quarta-feira, 25 de abril de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 24 Apr 2012 03:54 PM PDT


A Folha informa que o ex-governador José Serra, que agora jura que quer ser prefeito de São Paulo, dedica parte de seu tempo a fazer palestras para empresários. Outro dia desses esteve em Ribeirão Preto, a convite da associação comercial de lá. Segundo disse, fez dezenas de palestras neste ano. Não revelou quanto cobra por elas, mas garante que algumas são de graça.
Palestras para empresários do interior do Estado não são exatamente prioridade para quem está em plena campanha para a prefeitura paulistana. Assim sendo, tudo indica que Serra está preparando o caminho para voos mais altos, já que parece fora de propósito que os tais empresários paguem para ouví-lo contar sobre seus planos de governo para a capital - se é que ele tem algum.
De qualquer forma, como Serra é dono de seu nariz, ele dá palestras para quem quiser - ou para quem se dispõe a pagar por elas.
O interessante nessa história é o fato de ainda haver no Brasil algum empresário que deseje ouvir o que Serra tem a dizer sobre qualquer coisa - e a gente sabe que certos temas se tornaram uma obsessão para ele.
No momento em que o país parece estar se acertando cada vez mais, em que a economia resiste bravamente a uma seríssima crise mundial, em que o mercado interno floresce, é incrível que ainda haja gente que pague para receber lições de um político tão tacanho, tão démodé quanto ele, que como gestor se mostrou um desastre - olha aí o apagão viário paulistano! -, como economista é um zero - a receita que deu para livrar o país dos efeitos da crise econômica mundial é desastrosa -, e como líderança partidária é nada mais, nada menos, que um desagregador.
Cada um é livre para pensar do jeito que quiser e para fazer o que lhe dê na telha, mas é difícil  entender a cabeça de um empresário que se dispõe a seguir os "ensinamentos" de um sujeito que, se for eleito para qualquer cargo, vai, em primeiro lugar, destruir tudo de bom que a sociedade brasileira construiu nesses últimos anos.
Não consigo compreender o que leva um empresário, que deveria ser, em nome de sua própria prosperidade, uma pessoa pragmática, apoiar Serra e toda a ideologia excludente, preconceituosa e injusta que ele e seu grupo político disseminam.
A única explicação para que isso ocorra, para que um empresário abra mão dos bons ventos que têm impulsionado seus negócios, é ele ter uma identificação tão grande com o que pensa essa gente que quer levar o Brasil de volta ao passado que isso compromete a sua razão, seu discernimento, até mesmo o ato de raciocinar.
Parece loucura, eu sei. Mas quem paga para ouvir Serra e sua oratória ressentida, derrotista e ultrapassada não deve mesmo ser bom da cabeça.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 24 Apr 2012 03:47 PM PDT

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou na tarde desta terça-feira 24 que abriu denúncia na Justiça Federal em São Paulo contra o comandante do Destacamento de Operações Interna de São Paulo (Doi-Codi-SP) entre 1970 e 1974, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, e o delegado Dirceu Gravina por sequestro qualificado do bancário e líder sindical Aluízio Palhano Pedreira Ferreira em 1971.
Baseado em dois precedentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a extradição de militares argentinos e uruguaios acusados de sequestro em seus respectivos países, o MPF trabalha com a tese de que os chamados crimes permanentes, sequestro e ocultação de cadáver, não foram anistiados no Brasil.
Por serem crimes que necessitam do corpo do desaparecido para se provar a morte, os desaparecimentos forçados ainda estariam em execução. Logo, fora da Lei da Anistia que abrange os crimes cometidos entre 1961 e 1979.
Essa é a primeira ação do MPF em São Paulo para tentar responsabilizar criminalmente agentes do Estado envolvidos em violações dos direitos humanos durante a ditadura, mas houve outra iniativa em 2012. No Pará, o órgão utilizou a mesma tese para abrir denuncia contra o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, pelo mesmo crime contra ex-integrantes da Guerrilha do Araguaia em 1974.
O pedido foi negado, no entanto, pela Justiça Federal do Pará alegando a aplicação da Lei da Anistia.
Caso o juiz aceite a denuncia contra Ustra e Gravina, ainda atuante na Polícia Civil de São Paulo, ambos podem ser condenados a penas entre 2 e 8 anos de prisão.
Segundo o MPF, Gravina integrava uma das equipes do Doi-Codi na época do desaparecimento da vítima, tendo inclusive participado de todas as sessões de tortura de Palhano.
Palhano foi presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e da Confederação Nacional dos Bancários, além de vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT). Quando preso, tinha 49 anos de idade e seu último contato com a família ocorreu há exatos 41 anos.
Em 1964, Palhano teve os direitos políticos cassados e perdeu o cargo que ocupava no Banco do Brasil. Por causa da perseguição política, se exilou em Cuba onde ficou até 1970 e passou a ser monitorado pelos órgãos de repressão. De volta ao Brasil, ligou-se ao movimento da Vanguarda Popular Revolucionária, liderado por Carlos Lamarca.
De acordo com o MPF, a prisão de Palhano foi ilegal, pois os agentes do governo não estavam autorizados a atentar contra a integridade física dos presos ou cometer sequestros. Além disso, todas as prisões deveriam ser comunicadas a um juiz competente.
Testemunhas ouvidas pelo órgão dizem que ele foi levado ao Doi-Codi e depois movido para a Casa de Petrópolis, centro clandestino de torturas no Rio de Janeiro, antes de voltar para São Paulo em "estado físico deplorável".CartaCapital
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Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 24 Apr 2012 03:15 PM PDT





A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (24) que o Brasil tem que priorizar o transporte de massa como principal forma de deslocamento nos grandes centros urbanos. Ela anunciou investimento conjunto de R$ 32 bilhões entre governo federal e estados e municípios, no âmbito do PAC Mobilidade Grandes Cidades, para a construção de 600 quilômetros de vias, 200 quilômetros de trilhos, 381 estações e terminais e aquisição de 1.060 veículos para sistemas sobre trilhos.

"Nós somos um país que progressivamente seremos obrigados a ter no transporte de massa a forma preferencial de entrar nos grandes centros urbanos. Isso é inexorável. É inexorável, porque não vai ser possível, principalmente, porque o nosso país caminha – e nós queremos que ele caminhe celeremente para melhorar o seu perfil de renda, o seu perfil de necessidades – e, portanto, o nosso país caminha para a situação que países desenvolvidos têm hoje em termos de posse de veículos".
Os investimentos vão beneficiar 51 municípios em 18 estados, ampliando e elevando a capacidade dos sistemas de transporte coletivo nas grandes cidades brasileiras.


Artigos relacionados

Do Blog do Planalto.
Posted: 24 Apr 2012 02:58 PM PDT
Prima de Cachoeira foi empregada com ajuda de Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de sua assessoria, confirmou nesta segunda-feira, 23, que indicou Mônica Beatriz Silva Vieira para um cargo no governo de Minas atendendo a um pedido do senador Demóstenes Torres , então líder do DEM no Senado. Como todos sabemos, Demóstenes recebia ordens de seu sócio,Carlinhos Cachoeira
O governo mineiro do PSDB informou que a prima de Carlinhos Cachoeira foi nomeada para um cargo DAD 4, com salário de R$ 2.310,00.
Em um diálogo interceptado pela PF em 26 de maio do ano passado - um dia após a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado - Cachoeira pergunta a Mônica se "o salário lá é bom". Ela diz não saber. "Eu tentei pesquisar, mas não sai. Esses cargos comissionados não sai o salário."
Cachoeira responde: "Aqui (em Goiás) no mínimo um cargo desses aí é uns 10 mil reais." A prima conta que trabalhava na diretoria de qualificação profissional da Prefeitura de Uberaba. "Até briguei, falei 'se for menos eu tô perdida.'"
O secretário Danilo de Castro disse que a nomeação de Mônica foi em "comum acordo" com o deputado federal Marcos Montes (PSD-MG, ex-DEM). "Agora, pedido eu não lembro de quem.

