quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 22 Aug 2012 04:02 PM PDT



As lutas de classes não se detêm às portas dos "jornais".
Cada dia mais medíocre, mais corrupto e mais servil é isso o que chamam "jornalismo" nas empresas mercantilistas de "notícias" ou "informação", constitui hoje uma das máquinas de guerra ideológica capitalistas mais degenerada.
Sua degeneração é seu fracasso e ao mesmo tempo sua delação.
Sua própria definição já está distorcida, pois quando deveria servir para orientar a sociedade, na realidade, não passa de um negócio para desorientar.
Não é "jornalismo" a mercantilização da notícia. Ainda que a idéia perversa se tenha instalado de que somente o que vende jornal é a informação e com isto se criou cátedras, pós-graduação e especialidades... Ainda que reine na cabeça de muitos a idéia de que "jornalismo" é a arte mercenária de vender a caneta pelo melhor preço... ainda que prevaleça o critério devocional de quem um jornalista é um comerciante de confiabilidade... E ainda que se martele com a falácia de que o jornalismo é a arte demagógica da "objetividade" burguesa...
O certo é que o que chamam e praticam de "jornalismo" nas empresas, nada mais é, que uma mercadoria submetida às piores leis do capitalismo. E disto sabem muito bem, aqueles que nelas trabalham.
Os fatos que geram a vida social, econômica, política, artística, cultural... A partir de seu motor histórico que é a luta de classes, não podem ser privatizados por nenhuma manobra comercial ainda que esta seja capaz de convertê-los, segundo seus interesses, em "informação" ou "notícia". Os fatos cotidianos (ocorram quando ocorram) produtos das relações sociais, até hoje divididas em classes, além de requerer registros e análises científicas, exigem capacidade de um relato esclarecedor, criativo e emancipador, para contribuir para elevar o nível da consciência coletiva inclusive na resolução de problemas individuais.
A tarefa de produzir análise e informação jornalística além de ser uma práxis ética cotidiana, deve ser um trabalho organizado para a transformação do mundo.
Assim o exercitou o próprio John Reed (biografia)
Filme sobre John Reed 'Reds' (dublado)
Nas empresas que fizeram da informação uma mercadoria caprichosa e desleal com a verdade, o trabalho dos "jornalistas" foi deformado até a ignomínia da escravidão do pensamento e a exploração de pessoas obrigadas a trair a consciência (individual e coletiva) sobre a realidade.
Vivemos diariamente um desfalque informativo contra todo o senso comum e se humilha a inteligência dos trabalhadores da informação os submetendo aos princípios e fins empresariais a cada dia mais medíocres, corruptos e mafiosos.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) conhece bem esta história.
Nas escolas não são poucas as tendências empenhadas em "formar" mão de obra barata, gentil e acrítica disposta a anular-se, com o disfarce academicista, às condições trabalhistas mais aberrantes em troca de ilusões da fama burguesa, prestígio de mercadores e claro, rentabilidade de cúmplices muito criativos ao ponto de inviabilizar as verdades mais duras, criminalizar àqueles que lutam por emancipar-se e assegurar as vendas dos "informativos".
Títulos universitários de "jornalista" amasiados com o capitalismo e seus ódios, assim sendo necessário mentir, caluniar ou matar. Para as teles, web, rádios... aos impressos.
Dignificar o trabalho do "jornalista" é uma meta social enorme que não se resolve somente de maneira "gremista", nem somente com "educação de excelência", nem somente com "boa vontade". Trata-se de uma profissão, um ofício e uma tarefa políticas... afundam no pântano da guerra ideológica e na guerra midiática burguesa.
Dignificar a definição e a função de jornalista compreende fatores muito diversos que partem da base concreta de lutar contra o trabalho alienado e contra as condições de insalubridade ideológica extrema em que, sob o capitalismo, se desenvolve.
Dignificar o trabalho jornalístico implica empreender, diariamente, uma revolução de consciência e ação que devolva à produção informativa sua alma socialista e seu poder como ferramenta emancipadora de consciências... implica portanto devolver ao "jornalismo" suas bússolas e suas responsabilidades no caminho da revolução.
Isso implica exigências programáticas, organizativas e disciplinares cuja base é a luta de classes e cuja práxis deve andar ao lado das lutas emancipadoras da classe trabalhadora.
Já basta de que qualquer palhaço capaz de publicar, sob qualquer método e meio, suas canalhices se faça chamar "jornalista" ao custo de degenerar a verdade que é de todos.
Freá-los em seco, implica desenvolvimento científico e político para conquistar um poder profissional e militante capaz de colocar-se ao serviço da classe que emancipará a humanidade. Esse é seu melhor lugar. Isso implica impulsionar escolas novas, estilos novos, sintaxe, comunicação e consciência revolucionárias. Isso implica impulsionar gerações novas de trabalhadores do jornalismo emancipados da lógica do mercado informativo. Nada menos.
Agora que estamos enojados pela desfaçatez e pela impunidade com que exibem suas canalhices de forma onipresente os amos e seus servos "jornalísticos", temos que nos fortalecer para combatê-los.
Agora que a náusea nos sacode e a irracionalidade do mercado informativo se torna comando golpista e magnicida, no mundo inteiro, é preciso nos organizar de maneira democrática, plural e combativa.
Agora que se desdobram as acometidas mais ferozes das máfias comerciais que vendem "jornais" contra a verdade dos povos em luta e contra suas conquistas mais importantes... nós requeremos a unidade e a ação organizada e a partir da base como causa ética suprema.
Agora que se aliam as máfias midiáticas e formam seu exército de "jornalistas" para nos bombardear com mísseis de injúrias e mentiras...nós devemos fazer do "jornalismo" uma frente rigorosa em seus princípios e adaptável em sua organização para somarmos abertamente a todas as forças da comunicação emancipadora onde se propicie colaboração revolucionária irrestrita. Ao menos.
Assim, isso que chamam "jornalismo" deixará de ser, rapidamente, reduto de farsantes mercenários doentes consuetudinários (fundados no uso, no costume, na prática) da mentira para converterem-se, de uma vez por todas, em ferramenta criativa da verdade a serviço da Revolução.
E já há muitos trabalhadores que avançam nesta rota.
Diariamente.
Dr. Fernando Buen Abad Domínguez, Rebelión/Universidad de la Filosofía/Escuela de Cuadros para la Comunicación Emancipadora
No SOA-Brasil
Posted: 22 Aug 2012 02:50 PM PDT



