segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Audiência da TV Globo está definhando



SARAIVA 13


Posted: 17 Feb 2013 03:04 PM PST



A TV aberta vem perdendo audiência 

para a internet, em ritmo acentuado

Altamiro Borges, Correio do Brasil

"A jornalista Keila Jimenez, da coluna Outro Canal da Folha, publicou hoje mais uma notícia que confirma a queda de audiência da TV Globo. A emissora perdeu 20% do seu público matinal em dois anos. O artigo deveria ser analisado com cuidado pela Secretaria de Comunicação (Secom) da presidenta Dilma, que continua garantindo milionários anúncios publicitários oficiais para a famiglia Marinho com base na chamada "mídia técnica". A audiência definha, mas o governo ajuda a manter o faturamento das Organizações Globo.

Segundo Keila Jimenez, "em 2010, a média de audiência anual da TV Globodas 7h ao meio-dia foi de 8,2 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande SP. Em 2011, esse número caiu para 7,6 pontos. Em 2012, veio o tão esperado 'Encontro com Fátima Bernardes'. Mas a grande aposta da emissora não estancou a queda de ibope pela manhã. A atração registrou menos audiência que os desenhos que a antecediam na faixa, e a Globoencerrou o ano com média de 6,6 pontos".
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 17 Feb 2013 02:57 PM PST

Posted: 17 Feb 2013 02:53 PM PST


300 Mascarados!


Glorificado pela Globo... Instalado nas cabeças dos que fazem parte da Massa de Manobra da Direita raivosa como um vírus de computador... O Juiz mascarado virou máscara de carnaval....

Acreditando no sucesso de vendas, foram produzidas 200 mil unidades. Mas, segundo o Portal Brasil 247, foram vendidas apenas 300! E não é difícil de acreditar. Não vi nenhuma durante a transmissão do carnaval pelas redes de televisão.

Parece que o herói, assim como sua máscara, era mesmo de plástico... Não apareceu na Sapucaí, conforme anunciou a Globo... Nem mesmo em forma de clone mascarado... Um maravilhado que faz parte do Grupo dos 300 do Joaquim Barbosa!

Posted: 17 Feb 2013 02:03 PM PST

:


Essa é a opinião do deputado distrital Chico Vigilante (PT), que se diz "estarrecido" pela divulgação no site de vazamentos mais famoso do mundo, das promessas feitas pelo então pré-candidato à Presidência da República José Serra; para o parlamentar, diálogo só comprova que PSDB "entrega as riquezas brasileiras ao capital estrangeiro" para governar


Brasília 247 - O deputado distrital Chico Vigilante (PT) não recebeu bem a informação vazada pelo site Wikileaks, de que o então pré candidato tucano José Serra fez promessas sobre a distribuição do pré-sal brasileiro. Promessas essas feitas a empresas norte-americanas de extração de petróleo. O parlamentar se disse "estarrecido" ao saber do vazamento de informações, discutidas em reuniões fechadas.
Chico Vigiliante questiona, o que ele chama de "estilo tucano de governar". "O povo brasileiro deve estar se perguntando a que preço o duas vezes candidato a presidente da República, José Serra, estava negociando facilidades aos americanos. Se as promessas não beneficiariam à Nação, a quem seriam benéficas? Mais uma vez fica comprovado o estilo tucano de governar: entregar as riquezas brasileiras ao capital estrangeiro. Não é sem razão que a sociedade brasileira vem repudiando nas urnas o Partido da Social Democracia Brasileira nas últimas eleições", destacou em nota oficial.
Confira a íntegra da nota divulgada pelo deputado Chico Vigilante:
 VERGONHA NACIONAL
É inacreditável. Ou melhor, vindo de quem veio, é bastante crível. Mais uma vez, para
a vergonha da Nação, uma ação dos tucanos é aberta ao público, não pela Veja, ou
por nenhum outro órgão da grande imprensa, mas pelo Wikileaks, o mais conhecido
site de vazamento de informações sigilosas de governos e corporações no mundo
inteiro.
Fiquei estarrecido ao ler ontem no jornal eletrônico Brasília 247, denúncia do Wikileaks
revelando que José Serra, então pré-candidato do PSDB à Presidência da República,
tranquilizou a diretora da petrolífera americana Chevron no Brasil, Patrícia Padral,
sobre regras nacionalistas, pró-Petrobras, em discussão no Congresso no final de
2009.
O Wikileaks divulgou frases de Patrícia Padral, ditas em reuniões fechadas com
diplomatas da embaixada dos Estados Unidos em Brasília, e do consulado americano
no Rio de Janeiro, constantes de um pacote de telegramas para o Departamento de
Estado em Washington.
Nas mensagens ela acusa o governo Lula de fazer uso "político" do modelo e diz
aos diplomatas que teria obtido garantias de Serra de que, com ele presidente, as
petrolíferas estrangeiras não deveriam se preocupar com a onda nacionalista em torno
do pré-sal.


"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações
não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava...
E nós mudaremos de volta", teria dito Serra à Patrícia Padral. A frase constou de
uma das mensagens do consulado americano no Rio ao Departamento de Estado,
interceptadas pelo Wikileaks. É datada de 2 de dezembro de 2009.


O Wikileaks divulgou também e-mails da diretora de Relações Internacionais da
Exxon Mobile, Carla Lacerda, onde transmitia a Washington sua preocupação com o
fato de que o controle da Petrobrás sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a
contratação de pessoal, poderia prejudicar os fornecedores americanos.


Segundo o Brasília 247, os documentos divulgados pelo site Wikileaks revelam a
insatisfação das petrolíferas com a lei de exploração aprovada pelo Congresso e como
elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.


O povo brasileiro deve estar se perguntando a que preço o duas vezes candidato a
presidente da República, José Serra, estava negociando facilidades aos americanos.
Se as promessas não beneficiariam à Nação, a quem seriam benéficas? Mais uma
vez fica comprovado o estilo tucano de governar: entregar as riquezas brasileiras ao
capital estrangeiro. Não é sem razão que a sociedade brasileira vem repudiando nas
urnas o Partido da Social Democracia Brasileira nas últimas eleições.


Dep. Chico Vigilante
Líder do Bloco PT/PRB
Do Blog POR UM NOVO BRASIL
Posted: 17 Feb 2013 01:55 PM PST

Me dá um dinheiro aí


Por Rodolpho Motta Lima

Ainda sob os ecos do carnaval, resolvi encabeçar este artigo com o título de famosa marchinha que, durante muitos anos, no passado, animava os bailes de momo, e que continua a empolgar nos desfiles de blocos que estão voltando às ruas do Rio. Também o faço porque meu assunto é a coluna do Nelson Motta no jornal "O Globo" do dia 08.02, intitulada "Piadas no salão". Os indiscutíveis méritos que atribuo ao jornalista quando se trata de documentar a música popular brasileira são diretamente proporcionais aos deméritos que vejo em seu pensamento político-ideológico.

No artigo em questão, ele  pretende desancar aqueles que, como eu, acreditam que o governo poderia e deveria reestudar a questão dos recursos oriundos de verbas de publicidade, deixando de alimentar de forma quase escandalosa os cofres de empresas que, embora de diferentes razões sociais, constituem, juntas, um formidável monopólio de "informação" comprometido com interesses ideológicos e partidários que beiram o golpismo, com crescentes e monocórdios ataques marcados por uma pauta permanentemente voltada para  a manipulação dos fatos ao seu bel-prazer.   

Não pode ser fruto de ingenuidade do colunista a recusa a identificar na "Folha", no "Estadão" e no "Globo" um orquestrado e acumpliciado desígnio de combater toda e qualquer ação do atual Governo, mesmo as inegavelmente positivas, essas tratadas com textos recheados de "mas" e "embora". São farinhas do mesmo saco, cuja  informação tendenciosa constitui, sim, um subliminar universo de informação manipulada. Uma ofensiva ideológica que Nelson Motta finge não enxergar e qualifica como "monopólio de araque" de uma "imprensa independente que não depende de favores do governo e vive de anunciantes privados". Será?

Dados oficiais disponibilizados a respeito desse assunto mostram que, dos cerca de 3 mil veículos de comunicação que recebem anúncios federais no governo Dilma –  e, diga-se, eram mais de 8.000 quando Lula era presidente -, apenas dez deles concentram  70% da verba. No caso da empresa a que serve o jornalista, em setembro de 2012, apurava-se que, de um total de 161 milhões de reais repassados a emissoras de tevê, rádios, jornais, revistas e sites desde o início do governo, 50 milhões foram direcionados apenas à tevê Globo. Mas ainda há a Globosat, a rádio Globo, os jornais O Globo e Extra, as revistas Valor Econômico e Época etc, que são bem posicionados entre os recebedores expressivos, com valores bem superiores ao que, por exemplo, é destinado à CartaCapital (cerca de 130 mil reais). Registre-se que, nestes dados, não estão computadas os recursos de propaganda de empresas públicas, como a Caixa, o Banco do Brasil, a Petrobras, o BNDES, os Correios,  o Grupo Eletrobrás etc.  Pensemos em algo que extrapola em muito o bilhão de reais e é fácil estabelecer a analogia... Aliás, um levantamento feito  pela Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) levantava, em 2010, dados  que colocavam a Caixa Econômica como o quinto maior anunciante do ano (cerca de 980 milhões de reais), a Petrobras como décima-primeira colocada (aproximadamente 670 milhões), o Banco do Brasil como vigésimo-quarto (mais ou menos 430 milhões). Se é ou não valor inexpressivo em relação ao montante total carreado para a propaganda neste país, isso é outra história, para outro artigo.

André Gide certa vez afirmou: "Tudo já foi dito uma vez, mas como ninguém escuta é preciso dizer de novo". É verdade. Principalmente quando  vozes tidas como  mais fortes procuram calar as mais fracas. Ou quando falseiam os fatos. O colunista tucano diz em seu artigo que quem critica essa inusitada situação – o Governo distribuir recursos publicitários para quem, diuturnamente, faz propaganda contra ele – pensa que tal verba se destina a "comprar apoio" e não por "necessidade de competir no mercado". Não sei em nome de quem ele fala quando faz tal afirmação. Talvez o faça em nome de uma ideologia de secos e molhados onde tudo se compra, onde todos  somos "consumidores". Eu e muitos outros achamos simplesmente imoral a situação, não porque o governo esteja a comprar um apoio – que, aliás, não existe -, mas porque pode estar beneficiando um comportamento golpista, bem mais que oposicionista. Simples assim. E se o problema é a visibilidade na competição de mercado (outra palavra "mágica" para o neoliberalismo tucano), a solução está em combater-se o monopólio ideológico com a garantia de uma distribuição democrática dos meios de comunicação, típica, aliás, de países cortejados pelo nosso tucanato. Simples assim. Mas é  claro que isso provoca a ira de todos os que, direta ou indiretamente, desfrutam das verbas públicas, patrões ou empregados das empresas jornalísticas.

