quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 20 Nov 2012 02:25 PM PST


      

Por: Lalo Leal


O próximo dia 7 é o dia "D" na Argentina: "D" de dezembro, de diversidade e de democracia. É o que diz um anúncio veiculado pela TV pública durante os jogos de futebol para lembrar a data da entrada em vigor da nova Lei de Meios Audiovisuais, aprovada há três anos pelo Congresso. Lembra também que apenas um grupo de comunicação insiste em não acatar a lei, aquele que reúne o conglomerado de veículos encabeçado pelo jornal El Clarín. São 240 TVs a cabo, quatro TVs abertas, nove estações de rádio AM e uma de FM. A nova lei impõe limites: uma empresa pode ser proprietária de, no máximo, 24 licenças para TV a cabo e dez para emissoras abertas de TV e rádio (AM e FM).
O objetivo é ampliar a liberdade de expressão dando voz a setores da sociedade emudecidos pela força do monopólio. Pela lei, as licenças de rádio e TV serão destinadas em partes iguais a emissoras estatais, comerciais e de "gestão privada sem fins lucrativos", algo parecido com as nossas comunitárias.
Ao se negar a cumpri-la, o grupo Clarín afronta o Executivo, autor do projeto; o Legislativo, que o debateu e aprovou; e o Judiciário, que, ao considerar constitucional a nova lei, deve zelar pelo seu cumprimento. Além do combate interno, o grupo busca apoio internacional, como ficou demonstrado na recente reunião da Sociedade Interamericana de Prensa (SIP), realizada em São Paulo.
No encontro, o caso argentino foi apresentado como atentado à liberdade de imprensa, servindo de mote para condenações de outros governos populares, como os da Venezuela, Bolívia e Equador. O curioso é que nesses países a mídia comercial é majoritariamente oposicionista e atua com total liberdade. Basta ver as manchetes e os destaques diários de jornais como o El Universal, de Caracas, o El Universo, de Guayaquil, o El Diário, de La Paz, o próprio El Clarín, de Buenos Aires, e grande parte dos programas de TV.
Mas a vida para seus proprietários não está mesmo fácil, e não é por causa dos governos. A razão está na crescente perda de credibilidade de suas publicações, cada vez mais descoladas dos avanços sociais inegáveis que ocorrem nesses países. A população, ao votar, leva muito mais em conta as melhoras que sente no dia a dia do que as imprecações estampadas nas páginas de jornais e revistas.
Ao lado, é claro, do apoio de novas formas de comunicação capazes de mostrar o outro lado da moeda, e não só a internet. Diante do cerco imposto pela mídia comercial, governos populares passaram a impulsionar meios alternativos. Foi a forma encontrada para respeitar a diversidade de opiniões e dialogar com a população sem filtros conservadores. Reside aí, ao que tudo indica, o maior desespero dos empresários. Sua verdade, antes única, passou a ser confrontada com outras ideias e informações, em alguns países. Trata-se de um abalo.
Em todos os encontros empresariais de comunicação sobram interrogações sobre o futuro dos veículos impressos. Aparecem da noite para o dia gurus pagos a preço de ouro para indicar novos caminhos. Falam em "paywall","muro de cobrança", em que o internauta acessa os conteúdos até um determinado limite de matérias. Depois disso, se quiser seguir, tem de pagar. A maioria mantém ainda edições impressas e virtuais simultâneas, enquanto outros tomam decisões mais radicais, como fez há pouco a tradicional revista Newsweek, ficando apenas na internet. De imediato esse parece ser o maior desafio da mídia tradicional. Mas a médio prazo a questão do conteúdo será o problema mais grave, não importando o suporte a ser usado, seja papel, seja tela. À medida que os níveis de renda e de escolaridade das populações latino-americanas crescem, suas exigências tornam-se maiores.
Partidarizações em campanhas eleitorais disfarçadas de "jornalismo independente"serão mais notadas e refutadas. Assim como erros de informação e pautas descartáveis, tão comuns hoje, serão desprezados. Como já começa a acontecer em alguns de nossos vizinhos, para desespero dos"donos da mídia". Brasil de Fato
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.
Posted: 20 Nov 2012 12:49 PM PST



Do Blog do Miro - terça-feira, 20 de novembro de 2012

 

Por Altamiro Borges


Diante da fragilidade da oposição demotucana, confirmada nas eleições de outubro, muita gente prevê que Joaquim Barbosa, relator do midiático julgamento do "mensalão do PT", poderá ser uma alternativa para a sucessão de 2014. "Calunistas" da mídia, que no passado satanizaram o ministro, hoje já trabalham com esta hipótese para enfrentar Dilma Rousseff, que segue batendo recordes de popularidade. Por enquanto é só especulação. Mas a posse de Joaquim Barbosa, nesta quinta-feira, até tem cara de pré-campanha.



Segundo o noticiário, cerca de 2 mil pessoas foram convidadas para a cerimônia de posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Além das personalidades do mundo jurídico e político, a lista inclui celebridades da área artística, como a apresentadora Regina Casé, o cantor Djavan, os atores globais Lázaro Ramos e Taís Araujo e o piloto Nelson Piquet. Uma delegação estrangeira também é esperada. Foram emitidos convites para juristas e acadêmicos da França, Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra.

Joaquim Barbosa será o 44º presidente do STF e o primeiro negro a comandar a mais alta corte do país. "É um fato histórico tão importante quanto a eleição do Lula", comemora Humberto Adami, amigo do ministro e integrante do Instituto de Advocacia Racial. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Câmara de Deputados, Marco Maia (PT-RS), também confirmaram presença na concorrida cerimônia. A direita nativa está excitada. O novo presidente do STF será a sua tábua de salvação para as eleições de 2014?
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PITACO DO ContrapontoPIG 


Vão ficando cada vez mais claras as  "atuações" estranhas e espetaculosas dos minitros do STF no julgamento do mensalão do PT.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 20 Nov 2012 11:35 AM PST


