terça-feira, 9 de outubro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 08 Oct 2012 05:00 PM PDT





"Colunista da revista Época pergunta, em artigo, quanto tempo os "analistas de plantão" irão levar para reconhecer que o grande vitorioso das eleições deste domingo foi Lula e que, por isso, "os coveiros de sua força política passaram o dia de ontem trocando sorrisos amarelos"
Brasil 247
Em artigo publicado nesta segunda-feira 8, um dia após as eleições municipais, o colunista da revista Época Paulo Moreira Leite questiona quanto tempo os "analistas de plantão" irão levar para reconhecer quem saiu como grande vitorioso na disputa deste domingo. Segundo ele, foi o ex-presidente Lula, que sairia julgado neste 7 de outubro, de acordo com as previsões. Mas como diz Moreira Leite, "o pleito mostra que o eleitor não mudou de opinião".

'O vencedor foi Lula

Eu pergunto quanto tempo nossos analistas de plantão vão levar para reconhecer o grande vitorioso do primeiro turno da eleição municipal.
Não, não foi Eduardo Campos, embora o PSB tenha obtido vitorias importantes no Recife e em Belo Horizonte.

Também não foi o PDT, ainda que a vitória de José Fortunatti em Porto Alegre tenha sido consagradora. Terá sido o PSOL? Os "novos partidos"?
O grande vitorioso de domingo foi Luiz Inácio Lula da Silva e é por isso que os coveiros de sua força política passaram o dia de ontem trocando sorrisos amarelos.

Nem sempre é fácil reconhecer o óbvio ululante. É mais fácil lembrar a derrota do PT no Piauí, ou em São Luís.


Nosso leitor Roberto Locatelli lembra: o PT passou o PMDB  e foi o partido que mais acumulou votos na eleição. Tinha 550 prefeituras. Agora tem mais de 612."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 20:540 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 08 Oct 2012 04:56 PM PDT
GUSTAVO PORTO - Agência Estado

O PMDB e o deputado federal e ex-candidato a prefeito de São Paulo Gabriel Chalita devem anunciar nesta terça (9) o apoio formal ao candidato do PT, Fernando Haddad, neste segundo turno da eleição paulistana. O acordo será formalizado no escritório do vice-presidente da República, Michel Temer, na Capital, em reunião prevista para as 18 horas, que depende apenas da confirmação do seu deslocamento para São Paulo.
As negociações entre as cúpulas do PMDB e do PT no Estado foram coordenadas pelo próprio Temer. Em troca do apoio do PMDB e de Chalita, que teve 833.255 mil votos no primeiro turno, o partido pedirá a declaração do voto dos petistas aos candidatos peemedebistas no segundo turno das cidades paulistas de Sorocaba e Guarujá.
Em Sorocaba, o ex-prefeito Renato Amary (PMDB) obteve 39% dos votos válidos no primeiro turno e disputa o segundo turno com Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), que conseguiu 35,6%. Já no Guarujá, a atual prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB) conseguiu 49,65% dos votos e disputará o segundo turno com Farid Madi (PDT), que obteve 35,34%.
Segundo o presidente do PMDB paulista, deputado estadual Baleia Rossi, o apoio recíproco entre os dois principais partidos da base aliada "é uma tendência natural" nas cidades onde não se enfrentam no segundo turno. Em São Paulo, apenas em Mauá há essa disputa: Donisete Braga (PT) e Vanessa Damo (PMDB) serão os adversários no próximo dia 28.
Balanço parcial do PMDB aponta que o partido elegeu 88 prefeitos no primeiro turno em São Paulo, ante 68 na eleição de 2008, bem como fez 78 vices, contra 52 na eleição municipal passada. "A expectativa é que cheguemos a 90 prefeitos e a 80 vices na eleição deste ano", concluiu Rossi.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 08 Oct 2012 04:53 PM PDT


Antes

Depois

E tem um bando de idiotas que ainda dão credibilidade a esta porcaria...

De Recife. Postado por Giovani de Morais e Silvaàs 11:030 Comentários Links para esta postagem 
Posted: 08 Oct 2012 02:22 PM PDT



O Bom (?) Dia Brasil noticiou assim, com a ligeireza com que trata de engarrafamento em Cascadura.
A Folha destacou o menos importante:

