terça-feira, 23 de outubro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 22 Oct 2012 02:14 PM PDT

Por Davis Sena Filho Blog Palavra Livre

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A imprensa burguesa é como o gato: bebe leite, ronrona e dorme no colo do dono... Pergunte ao passarinho da gaiola o que ele acha de tal felino.

"A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço público, não espetáculo." (Alberto Dines)
       Suzana Singer*ombudsman da Folha de S. Paulo, repassou, no dia 15/12, críticas para o público interno da empresa jornalística. Tais críticas eram relativas à censura imposta pela diretoria da Folha durante dias ao não permitir a publicação de notícias sobre o livro do jornalista Amaury Ribeiro Júnior — "A Privataria Tucana" —, que em apenas quatro dias as livrarias venderam 30,5 mil exemplares, sendo que outros 50 mil estão prontos para sair do "forno".
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       Singer escreveu em seu relatório "Antes tarde do que nunca", em um quase desabafo, mas certamente alívio, no qual afirmou que "ainda bem que o jornal deu a notícia sobre o livro". Ela considerou ainda a matéria da página A11 da Folha correta e com o devido destaque, porém considera que o jornal não deveria encerrar o assunto porque a publicação do Amaury contém muitas pautas.
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        Como se observa, os jornais, as revistas e as televisões que compõem a velha imprensa privada e corporativa censuraram a "A Privataria Tucana", bem como boicotaram quaisquer publicidades do livro. Como existe a blogosfera, para o bem da sociedade brasileira, milhares de blogs considerados "sujos" pela grande mídia e pelas classes sociais privilegiadas furaram a censura imposta e, consequentemente, a vendagem do livro explodiu a tal ponto que não foi mais possível para a chamada grande imprensa não tocar no assunto ou fingir que o livro do Amaury não existia.

O tigre é igual à imprensa comercial, primeiro te abraça para depois morder seu pescoço.
       O livro não é uma publicação qualquer. Ele é fundamentado, com mais de cem páginas de documentos, todos "garimpados" pelo autor de forma legal, inclusive por meio de cartórios, em uma pesquisa que demandou tempo, dinheiro, dedicação e, sobretudo, paciência. Não é fácil escrever um livro dessa envergadura, que para ficar pronto levou 12 longos anos. O livro é uma espada afiada e por isso o deputado do PCdoB, Protógenes Queiroz, vai transformá-lo em uma CPI. O parlamentar informou que já conseguiu as 173 assinaturas exigidas para abrir a CPI da Privataria e, por conseguinte, investigar a privatização do patrimônio público brasileiro na era FHC, bem como convocar as pessoas que participaram de tal crime de lesa pátria.
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         FHC, José Serra, alguns de seus familiares, Ricardo Sérgio, Luis Carlos Mendonça de Barros, André Lara Resende, Elena Landau, Pedro Malan, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Daniel Dantas, Carlos Jereissati, dentre muitos homens e mulheres tem de dar satisfação à sociedade brasileira e principalmente ao povo trabalhador deste País. Não se pode alienar empresas públicas da grandeza da Vale do Rio Doce e da Telebras (somente para ficar nessas) a toque de caixa para atender os ditames e os interesses de governos e bancos estrangeiros e de parte corrupta da elite empresarial e politica brasileira. A CPI tem de ser criada e o líder do PT na Câmara dos Deputados, Cândido Vacarezza, não pode tergiversar sobre o assunto ou passar a mão na cabeça daqueles que venderam o Brasil na maior cara de pau e total insensatez e irresponsabilidade e que hoje vivem como nababos e paxás, a curtir a vida, como se nada tivesse acontecido.
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        Vacarezza afirmou que o PT e o Governo não olham pelo retrovisor. É o fim da picada a declaração do político. O Brasil tem, sim, de olhar pelo retrovisor para ter um futuro melhor. O Brasil tem de passar a limpo suas mazelas para que a sociedade viva em paz e com o sentimento de saber o que aconteceu. O cidadão contribuinte não pode ser tratado como incapaz ou desimportante porque certa autoridade assim o vê. Se é para ser assim, então é melhor para o cidadão brasileiro não pagar os impostos e também não votar. Acontece que contribuir com o estado e votar são ações obrigatórias e por isso também considero obrigatório que os representantes do povo e os servidores públicos pagos por este mesmo povo deem satisfações à cidadania brasileira. Questões como a dos desaparecidos políticos e a roubalheira que aconteceu por intermédio das privatizações devem ter publicidade, bem como tem de ser investigadas. Vacarezza: trate de olhar pelo retrovisor. É sua obrigação de parlamentar.
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        A ombudsman da Folha tem consciência que a grande e velha imprensa está delinquindo como delinquiram os tucanos "mauricinhos" emplumados e os demoníacos do DEM (o pior partido do mundo), porque, como sempre afirmei, a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) não tem compromisso com o povo brasileiro, com a Nação, com o País, com o Brasil. Tal imprensa tem compromisso apenas com o capital privado, com os interesses do mercado de capitais, com os juros altos, com os banqueiros e com os grandes barões da indústria, com o agronegócio de exportação e com o Departamento de Estado dos EUA, o mesmo que tem como principal estratégia diplomática o porrete.