Se dependesse de Ali Kamel, todo-poderoso capataz da TV Globo, não haveria feriado nem manifestações no Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, em 20 de novembro. No livro "Não somos racistas", publicado em 2006 pela Nova Fronteira, ele garante que não há discriminação racial no Brasil e que todos vivem em harmonia. Obrado em plena batalha pela implantação das cotas nas universidades, o livro de 144 páginas serviu como instrumento da direita para combater as políticas afirmativas do governo Lula.
Para o jornalista metido a intelectual, o racismo não teria peso na cultura nacional e não contaria com o aval das instituições públicas e privadas. Nesse sentido, teorizava o autor, a implantação das cotas raciais teria um efeito inverso, negativo, estimulando o racismo. As teses do chefão da Rede Globo, porém, logo caíram no ridículo e "sociólogo" global virou motivo de gozação. Nesta semana, o estudo "Vozes da Classe Média", realizado pelo Instituto Data Popular, confirmou a visão elitista e racista de Ali Kamel.
Avanços das políticas sociais
Organizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o estudo revelou que as políticas sociais implantadas pelo governo Lula melhorara a renda dos negros no país. Nos últimos dez anos, ela cresceu em um ritmo cinco vezes maior do que a da população não negra. A soma dos salários dos negros (incluindo pardos) passou de R$ 158,1 bilhões, em 2002, para R$ 352,9 bilhões em 2012 – incremento de 123,2%. Também houve aumento da renda dos não negros, mas num ritmo menor – 21,1%. Ela passou de R$ R$ 272,1 bilhões para R$ 329,5 bilhões.
"Com a maior participação no mercado formal de trabalho (carteira assinada e direitos trabalhistas), mais acesso à educação e mais facilidades em conseguir crédito para o consumo, essa população viu a sua renda melhorar em um ritmo mais intenso. Além desses fatores, políticas públicas adotadas pelo governo federal – como aumento real de salário mínimo e programas sociais de transferência de renda, caso do Bolsa Família- contribuíram para o incremento", destaca o jornal Folha deste domingo (18).
Discriminação não foi superada
"A expansão da classe média foi resultado da entrada dos grupos sociais menos privilegiados, como o dos negros, e da redução das desigualdades. Oito em cada dez entrantes da classe média são negros", afirma Renato Meirelles, diretor do instituto Data Popular. Dos 40 milhões de brasileiros que ingressaram na chamada nova classe média, 75% são negros. "A entrada maciça de negros na classe média fez com que a participação desse grupo na classe média brasileira subisse de 38% em 2002 para 52% em 2012″.
Estes avanços evidenciam as besteiras escritas por Ali Kamel, mas não significam que a discriminação racial foi superada no Brasil. Ao contrário do que afirma o chefão da TV Globo, somos um país racista e isto se reflete no mundo do trabalho, nas escolas, no cotidiano. O racismo está presente nas instituições públicas e privadas. Daí a importância do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. É preciso lutar ainda muito mais para avançarmos na superação dos preconceitos, da opressão e da exploração em nossa sociedade.
Altamiro Borges

Posted: 20 Nov 2012 10:13 AM PST


O macartismo excretado pelo dispositivo midiático está corroendo os alicerces de uma cultura petista sedimentada desde os tempos de gestação e nascimento do partido. A inércia de uma tradição acomodatícia em relação à chamada grande imprensa chegou a um ponto de exaustão.

Marmorizada de ódio conservador e desrespeito pedestre no caso de alguns veículos e expoentes do colunismo demotucano, a guerra fria cabocla impõe uma experiência de acuamento até certo ponto nova na existência do partido - ainda que virulenta para saturar um ciclo.

Círculos dirigentes e militantes mais antigos não experimentaram nada parecido nem mesmo na sua origem, nos anos 70/80, quando operários do ABC se colocaram frontalmente contra o regime militar, em desafio aberto ao poder armado e empresarial.

Sedimentou-se então a suposição de que haveria da parte da imprensa se não apoio, ao menos respeito com o avanço da luta dos trabalhadores. E tolerância na criação de um partido próprio, de recorte socialista ecumênico.

Ancorada na intensidade histórica de um período de convergência democrática criou-se assim uma jurisprudência petista: a mediação com o conjunto da sociedade, embora marcada pela má vontade de alguns editores e donos de jornais e a rejeição aberta de outros, estava sendo feita à contento pelos meios de comunicação.

A avaliação pragmática, apoiada nas determinações do momento específico, excluiu das prioridades do partido a criação de um sistema de mídia próprio e abrangente. Até o 2º governo Lula, quando o ex-ministro Franklin Martins tomou a iniciativa adormecida agora na gaveta do acanhamento, o PT não incluía entre suas prioridades efetivas regulamentar o sistema de comunicação existente.

O projeto de um jornal de circulação nacional esteve sempre em pauta. E por isso mesmo nunca esteve. A rigor, nenhum dirigente histórico deu a ele a prioridade política, financeira e mobilizadora devotada, por exemplo, a uma campanha eleitoral.

A política de comunicação acabou se especializando na arte da conversa reservada com os donos dos grandes grupos de comunicação na reiterada tentativa de firmar armistícios em torno da isenção --de resto episódica e quebradiça.

O PT nasceu em fevereiro de 1980 com a simpatia abrangente dos jornalistas brasileiros. As greves históricas dos anos 70 e 80 no ABC paulista magnetizaram as redações e toda uma geração de profissionais formada na resistência à ditadura.

Os levantes metalúrgicos criaram o sujeito histórico do novo período acalentado. São Bernardo do Campo simbolizava o protagonista e o lugar da mudança. Era uma pauta de apelo avassalador.

Estabeleceu-se uma camaradagem solidária entre repórteres e os destemidos metalúrgicos de Lula. A intimidade com o baixo clero das redações trouxe apoios, informações e contatos. Era um tempo em que a luta operária carecia de escala e organização política.

A proximidade com os jornalistas - muitos dos quais renunciaram a cargos e carreiras para se engajar na luta sindical e depois, na do PT - criou também ilusões.

O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na caixa de ressonância da grande indústria da notícia. Formou-se um consenso: a margem de manobra existia, bastava habilidade e bons contatos para explorá-la.

Marcaria uma inflexão nesse entendimemto a derrota para Collor em 1989. A Globo editou o debate final da campanha; deu quase dois minutos adicionais ao 'caçador de marajá' no compacto que levou ao ar no Jornal Nacional; estigmatizou as falhas de Lula, selecionando-as em contraponto aos melhores momentos do rival. Não havia trégua nem isenção quando se tratava do poder. O alerta foi claro, mas não construiu uma novo diagnóstico político a ponto de renovar a agenda em relação ao aparato midiático.

Pesaria mais naquele momento a autocrítica das falhas da campanha do que a percepção do novo adversário de peso - com poderes para exacerbar a relação de forças e disposto a fazê-lo. Até o limite da manipulação, se necessário.

A 'união' nacional no impeachment de Collor, ato contínuo à derrota, e a vitória em 2002, num ambiente de hostilidade aberta, mas contrastado pelo racha que a inoperância tucana promoveria no interior da próprio empresariado, atalharam o conflito entre as convicções históricas do partido e a postura abertamente anti-petista da mídia.

A liderança de massa de Lula atingiu seu auge e reverberou no país durante os oito anos que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.

O prestígio esmagador dentro e fora do país empalideceu o cerco midiático e coagulou o debate sobre o tema no interior do partido.

Parecia desnecessário.

Lula falou todos os dias, algumas vezes por dia, durante os 2.920 dias em que exerceu a Presidência da República.

O instinto político comandava a garganta. A voz rouca abria espaço na opinião pública estabelecendo uma linha direta com o imaginário popular, a contrapelo da má vontade dos veículos de comunicação.

Não eram apenas palavras como alvejavam os editoriais raivosos. Elas carregavam políticas bem-sucedidas que entravam na casa dos mais humildes, sentavam-se à mesa, mudavam a rotina. A voz rouca falava do que o povo vivia e queria viver. Tinha o que mostrar. A mídia era obrigada a repercutir e Lula falava sem trégua. Todos os dias. Pautava a conversa nacional: era uma estratégia militante de ocupação de um espaço que se tornara esfericamente adverso. Eles chamavam a isso de 'lulo-populismo'.