Hoje, 22 de Agosto de 2012, completam-se 36 anos do misterioso acidente automobilístico que matou nosso presidente "Bossa Nova". Republico uma crônica, escrita em 2009, em que traço um paralelo entre as figuras humanas de JK e Lula, bem como suas conturbadas relações com a imprensa.

O dom de irradiar esperança – JK, Lula e a imprensa

- Não posso deixar de dedicar este artigo, com esta temática política tão especial, ao meu mestre e amigo Gilson Caroni Filho. Assim, faço jus a quem irradiou em mim o gosto por analisar a mídia e o encantamento pelas ciências políticas.
Por Ana Helena Tavares
Inúmeras já foram as vezes que Lula se comparou a JK. "Não acredito em quem não tem objetivos, não tem projetos, não sonha alto. Eu acredito em gente como Juscelino", declarou Lula a Claudio Bojunga para o livro "JK – O Artista do Impossível".
Incontáveis são as vezes que Lula é atacado por conta desta comparação. "Quando vejo o Lula se comparar com Deus, todo poderoso, não me importo. Quando o vejo se comparar a Getúlio Vargas, também não dou muita importância. Mas eu realmente saio do sério quando vejo o apedeuta (ignorante, pessoa sem instrução) querer se comparar ao JK.", já chegaram a dizer em um dos milhões de blogs espalhados pela rede. Ora, por que esta comparação tira tanta gente do sério?
Será então porque JK era médico e Lula largou cedo os estudos regulares? Francamente! Como são apedeutas os que pensam assim! Principalmente aqueles que gostam de se colocar na posição de "deuses", acima dos "meros mortais", usando palavras como "apedeuta" e achando que é isso que vai mostrar alguma coisa nessa vida. Senão vejamos… Os EUA que o digam… George Bush ostenta diploma de historiador (vejam isso…) e Abraham Lincoln (considerado um dos maiores presidentes dos EUA) jamais cursou escolas regulares. Será que restam dúvidas de que não é isso que influencia?
Que a ascensão à presidência de uma pessoa como Lula incomoda a muitos, nós sabemos. Só o fato de aquele retirante estar lá no Planalto já enfurece muita gente, é de se entender que fiquem mais enfurecidos ainda quando aquele ousado retirante se compara ao "Dr. JK". Só que JK ganhou a simpatia da história não porque se achava um "Dr.", mas pelas vezes que sentou-se numa roda de violão cantando que o "peixe vivo não pode viver fora da água fria".
Explico-me: talvez ele não tenha sido uma figura de grande carisma em sua época, haja visto que foi certamente um dos presidentes mais surrados pela imprensa e é óbvio que isso levava uma fatia da opinião pública a atacá-lo também. Mas a história o acolheu, não só por todas as realizações de seu governo, mas acredito até que principalmente pela fantástica figura humana que ele era. Títulos como o de "Presidente Bossa Nova" não me deixam mentir. Fenômeno semelhante ocorre com Lula.
Possivelmente, entre as classes mais baixas, Lula tenha um apelo carismático bem maior que o de JK, mas, de um modo geral, ele representa uma "bossa (coisa) nova". Novidade boa pra quem pensa no futuro do país. Ameaça pras elites conservadoras e antiquadas. Assim era JK. Assim é Lula. Figuras humanas com o dom de irradiar esperança por onde passam. E isso dói nos olhos mais amargos.
Em 2008, durante comemoração pelos 106 anos de JK (caso estivesse vivo), Lula afirmou: "A história, como Deus escreve certo por linhas tortas, precisou de algumas décadas para fazer Justiça ao que representou Kubitschek para o nosso país". Como aconteceu com JK, restará à história o papel de relatar com fidelidade todos os avanços do governo Lula. E não tenho dúvida de que ela o fará. Isso porque a imprensa que, como me disse em entrevista o jornalista Alberto Dines, deveria ser sinônimo de "história instantânea", infelizmente, tem jogado no lixo essa nobre função.
Curioso e interessante contar que, pouco depois do encerramento de seu mandato como presidente da República, na noite de 21 de janeiro de 1961, JK foi recebido com toda pompa e circunstância na sede da ABI por aquela mesma imprensa que havia passado cinco anos bombardeando seu governo e seu caráter e que, naquela ocasião, oferecia em sua homenagem um farto banquete.
Na "Revista Brasileira de História" há um vasto estudo sobre o assunto, realizado pela cientista política Flávia Biroli, intitulado "Liberdade de Imprensa: margens e definições para a democracia durante o governo de JK". No estudo, verificamos que era uma relação problemática, porém, pacífica. Ou seja, se a imprensa criticava de forma tão dura é porque tinha liberdade pra isso. O título de uma das matérias que, na época, cobriu o evento ao qual JK foi à ABI dizia: "O adeus com mágoa de JK". Ao mesmo tempo, porém, naquele final de governo, os jornalistas pareciam profundamente agradecidos por aqueles anos de liberdade.
Sentimento resumido nas palavras de Herbert Moses, então presidente da ABI, que fez mea-culpa, assumindo excessos, exageros e injustiças da imprensa: "O governo Kubitschek não foi apenas um período de trabalho intenso, de dinamismo administrativo, de desenvolvimento apaixonado: foi também o governo em que a imprensa pôde usar mais livremente os seus direitos. A imprensa opinou livremente, informou livremente, criticou livremente. Muitas críticas teriam sido exageradas, muitas excessivas, muitas injustas, com certeza. Mas exageradas ou excessivas ou injustas, puderam ser formuladas, tiveram livre curso, não tiveram sanções."
Fico imaginando um banquete desses, ao final do governo Lula, e acho que, de ambos os lados, os sentimentos não se fariam diferentes. Lula tem uma centena de motivos totalmente palpáveis pra se dizer magoado com a imprensa. A imprensa, por sua vez, não tem um motivo sequer pra reclamar de Lula quanto a qualquer tipo de censura. Seria no mínimo interessante um banquete desses reunindo Civitas, Frias e Marinhos… Haja mea-culpa!
O grande mérito de quem é ofendido está em não perder a cabeça. Temos aí mais um ponto em comum entre os dois presidentes. Certa vez, Lula disse: "Poucos políticos foram tão achincalhados, tão agredidos verbalmente, tão ofendidos como Juscelino Kubitschek. Entretanto, esse homem nunca levantou a voz nem perdeu a responsabilidade com o país."
Quem não enxerga a responsabilidade de Lula com o Brasil, que o julga um aventureiro, oportunista, ou coisas do tipo, só pode ser cego. "Devemos seguir o exemplo de Juscelino Kubitschek, que soube transformar seus sonhos em conquistas e benefícios para o Brasil.", disse Lula em almoço oferecido ao primeiro-ministro da República Tcheca, em Março de 2006. Essas não são palavras ao vento. O espírito empreendedor de JK está sim presente no presidente Lula. Transformar sonhos em realidade faz parte de sua história de vida. É claro que com o seu governo não iria ser diferente.
Eu poderia listar aqui todo o sem número de avanços do governo Lula e comentar cada um deles, mas não é essa a proposta. Em meados do ano passado, ao comentar um deles, Lula, mais uma vez, lembrou-se de JK: "Juscelino Kubitschek, lá de cima, estará rindo pelo que está acontecendo com a indústria naval brasileira." Arrisco-me a dizer que ele está rindo à toa desde janeiro de 2003.
Não vivemos no país dos sonhos? É claro que não! Mas a enorme confiança que Lula gerou no povo, apesar de a imprensa não cumprir satisfatoriamente seu papel de bem informar, além de tornar visíveis as inúmeras realizações de seu governo, mostra que nenhum outro presidente representou tão bem quanto ele um dos lemas que JK repetia com mais fervor: "Política para mim é esperança".
Por isso, se eu pudesse falar com Lula, diria: Eu também "não acredito em quem não tem objetivos, não tem projetos, não sonha alto." Eu acredito em gente como você!
11 de Junho de 2009,
Ana Helena Tavares
P.S. Herbert Moses dizia-se agradecido por aqueles anos em que o governo não havia censurado nenhuma das tantas críticas tão negativas feitas pela imprensa. Muitas injustas, como ele próprio assumiu, tecendo suas desculpas públicas a JK. O problema é quando, na hora de elogiar, a grande imprensa, vendida a interesses mesquinhos, censura-se a si mesma. Periga ter que pedir desculpas à liberdade sem a qual ela não vive e a qual ela própria tolhe. Aí é crise de identidade. Talvez já acontecesse também naquela época…
No Quem tem medo da democracia?