Olha o barão da imprensa aí, gente. Ele adora se vestir com listras pretas e amarelas.
      Suzana Singer sabe que os barões da imprensa corporativa apoiaram a ditadura militar e dela se beneficiaram. Singer, deve saber, por exemplo, que o "velho" Octávio Frias de Oliveira, fundador da "Folha", emprestava os carros do jornal para os policiais do Dops, para carregar presos políticos, muitos deles torturados e depois mortos ou "desaparecidos". Alguns carros desse periódico de direita sofreram atentados (violentos), o que, sobremaneira, não engrandece e muito menos orgulha o jornalismo da elite econômica paulista e brasileira, que financiou a Operação Bandeirante (Oban), de triste memória, onde militavam com devoção o major e hoje coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra e o delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury, morto por afogamento em 1979.
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Todavia, voltemos à Folha. Suzana Singer faz questionamentos aos responsáveis pela redação do jornal, que eu mostro a seguir em itálico: Antes tarde do que nunca — "Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro A Privataria Tucana (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.
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Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm off-shores? Não deveríamos investigar e questioná-los? Já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.
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Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo de seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente Veja e Folha.
Teria sido bom editar um "acervo Folha conta a história da privatização" para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet – e da Record – de disseminar a tese do "PIG". E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.
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O Painel do Leitor só deu hoje [15/12] uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:
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1.ter um viés de defesa dos tucanos;
2. não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;
3. exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);
4. não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);
5. não ter citado que o livro está sendo bem vendido.
Com toda certeza, os grandes meios de comunicação que ainda não noticiaram ou meramente comentaram o livro A Privataria Tucana devem estar julgando que teria sido melhor a Folha de S. Paulo não ter publicado nada sobre o caso, a ter publicado o que publicou em sua edição de quinta-feira, dia 15".

A imprensa corporativa vê uma coisa e pinta outra completamente diferente.
       Há muitos anos eu questiono a velha imprensa comercial e privada. Não tem sentido a imprensa rica e de âmbito nacional se partidarizar e ocupar o espaço da oposição partidária e política, ou seja, fazer o contraponto ao governo sem, no entanto, ter sida eleita para isso e muito menos participar de direito do sistema político, mas sim de fato, inclusive com forte atuação nas eleições presidenciais desde 1989, sendo que a de 2010 a imprensa, as mídias empresariais puseram a mão na massa, e, juntamente com o candidato do PSDB, José Serra e seu staff, realizaram a campanha mais suja contra um adversário (Dilma/Lula) que eu vi em toda a minha vida.
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       A imprensa não se fez de rogada e, mesmo derrotada, não reconhece o voto popular e muito menos os avanços sociais e econômicos conquistados pelos brasileiros. Se uma pessoa desavisada chegar ao Brasil vai pensar, se depender da imprensa golpista, que o País está falido, tal qual a Grécia e outros países europeus. Afirmo e repito: os barões da imprensa são os empresários mais atrasados da sociedade. Eles estão aquém até mesmo dos ruralistas da UDR ou dos integralistas do tempo de Plínio Salgado ou dos evangélicos do Tea Party. Eles são realmente conservadores e detestam o Brasil, que o serve apenas como fonte de renda. Eles são a elite endinheirada e a nossa burguesia é colonizada, de passado escravocrata e tem um imenso complexo de vira-lata. A elite empresarial brasileira se recusa a pensar o Brasil..
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      Os barões aturam os tucanos paulistas (eles detestam o Aécio Neves) porque foi o que sobrou da direita, bem como os políticos do PSDB perceberam que poderiam ocupar o espaço que foi, um dia, da UDN e do PFL, porque o herdeiro da direita tupiniquim, o DEM, morreu, foi enterrado e ainda não sabe. Se vivessem no tempo da escravidão, certamente que seriam escravocratas. Os jornalistas responsáveis, com cargo de mando e empregados de confiança da oligarquia midiática estão a perder a credibilidade. Não se pode fazer jornalismo sem ouvir os dois lados, investigar, favorecer o contraditório e, o mais importante, não destruir reputações principalmente quando a moral de cidadãos é atacada por bandidos que na verdade não comprovaram nada, mas o estrago já está feito.
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     Jornalistas que pensam dessa forma chamam o jornalismo praticado atualmente pela grande imprensa (que vive também da publicidade, de concessões e de empréstimos públicos) de jornalismo de esgoto, de detrito de maré baixa, de reporcagem, com "C" mesmo, porque não é tolerável para a democracia e ao estado democrático de direito que empresários e profissionais de imprensa façam um jornalismo arrivista, contrário aos interesses da população e do País. Um jornalismo de crises intermináveis, diárias, a ser a maioria delas artificiais, baseadas em declarações, não filmadas, não documentadas e não gravadas. É a imprensa do jornalismo declaratório ao invés de ser de investigação.