Paradoxalmente, a exuberância do ciclo de Lula na Presidência veio revalidar a ingenuidade dos que ainda apostavam na existência de um espaço de tolerância no interior das redações.

Escaparia a esses dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações. Ao longo de duas década de polarização entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e as urgências sociais do país, o jornalismo brasileiro sofreria uma mudança qualitativa de pauta e estrutura.

A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do 'mensalão' - que culminaria neste 12 de novembro com a condenação de José Dirceu e Genoíno à prisão, sacudiu a inércia petista com força, pela primeira vez.

O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos da mídia sobre o preço a pagar por uma trégua na escalada golpista, perdeu eco na cúpula do governo.

Lula recorreu então ao movimento sindical. A palavra 'golpe ' foi entronizada no discurso da resistência - para horror dos que insistiam em um acordo com o dispositivo que costurava a derrubada do governo.

A reeleição em 2006 - quando se imaginava que ele sangraria até morrer - e o êxito em eleger a sucessora, em 2010, pavimentaram o espaço para o conservadorismo colocar em prática aquilo que já se esboçava há anos: seria necessário a eliminação política de Lula, do seu entorno - incluindo-se a destruição de lideranças petistas e a desmoralização do partido - para que a direita pudesse aspirar a dirigir o país novamente.

Numa quadra de clamorosa falência do projeto neoliberal, o tridente udenista da corrupção e a demonização da esquerda como sujeito histórico degenerado pôs-se a campo. Tornou-se a pauta-jogral do dispositivo midiático reestruturado para esse fim.

Instalou-se um "termidor" nas redações nesse período de acirramento programático. A fratura acalentada originariamente pelo PT, entre o baixo clero feito de jornalistas solidários e as direções conservadoras, foi cicatrizada a ferro e fogo com depurações e rupturas.

Profissionais íntegros e isentos não faltam nas redações. Mas os sistemas de controle, a pauta e o torniquete da edição, sob comando de robespierres que compartilham do diretório demotucano, esmagaram o espaço da isenção, sem a qual não há contraditório.

A grande mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade brasileira não está em vigor no país. Pouca dúvida pode haver de que isso ameaça a democracia e a equidistância das instituições, do legislativo ao judiciário.

A percepção dessa ruptura, e os desdobramentos políticos que ela acarreta, cristalizou-se no linchamento midiático que subordinou as togas à cenoura dos holofotes, no julgamento da Ação Penal 470.

A tradição acomodatícia do PT em relação à chamada grande imprensa - seu descuido histórico com iniciativas para contrapor a pluralidade ao monólogo - tornou-se perigosamente anacrônica.

Quando a Presidenta Dilma diz que prefere o excesso de uma mídia ruidosa ao silêncio das ditadura não está dizendo nada de novo para a história do PT. Mas a frase soa insuficiente para as circunstâncias que se modificaram.

O PT sempre perfilou entre os partidos pluralistas, antagônicos à voz única, ao poder absoluto e à intolerância política, ideológica ou religiosa.

O que se discute agora é outra coisa.

Como fazer prosperar a democracia, o senso crítico e a pluralidade num ambiente em que um poder não eleito e sem rival à altura em sua abrangência e decibéis, dá voz de comando até mesmo à Suprema Corte --diz quem deve ou não ser julgado, como, com que precedência, as penas a cumprir e onde?

Condenado Dirceu, o poder pantagruélico não saciará.

São previsíveis os seu alvos, ele não os dissimula. Como contrapor a esse ruído despótico um contrapeso equivalente de vozes democráticas?

Essa é a pergunta que a mídia jamais fará à Presidenta Dilma. Nem por isso a história a exime de responder.

O monólogo conservador quer permanecer na privilegiada condição de árbitro acima de qualquer sentença ou regulação. E, sobretudo, blindado de qualquer contraponto crítico.

Não por acaso, a nova campanha macartista em curso tem como meta consagrar o interdito da publicidade federal aos sites e blogs progressistas, aqueles que semeiam a referência de um ponto de vista alternativo ao círculo de ferro conservador.

Por certo, a Presidenta não convalida em sua concepção de ruído a narrativa de uma nota só evocada por aqueles que sobrepõem a liberdade de empresa à liberdade de expressão.

As lideranças progressistas, e a Presidenta Dilma se inclui entre elas, não podem mais declinar de dar às causas as suas consequências.

As causas da crispação autoritária que lateja na vida política do país decorrem em grande parte do desequilíbrio avassalador cristalizado no seu sistema de mídia e comunicação. Os 50 dias de julgamento da Ação 470 tornaram isso autoreferente. Não enxergar é pagar o crediário do suicídio político.

Um governo democrático, que pretende fazer do Brasil um país de classe média - supõem-se que não simplesmente de consumidores de tablets, não pode mais lutar a batalha do dia anterior.

A disjuntiva que se coloca não é mais entre ditadura ou monólogo conservador. Não estamos nos anos 60 ou 70. Estamos diante de um aparato claustrofóbico de difusão que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira em pleno século XXI.

Não se constrói um país de classe média esclarecida sem as condições efetivas ao esclarecimento e à formação da consciência crítica. Não basta o crédito à aquisição de tablets. É obrigação de governo, também, assegurar espaço para que seu conteúdo seja plural e democrático.
Saul Leblon-Carta Maior
Posted: 20 Nov 2012 10:11 AM PST
Posted: 20 Nov 2012 09:47 AM PST

