-se de uma recidiva de câncer de próstata,  fazia quimioterapia no hospital Sírio  Libanês, e faleceu. O senador Romeu Tuma  estava internado  no Hospital Sírio Libanês, tinha complicações cardíacas, comprometimento renal,  e faleceu  por falência múltipla dos órgãos. O ex-presidente da República Itamar Franco sofreu um AVC   na UTI do  Albert Einstein, onde estava sendo tratado de uma pneumonia decorrente de uma leucemia aguda, e também faleceu.  O que aconteceu? Eles não receberam tratamento  adequado nesses ótimos hospitais?  Lógico que receberam, assim como Chávez recebeu em Cuba. Mas  tem o dia de nascer  e tem o dia de morrer para todos nós, a única certeza que temos desde o nascimento é a de que um dia vamos morrer. Hugo Chávez morreu  como viveu, com dignidade, a dignidade que deu ao povo da Venezuela, e por  isso foi e é  muito respeitado e amado. Milhões de pessoas choram sua morte no mundo todo. Chávez será lembrado e homenageado  eternamente, como Che Guevara. Gente que dedicou a vida a fazer  o melhor por muita gente, por um país.  E os rola-bostas  que estão rindo, comemorando   a morte de Chávez,  não serão lembrados nem homenageados quando morrerem  porque sempre foram uns inúteis, nunca fizeram nada de bom para ninguém.
São apenas rola-bostas!
Jussara Seixas
Posted: 08 Mar 2013 06:37 AM PST
O povo venezuelano escreve a sua história com o luto vermelho que hipnotiza os olhos do mundo há mais de 72 horas. A comoção popular em todo o país questiona a mídia  e dá a Chávez a dimensão política transformadora que o conservadorismo sempre lhe negou.

Filas de até nove horas de espera para o adeus ao líder bolivariano obrigam o governo a adiar o sepultamento, antes marcado para esta 6ª feira.

As fotos publicadas por Carta Maior, aqui, falam mais que mil palavras. Sobretudo, dão voz a um sentimento e a um processo histórico que o jornalismo dominante ocultou até hoje. E agora não dá mais para negar.


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Mar 2013 06:34 AM PST



Altamiro Borges, Blog do Miro
"Logo após o anúncio da morte de Hugo Chávez, um grupo de venezuelanos residentes nos EUA saiu às ruas de Doral, subúrbio de Miami, para festejar. No ato macabro, que evidencia todo o reacionarismo das elites, eles aplaudiram e esbravejaram contra o líder bolivariano. Segundo a agência Associated Press, eram poucas pessoas, mas com forte sentimento anti-Chávez. "Estamos festejando a abertura de uma nova porta, de esperança e transformações", justificou Ana San Jorge, uma das manifestantes histéricas.
Miami possui a maior concentração de venezuelanos residentes nos EUA – cerca de 190 mil. Parte deles migrou para a cidade após as primeiras medidas de Hugo Chávez favoráveis aos setores mais excluídos do país e contra os privilégios dos ricaços. O próprio prefeito de Doral, Luigi Boria, é um venezuelano radicado nos EUA, filiado ao Partido Republicano e famoso por suas posições reacionárias. Ele participou da festa e afirmou que a morte de Hugo Chávez possibilitará que oposição oligárquica retome ao poder na Venezuela.
A festança da direita em Miami é a expressão do ódio de classe. Ela gerou indignação inclusive no escritor brasileiro Paulo Coelho, que enviou mensagem na sua conta no twitter: "¿Murió Hugo Chávez y hay gente que se alegra? La burla al dolor ajeno, sólo demuestra la pobreza y miseria humana". Fora de Miami, nas redes sociais e nas redações de alguns veículos midiáticos do Brasil, outras figuras patéticas e elitistas também devem estar festejado a morte do líder bolivariano, que tanto medo causava aos ricaços."
Posted: 08 Mar 2013 06:32 AM PST


"Decisão de desonerar os produtos da cesta básica já está tomada pelo governo, que aguarda apenas o momento certo para colocá-la em prática; sem tributos, preços cairiam, em média, 6,5% e o impacto anual seria de R$ 3,6 bilhões na arrecadação; plano dá sequência à estratégia de controlar a inflação por meio de redução de impostos

