segunda-feira, 11 de junho de 2012

Via Email: SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 11 Jun 2012 04:55 PM PDT
Os dez membros do conselho editorial da Revista de História, publicada pela Biblioteca Nacional, anunciaram nesta segunda-feira (11) que renunciam aos seus cargos. O pedido foi anunciado em uma carta assinada pelos dez intelectuais, entre professores e escritores, que compunham o colegiado.
Nomes como Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras, Lília Moritz Schwarcz, professora da USP e Ronaldo Vainfas, professor da Universidade Federal Fluminense, alegaram conflitos com Jean-Louis de Lacerda Soares, presidente da Sabin (Sociedade dos Amigos da Biblioteca Nacional) que gere os recursos que permitem publicar a revista.
As rusgas entre o conselho e a presidência da sociedade vêm sendo expostas desde a demissão do editor Luciano Figueiredo, supostamente (?) por retaliação política.
Os conselheiros já haviam ameaçado renunciar após a Sabin demitir Figueiredo "por razões administrativas internas" não especificadas, sem consultar o conselho.
Semanas antes, o então editor havia demitido o jornalista Celso de Castro Barbosa após divergências relacionadas a uma resenha escrita por ele sobre o livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., publicada no site da revista.
Em um de seus trechos, a resenha diz que o livro joga "uma pá de cal na aura de honestidade de certos tucanos". Em outro, afirma que José Serra "é quem tem a imagem mais chamuscada, para não dizer estorricada, ao fim da 'Privataria Tucana'".
O texto gerou protestos públicos do PSDB e foi tirado do ar, mas, segundo a Sabin, nem a demissão de Castro Barbosa por Figueiredo nem a deste pela sociedade tiveram qualquer componente de pressão política (faz-me rir...).


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Jun 2012 04:49 PM PDT

Posted: 11 Jun 2012 04:43 PM PDT


PT protocola pedido para CPI do Cachoeira ouvir Serra




O PT apresentou requerimento, na semana passada, para ouvir o ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. De acordo com o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), autor do requerimento, o objetivo é ouvir Serra sobre os contratos firmados entre a prefeitura de São Paulo e a construtora Delta - que está no epicentro das investigações envolvendo os laços do empresário Carlinhos Cachoeira com políticos e empresas - durante a gestão do tucano.


A proposta inclui também o ex-diretor da empresa Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto. Durante a campanha eleitoral de 2010, Paulo Preto foi alvo de denúncias sobre um suposto esquema de corrupção em obras viárias do governo paulista.

Segundo reportagem da revista Isto É, Vieira teria fugido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha de Serra ao Palácio do Planalto. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas disse ter criado as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanha, ao dar a palavra final e fazer os pagamentos no prazo às empreiteiras terceirizadas que atuaram nas grandes obras de São Paulo.

De acordo com o autor do requerimento, a proposta não precisa ter apreciação imediata pelos deputados. "Pretendo fazer o debate ao longo da CPI", afirmou. Dr. Rosinha reconheceu que é normal haver controvérsias em uma comissão parlamentar. "Sempre há disputas políticas. Essa CPI não é diferente", declarou. Procurada, a liderança do PSDB na Câmara dos Deputados não quis comentar o caso.

Carlinhos Cachoeira Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.

Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo.

Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram.

Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira com outros políticos, como o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.

Com Terra
Posted: 11 Jun 2012 03:26 PM PDT


Reescrever a história está se tornando uma obsessão para a Rede Globo. Não bastasse eliminar seus inimigos, a emissora deu agora para apagar até mesmo seus principais colaboradores.
A indignação da atriz Sonia Braga com reportagem sobre o remake da novela Gabriela é o testemunho definitivo sobre o stalinismo que tomou conta das ilhas de edição da Velha Senhora. Para entender tudo, basta recorrer às declarações da própria vítima:
"Fiquei estarrecida ao assistir ao Fantástico de hoje (10). Estarrecida e chocada com o exemplo de mau jornalismo. Na matéria sobre o remake de Gabriela, que terá Juliana Paes no papel (cuja escolha, aliás, achei perfeita) o programa mostrou imagens minhas, na novela original, mas sequer me mencionou como a intérprete original da personagem".
"Das duas, uma: ou foi incompetência ou, pior, falta de respeito mesmo e pura má-fé. Mas isso não chega a ser novidade na emissora. Talvez porque não tenha aceitado trabalhar de graça para eles na divulgação, em Portugal, da novela Dancin' Days. Em troca, preferiram me apagar da história da tevê".
Qualquer brasileiro, até mesmo criancinhas, sabe que a personagem de Jorge Amado foi imortalizada pela atriz que também será para sempre a Júlia Matos, de Dancin' Days. Não há como jogar a memória de um povo na fogueira do esquecimento.
Quem deve estar preocupada é Lucélia Santos. Sua escrava Isaura corre o sério risco de entrar para a enciclopédia global na pele de Isis Valverde ou outra contratada de plantão. A turma é rancorosa, não está para brincadeira.

Posted: 11 Jun 2012 03:18 PM PDT
O Brasil "não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional mais representativo". É o que diz um elogioso editorial publicado nesta segunda-feira (11/06), no qual o jornal britânico The Guardian sugere uma maior valorização da diplomacia de Brasília e destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo dos últimos anos.

De acordo com a publicação, "já é tempo de o Ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo" com o país. Isso porque, "embora seja líder da desigualdade social no mundo", ele "também lidera a resolução desse problema" por meio de "famosos programas sociais que auxiliaram 20 milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno".

Traçando uma linha cronológica para o processo de estabilização da economia brasileira, o artigo parte do governo de Fernando Henrique Cardoso e se estende até a atual gestão de Dilma Rousseff, que é classificada como uma "reformista pragmática". De acordo com o The Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado doméstico e elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente Lula, "a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt", o líder norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de investimentos públicos e consequente fomento à atividade econômica.

Em meio aos preparativos para eventos de relevância global como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda restaria para a presidente Dilma Rousseff "a transferência de sua popularidade e competência administrativa para o congresso", de tal forma que o legislativo acompanhe o andar de seu governo. O principal desafio da atual presidente, segundo o The Guardian, ainda é "destravar a produtividade e estabelecer uma economia mais avançada".