Leia transcrição dos grampos da PF sobre nomeação de prima de Cachoeira
1) 13 de maio de 2011, Carlinhos Cachoeira liga para o senador Demóstenes Torres às 18h18:42.
Cachoeira: Ô doutor.
Demóstenes: Fala professor.
Cachoeira: Aquele currículo que eu te falei lá de Uberaba, da minha prima pô. O Manuel não te entregou, não?
Demóstenes: Não, deixa eu ligar prá ele aqui... tá dentro do carro. Esse rapaz ele é difícil, ele é muito burro, sabe? Eu vou olhar aqui.
Cachoeira: Não esquece de levar isso. É importantíssimo prá mim. Que tá tendo vaga lá, senão... você consegue por ela lá com Aécio... em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe.
Demóstenes: Não, tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar prá ele e te ligo aí.
2) 16 de maio de 201, Demóstenes fala com Cachoeira às 20h51:31
Demóstenes: Tá tudo certo, tá lá, amanhã cedo eu pego. Amanhã antes de eu falar com ele eu te ligo e você me explica direito, falou?
Cachoeira: Tá excelente, brigado doutor.
3) 17 de maio de 2011, às 7h19:45.
Demóstenes: Fala professor, só tô vendo currículo aqui. Tá assim, cargo, qualificação profissional, diretoria CEDECI, o que é CEDECI?
Cachoeira: Ele sabe lá. É Estadual lá, um cargo.
Demóstenes: Precisa decifrar, eu vou encontrar com o Aécio lá pelas 10 horas, só o que é CEDECI, prá perguntar direito, pra pedir direito.
Cachoeira: Tá, eu vou decifrar aqui e te falo aí.
Três minutos depois, às 7h21, Cachoeira liga para Demóstenes e o informa que a repartição chama-se Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social.
4) 18 de maio de 2011, às 11h52:05, Demóstenes liga para o bicheiro.
Demóstenes: Fala professor. A mulher trabalha no Estado?, ela é funcionária do Estado? O Aécio quer saber.
Cachoeira: Não, ela trabalha na Prefeitura Municipal de Uberaba.
5) 20 de maio de 2011, às 20h48:28, numa ligação de 39 segundos, Demóstenes diz ao contraventor que Aécio conseguiu o emprego para a prima.
Demóstenes: Seguinte, o Aécio arrumou o trem lá, e vão dar pro deputado um outro cargo. Agora, ele perdeu o currículo da mulher, então na hora que eu chegar aí você me dá o nome inteiro dela e o telefone prá eles ligarem, falou?
Cachoeira: Então tá. Qual cargo que é, você sabe?
Demóstenes: O que você pediu, ué.
6) 21 de maio de 2011, às 12h05, Cachoeira liga para Mônica Beatriz, sua prima.
Cachoeira: Eles vão te ligar aí, tá? O governador deu o OK aí no seu emprego aí de chefia.
Mônica: Hum.
Cachoeira: O Aécio acabou de ligar pro senador aqui, viu.
Mônica: Então tá.
Cachoeira: Já pegou seu telefone, mas fica com o telefone ligado que eles vão te ligar. Alguém do governo vai te ligar.
Mônica: Tá ok, pode deixar, tá bom.
Cachoeira: Então tá, tchau, me ajuda por lá.
7) 26 de maio de 2011, às 22 horas, Cachoeira e Mônica conversam durante 3 minutos e 47 segundos.
Cachoeira: A pessoa te ligou?
Mônica: Ligou, ligou no sábado de manhã.
Cachoeira: Quem foi?
Mônica: O Danilo de Castro.
Cachoeira: Ele é forte ali.
Mônica: Secretário de Governo, isso, daí me fez umas perguntas. Daí na segunda eu já me reuni com o Marcos Montes, né? Ele falou: 'Mônica, a sua nomeação deve sair na próxima semana'. Ele ficou de...ele iria prá Brasília e retornava amanhã e assim que ele chegasse ele me ligaria prá gente sentar e conversar.
Cachoeira: Sim, mas qual cargo?
Mônica: Diretor regional do Sedese.
Cachoeira: Uai, bom demais. Melhor ainda do que você queria.
Mônica: Nossa, eu fiquei feliz demais, inclusive tenho que agradecer muito, Carlinhos.
Cachoeira: A pessoa que vai sair do cargo é que não vai gostar, né?
Mônica: Eu falei isso com o Danilo, Falei: 'Danilo, eu não queria que prejudicasse a pessoa, ainda mais se for pai de família'. Ele falou: 'Você não se preocupe com isso porque nós já arrumamos um cargo, me parece que ele vai ficar até lá mesmo'
.
Cachoeira: É o Aécio, viu: Direto com Demóstenes, viu?
Mônica: Isso, ele falou que era uma solicitação do Aécio, ele enfatizou isso bem. 'É uma solicitação do senador Aécio, através do senador Demóstenes, e com o aval do governo Anastasi, bem claro, né? Mas eu te agradeço muito, muito mesmo.
Cachoeira: O salário lá é bom, né?
Mônica: Eu não sei o que que é, eu tentei pesquisar, mas não sai. Esses cargos comissionados não sai o salário.
Cachoeira: Aqui (em Goiás) no mïnimo um cargo desses aí é uns 10 mil reais.
Mônica: Aqui eu não sei, eu tentei pesquisar.
Cachoeira: É um c argo de superintendente aqui, dessa forma, diretor, aí deve ser uns 10 mil.
Mônica: Então, é uma superintendência que eu tô assumindo, é a Superintendência de Desenvolvimento Social.
Cachoeira: A que você estava era qual?
Mônica: Eu estava na diretoria de qualificação profissional.
Cachoeira: Municipal?
Mônica: É municipal, até briguei, falei 'se for menos eu tô perdida'.
Cachoeira: Quanto você ganhava lá?
Mônica: 5.
Cachoeira: deve ser uns 10, você vai ver, você me liga o dia que você assumir, tá.
Estadão.
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Posted: 24 Apr 2012 12:44 PM PDT


Agora que não é mais especialista em aviação de caça, com a saída de Nélson Jobim do Ministério da Defesa, a colunista Eliane Cantanhêde, da Folha, dedida-se a um assunto mais estratosférico: a interpretação telepática da mente humana.
Sua coluna de hoje  – leia aqui a transcrição feita pelo Paulo Henrique Amorim – traça um diagnóstico psicológico de "alta precisão" sobre o ex-presidente Lula.

"Dilma tem que administrar um dado político fundamental -o ego do padrinho."
"Quanto mais Dilma acerta e cresce, mais ele alimenta a paranoia de que tentam "desconstruir a sua imagem".
"Lula está absolutamente convencido de que foi o melhor presidente da história da humanidade, mas os adversários (entre os quais inclui a imprensa) não reconhecem."
"Ele não suporta ver a sua criatura se tornando mais admirada do que o criador. Sente-se injustiçado, senão perseguido, e reage com mágoa e rancor."
Impressionante. Isso é que é objetividade jornalística. Não é preciso um fato, uma declaração sequer, nada. Nem mesmo uma horinha de divã foi necessária para D. Cantanhêde traçar um perfil assim profundo da personalidade ególatra e rancorosa de Luiz Inácio Lula da Silva.
Sigmund Freud não faria melhor. Não sei como Cantanhêde não falou algo sobre D. Lindu, a mãe de Lula, para tornar mais precisa sua patética incursão pela psicanálise.
A colunista da "massa cheirosa" não pode ver em um operário – nem num ex-operário que chegou à Presidência – nada senão mesquinhez e baixeza.
Passa batido pelo fato de que Dilma foi candidata e elegeu-se pela força de Lula – e ninguém mais que a presidenta sabe e valoriza isso. E, muito menos, não percebe o óbvio: que Lula é o maior interessado em que Dilma continue acertando, porque – se resolver ser candidato -  terá a seu favor uma presidenta extremamente bem avaliada pela população, como ela o teve em Lula em 2010.
Mas Cantanhêde vive num mundo povoado por Serras, Jobins  e FHCs, onde a vaidade e a egolatria são os combustíveis de mentes sem compromissos com a massa mal-cheirosa.
E acaba julgando a todos pelos mesmos critérios e pelos critérios que lhe ditam seus próprios sentimentos e conceitos.
É realmente um caso de psicanálise, não de jornalismo político.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

Posted: 24 Apr 2012 12:38 PM PDT
Do Blog do Emir - 23/04/2012

Emir Sader*
O que melhor caracteriza o cenário mundial é a recessão no centro do capitalismo e a capacidade de manter níveis de expansão de suas economias, acompanhadas de distribuição de renda, no Sul do mundo. Claro que o crescimento de tres décadas seguidas da economia chinesa é alavanca essencial desse fenômeno. Mas ele é parte integrante do cenário, que revela a reiteração do modelo neoliberal no centro e modalidades de expansão com extensão dos mercados internos de consumo popular no Sul.