Me incomoda o título desta matéria da Rede Brasil Atual: "Ascensão social faz aumentar casos de racismo em shoppings e universidades". Um racista que vive argumentando que cotas vai criar o racismo no país, como se a racialização na sociedade brasileira inexistisse antes das cotas vai adorar ler o título e dizer, "não falei! Levar os negros pra universidade só vai aumentar o racismo!"
É óbvio que a presença negra em ambientes antes só restritos aos brancos faz com que o racismo se torne visível, isso não significa que antes ele fosse menor. A diferença era que a ausência de negros neste ambiente tornava a vida dos racistas bastante confortável, já que não eram confrontados em ambientes historicamente reservados a eles.
Agora com o aumento da população negra em ambientes onde era raridade a presença de gente com pele escura, os racistas não têm como disfarçar o seu desconforto. Assim, a ascensão social dos negros não aumenta o racismo, ela só joga por terra a falácia exaustivamente repetida pelos racistas e até mesmo por uma esquerda disposta a refletir sobre o racismo e sua exclusão de que o problema no Brasil não é de raça e sim de classe. A ascensão social negra só esfrega na cara dos cínicos e dissimulados que a sociedade brasileira é racista e precisamos encarar que somos racistas e que temos de curar esta doença social.
Deste modo a ascensão social não pode ser vista como um problema (como o título da matéria induz a pensar) obviamente o problema é o racismo. O que se espera com a ascensão social da população negra; com negros ocupando lugares que historicamente a sociedade racista reservou aos brancos é que o estranhamento de brancos e negros em verem negros em lugares socialmente valorizados diminua.  
Uma elite mais 'colorida' fará com que fique mais complicado, por exemplo, a polícia militar atirar num jovem negro por impulso. Uma elite negra, com negros ocupando lugares socialmente valorizados, vai bagunçar o coreto do racista, desnaturalizará a ideia de que a cor preta é a cor do trabalho pesado, a cor da suspeição, a cor das 'classes perigosas'.
Ascensão social faz aumentar casos de racismo em shoppings e universidades
Pessoas negras enfrentam discriminação e preconceito em ambientes antes frequentados apenas por brancos.
Por: Raimundo Oliveira, Rede Brasil Atual
19/11/2012
Nos últimos dez anos, com melhorias consistentes nos indicadores sociais no Brasil, os cidadãos mais pobres passaram a ter acesso a outros níveis de consumo, como em lojas de shopping, aeroportos, cinemas e universidades. No caso de cidadãos negros e pardos, para muitos isso significou também maior exposição à discriminação racial nos ambientes antes frequentados majoritariamente por pessoas brancas.
Na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), já são 15 as denúncias de racismo em universidades, 12 registradas neste ano, quatro vezes mais que as três contabilizadas em 2011 – quando a Ouvidoria da Seppir passou a receber os relatos de discriminação –, afirma Carlos Alberto Silva Júnior, ouvidor da Seppir.
Segundo ele, este aumento não está relacionado a manifestações contra a lei que garante metade das vagas nas universidades federais a negros, pardos e índios, desde que tenham cursado o ensino público, sancionada no final de agosto. "A lei é recente, e muitas situações ocorreram antes que ela foi sancionada. O que percebemos é que há, além da maior exposição de negros em situações de consumo antes pouco comuns por causa de condições financeiras, também maior percepção por parte destes cidadãos do que é preconceito racial", diz.
Daniel Teixeira, advogado e coordenador de projetos do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT), afirma que, neste ano, aumentou em cerca de 30% as denúncias de crimes raciais em situações de consumo registrados na entidade – que lida com casos de natureza racial e de intolerância religiosa, por exemplo.
As denúncias relacionadas aos centros de compras lideram nos 25 casos acompanhados pelo CEERT desde janeiro e evidenciam que o preconceito ocorreu em função da cor da pele e não da classe social. "Em muitos casos, quando a pessoa é pobre, ela não consegue identificar direito se está sofrendo preconceito por ser negra ou por ser pobre e, muitas vezes, acaba relacionando tudo à pobreza", afirma Teixeira.
"Mas, quando estas pessoas conseguem melhorar sua situação financeira, percebem que não é mais por causa da pobreza que são discriminadas", afirma. "Tem um caso emblemático de um músico que foi o único da banda a ser barrado em shopping de elite em São Paulo onde eles se apresentariam. Ele chegou de táxi e foi impedido de entrar pelos seguranças, alegando que o motivo era por estar com um instrumento. Mas os outros músicos, todos brancos, também estavam com seus instrumentos e nenhum foi barrado", relata.
Tanto para o advogado do CEERT como para o ouvidor da Seppir, a queda na desigualdade social registrada nos últimos dez anos no Brasil (que fez o índice Gini, usado pela ONU para medir a desigualdade, cair de 0,594 para 0,527 entre 2001 e 2011) beneficia a população de negros e pardos no país, historicamente relegadas às posições mais baixas da sociedade, e revela mais nitidamente as situações de preconceito.
Para Silva Júnior, há uma discriminação histórica – como na lei de Imigração de 1890, que proibia a entrada de africanos, e na lei que criminaliza e legaliza a prisão por vadiagem logo após o fim da escravidão, quando a maior parte dos negros não tinha emprego formal algum -, mas há também o preconceito difuso.
A secretária Nacional de Combate ao Racismo da CUT, Maria Júlia Reis Nogueira, acostumada a uma rotina de aeroportos por conta do trabalho, e dona de cartões de fidelidade que dão os maiores benefícios na compra de passagens, conta que já caiu na armadilha do preconceito difuso em situações de consumo.
"Sempre viajo a trabalho, não me visto como uma madame, e percebi que em muitos locais quando entro na fila destinada aos portadores do meu cartão de fidelidade têm pessoas que me perguntam se estou na fila correta. No começo, ao perceber que esta atitude era em função da cor pele, respondia sempre que, se não tivesse o cartão, não estaria naquele lugar. Mas agora, quando me perguntam isto eu questiono a pessoa se está fazendo esta pergunta para todo mundo que está na fila, independente da cor da pele", afirma.
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Posted: 20 Nov 2012 09:45 AM PST