Banda larga pública e barata livrará o povo do pensamento único do Partido da imprensa.
      Esses caras, os chefes e chefetes, fazem um jornalismo de péssima qualidade e que envergonha a maioria da categoria. Pode acreditar, leitor. Não pense que os jornalistas que aparecem nas telinhas e nas colunas dos jornais e revistas a fazer o jogo dos patrões são a maioria, porque não o são. Os sentimentos e as opiniões dessa classe profissional de trabalhadores que ganha mal, enfrenta perigos até mesmo de vida, não tem segurança no emprego e vive sob pressão nas redações são diametralmente opostos aos desses mauricinhos e patricinhas que fazem o jogo sujo e combatem governos trabalhistas sem titubear, porque o propósito é desqualificar, sangrar e se possível derrubar o mandatário que ousou não seguir a cartilha política e econômica dos bancos e do grande empresariado nacional e internacional. Por isso o ódio ao Lula, o desprezo disfarçado pela Dilma Rousseff e a tentativa de esquecimento de políticos trabalhistas da grandeza de Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola.
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       Alguns leitores ficam furibundos, furiosos comigo. Realmente tem alguns que perdem a razão. Tem leitores que me agridem com palavras fortes. Eu respondo a eles, porque sou democrata, sou jornalista e quero uma imprensa que faça jornalismo. Eu sempre aposto no debate. Sou de esquerda, socialista, trabalhista e nacionalista. É verdade. Mas nunca escondi a minha realidade, que me orgulha. Sou um dissidente do sistema midiático e o combato nesta tribuna que é o Blog Palavra Livre. Não tenho compromisso com o sistema de poder da imprensa empresarial, porém, tenho com o jornalismo, conforme acredito que ele deva ser. O faço com coragem e desprendimento. Não recebo para ser o que eu sou. Não trabalho para o Governo. Os editores do JB nunca me censuraram. Não vendo a minha consciência e a minha alma, pois luto pelas minhas ideias, convicções e crenças. O problema é que muitos desses leitores não conhecem os bastidores da imprensa e seu intricado jogo de poder e de interesses. Portanto, saibam que é dessa forma que continuarei a ser.
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Voltemos novamente à Folha. O livro "A Privataria Tucana" é para mim e para muitos de meus colegas dos blogs "sujos" um divisor de águas. Quando a imprensa se cala para censurar, esconder a publicação que estourou nas vendas, a velha imprensa mostra, sem deixar dúvidas, quem ela é, o que ela quer e o quê e a quem defende. É inquestionável essa realidade. O leite foi derramado e não tem como colocá-lo novamente no copo. Recusar-se a divulgar o livro do Amaury é um desserviço à Nação, porque o jornalista trata do dinheiro público, dos impostos do contribuinte e da autonomia e da independência do Brasil, porque quando o governo tucano vende uma estatal como a Vale do Rio Doce o estado se enfraquece e os recursos provenientes da empresa pública trocam de destino, porque vão para as mãos da iniciativa privada, que, como bem diz o nome, pertence a poucas pessoas e não ao País.
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Alguém pode argumentar que tal empresa pública vai ser cabide de emprego, vai favorecer a corrupção e por isso é bom vendê-la. Pois não é. Corrupção se combate e nepotismo também. Tanto é verdade que a Polícia Federal nunca prendeu tanto, nunca realizou tantas operações desde quando os governos trabalhistas de Lula e Dilma assumiram o poder. O Portal da Transparência foi implementado por Lula, onde qualquer pessoa pode ter acesso às contas do Governo. O presidente trabalhista foi republicano.
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Aliás, muitos dos escândalos e farsas promovidos artificialmente por essa imprensa burguesa e alienígena tiveram como fonte, acreditem, o Portal da Transparência, ferramenta esta que o Governo de São Paulo não tem e não oferece ao povo paulista, apesar de os tucanos estarem no poder há quase 20 anos. Os governantes do PSDB nunca foram republicanos. Eles venderam o País e o estado paulista. Então por que eles implementariam um portal? Por que a imprensa não cobra o portal dos governantes tucanos? Com a palavra, os jornalistas que trabalham nesses veículos hegemônicos de comunicação.

Para que contratar ombudsman? O Octavinho, dono da Folha, não a ouve...
Leitor, o que a Folha publicou contra a sua vontade não foi propriamente uma matéria. A intenção da Folha e dos responsáveis pelo texto noticioso foi defender o ex-governador José Serra, principal interlocutor da imprensa paulista. Serra não foi acusado pelo jornalista Amaury diretamente, mas seus parentes e alguns amigos ou aliados o foram. De acordo com o livro, essas pessoas se transformaram em proprietárias de empresas cujos capitais sociais são de milhões de reais, o que, sobremaneira, chama a atenção, até porque o Serra sempre foi político e não empresário.
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Para o Serra, a Folha "concedeu" o benefício da dúvida. Apelou para o contraditório e questionou o livro a exigir provas mais contundentes. Contudo, com os ministros Orlando Silva e Carlos Lupi o periódico passou a navalha na jugular deles, que não tiveram outra opção do que sair de seus ministérios. Estão também a tentar derrubar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que é do PT e não do PSDB. Pesos e medidas diferentes. Enfim, percebe-se, com clareza e exatidão, que a imprensa não está nem aí para a corrupção. Ela simplesmente não quer o PT e os trabalhistas no poder. O sistema midiático controlado por meia dúzia de famílias é a verdadeira oposição. E se puder dar um golpe o dará sem titubear.
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Entretanto, a imprensa é a imprensa e todo mundo sabe disso, até aqueles que acham que ela pratica o jornalismo e não o golpismo. Um colega meu disse: "o problema inaceitável é se a Justiça agir como a imprensa. Aí será preciso parar este país até que se chegue a um acordo sobre que tipo de democracia é essa em que estamos vivendo, na qual alguns, em tal situação, serão "mais iguais" do que outros perante a lei".
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O problema é que as elites brasileiras sempre contaram com o "bom" olhar da Justiça, que é também, há muito tempo, questionada pela sociedade civil brasileira. A moral e a ética da Folha de S. Paulo é indelevelmente seletiva. As palavras da ombudsman da Folha confirmam que a imprensa tem lado, e este lado é tucano. Por sua vez, ela me pareceu constrangida. É isso aí.
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Observações de Davis Sena Filho: Este texto foi escrito em dezembro de 2011. Em janeiro deste ano, a chefe de redação do Jornal do Brasil (JB) me enviou mensagem por e-mail na qual dizia que não seria mais possível eu continuar com o Blog Palavra Livre hospedado no JB. A resposta de tal editora só me foi dada depois de três dias de o Palavra Livre ter saído do ar. 
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O motivo pelo qual a diretoria do JB decidiu pela minha saída foi o seguinte: "meu perfil profissional não era adequado com a reforma editorial do jornal". Só que não houve reforma, além de eu ter sido o único blogueiro dos mais de 25 blogs hospedados no JB a ser censurado por questões ideológicas e políticas. E a chamada grande imprensa age com desfaçatez e denuncia que há tentativa de censura quando se fala em marco regulatório para o setor econômico midiático.
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Só que os empresários da imprensa de negócios privados censuram aqueles que não pensam como eles, que não defendem seus propósitos e seus interesses, bem como não toleram pensamentos dissonantes, antagônicos ou contrários aos deles, que, intolerantes, transformaram instrumentos e ferramentas de comunicação em agremiação política, o Partido da Imprensa, o de pensamento único e determinado a defender as causas das classes dominantes, dos empresários e até os interesses dos governos dos países considerados desenvolvidos.
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Os donos da imprensa burguesa são tão ideológicos e conservadores que não se importaram em afastar o blogueiro mais lido do JB, o blog mais acessado. Não importou, no meu caso, a acessibilidade que o Palavra Livre dava  ao jornal, pois acima de tudo está a questão ideológica e pragmática dos barões da imprensa, que agem dessa forma nos bastidores e em público se apresentam como os paladinos da democracia e da liberdade de expressão e de imprensa. Nada mais falacioso e hipócrita. 
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Este artigo sobre o jornalismo seletivo da Folha de S. Paulo e as considerações e críticas de sua ombudsman, Suzana Singer, denotam a realidade, o que acontece no mundo do jornalismo empresarial, sendo que a censura à minha pessoa é o maior e o melhor (ou pior?) exemplo e ratifica o que eu penso e escrevo há muito tempo sobre os meios de comunicação privados e hegemônicos, que lutam desde de sempre para atrasar e até mesmo impedir o desenvolvimento do povo brasileiro e a autonomia e independência do Brasil. É isso aí.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 22 Oct 2012 02:08 PM PDT
Posted: 22 Oct 2012 12:25 PM PDT