Antes do ciclo de crises atual, uma recessão no centro era devastadora para o sistema no seu conjunto, com efeitos ainda mais agudos na periferia, pela dependência da demanda, dos investimentos e dos créditos. Desta vez nossas sociedades sofrem os efeitos dessa retração, baixam seu ritmo de crescimento, mas não entram em recessão. Já existe uma certa multipolaridade econômica no mundo, de forma que o que sucede no centro não se transfere mecanicamente para a periferia.

A América Latina pode assim exibir ao mundo um outro modelo, que não apenas mantem ritmos de desenvolvimento econômico, mas o faz simultaneamente com a distribuição de renda. Tem portanto não apenas uma superioridade econômica, mas política, social e moral. Como uma de suas consequências, enquanto na Europa todos os governos que se submetem a processos eleitorais - de esquerda ou de direita – são derrotados, porque responsabilizados por politicas recessivas e devastadoras socialmente, os governos que colocam o modelo alternativo em prática na América Latina, tem sido eleitos, reeleitos e tem conseguido eleger seus sucessores.

Enquanto na Europa se produz um processo sistemático de empobrecimento da população, aqui tem diminuído sistematicamente a pobreza e a miséria. Os países europeus, que tinham recebido grande quantidade de trabalhadores imigrantes, veem agora uma parte destes retornar a seus países, enquanto nacionais passam a buscar trabalho em outros países e continentes.

A maior disputa política hoje no mundo se dá entre o modelo neoliberal mantido no centro do capitalismo e o modelo latinoamericano.

*Emir Sader. Sociólogo e cientista político.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 24 Apr 2012 11:38 AM PDT



No dia 1º de setembro de 2008, os Ministros Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto saíram da sede do STF (Supremo Tribunal Federal) atravessaram a Esplanada dos Ministérios e entraram no Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República, Luiz Ignácio Lula da Silva.
Foi uma reunião tensa, a respeito da suposta conversa grampeada entre Gilmar e o senador Demóstenes Torres. Os três Ministros chegaram sem nenhuma prova concreta sobre a autoria ou mesmo a existência do tal grampo. Mas atribuíam-no irresponsavelmente à ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e exigiam de Lula providências concretas.
No auge da reunião, Gilmar blasonou: "Não queremos apenas apuração, mas punição".
Bastaria Lula ter perdido a paciência e endurecido o jogo para criar uma crise institucional sem precedentes, entre o Supremo e o Executivo. Sua habilidade afastou o risco concreto de uma crise institucional, à custa do sacrifício do diretor-geral da ABIN, delegado Paulo Lacerda, afastado enquanto durassem as investigações.
Tanto no Palácio como na Polícia Federal e no Ministério Público Federal sabia-se que o grampo, se existiu, não havia partido da ABIN nem da Operação Satiagraha, já que nenhum dos dois – Demóstenes e Gilmar – eram alvo de investigação.
Foi aberto um inquérito na PF que concluiu pela não existência de qualquer indício, por mínimo que fosse, de que o grampo tivesse existido.
O país esteve à beira da mais grave crise institucional pós-redemocratização devido a uma conspiração envolvendo Demóstenes Torres-Carlinhos Cachoeira, a revista Veja e, direta ou indiretamente, o Ministro Gilmar Mendes.
Pouco antes do episódio, o assessor da presidência, Gilberto Carvalho, foi procurado por repórteres da revista com a informação de que ele também havia sido grampeado. Descreviam diálogos que teria tido com interlocutores.
A intenção era criar um clima de terror, passar ao governo a impressão de que a ABIN e a Satiagraha haviam saído de controle e estavam espionando as próprias autoridades. E, com isso, obter a anulação da operação que ameaçava o banqueiro Daniel Dantas.
É bem possível que os tais diálogos de Gilberto tenham sido gravados pelo mesmo esquema Veja-Cachoeira que forjou um sem-número de dossiês, muitos deles obtidos de forma criminosa e destinados ou a vender revista, impor o medo nos adversários, ou a consolidar o império do crime do bicheiro.
Durante anos e anos foi um festival de assassinatos de reputação, de jogadas pseudo-moralistas visando beneficiar o parceiro Cachoeira.
A revista tentou se justificar, comparando essas jogadas ao instituto da "delação premiada" – pelo qual promotores propõem redução de pena a criminosos dispostos a colaborar com a Justiça. No caso de Cachoeira, suas denúncias serviam apenas para desalojar inimigos e reforçar seu poder e o poder da revista.
Esses episódios mostram o poder devastador do crime, quando associado a veículos de grande penetração.
É um episódio grava demais, para ser varrido para baixo do tapete.
Luis Nassif
No Advivo

Posted: 24 Apr 2012 11:29 AM PDT
Auditório vazio na palestra de José Serra na Associação Comercial de Ribeirão Preto.
( http://goo.gl/R1Ehx )
Cachê cobrado por Serra gera indignação entre Comerciantes e Lojistas.
Na segunda-feira, o pré-candidato tucano a prefeito de São Paulo José Serra, abandonou a paulicéia de novo e foi fazer campanha presidencial em outra cidade a 313 km da capital.

Ele foi fazer uma palestra na Associação Comercial de Ribeirão Preto (ACIRP), cujo tema foi política nacional que serão abordados na campanha presidencial de 2014 e não temas muncipais.

Mas a campanha presidencial extemporânea na cidade foi um fiasco. No auditório, a maioria das cadeiras estavam vazias (foto), apesar da entrada ser gratuita.

Apenas quatro políticos  foram vistos na palestra: o vice-prefeito do PMDB, dois vereadores tucanos e um deputado estadual do PDT, o que mostra um abandono de Serra pelo próprio partido.

A presença do tucano causou mal-estar para a ACIRP, principalmente depois de saber que José Serra cobrou cachê pela palestra.
Já causava celeuma o excessivo aparelhamento e apoio da Associação aos tucanos, com articulações junto ao tucanato local e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP), percebidas em reunião na semana passada. O convite à Serra acentuou essa percepção.
Mas o que causa maior indignação à Comerciantes e Lojistas associados é quando veio ao conhecimento público que José Serra cobrou cachê pela palestra.
Afinal, além do tucano ganhar palanque para fazer divulgação política, ficou o sentimento de que suas contribuições financeiras para manter a Associação estavam virando uma espécie de "mensalinho" para o candidato tucano. Mas isso já é assunto para outra nota.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 24 Apr 2012 11:24 AM PDT