Posted: 22 Aug 2012 02:44 PM PDT



O espetáculo midiático e o julgamento do mensalão: embate entre verdades e mentiras ou mais um caso em que os julgamentos políticos contaminam a essência do Direito na busca por Justiça?

Marcus Vinícius

"Os tribunais são frequentemente os palcos onde as tragédias, os dramas ou as farsas da História encontram o seu desfecho natural. Mas a sentença não representa, muitas vezes, mais do que um provisório descer de pano. Quando o palco volta a abrir-se, o espectador se depara com uma nova cena sobre o mesmo cenário: os réus tornaram-se em juízes e os juízes em réus".


O trecho acima é o prefácio da obra Os grandes processos da História, do juris-consulto francês Henri Robert. Nos dez volumes, o autor analisa 40 casos famosos na história, entre eles, os julgamentos de Camile Desmoulins, Maria Antonieta, Luis XVIII, nos quais conclui que os julgamentos políticos contaminam a essência do direito: a busca da Justiça.
Hurricane, Bob Dylan


Fraudes em julgamentos não são tema apenas de livros. O cantor norte-americano Bob Dylan tornou conhecida a injustiça cometida contra o boxeador Rubin Carter, conhecido como Hurricane, preso em 1966, acusado de assassinato em primeiro grau. Foi libertado, após 19 anos de prisão, em 85. No refrão, da letra "Hurricane", Bob Dylan denuncia: "Aí vem a história do Furacão, o homem que as autoridades acabaram culpando por algo que ele nunca fez".