Ao mencionar opiniões como a minha, o jornalista usa a  expressão "relinchos estridentes". É uma pena. Nelson Motta é especialista em outras vozes, as do nosso cancioneiro, muito mais caras aos ouvidos brasileiros. Seria fácil devolver  a grosseria, desqualificando os que pensam como ele. O léxico português é rico em expressões do tipo: nele estão presentes, entre outros, o sibilar da cobra traiçoeira, o guinchar dos macacos oportunistas ou o regougar das raposas predadoras. Mas me recuso à indelicadeza, que em nada contribuiria. Prefiro instigar-lhe o verdadeiro espírito jornalístico e convidá-lo à hercúlea e meritória tarefa de investigar o que muitos de nós, em nome da cidadania, gostariam de saber: quanto dinheiro público se destinou à empresa para a qual  escreve, desde que ela existe. Sem esquecer, é claro, a correção monetária...

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 18:370 comentários

Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 17 Feb 2013 01:52 PM PST
Posted: 17 Feb 2013 01:49 PM PST
Posted: 17 Feb 2013 01:33 PM PST

Gosto muito da Marina Silva, principalmente pela coragem de lutar por seus ideais, desde quando nos conhecemos, muito tempo atrás, nos movimentos sociais lá no Acre.


Apesar da velha amizade, porém, às vezes tenho dificuldades para entender o que ela quer dizer e como pretende atingir seus objetivos. A última conversa mais longa que tivemos foi quando ela deixou o Ministério do Meio Ambiente, no final do governo Lula, e foi para o PV.

"Marina foi mordida pela mosca verde", foi mais ou menos o título da entrevista que publiquei aqui no Balaio, já antecipando sua entrada no Partido Verde para se condidatar à Presidência da República, projeto que ela ainda negava e seria inviável se permanecesse no PT.
E Marina acabou sendo a grande surpresa das eleições presidenciais de 2010, quando alcançou 20 milhões de votos, provocando um segundo turno entre Dilma e Serra.
 

Logo depois da eleição, ela deixaria o PV ao descobrir que o partido, assim como os outros, tinha donos _ e os verdes mais antigos não pretendiam abrir mão do seu poder na direção para dar espaço aos "marineiros" que chegaram depois.
Os seguidores de Marina, autodenominados "marineiros" e sonháticos", começaram desde então a planejar um novo partido para chamar de seu, diferente de todos os outros.
Mil e uma reuniões depois, finalmente eles promovem neste sábado, em Brasília, um evento bastante festivo para lançar oficialmente a Rede, nome provisório do novo partido, que precisa juntar 500 mil assinaturas até o dia 23 de setembro para poder disputar as próximas eleições.
Como aconteceu ao trocar o PT pelo PV, também agora Marina nega que o objetivo principal seja lançar sua candidatura à Presidência. "Se dentro dessa estratégia uma candidatura, seja lá de quem for, que esteja apto a levar nossas ideais para frente, se colocar, nós vamos até ter candidato", desconversou.
A pedido dela, a coordenação do evento até vetou o uso de imagens da ex-senadora no local do encontro, o Espaço Unique, assim como em material de divulgação, para evitar que a nova sigla seja chamada de "Partido da Marina", o que parece meio inevitável.
Em reuniões fechadas durante toda a sexta-feira, os líderes da Rede discutiram o estatuto do novo partido e o nome de batismo. Algumas propostas, digamos, mais exóticas, provocaram discussões, como não aceitar doações de empresas, mas apenas de pessoas físicas, e a de limitar o mandato de seus parlamentares a 16 anos (alguns acham que oito anos está de bom tamanho).
Até agora, nenhuma liderança política nacional de peso atendeu aos convites feitos por Marina. Apenas três deputados federais sem maior expressão _ Walter Feldman (PSDB-SP), Domingos Dutra (PT-MA) e Alfredo Sirkis (PV-RJ) _ confirmaram a adesão ao novo partido, além de Heloisa Helena (PSOL), ex-candidata à Presidência, hoje vereadora em Maceió.
Por mais que você não goste deles, ainda não se inventou uma forma de criar um partido político sem políticos. Para fundar seu novo partido, o PSD, no ano passado, o ex-prefeito Gilberto Kassab arrebanhou 52 parlamentares e mesmo assim teve dificuldades para reunir as assinaturas necessárias ao registro no TSE.
Se os "marineiros" alcançarem seu objetivo, o Rede será o 31º partido do país.
Ricardo Kotscho
Postado por às 11:55Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 17 Feb 2013 09:34 AM PST



Do barulho. Fux, Fischer e Mello, especialistas em nepotismo. Fotos: Fellipe Sampaio/ SCO/ STF, Renato Araújo/ ABr e Nelson Jr./ SCO/ STF

Mauricio Dias, CartaCapital
"O esforço do Supremo Tribunal Federal para impor à Câmara dos Deputados a decisão final sobre a cassação dos parlamentares condenados na Ação 470, o chamado "mensalão" petista, é a causa mais aguda e temerária daquilo que os acadêmicos costumam chamar de "judicialização da política".
Se essa questão gerou uma crise institucional entre o Judiciário e o Legislativo, contida e ainda não resolvida, ela promove também um avanço da intromissão pessoal dos magistrados em causas menores em outras instituições, em iniciativas controvertidas, para dizer o mínimo, como a que é patrocinada agora por Luiz Fux.
O peso da toga de ministro do STF causou grande constrangimento na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro, para onde ele telefonou e falou com os atuais e com os ex-dirigentes da entidade. Pediu a inclusão do nome da filha dele, Marianna, uma jovem advogada de 31 anos, na lista a ser feita pela OAB para preencher vaga de desembargador, no Tribunal de Justiça do Estado, pelo Quinto Constitucional da advocacia.
A vaga será abertaem julho. O ministro, no entanto, trabalha desde já. Parece repetir, em nome da filha, o padrão usado em benefício próprio quando buscou a vaga no STF: a conquista a qualquer preço."
Artigo Completo, ::AQUI::
Posted: 17 Feb 2013 10:47 AM PST