"Nesta terça, James Murdoch se explica no parlamento inglês pela prática de grampos ilegais; "Se eu soubesse, teria cortado o câncer", declarou; no Brasil, Roberto Civita, da Abril, mobiliza um exército para não ser convocado; mas ele deu azar: a Inglaterra ainda é um farol da liberdade
Brasil 247
Se ainda faltavam argumentos para aprovar a convocação do empresário Roberto Civita, dono da Editora Abril, na CPI sobre Carlos Cachoeira, que iniciará suas atividades nesta quarta-feira, eles caíram por terra na manhã de hoje. Em Londres, o empresário James Murdoch, filho do magnata australiano Rupert Murdoch, dono da NewsCorp, maior grupo de mídia do mundo, tenta se explicar sobre as atividades do jornal "News of the World", um tabloide centenário que foi obrigado a fechar quando se descobriu que seus jornalistas publicavam grampos ilegais.
Como se sabe, a Inglaterra não é um país que restringe a liberdade de imprensa. Ao contrário, é um dos países mais liberais do mundo, onde todos os assuntos podem ser discutidos abertamente – inclusive, a própria imprensa.
Sobre os grampos do "News of the World", Murdoch filho disse que não tinha ideia alguma do que se passava no jornal. E afirmou que, se soubesse, "o câncer teria sido cortado imediatamente". Graças ao depoimento, transmitido ao vivo por várias televisões e websites, Murdoch passou a constar nos Trending Topics do Twitter, como um dos assuntos mais comentados do dia. Assim como ocorreu dias atrás com a hashtag #vejabandida."
Foto: Reuters TV / Divulgação
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:130 Comentários
Ainda do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 11:18 AM PDT
Bob Fernandes, Terra Magazine
"Pizza". Em qualquer canto, essa é a expressão que mais se ouve e se diz em tempos de CPI's. A palavra "pizza" tempera quase todo e qualquer comentário sobre as CPIS. Esse é o senso comum, é o que quase todo mundo pensa e diz, mas não é verdade que toda Comissão Parlamentar de Inquérito termina em pizza.
Antes, é preciso esclarecer algo importante: CPI não tem poder pra condenar nem mandar prender: as CPI's, quando terminam, encaminham suas conclusões para o Ministério Público. Prisões e condenações, que disso podem decorrer, são da competência das polícias e do Judiciário.
Vamos aos números, aos fatos, que são inquestionáveis. Essa leva recente de CPI's começa com a que ficou conhecida como "CPI do Collor". Bem, aquela CPI resultou na renúncia do Presidente da República – o que não é pouco, e seguido o rito democrático, um fato até então raro no mundo todo. Recordemos: no rastro daquela CPI, o tesoureiro de Collor, PC Farias, terminou sendo condenado e preso.
A comissão seguinte foi a dos Anões do Orçamento: 18 eram os acusados. Seis deputados foram cassados e 4 renunciaram para não perder o mandato. Da rumorosa CPI conhecida como a do "mensalão", 38 pessoas, entre parlamentares e empresários, serão julgadas pelo Supremo Tribunal. Então, como falar em "pizza"? O Supremo Tribunal é que irá condenar ou absolver, e não a CPI."
Artigo Completo, ::Aqui::
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Enviada por: Nogueira Junior/ 13:420 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 11:12 AM PDT




"A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (24) os projetos selecionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a área de mobilidade urbana nas grandes cidades. Ela defendeu a necessidade de ampliar os investimentos na construção de metrôs para dar mais agilidade e conforto aos usuários do transporte urbano.
"O Brasil tem que investir em metrô. Antes, as cidades não tinha condições de fazer isso porque era muito caro. Hoje, os governadores têm enorme dificuldade para construir metrôs com a cidade funcionando. É um duplo desafio", disse a presidenta. "Além disso, temos que olhar pelo lado sustentável, garantir menos tempo de vida a ser perdido pelas pessoas em um transporte de menor custo e de melhor adequação ao meio ambiente"
Ao apresentar o que chamou de "matemática humana do projeto", o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, reiterou que os canteiros de obras ligados a essa vertente do PAC vão gerar milhares de empregos.
"Mas, além do novo traçado urbano, vamos deixar um legado muito importante se considerarmos  que hoje os brasileiros ficam quatro horas por dia no trajeto casa-trabalho".
"Em muitas situações será possível fazer esse mesmo trajeto em apenas uma hora", acrescentou o ministro. "Isso significa que, na vida, serão três anos que deixarão de ser desperdiçados. Tempo livre que poderá ser dedicado a descanso, estudo e para ficar com os seus", completou."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 14:100 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 08:43 AM PDT
Matthieu, um trabalhador da construção civil de 31 anos que vive de contratos temporários, tenta entender porque os líderes europeus parecem estar mais concentrados em proteger as instituições financeiras do que em ajudar pessoas como ele.
A França tem uma imagem linda, afirmou em uma noite recente no estacionamento do Chateau de Vincennes. "Mas não é como nos países anglo-saxões. Lá, se você sabe fazer algo quando chega, você pode progredir. Esse é o sonho americano", afirmou.
"Você nunca vai ouvir ninguém em nenhum lugar do mundo falando sobre o sonho francês", acrescentou, observando uma fileira de motorhomes. "Não existem sonhos na França."
Não leio nada sobre a França  parecido a essa matéria do The New York Times desde que  devorei com os olhos o livro  Germinal de Émile Zola.
A ferocidade das minas de carvão é um nada diante da monstruosidade dos mercados financeiros.
O sonho americano demoliu, de fato, o sonho francês.
O liberté, fraternité, egalité foi devorado pela lógica do mercado e a França fraca e uma Inglaterra decrépita entregam a Europa à hegemonia alemã, como descreve o jornalista português Pedro Guerreiro:

A crise financeira reposicionou o poder no chamado eixo franco-alemão. E esse eixo pode agora passar a germano-francês. Pode? Pode. É isso que está escrito nas estrelas. Que a Alemanha mande na Europa pela primeira vez desde a segunda Guerra Mundial. Isso significará a transferência de riqueza dos países prósperos para os aflitos, uma política económica integrada, provavelmente mutualização da dívida: federalismo. É o que andamos a pedir, não é? É. Mas é preciso que os alemães estejam para isso. Que o ressentimento entre povos europeus o permita. E que os demais povos aceitem as regras dos alemães.
Estamos assistindo, 20 anos depois, o resultado da capitulação do pensamento de esquerda europeu à ditadura mental do neoliberalismo que o avassalou.
Os "Estados Unidos da Europa", como o sonharam, desde o século XIX, os mais humanistas dos pensadores europeus – Victor Hugo à frente – converteram-se na União Europeia, em grande parte, pela ascensão ao poder de uma camada de dirigentes social-democratas (Soares, Mitterrand, González e os precursores Olof Palme e  Willy Brandt).
Mas a União Europeia, hoje, tornou-se um pastiche do que a sonhavam aqueles homens.
Tornou-se uma imperial ditadurado capital, aprisionando os países mais que numa moeda, numa política econômica única. E, como única, um irremovível obstáculo para soluções próprias, nacionais e, sobretudo, populares.
A receita é sempre a mesma e dificimente dela qualquer governo escapará: cortar centenas de milhares de empregos  públicos, aumentar  impostos, abaixar salários para recuperar a competitividade, reduzir aposentadorias, abolir a proteção contra demissões e – ah! – drenar dos países em desenvolvimento – via capital e via empresas – o sangue econômico que já não flui num continente exangue.
É verdade que Nicolas Sarckozy teve uma grande derrota, o primeiro presidente que, no poder, não vence o primeiro turno da reeleição.
Mas nada assegura a vitória de François Hollande, do PS, no segundo turno, ainda mais porque o resultado da extrema-direita vai intimidar o seu enfrentamento em questões como a imigração.
Sobretudo, nada assegura que seja uma vitória para mudar.
Porque não é possível mudar dentro de um contexto onde as imposições do mercado – travestidas de políticas continentais – obriga governantes a serem sempre iguais.
E nada indica que aEuropa, tão cedo, vá deixar a estagnação econômica e a crise social.
Ela é uma panela de pressão, onde as eleições funcionam como uma válvula, apenas.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

Posted: 24 Apr 2012 08:38 AM PDT


Saiu hoje na pág. 2 da Folha (*):

(…)

A pesquisa – clique aqui para ler "Popularidade da Dilma não inibe Golpe contra ela" – ajuda a acalmar a ansiedade e a espantar os fantasmas de Lula, que, nas conversas com aliados, não para de reclamar da imprensa, da oposição e da "elite". Quanto mais Dilma acerta e cresce, mais ele alimenta a paranoia de que tentam "desconstruir a sua imagem".

Lula está absolutamente convencido de que foi o melhor presidente da história da humanidade, mas os adversários (entre os quais inclui a imprensa) não reconhecem. Insistem em dizer que o mensalão existiu, que ele impôs ministros que Dilma teve de defenestrar e que seu governo foi marcado por uma alegre convivência com fichas-sujas e oligarcas.

Ele não suporta ver a sua criatura se tornando mais admirada do que o criador. Sente-se injustiçado, senão perseguido, e reage com mágoa e rancor. Seu apoio à CPI é resultado desse sentimento: "doa a quem doer", ou seja, "doa ou não em Dilma".

O Datafolha é um bálsamo para as dores de Lula, que agora pode vangloriar-se pela escolha de Dilma como sucessora e continuar sentindo-se o "mais", o "melhor", o "mais amado", o "candidato dos sonhos".

Bálsamo para Lula, alívio para Dilma, que é cheia de dedos com Lula, ouvindo-o, reverenciando-o, mantendo-o no pedestal.