No campo das relações internacionais, "Brasília não apenas dobrou o número de seus diplomatas na última década como também redobrou sua ênfase na diplomacia como a única forma de "multipolaridade benigna". Fenômeno esse que reflete "o luxo de uma região pacífica" e uma "longa tradição e experiência sobre as naturezas da soberania e da democratização".
Por: Helena™0 Comentários 
Posted: 11 Jun 2012 01:32 PM PDT


Macunaíma, o herói sem caráter de Mario de Andrade, disse que "pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são". Isso foi em 1928, quando foi lançado o livro e o personagem.
De lá para cá, as saúvas já não representam mais tanto perigo, e os males do Brasil são outros.
Da segunda metade do século passado em diante, forças dominantes apoiadas pela mídia corporativa trataram de desconstruir a imagem dos políticos brasileiros. Desde Juscelino Kubitschek, tanto Executivo quanto Legislativo foram alvo de investidas pesadas no sentido de colocar todos no mesmo balaio: político é ladrão!, repete, insistentemente, o velho jornalismo comprometido com o atraso. Daí, o golpe militar de 64.
A instituição que parece ter sobrevivido até aqui, foi o Judiciário. Um ou outro fato pouco relevante, de juízes corruptos, de sentenças vendidas, foi noticiado sem alarde, com o devido respeito à classe de magistrados que atuam para garantir o cumprimento da Constituição. A mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, nunca foi alvo de denúncias e suas resoluções sempre foram respeitadas.
Hoje, entretanto, o STF colocou-se numa posição prá lá de inconveniente.
O julgamento do "mensalão", previsto para agosto, pode ser o marco da derrota da Justiça, seja qual for a decisão. O risco é enorme; a falta de garantias de que a lei será respeitada pode levar ao colapso o tribunal se nada for feito.
O processo é político, e cada membro do STF tem sua preferência partidária. Não podem negar. Ao mesmo tempo, a isenção deve ser total; a análise de cada um dos processos dos réus deve ser cuidadosa e baseada, exclusivamente, nas provas produzidas pelo inquérito. É assim que deve proceder o julgador. Sem pressão e sem pressa.
O alvo da oposição, neste processo, é o ex-Ministro da Casa Civil José Dirceu. São 36 réus, mas apenas um nome é o que aparece com frequência na mídia. O operador, o chefe, o articulador. Os demais, os jornalistas demonstram pouco ou nenhum interesse.
E é ai que está o grande nó: se Dirceu for inocentado, a oposição e a imprensa reacionária dirão que o governo exerceu pressão sobre os Juizes. Se, por outro lado, for condenado, o governo dirá que a pressão partiu da oposição e da manipulação da imprensa corporativa que influenciou os magistrados.
Não haverá meio termo; a imagem do STF sairá abalada qualquer que seja a decisão.
O risco de se formar uma divisão clara na sociedade existe, e nada foi feito pelos Ministros do STF para frear a onda de especulações sobre o julgamento. Pelo contrário, a exposição de certos membros do Supremo na TV provoca ainda mais a sensação de comprometimento de quem vai julgar!
Não haverá recurso da decisão; o STF deve refletir com muita calma sobre as consequências que irão provocar. O resultado não será unânime, com certeza, e vai gerar ainda mais desconforto para as partes que não vislumbrarem que foi feita a devida justiça.
A única solução será basear o andamento dos processos nas provas, nos documentos reais e nas denúncias comprovadas, se é que existem. Caso contrário, a desmoralização pode ser irremediável.
Ninguém quer Macunaímas vestindo toga!
***
Um dos maiores interessados no julgamento é o próprio ex-Ministro José Dirceu.
Já declarou inúmeras vezes que aguarda, ansioso, pelo momento de se defender. Até agora, não obteve sucesso para expor suas razões à opinião pública, pois os meios de comunicação nunca pretenderam dar-lhe espaço.
Dirceu insiste que não há provas de que se montou um esquema de compra de votos no Planalto para aprovar medidas de interesse do governo Lula. É tão categórico ao afirmar sua inocência que sua postura incomoda seus opositores.
Até Roberto Jefferson, que criou o termo "mensalão" já afirmou que nunca existiu o pagamento mensal de propina a deputados.
Quanto ao risco de prescrição dos "crimes", tão comentado pela imprensa, é de estranhar que não cobrem a mesma velocidade do STF para julgar o "mensalão" do PSDB, anterior ao do PT. 
Se é lei que exigem, deveriam ser mais honestos.




***
Posted: 11 Jun 2012 01:06 PM PDT
Posted: 11 Jun 2012 11:44 AM PDT



Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra Magazine / Sem Fronteiras
"No Supremo Tribunal Federal (STF) está acertado que o julgamento do processo conhecido por Mensalão começará no dia 1º de agosto. E o presidente do STF projetou o final do julgamento para o começo de setembro, antes da aposentadoria do ministro Cezar Peluso, em 3 de setembro.
Um julgamento, como bem sabem os operadores do Direito, tem dia e hora para começar, mas, com relação aos feitos complexos e com muitos réus, as previsões sobre o seu término dificilmente são confirmadas.
No processo do Mensalão teremos, certamente, duas importantes arguições sobre a falta de parcialidade dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, poderá, apesar do desgaste e do desprestígio experimentado especialmente pelo inexplicável engavetamento do inquérito Vegas (caso Cachoeira, Demóstenes Torres e Construtora Delta), arguir a suspeição do ministro Dias Toffoli. Isso por ser público e notório os  laços de Toffoli com o Partido dos Trabalhadores e o apoio que ele recebeu de José Dirceu, um dos réus, para obter uma cadeira no STF. Fora isso, a convivente de Toffoli é advogada e atuou na defesa de um dos réus.
Por outro lado, qualquer dos 38 réus, por seus advogados, poderão excepcionar Gilmar Mendes, notoriamente sem condições de imparcialidade. O ministro Mendes, poucos dias atrás, insinuou que gângsteres e bandidos  estão a serviço de réus no Mensalão. Ora, ele formulou antecipadamente juízo negativo sobre os réus."
Matéria Completa, ::Aqui::
Enviada por: Nogueira Junior/ 14:150 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 11 Jun 2012 11:39 AM PDT


Chico de Gois, em O Globo / Vi o Mundo
"Uma gravação da Polícia Federal, obtida peloGLOBO, entre Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-vereador de Goiânia Wladmir Garcez revela a participação do contraventor na venda da casa de Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás. Cachoeira chega a ordenar que o dinheiro da venda seja levado para o governador no Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. No diálogo, interceptado às 8h23m do dia 12 de julho do ano passado, Garcez diz que irá se encontrar com o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón. A escritura da venda do imóvel ocorreu um dia depois do telefonema.


Perillo, que depõe nesta terça-feira na CPI do Cachoeira, tem afirmado que a negociação se deu por intermédio de Garcez e que não recebeu dinheiro pela transação, mas três cheques, que foram depositados em sua conta. Os cheques foram assinados por um sobrinho de Cachoeira, mas o governador afirma que não sabia disso. Na semana passada, o professor Walter Paulo Santiago, que se intitula administrador da Mestra Participações, em nome da qual está a casa, disse que pagou pela imóvel em dinheiro vivo, em pacotinhos de notas de R$ 50 e R$ 100.


Gravação não identifica emissário


Na ligação, Garcez dá a entender que está esperando um emissário. Não fica claro se se trata de Lúcio Fiúza, assessor especial de Perillo que pediu exoneração na semana passada, ou do professor Walter Paulo. O ex-vereador diz a Cachoeira que irá se encontrar com Jayme Rincón em um shopping. Antes, o contraventor questiona se seria bom ele estar presente, mas Garcez o desestimula, porque não vê uma boa explicação para justificar a presença do chefe no encontro.