Opus Dei nas finanças do Governo e com força na banca
Opus Dei nas finanças do Governo e com força na banca
Conhecida como 'maçonaria branca', o Opus Dei tem mais de 1500 membros em Portugal. Apesar de negar a existência de uma estratégia de poder, conta com figuras de destaque na banca e na política. Há mais de dez anos que um governo não tinha um elemento ligado à obra, mas a última minirremodelação pôs no Executivo um cooperador que até há três meses geria a financeira da Escola de Negócios da obra.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, colocou recentemente uma das mais importantes áreas da governação nas mãos de um cooperador do Opus Dei: o secretário de Estado Manuel Rodrigues. O novo homem-sombra de Vítor Gaspar nas Finanças junta assim duas áreas às quais a obra é constantemente associada: a política e a banca, nas quais sempre teve membros influentes.
Para muitos uma "igreja dentro da Igreja", o Opus Dei é a única prelazia pessoal reconhecida pelo Vaticano e ajuda em Portugal mais de 1550 membros a "aproximarem-se de Deus". No País, tal como no resto do mundo, a esmagadora maioria dos seus membros mantém-se no anonimato, um obscurantismo que, a par de girar em torno de uma pessoa (o prelado Javier Echevarría), faz que muitos o considerem uma "seita religiosa". A designação ofende os seus membros, que primam por ser discretos e dizem agir individualmente nas suas profissões. Esteja ou não montada uma teia de influências em Portugal, é certo que o Opus Dei conta (entre numerários, supranumerários e cooperadores - três diferentes níveis de ligação à obra) com pessoas que são influentes na política e, principalmente, no sector bancário.
Voltemos então às Finanças. Até integrar o Governo, Manuel Rodrigues acumulou as funções de vice-presidente do PSD com as de professor da AESE - Escola de Direção e Negócios, instituição dirigida por membros e uma das obras cooperativas do Opus Dei Portugal. Professor de Economia e Finanças, Manuel Rodrigues tirou também o seu MBA noutra estrutura do Opus Dei: o IESE Business School da Universidade de Navarra. Além disso, no último mês de setembro, Manuel Rodrigues assumiu o cargo de diretor-geral da sociedade de capital de risco da AESE, a Naves, funções que deixou a 26 de outubro para integrar o Governo, tal como consta da declaração de rendimentos entregue no Tribunal Constitucional a 21 de dezembro.
No cargo governamental que ocupa, Manuel Rodrigues (que o DN tentou contactar por todos os meios, sem êxito) vai igualmente lidar de perto com a banca, área que os elementos do Opus Dei - incluindo alguns dos seus mais destacados membros - conhecem bem. Apesar de alguns elementos da obra terem perdido o poder que noutros tempos tiveram no BCP, há outros que continuam muito bem colocados na banca. O presidente do Conselho de Administração do BPI e da Fundação Calouste Gulbenkian, Artur Santos Silva, participou em alguns eventos do Opus Dei a convite de Carlos da Câmara Pestana, que durante anos foi o representante do segundo maior acionista do BPI (o Itaú) e um dos vice-presidentes do banco.
Apesar da aproximação, quando confrontado pelo DN, Artur Santos Silva não falou sobre a participação nestes eventos, disse apenas ser "muito amigo do dr. Câmara Pestana" e garantiu: "Não sou, nem pretendo ser, membro do Opus Dei." Quanto a Câmara Pestana não há qualquer dúvida de que é uma figura de destaque da obra e preside o Itaúsa - Investimentos Itaú S.A., que pertence ao Itaú Brasil.
O Itaú decidiu alienar a sua participação no BPI, o que não significa que o Opus Dei fique fora de cena. É que a participação de 18,9% do Banco Itaú no BPI - de acordo com o contrato de promessa de compra e venda já assinado - vai ser vendida ao banco espanhol La Caixa, instituição associada ao Opus Dei por ter sido parceira da Fundação Senara (sedeada em Madrid, que pertence à obra e foi criada pelo fundador da prelatura, o espanhol Josemaría Escrivá de Balaguer).
Câmara Pestana é supranumerário, o que significa que é membro da obra, frequenta os centros, participa em retiros e outros eventos, mas é casado. Além disso, ocupa cargos em estruturas ligadas ao Opus Dei, como a Fundação Maria Antónia Barreiro, em que é membro do conselho geral. Artur Alves Conde, membro do Opus Dei, professor e um dos fundadores da AESE, também foi, até 2010, administrador da seguradora do BPI (a BPI Vida), chegando a ser presidente do conselho fiscal do banco.
O 'banco do Opus Dei'?
Um dos argumentos utilizados pelos membros da prelatura para reforçar a ideia de que a obra nunca pretendeu controlar a banca é o facto de muitos dos membros já se terem enfrentado ferozmente no mundo empresarial. E um dos episódios mais conhecidos foi a oposição de Câmara Pestana às intenções de um dos mais destacados membros do Opus Dei, o banqueiro e fundador do BCP, Jorge Jardim Gonçalves, na OPA que o BCP fez ao BPI em 2006.
Jardim Gonçalves teve um primeiro contacto com a obra quando estudava na Universidade de Coimbra, mas, curiosamente, foi o PREC que o empurrou para o Opus Dei. Sem emprego em Portugal depois das nacionalizações, o madeirense foi para Madrid trabalhar no Banco Popular Espanhol em pleno "Verão Quente". Foi aí que, por influência da sua mulher, Maria da Assunção, acabaria por se tornar supranumerário do Opus Dei, ainda no ano de 1975.
Precisamente 30 anos depois, Jardim Gonçalves escolheu como seu sucessor na presidência do então maior banco privado português o antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros de Cavaco Silva e também supranumerário Paulo Teixeira Pinto - que viria a abandonar a organização em 2007. Quando fez a escolha, Jardim Gonçalves desvalorizou a ligação publicamente: "É uma coincidência. Ele ser do Opus Dei é um problema dele. Nunca falámos sobre isso. Cada um tem os seus caminhos. A escolha teve que ver com o que a pessoa é e pode continuar a ser. As pessoas da prelatura tiveram a mesma surpresa do que os jornalistas, quando o nome do sucessor foi conhecido." Ao DN, Teixeira Pinto não quis falar sobre o Opus Dei, uma vez que nunca o faz, nem fará, por uma "questão de princípio".
Se houve solidariedade entre supranumerários nesta sucessão, o mesmo não se pode dizer quanto à OPA do BCP sobre o BPI. Câmara Pestana estava de um lado da barricada e Jardim Gonçalves e o seu delfim, Teixeira Pinto, do outro. Opus Dei, Opus Dei, negócios à parte. Câmara Pestana, então número dois do BPI, foi um dos grandes responsáveis pelo falhanço dos dois irmãos supranumerários na OPA, tendo convencido o Banco Itaú a não vender as ações ao BCP ao preço de sete euros por título.
Três membros do Opus Dei de costas voltadas, mas só fora das portas dos centros da obra. Apesar de toda a troca de farpas públicas, longe dos olhares dos media Câmara Pestana, Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves tratavam-se cordialmente em sessões espirituais no Oratório de S. Josemaría, no Lumiar.
Organização "perigosa" e "reacionária"
Os críticos do Opus Dei não têm dúvidas de que a obra procura ter influência na banca e na política nos vários países por onde passa. E Portugal não é exceção. O presidente da Associação Ateísta Portuguesa, Alfredo Esperança, considera o Opus Dei uma das organizações "mais perigosas e reacionárias da Igreja Católica". O ateu acredita que o Opus Dei tem "muito mais influência do que a maçonaria, que está fragmentada em várias organizações". "Basta ver o que aconteceu no BCP", remata. Alfredo Esperança lembra ainda que o Tribunal Federal Suíço, com sede em Lausana, definiu o Opus Dei num acórdão como "uma seita, uma associação secreta que atua ocultamente, com um máximo de opacidade nos seus assuntos".
Apesar de muitos ex-membros terem criticado o Opus Dei em conversas com o DN, não quiseram dar a cara. O mesmo não aconteceu com a presidente da Fundação Saramago, Pilar del Río, que confessou ao DN que cresceu perto do Opus Dei, uma vez que o seu pai era membro da obra. Porém, a prelatura não lhe merece o mínimo respeito, classificando-a de "uma seita para castrar". "Castra as pessoas física e intelectualmente e só tem um único objetivo: poder!", afirma.
O Opus Dei Portugal, através do gabinete de comunicação, garante que "nunca" procurou obter influência na sociedade, lembra que "as leis são para serem cumpridas" e que "é moralmente grave obter tratamentos de favor". O diretor de comunicação, Pedro Gil, assegura que "a autonomia e liberdade de cada pessoa são valores cruciais que não podem ser postos em causa".
'Maçonaria branca' perde
Apesar de conhecida como a "maçonaria branca", os membros do Opus Dei consideram ofensiva a comparação com os pedreiros-livres. Dizem que não têm mais influência do que a maçonaria, uma vez que não têm "influência nenhuma". Certo é que, olhando aos grandes cargos da sociedade, a prelatura perde na contagem de espingardas para os que veneram o "Grande Arquiteto do Universo". Os deputados maçons são largas dezenas, enquanto o social-democrata Mota Amaral - garante a prelatura - é hoje o único deputado que pertence ao Opus Dei.
O próprio responsável do gabinete de comunicação da obra, Pedro Gil, esclarece que "qualquer membro da Prelatura do Opus Dei que atua na área pública, fá-lo sempre por exclusiva iniciativa própria, com total liberdade e responsabilidade pessoal sem qualquer mandato do Opus Dei". Assim, acrescenta, "Mota Amaral representa na Assembleia da República exclusivamente quem o elegeu, não a obra".
Apesar de recusar qualquer tipo de influência, dois destacados membros do Opus Dei já ocuparam o cargo de segunda figura da Nação. O fundador do CDS, Francisco Oliveira Dias - atualmente também membro do Conselho Geral da Fundação Maria Antónia Barreiro -, e Mota Amaral foram ambos presidentes da Assembleia da República (AR).
Mota Amaral, ainda hoje deputado do PSD, garante ao DN que nunca foi instrumentalizado: "Pertenço ao Opus Dei há mais de 50 anos e o facto de ser membro nunca afetou a minha liberdade política. Seria inadmissível que alguém da obra me desse instruções ou pedisse favores." O social-democrata é numerário e quando está em Lisboa (o que acontece em metade da semana) dorme num dos centros da obra. É assim há mais de 30 anos. Porém, "para que as coisas não se confundissem, quando fui presidente do Parlamento fiz questão de ficar na residência oficial", explicou o parlamentar.
Ao contrário de Mota Amaral (presidente da AR de 2002 a 2005), a escolha de Francisco Oliveira Dias, médico de profissão, não foi fácil. A eleição só foi decidida ao fim de três votações. Na altura, um deputado socialista, o historiador César Oliveira, chegou a confidenciar ao médico do CDS que "a maçonaria queria o lugar". Por essa altura (1981-82), na hierarquia do Estado, Oliveira Dias apenas tinha à sua frente um homem que é próximo do Opus Dei, apesar de não ser membro: o ex-presidente da República Ramalho Eanes.
Além de ter frequentado a AESE, Eanes tirou o doutoramento na instituição em que, por norma, se formam os membros do Opus: a Universidade de Navarra, em Espanha, controlada pelo Opus Dei e criada por Josemaria Escrivá de Balaguer.
A atual presidente da AR, Assunção Esteves, também admitiu que chegou a ser "convidada pela maçonaria e pelo Opus Dei".
Próximos mas não membros
Associado à prelatura por, ao longo dos anos, ter participado em eventos promovidos pela obra, o casal Eanes é admirador confesso do fundador do Opus Dei, tendo ido a Roma à canonização de Balaguer em outubro de 2002. Uma admiração partilhada pelo antigo ministro da Solidariedade Social do CDS Bagão Félix, que já participou num retiro do Opus Dei. Porém, não aderiu à obra.
Dizer "não" ao Opus Dei foi também o que fizeram Marcelo Rebelo de Sousa e Diogo Freitas do Amaral, ambos convidados no final dos anos 70 por Adelino Amaro da Costa. A pedido do seu amigo democrata-cristão, Marcelo chegou a fazer donativos a um dos projetos da obra. O antigo ministro do CDS- que morreu na queda do avião em Camarate, também fatal para o então primeiro-ministro Sá Carneiro - foi um dos destacados membros da obra, que abandonaria para se poder casar (era membro celibatário).
Antes de sair da obra, Amaro da Costa convidou amigos para integrar a prelatura, entre os quais dois ex-ministros de Cavaco Silva: Roberto Carneiro (Educação) e Miguel Beleza (Finanças). Este último revelou ao DN que não se recorda se "o convite foi feito formalmente", mas admite que falou "várias vezes e de forma profunda com Amaro da Costa sobre o assunto e a fé no geral". Mas Miguel Beleza nunca se sentiu "suficientemente vocacionado para aderir". Por outro lado, o também ex-ministro de Cavaco, Arlindo Cunha, chegou a ser membro da obra, mas já saiu.
O antigo primeiro-ministro e atual alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, chegou a viver numa residência da obra e, embora não seja membro, costuma ser associado à organização. Foi, curiosamente, nos governos de Guterres que mais se falou em disputas nas pastas entre o Opus Dei e a maçonaria - o que ambas as organizações negam. Ao DN, na grande investigação sobre a maçonaria, o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) disse claramente que o "Opus Dei não é nenhum inimigo. Muitas vezes associam-se os maçons a um certo anticlericalismo, o que não é verdade. Não há inimizade nenhuma".
O GOL, a mais influente obediência maçónica do País, sempre gozou de alguma influência junto do PS, daí que a maioria dos socialistas não visse com bons olhos a aproximação ao Opus Dei - geneticamente ligado à direita. Aliás, a prelatura - que tem uma lista negra de livros - definiu Portugal Amordaçado, do histórico socialista Mário Soares, como uma das obras proibidas.
Apesar disso, a mulher de Mário Soares e também fundadora do PS, Maria Barroso, já participou em eventos da obra social da prelatura, tendo também integrado a comitiva portuguesa que assistiu à canonização do fundador. Uma aproximação promovida por uma "grande amiga", já falecida, e que pertencia à obra, Ana Boléo Tomé. "Não pertenço ao Opus Dei, mas tenho pela obra o maior respeito. Consideram-me cooperadora porque gosto de cooperar com todas as organizações inspiradas nos grandes movimentos cristãos. Gosto de fazer alguma coisa pelos outros", disse ao DN a antiga primeira dama.
Apesar das restrições que impedem os membros da obra de participar em eventos públicos, não é vedada a presença em comícios políticos. No entanto, como explicou ao DN um antigo numerário, "a opção política está limitada a dois partidos: o PSD e o CDS".
A aproximação de Zita
Seria impensável ver um membro do Partido Comunista no Opus Dei. No entanto, uma ex--delfim de Álvaro Cunhal, Zita Seabra, tem vindo a aproximar-se da obra. A também ex--deputada do PSD já participou em eventos do Opus Dei, numa identificação que terá começado com a publicação de um livro de monsenhor Hugo de Azevedo (membro histórico da obra) sobre Josemaría Escrivá. Também o livro Opus Dei, da autoria de John L. Allen (correspondente da CNN no Vaticano, acusado de o ter escrito por encomenda da prelatura), foi publicado em Portugal pela Alêtheia, editora de Zita Seabra. Além de presidente desta editora, Zita preside uma empresa sedeada em Óbidos, a Várzea da Rainha Impressores (VRI), que, por sua vez, tem como acionista a Naves, uma sociedade financeira detida maioritariamente pela... escola superior afeta ao Opus: a AESE.
Confrontada pelo DN, Zita Seabra mostrou-se indignada com estas ligações, classificando-as como "insinuações" ao mesmo tempo que recusou explicar a ligação ao Opus Dei. Considerou as questões como "jornalismo de sarjeta", afirmando que a VRI nada tinha que ver com a AESE nem com o Opus Dei. Os sites e documentos oficiais da Naves e da AESE dizem o contrário. Fonte oficial do Opus Dei confirmou igualmente que Zita Seabra já participou em eventos da obra.
Em sentido inverso, o deputado do CDS João Rebelo deixou de ser cooperador do Opus Dei em 2002, por "questões pessoais de fé". Sobre os anos em que colaborou diz "só ter as melhores memórias". E acrescenta: "Conheci pessoas extremamente inteligentes, com quem ainda hoje mantenho uma boa relação." Os cooperadores não estão obrigados ao celibato nem a todos os rituais, mas participam em eventos e missões da obra.
Em situação idêntica está o histórico do CDS e antigo número dois da AR, Narana Coissoró, que apesar de pertencer à religião hindu ainda hoje é cooperador do Opus Dei - condição que permite que fiéis de outras religiões participem nas atividades. A ligação de Narana Coissoró começou através da filha, Smitá, que tem inclusive um cargo dirigente: vice-secretária da assessoria regional do Opus Dei Portugal.
Ao DN, Narana Coissoró explicou que, enquanto "mero cooperante", é "mais um amigo. O meu contributo é dar lições, dar palestras, quase sempre sobre o Oriente e a Índia nas instituições ligadas à obra". Narana Coissoró rejeita a existência de qualquer ideia de obscuridade associada à prelatura. "É falso. Chamam-lhe a maçonaria branca, mas não é nenhuma maçonaria. Não é secreta. Não tem mandamentos. Não tem graus", justifica.
João Rebelo partilha a mesma opinião e considera que a comparação é sinónimo de ignorância, evidenciando uma diferença: "Se for a uma missa dada por um sacerdote do Opus Dei ninguém lhe nega a entrada, mas não o deixarão certamente ir a uma sessão da maçonaria."
Rui Pedro Antunes
No Diário de Notícias
Veja também: Os segredos do Opus Dei - Grande Investigação - I