PMDB é campeão em número de prefeitos, PT vence em total de votos

Os partidos da base da Dilma e do Lula ganharam a eleição.
A oposição perdeu.
O PSDB ruma ao buraco do DEMO.
Senão, vejamos.
O PMDB ainda é o partido com o maior número de prefeitos, mas caiu 15% em relação a 2008.
O PT cresceu 14% em número de prefeituras.
E é o partido que recebeu mais votos em todo o país – um aumento de 4% em relação a 2008.
O PSB foi ainda melhor.
Cresceu 51% no total de votos e 41% no total de prefeituras.
O PSDB, futuro DEMO, elegeu 13% menos prefeitos que em 2008.
Em todo o país, o número de eleitores do PSDB caiu 4%.
A soma de PMDB com PT e PSB demonstra que a Presidenta Dilma ganhou a eleição.
O Eduardo Campos, também.
O objetivo do PiG, agora, será fabricar a oposição entre Dilma e Campos, como tentou separar Lula de Dilma.
O Fernando Henrique foi quem tentou de forma mais ousada, e recebeu como prêmio uma nota devastadora da Dilma, de que não se recuperou até hoje.
Neste domingo, o Farol de Alexandria, que só aparece no PiG, mas o PSDB o esconde do palanque, diz que o PSDB deve tentar se aproximar do PSB:

FHC defende aproximação com PSB em 2014

Precisa ver se o Eduardo Campos quer segurar a alça da mala do FHC.
Em tempo: o Conversa Afiada saúda com entusiasmo a retumbante votação do tucano Marcelo Lunus Itagiba para vereador, no Rio: 9 mil votos, num colégio de 4 milhões 700 mil eleitores. Um jênio. Cerra e Daniel Dantas perdem um Legislador de escol.
Paulo Henrique Amorim

Posted: 08 Oct 2012 02:18 PM PDT




www.pt.org.br        www.cartamaior.com.br        www.rodrigovianna.com.br

* Lula estava morto para alguns analistas que agora gaguejam diante das evidencias do seu faro político (leia nesta pág)**PT elege o maior número de vereadores nas capitais** partido eleva em 22% sua representação nas câmaras de todo o Brasil** PSDB perde 13% dessa representação** PT faz a maior bancada em SP: 11 vereadores 

O POVO RESOLVEU 'METER O BICO' NA HISTÓRIA
Foi um domingo para não esquecer. A história rugiu, rangeu e se mexeu. Mas não na direção que o conservadorismo esperava. O que as urnas fizeram foi repor certas correlações entre a nervura social e o voto; entre o discernimento popular e o legado histórico de projetos e propostas antagônicas. Milhões de vozes e rostos anônimos falaram o que pensam e, como é natural, em escrutínios municipais marcados por peculiaridades locais, emitiram vereditos ecumênicos. Mas certas linhas se destacaram: primeiro, o PT superou o PMDB e se tornou o partido mais votado no país, com 17,3 milhões de votos; cresceu 4% sobre 2008. Seu rival, o PSDB perdeu 4%.; em segundo lugar: o PT ganhou 627 prefeituras (14% mais que em 2008) e disputa o 2º turno em seis das maiores cidades do país. Aqui, a exemplo da Venezuela, onde Chávez venceu mais uma vez (leia nesta pág),o povo 'meteu o bico' na história. E desautorizou a narrativa das 'ilações' e das pesquisas engajadas. (LEIA MAIS AQUI)
(Carta Maior; 2ª feira/08/10/2012)
Leia abaixo também: Balanço de 2012: cadê a derrota do PT? por Rodrigo Vianna

Notícias
08/10/12 - 09h8
Eleições 2012: PT cresce e vence em 624 prefeituras em todo o País

Partido disputa ainda 22 cidades, entre capitais e municípios que tem o segundo turno

Um dia após a eleição municipal em todo o País, a Secretaria Nacional de Organização do PT divulgou um balanço com o resumo da situação eleitoral do Partido. Até o momento, o PT conquistou um total de 624 prefeituras e mantem o crescimento constante desde 1982, quando disputou as eleições municipais pela primeira vez.

Em relação a 2008, o PT aumentou em 12% o número de prefeituras e há ainda 22 candidatos petistas que irão disputar o segundo turno em capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. O Partido ganhou 13 prefeituras no universo que compreende as cidades com mais de 150 mil eleitores.
Segundo o levantamento da SORG, mais da metade dos prefeitos eleitos em 2008 que concorriam à reeleição conseguiram um novo mandato. O PT reelegeu 154 dos 285 atuais prefeitos, ou seja 54% do total.
O PT dobrou o número de prefeituras no estado do Ceará e Minas Gerais continua como o estado com o maior número de prefeituras, com 114 prefeitos petistas eleitos. E na Bahia, o PT passou de 66 para 92 prefeituras.


Balanço de 2012: cadê a derrota do PT?

publicada segunda-feira, 08/10/2012 às 11:12 e atualizada segunda-feira, 08/10/2012 às 11:45

por Rodrigo Vianna


No mesmo dia em que a Venezuela reelegeu Hugo Chávez (mas não era uma "ditadura"? Curioso… A oposição lutou nas urnas, e legitimou o processo, conquistando 45% dos votos), a democracia brasileira deu demonstrações inequívocas de força e complexidade. A seguir, um balanço das eleições municipais.