— Tá aí? — pergunta Cachoeira, sem se referir a uma pessoa específica.
— Não. Ele ligou agora (disse) que tá chegando. Atrasou um pouquinho — responde o auxiliar.


— Quer que eu vá ai? — pergunta o contraventor.


— Precisa não, você que sabe — sugere Garcez, para complementar — O que você está fazendo aqui?


— É verdade, então não vou aí, não — admite Cachoeira.


— O Jayme já está indo lá no Alpha Mall, marcou comigo, qualquer coisa vou encontrar com ele na Agetop — informa Garcez."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:590 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 11 Jun 2012 11:34 AM PDT

Do Conversa Afiada - Publicado em 11/06/2012
O ansioso blogueiro procurou, procurou, procurou e não achou no PiG (*), ao longo do fim de semana e nesta segunda-feira chuvosa, qualquer menção à gravíssima denúncia do Leandro Fortes, na Carta Capital: "Sócio acusa Gilmar de desvio e de sonegação fiscal. Onde Gilmar arrumou R$ 8 milhões ?".


Enquanto isso, o pai da ideia, o Farol De Alexandria continua a jantar em restaurantes "franceses" de Higienópolis.


Numa nice.


Por dentro, deve morrer de rir do mundo fora de Higienópolis.


E nenhum dos dois – o Criador e a Criatura – se submete ao exame da "sociedade".


A "sociedade" que, segundo Britto e Fux, teria exigido o imediato julgamento do mensalão – porque o mensalão tucano, esse a "sociedade" não pretende examinar.


Imagine, amigo navegante, se a revista Veja, o detrito sólido de maré baixa, tivesse "descoberto" que o Ministro Rikoski teve um empreendimento comercial; que o sócio o acusa de atacar o caixa e não pagar imposto de Renda; e, ainda por cima, Rikoski levantou assim, numa boa, R$ 8 milhões para "abafar o caso" na Justiça, com a ajuda do advogado Tercio Cuecas.


Imagine, amigo navegante!


De fazer o Demóstenes corar !


O PiG, desde sexta-feira, estaria na garganta do Presidente do Supremo, com a faca afiada.


O Catão dos Pinhais, na resenha semanal do PiG (*), estaria da tribuna do Senado a exigir a demissão do Rikoski, nomeado por Lula.


O PiG (*) reproduziria a denúncia do Catão dos Pinhais.


Numa "notinha" da Ilustrada, soprada por um médico do Sírio, a Folha (**) saberia que a tataravó do Rikoski, numa feira no interior da Polônia, vendeu uma duzia de beterrabas com onze beterrabas.


O "Merval Global e o Melhor do Carnaval", diria o Boni, agora um especialista em História Americana, na versão da Columbia, diria categoricamente: Rikoski é o nosso Abe Fortas e será crucificado no Kojac (financiado pela Caixa, nos bons tempos em que Roberto Marinho dividia a Presidência da República com o Presidente).


A Eliane Catanhêde, finalmente, entrevistaria o Nelson Johnbin, que diria que, sim, de fato, o Rikoski pediu para pedir ao Britto para não julgar o mensalão – o tucano e o do PT.


Seria um Deus nos Acuda.


A Sociedade bradaria de pé: Restaure-se a Moralidade !


Onde já se viu?


Atacar o caixa da companhia e não pagar Imposto de Renda !


Mas, não !


O Farol e seus diletos filhotes, de DNA comprovado – o Cerra, o Gilmar e o Dantas – são intocáveis.


Diz o amigo navegante:


Mino Carta e a Carta Capital são palavras proibidas no PiG (*).


Não se pode falar dele nem bem bem mal.


Como o regime militar – que o PiG (*) apoiou e no qual se locupletou – fazia com D Helder.


Não se pode falar no Mino.


Nem bem nem mal.




Paulo Henrique Amorim


Do Blog ContrapontoPIG.
Posted: 11 Jun 2012 11:12 AM PDT
Posted by on 11/06/12 • Categorized as Opinião do blog



Estou farto de tanta hipocrisia. Acabo de ler um comentário do jornalista Ricardo Noblat, em seu blog hospedado no portal de notícias das Organizações Globo, dizendo que José Dirceu quer "obrigar" o STF a decidir a seu favor. Para dizer isso, esse jornalista insulta pesadamente o ex-ministro processado por aquele tribunal e que está com a própria vida, seu futuro e sua honra em suas mãos.
Grande vantagem insultar Dirceu. Corajoso o Noblat, não? Muito corajoso ao detratar e injuriar dessa forma alguém que há sete anos é tratado como bandido pelos maiores impérios de comunicação da América Latina apesar de nunca ter surgido uma só prova material contra si.
Enquanto isso, o país assiste à mídia pressionar o STF, levantar ilações sobre supostas intenções de membros do tribunal, a ela reclamar do relator-revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowsky, dizendo que, por não aprontar o processo mais rápido neste ano eleitoral como essa mesma mídia quer, estaria ajudando os acusados pelo inquérito.
Ou seja: quando Dirceu ou até mesmo o ex-presidente Lula reclamam, é imoral, ilegal, suspeito ou claramente prova de culpa, mas, quando a mídia aliada à oposição acusa, aí é um serviço prestado ao país contra pessoas que ela já trata como condenadas, dando a entender que acha que o julgamento delas deveria ser mera formalidade, sumário, pois a culpa de todas já estaria provada.
O fato é que não é Dirceu que diz que o STF se deixa pressionar pela mídia, nem eu, mas um membro do STF, o mesmo Lewandowsky que, em 2007, espionado por uma jornalista da Folha de São Paulo enquanto almoçava em um restaurante, disse a um interlocutor desconhecido, ao celular, que a Suprema Corte de Justiça da República havia aceitado o inquérito do mensalão "com a faca no pescoço" colocada pela… MÍDIA!
Desta maneira, considero uma afronta, uma prova de cinismo indizível esse comentário não só de Noblat, mas de todos esses seus congêneres que estão a querer um tribunal de exceção para os acusados do inquérito do mensalão.
Noblat diz que seria ilegítimo que manifestantes saíssem às ruas para protestar contra essa pressão que o ministro do Supremo Ricardo Lewandowsky diz que a mídia consegue fazer sobre a Corte que integra, o que, por si só, constitui um absurdo institucional, uma aberração, um atentado à Democracia. Eu, porém, garanto a você, leitor, que é perfeitamente constitucional e, ainda mais, que seria perfeitamente justo.
É meu direito dizê-lo e a Constituição Federal me garante esse direito. O direito de reunião e de expressão será exercido, a menos que a mídia pregue que, como em uma ditadura, o Estado brasileiro prenda ou espanque ou torture ou mate quem disser o mesmo que o ministro Lewandovsky disse e que ao menos a Folha publicou – na primeira página.