Tenho amigos que respeito, mas que caíram nesta conversa fiada de que a Justiça no Brasil mudou. Acreditam no canto de sereia da velha mídia que resolveu de uma hora pra outra transformar o STF num santuário com dois diabos (Lewandowski e Toffoli).  Alguém acha que o tucano Perillo, amigo pessoal de Demóstenes Torres, Gilmar Mendes e Carlinhos Cachoeira vai pra cadeia? Ontem, segunda-feira, véspera do dia da Consciência Negra, sem a menor cerimônia, sem virar meme no Facebook, sem ser atacado nas ruas o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar para que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, não seja obrigado a comparecer a uma convocação da CPI do Cachoeira. A defesa do governador goiano fará uso da mesma decisão do STF para o livrar de um eventual indiciamento no relatório final da comissão parlamentar, que será apresentado na quarta-feira, 21, pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG). 
Mesmo Demóstenes Torres que teve seu mandato cassado onde está? Exercendo tranquilamente seu cargo no Ministério Público, imagine Demóstenes um homem da Justiça! Tem dó, né gente. A Justiça na hora de encarar de verdade os poderosos, aqueles chefes de quadrilha, viram os brasileiros da estadunidense do Jô: 'Brasileiro é tão bonzinho'.
Dirceu, Genoíno, Delúbio, João Paulo Cunha foram julgados, expostos durante 7 anos ao escárnio em praça pública, atacados nas ruas, impedidos de exercer minimamente seus direitos cidadãos, como votar, e quase que um juiz do Supremo também não consegue porque ousou votar contra o coro da mídia (a mesma que tem como editor Carlinhos Cachoeira e sequer os responsáveis são convocados pela CPI… 
No Brasil a Justiça continua a serviço de Naji Nahas, porque no Brasil a Justiça é o poder mais privilegiado e vota protegendo seus pares.
Poderosos e "poderosos" no mensalão
Por: PAULO MOREIRA LEITE, em sua Coluna de Época
16/11/2012
Num esforço para exagerar a dimensão do julgamento do Supremo, já tem gente feliz porque agora  foram condenados "poderosos…"
Devagar. Você pode até estar feliz porque José Dirceu, José Genoíno e outros podem ir para a cadeia e cumprir longas penas.
Eu acho lamentável porque não vi provas suficientes.
Você pode achar que elas existiam e que tudo foi expressão da Justiça.
"Poderosos?" Vai até o Butantã  ver a casa do Genoíno…
Poderosos sem aspas, no Brasil, não vão a julgamento, não sentam no Supremo e não explicam o que fazem. As maiores fortunas que atravessaram o mensalão ficaram de fora, né meus amigos. Até gente que estava em grandes corrupções ativas,  com nome e sobrenome, cheque assinado, dinheiro grosso, contrato (corrupção às vezes deixa recibo)  e nada.
Esses escaparam, como tinham escapado sempre, numa boa, outras vezes.
É da tradição.  Quando por azar os poderosos estão no meio de um inquérito e não dá para tirá-los de lá, as provas são anuladas e todo mundo fica feliz.
É só lembrar quantas investigações foram anuladas, na maior facilidade, quando atingiam os poderosos de verdade… Ficam até em segredo de justiça, porque poderoso de verdade se protege até da maledicência… E se os poderosos insistem e tem poder mesmo, o investigador vira investigado…
Poderoso não é preso, coisa que já aconteceu com Genoíno e Dirceu.
Já viu poderoso ser torturado? Genoíno já foi.
Já viu poderoso ficar preso um ano inteiro sem julgamento sem julgamento?
Isso aconteceu com Dirceu em 1968.
Já viu poderoso viver anos na clandestinidade, sem ver pai nem mãe, perder amigos e nunca mais receber notícias deles, mortos covardemente, nem onde foram enterrados? Também aconteceu com os dois.
Já viu poderoso entregar passaporte?
Já viu foto dele  com retrato em cartaz de procurados, aqueles que a ditadura colocava nos aeroportos. Será que você lembrou disso depois que mandaram incluir o nome dos réus na lista de procurados?
Poderoso? Se Dirceu fosse sem aspas,  o Jefferson não teria dito o que disse. Teria se calado, de uma forma ou de outra. Teriam acertado a vida dele e tudo se resolveria sem escândalo.
Não vamos exagerar na sociologia embelezadora.
Kenneth Maxwell, historiador respeitado do Brasil colonial, compara o julgamento do mensalão ao Tribunal que julgou a inconfidência mineira. Não, a questão não é perguntar sobre Tiradentes. Mas sobre  Maria I, a louca e poderosa.
Tanto lá como cá, diz Maxwell, tivemos condenações sem provas objetivas. Primeiro, a Coroa mandou todo mundo a julgamento. Depois, com uma ordem secreta, determinou que todos tivessem a vida poupada – menos Tiradentes.
Poderoso é quem faz isso.
Escolhe quem vai para a forca.
"Poderoso" pode ir para a forca, quando entra em conflito com sem aspas.
Genoíno, Dirceu e os outros eram pessoas importantes – e até muito importantes – num governo que foi capaz de abrir uma pequena brecha num sistema de poder estabelecido no país há séculos.
O poder que eles representam é o do voto. Tem duração limitada, quatro anos, é frágil, mas é o único poder para quem não tem poder de verdade e  depende de uma vontade, apenas uma: a decisão soberana do povo.
Por isso queriam um julgamento na véspera da eleição, empurrando tudo para a última semana, torcendo abertamente para influenciar o eleitor, fazendo piadas sobre o PT, comparando com PCC e Comando Vermelho…
Por isso fala-se  em "compra de apoio", "compra de consciências", "compra de eleitor…" Como se fosse assim, ir a feira e barganhar laranja por banana.
Trocando votos por sapatos, dentadura…
Tudo bem imaginar que é assim mas é bom provar.
Me diga o nome de um deputado que vendeu o voto. Um nome.
Também diga quando ele vendeu e  para que.
Diga quem "jamais" teria votado no projeto x (ou y, ou z) sem receber dinheiro e aí conte quando o parlamentar x, y ou z colocou o dinheiro no bolso.
Estamos falando, meus amigos, de direito penal, aquele que coloca a pessoa na cadeia. E aí é a acusação que tem toda obrigação de provar seu ponto.
Como explica Claudio José Pereira, professor doutor na PUC de São Paulo, em direito penal você não pode transferir a responsabilidade para o acusado e obrigá-lo a provar sua inocência. Isso porque ele é inocente até prova em contrário.
O Poder é capaz de malabarismos e disfarces,  mas cabe aos homens de boa fé não confundir rosto com máscara, nem plutocratas com deserdados…
Poder é o que dá medo, pressiona, é absoluto.
Passa por cima de suas próprias teorias, como o domínio do fato, cujo uso é questionado até por um de seus criadores, o que já está ficando chato
Nem Dirceu nem Genoíno falam ou falaram pelo Estado brasileiro, o equivalente da Coroa portuguesa. Podem até nomear juízes, como se viu, mas não comandam as decisões da Justiça, sequer os votos daqueles que nomearam.
Imagine se, no julgamento de um poderoso, o ministério público aparecesse com uma teoria nova de direito, que ninguém conhece, pouca gente estudou de verdade – e resolvesse com ela pedir cadeia geral e irrestrita…
Imagine se depois o relator resolvesse dividir o julgamento de modo a provar cada parte e assim evitar o debate sobre o todo, que é a ideia de mensalão, a teoria do mensalão, a existência do mensalão, que desse jeito "só poderia existir", "está na cara", "é tão óbvio", e assim todos são condenados, sem que o papel de muitos não seja demonstrado, nem de forma robusta nem de forma fraca…
Imagine um revisor sendo interrompido, humilhado, acusado e insinuado…
Isso não se faz com poderosos.
Também não vamos pensar que no mensalão PSDB-MG haverá uma volta do Cipó de Aroeira, como dizia aquela música de Geraldo Vandré.
Engano.
Não se trata de uma guerra de propaganda. Do Chico Anísio dizendo: "sou…mas quem não é?"
Bobagem pensar em justiça compensatória.
Não há José Dirceu, nem José Genoíno nem tantos outros que eles simbolizam no mensalão PSDB-MG. Se houvesse, não seria o caso. Porque seria torcer pela repetição do erro.
Essa dificuldade mostra como é grave o que se faz em Brasília.
Mas não custa observar, com todo respeito que todo cidadão merece: cadê os adversários da ditadura, os guerrilheiros, os corajosos, aqueles que têm história para a gente contar para filhos e netos?  Aqueles que, mesmo sem serem anjos de presépio nem freiras de convento, agora serão sacrificados, vergonhosamente porque sim, a Maria I, invisível,  onipresente, assim deseja.
Sem ilusões.
Não, meus amigos. O que está acontecendo em Brasília é um julgamento único, incomparável. Os mensalões são iguais.
Mas a política é diferente. É só perguntar o que acontecia com os brasileiros pobres nos outros governos.  O que houve com o desemprego, com a distribuição de renda.
E é por isso que um deles vai ser julgado bem longe da vista de todos…
E o outro estará para sempre em nossos olhos, mesmo quando eles se fecharem.
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Tenho amigos que respeito, mas que caíram nesta conversa fiada de que a Justiça no Brasil mudou. Acreditam no canto de sereia da velha mídia que resolveu de uma hora pra outra transformar o STF num santuário com dois diabos (Lewandowski e Toffoli). 

Posted: 20 Nov 2012 06:42 AM PST
Posted: 20 Nov 2012 06:16 AM PST


A presidente Dilma Rousseff, provocada à se manifestar sobre o julgamento da Ação Penal 470 - MENSALÃO - durante sua viagem ao exterior, em entrevista ao Jornal El País, não se furtou em responder, e o fez de forma segura, inteligente e com jogo de cintura político.