O resto é questão de tempo: até 2014, o "volta Lula" deve lentamente deslizar para o "fica Dilma".

Navalha

Em recente debate na Bienal do Livro – clique aqui para ler "CPI vai desmontar o 'espetáculo' da Globo" e aqui para ler "Costa e a visibilidade do crime organizado" – Emir Sader ofereceu uma explicação para o ódio contra Lula que habita o coração das Marine Le Pen do Brasil.
Lula desperta mais ódio do que Vargas despertou, disse Sader.
É um ódio de classe, disse Sader.
E por que ?
A elite, por meio de seus funcionários no PiG (**) e no PSDB de São Paulo, não perdoa o fracasso de Fernando Henrique e o sucesso retumbante de Lula.
Era para ser o contrário.
O cheiroso tinha que ser maior que o metalúrgico nordestino, que não tem um dedo e não fala inglês.
E não foi.
Pior: o sucessor de FHC foi Cerra, um derrotado.
O de Lula, uma vitoriosa.
(Sader foi entusiasticamente aplaudido !)



Não perca Emir Sader na Carta Maior.


Paulo Henrique Amorim

Também do Blog CONVERSA AFIADA.

Posted: 24 Apr 2012 08:33 AM PDT




À esquerda, brindeiro. À direita, brindeiro



O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu do professor Fábio Konder Comparato:

Caro amigo:

A ação direta de inconstitucionalidade por omissão nº 10, que tomou a sigla de ADO 10, foi proposta, como você sabe, pelo Partido Socialismo e Liberdade – PSOL perante o Supremo Tribunal Federal, a fim de que o Poder Judiciário declare oficialmente que desde a promulgação da vigente Constituição, ou seja, há vinte e três anos e seis meses exatamente, o Congresso Nacional, por pressão do oligopólio empresarial dos meios de comunicação de massa, não regulamenta os mais importantes dispositivos constitucionais, relativos à comunicação social. Exemplos: o direito de resposta (que é declarado direito fundamental na Constituição!) e a proibição do monopólio e do oligopólio, direto ou indireto, dos meios de comunicação social.

Pois bem, intimado a dar parecer no processo em 25 de março de 2011, o Procurador-Geral da República, que tem o prazo legal de 15 (quinze) dias para fazê-lo, até hoje não o fez.

Diante disso, o autor da ADO ingressou, em 22 de fevereiro p.p., com uma petição à relatora do processo, Ministra Rosa Weber, pedindo providências (petição anexa). Ora, da mesma forma, até hoje, passado mais de um mês, a relatora tampouco despachou a petição.

Abraço,

Fábio Konder Comparato



Em tempo: o amigo navegante há de se lembrar que o brindeiro Roberto Gurgel só tirou da gaveta o inquérito sobre Demóstenes Torres depois que parlamentares foram ao seu gabinete lembrar que "prevaricação" existe.

Leia a seguir a íntegra da petição que o professor Comparato encaminhou à Ministra Weber:

Excelentíssima Senhora Ministra Rosa Weber, Digníssima Relatora da Ação de Inconstitucionalidade por Omissão nº 10:


O PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE, autor da ação em referência, vem expor e a final requerer o que segue:


1.– No próximo dia 25 de março, completar-se-á um ano da remessa dos autos à Procuradoria-Geral da República, a fim de que ela emita o devido parecer no presente processo.

Segundo o disposto no art. 8º da Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999, que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República tem o prazo de 15 (quinze) dias para se manifestar sobre a ação proposta.


2.– A Constituição Federal, logo no primeiro de seus artigos, declara que "a República Federativa do Brasil [...] é um Estado Democrático de Direito".


Em um autêntico Estado de Direito, escusa lembrar, é absolutamente inadmissível que alguém, sobretudo um agente público, possa sobrepor sua vontade ou seu interesse particular à ordem jurídica, ou justificar-se do não cumprimento da lei por razões de ordem particular.

Escusa lembrar, ainda, que, de acordo com o disposto no art. 127 da Constituição Federal, "o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica". O que significa, a todas as luzes, que o Ministério Público não goza nem pode gozar de nenhum privilégio em matéria processual, devendo, como qualquer parte ou interveniente no processo, cumprir rigorosamente os prazos legais.


3.– Nessas condições, é a presente para pedir a Vossa Excelência:


1.que mande intimar o Exmo. Sr. Procurador-Geral da República a apresentar incontinente nestes autos o seu parecer;

2.que determine seja o Conselho Nacional do Ministério Público informado do fato, para as providências cabíveis.


Termos em que,

PEDE DEFERIMENTO.


De São Paulo para Brasília, 22 de fevereiro de 2012


___________________________

p.p. FÁBIO KONDER COMPARATO

OAB-SP nº 11.118


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Posted: 24 Apr 2012 08:03 AM PDT

'Fracassarão novamente os que preveem derrota da nacionalização do petróleo. Há nove anos, a Argentina avança – exatamente por desprezar o neoliberalismo

Mark Weisbrot, The Guardian / Outras Palavras
A decisão do governo argentino, de re-nacionalizar a YPF, antiga empresa estatal de petróleo e gás, foi recebida na mídia internacional com brados de ultraje, ameaças, presságios de tormenta e ruína e até xingamentos.
Já vimos este filme antes. Quando o governo argentino entrou em moratória da dívida externa, no final de 2001, e desvalorizou sua moeda algumas semanas depois, choveram lamentos e condenações na imprensa. A medida provocaria inflação descontrolada, fecharia o crédito internacional à Argentina e provocaria ao final escassez de divisas. A economia iria mergulhar numa espiral de recessão.
Nove anos depois, o PIB de Argentina cresceu cerca de 90%, o índice mais alto no hemisfério. Os índices de desemprego estão no patamar mais baixo de todos os tempos; tanto a pobreza quando a "pobreza extrema" foram reduzidas em dois terços. Os investimentos sociais, já corrigidos pela inflação, quase triplicaram. Provavelmente por isso, Cristina Kirchner foi reeleita em outubro, numa vitória arrassadora.
Esta história de sucesso raramente é contada, em especial porque implicou reverter muitas das políticas neoliberais fracassadas que – apoiadas por Washington e pelo FMI – conduziram o país a sua pior recessão, entre 1998 e 2002. Agora, o governo está revertendo outra política neoliberal dos anos 1990: a privatização do setor de petróleo e gás, que jamais deveria ter ocorrido."
Tradução: Antonio Martins
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:000 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 07:58 AM PDT




adNEWS
"A internet assumirá a segunda posição entre as mídias ainda em 2012, deixando o meio jornal para trás. De acordo com estimativa apresentada pelo IAB Brasil nesta terça-feira, 24, o digital crescerá 39%, fechando o ano com 13,7% de participação e faturamento na casa dos R$ 4,7 bilhões. Em 2011, a web representava 11% do polo publicitário.

O crescimento do mercado de buscas será de 50% e o de display (banner) terá incremento de 25%, informou o presidente da instituição, Fabio Coelho - que também preside o Google Brasil."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 11:480 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 07:54 AM PDT