Do Blog da Cidadania.
Posted: 11 Jun 2012 09:29 AM PDT

Altamiro Borges, Blog do Miro
"O blogueiro do jornal O Globo, Ricardo Noblat, não gostou das declarações de José Dirceu durante o 16º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), neste final de semana. Diante de 2 mil jovens, o ex-ministro afirmou que o julgamento do "mensalão do PT" será uma batalha política e que é preciso ir as ruas para evitar que a ditadura da mídia imponha o seu veredito final.

Para Noblat, o discurso de Dirceu é uma declaração de guerra. "Nunca antes na história recente do país convocou-se o povo para pressionar um tribunal. Pois bem: Dirceu começou a fazê-lo. Rapaz ousado! Mais certo seria chamá-lo de temerário, imprudente, perigoso, atrevido, insolente, afoito, demente, precipitado, desaforado, petulante, desajuizado, incauto, arrogante, desvairado, impulsivo, arrebatado, insensato".
Medo da pressão das ruas
Todos estes adjetivos e mais alguns poderiam ser usados para se referir ao papel da mídia demotucana, que Noblat representa com tanto servilismo, no episódio do mensalão. De forma arrogante e demente, ela pressionou o TST a julgar o caso nas vésperas das eleições municipais – com nítidos propósitos políticos. Chegou a chantagear e ameaçar ministros. Exigiu pressa. Antes mesmo, ela já havia julgado e condenado os 38 réus. Expôs todos à execração pública. Assassinou reputações. Exigiu o fuzilamento!
Mas Noblat quer o silêncio dos fuzilados previamente pela ditadura da mídia. Na verdade, ele teme a critica e a pressão das ruas. No final do seu raivoso artigo, o blogueiro das Organizações Globo chega até a atacar a oposição demotucana, "medrosa" e "rala", que não exigiu o impeachment de Lula temendo a revolta das ruas. Agora, ele quer a vingança! Qual adjetivo caberia melhor a Ricardo Noblat?"


Enviada por: Nogueira Junior/ 13:000 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 11 Jun 2012 09:24 AM PDT
Por Paulo Salvador, da Rede Brasil Atual
Essa é a principal pergunta que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) deverá responder com urgência. E que o Conselho Nacional de Justiça também se deve fazer. Em reportagem da revista CartaCapital desta semana, o jornalista Leandro Fortes apurou que Inocêncio Coelho, um dos sócios de Gilmar Mendes em um negócio privado chamado Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), acusou Mendes de desfalques e de sonegação fiscal.
Para resolver o suposto "litígio" com Coelho, Gilmar Mendes e seu também sócio Paulo Gustavo Gonet Branco desembolsaram R$ 8 milhões, obtidos por meio de empréstimo bancário, conforme relata o repórter: "Em uma nota lacônica, a assessoria do instituto alega que 'as irregularidades que foram detectadas' pela auditoria foram sanadas. Afirma ainda que os R$ 8 milhões pagos ao ex-sócio foram levantados graças a um empréstimo bancário'". Com o montante, afirma a reportagem, Mendes e Branco sepultaram o processo. "De onde os servidores públicos de carreira, sócios de uma empresa em estado pré-falimentar, tiraram tanto dinheiro é uma boa pergunta", prossegue Fortes.
Em oposição, a revista Veja ignora o assunto e torna-se mais uma vez um panfleto partidário de ataque a Luiz Inácio Lula da Silva e ao PT. Sua seção de cartas, que recebe milhares de mensagens. publica 14 atacando Lula e o governo Dilma, outras nove enaltecendo o pastor evangélico Silas Malafaia e duas elogiando o texto "prazeroso" de Reinaldo Azevedo, blogueiro da revista costumeiramente agressivo.
Embora a capa seja a história de Elize Matsunaga, a "mulher fatal" que confessou o assassinato do marido, sua principal matéria é o julgamento do mensalão. Em "Encontro marcado com a Justiça", a revista traz de novo um enorme nariz de cera, que, na linguagem jornalística, trata-se de comentário pouco informativo e pré-julgando os acusados para reafirmar o "desespero de Lula e o tiro no pé com a CPI do Cachoeira" – para a qual Veja poderá ser convocada.
Veja destila ódio. Numa reportagem que até poderia ser honesta sobre a Rio+20, em meio à discussões sobre o planeta, ataca as terras indígenas e elogia o agronegócio. Veja SP aproveita a Parada LGBT, ignora a luta contra a homofobia que pautou vários jornais paulistanos, e sai com a reportagem "arco-iris de intrigas", sobre supostos desentendimentos entre militantes da Parada.


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Jun 2012 08:25 AM PDT

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) propôs que o candidato a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), compareça à Comissão de Inqueirto Parlamentar. "A construtora Delta chegou à Prefeitura de São Paulo quando o Serra era prefeito e depois aprofundou suas contas com o governo do Estado, quando ele era governador", disse o deputado. Segundo a Polícia Federal, a Delta era um dos braços da organização criminosa.

Dr. Rosinha também defendeu a convocação do ex-diretor de engenharia da estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Nas eleições presidenciais de 2010, Paulo Preto foi o arrecadador do caixa dois do PSDB.Depois, acabou sumindo com 4 milhôes da campanha de Serra que na época era candidato á Presidência da República

Paulo Preto, ja disse que criou condições para que houvesse aporte de recursos nas campanhas do PSDB.

Dr. Rosinha também pediu a convocação, na condição de testemunha, do secretário de Educação de Goiás, deputado federal licenciado Thiago Peixoto (PSD), pré-candidato do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à Prefeitura de Goiânia. Sua candidatura, contudo, se enfraqueceu após ter sido citado em um áudio por Gleyb Ferreira da Cruz, apontado pela Polícia Federal como auxiliar de Cachoeira. Na conversa, Cruz disse que Peixoto repassou modelos de escolas chinesas que o grupo de Cachoeira construiria para posterior aluguel pelo Estado.

Kátia Abreu sai em defesa dos corruptos

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) apresentou requerimentos para convocação do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), e do secretário de Governo de Palmas, Pedro Duailibe. Segundo ela, motivo são as interceptações telefônicas que mostraram que uma ex-assessora da deputada Solange Duailibe (PT), teria recebido R$ 120 mil da construtora Delta.

Entretanto, o governador de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB), aliado da senadora Kátia Abreu, mas isso, ela não viu, ou faz vistas grosas, ele também foi citado em áudios da Polícia Federal. Em uma das conversas, Cachoeira diz a seu auxiliar Gleyb ter um encontro marcado com o tucano para tratar de assuntos relacionados à Superintendência da Polícia Federal em Goiânia. Em outra conversa, Cachoeira diz estar ao lado do filho do governador, o ex-senador Eduardo Siqueira Campos, e outras pessoas importantes do Judiciário em um restaurante.

No cenário político eleitoral em Tocantins neste ano, o PSD da senadora é aliado do governador. O presidente estadual do partido, inclusive, é o vice-governador João Oliveira. Juntos, devem apoiar o deputado estadual Marcelo Lélis (PV) na eleição para prefeito de Palmas contra os candidatos do PT e do PMDB. Seria esse o motivo da senadora está usando o PT?