Situando-se dentro do devido respeito pelo STF, observando sua independência e condição de Instância Máxima da Justiça brasileira, a presidente disse que: 

_Decisões do SUPREMO devem ser acatadas,  mas, "nada neste mundo de Deus está acima dos erros e das paixões humanas".

Tribunais já erraram antes, o STF cometeu muitos erros no presente julgamento e, certamente, assistiremos outros erros do judiciário.

Não há que se confundir críticas a juízes e ministros de qualquer dos tribunais pelas decisões por eles tomadas, com falta de respeito, desejo de desmoralizar ou agredir, membros ou as próprias Instituições em si. Da mesma forma que "nada neste mundo de Deus está acima dos erros e paixões humanas" nada nem ninguém está acima de ser criticado e de ter suas posições contestadas.

É legítimo, portanto, o movimento dos Réus e até do PT em se manifestar, discordando do que tem sido decidido até aqui pelo SUPREMO. Isso é democracia. Respeitando a decisão da Justiça de lhes condenar e até privar da liberdade, os Réus terão sempre o direito de se declarar injustiçados.
Posted: 20 Nov 2012 06:13 AM PST


"Em editorial, jornal de João Roberto Marinho desfaz a crítica velada da presidente Dilma Rousseff ao STF e enxerga uma declaração que, ao contrário, exalta o papel das instituições

O que a presidente Dilma Rousseff quis dizer quando afirmou que decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser acatadas, mas "que ninguém está acima dos erros e das paixões humanas"?Parece evidente que está dito ali que ministros do STF não são infalíveis. O jornal O Globo, no entanto, enxergou nas palavras de Dilma um outro sentido, mais ajustado às suas próprias conveniências. Leia, abaixo, editorial de hoje:
Dando um limite às paixões
Entrevistada pelo jornal espanhol "El País", a presidente Dilma Rousseff afirmou que acata e não discute as decisões do Supremo Tribunal Federal, mas acrescentou que "ninguém está acima dos erros e das paixões humanas", sobretudo as relacionadas com a política.

Dependendo da posição política de cada um, haverá quem leia nisso uma crítica velada ao Supremo, que, ao votar, teria sofrido a contaminação da paixão política. Mas há outra leitura, mais substantiva e mais importante: a de que é exatamente a presença sempre perigosa da paixão política que dá todo o seu valor ao edifício das instituições, em cujo andar mais alto está o Supremo.

Paixão política, sem nenhum disfarce, é o que tem mostrado até agora a cúpula do PT, com seus manifestos que representam um desrespeito à própria evolução política do Brasil moderno. É um tipo de postura que beira o ridículo, na medida em que a maioria dos ministros que hoje compõem o Supremo foi nomeada pelo ex-presidente Lula.

Mas paixão é paixão; e neste sentido, melhor é que o ex-presidente, num assunto que definitivamente mexe com as suas emoções, prefira dizer que não viu, não ouviu, não cheirou.

O ano de 2012 vai ficar marcado por um julgamento que fez e faz história, e que configura um avanço institucional concreto. Quem acompanhou os seus muitos capítulos não viu, de maneira geral, demonstrações de interesses pessoais. Dentro das inevitáveis diferenças de opinião (às vezes gritantes), o que a opinião pública identificou foi a tentativa de destrinchar, da melhor maneira possível, um assunto tenebroso que tinha a ver com o próprio miolo das instituições. O que veio à tona, nos menores detalhes, foi a tentativa de tornar um dos poderes da República subordinado a outro, através de expedientes deletérios. Da gravidade desses fatos — e não da paixão política — é que veio a dramaticidade das sessões, acompanhadas pelo mais vasto público que já assistiu a um julgamento neste país.

O resultado disso é um passo à frente numa história que vem-se desdobrando pelos últimos 27 anos, e que teve outros momentos de tensão extrema. Foi a aposta nas instituições que permitiu, pouco tempo depois da redemocratização, o impeachment e substituição de um presidente que perdera a noção da dignidade do cargo. Foi o vigor institucional que permitiu a tranquilíssima transição do ciclo Fernando Henrique para o ciclo lulista — e por isso, nunca esteve tão longe da verdade o ex-presidente Lula quando disse que recebera do antecessor uma herança maldita. Recebeu, sim, a melhor de todas as heranças: a possibilidade de construir um projeto político sem precisar procurar inimigos atrás de cada porta. É esse processo que agora sobe um degrau com o momentoso julgamento do mensalão."
Enviada por: Nogueira Junior/ 11:00
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 20 Nov 2012 06:06 AM PST
dilma e juan carlos Na viagem à Espanha, Dilma inverte os papéis

Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência da República

Nem faz tanto tempo, o Brasil fazia papel de gandula e de pedinte na cena política internacional.
Na viagem de quatro dias à Espanha para participar da 22ª Cúpula Ibero-Americana, encerrada nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff mostrou que o Brasil inverteu estes papéis nos últimos anos.
De devedores a credores do FMI, percorremos um longo caminho de afirmação até Dilma entrar no Palácio Real para ouvir do rei da Espanha, Juan Carlos, um pedido para o Brasil contratar mais profissionais espanhóis, que enfrentam um dos índices mais altos de desemprego da Europa, e aumentar os investimentos das empresas brasileiras no país.
Quem poderia imaginar o rei da Espanha pedindo ajuda ao Brasil para tirar o país da maior crise da sua história recente?
Acontecia exatamente o contrário até outro dia, quando levas de brasileiros deixavam o nosso país em busca de emprego na Europa, e capitais espanhóis investidos aqui batiam em 80 bilhões de dólares.
Agora, Juan Carlos quer inverter o fluxo de capitais, argumentando que seu país tornou-se "a base europeia para muitas empresas ibero-americanas e queremos que seja também para as brasileiras".
Em questões migratórias, hoje estamos empatados: enquanto 100 mil espanhóis estão vivendo no Brasil, 100 mil brasileiros moram na Espanha.
O diálogo de igual para igual entre Juan Carlos e Dilma, com o Brasil dando exemplos de como enfrentar a crise econômica mundial e oferecendo ajuda à Europa, era algo impensável alguns anos atrás.
A presidente lembrou o que aconteceu nos anos 80 do século passado quando o Brasil era devedor do FMI e enfrentava uma estagnação econômica, como hoje acontece em vários países europeus.
"Só conseguimos sair de uma situação de crise e modificar a situação do Brasil quando combinamos robustez fiscal, ou seja, controle dos gastos públicos com crescimento; quando combinamos controle da inflação com distribuição de renda; quando apostamos no nosso mercado interno e desenvolvemos também uma política de exportações".
Em Madri, ao abrir o seminário "Brasil na senda do crescimento", Dilma defendeu um "amplo pacto global para a retomada do crescimento" e advertiu que "se todos fizerem ajustes simultâneos, o resultado é a recessão".
A presidente fez ainda em seu discurso uma veemente defesa da União Europeia, definida por ela como "uma das maiores conquistas da humanidade" e, antes de retornar ao Brasil, deixou claro que não vai deixar a Espanha na mão, como relata Clóvis Rossi, enviado especial da "Folha":
"A visita da presidente Dilma Rousseff à Espanha foi, acima de tudo, um esforço para demonstrar que o Brasil não tem a intenção de deixar o parceiro abandonado à própria sorte".
São outros tempos, bons tempos para o Brasil.
Blog do Ricardo Kotscho.