No Brasil do espetáculo midiático, os réus do julgamento da Ação Penal nº 470 já foram condenados por antecedência pelos setores mais conservadores da imprensa. A opinião publicada quer agora que o Supremo Tribunal Federal condene formalmente homens e mulheres por aquilo que não fizeram, mas pelo que ela, mídia, disse e publicou que fizeram.

O processo que a imprensa do eixo Rio-São Paulo convencionou chamar de mensalão está contaminado de pré-julgamentos e interesses outros que passam longe do conceito de Justiça. A principal testemunha de acusação, o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB), admite que mentiu ao afirmar que o governo do ex-presidente Lula comprava votos de deputados no Congresso Nacional.

Na defesa que apresentou ao STF, Jefferson foi taxativo: "Não houve cooptação de deputados do PTB para votar em projetos do governo Lula. O PTB apoiou a candidatura de Lula no segundo turno de 2002, portanto fazia parte da base do governo", ressalta.


Julgamento nos autos


Único absolvido até o momento no julgamento do STF, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência Luiz Gushiken corroborou, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo (10/2010), com a versão de Jefferson. Gushiken diz que espera que "os ministros do Supremo não sejam pressionados por outras forças políticas". Para ele, se os ministros basearem sua decisão na lei, as acusações "cairão por terra". "Eles vão perceber que a acusação que ficou conhecida como mensalão – ou seja, o crime que ficou tipificado como compra de votos de parlamentares – não tem sustentação", afirmou. Gushiken argumentou àquela época que o PT cometeu, na verdade, o crime eleitoral conhecido como caixa dois. "O que era de praxe na época, sustenta".


O livro "José Alencar, amor à vida", da jornalista da Folha Eliane Catanhêde reforça as versões de Jefferson e Gushiken. Num dos trechos, ela narra a reunião entre o presidente Lula e seu vice, José Alencar, para tratar da arrecadação de recursos para a aliança PT-PL nas eleições de 2002. "Foi seu assessor Adriano (o grande Adriano Silva, braço direito de José Alencar). E era simples: os dois partidos trabalhariam para levantar os recursos e depois distribuiriam toda a verba de campanha proporcionalmente ao número de deputados de cada um. (...) Para simplificar, o PT ficaria com três quartos da verba, enquanto o PL ficaria com o quarto restante", relata a jornalista.

Reforma política

O modelo eleitoral brasileiro não é perfeito, mas foi ele que permitiu que um governador de Alagoas (Fernando Collor), um sociólogo (Fernando Henrique), um metalúrgico (Lula) e uma mulher (Dilma Rousseff) chegassem à presidência da quinta maior economia do planeta. Mas desde a Constituição de 1988, não há consenso sobre as regras para financiamento de campanhas. E a cada eleição nosso sistema político produz embates cada vez maiores entre Legislativo e Judiciário, criando um clima de insegurança, onde tem prevalecido a judicialização das campanhas, a tal ponto de interferir no conceito primal da democracia: o poder soberano do povo escolher pelo voto os seus representantes.


O processo rotulado com a alcunha de "mensalão" reproduz fielmente esta contradição do sistema político brasileiro. Os partidos que venceram as eleições presidenciais de 2002 articularam alianças eleitorais com sua respectiva co-responsabilidade financeira, ou seja, divisão de gastos de campanha. A peça de defesa do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, apresentada pelos advogados Arnando Malheiros Filho e Celso Villardi, mostra que nos 394 depoimentos transcritos nos autos, envolvendo os 38 réus do processo, nenhum dos depoentes afirma ter falado com Delúbio sobre compra de votos de deputados. Dos 79 senadores e deputados ouvidos, nenhum deles tratou com o ex-tesoureiro do PT sobre o aludido esquema denunciado à época por Roberto Jefferson. Chega-se aqui à máxima de Henri Robert, onde o réu é acusado de crimes que não cometeu, ou seja, conforme confessa Jefferson, e não houve compra de votos de deputados, ou pagamento mensal a estes para apoio em matérias de interesse do governo. E é justamente esta acusação que consta nos autos do processo que a Procuradoria Geral da República imputa a Delúbio e aos deputados José Dirceu e José Genoíno. E justo esta acusação, o "mensalão", não foi provada, nenhuma vez, pelo procurador Roberto Gurgel.


Fica a pergunta: será que os ministros do STF vão engolir a acusação sem provas da PGR e vão se incluir como mais volume à obra de Henri Robert?
Marcus Vinícius é jornalista e edita o site www.marcusvinicius.
Posted: 22 Aug 2012 01:23 PM PDT

Do Brasil 247 - 22/08/2012


Casuísmo pode melar julgamento da AP 470Foto: STF/Divulgação_Divulgação


Aos poucos, fica clara a manobra para manipular o quórum do STF. Primeiro, o fatiamento que permitiria o voto parcial de Cezar Peluso. Depois, o risco de "empate" anunciado por Joaquim Barbosa. Agora, o Globo antecipa voto integral de Peluso, subvertendo a ordem do julgamento