A atuação de Kátia Abreu chegou a causar uma indisposição com o PMDB por sua ferrenha defesa na convocação dos governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Kátia também pediu as convocações dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

O requerimento para convocação do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), é outro em que há suspeita de conotação eleitoral. Foi protocolado pelo deputado federal Filipe Pereira (PSC-RJ) no dia seguinte em que seu partido informou ao PMDB de que apoiaria o PSDB em Campo Grande.
Por: Helena™0 Comentários 
Posted: 11 Jun 2012 08:21 AM PDT




"Governador de Goiás prepara caravana de apoiadores e pensa no momento seguinte: estrutura de propaganda vai vender a ideia de que venceu algozes na CPI; ordem é intimidar; até deputados da comissão goiana vão como tropa de elite; integrantes do movimento #ForaMarconi marcarão presença
Vassil Oliveira, Goiás 247 / Brasil 247
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), prepara caravana de apoiadores para ocupar espaço em Brasília, nesta terça, 12, quando vai depor na CPI mista do Cachoeira. O objetivo é mostrar respaldo popular, força política e, indiretamente, intimidar os parlamentares que vão se ocupar das perguntas – os seus algozes, numa definição que corre os corredores do Palácio das Esmeraldas. E, depois, comemorar. Comemorar o fim de um momento difícil de questionamentos, dúvidas e críticas no Estado e fora.
Seus apoiadores, no entanto, vão esbarrar no contraponto que tem lhe tirado o sono em Goiás: os integrantes do movimento #ForaMarconi. Sem dinheiro, sem respaldo político da oposição – que está silenciosa e inativa, como se nada estivesse acontecendo –, por conta própria, eles também se organizam para marcar presença na capital federal e deixar sua marca.
A estrutura do governador é maior e profissional. Vai preparada para dar show, segundo revelou um nada animadointegrante ao 247. Ele foi 'escalado', vai cumprir ordem. O show vai se estender ao pós depoimento, em uma ação concatenada e estratégica de comunicação pensada por equipe de fora – já que a local tem cometido deslizes que vem complicando a vida do tucano.
Por essa estratégica, foi montada estrutura preparada para já no momento em que Marconi começar a responder às perguntas, 'vender' a ideia de que o governador esclareceu todas as dúvidas e que, apesar de tentarem aniquilá-lo, ele não se deixou abater por Lula e todos os inimigos. Serão usadas as redes sociais e todos os veículos de comunicação alimentados com farta verba públicas nas últimas semanas.
É neste sentido que a propaganda vai trabalhar: vítima de ódio, ainda assim Marconi Perillo venceu. Daí em diante, será 'inaugurado' um novo momento no governo, com uma arrancada já preparada para mostrar que essa guerra estaria superada e que Marconi está olhando para a frente. Não à toa, o governador já deixou vazar até que até o final do ano vai fazer as mudanças que vem adiando e que, dessa vez, montará o "seu" governo, com nomes que escolherá sem a amarra das alianças políticas."
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:480 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 11 Jun 2012 07:40 AM PDT
Via Vera Martins
Mentiras da Revista Veja
por Deputado Federal Romário, domingo, 10 de Junho de 2012 às 17:25
Galera, venho aqui, através desse espaço que todos sabem que é um espaço democrático, dizer o seguinte : é mentira, mau-caratismo, safadeza e falta de honestidade e hombridade da revista Veja e, principalmente, a matéria que saiu hoje: Rebeldia eleitoral (pag. 51).
Primeiro que em nenhum momento entrei em nenhum tipo de briga ou discussão sobre a prefeitura do Rio de Janeiro. Segundo, já sabia há bastante tempo, desde a eleição passada que o nosso partido já teria feito uma coligação pra majoritário, ou seja, prefeito com o PMDB do Rio de Janeiro. É mentira que fui impedido pelo presidente do PSB que, felizmente ou infelizmente, acabamos não tendo oportunidade de conversar sobre esse assunto  e em relação ao presidente do partido nacional, que é hoje o  governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos, também não tivemos nunca uma conversa sobre isso apesar de que ele realmente não me atende há seis meses.
 Em relação ao apoio ao PSOL, ou seja, candidato sério, honesto e íntegro,  Marcelo Freixo, ao qual tenho grande admiração e respeito, também nunca conversamos sobre nenhum tipo de apoio. Quero dizer que as minhas ações na política foram, são e serão sempre públicas, pra que as pessoas, principalmente aquelas que me colocaram como Deputado Federal, entendam quais são as minhas ações.
O mesmo vale para o Município de Duque de Caxias que, com todo respeito, nem sei quem será o candidato do PSOL. Em relação a Prefeitura de Caxias, quero dizer que, antes de mais nada, sou PSB e, dentro da legalidade eleitoral, acredito eu que talvez isso não seja nem possível porque lá estará disputando um candidato que é, por coincidência, candidato e presidente do meu partido.

Posted: 11 Jun 2012 07:34 AM PDT


"O que ocorreu, de fato, foi o súbito desnudamento de um esquema de uso de caixa 2 de campanha eleitoral..." - trecho do editorial do jornal Zero Hora (que apoiou o golpe de 1964), publicado na edição do último dia 8 de junho, sexta-feira passada (fac-símile acima).
Quem é o jornal Zero Hora? Pertence ao grupo RBS (leia-se família Sirotsky), formado por um conglomerado de rádios, tevês e jornais do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Trata-se de um grupo de comunicação ilegal, porque infringe a determinação legal que proíbe o monopólio de emissoras em um mesmo território. São retransmissores da programação da TV Globo no RS e SC.
É de registrar a mudança de entendimento do grupo RBS, face ao caso conhecido como "mensalão". Durante sete anos, os órgãos de comunicação deste grupo seguiram o resto da tradicional imprensa brasileira, sempre garantindo que o primeiro governo Lula havia instituído um "esquema de mensalidade a deputados" com a finalidade de garantir plena maioria na votação de projetos do interesse do bloco no poder. Hoje, o jornal ZH volta atrás e admite que houve apenas o "uso de caixa 2 de campanha eleitoral".
Até poucos dias atrás, o grupo RBS era dirigido por um filho do seu fundador, Maurício Sirotsky Sobrinho, quando este cedeu lugar a um sobrinho seu, portanto neto do fundador Maurício. De qualquer forma, parece não haver qualquer relação de causa/consequência na mudança de entendimento sobre os fatos de 2005 e que serão julgados a partir de agosto próximo pelo STF. Ao contrário, o governo do petista Tarso Genro é atacado quase que diariamente pelos órgãos da RBS. É muito comum, as editorias da RBS cobrarem de Tarso todo o contencioso de deficits sociais e de infraestrutura acumulado ao longo de décadas de governos omissos e desinteressados dos seus deveres constitucionais. Recentemente, o jornal ZH estampou como manchete a posição de último lugar do RS no quesito qualidade do ensino médio. O dado em si está correto, entretanto, não é ético e honesto cobrar de um governo que está há poucos meses na administração estadual um contencioso tão antigo.
O motivo desta prática militante e panfletário do grupo RBS é um segredo de polichinelo: a senadora Ana Amélia Lemos (ex-celetista da RBS) é a candidata preferencial deste misto de grupo midiático e partido político conservador ao Palácio Piratini na sucessão de Tarso Genro, em 2014.
O governador Tarso Genro, portanto, que se prepare, a investida demagógica e eleitoreira da RBS só tende a recrudescer.