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Posted: 20 Nov 2012 04:11 AM PST



Defesa pretende usar essa decisão para impedir o eventual indiciamento do governador de Goiás
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu na manhã desta segunda-feira, 19, liminar para que o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, não seja obrigado a comparecer a uma convocação da CPI do Cachoeira. Mas a defesa do governador goiano quer usar essa mesma decisão para livrá-lo de um eventual indiciamento no relatório final da comissão parlamentar, que será apresentado na quarta-feira, 21, pelo deputado federal Odair Cunha (PT-MG).
A confusão em torno do futuro de Perillo, suspeito de ter favorecido o contraventor Carlinhos Cachoeira, se dá em relação ao alcance do recurso. No mandado de segurança impetrado no STF, os advogados pedem a concessão da liminar para determinar à CPI que "se abstenha de o convocar, conduzir, investigar ou indiciar". No mérito do recurso, a defesa pede a confirmação da decisão liminar.
No despacho que assinou às 10h45 em sua casa, Marco Aurélio Mello acatou o pedido de liminar do governador tucano para assegurar a ele o direito a se recusar a comparecer à CPI do Cachoeira. Contudo, o ministro do STF deixou de se pronunciar na decisão sobre os demais pedidos feitos pela defesa de Perillo.
"Para mim, a decisão do STF compreende tudo. Se o governador não pode sequer ser convocado, o indiciamento dele seria em razão de uma convocação dos elementos colhidos em relação a isso", afirmou o advogado Marcos Mundim, um dos defensores de Perillo. "Como se pode fazer mais, se não pode menos?", questionou ele.
Entretanto, Marco Aurélio Mello afirmou ue o teor da sua decisão é preventivo. Para o ministro, Perillo pode se recusar a comparecer a uma convocação da CPI, porque, no seu entendimento, ela não pode impor a vinda de um chefe do poder Executivo ao Congresso. Marco Aurélio afirmou que, mesmo com a liminar, o governador pode sim ter o pedido de indiciamento feito no relatório final da CPI.
A defesa de Perillo discorda do entendimento do ministro do STF e disse que vai aguardar a apresentação do texto de Odair Cunha para decidir o que fazer. Caso o relatório peça o indiciamento do governador, Marcos Mundim disse que pedirá ao Supremo que esclareça o alcance da decisão liminar. Assessores do relator da CPI afirmam que, mesmo com a decisão do STF, Cunha manterá a sugestão de indiciamento de Perillo.
O governador de Goiás depôs à comissão no dia 12 de junho e, na ocasião, negou ter beneficiado Carlinhos Cachoeira na sua gestão. Posteriormente, um novo pedido de convocação dele foi aprovado pela CPI. "O propósito de indiciá-lo é político", afirmou a defesa de Perillo.

Posted: 20 Nov 2012 04:06 AM PST
Posted: 20 Nov 2012 03:46 AM PST


 

Sob a permanente e severa fiscalização do senador Fernando Collor, o procurador Roberto Gurgel adotou a velha lição de que o seguro morreu de velho e cuidou de blindar a retaguarda no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que ele, por lei, preside.
Lerdo para agir em certos casos, ele é ágil quando é preciso. Foi rápido, por exemplo, ao promover reforma no regimento interno, na última sessão do CNMP, realizada no dia 24 de outubro e, com isso, o Ministério Público Federal passou a ter 8 dos 14 votos nesse conselho. Gurgel controla a maioria. Um golpe típico.
Não bastou, para ele, a liminar concedida pela ministra Rosa Weber, do STF, em mandado de segurança impetrado por Gurgel. Ela suspendeu a apuração no CNMP em representação encaminhada pelo senador Collor, que acusa o procurador-geral por "inércia ou excesso de prazo" nas investigações sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Para Collor, tanto Gurgel quanto a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, "teriam permanecido inertes quanto ao dever de investigar, permitindo que os delitos atribuídos ao grupo chefiado por Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Cachoeira, continuassem a ser praticados".
De fato, Gurgel "sentou" sobre as investigações e só mesmo a força natural de uma CPI o fez sair de cima. Em decisão que ainda será apreciada no mérito, Rosa Weber guarneceu Gurgel apoiada no princípio da "simetria". A "preeminência" do CNMP equivaleria à do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ou seja, a exoneração cabe ao presidente da República com apreciação do Senado.
A propósito, Collor fez da tribuna do Senado um lugar especial para fustigar o poder de Gurgel. Um poder fácil de ser percebido diante do silêncio, de descaso ou cumplicidade, da maioria dos senadores.
Collor voltou ao ataque na segunda-feira 12. Acusou Gurgel de vazar informações sigilosas para a imprensa e incorrer, assim, em crime "contra a administração pública, tipificado como Violação de Sigilo Funcional". Da tribuna ele lamentou o fato de o CNMP não "tomar as devidas providências" contra o procurador-geral, que, segundo Collor "se recusa a ser investigado". O senador atirou no que viu e acertou no que não viu. Há o dedo de Gurgel na reforma. A digital é visível.
Nas mudanças havia a ideia de eliminar a inconstitucionalidade que havia quando o procurador-geral estava ausente nas votações do CNMP. Votava o vice-procurador-geral. Vários conselheiros sustentavam que somente a Constituição poderia autorizar a introdução de um "corpo estranho" na composição do Conselho.
Gurgel passou a ter poderes que nenhum dos antecessores dele teve. A prática disso fica assim: o Ministério Público Federal (MPF) passa a ter dois votos ordinários: o do próprio procurador-geral (Gurgel) e o do nome indicado pelo MPF (Mario Bonsaglia). E ainda, no caso do procurador-geral, ele mantém o chamado voto de Minerva, exercido em caso de empate.