Posted: 17 Feb 2013 09:25 AM PST


Posted by on 17/02/13 • Categorized as Análise

No começo, fizeram-se as trevas. Um obscurantismo democrático só comparável ao da ditadura militar se abateu sobre a sociedade brasileira em forma de tentativa dos seus setores mais abastados de imporem a todos uma adesão incondicional à manutenção de privilégios injustos a um seu setor literalmente microscópico.
Apesar de a política pública (mal chamada) de cotas "raciais" ter surgido em universidades estaduais do Rio de Janeiro alguns anos antes, o que desencadeou uma interminável cruzada midiática contra si foi a lei federal 4.876/2003, instituída ao fim do primeiro ano do governo Lula.
A elite étnica, econômica e regional que sempre mandou e demandou no país começou a ver, ali, o embrião do que seria aquele governo, ou seja, um governo que, pela primeira vez na história, ergueria dezenas de milhões da pobreza em que haviam sido esquecidos e os tornaria parte de uma nova "classe média" que, em poucos anos, abrigaria a maioria deste povo.
O Brasil, então, em um mundo em que há cerca de duas centenas de nações ocupava desonrosa posição entre os cinco mais socialmente injustos, perdendo em injustiça social e concentração de renda somente para países miseráveis da África e da América Latina.
Desde a redemocratização, obtida por fadiga de material após duas décadas de uma ditadura militar em que a desigualdade econômica, étnica e regional se aprofundara como nunca antes, tal herança de exclusão social que conflagrara o país e o colocara em virtual guerra civil não refluíra praticamente nada.
A partir de 2003, porém, essa "herança maldita" começaria a ser combatida.
Um dos fatores que, em poucos anos, criaria uma nova "classe média", por estranho que pareça em um país com Educação ainda tão frágil foi justamente o acesso dos mais pobres ao ensino. E, sobretudo, ao ensino universitário, até então reservado, quase que exclusivamente, aos brancos de classe média e alta do Sul e do Sudeste.
Fazer faculdade, no Brasil, em maioria estatística avassaladora era coisa para filhos de famílias de classes média ou alta, de ascendência indo-europeia e brancas do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e olhem lá.
Negros e mestiços de negros com outras etnias, em nova maioria estatística avassaladora estavam condenados a jamais concluírem de fato os estudos, o que significava nunca chegar ao ensino superior.
O que ocorria no Brasil é que os impostos da maioria pobre – que, à diferença da micro minoria extremamente abastada, não tem como sonegar porque paga imposto embutido nos produtos de consumo básico – financiavam os estudos de ricaços em universidades públicas e gratuitas.
Aos pobres – sobretudo aos negros do Norte e do Nordeste, onde são maioria esmagadora – não havia opção alguma para chegarem às universidades estaduais e federais, pois as instituições tinham provas duríssimas de ingresso para as quais não conseguiam se preparar tendo estudado em escolas públicas nas quais o ensino veio piorando a passos largos ao longo do século passado.
Além disso, negros, pobres e nordestinos ou nortistas não conseguiam adquirir bens culturais de que os brancos de classe média ou alta do Sul e do Sudeste dispunham à farta, tais como viagens, livros, cinema, teatro etc.
Vale explicar que os negros, pobres, nordestinos ou nortistas alijados do ensino superior não residiam apenas em suas regiões natais, mas muito no Sul e no Sudeste, para onde seus pais e avós haviam emigrado em meados do século XX em busca de uma vida melhor.
O vestibular tradicional, desde sempre, mantivera uma massa étnica, econômica e geográfica fora do ensino superior e uma minoria com essas características opostas dentro dele, pois não havia como jovens tão pobres, em contingente minimamente aceitável, disputarem com outros jovens tão favorecidos pela sorte.
Cavalgando, então, um autoengano hipócrita e conveniente sob todos os aspectos, essa elite que reservara cotas de cem por cento para si nas universidades atribuía sua vantagem nos vestibulares ao que chamava de mérito, mas que não passava de sorte de ter nascido em uma família com recursos financeiros e com a etnia "certa".
Nos meios sociais mais elitistas (nos quais, é bom que se diga, este que escreve cresceu), o que era dito, a boca pequena, faria o próprio Hitler corar de vergonha: os negros não chegavam ao ensino superior em contingente condizente com sua representação no conjunto da sociedade porque eram intelectualmente inferiores.
Nunca me canso de contar essa história: certa vez, em uma festa em um bairro dito "nobre de São Paulo", ao discutir a política de cotas com racistas empedernidos anotando que com ela, em poucos anos, surgiriam médicos negros – uma raridade no Brasil –, ouvi de algumas daquelas pessoas que "jamais se tratariam com um negro".
Eis que a política do governo do governo Lula, inspirada em legislação inclusiva criada nos Estados Unidos na década de 1960, começaria a reverter esse quadro, fazendo com que os negros e mestiços chegassem a 2011, oito anos depois da lei federal 4.876/2003, ocupando mais do que o triplo das vagas nas universidades que conseguiam até 2003.
Estava ameaçada a hegemonia branca, de classe média e alta e do Sul e do Sudeste no ensino superior. O instrumento que servira, historicamente, para perpetuar as desigualdades sociais mastodônticas de que padece o Brasil agora corria o risco de ser anulado, pois o fator financeiro deixava de ser preponderante para garantir acesso ao ensino superior público, sabidamente o de maior qualidade.
Além disso, para os eleitos pela sorte que não gostavam tanto dos estudos havia as universidades particulares, menos concorridas, mas, ainda assim, exclusivas para a elite, pois custavam caro.
Para essa questão do ensino superior privado, o governo federal criou o Prouni, que financiaria estudantes que não conseguissem chegar à universidade pública mesmo com cotas "raciais", mas essa é outra história. Aqui se fala das cotas para negros.
Ameaçada a hegemonia branca no ensino superior, mecanismos multibilionários foram acionados para matar, no nascedouro, uma política pública que, acima de qualquer outra, tinha capacidade para pôr fim àquela hegemonia ao menos no longo prazo. A comunicação social foi usada para esse fim.
De 2003 em diante, jornais, televisões, revistas, livros, filmes e, acima de tudo, um discurso social opressor foram usados para triturar a ideia de cotas "raciais". Não existia, na grande mídia, espaço para contestação. Criou-se, então, um discurso que invertia os fatos: as cotas que beneficiavam jovens negros e pobres seriam "racistas" (!?).
Um dos primeiros discursos que se levantou foi o do "prejuízo acadêmico". A tese era muito simples: os estudantes negros que estariam sendo beneficiados não teriam capacidade para frequentar uma universidade "de elite" e, assim, rebaixariam a produção acadêmica e a qualidade dos formandos.
Com o passar dos anos, a tese se mostraria uma falácia. Nunca se conseguiu detectar o tal "prejuízo acadêmico". Muito pelo contrário. Além de desistirem muito menos dos cursos nos quais ingressavam, os negros pobres se equipararam ou até superaram as notas dos brancos ricos.
Apesar do discurso massacrante contra as cotas "raciais", porém, mostrou-se surpreendente o entendimento da sociedade de que corrigiam uma situação infame sob todos os aspectos.
Poucas pesquisas de opinião foram feitas para aferir a reação da sociedade ao discurso sobre o caráter supostamente "racista" ou depressor qualitativo das cotas para negros. As poucas que foram feitas, foram abafadas. Agora, porém, após anos sem investigarem oficialmente a questão, surge uma nova pesquisa sobre o tema.
Pesquisa Ibope feita para o jornal O Estado de São Paulo entre os dias 17 e 21 de janeiro de 2013 revelou que quase dois em cada três brasileiros (62% da população) são a favor dos três tipos de cotas em universidades públicas – étnicas, econômicas e para egressos da escola pública.
O apoio a cotas para negros, porém, é maior que o apoio aos três tipos de cotas. Enquanto 62% querem todas as cotas, 64% querem cotas só para negros. Os que aceitam que só existam cotas por critérios financeiros ou de origem escolar, porém, superam todos os grupos, atingindo 77%.
Isso, porém, não significa que esses 77% sejam todos contra as cotas "raciais". A diferença para os 64% que exigem cotas para negros mas aceita se forem só para pobres ou egressos da escola pública é de escassos 13 pontos percentuais.
Ser exclusivamente contra qualquer tipo de cota, porém, é o ponto mais interessante. São Pessoas que ainda acreditam na balela de um "mérito" que tem cor da pele, região do país e nível de renda e que congrega míseros 16% da população.
E note-se que, apesar de amplamente minoritária, essa é a posição que predominou na mídia e entre partidos políticos de oposição durante muito tempo.
Aos poucos, porém, pesquisas não oficiais – ou seja, que não foram divulgadas – foram revelando a partidos como PSDB, DEM, PPS e PSOL e até à mídia (todos, inicialmente, contrários a cotas "raciais") que, se continuassem sendo contra qualquer tipo de cota, mergulhariam em um isolamento ainda maior.
Um dos efeitos disso foi a adoção recentíssima pelo governo tucano de São Paulo de uma política canhestra de cotas que impõe mais tempo de estudo pré-universitário  a jovens negros e pobres para supostaente poderem chegar "ao nível" dos brancos ricos, o que as outras experiências com a política afirmativa mostraram ser desnecessário.
O fato é que o tsunami comunicacional que se abateu sobre o país tentando convencê-lo de que seria "racista" uma política pública que combateria a situação absurda de um país de maioria negra (segundo o IBGE) praticamente não ter negros no ensino superior, fracassou fragorosamente.
Chega a ser surpreendente que 64% dos brasileiros apoiem uma política pública que foi tão demonizada e que a mídia até hoje impede que seja defendida equitativamente. Significa que esse contingente esmagador da sociedade teve contato com a tese da elite "racial" e a considerou uma falácia.
O país que a recente pesquisa Ibope revela é um país muito diferente daquele que é apresentado como sendo o Brasil, um país de alienados que não entendem os mecanismos que foram usados para criar tanta injustiça social.
O Brasil, pois, mostra-se muito atento a políticas contra a desigualdade e, eleição após eleição, deixa ver que está decidido a votar em causa própria, ou seja, em políticos e partidos que, por atos e ações, reconhecem que há um sistema de exclusão social erigido para manter a secular iniquidade brasileira.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 17 Feb 2013 09:22 AM PST