Posted: 11 Jun 2012 07:30 AM PDT

Todo ano elitoral em que José Serra é candidato,  é assim. Em toda eleição nós aqui falamos a mesma coisa. José Serra é covarde. Em frente as cameras de TV, Serra dá uma de santo, o homem bom. Por traz, nos bastidores, dá ordens para para atacar, bater, espalhar e-mails apócrifos, como na campanha á presidência...

Nesta campanha a baixaria continua; Uma matéria publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo, mostra que José Serra não mudou em nada. Leia... "Em fase 'paz e amor', Serra terceiriza ataques "

O pré-candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, passou a "terceirizar" para o PSDB a exploração de assuntos polêmicos e que não constam da agenda municipal.

Para evitar nacionalizar a disputa eleitoral deste ano e se poupar, tem se blindado de temas controversos.

A exploração política da greve nas universidades federais, do julgamento do mensalão e da polêmica entre o ex-presidente Lula e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, por exemplo, foi delegada a dirigentes do PSDB e a líderes tucanos no Congresso. Mas o tom dos ataques aos adversários e até as notas divulgadas à imprensa passam pelo crivo da assessoria de comunicação da campanha de José Serra.

O objetivo é acentuar a relação do tucano com temas municipais, já que sua imagem ainda estaria "contaminada" pela disputa nacional de 2010. Também visa a preservar Serra,que ao deixar de ser o emissário dos ataques passaria, então, a candidato "paz e amor", expressão usada por Lula na campanha de 2002,quando liderava as pesquisas e evitava entrar em confronto com outros candidatos.

Na semana passada,o pré-candidato se manteve longe de polêmicas.

Mas em nome dele o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, o líder do partido no Senado,Álvaro Dias( PR),e o vereador paulistano Floriano Pesaro responsabilizaram o pré- candidato Fernando Haddad (PT), ex-ministro da Educação,pela greve das universidades federais, num movimento que teve como origem o QG da campanha serrista. "A gestão dele não o credencia a ser prefeito", chegou a dizer Guerra.

Há dez dias,tucanos organizaram um ato de desagravo a Mendes, depois que o ministro disse ter sido pressionado por Lula para postergar o julgamento do mensalão. O encontro foi esvaziado após a coordenação da campanha avaliar que, mesmo encabeçado por parlamentares, respingaria em Serra. "Qualquer movimento ligando o candidato a tema nacional tira a legitimidade da candidatura a prefeito.

Cria uma névoa.E é isso que queremos evitar", disse um tucano.


Para o PT, a nacionalização do debate por tucanos,em nome de Serra, não atrapalha o petista.

"Haddad não tem nada a ver com o mensalão. Sempre esteve distante disso.

Não vai afetar em nada", avaliou o coordenador da campanha, Antonio Donato. "Já fizeram isso e não deu certo em 2010. Não vai dar de novo." Segundo o vereador José Américo (PT), em eleições passadas a sigla encomendou pesquisas que detectaram que a pecha do mensalão não teria influência sobre seus candidatos - em 2010, por exemplo, Dilma Rousseff não foi "contaminada" pelo caso.
Por: Helena™0 Comentários 
Posted: 11 Jun 2012 06:59 AM PDT


