SARAIVA 13
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- Petista Fernando Haddad é o novo prefeito de São Paulo
- Cerra, Haddad não é um poste. Dilma ganhou de 56 a 44 !
- Haddad prefeito. "Missão impossível" cumprida
- Em sua primeira eleição, Haddad vai de 3% à vitória, a exemplo de Dilma
- Lula é um oráculo da política!
- Ricardo Kotscho: Lula e os 10 anos de um governo de mudança
- Campanha tucana fracassa nas três grandes áreas de SP
- FERNANDO HENRIQUE CARDOSO E O GOSTO AMARGO DA DERROTA
- O que restou aos tucanos
- A grande vitória política que está ao alcance do PT
- Haddad: "O dia está bonito"
- MARTA SUPLICY RECONHECE QUE "LULA" ACERTOU AO ESCOLHER FERNANDO HADDAD
- Ai que vida boa, ô lerê, ai que vida boa, ô lará...
- Dia de eleição sem a música 'Lula lá' não dá:
- São Paulo amadureceu pela dor
- Por que o PT derrotao PiG. E Haddad vai vencer
- Um novo tempo
- BH, a capital do 'caixa 2′
- Conservadora, oportunista, equivocada: os muitos adjetivos da campanha de Serra
Posted: 28 Oct 2012 02:42 PM PDT
Prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad votou por volta do meio-dia na companhia da filha
Foto: Bruno Santos/Terra
Do Portal do TERRA.COM.BR |
Posted: 28 Oct 2012 02:37 PM PDT
"Caiu a Stalingrado tucana. Uma dos traços marcantes do PSDB (de São Paulo) é menosprezar o pobre ou o representante do pobre.
Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada
A eleição de Haddad mostra o poder do Lula.
A irrelevância do julgamento do mensalão para o eleitor. Mensalão é coisa para deleitar o Ataulfo Merval de Paiva, que vai carregar as algemas do Dicreu para o túmulo. Significa que os tucanos de São Paulo – o centro da Oposição, a barriga de aluguel de Elite, o porta-voz do PiG (*) – perderam a segunda mais poderosa fortaleza que controlavam. Falta o Estado de São Paulo. Para isso, o Lula tem vários postes à disposição. E FHC, que vai ser demitido, já já, nenhum ! Caiu a Stalingrado tucana."
Enviada por: Nogueira Junior/ 19:160 Comentários
* Eleições 2012, José Serra, Lula, PT
Também do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 28 Oct 2012 02:32 PM PDT
"Boca de urna já permite dizer que Fernando Haddad, do PT, é o novo prefeito de São Paulo. Irá administrar a maior cidade do País, mas viveu momentos de extrema dificuldade e angústia antes de conquistar um triunfo histórico; leia a reportagem de Marco Damiani
Brasil 247
"Nascido no dia do aniversário de São Paulo, Fernando Haddad é o novo prefeito da maior cidade do País. É o que atesta a pesquisa de boca de urna feita pelo Ibope. O petista teve 14 pontos a mais do que o rival José Serra.
Aos 49 anos, ele cumpre uma tarefa que parecia impossível, no início da campanha. Enfrentou dificuldades internas, como a resistência de Marta Suplicy, e externas, como o julgamento da Ação Penal 470.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, todas as urnas em São Paulo, e nas outras cidades que têm segundo turno, terão sido apuradas até 21h30.
Marco Damiani _247 – "Não é por mal, mas essa proposta do Russomano não se sustenta. Não é por mal que falo isso.
O bordão "não é por mal" saiu sem querer da boca de Fernando Haddad, no comício em Parelheiros, na Zona Sul, como expressão corriqueira, mas pegou bem. Despertou aplausos entre as cerca de duas mil pessoas que assistiam aos discurso.
Ao deixar o palanque, Fernando Haddad, que a havia acabado de pronunciar, telefonou para o marqueteiro João Santana: "Eu falei uma frase que as pessoas gostaram. Vamos usá- la mais".
Dali para a frente, dedicando-se a descontruir quem considerava seu principal adversário naquele momento, Haddad passou a iniciar sua crítica ao adversário Celso Russomano com o "não é por mal, mas ele não sabe o que está falando" – e, paralelamente, começou a subir nas pesquisas.
Estas e outras histórias foram recolhidas por 247 agora que, já aponta a boca de urna, e enquanto os votos eletrônicos vão sendo contados, com números finais prometidos para perto de 19h30, o candidato cumpriu sua missão impossível."
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior/ 18:180 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 28 Oct 2012 02:27 PM PDT
Ex-ministro da Educação durante os governos Lula e Dilma, o prefeito eleito de São Paulo tinha 3% no Ibope em maio. Acabou saindo do 6º lugar para superar, nas urnas, um candidato bem mais rodado, porém desgastado
Por: Raimundo Oliveira, da Rede Brasil Atual
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, que ocupou a pasta entre julho de 2005 e janeiro de 2012, nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, é filiado ao PT desde 1983 e esta é a primeira eleição de sua vida pública. Antes desta campanha, as únicas experiências em urnas foram na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na capital, quando cursava o terceiro ano e foi eleito vice-presidente do Centro Acadêmico 11 de Agosto em uma chapa encabeçada pelo jornalista Eugenio Bucci. No ano seguinte foi o presidente. Indicado por Lula para disputar a prefeitura paulistana, Haddad apareceu com apenas 3% das intenções de voto na primeira pesquisa, divulgada em maio pelo Ibope.