Brasil 247
Dando sequência ao plano de medidas que visa controlar a inflação, o governo, como havia anunciado recentemente, tomou a decisão de desonerar os produtos da cesta básica. Sem impostos, os preços cairiam, em média, 6,5%. O impacto anual seria de R$ 3,6 bilhões na arrecadação. O objetivo da equipe econômica é não permitir que o IPCA, índice que mede o teto da inflação, não ultrapasse 6,5% ao ano. Na avaliação do governo, o custo de se estourar essa meta seria muito grande, afetando sua credibilidade.
A decisão de tirar os impostos da cesta básica acontece depois de o governo ter trabalhado em função de controlar a taxa básica de juros (Selic), que se manteve em 7,5% na última reunião do Copom, nesta semana – o menor patamar da história – e de ter reduzido a tarifa da energia elétrica em cerca de 20% para a população desde o início desse ano."
Matéria Completa, ::AQUI::

Posted: 08 Mar 2013 06:28 AM PST



Camila Maciel, Agência Brasil
 
"Com o dinheiro, a gente tem mais liberdade". Mais do que estar livre para consumir, a frase de uma beneficiária do Programa Bolsa Família, moradora da região do Vale do Jequitinhonha (MG), revela outro tipo de autonomia possibilitada pelo recebimento de uma renda fixa mensal: a liberdade para fazer escolhas sobre a própria vida.

Pesquisa da socióloga Walquíria Leão Rêgo, professora da Universidade de Campinas (Unicamp), mostra que o programa levou uma lógica de planejamento familiar para essas mulheres e desencadeou processos que favoreceram o papel delas como cidadãs. De 2006 a 2012, foram entrevistadas cerca de 150 mulheres que recebem recursos do programa de transferência de renda.
Posted: 08 Mar 2013 04:20 AM PST

 

Do Brasil 247 - 07 de Março de 2013 às 16:59

 

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Delegação brasileira é composta também pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o governador da Bahia, Jaques Wagner, e outras autoridades; sepultamento de Hugo Chávez, depois de caixão ter percorrido, ontem, oito quilômetros em meio a uma multidão na capital venezuelana, será na sexta-feira 8



Opera Mundi - A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiram rumo a Caracas, capital da Venezuela, para comparecer ao velório do presidente Hugo Chávez, que será na sexta-feira 8.

A delegação, composta também pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o governador da Bahia, Jacques Wagner, e outras autoridades chegou em Caracas por volta das 15h local (16h30 de Brasília).

Na terça-feira, após ser informada sobre o falecimento do presidente venezuelano, Dilma lamentou durante um ato com trabalhadores rurais a morte de Chávez, "um amigo do Brasil e de seu povo" e "um grande líder" para seu país e o resto da América Latina.

Lula também manifestou sua "tristeza" pela morte de Chávez e disse que o venezuelano foi um "exemplo de amor à pátria" e de "dedicação à causa dos menos favorecidos".

Dilma tinha previsto para hoje um encontro com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na cidade de Calafate, mas ambas concordaram em suspendê-lo após a morte de Chávez. Cristina já se encontra em Caracas, para onde viajou junto ao presidente do Uruguai, José Mujica.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, também está na capital venezuelana, para onde irão ao menos 22 chefes de Estado, de acordo com o chanceler venezuelano, Elías Jaua, que também anunciou na manhã de hoje a presença de delegações 54 países para o enterro de Chávez.