Hoje, segunda-feira (22), a presidenta Dilma participa do comício Vanessa Prefeita em Manaus.

O oponente tucano, Arthur Virgílio está se achando, de salto alto achando que já ganhou, só porque as pesquisas apontaram ele na frente. Assim como a eleição não está ganha em São Paulo, mesmo com Haddad com folga na frente, também não está ganha em Manaus.

Arthur Virgílio tornou-se um dos políticos mais inúteis da história do Brasil. Foi um péssimo prefeito, e péssimo senador. Tão inútil que gastou seu tempo como senador para fazer um pronunciamento de que daria uma "surra" no presidente Lula.

Em menos de dois anos de mandato como senadora, Vanessa já tem um trabalho e um desempenho muito melhor do que Virgilio teve no período equivalente:


A "grande obra" de Arthur Virgílio como senador foi ter obtido um "financiamento" para si do ex-diretor do senado Agaciel Maia, para pagar as despesas de passeio de toda a sua família em Paris. E também ter mantido como funcionário fantasma um assessor que morava na Espanha, recebendo um polpudo salário do Senado pago com dinheiro público.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 22 Oct 2012 12:19 PM PDT
Posted: 22 Oct 2012 11:15 AM PDT
O STF É UM COLEGIADO, MAS ......

O Ministro Joaquim Barbosa não tem 'recatos' ao discordar dos que votam pela absolvição de RÉUS ´por ele considerados culpados. Assim, de pé e quase que 'bufando" afrontou com deselegância e açodamento o voto da Ministra Rosa Weber e também da Ministra Carmem Lúcia, que quase se desmancha em desculpas perante o Relator para sustentar seu voto pela absolvição. Nesse momento quem vota é o Ministro Luiz Fux, que no melhor estilo "Rolando Lero", já avisou que vai 'demorar' apresentando seus argumentos. Fux acabou de citar a Universidade de Coimbra e a Doutrina dos casos Julgados. Ora excelência, por essa Doutrina, haveriam poucos réus condenados no presente caso.

Transcrito do Estadão.com - Cobertura On-Line


DIREITO GV – As ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia acompanham o ministro revisor Ricardo Lewandowski e absolvem os acusados do crime de quadrilha, por atipicidade da conduta. Para Weber, o crime de quadrilha exige a reunião estável e permanente com a finalidade de realizar uma série de crimes. A quadrilha se configura com o acerto de vontades visando a uma série indeterminada de delitos. Neste sentido, a ministra diferencia a quadrilha da associação criminosa. A associação consistente na união de três ou mais pessoas para o fim de cometer crimes, mas sem acordo prévio, configura concurso de agentes, mas não quadrilha.

15h32 – Luiz Fux toma a palavra. "O que se verifica até o momento não é uma controvérsia fática, é uma questão de direito".

15h30 – Ela afirma que os réus não se associaram estável e permanente. "Os encontros eram conjuunturais na busca de interesses privados. Entendi que não havia tipicidade do crime de quadrilha".

15h27 – Ela cita um outro julgamento do ex-deputado Natan Donadon, no qual os envolvidos chegaram ao poder para o cometimento do crime.

15h24 – Cármen Lúcia pede a palavra e pede vênia para antecipar o seu voto. "Acompanho o revisor (…) me parece que aqui, tal como foi afirmado pelo revisor e por Rosa Weber, a associação foi feita neste caso já se constitui de maneira voltada a estabilidade e permanência".

15h23 – "O 'terno e gravata' traz um desassossego ainda maior do que os realizados em crimes de sangue".

15h22 – Barbosa questiona o argumento de Rosa Weber de que uma quadrilha abala a paz social. "Usaram o dinheiro para quê? Comprar parlamentares, constituir base de apoio à base de dinheiro? Como isso não abala a paz social ?".

15h17 – Joaquim Barbosa toma a palavra. "Estou com a impressão que estamos caminhando para algo que eu denominaria uma exclusão sociológica com relação ao crime de formação de quadrilha (…) só praticam o crime quem faz os crimes sequestro, latrocínio, ou seja, crimes de sangue".

15h15 – Ela então absolve todos os réus deste item por atipicidade. "Não identifico em qualquer hipótese o dolo de criar ou participar de uma atuação autônoma com a prática de crimes indeterminados".
Postado por às 16:00Nenhum comentário: Links para esta postagem