E esses safados ainda têm o desplante de falar em ética.

Do barulho. Fux, Fischer e Mello, especialistas em nepotismo. Fotos: Fellipe Sampaio/ SCO/ STF, Renato Araújo/ ABr e Nelson Jr./ SCO/ STF

Fux, Fischer e Mello, especialistas em nepotismo. Fotos: Fellipe Sampaio
O esforço do Supremo Tribunal Federal para impor à Câmara dos Deputados a decisão final sobre a cassação dos parlamentares condenados na Ação 470, o chamado "mensalão" petista, é a causa mais aguda e temerária daquilo que os acadêmicos costumam chamar de "judicialização da política".
Se essa questão gerou uma crise institucional entre o Judiciário e o Legislativo, contida e ainda não resolvida, ela promove também um avanço da intromissão pessoal dos magistrados em causas menores em outras instituições, em iniciativas controvertidas, para dizer o mínimo, como a que é patrocinada agora por Luiz Fux.
O peso da toga de ministro do STF causou grande constrangimento na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro, para onde ele telefonou e falou com os atuais e com os ex-dirigentes da entidade. Pediu a inclusão do nome da filha dele, Marianna, uma jovem advogada de 31 anos, na lista a ser feita pela OAB para preencher vaga de desembargador, no Tribunal de Justiça do Estado, pelo Quinto Constitucional da advocacia.
A vaga será aberta em julho. O ministro, no entanto, trabalha desde já. Parece repetir, em nome da filha, o padrão usado em benefício próprio quando buscou a vaga no STF: a conquista a qualquer preço.
O ritual oficial é comum. A OAB faz uma lista sêxtupla que é encaminhada ao Tribunal de Justiça. Os desembargadores cortam três nomes e enviam lista tríplice para o governador do estado. Ele faz a escolha.
É preciso lembrar que Sérgio Cabral jogou forte na indicação de Fux ao STF. Por coincidência, dessas que os cristãos costumam atribuir a desígnios divinos, Fux favoreceu o Rio de Janeiro em liminar que interferiu na pauta da Câmara. A decisão do ministro suspendeu a votação sobre os vetos feitos por Dilma à Lei dos Royalties. Eles seriam derrubados pelos deputados e isso prejudicaria o Rio.
Iniciativas em causa própria, como faz Fux, geram espanto e mancham a toga. E, mais grave, denunciam uma prática utilizada nos tribunais corriqueiramente.
Tarefa semelhante à de Fux tem, também, Felix Fischer, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele batalha para incluir o filho, Octávio, na lista do Quinto da OAB do Paraná. Para isso, também pressiona os dirigentes daquela seccional da OAB.
Do STF ao STJ. Do STJ de volta ao STF.
A filha do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, foi incluída, no fim de 2012, na lista do Quinto, nesse caso elaborada pelo Conselho Federal da OAB. Ela busca a vaga de desembargadora do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, no Rio de Janeiro. A escolha será da presidenta Dilma Rousseff.
Em 1998, Carlos Eduardo Moreira Alves, filho do ministro José Carlos Moreira Alves, hoje aposentado, tomou posse como Juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pelo atalho de sempre, o Quinto Constitucional. Foi indicado em lista sêxtupla pelo Ministério Público Federal e, em lista quádrupla, pelo TRF – 1ª Região.
Vista de certo ângulo, a árvore que retrata a Justiça brasileira se assemelha a uma árvore genealógica. A inadequada intromissão dos pais togados citados aqui, seguramente, mostra a falência do sistema de escolha. E isso, neste momento em que o Judiciário perdeu o freio de contenção, revigora a observação do filósofo inglês Francis Bacon (1561-1616), que, aqui, é oferecido à meditação do Congresso Nacional: "Os juízes são leões, mas leões sob o trono em que se assenta o Poder Político".

Maurício Dias-CartaCapital
Posted: 17 Feb 2013 07:28 AM PST


Nas entrelinhas
A Rede chega embalada em um movimento pela ética na política. Duas legendas se criaram nessa seara e chegaram ao poder, PT e PSDB

por Denise Rothenburg
deniserothenburg.df@dabr.com.br





A terceira onda
Para quem pensa que a #Rede Pró-partido de Marina Silva surge como apenas um misto de sonhadores com lunáticos, os "sonháticos", é bom analisar um pouquinho as formações partidárias dos últmios 30 anos. Do extinto PRN do ex-presidente Fernando Collor de Mello, até o PT, a grande legenda do momento, vimos de tudo. De pequenas empresas a grandes negócios. De sacerdócio a sonhos. Nessas três décadas, entretanto, apenas dois movimentos pela ética que resultaram em partidos bem sucedidos.

A primeira onda foi o PT. Embora tenha surgido com uma bandeira mais voltada aos direitos trabalhistas, o PT incorporou o discurso da ética. CPI? Lá estava o PT. Recursos públicos mal aplicados? Os petistas eram os primeiros a vasculhar as contas públicas.

O segundo forte movimento resultou na criação do PSDB. Cansados da metodologia do PMDB paulista nos tempos de Orestes Quércia e com as diferenças devidamente registradas na época da constituinte, políticos e um punhado de intelectuais fundaram o partido. O PSDB consegue chegar ao poder antes do PT, graças ao Plano Real e à aliança à direita. O constrangimento da aliança chegou a produzir comentário da ex-primeira-dama Ruth Cardoso, dividindo o PFL entre o de Antonio Carlos Magalhães e o de Marco Maciel e Gustavo Krause — que ficou conhecido como o "o PFL da dona Ruth".

Desgastado depois de oito anos de mandato, o PSDB terminou suplantado pelo PT, que desembarca no Planalto com a esperança de não sucumbir ao toma lá dá cá da política. Esse sonho, entretanto, não sobrevive ao primeiro governo de Lula. No poder, os petistas fecham acordos com o que de mais controverso há no quadro partidário. Uma turma sai no meio desse caminho e funda o PSol, que surge mais como uma revolta em relação ao PT. Nesse meio tempo, estoura o mensalão, e o resto da história é bem conhecida. Lá está o PT equiparado aos demais e a um passo de ver seus ex-líderes irem para a cadeia. Hoje, o partido de Lula tenta se reinventar da mesma forma que os tucanos buscam um novo discurso capaz de empolgar o eleitorado.

Enquanto isso, no sabadão candango…

É nesse contexto, de os partidos tentando encontrar oxigênio, que surge a #Rede Pró-Partido — na tarde de ontem, batizado de Rede Sustentabilidade. A parte da manhã lembrou o PT dos anos 1980, só que repleto de novos acessórios para buscar maior participação popular, limites a número de mandatos eletivos e cuidados com os financiadores de campanha. Até a distribuição das cadeiras, posicionadas no salão como um grande círculo, foi pensada no sentido de mudar conceitos. A formação prescinde do tradicional mesão, onde, invariavelmente, fica a cúpula partidária. Os copos plásticos, substituídos por canecas, entregues a todos participantes e convidados na chegada. Mais sustentabilidade, menos consumismo.

Antes de qualquer discurso, um debate com intelectuais, como Ricardo Abramovay, da USP, Carlos Nepomuceno e Eduardo Viola, da UnB, sobre a crise mundial econômica, social, ambiental e a ausência de valores. Marina, a grande estrela, menciona a necessidade do valorizar o "ser" em vez do "ter". Abomina as velhas práticas políticas. As estrelas da Rede são poucas. Estavam lá, além da musa Marina, as ex-senadoras Heloisa Helena e Serys Slhessarenko (ex-PT), o deputado Walter Feldman, do PSDB paulista; Domingos Dutra e Luciano Zica; do PT, e José Aparecido, do PV de Minas Gerais. Na plateia, jovens vereadores de vários partidos, inconformados com a pecha de que político é tudo igual, dão uma cor especial ao encontro.