(*) com agência Efe

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Posted: 08 Mar 2013 04:16 AM PST



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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Mar 2013 04:10 AM PST



 
Segundo a denúncia, deputado inventou acidente para justificar ausência em evento para o qual já havia recebido cachê. Defesa nega crime e alega falta por "motivos de força maior". Prejuízo à época foi de R$ 100 mil, afirma vítima
O novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de estelionato. Ele é acusado de ter inventado um acidente no Rio de Janeiro para justificar a ausência em evento no Rio Grande do Sul, para o qual já havia recebido cachê, passagens e hospedagem.
A vítima sustenta que, ao faltar ao compromisso, Feliciano optou por receber uma remuneração maior no Rio. O deputado nega o estelionato e alega que faltou por "motivos de força maior". Ele disse ao Congresso em Foco que o "caso é um grande mal-entendido".
No dia 15 de março de 2008, o Estádio Municipal Silvio de Farias Correia, em São Gabriel (RS), município de 60 mil habitantes, a 320 km de Porto Alegre, reunia 7 mil pessoas para um show gospel. Uma das atrações era a dupla sertaneja Rayssa e Ravel. O encerramento, previsto para as 20h, seria feito pela principal estrela do dia, o pastor Marco Feliciano, presidente da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, sediada em São Paulo. Conhecido pelo estilo enfático de suas pregações, ele atraiu caravanas de cidades vizinhas até São Gabriel.
Dona de uma produtora então recém-criada, a advogada Liane Pires Marques promovia, então, seu primeiro grande evento, o 1º Nettu's Gospel, que se estendeu por todo aquele sábado. "Fiz publicidade em todo o Rio Grande do Sul, com TV, folhetos e rádios. Era um evento para 15 mil pessoas. Recebi confirmação de caravanas. Paguei cachê e transporte aéreo, tudo o que ele me exigiu. Hotel de primeira categoria", disse a advogada ao Congresso em Foco nesta quinta-feira (7).
Segundo ela, o acordo foi feito com o pastor André Luis de Oliveira, braço-direito e atual assessor parlamentar de Feliciano na Câmara. Oliveira havia confirmado a presença na véspera do evento. Às 8 horas do dia da apresentação, os dois pastores eram aguardados no aeroporto de Porto Alegre por integrantes da organização do evento gospel. Sem conseguir estabelecer contato com os dois religiosos, eles esperaram até o meio-dia.  Voltaram para São Gabriel sem qualquer explicação.
"O mestre de cerimônia anunciou no microfone que o pastor não compareceu, não cumpriu o contrato e que iríamos tomar as medidas cabíveis. O público vaiou. Depois, a ira se voltou contra mim. Fui xingada", conta a ex-empresária. Liane diz que perdeu credibilidade e nunca mais conseguiu realizar outro evento. A empresa dela continua registrada, mas inativa.
Foro privilegiado
Ela entrou com processo contra Marco Feliciano na Justiça Criminal e na Justiça Cível. O processo criminal, por estelionato, começou a correr na Vara Criminal de São Gabriel, mas foi deslocado para o Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado por causa da eleição de Feliciano como deputado. A ação penal 612 é relatada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Os parlamentares só podem responder criminalmente ao Supremo.
No processo cível (031/108.0000.9509), que ainda tramita na cidade gaúcha, ela reivindica indenização pelos prejuízos que teve. Quatro anos depois do episódio, no ano passado, a juíza que cuida do caso determinou que Marco Feliciano pagasse R$ 13 mil a Liane como devolução do cachê. O deputado pagou. Mas ela cobra mais. "O prejuízo comprovado foi de quase R$ 100 mil na época. Contratei segurança, comprei passagens aéreas. Banquei despesas dele em Porto Alegre. Tive gastos com palco, iluminação, sonorização e a divulgação em todo o estado. Hoje está em quase R$ 2 milhões", diz a ex-produtora de eventos.
Liane conta que o assessor de Feliciano lhe telefonou para dizer que ele e Feliciano haviam sofrido um acidente no Rio e, por isso, não poderiam viajar até o Rio Grande do Sul. Intrigada com a história, ela diz que pesquisou e não encontrou nenhum registro de acidente no Rio envolvendo os dois pastores. Descobriu mais: "Ele tinha contrato com uma rádio no Rio na sexta (14). E a rádio pediu pra ele ficar mais um dia. Pelo sucesso que ele teve, dobraram o cachê dele, que seria o dobro do meu, para ele ficar no sábado."
Ludibriar
Autora da denúncia, a promotora de Justiça Ivana Machado Battaglin, de São Gabriel, diz que a marcação de dois eventos, em cidades distantes, caracteriza o crime de estelionato. "No momento em que marca dois eventos para mesma data, é porque ele não pretendia cumprir um deles. Ele tentou ludibriá-la. Ele não é onipresente", afirmou a promotora ao Congresso em Foco.
A reportagem procurou o deputado, mas não conseguiu localizá-lo. O celular dele estava desligado. Mas, em junho do ano passado, Marco Feliciano declarou à Revista Congresso em Foco que não compareceu ao evento por "motivos de força maior". "Fui contratado para realização de um show gospel na cidade de São Gabriel. Não pude comparecer por motivos de força maior e minha equipe, em contato com os realizadores do evento, decidiu que outra data seria agendada para comparecimento. Todavia, fui surpreendido pela ação em epígrafe, mas esclareço que os valores pagos pelos idealizadores do evento já foram devidamente restituídos com juros e correções de praxe", afirmou o deputado à época.
A ex-produtora de eventos diz que Marco Feliciano se recusou, inicialmente, a devolver o cachê. Só o fez durante o andamento do processo cível na Justiça. Em vez de devolver o dinheiro, o pastor propôs fazer uma nova apresentação na cidade. "Meu contrato com ele era para aquele dia. Ele queria que eu montasse toda a estrutura novamente para ele vir. Gastei de R$ 70 mil a R$ 80 mil. Estou terminando de pagar contas ainda este ano. Foi o meu primeiro e único evento", conta Liane. Advogada, ela deixou a produtora de lado e voltou ao exercício da profissão. "Não tive como seguir diante do que aconteceu. Não tive mais credibilidade. Estou aguardando a Justiça me dar uma sentença favorável para, talvez, um dia voltar", explica.
No Congresso em Foco
No Justiceira de Esquerda