A realidade contrariou as previsões (ou sera a torcida?) de colunistas da velha mídia. O PT e Lula não sofreram a derrota acachapante desejada por mervais e outros que tais. E não apenas porque Haddad foi ao segundo turno em São Paulo, com chances razoáveis de vencer Serra. O PT também manteve a força na Grande São Paulo (venceu em São Bernardo do Campo, e deve confirmar Guarulhos, Osasco e Santo André no segundo turno), avançou sobre o Vale do Paraíba (reduto de Alckmin), elegendo em primeiro turno o prefeito de São José dos Campos (cidade do emblemático despejo do Pinheirinho; entre "Mensalão" e "Pinheirinho" o segundo parece ter pesado mais para definir a derrota tucana). O PT também surpreendeu em Campinas, levando Márcio Pochmann ao segundo turno, contra o candidato de Alckmin.
O tucanato paulista (ainda forte no interior e nos bairros centrais da capital) terá que suar para manter o controle do Estado em 2014; talvez, não tenha energia para mais uma disputa nacional.
O PT também se fortaleceu em Minas, apesar da derrota para Aécio/Lacerda em BH. O partido de Lula consquistou importantes cidades mineiras, como Uberlândia, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Ipatinga, e vai disputar o segundo turno em Juiz de Fora. Na cidade operária de Contagem, a derrota de Aécio foi mais dolorida: PCdoB e PT disputarão segundo turno, deixando os tucanos de fora. O que isso tudo significa? Aécio sem dúvida colheu uma vitória pessoal sobre Dilma e Lula com a eleição de Lacerda (PSB). Mas a força do mineiro é relativa – ainda que respeitável.
Voltemos agora o olhar para o quadro nacional. Se o PT não colheu a derrota acachapante que certos colunistas (cada vez mais desmoralizados pelos fatos) previam, também não saiu excessivamente fortalecido. E por isso falo que a democracia brasileira mostrou maturidade.
Outro fato salta aos olhos: onde o PT e o núcleo duro do lulismo fracassaram, não foi a velha oposição que avançou. Não. No Brasil, desenha-se cada vez com mais força o nascimento de uma "terceira força" - ainda disforme, incompleta e que talvez não tenha peso para derrotar o lulismo já em 2014. O PSB de Eduardo Campos é a face mais evidente dessa "nova oposição" que pode brotar de dentro do governismo.
Leia a matéria completa »
Posted: 08 Oct 2012 02:15 PM PDT

 

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

Agora, a pergunta que não quer calar: "Presidenta trabalhista Dilma Rousseff, em qual gaveta se encontra o projeto de marco regulatório das mídias elaborado pelo jornalista Franklin Martins? Com as respostas, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a Constituição de 1988, que até hoje não teve os artigos sobre os meios de comunicação regulamentados. Do contrário, fica tudo como dantes no quartel d'Abrantes". 

A única coisa que não é inédita é a cara-de-pau da Folha.
FOLHA E DATAFOLHA: FARSAS DO EMPATE TRIPLO E DA ELEIÇÃO DIFÍCIL PARA CHÁVEZ.




O instituto de pesquisas Datafolhatambém conhecido como Datafarsa ou Datafraude, manipulou suas e somente "suas" pesquisas até o dia das eleições. A Folha de S. Paulo, sua e somente "sua" irmã siamesa se encarregou até o último dia das eleições em São Paulo de disseminar a mentira e o crime de fraude contra o povo paulistano. E vai ficar tudo por isto mesmo. E sabe por quê? Porque a imprensa corrompida e privada brasileira, bem como os tais institutos de pesquisas e seus aliados da privataria tucana (PSDB) são simplesmente inimputáveis.
         É dessa forma que a banda toca por esses lados, nesses pagos. A pesquisa fraudada pela Datafarsa e publicada pela Folha de S. Paulo — o jornal cujo dono emprestou os carros para os assassinos e torturadores da repressão na década de 70 — e ampliada pelas Organizações(?) Globo e "seu" instituto cúmplice, o Ibope, davam aos candidatos José Serra 28% dos votos, Celso Russomano com 27% dos votos e em último — este fato é importante — o Fernando Haddad, com 24% dos votos, não fosse ele do PT, um partido trabalhista.
         Outro fator que me chamou a atenção é que o "empate" entre os adversários políticos (Serra considera seus adversários sempre como inimigos) era composto por três candidatos, sendo que somente dois podem ir para o segundo turno, além de o Datafolhaesconder durante três semanas que o petista Fernando Haddad tinha superado o Celso Russomano na preferência do eleitor. É crime ou não é o que os institutos e o sistema midiático empresarial cometem? Eles são a farinha do mesmo saco.
 
E quem vai puni-los? O STF do Joaquim Barbosa, do Gilmar Mendes e do Marco Aurélio de Mello? E denunciá-los? A PGR do prevaricador da República, Roberto Gurgel? A TFP da Igreja Católica do José Serra? O bispo Silas Malafaia, que está histérico em só pensar na possibilidade de o PT vencer as eleições em São Paulo? Deus? Não. Nenhuma das respostas anteriores. O Serra vai continuar a fazer o que ele sabe fazer: a conhecida e famosa "campanha negativa", que atualmente é questionada e criticada, inclusive, por alguns setores conservadores que apoiam o tucano neoliberal e que bateu martelos em leilões que venderam o Brasil.
                