Ao propor novas práticas e instrumentos para segurar seus filiados na linha da ética exigida pelo eleitor, a Rede chega com um apelo popular que outros partidos criados recentemente não tiveram, a começar pela imagem de sua líder maior. Marina obteve 18% nas últimas pesquisas de intenções de voto para presidente da República. Por mais que muitos a considerem "bicho-grilo" demais, alternativa demais, para comandar o país, ela representa algo de novo que requer observação. E não chega sozinha.

Nem todo o partido surge embalado pela ética na política e nem toda onda pela ética na política vira um partido. Daí, o fato de alguns a classificarem a Rede como a terceira grande onda pela ética que resulta num partido. PT e PSDB chegaram ao poder. O PT levou mais de 20 anos, o PSDB fez um caminho mais curto, mas ambos tiveram sucesso. A Rede, por enquanto, é um embrião alinhado com o movimento de descentralização inspirado nas redes sociais (um dos segredos do sucesso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama). Mostra-se disposta ainda a representar um novo momento na disputa de poder político no mundo, em sintonia com movimentos em curso na Europa, também saturada dos modelos atuais de gestão partidária.

Dentro desse contexto, nunca é demais lembrar que Marina e sua turma estão chegando primeiro. E quem chega primeiro, reza o ditado, bebe água limpa. Se conseguir vencer os entraves burocráticos para a criação da legenda até outubro, vai dar trabalho a Dilma Rousseff, Aécio Neves e quem mais chegar.
Postado por Helio Borbaàs 10:020 comentários Links para esta postagem
Do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 17 Feb 2013 07:23 AM PST


UM PARTIDO PRA CHAMAR DE SEU

Exilados do PSOL caem na REDE de Marina Silva

Nem oposição, nem situação, nem direita, centro ou esquerdo, muito pelo contrário. Segundo Marina Silva o partido não terá comportamento de "manada", não pode ser um partido apenas para disputar eleição e só fará "alianças em torno de identidade programática"

Marina Silva é evangélica e acredita, portanto, no "Inferno", que está cheio, segundo o ditado popular, de almas com boas intenções. 

No papel e no "programa", todos os partidos políticos são uma maravilha, o "diabo" é na prática.

Imagine um segundo turno entre Dilma e Marina, e a "REDE" não querendo levar de "ARRASTO" o apoio dos tubarões do DEM e do PSDB ? Ou existe, alguma "identidade programática" entre o sonho de Marina e a realidade de Agripino Maia, Ronaldo Caiado, José Serra e Aécio Neves ? 
Posted: 17 Feb 2013 06:54 AM PST

Do Brasil 247 - 16 de Fevereiro de 2013 às 16:16

 

:

Apanhar a bola-la, estender a pata-ta, sempre em equilíbrio-bro, sempre em exercício-cio… misteriosamente, há alguns políticos que, embora não sejam cães (longe disso, são todos homens honrados), obedecem sempre, de maneira quase pavloviana, ao comando da Editora Abril; neste sábado, Veja criou uma crise artificial em torno da blogueira Yoani Sanchez; uma tremenda bobagem, mas, como a Abril pediu, lá estão Álvaro Dias (PSDB-PR), Agripino Maia (DEM/RN) e Roberto Freire sempre de prontidão; será que é para isso que os saltimbancos da oposição foram eleitos?



247 - Eles não se chamam Bobby, Lulu, Snoopy, Rocky, Rex ou Rintintin. Evidentemente, não são cães. São todos homens honrados, representantes do povo brasileiro. Mas há um traço intrigante no comportamento de certos políticos. Por que será que estão sempre de prontidão para obedecer ao comando da Editora Abril? É o caso, por exemplo, de três autênticos representantes da oposição: Álvaro Dias (PSDB-PR), Agripino Maia (DEM/RN) e Roberto Freire, do PPS.
Neste sábado, por exemplo, Veja criou um factóide, ao acusar o PT, o ministro Gilberto Carvalho e o governo cubano de organizarem uma campanha difamatória contra a blogueira Yoani Sanchez, que chega ao Brasil amanhã e será recebida com tapete vermelho por todos os veículos de comunicação que fazem parte da Sociedade Interamericana de Imprensa, a SIP. Em seguida, Reinaldo Azevedo, no seu cada vez mais monótono mimimi, cobrou uma resposta à altura. "Com a palavra, a presidente da República. Com a palavra, o Ministério da Justiça. Com a palavra, o Senado Federal. Com a palavra, a Polícia Federal. Com a palavra, a Abin. Com a palavra, o Ministério Público Federal. Com a palavra, os líderes das oposições".

E, da maneira mais previsível, os líderes da oposição apareceram.

Agripino Maia: "É um assunto muito grave. É um 'mal combinemos' para evitar a liberdade de expressão e de manifestação da cubana. Fere totalmente o princípio da convivência democrática. Se for o caso, eu mesmo vou levar ao plenário a discussão sobre um pedido de informações ao ministro".

Alvaro Dias: "O uso de dossiês tem sido recorrente no governo do PT. Agora há uma conspiração cubana em território nacional com a participação de agentes públicos instalados no Palácio do Planalto".

Roberto Freire: "O Gilberto Carvalho tem tantas explicações para dar, inclusive para a própria Justiça, que essa é só mais uma. Infelizmente, falta de compromisso democrático é proverbial nesse governo".
Será que foi para isso mesmo que os nobres representantes da oposição, à exceção de Freire, que já não têm mais mandato, foram eleitos? Será que assim honram os votos que receberam?

Para que reflitam a respeito, segue abaixo, um vídeo dos Saltimbancos:



E também a letra da canção "Um dia de cão":
Um Dia De Cão
Os Saltimbancos

Apanhar a bola-la
Estender a pata-ta
Sempre em equilíbrio-brio
Sempre em exercício-cio
Corre, cão de raça
Corre, cão de caça
Corre, cão chacal
Sim, senhor
Cão policial
Sempre estou
Às ordens, sim, senhor

Bobby, Lulu,
Lulu, Bobby
Snoopy, Rocky
Rex, Rintintin

Lealdade eterna-na
Não fazer baderna-na
Entrar na caserna-na
O rabo entre as pernas-nas
Volta, cão de raça
Volta, cão de caça
Volta, cão chacal
Sim, senhor
Cão policial
Sempre estou
Às ordens, sim, senhor

Bobby, Lulu
Lulu, Bobby
Snoopy, Rocky
Rex, Rintintin
Bobby, Lulu
Lulu, Bobby
Snoopy, Rocky
Estou às ordens
Sempre, sim, senhor

Fidelidade
À minha farda
Sempre na guarda
Do seu portão
Fidelidade
À minha fome
Sempre mordomo
E cada vez mais cão



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PITACO DO ConrapontoPIG

Não há outra expressão: Álvaro, Agripino e Freire. Que triozinho de merda, heim? 

_______________________

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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 17 Feb 2013 06:46 AM PST

Do Brasil 247 - 17 de Fevereiro de 2013 às 09:15
 


Marina Silva disse: "Nem oposição e nem situação; nem esquerda e nem direita". Genial, não?

DAVIS SENA FILHO



Davis Sena FilhoMarina Silva reapareceu neste sábado, em Brasília, no lançamento oficial de seu partido batizado por ela e seus adeptos de Rede Sustentabilidade ou, simplesmente, Rede. Marina e seus partidários quiseram aparecer com pompa, mas os presentes a tal evento não passavam de mil pessoas, bem como os discursos foram simplórios e sem quaisquer novas propostas no que diz respeito, por exemplo, às questões ideológicas.
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A verdade é que a agremiação Rede é anã, como o é o PSOL, que, inegavelmente, até hoje não diz para o que veio, além de ter se aproximado, e muito, de partidos à direita do espectro ideológico e por causa disso se transformar em aliado dos tucanos, como bem demonstraram as últimas eleições municipais realizadas em outubro de 2012.


O que se ouviu foi um blá-blá-blá tão típico e característico da ex-senadora Marina Silva, com palavras desconcatenadas e um pseudointelectualismo que somente parte presunçosa da classe média, empresários que se consideram bisonhamente de "vanguarda" e políticos de cabeças obtusas consegue admirar.


O palavreado de Marina cansa não somente por ser enfadonho ou chato. Acima de tudo seu discurso é "xarope" porque, na realidade, não diz nada, coisa com coisa, pois Marina é vazia de ideias ao tempo que ambiciosa pelo poder e rancorosa por não ter sido indicada pelo ex-presidente Lula para ser a candidata do PT à Presidência da República.


Marina Silva precisa de 500 mil assinaturas para requerer o registro do partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, consequentemente, concorrer às eleições de 2014. Porém, o registro precisa ser feito até outubro deste ano. O Rede (?) de Marina não tem propostas substanciais, tal qual ao PSDB, que, despido de programa de Governo e projeto de País, alia-se à imprensa de negócios privados para fazer oposição aos governos trabalhistas de Lula e de Dilma.


Contudo, todo mundo sabe — até os recém-nascidos e os mortos mais antigos — que Marina Silva se exibiu sem propostas na Rio+20, além de fazer o jogo das ONGs estrangeiras alinhadas à agricultura europeia e estadunidense para que a poderosa agricultura nacional não domine mercados específicos deste setor em âmbito internacional. (Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
 



Todos nós sabemos que Marina Silva compôs com os tucanos e os seus apêndices PPS e DEM para derrotar a Dilma nas eleições de 2010. Todo mundo sabe que a ex-candidata verde, por conveniência, traiu o presidente trabalhista, Lula, depois de ser ministra do Meio Ambiente por seis anos, e, mesmo assim, obter péssimos resultados em comparação com o seu sucessor, Carlos Minc.


Minc, em quase dois anos, ou seja, em um tempo muito menor à frente do MMA obteve resultados, no que tange à preservação do meio ambiente — combate às queimadas, aos madeireiros, aos caçadores e multas pesadas aos fazendeiros que não tinham autorização para desmatar, e, criminosamente, poluir ou assorear rios, lagos, córregos e nascentes — muito melhores do que os de Marina Silva, que insiste em uma retórica sem fim, cansativa, enfadonha e nenhuma praticidade como comprovou quando foi ministra.