Pensou que o pastor Marcos Feliciano era o fim? Conheça a vice-presidente da CDHM, ela só responde duas ações penais

Antônia Lúcia Câmara (PSC-AC)A deputa Antônia Lúcia Câmara (PSC-AC)
(Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados)
A deputada Antônia Luciléia Cruz Ramos Câmara (PSC-AC), conhecida como Antônia Lúcia, responde a duas ações penais, uma por crime eleitoral e outra por desacato.

Nos dois casos, a presidente do diretório do PSC no Acre nega ter cometido os crimes. Ela diz que o processo por crime eleitoral é resultado de denúncia anônima e de "showzinhos" da Polícia Federal. A deputada explicou que o processo por desacato foi registrado após incidente com uma funcionária no aeroporto de Guarulhos. 

Ação penal no TRE
Na ação penal registrada sob o número173726 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre, Antônia Lúcia é processada por compra de votos, fraude processual, formação de quadrilha, peculato e falso testemunho. A Justiça determinou a quebra do sigilo telefônico da deputada e de pessoas ligadas à sua campanha. 


De acordo com o Ministério Público Federal do Acre, Antônia Lúcia e outras dez pessoas participaram de uma distribuição de combustíveis em 28 de agosto de 2010. Pouco tempo depois, em 6 de setembro, a Polícia Federal apreendeu uma caixa com R$ 472 mil em um carro em que estava a filha da deputada. Segundo o MP, o dinheiro seria utilizado na campanha. 

O que diz a deputada
Sobre a acusação de compra de votos, ela afirma que as acusações foram baseadas em denúncias anônimas. "Com certeza, vai ficar comprovado que não houve nenhuma compra de votos, não houve nenhuma testemunha, não houve um diálogo meu confirmando compra de votos."


Sobre a distribuição de combustíveis, ela novamente culpa uma denúncia anônima. "Imagina eu, que tenho uma formação, que tenho conhecimento das leis, que tenho uma fé cristã, me submeteria a esse tipo de situação. (...) Imagina como é que uma pessoa vai distribuir gasolina num posto de gasolina com mais de 40 carros enfileirados? Quem patrocinou esse evento para a minha pessoa e para 12 candidatos do Partido Social Cristão foi o próprio partido. Um cheque do próprio partido foi apreendido pela Polícia Federal no posto de gasolina. Não é meu e de nenhum dos candidatos, que estavam presentes com seus cabos eleitorais contratados para um evento da carreata para a divulgação do trabalho de todos os candidatos. Isso aí é mais um showzinho da Polícia Federal."