                                              Almeida Rocha/ Folhapress / Zanone Fraissat/ Folhapress

SERRA "PAZ E AMOR" E HADDAD ENFRENTARÁ O QUE DILMA ENFRENTOU.
 
Serra já deu a senha em sua entrevista coletiva. Ele vai atuar no segundo turno de forma violenta, como fez na eleição presidencial de 2010. A eleição mais negativa, com muita baixaria que eu tive o desprazer de testemunhar em toda a minha vida. O tucano já anunciou que vai falar do "mesalão", além, é claro, de mandar distribuir mensagens e panfletos apócrifos que atentam contra a democracia, a cidadania e o Direito Civil e Penal. É assim que o Serra funciona, bem como vai ter o apoio do quarteto endemoniado e de seus asseclas de penas alugadas, que prestam serviços às Organizações(?) Globo, à Folha de S. Paulo, ao decadente Estadão e à Veja — a revista porcaria também conhecida como a última flor do fáscio.
Na Venezuela também foi igual ao que aconteceu em São Paulo para pior, porque os datafarsas que cometem delinquências no país bolivariano deram como certa a vitória da oposição, na pessoa do oligarca e direitista Henrique Capriles. Contudo, conforme acontece no Brasil, o povo está vacinado contra mentiras, dissimulações e manipulações dos institutos de pesquisas e dos meios de comunicação comerciais e privados venezuelanos e bateu o recorde de presença nas urnas em toda história eleitoral da Venezuela. Compareceu para votar 80,94% do eleitorado.
Hugo Chávez, que sempre participou de eleições livres e democráticas e que também sempre se sujeitou a referendos e a plebiscitos, teve 54,8% dos votos, enquanto Capriles obteve 43,8% da preferência dos eleitores. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Chávez teve 7,4 milhões dos votos apurados e o derrotado Henrique Capriles teve 6,1 milhões. A imprensa golpista da Venezuela e o empresariado nativo que se beneficiou do petróleo por um século sem dividir com a população renda e riqueza ainda tem o disparate de chamar Cháves de ditador. Seria cômica se não fosse trágica tamanha mentira e ma-fé das classes dominantes.
A diferença foi de 1,3 milhão de votos e mesmo assim os ibopes e os datafarsas de lá, como os daqui, "erram" e sempre "errarão" sobre números e índices de tal forma que, evidentemente, deveriam ser totalmente investigados, e, se confirmado que cometeram crimes contra seus países e seus povos, severamente punidos. É assim que funcionam as coisas quando as oligarquias e os direitistas perdem suas mamatas e controle dos estados nacionais. Elas passam a se utilizar de órgãos e instituições privados, de carateres golpistas, porque controlam os meios de comunicação, porta-vozes do establishment, que são as plutocracias nacional e internacional.

CHÁVEZ E CAPRILES: O PRIMEIRO É BOLIVARIANO E O SEGUNDO É OLIGARCA.
 
Agora, a pergunta que não quer calar: "Presidenta trabalhista Dilma Rousseff, em qual gaveta se encontra o projeto de marco regulatório das mídias elaborado pelo jornalista Franklin Martins? Com as respostas, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a Constituição de 1988, que até hoje não teve os artigos sobre os meios de comunicação regulamentados. Do contrário, fica tudo como dantes no quartel d'Abrantes. É isso aí.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 08 Oct 2012 12:10 PM PDT



 Da Carta Maior - 8/10/2012


Para Fabiano Guilherme Santos, o ex-presidente mostrou um faro político melhor do que todos os demais analistas ao insistir na candidatura de Haddad, que agora disputa o segundo turno em São Paulo. Em entrevista à Carta Maior, o professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) também fala da influência nula do julgamento do "mensalão" e analisa o impacto da CPMI do Cachoeira nos principais redutos da quadrilha. A reportagem é de Najla Passos.

Najla Passos


Brasília - É fato que as eleições municipais deste domingo tiveram bons e maus momentos para quase todos os partidos. Para o professor Fabiano Guilherme Santos, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a correlação de forças não mudou de forma significativa.

Segundo ele, no campo conservador, o que surpreendeu foi o crescimento vertiginoso do PSD de Kassab, enquanto o PSDB encolheu e o DEM caminha para a extinção. Já no campo progressista, o fator de destaque ainda é o vigor do "efeito Lula": o ex-presidente emplacou Haddad no segundo turno da principal cidade brasileira, ajudou a manter o fôlego do PT nas disputas das grandes cidades e a garantir a tendência de crescimento nas pequenas.