Todo mundo sabe que a Marina Silva não passa de uma quinta coluna que atrai verdes do mercado de capitais e uma classe média ressentida e envergonhada de votar na direita, que entorta o nariz, porém, mais despolitizada (muito mais) que a maioria das pessoas moradoras de comunidades carentes do Rio de Janeiro que eu conheço.


E todo mundo sabe que os 20 milhões de votos que a Marina teve (60%) não são dela, mas sim dos eleitores conservadores, que, evidentemente, não iriam votar em Dilma. Eles pensaram que a Marina fosse superar o Serra ou ajudá-lo a ir para o segundo turno, o que aconteceu. Mesmo assim os dois candidatos de oposição acabaram com os burros n'água, pois derrotados pela realidade das conquistas econômicas e sociais efetivadas pelo governante trabalhista do PT.


Não satisfeita com sua dissidência de conveniência, Marina Silva, aquela que fala muito e não diz nada, após as eleições presidenciais passadas ensaiou anunciar seu ingresso no PPS, o partido do ex-comunista Roberto Freire, político incoerente e traidor de suas próprias convicções, que teve de se mudar para São Paulo, porque em Pernambuco ele não é eleito nem para síndico, porque está mais sujo que pau de galinheiro.


O PPS, tal qual o PV da Marina Silva candidata a presidente, é um partido de aluguel e um apêndice dos tucanos, que, quando perderem as eleições para governador de São Paulo, vão sumir do mapa e nem a ajuda e a cumplicidade da imprensa golpista, comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) não vai mais adiantar.


Marina Silva é o que é; porque sua ideologia e seus propósitos são o que são: oportunismo político, inveja da Dilma, traição a Lula e ao PT, ou seja, rancor, muito rancor e ressentimentos congelados no freezer, tal qual ao senador Cristovam Buarque (PDT/DF), que, demitido por Lula do Ministério da Educação, saiu do PT e foi fazer oposição ao lado dos tucanos derrotados pelas urnas e pelo povo brasileiro, que sabe que gente neoliberal suga o sangue do direito à cidadania e vende o patrimônio do Brasil.


Marina Silva tem um problema muito sério e grave: o povo do Acre (seu colégio eleitoral) não vota nela. Nas eleições de 2010, ela ficou atrás do Serra e da Dilma. O povo do Acre sabe quem ela é e por isso não a "compra" e nem a "vende". Somente os burguesinhos verdes de etiqueta e butique e os reacionários de direita também "verdes" ou de outras cores, por oportunismo, votam nela.


Agora a Marina e seu grupo se preparam para concretizar o Rede Sustentabilidade, e acham que vão se dar bem ou ser o centro das atenções. Ledo engano. Quem vai chamar a atenção este ano vai ser o desenvolvimento sustentável do Brasil, porque o governo trabalhista da presidenta Dilma Rousseff tem propostas, metas e, o mais importante, resultados para apresentar à Nação brasileira quando começar o horário eleitoral na televisão e no rádio. E Marina sabe disso. Seu partido sabe disso, e a velha imprensa alienígena e por isso cúmplice dos interesses internacionais também.


O sistema midiático neoliberal e de direita vai manipular e criticar açodadamente o governo, pois é de oposição. Contudo, não vai adiantar, porque fatos são fatos; realidades são realidades; e números e estatísticas são números e estatísticas. Não vai dar para mentir e dissimular indefinidamente, para sempre...


Os verdes e principalmente os neoverdes não têm compromisso com o povo brasileiro, com algumas exceções. Lógico. Eles têm compromissos com os jabás das ONGs estrangeiras e brasileiras, que se dizem verdes e lutam para que o Brasil não se torne a maior potência agroindustrial do planeta, apesar de já estar entre as três maiores, porque nós temos terra, água e sol, a base para que uma nação se torne independente e autossuficiente no que diz respeito à agricultura e à pecuária, bem como no que é relativo a outros segmentos do setor primário.


A senhora quinta coluna, Marina Silva, combateu Belo Monte e tenta atrasar o desenvolvimento da superagricultura brasileira, de forma que ela não se torne hegemônica no mundo. Mas vai ser, porque nós temos o que os outros países não têm. Volto a repetir: sol, água e chuva todo ano, além de terras imensas, agricultáveis e apropriadas ao plantio. Ainda temos a nossa Nasa, que é a Embrapa, empresa estatal de ponta, de alto rendimento, que deixa muita gente da oposição e da imprensa entreguista e subserviente com ódio ao tempo que frustradas e inconformadas.


Sorry, periferia. Marina Silva é uma tucana de bico verde como o é também o Cristóvam Buarque, que deveria sair do PDT, partido aliado do governo trabalhista em âmbito federal. Marina tem de ter o cuidado de não cair na Rede e sem base de sustentação e abraçada por megaempresários, a exemplo da banqueira do Itaú. Agora, a pergunta que teima em não calar: a quem representa, de fato, a senhora Marina Silva? 

É isso aí.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 17 Feb 2013 06:17 AM PST


GURGEL ESCOLHEU A DEDO POSSÍVEL ALGOZ DE LULA

Discípulo de Antônio Fernando Souza, autor da denúncia inicial do chamado mensalão, em 2007, o procurador mineiro José Adércio Leite Sampaio tornou-se um homem de confiança de Roberto Gurgel, e o depoimento de Marcos Valério contra o ex-presidente Lula pode acabar parando nas mãos dele; hábil politicamente, Adércio já recebeu medalhas do governo mineiro e não será surpresa se Lula vier a ser denunciado 

247 - Depois de dizer que o depoimento em que o empresário Marcos Valério envolve o ex-presidente Lula diretamente com o suposto esquema do mensalão seria encaminhado para o Ministério Público Federal em São Paulo, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mudou de ideia e enviou as acusações a Minas Gerais. O procurador-geral justificou a mudança de ideia dizendo que tramitam na Justiça mineira outros processos referentes ao esquema. Mas a decisão talvez tenha outro componente: um dos procuradores que irá investigar o caso, José Adércio Leite Sampaio, é pessoa de total confiança de Gurgel – e não será surpresa se o ex-presidente vier a ser denunciado.
Leia, abaixo, reportagem da revista Istoé deste fim de semana, que trata do caso:
Quem são os procuradores federais responsáveis pela apuração das acusações de Marcos Valério contra o ex-presidente
Josie Jerônimo
Desde a quinta-feira 14, o procurador Leonardo Augusto Santos Melo, 36 anos, encontra-se no centro de um furacão político. Caberá a ele, escolhido por sorteio, a tarefa de examinar as seis peças de acusação reunidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sem prazo definido para desincumbir-se do trabalho, Santos Melo, que está há nove anos no Ministério Público Federal de Minas Gerais, terá a palavra inicial sobre o caso. Pode pedir o indiciamento do presidente pelo crime de tráfico de influência, como admite a documentação de Gurgel. Ou escolher outro caminho, mandando arquivar o processo. Caso decida encerrar o caso, a decisão não será definitiva, pois há a possibilidade de outro procurador pedir que o processo seja reaberto e examinado mais uma vez.
Ainda que o estatuto do Ministério Público garanta autonomia plena a cada procurador, que não obedece a nenhuma hierarquia em seu trabalho, Santos Melo não estará sozinho em sua tarefa. Ele será acompanhado pelo Núcleo do Patrimônio Público e Social do Ministério Público Federal de Minas, composto por quatro procuradores. Um deles é Adailton Ramos do Nascimento, procurador-geral do Estado, que tem poderes para discutir os rumos da investigação e mesmo indicar procuradores para auxiliar no trabalho. Definido pelo deputado Mauro Pestana (PSDB-MG) como um "homem ponderado," Ramos do Nascimento já foi acusado de engavetar uma investigação sobre tráfico de órgãos, numa iniciativa que terminou por proteger um deputado tucano.
Outro personagem que em breve estará por perto da instituição que vai investigar Lula é o procurador José Adércio Leite Sampaio. Discípulo de Antônio Fernando Souza, autor da denúncia inicial do mensalão, em 2007, Sampaio tornou-se um homem de confiança de Roberto Gurgel. Bem relacionado na política de Minas, sua terra natal, ele recebeu do governador Antonio Anastasia a medalha da Inconfidência, a mais alta condecoração do governo do Estado. Com tanto poder de influência, Sampaio é o nome mais temido pelo círculo de advogados e juristas próximos de Lula e do PT, que enxergam nesta investigação um esforço dos adversários para manter o ex-presidente nas cordas pelos próximos anos.
Formuladas pelo publicitário Marcos Valério, principal operador do mensalão, as denúncias contra o ex-presidente Lula são variadas. O tesoureiro disse, em depoimento oficial, que em 2003 entregou R$ 98 mil a um segurança de Lula, Freud Godoy, para auxiliar no pagamento de despesas da família presidencial. Também afirmou que na mesma época fez uma reunião de três minutos com Lula, no Planalto, onde o presidente deu "OK" aos empréstimos bancários destinados ao PT. "Não posso responder a uma mentira", reagiu Lula, ao tomar conhecimento das denúncias.
A intimidade de Marcos Valério com o esquema financeiro teoricamente lhe dá condições para dizer o que disse. Por isso, a investigação é necessária – é do interesse público que tudo reste esclarecido. Mas, de outro lado, as circunstâncias são complicadas. Em sete anos de processo, Valério sempre fez silêncio sobre qualquer envolvimento de Lula. Mudou de postura quando já não tinha como se defender num tribunal onde foi condenado a 40 anos de reclusão, sem falar no que pode lhe acontecer no mensalão mineiro. Nesta situação, a delação premiada é a última esperança para Valério livrar-se da cadeia. Caso seja aceito num programa de proteção a testemunhas, contará com proteção do Estado. Ganhará nova identidade e passará a residir anonimamente em local desconhecido. Esse benefício tão grande obriga considerar os dois lados da moeda: tanto a possível veracidade dos fatos que Valério descreve, como o eventual interesse dele em incriminar Lula de qualquer maneira.
A investigação sobre o mais popular político brasileiro ocorre num momento particularmente delicado. O calendário político marca uma nova campanha presidencial, no ano que vem. Em 2013, Roberto Gurgel estará empenhado, ao longo do primeiro semestre, em fazer o sucessor num processo que começa pela indicação de três nomes numa lista tríplice. Embora a influência de Gurgel entre a maioria dos procuradores federais seja reconhecida até pelos adversários, a palavra final pertence à presidenta Dilma Rousseff. 
Cabe a ela, por lei, indicar o nome do procurador-geral a ser sabatinado pelo Senado. A presidenta pode escolher o mais votado, prática que Lula instituiu e a própria Dilma repetiu ao indicar Gurgel em 2009. Mas ela pode agir como o governador Geraldo Alckmin, que preferiu o segundo colocado em São Paulo. Ou mesmo pinçar um nome que lhe pareça mais indicado, sem ligar para a escolha dos procuradores, como fez FHC com Geraldo Brindeiro, o procurador que entrou para a história como o engavetador da República.
Sintonia Fina
Postado por Helio Borbaàs 08:020 comentários Links para esta postagem
Posted: 17 Feb 2013 02:58 AM PST




Mais seis mil membros só na última década 

O Opus Dei está hoje presente em todos os continentes e continua a crescer. A sua legitimidade na Igreja tem vindo a tornar-se cada vez mais sólida. Apesar de a organização procurar ser um exemplo de moralidade, já foi envolvida em escândalos de corrupção. Tem membros poderosos, entre os quais se inclui um antigo n.º 1 do FBI.