Sobre os R$ 472 mil apreendidos, disse que não tinha conhecimento do montante apreendido. Segundo ela, o proprietário do dinheiro é um membro de uma igreja evangélica. De acordo com a deputada, por terem um amigo em comum, a filha dela foi buscar o dono do dinheiro no aeroporto, quando ocorreu a apreensão. 

Ação na Justiça de Guarulhos
O processo 2010.03.00.027910-1, na Justiça Federal de Guarulhos, trata de desacato a autoridade. A deputada disse que o episódio aconteceu ao passar por um detector de metais no aeroporto de Guarulhos. Ela relatou que, à época, estava usando botinas por recomendação médica e que houve um problema com o calçado. A funcionária que controla o aparelho teria pedido que ela tirasse as botas.


"Eu disse: 'olha, eu vou passar mais uma vez porque eu sempre uso essas botas e ela nunca disparou, pode ser uma moeda no meu bolso, vou verificar'. Verifiquei tudo, passei a segunda vez e não disparou. Simplesmente ela disse 'não, mas você vai tirar as botinhas'. Falei: 'olha, vou te dizer uma coisa, eu não posso abaixar a minha cabeça, se eu abaixar aqui, fico tonta, vou cair, vou precisar certamente de auxílio médico'. Então ela me obrigou a tirar as botinas. Quando tirei, ela saiu gritando, na frente de uma fila de cem, duzentas pessoas, saiu gritando, falando que ia me levar para o posto policial em Guarulhos, porque eu haveria contrariado a ordem dela ou ia jogar a bota nela, uma coisa dessas ela inventou", relatou. 

Andamento processual
Veja abaixo o andamento das ações penais que investigam a deputada.
Ação penal que investiga Antonia Lucia
Processo que investiga a deputada Antônia Lúcia Câmara
No Maria da Penha Neles!

Posted: 08 Mar 2013 04:05 AM PST


Pela composição do artefato ficou claro que a intenção maior era a de intimidar. Mesmo assim, por ter causado pânico, poderia ter tido consequências trágicas. O fato mostra que continuam "NA ATIVA E OPERANTES" elementos (maus elementos) que buscam através de BOMBAS E DO USO DA FORÇA, exercer a sua forma de expressão e de tentar impor suas ideias. São reacionários, remanescentes de um período tenebroso da nossa história, que não aceitam a verdade. E a verdade é que o período do regime militar no BRASIL, decorrente do golpe de 1964, foi vergonhoso, foi corrupto, foi bandido. Roubou, sequestrou, torturou e matou.  

Rio de Janeiro - A sede da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) foi evacuada por volta das 16h de hoje (7) devido à explosão de uma bomba (espécie de rojão) na escada entre o oitavo e o nono andares do edífício, onde funcionam escritórios de advogados filiados à entidade. Ninguém ficou ferido. Mesmo assim, a direção da OAB-RJ determinou a retirada de todos os funcionários e demais pessoas que se encontravam no prédio, localizado na Avenida Marechal Câmara, no centro do Rio.
Os bombeiros e o esquadrão antibombas da Polícia Civil estão no prédio, vistoriando todos os andares. Segundo a assessoria de imprensa da OAB-RJ, o presidente da seccional, Felipe Santa Cruz, recebeu uma hora antes da explosão um telefonema do Corpo de Bombeiros sobre uma denúncia de que três bombas teriam sido colocadas na sede da entidade.
De acordo com os bombeiros, a informação foi feita ao Disque Denúncia, serviço da Secretaria Estadual de Segurança Pública. Segundo a denúncia, as bombas seriam uma represália aos trabalhos da Comissão da Verdade no Rio, que serão presididos pelo ex-presidente da OAB-RJ Wadih Damous. A pessoa que fez a ligação se identificou como um militar da reserva.
Em nota oficial, a OAB-RJ informou que os fatos estão sendo investigados pela Delegacia Antibombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A entidade aguarda a análise técnica do artefato e resultados da investigação para se pronunciar.