Do 007BONDeblog.
Posted: 22 Oct 2012 11:09 AM PDT

O caso Soninha mostra a falta de transparência do governo de São Paulo



PAULO NOGUEIRA    
   
Quantos funcionários públicos não concursados como as filhas de Soninha são pagos pelo contribuinte paulista?
Queremos fazer um jornalismo diferente do que está aí. Melhor: faremos.
Um jornalismo que ajude o leitor a entender os fatos, no matter what, como gosta de dizer meu amigo Scott Moore.
Falo como editor, e como leitor também.
Fiquei confuso, ontem, quando meu irmão Kiko comentou comigo a fúria de Soninha contra Haddad. Bom jornalista que é, Kiko logo entendeu que havia ali um artigo a escrever.
Seu texto, aliado a comentários de leitores que como de hábito contribuíram para o debate, e aqui agradeço particularmente Frank, me fizeram ver o óbvio.
A partir disso tudo, fiz o que costumo fazer: pesquisei.
Bem.
Soninha tem interesse pessoal na permanência do PSDB no poder em São Paulo. Mãe e filhas têm bons empregos públicos no governo paulista conquistados sem concurso. Ela própria também tem vantagens concretas. Recebe dinheiro para participar de reuniões de diretoria na Cetesb, da qual é conselheira.
Falta aí, mais que tudo, transparência. O eleitorado tem que saber disso amplamente. O partido de Soninha apoia o PSDB. Pode ser que o apoio seja por convicções. Mas também pode ser por razões menos nobres. A transparência ajuda o cidadão a formar sua opinião.
E aí vou para a mídia. Caberia a ela trazer essa transparência ao tema. Isso foi parcialmente feito. Em minha pesquisa, vi que o Jornal da Tarde publicou há alguns meses uma reportagem de Fabio Leite sobre as relações profissionais de Soninha e família com o governo paulista.
Na reportagem, você lê que o governo justificou a contratação de uma filha de Soninha com sua fluência em várias línguas. O repórter descobriu, no site da USP, que não tem fluência em nenhuma.
O que fez a Folha de S. Paulo, por exemplo? Em minha pesquisa, e se estou enganado me avisem por favor, não encontrei uma única reportagem sobre um tema de grande interesse público no estado que ela carrega no nome.
Como paulista, pensei o seguinte. Quantos casos iguais aos de Soninha não existem no governo de São Paulo? Quantos empregos do mesmo gênero não são sustentados pelo contribuinte paulista? Essa é a famosa qualidade de gestão do PSDB, um partido no qual votei pela maior parte de minha vida adulta?
O assim chamado aparelhamento do estado pelo PT é citado ubiquamente pela mídia. O que é este caso senão um sinal de que o PSDB de São Paulo faz um aparelhamento a seu estilo, fora da vigilância da mídia que deveria funcionar como fiscal?
O Diário quer ajudar a trazer luz para os debates na sociedade brasileira. Má conduta no PT e no PSDB e onde mais for será tratada do mesmo modo, no interesse público.
A mídia tradicional está trazendo apenas a luz que lhe convém – e o Brasil merece muito mais que isso.
Título do Terror
Postado por às 10:42Nenhum comentário:

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 22 Oct 2012 10:46 AM PDT

http://goo.gl/4jFoN
http://painel.mec.gov.br/painel/mapas/mapaProInfancia/creche/creche/2012_2014

A propaganda enganosa de José Serra continua espalhando mentiras. Diz que a prefeitura de Kassab mandou um ofício ao MEC, manifestando interesse em creches.

Ora, haja incompetência. Ofício é apenas uma carta de intenções, mas os procedimentos necessários a prefeitura de Serra-Kassab não cumpriu.

É como se um cidadão quiser comprar uma casa própria e enviar uma carta para a Caixa Econômica Federal, sem se inscrever, sem preencher os formulários necessários com as informações obrigatórias. Não há meio de um financiamento ser aprovado desta forma.

Para se ter uma ideia da incompetência da dupla Serra-Kassab, e do tanto que esses dois são ruins de serviço, a cidade de São Paulo até hoje não concluiu a elaboração do Plano de Ações Articuladas. O Rio de Janeiro, metrópole de porte mais próximo de São Paulo, já tem. Cidades que ainda estão sob administração tucana, como São José dos Campos, também elaboraram. Não chega a ser nem algo para os prefeitos se vangloriarem. É apenas fazer o feijão com arroz, fazer o dever de casa.

Só a incompetência de Serra e Kassab e o desinteresse em governar também para a população mais pobre da cidade, pode explicar esse descaso com a educação pública.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 22 Oct 2012 10:43 AM PDT


Pelo apoio popular que Nelson Pelegrino (PT) tem conquistado a cada dia, pela vibração do comício em Cajazeiras na sexta-feira, parece que, pela primeira vez Salvador terá um prefeito que fará na cidade o mesmo que Lula fez no Brasil.

Dilma e Pelegrino mandaram bem no microfone, e que emocionante foi o discurso da vice Olívia Santana.

No programa eleitoral do Pelegrino ainda lembram que ACM Neto coloca depoimentos de Álvaro Dias, mas o tucano paranaense ofendeu a população mais pobre que precisa do Bolsa família.

No domingo, ao visitar o Bairro da Paz, comunidade que lutou muito para não ser removida pela turma do ACM quando o avô mandava e desmandava.

Recebidos pelos moradores de braços abertos dois velhos conhecidos do lugar, Pelegrino disse:

"É sempre um prazer estar aqui. Nós chegamos aqui sem GPS. Conhecemos como poucos a cidade de Salvador, temos uma história de luta com os soteropolitanos. Tenho certeza que ninguém viu o candidato do DEM andando por aqui sem ser em época eleitoral. Ele não tem história em Salvador. O lado de lá nunca fez nada pelo Bairro da Paz, pois sempre tiveram a esperança de arrancar os moradores daqui e entregar a região ao mercado imobiliário", afirmou.

Olívia lembrou que o oponente ACM Neto, aparece em propaganda na época da eleição dizendo que trabalhará para a população mais carente. Como? Se ele nunca trabalhou na vida.