Em entrevista à Carta Maior, ele também avalia o efeito nulo do julgamento do "mensalão" nas eleições, especialmente nos municípios do ABC paulista, mais propensos a serem afetados pela pauta. E comenta, ainda, a vitória do PT em dois dos principais redutos da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira: Goiânia e Anápolis.

As eleições deste domingo mudaram a correlação de forças dos partidos brasileiros?

Não houve grandes alterações, não. Uma coisa que surpreendeu foi o PSD, que teve um desempenho muito bom, se colocando como o quarto no ranking geral de controle de prefeituras. Substitui o DEM, que foi lá para baixo, e que, se não ganhar Salvador, estará no caminho da extinção.

- Então o PSD se consolida como a nova oposição conservadora?

O DEM está se tornando um pequeno partido, um partido nanico mesmo. O PSD teve um desempenho avassalador [sai das eleições com 493 prefeitos]. Depois do PMDB em primeiro, o PSDB em segundo e o PT em terceiro, já vem o PSD. Ultrapassou PDT, PTB, PSB, que são partidos que têm legenda, que continuam crescendo. Esse é o primeiro dado interessante. O PSD realmente se colocou como alternativa de centro-direita ao DEM.

- Mas entre os três principais partidos, a correlação de forças se manteve?

O PMDB perdeu um pouquinho de força [200 prefeituras a menos do que nas eleições passadas]. O PSDB, também [96 a menos]. Não de forma significativa, mas ambos caíram. O PSDB já vem de uma tendência de queda, embora não muito significativa, do número de prefeituras. Já o PT cresceu. Não de uma maneira avassaladora, mas cresceu [fez 67 prefeituras a mais do que em 2008].

- O PT se fortaleceu nas pequenas cidades, mas manteve a postura histórica de liderança das grandes?

O PT manteve sua trajetória de se inserir no poder local das pequenas cidades, uma trajetória que já vem de algum tempo, e esse pleito confirmou isso. Agora, em relação às grandes cidades, o resultado ainda depende em muito do segundo turno. E o PT está competindo em muitas delas [22 capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes]. Então, é preciso um olhar do segundo turno para se ter uma análise mais clara. É possível que o PT ainda se saia melhor. Mas o PSDB também, porque está competindo, principalmente em capitais [ 16 cidades polos]. Entretanto, mesmo que ele ganhe todas nas quais está competindo não terá o mesmo desempenho que nas eleições passadas.

- Então, para os partidos de oposição ao governo federal, o quadro piorou: o PSDB diminuiu um pouquinho e o DEM, bastante?

É, bastante. Pode se dizer isso. Agora o PSD do Kassab foi muito bem sucedido ao capitalizar os votos de centro-direita.

- No campo da esquerda, merece destaque o desempenho do PSB, que fez 120 prefeituras a mais do que nas eleições passadas?

Sim, o PSB cresceu muito. Teve um desempenho muito bom.

- Você tinha avaliado, em entrevista anterior, que o julgamento do "mensalão" não afetaria de forma significativa estas eleições, análise esta que se confirmou, não é?

Só para se ter uma ideia, em Osasco (SP), onde o João Paulo Cunha [condenado pelo "mensalão"] teve que retirar sua candidatura, o candidato do PT que o substituiu ganhou com mais de 60% dos votos. O PT tirou o primeiro lugar ou está no segundo turno em todas as cidades do ABC. E isso no interior de São Paulo, onde apontavam que o "mensalão" poderia fazer um estrago maior. Portanto, a alegada influência do "mensalão" não é verdadeira. O PT está muito competitivo, inclusive nestas regiões que seriam teoricamente as mais afetadas.

- Agora, uma outra coisa intrigante foi o bom desempenho do PT no curral do contraventor Carlinhos Cachoeira. O PT reelegeu o prefeito de Goiânia, elegeu o prefeito de Anápolis... Isso pode ser influência da CPMI do Cachoeira, da cassação do mandato do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM)?

 
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) ficou muito combalido com todas essas denúncias. E o governador do Estado tem uma ação importante nas eleições para as prefeituras. O Marconi Perillo tá muito fragilizado, e isso pode ter contado. Então, seria não tanto uma influência direta da CPMI do Cachoeira, mas sim o atar de mãos do governador.

- E o ex-presidente Lula, sai fortalecido?

Os comentaristas e cientistas políticos têm que tirar o chapéu para o Lula.

- E melhorar as análises também...

 
Isso, melhorar as análises, porque todo mundo falou que Lula errou ao escolher o Haddad, ao insistir no Haddad, ao lutar pelo Haddad. As pessoas têm que respeitar o faro político dele. De todas as análises políticas, a melhor foi a de Lula. O Lula dá de dez em todos eles.

- E os institutos de pesquisas?

 
O Ibope foi bem, mas o Datafolha teve um comportamento muito estranho. 