247 – O "julgamento do século" no Supremo Tribunal Federal corre o risco de ficar marcado pelo casuísmo. Diz o regimento da corte que ministros se aposentam compulsoriamente aos 70 anos, o que, no caso de Cezar Peluso, ocorre no dia 3 de setembro.
Como ele é tido como voto contrário aos réus, o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, apressou o julgamento para que o voto de Peluso não fosse perdido. Em seguida, na primeira grande polêmica do julgamento, Joaquim Barbosa decidiu fatiar o seu voto, colocando alguns réus em julgamento antes de outros – ele já pediu a condenação de João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, e Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, além de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Holerbach, da agência DNA.
Neste rito, Peluso votaria em alguns casos, sempre na ordem estabelecida pelo tribunal. Depois de Barbosa, viriam os votos do revisor, Ricardo Lewandovski e dos demais ministros por ordem de antiguidade – os mais recentes na corte votariam primeiro. Apenas o presidente ficaria por último.
Portanto, votariam Barbosa, Lewandovski e depois Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Ayres Britto.
Agora, mais uma manobra casuística ameaça colocar em risco todo o julgamento. Cezar Peluso não seria mais o sétimo a votar – mas o terceiro. E também não votaria fatiadamente. Ele leria todo o seu voto, garantindo assim uma contagem a mais pela condenação, antes que outros ministros se manifestem – e sem que possa recuar, depois, diante dos argumentos dos colegas.
Roberto Gurgel foi cauteloso. Disse que se Peluso não puder votar em tudo, que vote ao menos em parte. Joaquim Barbosa, ao contrário, quer o voto integral do colega, que sabe ser pró-condenação. "Você tem que pensar o seguinte: o ministro Peluso participou de tudo nesse processo. Tudo, desde o início. Ele está muito habilitado. Enquanto for ministro, ele tem total legitimidade para participar desse processo", disse ele.
O jornal O Globo, em sua manchete desta quarta-feira, foi explícito. Peluso poderá dar o voto integral para evitar o risco de empate. E desde quando já se conhece o placar? E mesmo que se soubesse o resultado, desde quando isso justifica uma mudança nas regras de um julgamento tão importante?
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PITACO DO ContrapontoPIG
Queram ganhar o jogo no tapetão do tapetão
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Também do Blog ContrapontoPIG
Posted: 22 Aug 2012 01:21 PM PDT


Do G1 - 22/08/2012 15h05 - Atualizado em 22/08/2012 15h36

Magistrado comentou possibilidade de Peluso adiantar íntegra do voto.

Ministro pode ficar fora de parte do julgamento em razão de aposentadoria.

Fabiano Costa Do G1, em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou nesta quarta-feira (22) que é "impensável" um magistrado da Corte adiantar voto antes de o relator do processo se manifestar.
Para Marco Aurélio, se o colega Cezar Peluso antecipar sua posição sobre assuntos que ainda não foram abordados pelo ministro Joaquim Barbosa, ele se tornaria o relator da ação penal.
"A ordem natural das coisas tem uma força muito grande. Você não pode inverter, porque gera insegurança. Não há nada que diga que integrante do tribunal não possa votar antes do relator, porque é impensável", ressaltou Marco Aurélio antes do início da sessão desta quarta.
Diante da aposentadoria compulsória de Peluso no dia 3 de setembro, passou-se a cogitar no STF a possibilidade de o ministro antecipar a íntegra de seu voto assim o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, lhe passar a palavra. Neste caso, como o tribunal decidiu promover o voto fatiado do processo, Peluso acabaria adiantando pontos da ação penal que ainda não foram analisadas pelo relator.
Há 22 anos no Supremo, Marco Aurélio enfatizou que nunca soube de um caso em que um ministro tenha se antecipado ao voto ao relator. "Não lembro (que ministro tenha votado do relator). Até hoje não houve. Minha memória é boa, principalmente para tudo que destoa da normalidade", observou.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 22 Aug 2012 01:00 PM PDT


Lewandowski desafia Joaquim Barbosa no par ou ímpar
Na modalidade esgrima, analistas jurídico-esportivos consultados pelo piauí Herald dão vitória certa para Barbosa. "Ele é bom nisso. Se resolver fatiar o Lewandowski como fatiou o seu voto no julgamento, sai de baixo."
ESTÁDIO MANÉ GARRINCHA – Depois do ouro olímpico, o pentatlo – essa prova que incendeia a plateia no Brasil – começa a viver momentos de glória em Brasília. A capital federal amanheceu em clima de forte expectativa pelo enfrentamento entre o revisor e o relator do julgamento do mensalão no STF. Desafiado por Ricardo Lewandowski para um duelo de par ou ímpar, a ser decidido numa melhor de sete, Joaquim Barbosa reagiu com virulência, dizendo que a proposta lhe causava espécie. Reivindicou que os dois medissem suas forças em modalidades "menos arbitrárias, como convém a um juiz do Supremo". "Mas salto com vara não dá. Tem muito vento", explicou Barbosa, fazendo careta de dor com a mão nas cadeiras.
Seguindo a contraproposta do relator, aprovada por unanimidade pelo STF, os ministros se enfrentarão no sumô, na ginástica artística, na bolinha de gude, no truco e na amarelinha. "Eu preferia um vale-tudo, sem hipocrisia, mas o cinismo venceu mais uma vez", desabafou Gilmar Mendes.
José Serra soltou uma nota: "Esse pentlato é uma manobra olímpico-diversionista para desviar a atenção do mensalão".
Lula, por sua vez, também reclamou: "De truco ninguém entende mais neste país. Deviam fazer um logo um torneio com convidados no STF. Eu ia engolir todos eles", disse.
Perguntada sobre a disputa, a presidente Dilma respondeu com uma única frase: "Imagina só na Olimpíada".
A modalidade que encerra o supremo desafio – o duelo à moda do faroeste – é considerada a grande incógnita pelos especialistas. "Barbosa é conhecido por atirar em todas as direções, mas nem sempre prima pela pontaria", avaliou um jurista. Mas o campeão do STF nessa modalidade é outro. "Nessa prova ninguém ganha do Gilmar Mendes".
No The i-Piauí Herald