 O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, e o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, vão concorrer às prefeituras de Campinas e São Paulo, respectivamente, por interferência direta do ex-presidente, e dentro de um projeto de mudança no perfil de um partido que, para Lula, esgotou o ciclo que vai de sua criação até a ascensão social de grandes massas da população não organizadas.
São Paulo - A intervenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições dos dois mais importantes municípios paulistas - São Paulo, capital e Campinas – tem um objetivo que transcende o pleito de outubro. Lula colocou em andamento uma estratégia que consiste em oxigenar o PT via seu núcleo paulista, estruturado a partir dos movimentos sindicais dos anos 80, e trazê-lo para uma realidade de democracia consolidada no país, mas de onde emerge uma classe desgarrada do sindicalismo, das associações de base ou da militância em movimentos sociais.
Essa visão dos desafios que o partido terá que enfrentar para se adequar a esse novo ciclo político foi exposta por Lula ao economista Márcio Pochmann, no ano passado, quando o chamou para conversar sobre a possibilidade de aceitar a candidatura petista à prefeitura de Campinas. Simultaneamente, Lula investiu no seu ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, para que assumisse igual papel, em outubro, na disputa pela prefeitura da maior cidade do país e da América Latina, São Paulo.
Pochmann e Haddad têm biografias parecidas. Ambos, muito jovens, estavam nas articulações que resultaram na fundação do PT. Os dois, em algum momento, tornaram-se quadros intelectuais do partido, ao seguirem carreira acadêmica. Ambos integraram a administração de Marta Suplicy (2001-2004) - Pochmann comandou a pasta do Trabalho e Haddad foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças, cujo titular era João Sayad. Haddad foi ministro de Lula; Pochmann assumiu, em 2007, a presidência do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).
Ambos podem ser enquadrados na classificação de "técnicos", por terem feito carreiras mais ligadas à academia do que à política institucional, mas não há como negar que, também por essas qualidades, foram parte e articuladores de políticas de gestão pública importantes.
"O PT é muito grande e terá candidatos a prefeitos de diversas origens. Haddad e eu somos os únicos que viemos do sistema universitário e com experiências mais intelectuais", afirmou Pochmann, em entrevista à Carta Maior. A escolha de dois acadêmicos que tiveram experiências na gestão pública federal, na opinião do pré-candidato em Campinas, é uma inversão na ideia de que uma prefeitura é apenas o início de uma carreira política: o espaço municipal é retomado como um elemento fundamental para o êxito de políticas públicas. "O sucesso do governo federal em políticas públicas decorre de experiências exitosas de prefeituras, como os bancos populares municipais, o orçamento participativo, políticas de distribuição de renda e o próprio Sistema Único de Saúde (SUS)", afirma Pochmann.
O movimento municipalista dos anos 70 e 80, se foi fundamental para a inovação da gestão, vive hoje uma fase de esgotamento, pela "pasteurização das políticas públicas", afirma o economista. As inovações daquele período foram absorvidas indistintamente pelas administrações municipais, independentemente dos partidos políticos a que pertenciam os gestores. Pochmann acredita que desafio para ele e Haddad é propor um novo ciclo de renovação de políticas públicas, numa realidade econômica em que o país tem uma melhor distribuição de renda e adquire maior importância no cenário internacional.
Pochmann, que se intitula da "esquerda democrática, que tem como valor fundante a radicalização da democracia", considera que essa vertente ideológica tem desafios próprios. O primeiro deles é o de reconhecer "um certo esgotamento da experiência democrática representiva" e, a partir daí, avançar e propor novos instrumentos de participação da população na gestão municipal. Um avanço seria associar os conselhos municipais, que hoje existem em todas as áreas da administração, a orçamentos participativos territorializados. "Hoje há áreas geográficas enormes, com grandes populações, e a ideia de um município centralizado na prefeitura, em um único espaço, distancia a participação popular", afirma o presidente do Ipea.
Outro desafio, segundo o pré-candidato, será lidar com cidades que tiveram uma forte experiência industrial e hoje se transformam em municípios de serviços. A cidade industrial empurrou as pessoas mais pobres para as periferias e comprometeu uma grande parte do tempo das pessoas com todos tipos de deslacamento. A cidade de serviços, com o avanço das tecnologias de informação e comunicação, não pressuporá grandes deslocamentos "se houver uma mudança da centralidade da cidade". O novo modelo é aquele em que o trabalho e a residência são mais próximos, "com forte presença do espaço público e da educação, que é o principal ativo dessa sociedade", diz Pochmann.
O outro grande desafio é a alteração na demografia das grandes cidades brasileiras. "Estamos vivendo uma transformação importante na queda da fertilidade brasileira e em duas décadas teremos uma regressão absoluta no número de habitantes e um aumento na proporção de pessoas idosas", observa. Esta é uma realidade para a qual o país não está preparado. "Vão sobrar escolas, haverá uma mudança no perfil profissional da população e será uma sociedade de jovens e adultos muito complexa, com forte dependência do conhecimento".
Maria Inês Nassif
No Carta Maior

Posted: 24 Apr 2012 07:48 AM PDT

Foi assassinado há pouco - (por volta de 00 h) - em São Luís, no Maranhão, um dos mais aguerridos e críticos blogueiros políticos do estado, Décio Sá.
Ele estava sozinho no Bar da Marcela - Estrela do Mar, na Av. Litorânea, da capital, onde Fábio Câmara, pré-candidato a vereador iria encontrá-lo. Décio pediu um prato com caranguejo quando foi alvejado por vários disparos – um deles na cabeça – por um motoqueiro que fugiu, sem deixar pistas.

Acredita-se que o crime tenha sido motivado por vingança, pois o jornalista Décio Sá, diariamente vinha denunciando ações fraudulentas de políticos em todo o estado do Maranhão. Em outras palavras, "acerto de contas"...
Décio Sá era repórter do jornal O Estado do Maranhão. No seu blog pessoal, colecionava milhares de acessos e algumas polêmicas pelo estilo crítico dos seus textos e dos assuntos que explorava. Ele dedicava o trabalho a cobrir a política do Maranhão e seu blog era o mais acessado no estado.
Seu site é http://www.blogdodecio.com.br/



Do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 24 Apr 2012 04:33 AM PDT

Quem achava – e, sobretudo, quem escrevia nos jornais – que a presidenta Dilma Rousseff estava temerosa do que a CPI do Cachoeira pudesse descobrir sobre os contratos da empreiteira Delta com o Governo Federal, vai ter de arranjar outra história para contar.
Ela mandou e o Ministério dos Transportes colocou na internet todos os contratos entre Dnit e a empresa. Que vai ser auditada até à medula dos ossos.
Enquanto isso, continuam secretos os diálogos – seriam mais de 200 – entre o padrinho da Delta, aquele que a Veja chama de "empresário de jogos" e seu editor de escândalos, Policarpo Júnior.
Em matéria de transparência, o placar é de 100 a zero.
Por mais mistificação que se faça, os fatos vão deixando claro quem tem medo que aflore toda a verdade.
E ela vai surgir, revelando a central de conspiração Veja-Cachoeira, uma associação para obter vantagens. Econômicas para o bicheiro, políticas para a revista.
Uma relação de cúmplices  que já dura quase uma década.

Agora, por mais que tente abafar, a Veja é a protagonista do escândalo. Um escândalo que vai deixar o caso Murdoch parecendo brincadeira de criança.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

Posted: 24 Apr 2012 04:29 AM PDT



Vamos por partes:

Ninguém "critica" Serra por ser veterano: ele é um veterano político de 70 anos de idade.
Nenhum adversário tenta "impor" a Serra a imagem de político antigo: ele é um político antigo de 70 anos de idade.
Não é por estar há 50 anos na política e ser conhecido por 99% da população que Serra pode parecer um político sem ideias novas: se em algum desses 50 anos ele tivesse sido inovador, suas ideias seriam lembradas. Ninguém lembra de suas ideias porque ele nunca as teve, tivesse-as e conhecê-las-íamos.


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Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 24 Apr 2012 04:25 AM PDT





SINOPSE:


O Agente Meio-Secreto 007BONDeblog na luta contra o Satânico Dr. DEMóstens, um poderoso Senador do Império Goiano, só tem como arma seu blog de três leitores, sendo que um (a) deles (as) é agente de contrarapongagem tucana infiltrada. 

O reforço na luta contra os 'maus' vem da união dos blogs independentes, também chamados de sujos. 

Juntos eles conseguem descobrir o esconderijo do satânico Dr. DEMóstenes, um BINGO situado e camuflado atrás das Cascatas de Perillo.

O "Filme" concorre ao Prêmio de MAL FEITOS ESPECIAIS, e de Melhor CANASTRÃO DO SENADO, digo, do cinema. Rodado em Película 3B - (bom - bonito - barato) pois o autor não conseguiu financiamento legal e não aceitou recursos nem de caixa 2 e nem patrocínio de EMPREITEIRAS.



APOIO: Organizações CACHOEIRA (VIA INCENTIVOS DA LEI DE DELAÇÃO PREMIADA)

Pré-lançamento: Plenário do Congresso durante a abertura da CPMI do Carlinhos e da Veja.

Faça um comentário e receba seu "convite especial". A viagem e hospedagem em Brasília é por sua conta.
<>

O Ministério da SAÚDE ALERTA: Rir é o melhor remédio.