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 08 Oct 2012 12:08 PM PDT
Muito interessante esta entrevista de Joaquim Barbosa para Monica Bergamo.  As observações  sobre dois pesos e duas medidas da mídia (e do STF) não são novidades para mim, já havia lido  sobre  Joaquim Barbosa sempre interpelar os repórteres dizendo a eles que eles nunca perguntavam sobre o mensalão tucano. Mas não deixa de ser interessante esses dados aqui:Em 2009, como relator do mensalão do PSDB, propôs que a corte acolhesse denúncia contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo [PSDB]. Quase foi voto vencido no STF –ganhou por 5 a 3, com três ministros ausentes.
Dois anos antes, relator do mensalão do PT, propôs que a corte acolhesse denúncia contra José Dirceu e outros 37 réus. Ganhou por 9 a 1.

Também não deixa de ser interessante que mesmo Monica Bergamo tendo feito esta entrevista no destaque acima tenha se esquecido de dizer que Azevedo  é do PSDB  e de dar nome aos bois: MENSALÃO DO PSDB.
Após a leitura fiquei muito curiosa para saber como está a redação de Veja e para ver a cara da esquerda branca que escorregou feio no preconceito em suas críticas a Joaquim Barbosa.
De um extremo a outro acho que Joaquim Barbosa deu um nó na cabeça de muita gente.
Ah! Sim, não desejo heróis em canto algum da vida pública, desejo que eles façam seu trabalho de modo sério, respeitando a Constituição.
Relator do mensalão afirma que votou em Lula e Dilma
Por: MÔNICA BERGAMO, COLUNISTA DA FOLHA
07/10/2012

O "dia mais chocante" da vida de Joaquim Benedito Barbosa Gomes, 57, segundo ele mesmo, foi 7 de maio de 2003, quando entrou no Palácio do Planalto para ser indicado ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ocasião era especial: ele seria o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal.
"Eu já cheguei na presença de José Dirceu [então ministro da Casa Civil], José Genoino [então presidente do PT], aquela turma toda, para o anúncio oficial. Sempre tive vida reservada. Vi aquele mar de câmeras, flashes…", relembrava ele em seu gabinete na terça-feira, 2.
Lula Marques/Folhapress
O ministro Joaquim Barbosa em seu gabinete no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília
O ministro Joaquim Barbosa em seu gabinete no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília

No dia seguinte à entrevista com a Folha, e nove anos depois da data memorável de sua nomeação, Joaquim Barbosa condenou Dirceu e Genoino por corrupção.
Para conversar com o jornal, impôs uma condição: não falar sobre o processo, ainda em andamento no STF.
O TELEFONE TOCA
Barbosa diz que foi Frei Betto, que o conhecia por terem participado do conselho de ONGs, que fez seu currículo "andar" no governo.
"Eu passava temporada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Encontrei Frei Betto casualmente nas férias, no Brasil. Trocamos cartões. Um belo dia, recebo e-mail me convidando para uma conversa com [o então ministro da Justiça] Márcio Thomaz Bastos em Brasília." Guarda a mensagem até hoje.
"Vi o Lula pela primeira vez no dia do anúncio da minha posse. Não falei antes, nem por telefone. Nunca, nunca."
Por pouco, não faltou à própria cerimônia. "Veja como esse pessoal é atrapalhado: eles perderam o meu telefone [gargalhadas]."
Dias antes, tinha sido entrevistado por Thomaz Bastos. "E desapareci, na moita." Isso para evitar bombardeio de candidatos à mesma vaga.
"Na hora de me chamar para ir ao Planalto, não tinham o meu contato." Uma amiga do governo conseguiu encontrá-lo. "Corre que os caras vão fazer o seu anúncio hoje!"
Depois, continuou distante de Lula. Não foi procurado nem mesmo nos momentos cruciais do mensalão. "Nunca, nem pelo Lula nem pela [presidente] Dilma [Rousseff]. Isso é importante. Porque a tradição no Brasil é a pressão. Mas eu também não dou espaço, né?"
O ministro votou em Leonel Brizola (PDT) para presidente no primeiro turno da eleição de 1989. E depois em Lula, contra Collor. Votou em Lula de novo em 2002.
"Vou te confidenciar uma coisa, que o Lula talvez não saiba: devo ter sido um dos primeiros brasileiros a falar no exterior, em Los Angeles, do que viria a ser o governo dele. Havia pânico. Num seminário, desmistifiquei: 'Lula é um democrata, de um partido estabelecido. As credenciais democráticas dele são perfeitas'."
O escândalo do mensalão não influenciou seu voto: em 2006, já como relator do processo, escolheu novamente o candidato Lula, que concorria à reeleição.
"Eu não me arrependo dos votos, não. As mudanças e avanços no Brasil nos últimos dez anos são inegáveis. Em 2010, votei na Dilma."
DE LADO
No plenário do STF, a situação muda. Barbosa diz que "um magistrado tem deveres a cumprir" e que a sociedade espera do juiz "imparcialidade e equidistância em relação a grupos e organizações".
Sua trajetória ajuda. "Nunca fiz política. Estudei direito na Universidade de Brasília de 75 a 82, na época do regime militar. Havia movimentos significativos. Mas estive à parte. Sempre entendi que filiação partidária ou a grupos, movimentos, só serve para tirar a sua liberdade de dizer o que pensa."
VENCEDOR E VENCIDO
Barbosa gosta de dizer que não tem "agenda". Em 2007, relatou processo contra Paulo Maluf (PP-SP). Delfim Netto não era encontrado para depor como testemunha. Barbosa propôs que o processo continuasse. Foi voto vencido no STF. O caso prescreveu.
No mesmo ano, relatou processo em que o deputado Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB) era acusado de tentativa de homicídio. O réu renunciou ao mandato e perdeu o foro privilegiado. Barbosa defendeu que fosse julgado mesmo assim. Foi voto vencido no STF.
Em 2009, como relator do mensalão do PSDB, propôs que a corte acolhesse denúncia contra o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo. Quase foi voto vencido no STF –ganhou por 5 a 3, com três ministros ausentes.
Dois anos antes, relator do mensalão do PT, propôs que a corte acolhesse denúncia contra José Dirceu e outros 37 réus. Ganhou por 9 a 1.
NOVELA RACISTA
Barbosa já disse que a imprensa "nunca deu bola para o mensalão mineiro", ao contrário do que faz com o do PT. "São dois pesos e duas medidas", afirma.
A exposição na mídia não o impede de fazer críticas até mais ácidas.
"A imprensa brasileira é toda ela branca, conservadora. O empresariado, idem", diz. "Todas as engrenagens de comando no Brasil estão nas mãos de pessoas brancas e conservadoras."
O racismo se manifesta em "piadas, agressões mesmo". "O Brasil ainda não é politicamente correto. Uma pessoa com o mínimo de sensibilidade liga a TV e vê o racismo estampado aí nas novelas."
Já discutiu com vários colegas do STF. Mas diz que polêmicas "são muito menos reportadas, e meio que abafadas, quando se trata de brigas entre ministros brancos".
"O racismo parte da premissa de que alguém é superior. O negro é sempre inferior. E dessa pessoa não se admite sequer que ela abra a boca. 'Ele é maluco, é um briguento'. No meu caso, como não sou de abaixar a crista em hipótese alguma…"
Barbosa, que já escreveu um livro sobre ações afirmativas nos EUA, diz que o racismo apareceu em sua "infância, adolescência, na maturidade e aparece agora".
Há 30 anos, já formado em direito e trabalhando no Itamaraty como oficial de chancelaria –chegou a passar temporada na embaixada da Finlândia–, prestou concurso para diplomata. Passou. Foi barrado na entrevista.
DE IGUAL PARA IGUAL
É o primeiro filho dos oito que o pai, Joaquim, e a mãe, Benedita, tiveram (por isso se chama Joaquim Benedito).
Em Paracatu, no interior de Minas, "Joca" teve uma infância "de pobre do interior, com área verde para brincar, muito rio para nadar, muita diversão". Era tímido e fechado.
A mãe era dona de casa. O pai era pedreiro. "Mas ele era aquele cara que não se submetia. Tinha temperamento duro, falava de igual para igual com os patrões. Tanto é que veio trabalhar em Brasília, na construção, mas se desentendeu com o chefe e foi embora", lembra Joaquim.
O pai vendeu a casa em que morava com a família e comprou um caminhão. Chegou a ter 15 empregados no boom econômico dos anos 70. "E levava a garotada para trabalhar." Entre eles, o próprio Joaquim, então com 10 anos.
RUMO A BRASÍLIA
No começo da década, Barbosa se mudou para a casa de uma tia na cidade do Gama, no entorno de Brasília.
Cursou direito, trabalhou na composição gráfica de jornais, no Itamaraty. Ingressou por concurso no Ministério Público Federal.
Tirou licenças para fazer doutorado na Universidade de Paris-II. E passou períodos em universidades dos EUA como acadêmico visitante. Fala francês, inglês e alemão.
Hoje, Barbosa fica a maior parte do tempo em Brasília, onde moram a mãe, os sete irmãos e os sobrinhos. O pai já morreu. Benedita é evangélica e "superpopular". Em seu aniversário de 76 anos, juntou mais de 500 pessoas.
O ministro tem também um apartamento no Leblon, no Rio, cidade onde vive seu único filho, Felipe, 26. Se separou há pouco de uma companheira depois de 12 anos de relacionamento.
PÚBLICO
Folha pergunta se Barbosa não tem o "cacoete da condenação" por ter feito carreira no Ministério Público, a quem cabe formular a acusação contra réus.
"De jeito nenhum. O que eu tenho do MP é esse espírito de preocupação com a coisa pública. Mesmo porque não morro de amores por direito penal. Sou especialista em direito público."
DEVER
Nega que tenha certa aversão por advogados [ver página ao lado]. E nega também que tenha prazer em condenar, sem qualquer tipo de piedade em relação à pessoa que perderá a liberdade.
"É uma decisão muito dura. Mas é também um dever."
"O problema é que no Brasil não se condena", diz. "Estou no tribunal há sete anos, e esta é a segunda vez que temos que condenar. Então esse ato, para mim e para boa parte dos ministros do STF, ainda é muito recente."
Diante de centenas de grandes escândalos de corrupção no Brasil, e de só o mensalão do PT ter chegado ao final, é possível desconfiar que a máquina de investigação e punição só funcionou para este caso e agora será novamente desligada?
"Não acredito", diz Barbosa. "Haverá uma vigilância e uma cobrança maior do Supremo. Este julgamento tem potencial para proporcionar mudanças de cultura, política, jurídica. Alguma mudança certamente virá."
MEQUETREFE
O caso Collor, por exemplo, em que centenas de empresas foram acusadas de pagar propina para o tesoureiro do ex-presidente, chegou "desidratado" ao STF, diz o ministro. "Tinha um ex-presidente fora do jogo completamente. E, além dele, o quê? O PC, que era um mequetrefe."
O país estava "mais próximo do período da ditadura" e o Ministério Público tinha recém-conquistado autonomia, com a Constituição de 1988. Até 2001, parlamentares só eram processados no STF quando a Câmara autorizava. "Tudo é paulatino. Mas vivemos hoje num país diferente."
PONTO FINAL
Desde o começo do julgamento do mensalão, o ministro usa um escapulário pendurado no pescoço. "Presente de uma amiga", afirma.
Depois de flagrado cochilando nas primeiras sessões, passou a tomar guaraná em pó no começo da tarde.
Diz que não gosta de ser tratado como "herói" do julgamento. "Isso aí é consequência da falta de referências positivas no país. Daí a necessidade de se encontrar um herói. Mesmo que seja um anti-herói, como eu."