Posted: 22 Aug 2012 12:47 PM PDT
Muito se fala sobre o índice cataclísmico de rejeição do eterno candidato a tudo. Das análises que vi nenhuma me pareceu errada, mas todas ignoraram o que me parece decisivo para esse crescimento súbito: a rejeição ao candidato a prefeito que não é candidato a prefeito, ao sujeito que está usando de novo a candidatura como trampolim. Parece-me que parte considerável dos potenciais eleitores de Serra acha inaceitável votar num sujeito que vai ocupar o cargo por alguns meses e depois renunciar e disputar a presidência de novo. Acredito seriamente que essa gente votaria, e votará, em Serra para presidente, mas não quer mais quatro anos de São Paulo sem prefeito.
Foi um erro fatal essa candidatura e não há volta, muito melhor teria feito o PSDB se tivesse lançado um daqueles desconhecidos. Com apoio da máquina municipal e estadual, de Kassab, Serra e Alckmin, é certo que mesmo perdendo o partido teria criado um novo nome em São Paulo e reforçado sua imagem. Com a derrota de Serra, seja quem for o vencedor, o PSDB dará um passo decisivo para se tornar mais um DEM.

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Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 22 Aug 2012 12:35 PM PDT

Madames Alternativas" venderam dogão. Fotos: Ana Paula Braga Salamon


Esmael Moraes, Blog do Esmael
"Militantes dos movimentos sociais promoveram ontem à noite, em frente ao Clube Curitibano, na capital paranaense, "Festa das Madames Alternativas" vendendo cachorro-quente a R$ 2,50 cada.
O hot-dog ou "dogão" das madames alternativas tinha como objetivo fazer um contraponto político ao jantar promovido pelas grã-finas do movimento Cansei, seção regional do Paraná, que custou R$ 1 mil cada convite.
O jantar das madames do Cansei, que contou com as presenças do senador mineiro Aécio Neves e do governador paranaense Beto Richa, ambos tucanos, visava vitaminar o caixa da campanha do prefeito Luciano Ducci (PSB).
A barraca dos movimentos sociais chamou a atenção de transeuntes e dos próprios convidados do jantar de Ducci e Aécio, que começou ontem à noite, pela capital de todos os paranaenses, sua caminhada rumo ao Palácio do Planalto.
A muvuca na tenda do "dogão" ofuscou a festa do Cansei, segundo um "orelha seca" do blog que foi até lá saborear um cachorro-quente ao módico preço de R$ 2,50."
Fotos: Ana Paula Braga Salamon
Enviada por: Nogueira Junior/ 13:300 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 22 Aug 2012 12:32 PM PDT



Folha de S. Paulo / Reuters
"A revista Forbes colocou a presidente Dilma Rousseff em 3º lugar, pelo segundo ano consecutivo, em seu ranking anual das mulheres mais poderosa do mundo, que tem novamente a chanceler alemã, Angela Merkel, na liderança da lista dominada por políticas, empresárias e personalidades da mídia.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, ficou em 2º lugar, numa repetição das três primeiras colocadas do ano passado.
A lista elencou mulheres envolvidas na política, entretenimento, tecnologia e organizações sem fins lucrativos, entre outros campos.
Elas foram classificadas de acordo com influência, quantidade de dinheiro que controla ou ganha, e presença na mídia.
"Essas mulheres de poder exercem influência de formas muito diferentes e para fins muito diferentes, e todas com impactos muito diferentes sobre a comunidade global", disse a presidente e editora da ForbesWoman, Moira Forbes.
A revista mencionou Dilma por sua liderança à frente do governo brasileiro e pelos índices de aprovação dentro do país."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:480 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 22 Aug 2012 11:38 AM PDT
Posted: 22 Aug 2012 11:35 AM PDT
Posted: 22 Aug 2012 11:31 AM PDT


Por GilsonSampaio

Sei que é necessário fazer contraponto à mídia corrupta e golpista , este blog que sempre cobrou o julgamento do mensalão mineiro, a contra-gosto, dá um pequeno rasante sobre o  lodaçal para lembrar que mais importante que a punição do mensalão petista e do mensalão mineiro seria a discussão de mecanismos eficazes para conter a corrupção eleitoral.

Por exemplo, o financiamento público das campanhas eleitorais que é bombardeado por ser caro. Ora, mais caro para o país e o para povo(saúde, educação, segurança, soberania das fronteiras etc) é o volume de dinheiro comprometido com os financiadores (corruptores em potencial) das campanhas.

Não é função da casa legislar,  mas espero que algum dos iluminados juízes do mensalão da hora enfie o dedo e rasgue essa pústula.