"Eles não sabem o que o povo passa. Eles não tem a menor ideia. Foram criados em playground e com bastante danoninho. ACM Neto nunca teve a carteira de trabalho assinada. Quando ele atingiu uma certa idade, seu avô lhe deu um tapinha nas costas e disse que aquela era hora de virar deputado federal. Este é o lado que está dizendo ter capacidade para governar Salvador", finalizou Olívia Santana. (Com informações do soupelegrino13.com.br)
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 22 Oct 2012 07:31 AM PDT
Uma noite em 67
Era 21 de outubro de 1967. No Teatro Paramount, centro de São Paulo, acontecia a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Diante de uma plateia fervorosa - disposta a aplaudir ou vaiar com igual intensidade -, alguns dos artistas hoje considerados de importância fundamental para a MPB se revezavam no palco para competir entre si. As canções se tornariam emblemáticas, mas até aquele momento permaneciam inéditas. Entre os 12 finalistas, Chico Buarque e o MPB 4 vinham com "Roda Viva"; Caetano Veloso, com "Alegria, Alegria"'; Gilberto Gil e os Mutantes, com "Domingo no Parque"; Edu Lobo, com "Ponteio"; Roberto Carlos, com o samba "Maria, Carnaval e Cinzas"; e Sérgio Ricardo, com "Beto Bom de Bola". A briga tinha tudo para ser boa. E foi. Entrou para a história dos festivais, da música popular e da cultura do País.
"É naquele momento que o Tropicalismo explode, a MPB racha, Caetano e Gil se tornam ídolos instantâneos, e se confrontam as diversas correntes musicais e políticas da época", resume o produtor musical, escritor e compositor Nelson Motta. O Festival de 1967 teve o seu ápice naquela noite. Uma noite que se notabilizou não só pelas revoluções artísticas, mas também por alguns dramas bem peculiares, em um período de grandes tensões e expectativas. Foi naquele dia, por exemplo, que Sérgio Ricardo selou seu destino artístico ao quebrar o violão e atirá-lo à plateia depois de ser duramente vaiado pela canção "Beto Bom de Bola".
O documentário Uma Noite em 67, dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, mostra os elementos que transformaram aquela final de festival no clímax da produção musical dos anos 60 no Brasil. Para tanto, o filme resgata imagens históricas e traz depoimentos inéditos dos principais personagens: Chico, Caetano, Roberto, Gil, Edu e Sérgio Ricardo. Além deles, algumas testemunhas privilegiadas da festa/batalha, como o jornalista Sérgio Cabral (um dos jurados) e o produtor Solano Ribeiro, partilham suas memórias de uma noite inesquecível.

Do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 22 Oct 2012 03:28 AM PDT



A provável derrota de José Serra, para a prefeitura de São Paulo, derrotado pelo adversário Fernando Haddad e pelos seus próprios índices de rejeição, marca simbolicamente o fim de uma era, a dele e de seu padrinho FHC.
A grande questão pela frente é sobre quais bases se sustentará a política brasileira, o partido da situação e a oposição.
***
Nenhum partido que se pretende hegemônico, disputando o poder, se constrói a partir do vazio de propostas. Os alicerces, a base central são um conjunto de ideias sobre as quais se assentarão as primeiras lideranças, os primeiros quadros, as primeiras bases sociais para depois se expandir pelo país.
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Desde o século passado, na política brasileira, a formação de ideias políticas se dava a partir dos grandes movimentos ocidentais, as grandes ondas ora pendendo para o liberalismo financeiro, ora para a maior participação do Estado.
Competia aos líderes políticos nacionais farejar os ventos externos e adaptá-los aos movimentos internos, geradores de um pensamento autônomo.
Embora fundamentalmente intuitivo, JK não prescindia do arcabouço teórico dos nacionalistas do ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros).
No final dos anos 80, Fernando Collor assimilou os conceitos do tatcherismo, trouxe um discurso liberalizante mas temperado com conceitos desenvolvidos internamente – desde a teoria da "integração competitiva", de Júlio Mourão, aos princípios de gestão e inovação.
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Quando FHC assumiu o poder, o PSDB dispunha dos seus isebianos, um conjunto de pensadores capazes de dar racionalidade aos rumos da liberalização.
Tudo foi deixado de lado pela falta de vontade crônica de FHC de costurar um pensamento autônomo sequer, de adaptar os princípios do neoliberalismo às condições brasileiras, de perceber os ventos que sopravam os coqueiros daqui, não as nogueiras de lá.
Tivesse um mínimo de sensibilidade em relação ao mundo real brasileiro, teria percebido a importância da inclusão social, não apenas como objetivo de governo mas como projeto de país.
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Nos próximos anos, o PT continuará surfando nas ondas da inclusão e da redução das desigualdades. Como lembrou André Singer, em seus estudos sobre o lulismo, trata-se de uma tendência irreversível, duradoura, a ser abraçada por qualquer partido que ambicione o poder, seja o PT ou outro que vier.
Com Dilma Rousseff, à bandeira da inclusão somaram-se as da gestão e do desenvolvimentismo – mais duas bandeiras deixadas de lado pelo PSDB, preso ao discurso monocórdico das privatizações de FHC.
***
Qual será o desenho, então, da oposição? Nos últimos anos, FHC e especialmente Serra, limitaram-se a entrar na onda do rancor, do negativismo, refletindo a posição de alguns articulistas.
É bem provável que, depois da radicalização liberalizante de FHC, o pêndulo da economia volte-se cada vez mais para o intervencionismo estatal da nova era. Como em todo movimento pendular, no início obedece a demandas racionais e legítimas. Depois, cria sua própria lógica e vira o fio.
É possível que em um futuro distante, uma das bandeiras da oposição possa voltar a ser a redução do papel do Estado.
No entanto, a discussão sobre o papel do Estado não pode estar divorciada da discussão maior: a busca do bem estar dos cidadãos e a ampliação da inclusão social.
O neoconservadorismo - 1
Os conservadores autênticos sempre amarraram o tema redução do Estado ao da promoção da igualdade de oportunidades. Ocorre que a crítica ao Estado – formulada pelo pensamento neoconservador que se apossou da mídia – vem acompanhada de um discurso deplorável contra qualquer forma de inclusão social, de políticas igualitárias. Com isso tirou toda a legitimidade, restringiu o discurso no cercadinho da intolerância.
O neoconservadorismo – 2
Políticas sociais brasileiras – Bolsa Família, Prouni, Luz para Todos – são incensadas internacionalmente. Tornaram-se um contraponto à falta de sensibilidade social do neoliberalismo. Principalmente porque deixam a opção de gastar o dinheiro (ou escolher a Faculdade) para o próprio beneficiário, sem interferência do Estado. Esse tipo de política sempre foi bandeira liberal. Não por aqui, com trogloditas políticos.
O neoconservadorismo – 3
No novo quadro político brasileiro haverá espaço para um partido conservador, mas que não ambicione disputar poder. E esse partido não será o PSDB. Ao longo de sua história política, a atual cara mais visível do PSDB – Serra – comportou-se com um oportunismo que o tornou alvo de desconfianças gerais, à esquerda e à direita, e afastou do partido toda uma nova geração de intelectuais.
O neoconservadorismo – 4
Dias atrás FHC criticou-o por supostamente ter jogado o PSDB no conservadorismo do pastor Malafaia e companhia. Na fase inicial da intolerância religiosa e política, o próprio FHC estimulou essa radicalização. Serra nunca teve fôlego intelectual para montar um conjunto articulado de princípios-guia. Essa tarefa cabia a FHC. Mas seu tempo político passou.
A nova oposição
Agora, há duas lideranças despontando, Aécio Neves e Eduardo Campos, governador de Pernambuco. Aécio não disse a que veio, sequer demonstra vontade política de abdicar dos prazeres da vida. Campos tem se mostrado o melhor governador da atual safra. Em caso de desgaste na agenda petista, seria uma alternativa presidencial (provavelmente em 2020), mas preservando os princípios originais do lulismo.
Ventos externos
Restaria aguardar por ventos externos. Mas internacionalmente assiste-se aos estertores do neoliberalismo, com políticas antipopulares, economicamente desastrosas, sendo impostas goela abaixo dos países europeus. Para a falta de ideias de FHC, não haverá 7º de Cavalaria que o salve dos ataques indígenas. Assim, só restará o esperneio da intolerância reiterada e politicamente suicida.
Luis Nassif
No Advivo