Do Maria Frô.
Posted: 08 Oct 2012 11:28 AM PDT


"Em plena temporada do mensalão, ex-presidente botou a cara em julgamento; destituiu candidatos, nomeou quem quis no PT e foi o maquinista do trem eleitoral do partido; ida de Fernando Haddad para o segundo turno em São Paulo, renovação apontada por Marcio Pochman em Campinas e massacre patrocinado por Luiz Marinho em São Bernardo mostram que ele só cresceu no maior Estado do País; derrotas em Belo Horizonte e Recife têm contrapeso nos bons desempenhos de seus candidatos em Curitiba e Manaus; PT tornou-se campeão nacional de votos, com 17,25 milhões contra 16,65 milhões do PMDB; Lula é ferro!

Brasil 247
"Os comentaristas conservadores podem torcer o nariz. Mais uma vez. Porém, com seu estilo intervencionista, atropelador e, sobretudo, corajoso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou de novo a força de sua popularidade. Registre-se, de saída, que ele sofreu derrotas pessoais em Recife, onde impôs Humberto Costa no lugar do prefeito que tinha chances de vitória João da Costa, e também em Belo Horizonte, capital mineira em que seu escolhido Patrus Ananias ciscou chegar, mas ficou na poeira da vitória em primeiro turno de Marcio Lacerda. Nos dois casos, Lula bateu de frente com dois dos mais fortes caciques regionais do País, o governador Eduardo Campos, em Pernambuco, e o senador Aécio Neves, em Minas. Deu torcida sobre o primeiro, mas passou longe de ameaçar o segundo. Mas alguém ousaria, ao menos, tentar?
Porém, o que dizer da alavancagem que Lula proporcionou ao ex-ministro Fernando Haddad, em São Paulo, outra de suas criticadas escolhas? Com praticamente zero por cento em dezembro, cravou 29% dos votos no domingo 7, ficando a um ponto do bicho-papão José Serra e olhando pelo retrivisor o azarão Celso Russomano. Carregado pela mão por Lula, Haddad, se caísse, arrastaria Lula para um bueiro de críticas. Ao passar para o segundo turno em condição de favoritismo, com 45% das intenções segundo o Instituto Datafolha, contra 39% de Serra, Haddad só não puxa o prestígio de Lula ainda mais para cima nas páginas da mídia tradicional. Na realidade, o ex-presidente consumou um prodígio de transferência de votos na maior e mais complexa cidade do País. Haddad é sua maior vitória, acima de todas as outras.
Em Campinas, com o ex-presidente do Ipea Márcio Pochmann, que as pesquisas davam por derrotado, Lula prosseguiu positivamente, agora na segundo maior cidade do Estado de São Paulo, em seu movimento de renovação do PT, carregando-o para talvez o mais improvável dos segundos turnos. Seu amigo pessoal Luiz Mari



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Francisco Almeida / (91)81003406

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