No vídeo abaixo você verá como a globo manipula os Homer Simpson, assim chamados os telespectadores por William Bonner.
Aqui, Ciro Gomes diz que o mensalão do PT equivale a UM quilômetro de roubo do Roubanel de Serra e tucanalhada


De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:480 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 22 Aug 2012 04:22 AM PDT



Esse post foi publicado no dia 18 de novembro de 2010 no antigo blog Limpinho & Cheiroso que, hospedado no Blogger, foi removido pelo Google. Na campanha presidencial de 2010, já existiam provas concretas de que Serra é economista sem nunca ter cursado a graduação em Economia. Espetacular, né?! Como recordar é viver, aqui vai o post novamente.
Estava navegando pelo Blog Conversa Afiada, quando me deparo com o seguinte comentário:

José Aparecido
17 de outubro de 2010 às 15:46
PHA
Veja a cópia da matéria do Estadão de agosto que ninguém deu bola: mentiradocandidato.blogspot.com.
Ele próprio assume que não fez faculdade!
Abraços
José Aparecido
Fui ao Blog Mentira do Candidato e me deparei como a matéria abaixo.
O São José da Mooca, em O Estado de S. Paulo, 5 de agosto de 2010, 1º caderno, Página 8, diz o seguinte: "Fiz uns exames difíceis e entrei direto no curso de pós-graduação em Economia". Ou seja, ele não tem diploma mesmo!
Por outro lado, na mesma matéria, o economista Cláudio Salm afirma: "Por causa do golpe, não pôde completar o curso Engenharia. Quando [Serra] chegou [ao Chile] entendeu que deveria estudar Economia. Não entendia nada de Economia, mas se preparou em tempo recorde."
Fiquei pensando: "Como pode alguém se preparar em tempo recorde para um assunto que não entende nada e passar em exames difíceis."
São José da Mooca só pode ser um enviado de Deus… Mesmo sem ter graduação em nada, fez um cursinho de Economia de dois anos, mestrado na Universidade do Chile, da qual também foi professor entre 1968 e 1973. Em 1974, fez mestrado e doutorado em Ciências Econômicas na Universidade Cornell, nos EUA.
Na boa: e a gente ainda reclama do ensino universitário no Brasil. No Chile e nos EUA, é muito pior: as pessoas fazem pós-graduação, mestrado e doutorado sem ter a graduação.
Quer dizer, não é qualquer pessoa: é um enviado de Deus.
Texto assinalado na matéria em destaque:
No Limpinho & Cheiroso


Posted: 22 Aug 2012 04:11 AM PDT


Posted by on 22/08/12 • Categorized as Análise


Alguns podem ter ficado surpresos com a desidratação eleitoral de que vem padecendo o candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra. Sua longa trajetória política, seu conhecimento pela quase totalidade do eleitorado de todo país e a condição de líder da oposição que lhe deveria ter sido legada por seus 44 milhões de votos na última eleição presidencial, tudo isso torna espantosa sua situação na recente pesquisa Datafolha.
O espanto do espectador pouco atento à realidade real e que se fia na "realidade" midiática aumenta ainda mais porque não há quem negue a blindagem que o cacique tucano recebeu da irascível grande imprensa brasileira ao longo de toda a sua carreira política no período pós-redemocratização, tendo sido até objeto de juramento do falecido dono de um grande jornal de que não morreria sem vê-lo eleito presidente da República.
Alvo de processos na Justiça e de denúncias graves por força da vastidão de indícios materiais de envolvimento em corrupção que pesa contra si, Serra mereceu de uma imprensa que vive de denúncias contra políticos (em ampla maioria, petistas) o mais ensurdecedor silêncio diante de denúncias, quando não mereceu defesas abertas e até sua vitimização pela mesma mídia diante dos adversários políticos, sobretudo em anos eleitorais.
A situação de Serra na corrida eleitoral paulistana, porém, revela uma rejeição impressionante do eleitorado a si (37%) e ultrapassagem na primeira posição por um adversário com trajetória política que não chega aos pés da sua e que, como se não bastasse, é candidato por um partido de mentirinha.
Certamente há quem esteja ficando espantado com a situação eleitoral de Serra. Denúncias que ao menos cheguem perto de si jamais saem na mídia. Até hoje, nenhum grande veículo citou os fatos que envolvem São Paulo no escândalo do Cachoeira. Paulo Preto deve depor proximamente na CPI e ninguém que se informe só pela grande mídia sabe por quê.
Pode haver gente espantada com a débâcle eleitoral desse político, mas certamente esse espanto não ocorre com os leitores deste blog. Aqui se previu várias vezes o aprofundamento da sangria eleitoral de Serra. Há cerca de um mês, no post Desaprovação a Kassab é o grande fato da eleição em SP , foi dito o seguinte:

"Após Kassab declarar publicamente seu apoio a Serra e de este anunciar que faria campanha pela "continuidade" em São Paulo, ambos perderam apoio. (…) Tudo isso se conecta com o noticiário cada vez mais inevitável sobre a explosão da violência e da criminalidade em São Paulo e com o estado de espírito do paulistano diante de um cotidiano que já se tornou insuportável. São Paulo está imunda, uma legião de moradores de rua vaga desorientada pela cidade, a sensação de insegurança já atingiu níveis alarmantes, enfim, não se consegue achar praticamente nenhum paulistano que se diga satisfeito com a sua cidade".
Esses fatos obrigam a uma reflexão: não há blindagem da mídia que, na era da internet e da informação instantânea, consiga proteger políticos ao menos do adversário que não conseguem derrotar: eles mesmos, quando exercem mal o poder que lhes foi delegado pelo povo.
Quando Serra se elegeu governador de São Paulo em primeiro turno em 2006 após ter deixado a capital do Estado nas mãos de Gilberto Kassab, o eleitorado paulista até aceitou a desculpa de que faria mais sendo governador. Bem, o fato é que ao menos o eleitorado paulistano ficou esperando o resultado do que o tucano lhe prometeu em termos de melhora de sua qualidade de vida e tal melhora jamais deu as caras.
A desidratação eleitoral de Serra e sua crescente rejeição nesta campanha eleitoral é a conta do prejuízo que São Paulo amarga hoje por ele ter abandonado o cargo de prefeito. A capital paulista descobriu quanto custa dar carta branca a um político que ninguém consegue cobrar, inclusive por ser protegido da mídia. Por conta disso, a desidratação eleitoral de Serra revela desidratação da credibilidade midiática também em São Paulo.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 22 Aug 2012 03:53 AM PDT
AQUI NÃO DESRESPEITAMOS OS MINISTROS DO STF (CHAMANDO-OS NA CHINCHA) - NEM DEFENDEMOS QUE A LEI E REGIMENTOS SEJAM EMPREGADOS AO SABOR DE VONTADES E VINGANÇAS. 
Conheça o Regimento Interno do STF - Com destaque para o Artigo 135 - E veja o que se conclui da antecipação de voto por parte do Ministro Cesar Peluzo.
BLOG DIÁRIO NÃO OFICIAL DE JUSTIÇA
LEIA AQUI ATÉ ONDE PODE IR A ANTECIPAÇÃO DE VOTO DE UM MINISTRO DO STF
Postado por às 21:59Um comentário: Links para esta postagem