"A grande imprensa tomou um pouco de partido nessa questão do mensalão", disse o advogado Márcio Thomaz Bastos. "Ela elevou a um ponto simbólico muito forte esse mensalão que vai ser julgado (do PT), deixando de lado os outros mensalões [do PSDB de Minas e do DEM de Brasília]."
Thomaz Bastos discorreu sobre o tema numa entrevista televisiva à repórter Mônica Bergamo e ao sociólogo Antonio Lavareda. Pode ser assistida aqui. Durou 34min17s. O mensalão entrou na conversa aos 18min04s.
Ex-ministro de Lula e defensor de um ex-dirigente do Banco Rural que compõe o rol de 38 réus do mensalão, Thomaz Bastos declarou-se "a favor da liberdade de imprensa" e contra "o controle social" da mídia. Porém…
O advogado afirmou que a imprensa "deve ser criticada quando erra". E, na opinião dele, "essa ênfase que está se dando a esse julgamento [da ação penal do mensalão] parece errada."
Ele disse que já advogou "dos dois lados" –"Tanto já defendi casos em que tinha a opinião publica e publicada a meu favor, é uma delícia você fazer isso, como já enfrentei a contramaré. Já fui o sujeito que estava absolutamente na minoria, pegando a mão do réu no fim da escada, quando ele já estava crucificado."
Acha que a influência da mídia sobre os tribunais "é uma questão que tem que ser examinada e tem que ser revolvida no Brasil." Citou um par de exemplos: "Esse julgamento dos pais que mataram a menina [o caso Isabella Nardoni, que resultou na condenação, em 2010, de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá] , é exemplo típico de um julgamento que não houve, isso foi um justiçamento."
"Aquele outro caso mais antigo, da Daniela Perez (filha da autora de telenovelas Daniela Perez, assassinada em 1992), quando houve uma pressão enorme… Então, o julgamento se torna um não-julgamento. O julgamento se torna uma farsa."
Perguntou-se a Thomaz Bastos: acha que isso está ocorrendo no mensalão? E ele: "Não, não estou querendo dizer (isso). Tenho medo que ocorra. Tenho medo que haja uma publicidade opressiva, como dizia o Nélson Hungria. Será que é possível fazer um julgamento com uma publicidade opressiva em cima?"
Recordou-se ao ex-ministro que, num país como o Brasil, em que os acordos de gabinete por vezes prevalecem sobre os autos, a vigilância da imprensa é importante. Ele concordou: "Acho fundamental a vigilância da imprensa…" Mas só até certo ponto: "Agora, algumas vezes ela (a mídia) erra. No caso Nardoni, por exemplo, eu acho que foi um erro terrível."
Acrescentou: "Nesse caso da Daniela Perez, em que eram dois os réus, se um deles fosse inocente ou menos culpado que o outro, não fazia diferença. É uma máquina que vai empurrando tudo. É como se fosse uma tragédia grega. Tudo já aconteceu. Só vai fazer a encenação e chancelar o veredicto que já aconteceu lá atrás. Isso é a negação da Justiça.(...)"
Perguntou-se a Thomaz Bastos também como se sente no papel de advogado de defesa de Carlinhos Cachoeira e de um réu do mensalão. "É um desafio muito estimulante", ele respondeu.
Acredita que sua atuação ajuda a potencializar "um valor constitucional que também é importante se queremos implantar no Brasil um Estado democrático de direito, que é o direito de o sujeito ser ouvido antes de ser condenado."
Evocou um célebre compositor popular: "É como dizia Herivelto Martins, o marido da Dalva de Oliveira: primeiro é precico julgar para depois condenar. E no Brasil tem havido uma inversão muito forte disso."
Repisou: "Eu tenho defendio gente na contramáre com alguma frequência. E acho que o direito de defesa acaba sendo desprezado, acaba correndo riscos. E a gente tem que procurar fazer valer ele de todo jeito, porque é uma coisa fundamental, tão importante quanto a liberdade de imprensa."
Instado a comentar o contraste entre sua atividade atual e a imagem de ex-ministro da Justiça, chefe da Polícia Federal, Thomaz Bastos afirmou: "Fui advogado durante 50 anos. Aí, parei quatro [anos] para ser ministro da Justiça. Saí de lá faz cinco anos. Voltei a fazer o que eu fazia."
Comparou-se a outros ex-ministros: "É como os ministros da Saúde que saem e voltam a operar, como o Adib Jatene; como os ministros da Educação que saem e vão ser reitores; como os ministros de Fazenda, que vão trabalhar no mercado de capitais. Por que só eu não posso?"
Não considera adequado que confudam o advogado com seus clientes. "Acho que isso não faz o menor sentido. Quanto mais complexa, quanto mais sofisticada é uma sociedade, maior é o número de papéis que você pode exercer."
Lançou no ar um repto: "Enquanto estive no ministério da Justiça, eu desafio que alguém me aponte a defesa de um interesse privado. Eu tive uma lealdade às instituições e ao presidente da República. Agora não, voltei a ser o que eu era: um defensor dos interesses privados, do direito de defesa, da liberdade das pessoas. Quero ter liberdade para poder defender a liberedade dos outros. Esse é o meu papel. Estou absolutamente tranquilo em relação a isso."
Considera-se o protagonista de "uma cruzada" pela valorização do direito de defesa. "Se comigo acontece isso, que sou um advogado com 55 anos, um advogado que todo mundo mais ou menos conhece, imagine com um pobre de um recém-formado, coitado, que vai enfrentar um juiz e o juiz resolve que o cliente dele é culpado e tenta impedir o exercício do direito de defesa. Acho que isso tem que ser brigado fortemente. A OAB tem que entrar com mais força nessa luta, porque é fundamental para o país, para a democracia e para o Estado Republicano."
Nesse ponto, a entrevista escorregou de novo para o mensalão. Inquirido sobre suas expectativas em relação ao julgamento, Thomaz Bastos disse: "Eu tenho absoluta convicção de que o Supremo vai fazer um julgamento técnico, um julgamento levando em conta o que existe dentro das provas."
Voltou a falar do "peso que a imprensa tem na opinião pública e do peso que a opinião pública e a imprensa têm nos julgamentos." Disse que a influência é maior nas sentenças proferidas pelos tribunais de júri e pelos juízes singulares. Mas realçou que os tribunais superiores não estão livres do fenômeno.
"O juiz lê jornal, assiste televisão. O juiz não é marciano, mora na Terra, no Brasil. Realmente, essa é uma questão que volta, que é recorrente. (...) Agora mesmo eu estou vivendo um caso que, se não fosse uma defesa, o réu já estava fuzilado sem apelação e sem possibilidade de defesa."
Que caso? O caso de Carlinhos Cachoeira. "Tivemos que ir ao Supremo duas vezes e ao TRF, em Brasília, várias vezes. Inclusive para impedir uma audiência na qual ele já estaria, com certeza, condenado se essa audiência tivesse havido desse jeito. Num processo de 100 volumes, com uma denúncia de 200 páginas, queriam fazer debates orais de 15 minutos, 20 minutos."
Como ministro da Justiça, Thomaz Bastos influiu na indicação de pelo menos seis dos 11 ministros que integram o quadro atual do STF. Perguntou-se a ele se realmente acredita que esse colegiado pode sujeitar-se às pressões da mídia e da opinião pública.
Thomaz Bastos respondeu assim: "Todo mundo sofre influência." Ponderou: "Acredito piamente que o Supremo vai fazer julgamento equilibrado e técnico." Revelou uma ponta de receio: "Mas que sofre influência… E essa influência em si não é um mal. A publicidade opressiva é um mal, mas a influência sobre o juiz, o que ele lê de manhã, o que ele conversa com a mulher, ajuda ele a fazer um juízo."
O problema, declarou Thomaz Bastos, é "quando se começa a martelar, a oprimir, todo mundo de um lado só. (...) Aí é uma coisa que torna perigoso o julgamento." Voltou a relativizar: "Não no Supremo. O Supremo, na minha opinião, é infenso a isso. O Supremo Tribunal brasileiro tem uma história brilhante. Ele não se derrotou, não se curvou mesmo em momentos difíces da história do Brasil."
Voltou a martelar: "A imprensa tem uma dificuldade muito grande de se criticar, de aceitar que ela possa ter defeitos. Então, imagino que, num julgamento como esse do mensalão, (...) há a influência, sem dúvida. Mas essa influência, em relação ao Supremo, chega muito esbatida, vem muito de longe, porque eles são homens experimentados, são homens preparados, são homens probos e homens capazes de fazer um julgamento técnico e que se aproxime o mais possível da justiça."
Ministro na época em que o mensalão explodiu, em 2005, Thomaz Bastos engrossou o coro dos que consideram equivocada a decisão do STF de marcar para 1o de agosto o início do julgamento. "Haverá consequências eleitorais, sem dúvida, dependendo de como o julgamento ocorre. Não acredito que tenha sido uma boa solução fazer esse julgamento antes da eleição."
O ex-ministro, voz respeitável, está coberto de razão na defesa que faz do sacrossanto direito de defesa dos réus. O usufruto do contraditório não pode e não deve ser negado nem ao mais indefensável dos bandidos.
Impossível deixar de reconhecer, porém, a ironia da cena: uma pessoa que até ontem respondia pela pasta da Justiça agora comparece às varas e aos tribunais para se contrapor ao trabalho da Polícia Federal que se jacta de ter reaparelhado para combater a corrupção. No caso de Cachoeira, até o amigo Lula, em privado, considerou esquisito.
No mais, convém não perder de vista que a Constituição não diferencia o direito de defesa dos réus do direito do cidadão de ter livre acesso às informações. Se um juiz julga pelos jormais, de costas para os autos, não faz jus à toga. Deve-se bloquear o magistrado, não o fluxo das notícias.
Recorde-se, por oportuno, que o caso do mensalão provavelmente nem existiria não fosse o trabalho da imprensa. São decorridos sete anos desde que os malfeitos foram pendurados nas manchetes. Só agora o julgamento vai começar. Imagine-se o que sucederia se a imprensa não imprensasse.
Desnecessário lembrar, de resto, que, quando o julgamento ocorre no júri ou na sala de um juiz singular, a legislação brasileira assegura aos réus condenados mais de 40 recursos. A imprensa, obviamente, erra. Mas num sistema assim, tão permissivo, se uma sentença injusta não for reformada nas instâncias superiores, o erro do Judiciário se sobrepõe a qualquer equívoco que o noticiário possa cometer.
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No Blog do Esmael