Mas o grande final dessa história não é aquele. É este: nas questões disciplinares, a lei requer, em caso de condenação, a maioria absoluta. Exatamente os oito votos que o procurador-geral passou a ter. Ficou quase impossível condenar administrativamente um membro do Ministério Público Federal.
É essa a ameaça que a representação de Collor faz a Gurgel.
Mauricio Dias-CartaCapital
Posted: 20 Nov 2012 03:40 AM PST



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Também do Blog APOSENTADO INVOCADO
Posted: 20 Nov 2012 03:36 AM PST
Na elite, quase metade acha que qualidade dos serviços piorou com acesso da população
Pedro Carvalho - iG São Paulo
Getty Images
"Por anos, a elite comprava e vivia num 'mundinho' só dela", diz Renato Meirelles, do Data Popular
Os consumidores das classes A e B se mostram incomodados com algumas consequências da ascensão econômica da classe C, que passou a comprar produtos e serviços aos quais apenas a elite tinha acesso. É o que apontam dados de uma pesquisa do instituto Data Popular feita durante o primeiro trimestre, com 15 mil pessoas das classes mais favorecidas, em todo o Brasil.
De acordo com o levantamento, 55,3% dos consumidores do topo da pirâmide acham que os produtos deveriam ter versões para rico e para pobre, 48,4% afirmam que a qualidade dos serviços piorou com o acesso da população, 49,7% preferem ambientes frequentados por pessoas do mesmo nível social, 16,5% acreditam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em certos lugares e 26% dizem que um metrô traria "gente indesejada" para a região onde mora.
"Durante anos, a elite comprava e vivia num 'mundinho' só dela", diz Renato Meirelles, diretor do Data Popular. "Nos últimos anos, a classe C 'invadiu' shoppings, aeroportos e outros lugares aos quais não tinha acesso. Como é uma coisa nova, a classe AB ainda está aprendendo a conviver com isso. Parte da elite se incomoda, sim", afirma Meirelles.
Para especialistas, os consumidores da classe AB correm o risco de fazer críticas mal-direcionadas aos chamados emergentes. "Existem setores, como o de viagens aéreas, que expandiram a quantidade de clientes e perderam em qualidade, deixando o serviço realmente pior", diz Rafael Costa Lima, professor de economia da FEA-USP e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor, da FIPE. "A crítica deve ser feita às empresas e à infraestrutura dos aeroportos, não aos novos consumidores", diz Lima.
AE

Aeroportos lotados: culpa é das empresas e da infraestrutura, não dos novos consumidores, diz especialista

Para o professor, apesar dos aeroportos superlotados, de modo geral os consumidores de ambos estratos se beneficiam da ascensão da classe C. "Empresas como a Apple e montadoras de veículos vieram produzir e vender no Brasil, porque agora existe escala de consumo, o que trouxe mais opções de produtos para todos", diz Lima. "Além disso, a entrada de milhões de pessoas na classe consumidora foi o motor da estabilidade de crescimento brasileiro nos últimos anos", afirma.
Outro dado curioso da pesquisa do Data Popular mostra que 55% da classe AB acha que pertence à classe média (ou C), enquanto um terço acredita ser um "consumidor de baixa renda". "Ao responder a pesquisa, eles diziam que precisam pagar colégio e convênio de saúde particular para três filhos e viagem para a Disney todo ano, não sobrava dinheiro para quase nada, logo não poderiam ser chamados de classe AB", diz Meirelles, divertindo-se com a afirmação.
Segundo dados recentes , 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média nos últimos dez anos, levando essa camada social a representar 53,9% da população atual. "Se fosse um país, a classe C brasileira seria a 17º maior nação do mundo em mercado consumidor. O Brasil só não quebrou [ na crise econômica internacional] por causa da ascensão da classe C, que garantiu o consumo interno", diz Meirelles.
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Posted: 20 Nov 2012 03:31 AM PST




Estudar desde o zero o processo do mensalão é uma tarefa gigantesca que, levada a cabo, poderia consumir meses, se não anos. São 50 mil páginas, mais de 600 testemunhas. Não se imagina que um homem de 82 anos, um influente dogmático do direito penal alemão que conquistou reputação internacional como Claus Roxin fosse assumir missão como a ventilada pela mídia, qual seja, fazer um parecer sobre o caso brasileiro.

Segundo emissários do jurista alemão, ele não criticou o uso que a maioria do colegiado do Supremo Tribunal Federal fez de sua Teoria do Domínio do Fato. Aliás, uma explicação inócua porque ele nem poderia fazê-lo. Como iria criticar um processo dessa envergadura sem tê-lo estudado? Seria uma leviandade que alguém que construiu tal reputação não praticaria.

Os pistoleiros da mídia saíram disparando que a blogosfera teria dito que Roxin criticou o Supremo Tribunal Federal. O desmentido que teria sido escrito por pessoas ligadas ao teórico alemão, sendo verdadeiro significaria que ele embarcou nessa versão deturpada do que se comentou sobre sua entrevista à Folha de São Paulo.

Desde os primeiros momentos após a entrevista do alemão à Folha, o que se destacou foi a parte em que ele rejeita que o Domínio do Fato seja usado sem se fazer acompanhar de provas sólidas, as quais, no caso do mensalão, de sólidas não têm nada porque se resumem a elementos circunstanciais ou viciados, como por exemplo o testemunho do maior inimigo de José Dirceu – Roberto Jefferson.

A introdução se faz necessária porque um site "jurídico" ligado ao conclave político-empresarial-judiciário que montou um tribunal de exceção para julgar a ação penal 470, bem como os Mervais da vida, deturparam o que se destacou das palavras do teórico alemão.

Não é esse, entretanto, o xis da questão. O xis é informação de fonte fidedigna que procurou o Blog para afirmar que a reação intempestiva de Roxin após mais de uma semana do fato que a gerou, não saiu do nada. Segundo essa fonte, um ministro do STF que fala alemão e tem influência na comunidade jurídica alemã fez chegar a Roxin um verdadeiro terrorismo sobre ele eventualmente se imiscuir no processo brasileiro.

Segundo as informações, Roxin teria sido "avisado" de que a imprensa brasileira passaria a levantar dúvidas sobre suas razões para assessorar a defesa de José Dirceu, podendo "surgir" denúncias como aquelas da Veja – sem áudio, sem vídeo e sem vergonha –, no sentido de que o dogmático ariano teria "se vendido" para produzir um parecer favorável aos réus do mensalão.

Tudo à toa. Não é preciso acrescentar nada ao que disse esse cavalheiro. Sua explicação sobre o Domínio do Fato é mais do que suficiente para nós, brasileiros, que sabemos que o STF contrariou toda uma história de jurisprudência a fim de condenar réus contra os quais não pesa nada mais do que o cargo que ocupavam à época dos fatos que desencadearam a ação penal 470, vulgo "mensalão".

De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:440 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 20 Nov 2012 03:24 AM PST


'Dizer que existem "excessos" na mídia e nada fazer para ao menos discuti-los é omissão

Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo
"Costumo dizer que a imprensa brasileira comete excessos com frequência, mas prefiro isso ao silêncio da ditadura."
A frase é da presidenta Dilma, e foi dita ao jornal espanhol El País, numa reportagem publicada hoje em seu site.
Não é uma frase brilhante esta, definitivamente. Equivale a você dizer, pela obviedade, que é contra o câncer. O silêncio da ditadura é universalmente rejeitado.
Mas por que você deve ficar entre dois extremos? A declaração de Dilma é um esforço diplomático, é certo, mas ela é essencialmente infeliz.
Se ela reconhece "os excessos da mídia", o que ela pensa fazer para enfrentar o problema, em nome do interesse público? Ou será que ela pretende apenas constatar o caso?
O Diário se bate por uma imprensa livre, vibrante e independente – mas se existem "excessos", como diz Dilma, eles devem ser encarados, para o bem da sociedade. Admiti-los e não fazer nada tem um nome: omissão. Ou, numa visão um pouco mais severa, covardia."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 22:210 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
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