Do 007BONDeblog.
Posted: 22 Aug 2012 03:47 AM PDT




Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
"Russomanno subiu cinco pontos e tem agora 31% de intenções de voto, com apenas 12% de rejeição. Saldo positivo: 19 pontos.

Serra caiu três pontos, desceu para 27% e sua rejeição chegou a 38%, um recorde na atual campanha. Saldo negativo: 11 pontos.

O resumo dos índices do novo Datafolha divulgados nesta terça-feira (21), mostrando uma radical inversão nas curvas dos dois candidatos na pesquisa, não deixa muita margem a dúvidas.

A 47 dias da eleição, na estreia da propaganda eleitoral gratuita (ao custo de R$ 600 milhões para os contribuintes) no rádio e na televisão, o candidato tucano vive seu pior momento na campanha, enquanto Celso Russomanno, do PRB, que não parou de crescer em todas as pesquisas ao longo do ano, alcança seus melhores índices.

Também na intenção de voto espontânea, Russomanno agora aparece na frente de Serra: 15 a 13%. Bem distante dos dois, surge o candidato do PT, Fernando Haddad, com 4% na espontânea e 8% na pesquisa estimulada.
Os números se invertem dramaticamente, porém, quando se olha para o tempo de TV destinado a cada candidato.

Serra e Haddad terão uma hora e 40 minutos semanais cada um em cada emissora, entre programas e inserções comerciais, enquanto a Russomanno cabe um total de apenas 30 minutos.


É por isso que PSDB e PT estão investindo tanto em seus programas de televisão — os tucanos, para reverter a queda de Serra e conter a rejeição crescente; os petistas, para tornar Haddad mais conhecido como candidato de Lula e Dilma."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 21:580 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 22 Aug 2012 03:42 AM PDT



Luis Nassif, Luis Nassif Online
"Até algum tempo atrás, especialistas trabalhavam com duas hipóteses para as eleições paulistanas:
  1. José Serra no segundo turno.
  2. Favoritismo do candidato que concorresse com Serra, devido aos seus índices de rejeição.
Agora tem-se um novo quadro: Russomano tomando a ponta; a rejeição a Serra aumentando a cada pesquisa; ainda grande desconhecimento sobre o candidato Fernando Haddad.
Agora, mudam as dúvidas. Entra-se no horário gratuito com dois efeitos sobre os candidatos:
  1. Beneficia Fernando Haddad, até agora desconhecido dos eleitores. O horário será importante para colar nele as imagens de Lula e Dilma.
  2. Prejudica José Serra. Por mais que os marqueteiros cometam malabarismos, não haverá como não expor o candidato aos eleitores. E, devido à campanha extremamente pesada e desgastante de 2010, a imagem de Serra ficou saturada. Seu rosto, fala, tiques, ampliarão o índice de rejeição.
Em cima desses dois fatores, montam-se cenários cujo desfecho dependerá fundamentalmente da capacidade da candidatura Haddad ganhar fôlego nas próximas semanas.
A partir dessa incógnita, há três cenários possíveis:
  1. Haddad cresce e o eleitor o identifica com o "novo" – sentimento que hoje beneficia Russomano. Nesse caso murcharia o balão Russomano, Serra continua estacionado nos seus vinte e poucos por cento e o segundo turno seria com Haddad.
  2. Haddad não consegue deslanchar. Nesse cenário, segundo turno entre Russomano e Serra.
  3. Cenário bastante possível e impensável meses atrás: Serra fora do segundo turno. Uma desidratação de sua candidatura poderia provocar uma debandada do antipetismo em direção a Russomano, ao mesmo tempo transformando Haddad na esperança da classe média contra o aventureirismo de Russomano.
Nas eleições paulistanas, ocorrerá muito o fator onda: a opinião pública pulando para um candidato ou saltando fora de outro, devido à indiferenciação entre os partidos. A campanha de Serra agiu de modo inteligente escondendo o candidato até agora, na medida do possível, sabendo que cada aparição de Serra aumentaria seus índices de rejeição.
Mesmo assim, a rejeição continuou aumentando.
Há muitas possibilidades em jogo, mas apenas uma certeza: daqui para frente, cada dia a mais de campanha será sempre de menos para Serra."

Enviada por: Nogueira Junior/ 20:560 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
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