O Opus Dei não para de crescer um pouco por todo o mundo. Na última década, a prelatura ganhou mais de seis mil membros - a um ritmo de mais de 600 adesões por ano - e instalou-se em seis novos países. Indonésia, Roménia e Coreia do Sul foram os últimos a receber a obra, que conta com 90 260 membros espalhados por 66 países.

O crescimento do Opus Dei tem sido sempre gradual e sustentado desde que a 2 de outubro de 1928, durante um retiro em Madrid, Josemaría Escrivá de Balaguer, por "inspiração divina", decidiu fundar o Opus Dei. Houve, no entanto, uma travessia no deserto até a obra se conseguir afirmar na Igreja Católica, onde sempre teve - e continua a ter - críticos.

A procura de influência junto do Vaticano começou quando Josemaría Escrivá de Balaguer estabeleceu a sua residência em Roma, em 1946. Apesar disso, manteve a sua força em Espanha, que dura até aos dias de hoje. Atualmente, cerca de 38% dos membros do Opus Dei (35 mil) são espanhóis. Aliás, os três líderes da obra desde a sua criação nasceram todos na Espanha (Balaguer, Portillo e Echevarría).

O Opus Dei tem também grande representação nos EUA, onde o poder está centralizado numa sede nacional em Manhattan, na esquina da Lexington Avenue com a 34.ª Avenida. O edifício, batizado com o nome de Murray Hill Place, acabou de ser construído em 2001 e custou 52,8 milhões de euros, suportados - garante o Opus Dei - apenas por donativos.

É também conhecida a influência do Opus Dei na América Latina, onde membros da obra terão sido preponderantes no derrube do regime socialista de Salvador Allende, no Chile. Aliás, a história também influencia as visões negativas que hoje se tem da obra. O professor norte-americano Brian Smith, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), afirma no livro A Igreja e a Política no Chile que os membros do Opus Dei "estavam entre os principais administradores do brutal e opressivo regime militar do general Pinochet".

A obra também é historicamente associada ao ditador espanhol Francisco Franco. E percebe-se porquê: oito membros do Opus Dei foram ministros em Governos de Franco. Porém, pouco depois do Maio de 68, Rafael Calvo Serer, numerário, meteu-se em problemas com o regime quando escreveu um artigo dizendo que Franco deveria "retirar-se a tempo". Aí teve de ser Balaguer a interceder e a pedir a Franco que deixasse Calvo Serer partir para o exílio.

Os escândalos financeiros

Outra das páginas que mancham a história do Opus Dei são os escândalos "Matesa" e "Rumasa". A Matesa era uma empresa ligada à indústria têxtil, com sede no País Basco e criada em 1956. Gerida por Juan Vila Reyes - alegado membro da obra, formado na escola de finanças do Opus Dei em Barcelona -, a empresa terá lesado o Estado espanhol em mais de dez mil milhões de pesetas, metade dos quais resultado de um empréstimo fraudulento para comprar maquinaria. O que nunca aconteceu. O problema é que a fraude - que levou ao despedimento de mais de duas mil pessoas e lesou os cofres públicos castelhanos - não impediu Reys de fazer donativos de 2,4 mil milhões de pesetas à obra.

Um ano depois de o papa João Paulo II ter tornado o Opus Dei na única prelatura pessoal da Igreja Católica, a obra viu-se novamente envolta num escândalo. Em 1983, o grupo espanhol Ramasa, que controlava diversos bancos, faliu, sendo o seu presidente José Maria Ruiz-Mateos, membro do Opus Dei. A Ramasa tinha um passivo superior a mil milhões de libras, para o qual terão contribuído doações, como uma de sete milhões de libras que alegadamente foi feita a um instituto de educação do Opus Dei no arquipélago normando.

Nos dois casos, as próprias autoridades identificaram ligações ao Opus Dei. Existem outras acusações (nunca confirmadas) de que o Opus controla as finanças do Vaticano através de sociedades offshore. Os críticos acusam até a obra de ter "comprado" a influência de que goza no Vaticano. Recorde-se que o Opus Dei - que inclui a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz - conta com 36 bispos, dos quais 21 pertencem à cúpula de sacerdotes da obra e 15 são diocesanos.

Embora a maioria dos mais de 90 mil membros seja composta por cidadãos comuns, existem no Opus figuras conhecidas em diversas áreas ao nível mundial. Na política destacam-se o ex-presidente da Polónia, Lech Walesa, o antigo primeiro-ministro italiano Giulio Andreotti, o antigo presidente da Comissão Europeia Jacques Santer ou o antigo presidente do Parlamento Europeu Gil Robles. Ainda na política, o candidato às primárias republicanas do último ano, Rick Santorum, também tem ligações ao Opus Dei, tal como o atual ministro do Interior de Mariano Rajoy, Jorge Fernandéz Diaz.

No desporto, destacam-se nomes como o do antigo treinador do Benfica e atual selecionador da Irlanda, Giovanni Trapatonni, ou o antigo presidente do Comité Olímpico Internacional Juan Samaranch. A lista é tão vasta que até o poderoso FBI já foi dirigido por um membro do Opus Dei: Louis Free (nomeado por Clinton em 1993, só saiu do cargo meses antes do 11 de Setembro, já durante o mandato de Bush "filho"). 

Por Rui Pedro Antunes

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 22:180 comentários 
Ainda do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 17 Feb 2013 11:04 AM PST



Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral.

Eduardo Febbro, direto de Paris.

Paris - Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama "uma continuidade pesada" de seu predecessor, João Paulo II, descobriu, em um informe elaborado por um grupo de cardeais, os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios à frente das instituições religiosas.
Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI, o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: "desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla". Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno.

O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade, o lema diz "dar testemunho da verdade". Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. "Minha ideia é trazer luz", disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica.

A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar.

Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo.

Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa "se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado". E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual.

Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado "banqueiro de Deus", presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época.

João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro "não contabilizado" do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus.

Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos à frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas "irregularidades" em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de "políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado". Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas.

Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um "documento" que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa.

Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.

Tradução: Katarina Peixoto

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 21:590 comentários 
Também do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 17 Feb 2013 02:51 AM PST

Fachada da gráfica do Senado: estagiárias fotografaram o animal nas dependências do edifício

Estagiárias são demitidas após publicarem foto de rato na gráfica do Senado 

Duas estagiárias são demitidas após publicarem foto de roedor morto na gráfica da Casa e fazerem comentário sobre Renan Calheiros

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assumiu o cargo há duas semanas e, desde então, é um dos alvos preferidos dos internautas brasileiros. Nas redes sociais, os insatisfeitos com a eleição do cacique do PMDB divulgam uma petição contra o senador, que, na manhã de ontem, já somava 1,5 milhão de assinaturas. Apesar de não comentar a mobilização popular, a direção do Senado está incomodada com a avalanche de críticas a Calheiros. Tanto que duas estagiárias da Casa foram demitidas, na semana passada, depois de postarem mensagens com comentários sobre o senador alagoano. As jovens estudantes, uma delas sobrinha do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, receberam a punição depois de publicarem nas redes sociais que Renan Calheiros seria um "problema" para o Senado. A demissão das estagiárias repercutiu entre funcionários da Casa: servidores que haviam compartilhado críticas, abaixo-assinados ou qualquer outro comentário sobre a eleição do presidente do Senado se apressaram em apagar qualquer vestígio das publicações.


O episódio que levou à demissão das duas jovens aconteceu no último dia 6. As estudantes estagiavam no Serviço de Administração da Secretaria de Recursos Humanos do Senado durante o período matutino. Na manhã daquela quarta-feira pré-carnaval, as estagiárias e os colegas foram surpreendidos com a presença de um rato no meio do setor, que fica no prédio da Gráfica do Senado. Em meio à correria causada pelo roedor, uma copeira matou o animal com a ajuda de um calendário de papelão. O cadáver do bicho ficou por alguns minutos no chão, e as duas jovens decidiram fotografá-lo. Uma delas postou a imagem no Facebook com uma legenda que dizia: "E a gente que achou que o único problema aqui fosse o Renan Calheiros". A colega, que é filha da irmã de Joaquim Barbosa, publicou a foto com comentário semelhante.

Correio Braziliense

_________________________________
Nota da editoria-geral do Terra Brasil
Sobrinha do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, como estagiária na gráfica do Senado? Estranho, não é? Como estes parentes têm sorte de estarem mamando nas tetas do poder público... Será que o herói da mídia golpista vai tomar as dores da sobrinha e aplicar a Teoria do Domínio de Fato contra Renan? Não que Renan seja um santo, claro, claro... 

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 19:192 comentários

Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 17 Feb 2013 02:46 AM PST

Posted: 17 Feb 2013 02:42 AM PST


Posted: 17 Feb 2013 02:34 AM PST


A multiplicação de partidos é algo típico da democracia brasileira, desde as legendas de aluguel passando pelos partidecos de extrema esquerda. O partido mais recente é o PSD, legenda fisiológica de Gilberto Kassab, "nem de esquerda, nem de direita e nem de centro", agora, a ex-senadora Marina Silva, que já foi do PT e do PV, lança o seu partido, a Rede Sustentabilidade, em tons messiânicos.

 Marina Silva é uma política que se comporta como não-política, faz política negando-a, com um certo ar totalitário, mostra-se acima dos políticos que existem, afinal, ela mudou de partido, apenas porque perdeu uma disputa, foi esse discurso messiânico que a fez ter 20 milhões de votos na última eleição presidencial, que ela soube manter, sabiamente.

  Mais no blog do Rafael Braga
Do Blog Brasil, mostra a tua cara.
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