Posted: 24 Apr 2012 03:41 AM PDT

http://www.dnit.gov.br/noticias/contratos-delta

A Globo, Veja, Folha, Estadão, Álvaro Dias, José Serra, Aécio Neves, José Agripino, queriam emparedar a presidenta Dilma na CPI do Cachoeira, através da empreiteira Delta Construções. Era essa a pauta que o noticiário desta imprensa demotucana martelava.

Pois a CPI do Cachoeira nem começou, e a presidenta Dilma já "nocauteou" a Globo, e o resto da oposição partidária e midiática.

Mandou o DNIT colocar na internet todos os contratos da Delta com o governo federal, com total transparência. Além disso a CGU abriu processo para declaração de inidoneidade da Construtora Delta.

A batata quente agora está passando de mão em mão dos governadores e prefeitos que tem contratos com a empreiteira.

E agora, Marconi Perillo, Geraldo Alckmin, Kassab, Anastasia, Siqueira Campos, Simão Jatene, quando vão fazer o mesmo?

Quanto ao senador José Agripino Maia (DEMos/RN) é a segunda vez que vai a "nocaute". O primeiro embate foi quando Dilma era Ministra da Casa Civil:



Por: Zé Augusto1 Comentários 
Posted: 24 Apr 2012 03:35 AM PDT



"Em artigo, ex-ministro de FHC elogia decisão de Cristina Kirchner de reestatizar a YPF; Bresser lembrar que, ao não controlar o petróleo, Argentina era a exceção, não a regra
Brasil 247
Enquanto analistas de vários países condenam a Argentina e até o The Wall Street Journal pede que o país seja expulso do G-20, um artigo sensato recoloca as coisas no seu devido lugar. Assinado por Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro de FHC, o texto "A Argentina tem razão", lembra que o país vizinho, ao não controlar sua principal fonte energética, era a exceção – e não a regra no mundo de hoje. Leia:
A Argentina tem razão
A Argentina se colocou novamente sob a mira do Norte, do "bom senso" que emana de Washington e Nova York, e decidiu retomar o controle do Estado sobre a YPF, a grande empresa petroleira do país que estava sob o controle de uma empresa espanhola. O governo espanhol está indignado, a empresa protesta, ambos juram que tomarão medidas jurídicas para defender seus interesses. O "Wall Street Journal" afirma que "a decisão vai prejudicar ainda mais a reputação da Argentina junto aos investidores internacionais". Mas, pergunto, o desenvolvimento da Argentina depende dos capitais internacionais, ou são os donos desses capitais que não se conformam quando um país defende seus interesses? E, no caso da indústria petroleira, é razoável que o Estado tenha o controle da principal empresa, ou deve deixar tudo sob o controle de multinacionais?"
Foto: Rogério Cassimiro/Folhapress
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:130 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 03:29 AM PDT

"Curva em alta de Dilma e Lula e reta descendente do PSDB mostram que vai ser difícil vencer o candidato do PT em 2014; Aécio, que não gosta de disputar sem grandes chances, pode ser levado a suceder seu afilhado político Anastasia em Minas


Minas 247 / Brasil 247
Em Minas, costuma-se dizer que o ex-governador e atual senador pelo estado, Aécio Neves (PSDB), não costuma entrar em jogo disputado. Só entra se a certeza de vitória for praticamente certa. Não era assim no começo de sua carreira na política: em 1992, por exemplo, foi candidato a prefeito de Belo Horizonte e ficou apenas em terceiro lugar.
Mas, desde então, não perdeu mais. Mais do que isso, articulou-se politicamente para sempre concorrer com favoritismo mais do que certo. Foi assim quando foi eleito e reeleito governador do estado; foi assim quando jogou seu futuro político na eleição de Antonio Anastasia como seu sucessor; e foi assim até quando optou por uma aliança com o PT do ministro Fernando Pimentel, em 2008, e elegeu Marcio Lacerda prefeito da capital mineira.
Agora, quando se prepara para sua maior cartada, Aécio Neves está num dilema: caso confirme sua candidatura pelos tucanos à presidência da República, em 2014, ele terá que rever sua estratégia. A nova pesquisa Datafolha, divulgada no início da noite de sábado, é um pesadelo para o PSDB.
Se for fiel a seus instintos políticos, Aécio, à luz do novo Datafolha, será empurrado para uma nova eleição ao governo de Minas. Seu afilhado político, Anastasia, não poderá tentar a reeleição. O PSDB não tem nomes fortes para 2014. E, finalmente, se Aécio trilhar esse caminho, tudo indica que sua candidatura seria vitoriosa - e, melhor para o senador mineiro, fiel a seus "princípios", já que provavelmente nenhum nome do PT ou outro partido ofereceria grande resistência eleitoral."
Matéria Completa, ::Aqui::

Enviada por: Nogueira Junior/ 21:350 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 24 Apr 2012 03:20 AM PDT
Ontem à noite, quando saí do cinema onde assistira ao filme da diretora britânica Phyllida Lloyd, me ocorrerem três coisas. Senti uma vontada danada de beber um uísque. Pura sugestão, é que madame Thatcher bebe o tempo inteiro do filme. Lembrei de Getúlio Vargas e da jornalista Gilda Marinho, uma figura meio folclórica no cenário high society porto-alegrense dos anos 70 e 80.
Me explico: Gilda Marinho foi atacada uma vez por um inimigo oculto e dado a brincadeiras pesadas e maliciosas. Tal pessoa mandou publicar nos classificados em jornal edição dominical um anúncio onde se vendiam dezenas ou centenas de garrafas de uísque vazias. "Tratar com Gilda Marinho, no telefone tal" - dizia o anúncio.
Confesso que desconhecia essa propensão à sede da Baronesa Thatcher. Sendo assim, vejo que a guerra das Malvinas foi um verdadeiro duelo de pinguços. Ninguém desconhecia na Argentina e arredores que o general Leopoldo Galtieri, presidente-ditador na época da guerra pelas ilhas do Atlântico Sul, era outro que abrigava uma pedra de sal na garganta e buscava a cura através da ingestão de hectolitros de álcool.
E falando sobre Getúlio Vargas já podemos comentar o filme sobre a dama de ferro. A imortal frase de Vargas, na hora da morte, "saio da vida para entrar na história", não serve para a senhora Thatcher. Ela ainda vive, mas a história já a abandonou, antes mesmo de convidá-la a adentrar o seu templo de glórias e ilusões.
A qualidade do filme de Phyllida Lloyd está justamente no fato de não entrar muito no mérito político da ex-primeira ministra da Grã-Bretanha. Ao mostrá-la no fim da vida, já enferma pelo Alzheimer, açoitada por fantasmas os mais diversos, mas em especial, Denis, o marido pimentinha, Phyllida faz um julgamento branco do legado político da Baronesa.
David Cameron, o atual primeiro-ministro britânico, igualmente conservador como ela, não gostou do filme, e perguntou "por que logo agora aparece um filme sobre Thatcher?".
Ora, a resposta parece óbvia. Tudo aquilo que foi sólido e sagrado, tudo o que foi construído/destruído por Thatcher agora se desmancha no ar e é profanado. Margaret não saiu da vida e nem entrou para a história.
Margaret é um zumbi condenado a escutar vozes e a ter que ligar todos os eletrodomésticos da sua vetusta residência para ter um segundo de sossego e paz de espírito. Como já não pode mais fazer uma faxina nacional no País, o faz no seu quarto atulhado de lembranças e espectros zombeteiros.


A abertura do filme é brilhante. Margaret apanha meio litro de leite numa mercearia de esquina e não é reconhecida por ninguém. Ao contrário, é ignorada com ênfase de má educação, um sujeito se atravessa no balcão e não respeita a fila do caixa, um negro jovem e muito alto roça o seu traseiro e não presta a atenção à sua idade e sobretudo à sua antiga condição de primeira mandatária do País.
 
Ela sente que voltou a ser a moça do cotidiano (no sentido lukacsiano), quando auxiliava o seu pai na quitanda da família, interior da velha Inglaterra. Chega em casa e tem uma pilha de livros para autografar, até que volta a assinar Margaret Roberts, seu nome de solteira. O inconsciente é malcriado, mesmo não consultado emite seus pareceres sobre nós mesmos, e sobretudo contra nós mesmos.
 