Posted: 22 Oct 2012 03:24 AM PDT

Do Brasil 247 - 21 de Outubro de 2012 às 09:58

Folhapress

Colunista aponta que, entre 1997 e 2011, quintuplicou a presença de negros e pardos nas universidades; ao todo, 12,8 milhões de jovens
247 – Ao contrário dos que apontam o fracasso de programas como o ProUni, o jornalista Elio Gaspari, colunista do Globo e da Folha, levanta dados que apontam na direção contrária. Leia:

ELIO GASPARI
Um sucesso para ninguém botar defeito
De 1997 a 2011, quintuplicou o número de negros e pardos nas universidades
A notícia pareceu uma simples estatística: entre 1997 e 2011, quintuplicou a percentagem de negros e pardos que cursam ou concluíram o curso superior, indo de 4% para 19,8%. Em números brutos, foram 12,8 milhões de jovens de 18 a 24 anos.

Isso aconteceu pela conjunção de duas iniciativas: restabelecimento do valor da moeda, ocorrido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, e as políticas de ação afirmativa desencadeadas por Lula.

Poucos países do mundo conseguiram resultado semelhante em tão pouco tempo. Para ter uma ideia do tamanho dessa conquista, em 2011 a percentagem de afrodescendentes matriculados em universidades americanas chegou a 13,8%, 3 milhões em números brutos. Isso depois de meio século de lutas e leis.

Em 1957, estudantes negros entraram na escola de Little Rock escoltados pela 101ª Divisão de Paraquedistas.

Pindorama ainda tem muito chão pela frente, pois seus negros e pardos formam 50,6% da sua população e nos Estados Unidos são 13%.

O percentual de 1997 retratava um Brasil que precisava mudar. O de 2011, uma sociedade que está mudando, para melhor. Por trás desse êxito estão políticas de cotas ou estímulos nas universidades públicas e no ProUni.

Em seis anos, o ProUni matriculou mais de 1 milhão jovens do andar de baixo, brancos, pardos, negros ou índios. Deles, 265 mil já se formaram. Novamente, convém ver o que esse número significa: em 1944, quando a sociedade americana não sabia o que fazer com milhões de soldados que combatiam na Europa e no Pacífico, o presidente Franklin Roosevelt criou a GI-Bill.

Ela dava a todos os soldados uma bolsa integral nas universidades que viessem a aceitá-los. Em cinco anos, a GI-Bill matriculou 2 milhões de jovens. Hoje entende-se que a iniciativa foi a base da nova classe média americana e há estudiosos que veem nela o programa de maior alcance social das reformas de Roosevelt.
 .

Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 22 Oct 2012 03:15 AM PDT


Rodolpho Motta Lima, Direto da Redação

"Os grandes jornais e revistas brasileiros – "grandes" no sentido do quase monopólio que imprimem ao processo de informação entre nós – andam agitados, repercutindo as críticas da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que , com a desculpa fácil da liberdade de expressão, na realidade busca opor-se a qualquer controle dos meios de informação, esquecendo convenientemente, na sua linha argumentativa, que os marcos regulatórios nesse campo existem na maioria dos países do chamado mundo desenvolvido.
Em princípio, é inatacável a tese de que um país livre exige uma imprensa livre. Mas a imprensa só pode ser digna de ostentar esse rótulo se os seus donos propiciarem a verdadeira liberdade de informar, se estimularem o trânsito de todas as ideias , se realmente instituírem o contraditório como princípio maior das suas atividades de órgão formador da opinião pública. Mas...será que é isso mesmo que acontece na grande mídia nacional? Estarão os brasileiros tendo acesso igualitário a todos os ângulos dos fatos noticiados?
A mais insignificante das amebas, se tivesse um dom mínimo de raciocínio, perceberia que a mídia hegemônica , no Brasil, praticamente fala sozinha, faz e desfaz verdades e assume, de modo tão conveniente quanto oportunista , a postura de um verdadeiro partido político de oposição. Não por acaso, ganhou em muitos sites da internet a sugestiva sigla de PIG (Partido da Imprensa Golpista). Não é um apelido destituído de razão ou fruto , como se quer fazer crer, do sectarismo de esquerdistas, petistas, lulistas , comunistas e outros rótulos usados para desqualificar os que criticam esse panorama pouco ou nada democrático por onde circula a informação. Que brasileiro desconhece , por exemplo,nas Organizações Globo, a fragrante e permanente disposição de desqualificar os últimos Governos, para inviabilizar os projetos de alcance popular que contrariam os interesses dos elitistas de sempre? Basta acompanhar as pautas de seus jornais, emissoras de rádio e tevê, para perceber a eleição constante, monocórdia, de temas destinados a desestabilizar o Governo (este Governo atual, entenda-se, porque houve outros, em outras épocas, que mereceram os entusiásticos apoios globais, como os da ditadura e os do recente neoliberalismo)."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 22:320 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 22 Oct 2012 03:11 AM PDT


O caso Soninha mostra a falta de transparência do governo de São Paulo


Queremos fazer um jornalismo diferente do que está aí. Melhor: faremos.