Posted: 11 Jun 2012 03:35 AM PDT
@maria_fro Pensei já ter visto de tudo: Ex-ministro de Mubarak se compara a Lula em campanha eleitoral egípcia http://t.co/98enaKtN
@CarlosLatuff
Carlos Latuff
Na reta final para as eleições presidenciais 2012 do Egito, o candidato à presidência, Ahmed Shafik, lançou um comercial de TV no qual ele exibe o ex-presidente Lula e  se compara ao líder popular brasileiro. Shafik foi o último primeiro-ministro do ditador Hosni Mubarak e antes disso foi ministro da aviação civil. Ele é o candidato tacitamente favorecido pelos principais governantes militares e apoiado financeiramente por indivíduos pró-Mubarak e anti-revolucionários.
Tradução da narração do vídeo (por: Diego Casaes):
Mohamed Amin, um talentoso escritor, escreveu que o presidente brasileiro Lula da Silva transformou significativamente o Brasil, ganhando o respeito de todo o mundo e elevando a economia a níveis impressionantes.
Apesar de "da Silva" ser um simples trabalhador que engraxou sapatos, o seu povo acreditava nele e lhe depositou confiança, pois sua capacidade era conhecida.
Eles não o chamaram de traidor ou o xingaram. Não comentaram sobre seu nível educacional, religião, seu trabalho ou seu passado.
Se quisermos ser democráticos, de que serve os cigarros, ou a barba ou o casaco [Shafik gosta de vestir casacos]? Por que abrir fogo um contra o outro na televisão, e abrir fogo um contra o outro com difamação?
Não faz diferença que seja um tenente-general (Shafik tem a patente de tenente-general) ou um médico ou um embaixador ou um cientista nuclear. Queremos apenas um cidadão sincero. Não temos de concordar com a sua importância, mas elegê-lo, e acreditar nele, e que ele acredite no Egito.
É nosso convite para todos aqueles que querem servir ao Egito, com conciliação nacional, pelo bem do país que todos amamos. E como disse Mohamed Amin, deixe que a urna tenha a palavra final. Se quisermos que a eleição seja democrática.
Shafik, presidente para a República. Ação… e não palavras.


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Do Maria Frô.


Posted: 11 Jun 2012 03:21 AM PDT


Segundo o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, a Procuradoria do Trabalho da 1ª Região encontrou um cardápio com várias opções de irregularidades trabalhistas na Rede Globo do Rio de Janeiro: casos de funcionários com expediente de mais de 19 horas e desrespeito ao intervalo mínimo entre expedientes (11 horas) e não concessão do repouso semanal remunerado. "Foi constatado excesso de jornada e que este excesso é habitual, e não extraordinário", explica a procuradora Carina Bicalho, do Núcleo de Combate às Fraudes Trabalhistas.


Acordo firmado entre a empresa e o Ministério Público (MP) no fim de 2011 trouxe como resultado que a Rede Globo vai ter que contratar 150 jornalistas e radialistas para suas redações, além de pagar uma multa de R$ 1 milhão de reais.


Nos últimos cinco anos, esta foi a terceira vez que a emissora do Jardim Botânico teve constatadas irregularidades quanto a jornadas de trabalho. Com este acordo na Justiça, a Globo promove nos últimos meses a prática de novas escalas, garantindo folgas aos jornalistas e mais respeito aos intervalos interjornadas. Este ajuste de conduta chegou também no Infoglobo, que edita os impressos da família Marinho.




Em Nota, o Sindicato defende a importância do acordo e afirma que as irregularidades não se restringem à Rede Globo:


Ao conseguir que a TV Globo seja multada e obrigada a contratar 150 funcionários no prazo de um ano – até fevereiro do ano que vem – o Ministério Público põe o dedo numa ferida. Profissionais, não apenas da Globo, sofrem com as longas jornadas de trabalho, a falta de respeito às folgas semanais e aos intervalos de 11 horas entre uma jornada e outra. Sofrem sem que a população tome conhecimento.


Os trabalhadores que têm a missão de informar jamais são notícia quando o que está em pauta é o desrespeito às leis trabalhistas praticado pelas empresas de comunicação. Por motivos óbvios, os empresários não permitem que os seus próprios erros sejam noticiados. Esse tipo de censura é cláusula pétrea na lei interna das redações.


A multa de R$ 1 milhão aplicada à TV Globo é simbólica, mas serve de alerta a todas as empresas que agem da mesma forma. E a justificativa dos procuradores ao pedir a punição é contundente.


Os jornalistas, pressionados por um mercado de trabalho limitado, não devem sofrer calados. Com os devidos cuidados, precisam denunciar as irregularidades e se unir, através do Sindicato da categoria, na luta por melhores salários e condições de trabalho. Os veículos de comunicação, que fazem tantas denúncias de ilegalidades, têm a obrigação de cumprir a lei no que diz respeito ao seu público interno.




Procuradora critica pejotização


A procuradora Carina Bicalho afirma que a pejotização, que acontece na Rede Globo e em outras emissoras é artifício claro da precarização das relações do trabalho:


"PJ é uma forma que o capital descobriu para trazer o trabalhador para o lado dele, dizendo que o empregado está ganhando com isso", expõe a procuradora. No entendimento dela, quando essa prática ocorre com os altos salários, não há distribuição de riqueza, já que tanto a empresa quanto o profissional deixam de recolher impostos.




Íntegra da entrevista da procuradora, da Nota do sindicato e mais detalhes do processo você acessa aqui.


É bom que jornalistas e outros profissionais que são submetidos à pejotização pelas empresas saibam que a Justiça do Trabalho tem dado ganho de causa aos que entram com ação contra as empresas, como já publiquei aqui em Juiz do Tribunal Superior do Trabalho diz que TV Globo frauda contrato de trabalho de jornalista.


A jornalista Cláudia Cruz, que trabalhou como repórter e apresentadora (RJTV) na Globo do Rio, entrou com ação no Ministério do Trabalho solicitando que fosse reconhecido seu vínculo empregatício com a Rede Globo. No período em que trabalhou na emissora, Cláudia Cruz teria sido obrigada, segundo afirma, a "abrir uma empresa pela qual forneceria sua própria mão-de-obra".


O TST deu ganho de causa à jornalista:


A 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) obrigou a TV Globo a reconhecer vínculo de emprego com a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, contratada como pessoa jurídica.


O ministro Horácio Senna Pires, relator do caso, concluiu que o esquema "se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego". [reportagem completa aqui]




Se a moda pega, a Globo se ferra, pois jornalistas, atores, diretores (pelo menos os medalhões) sofrem do mesmo mal de Cláudia Cruz: também são obrigados a abrir uma empresa para fornecer sua própria mão-de-obra.


"Nesse contexto, concluo que se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho", afirmou o relator do agravo de instrumento no TST, ministro Horácio Senna Pires.


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Posted: 11 Jun 2012 03:17 AM PDT
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