Paulo Virgilio - Agência Brasil
Edição: Carolina Pimentel

Posted: 08 Mar 2013 04:01 AM PST


Em sessão tumultuada por protestos e com os votos mínimos necessários, o deputado evangélico Marco Feliciano (PSC-SP) foi eleito ontem presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Além de presidente da igreja Tempo de Avivamento e contrário ao casamento gay e ao direito ao aborto, o parlamentar é uma figura polêmica, alvo de processo por estelionato no Supremo Tribunal Federal, acusado de ter faltado a um evento pelo qual recebeu pagamento. Também responde a ação no STF por homofobia: foi denunciado no início deste ano pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que considerou discriminação uma das mensagens de Feliciano no seu Twitter, que dizia: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição".


Um vídeo que circulou ontem na internet mostra o pastor numa pregação pedindo o cartão de crédito de um fiel e cobrando que forneça a senha. "Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale. Depois vai pedir milagre para Deus. Deus não vai dar, e vai dizer que Deus é ruim", é a fala do deputado no vídeo.

A ação no STF acusa Feliciano de, além de faltar no compromisso em São Gabriel (RS), ter optado por um evento que lhe pagou mais, no Rio. O fato ocorreu em março de 2008, e Feliciano deveria encerrar um evento gospel num estádio de futebol, onde estavam presentes cerca de sete mil fiéis. Mas não foi. No processo, negou a denúncia e disse que faltou por "motivos de força maior". Segundo a denúncia, ele teria inventado um acidente no Rio para justificar seu não comparecimento ao evento pelo qual já teria recebido.

Poucos minutos após a eleição de Feliciano, uma petição online já pedia o seu afastamento, reunindo mais de 40 mil assinaturas até às 21h30.

A repercussão da eleição de Feliciano foi parar também no Facebook, onde internautas postaram imagens com os dizeres "Estou de luto pelos direitos humanos no Brasil!" e outra em que o deputado é chamado de racista e homofóbico. Juntas, as duas imagens tinham 35 mil compartilhamentos.

Agenda lotada

O pastor é também um artista gospel, que canta, cobra cachê, exige hotel de luxo e motorista à disposição. E tem sua agenda lotada. Existe até a "loja oficial Marco Feliciano", que vende seus CDs e livros e faz promoções do tipo "passe um final de semana com o pastor Marco Feliciano".

Sua igreja promove uma campanha de adesão de "sócio contribuinte". Existem três opções de dízimo: de R$ 30, de R$ 60 e de R$ 100. Feliciano afirma em seu site que esses valores foram extraídos da Bíblia, do Evangelho de Marcos, no seu capítulo 4 e versículo 3, que trata de Jesus em busca de semeadores: "Os semeadores saíram a semear e encontraram a boa terra, produzindo a trinta, a sessenta e a cem por um. Esta é a razão de escolhermos os valores de R$ 30, R$ 60 e R$ 100 para os parceiros do Avivamento".

Em sua página na internet, Feliciano aparece em fotos posadas, como um artista. Em uma, está de pé, com casaco de couro e as mãos nos bolsos da calça jeans. Em outra, diante de um microfone com pose de cantor. 

- Não sou artista. Não gosto dessa alcunha. Os aplausos e a glória são destinadas somente ao Senhor. Tenho apenas o dom da oratória e uma voz que é uma dádiva de Deus.

Feliciano foi eleito presidente da comissão com 11 votos, um a mais do que o necessário. O colegiado tem 18 parlamentares titulares.

Com os manifestantes barrados,, a sessão de ontem teve os próprios deputados como protagonistas de bate-bocas e discursos exaltados. De um lado, deputados da bancada evangélica, cobrando do presidente Domingos Dutra (PT-MA) a realização da eleição. De outro, os que reagiram à escolha de Feliciano tentando adiar a votação com manobras regimentais.
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Francisco Almeida 





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