Um jornalismo que ajude o leitor a entender os fatos, no matter what, como gosta de dizer meu amigo Scott Moore.

Falo como editor, e como leitor também.

Fiquei confuso, ontem, quando meu irmão Kiko comentou comigo a fúria de Soninha contra Haddad. Bom jornalista que é, Kiko logo entendeu que havia ali um artigo a escrever.

Seu texto, aliado a comentários de leitores que como de hábito contribuíram para o debate, e aqui agradeço particularmente Frank, me fizeram ver o óbvio.

A partir disso tudo, fiz o que costumo fazer: pesquisei.

Bem.

Soninha tem interesse pessoal na permanência do PSDB no poder em São Paulo. Mãe e filhas têm bons empregos públicos no governo paulista conquistados sem concurso. Ela própria também tem vantagens concretas. Recebe dinheiro para participar de reuniões de diretoria na Cetesb, da qual é conselheira.

Falta aí, mais que tudo, transparência. O eleitorado tem que saber disso amplamente. O partido de Soninha apoia o PSDB. Pode ser que o apoio seja por convicções. Mas também pode ser por razões menos nobres. A transparência ajuda o cidadão a formar sua opinião.

E aí vou para a mídia. Caberia a ela trazer essa transparência ao tema. Isso foi parcialmente feito. Em minha pesquisa, vi que o Jornal da Tarde publicou há alguns meses uma reportagem de Fabio Leite sobre as relações profissionais de Soninha e família com o governo paulista.

Na reportagem, você lê que o governo justificou a contratação de uma filha de Soninha com sua fluência em várias línguas. O repórter descobriu, no site da USP, que não tem fluência em nenhuma.

O que fez a Folha de S. Paulo, por exemplo? Em minha pesquisa, e se estou enganado me avisem por favor, não encontrei uma única reportagem sobre um tema de grande interesse público no estado que ela carrega no nome.

Como paulista, pensei o seguinte. Quantos casos iguais aos de Soninha não existem no governo de São Paulo? Quantos empregos do mesmo gênero não são sustentados pelo contribuinte paulista? Essa é a famosa qualidade de gestão do PSDB, um partido no qual votei pela maior parte de minha vida adulta?

O assim chamado aparelhamento do estado pelo PT é citado ubiquamente pela mídia. O que é este caso senão um sinal de que o PSDB de São Paulo faz um aparelhamento a seu estilo, fora da vigilância da mídia que deveria funcionar como fiscal?

O Diário quer ajudar a trazer luz para os debates na sociedade brasileira. Má conduta no PT e no PSDB e onde mais for será tratada do mesmo modo, no interesse público.

A mídia tradicional está trazendo apenas a luz que lhe convém – e o Brasil merece muito mais que isso.


De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:440 comentários 
Também do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 22 Oct 2012 03:07 AM PDT

Nesta semana, chega às bancas a revista Retrato do Brasil que traz como reportagem de capa o material intitulado "A vertigem do Supremo", noticiou Elio Gaspari, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo. A publicação é dirigida pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, e afirma que os ministros do Supremo Tribunal Federal "deliraram" ao aceitar a tese apresentada pelo Ministério Público de que houve desvio de R$ 76,8 milhões do Banco do Brasil para o chamado mensalão. 
Gaspari ressalta que Pereira tem mais de 40 anos de carreira e "obsessões investigativas", que já contrariou a "sabedoria convencional" em duas ocasiões. "Há dois anos, provou que o banqueiro Daniel Dantas foi satanizado pelo delegado Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha. Nenhum dos fatos que mencionou foi desmentido." A publicação disponibilizará, em seu site, 108 documentos que corroboram com a tese de Pereira.
Pereira é co-autor do livro A outra tese do mensalão, escrito em parceria com Antonio Carlos Queiroz e Lia Imanishi. A publicação, lançada no início de 2012 dá um panorama do caso, explorando temas como as disputas eleitorais, escândalos, corrupção e o caixa dois desde as eleições de 1989 até a CPI do Cachoeira. O livro também investiga o financiamento de campanhas tucanas, a CPI do Banestado, os paraísos fiscais, as agências de publicidade, bancos, dívidas e acordos partidários.
O livro rejeita com documentos e declarações a tese que caracteriza o chamado mensalão: a de que o esquema foi montado pelo ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para comprar apoio político de deputados no Congresso. Em artigo publicado pelo site Brasil 247, os editores Armando Sartori, Marcos Heleno Fernandes Montenegro, Sérgio Miranda, Raimundo Rodrigues Pereira e Roberto Davis explicam o argumento: "O crime é, até o momento, uma criação política. Não existe, nos autos, prova de que, no final de 2002, José Dirceu tenha assumido o comando de um bando".
Por meio de reportagens, o livro também traz a cobertura da mídia sobre o mensalão: diversas passagens que não apareceram nos jornais são relembradas pelos autores, evidenciando o papel partidário assumido pelos grandes meios de comunicação brasileiros.
Impressiona, na publicação, a quantidade de fatos que ligam Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a diversos escândalos políticos do país, envolvendo tucanos, petistas e filiados ao DEM.

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 20:470 comentários 

Do Blog TERRA BRASILIS.
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