O carrossel da história volta ao seu ponto de partida. Tudo o que fez de sagrado, está sendo profanado. Ela já não se reconhece no mundo por ela forjado.
 
'A Dama de Ferro' é um filme sobre o ocaso do neoliberalismo, mesmo sem citá-lo uma única vez e ainda que modelado na linguagem da subjetividade de uma senhora muito idosa governada por sua memória, nem sempre amigável.
 
Margaret Thatcher foi a face do neoliberalismo, agora está no declínio da existência, cumpre um roteiro meramente biológico, porque a história já a rechaçou e a economia não mais a reconhece.
 
Margaret sente que já não é mais deste mundo e o fantasma de Denis Thatcher (o marido, que morreu em 2003) insiste em apontar-lhe o excesso de ambição pessoal e o excesso de uísque. Neste ponto, a diretora e a roteirista (Abi Morgan) usam um recurso narrativo de sutil mas aguda crueldade: os fantasmas são uma forma de autocrítica para quem - arrogante - é incapaz de fazer autocrítica.

O fenômeno Thatcher resultou da profunda crise de acumulação do capital experimentada pela Grã-Bretanha nos anos 1970. O sindicalismo foi muito organizado e logrou obter êxito na disputa por melhores salários, condições de trabalho e demais conquistas sociais do chamado welfare state.
 
Enquanto houve excedente para ser dividido com o capital, os trabalhadores ingleses souberam negociar de forma a se apropriar de parte do bolo produtivo. Quando sobreveio a crise escasseou a redistribuição, surgiram os conflitos, as greves (que não ocorriam desde 1926), a estagflação (inflação de 26%) e rápido aumento das taxas de desemprego (cerca de 1 milhão de pessoas, em 1975).
Passou a haver crise de legitimidade, aumento das dificuldades fiscais, crise na balança de pagamento e monumentais deficits orçamentários. Trabalhistas e conservadores (partido de Thatcher) se revezavam no poder entre 1974 e 1979, com aprofundamento crescente da crise e recrudescimento das greves (transportes, limpeza urbana, setor saúde e inclusive coveiros fizeram paralisações prolongadas).
 
É neste contexto de profunda crise do capital pondo fim a uma prolongada política de aliança de classes entre os trabalhadores e a grande burguesia decadente que emerge ascensional a estrela de Maggie Thatcher.
 
O filme mostra a dificuldade sentida por ela para se impor junto ao establishment do partido conservador, não só por ser mulher, mas sobretudo por ser filha de um pastor metodista e pequeno comerciante do Norte do País. Uma outsider adventícia no seio do baronato que foi e é íntimo da Coroa inglesa.
 
Pois, para não decepcionar la crema y nata da velha nobreza inglesa, a filha do quitandeiro (como a chamavam à socapa nos corredores do partido) fez de tudo para se impor como a mais realista do Reino Unido.
 
Assumiu o poder em maio de 1979, já mostrando a que veio. Fez provocações diretas aos então fortíssimos sindicatos de trabalhadores e esgarçou o frágil tecido das relações capital/trabalho ao máximo. Conseguiu com isso, estimular muitas greves prolongadas e que paralisaram o país, por muitos meses. A greve dos mineiros durou quase um ano de confrontos entre o Estado e os sindicatos. Tudo o que ela desejava, politicamente.
O desmantelamento do Estado de bem-estar social atacou as áreas da saúde, assistência social, educação pública, Universidades, a burocracia estatal e o poder judiciário. O salário mínimo foi extinto e os impostos passaram a ser regressivos (poll tax, onde os ricos pagam menos e os trabalhadores pagam mais impostos), como forma de estimular os investimentos privados, já que o Estado estava se exonerando da economia.
 
Thatcher comprava briga em várias frentes ao mesmo tempo e procurava se legitimar através de um programa habitacional de venda direta das propriedades do Estado aos seus antigos locatários.
 
O discurso para conseguir o consentimento legitimador calcava nas consignas do ultraliberalismo de Friedrich Hayek: direito de propriedade individual (o plano habitacional garantia isso), cultura do empreendedorismo e do individualismo, regras de controle, responsabilidade financeira e produtividade nas instituições públicas, estímulo aos valores conservadores da classe média (Thatcher é o próprio triunfo da classe média), incentivo ao consumo intensivo à custa do endividamento em massa dos assalariados (como forma de criar um compromisso inescapável com o sistema).
 
A partir deste ponto, o centro da vida é o mercado. A mercadificação de tudo significa direitos de propriedade sobre processos, coisas e relações sociais (Harvey), supondo que tudo sob o céu é passível de ser atribuído um preço - em dinheiro - e portanto negociável nos termos de um contrato legal.
 
É o surgimento do chamado homem unidimensional, de que falava Marcuse ainda em 1964. O mercado (e as mercadorias) é um guia próprio para todas as ações humanas, ou seja, o mercado é uma ética.
 
A meu ver o mais grave dos legados da era Thatcher (1979-1990) é a tentativa de abolição da esfera política.
 
A queda de braço com o movimento sindical visava a eliminação física dos trabalhadores, como atores sociais reconhecidos. Ela decidiu importar carvão mineral para não negociar a agenda dos mineiros ingleses.
 
Preferiu comprometer mais e mais as finanças já combalidas do Estado a recuar um milímetro no seu intento de esmagar a capacidade política e orgânica dos sindicatos.
 
A anulação e a subsunção da esfera política às desigualdades do mercado é a suprema maldade do ultraliberalismo thatcherista. É o seu legado mais forte e permanente. Se a política diz respeito à coexistência e associação de homens diferentes, como nos ensina Hannah Arendt, já se vê que a sua derrocada representa um retrocesso civilizatório.
 
Aniquilar o fazer político é o mesmo que erradicar a pluralidade humana, estreitar a capacidade que adquirimos culturalmente de buscar objetivos que contemplem o diferente e o desigual, numa síntese dinâmica, provisória e em vias de permanente aperfeiçoamento.

Matar a política é o mesmo que condenar o homem a renunciar a sua liberdade, é mantê-lo escravo das suas próprias contingências, batendo cabeça num eterno cotidiano opressivo e redutor.
 
O neoliberalismo é uma fórmula perversa de apagar a política em favor da ditadura dos mercados.
 
Os governos que sucederam a primeira-ministra Thatcher conseguiram abolir algumas medidas antissociais da ex-quitandeira, como: o salário mínimo (Tony Blair, trabalhista) e o imposto regressivo (John Major, conservador), mas a desqualificação da esfera política está sendo de difícil reversão, até porque isso se alastrou pelo mundo todo, com a crescente importância da economia sobre a política.
 
Nem a duplicação da taxa de pobreza na Grã-Bretanha, durante os 11 anos de Maggie no poder, pode ter repercussões tão deletérias como o ataque à política.
 
Talvez por esse motivo o filme de Phyllida Lloyd tenha igualmente um olhar tão distante da política propriamente dita, embora não seja um filme apolítico. Não o é. Mas, não falar não significa não ser.
 
'A Dama de Ferro' é um filme fortemente político, exageradamente politizado. Uma alegoria se notabiliza precisamente por não falar diretamente sobre a sua identidade. Uma alegoria é sempre um disfarce, uma representação do objeto ao qual se refere.
 
A diretora Phyllida e a roteirista Abi quiseram falar do neoliberalismo, justamente no momento do seu lento e inexorável crepúsculo, e o fizeram falando e narrando sobre Thatcher - hoje Baronesa Thatcher de Kesteven (viram ela também virou la crema y nata da sociedade british!) - no ocaso de sua vida biológica. Simples e direto como pôr um ovo em pé.
 
Não é à toa que a direita britânica, a comerçar pelo primeiro-ministro Cameron, não gostou do filme.
 
Claro, foram cínicos, alegaram que a ex-primeira-ministra foi retratada na sua demência senil, que isso é cruel, etc. Mas jamais admitiram que falar de Thatcher é falar da senilidade do próprio sistemão que ela criou.
 
Por esse singelo motivo eu reputo o filme 'A Dama de Ferro' de genial. E, depois, mulheres fazendo cinema, sempre resulta em algo inteligente e instigante.
 
Cristóvão Feil
No Diário Gauche

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