Para comparação, o adversário a ser batido então despontava com quase 40% das sondagens. Aos 70 anos, José Serra (PSDB) já havia disputado nove eleições, tendo vencido duas para deputado, uma para senador, uma para governador e uma para prefeito; e perdido duas à Presidência da República e outras duas à prefeitura – agora três, sendo que na reta final comportou-se mais como franco-atirador, interessado em preservar, para os que vierem depois dele, o que há de rejeição ao PT. Haddad estava ainda atrás de Paulinho da Força (PDT), Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS), Netinho de Paula (PCdoB) e Celso Russomano (PRB).
Nestes cinco meses o intelectual com sólida carreira acadêmica, e tido como gestor eficiente à frente do Ministério da Educação, foi perdendo o acanhamento e a falta de traquejo em campanha eleitoral e no corpo a corpo com os eleitores, ganhando pontos nas pesquisas, pedidos de autógrafo e também de fotografias junto a moradores durante comícios e caminhadas. O Haddad que teve seu nome exposto nas urnas eletrônicas do maior colégio eleitoral do país, neste domingo é, pelo menos um pouco, diferente daquele dos 3% que mal tinha companhia de militantes nas andanças pela cidade e era bastante desconhecido dos eleitores, principalmente da periferia.
Paulistano, nasceu no dia do aniversário da cidade, 25 de janeiro, em 1963, e cresceu no bairro Planalto Paulista. Aos 18 anos entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP). Também na USP, fez mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Filho de Khalil Haddad, libanês que deixou seu país com 22 anos de idade e imigrou para São Paulo em 1947, e de Norma Thereza Goussain Haddad, filha de libaneses, Fernando é o único homem entre as irmãs Priscila e Lúcia, uma mais velha e outra mais nova do que ele.
O pai era camponês no Líbano e estudou até os oito anos. Quando veio para São Paulo foi trabalhar como atacadista de tecidos na rua 25 de Março e depois de 11 anos no Brasil casou-se com Thereza. A mãe formou-se no curso de Magistério no Liceu Pasteur, onde aprendeu francês. Ela se casou com 20 anos e foi ser dona de casa. Encheu as estantes com as principais enciclopédias do mercado na época e fez de tudo para garantir boa educação aos filhos.
Haddad fez o ensino básico no Ateneu Ricardo Nunes e o secundário no Colégio Bandeirantes e sonhava em ser engenheiro. Mas acabou trocando os cálculos pelos códigos de leis quando seu pai perdeu a casa ao se ver envolvido por um golpe de um estelionatário. A difícil situação da família fez Haddad prometer a si mesmo que não queria passar por uma situação similar. "O caminho para isso dava no Largo de São Francisco, onde se encontra a velha Academia de Direito. E para lá eu fui." Em 1988, depois de formado e aos 25 anos casou-se com a dentista Ana Estela Haddad. Quatro anos depois o casal teve o primeiro filho, Frederico. Em 2000 nasceu Ana Carolina.
Atuou em incorporação e construção civil, foi analista de investimento, professor no Departamento de Ciência Política na USP, consultor na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Nesse ínterim, em 1997, a família se desfez do negócio mantido na Rua 25 de Março, por conta de problemas de saúde do pai.
Em 2001, convidado por João Sayad, então secretário de Finanças na Prefeitura de São Paulo na administração de Marta Suplicy, Haddad, assume a chefia de gabinete da Secretaria. Trabalhou na estratégia de escalonamento dos débitos junto aos credores e ajudou a organizar as finanças municipais, o que permitiria a retomada da capacidade de investimento depois de dois anos de mandato. Em 2003, deixou a prefeitura para se tornar assessor especial no Ministério do Planejamento, sob o comando do então ministro Guido Mantega, atual ministro da Fazenda.
Em 2004 assumiu o posto de secretário-executivo no Ministério da Educação – função logo abaixo da do ministro na hierarquia do órgão, então comandado por Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul. Na verdade, ministro responde pelo comando político na estrutura de um ministério; e secretário-executivo responde pela gestão operacional. Haddad estava para Genro como Dilma, chefe da Casa Civil, estava para o então presidente Lula.
Com a ida de Tarso Genro para o Ministério da Justiça, em 2005, Haddad assumiu o comando da Educação.
Ali criou o Programa Universidade Para Todos (Prouni), que atendeu a mais de 1 milhão de estudantes desde que foi implementado, em 2005, até o segundo semestre de 2012, e a maioria (67%) com bolsa de estudo integral. No período em que Haddad esteve no ministério, as vagas no ensino superior público federal passaram de 139,9 mil em para 218,2 mil, foram criados 126 campus universitários federais, 214 escolas técnicas e 587 polos de educação à distância. O número de formandos cresceu 195% nos últimos dez anos. Haddad foi um dos poucos ministros da era Lula mantido pela presidenta Dilma, eleita em 2010. Só deixou o posto no início deste ano para participar da disputa pela sucessão paulistana.
Marcadores: Fernando Haddad
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Posted: 28 Oct 2012 02:24 PM PDT
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Posted: 28 Oct 2012 12:27 PM PDT
Por Ricardo Kotscho:
"Amanhã está fazendo dez anos que ganhamos a eleição, lembra?", foi logo me dizendo o ex-presidente Lula quando liguei para ele na manhã desta sexta-feira (26) para cumprimentá-lo pelo seu aniversário. O tempo corre tão depressa que já não me lembrava direito daquele 27 de outubro de 2002, quando Lula comemorou no mesmo dia o seu aniversário e a vitória nas eleições para presidente da República. Como estamos novamente na antevéspera de uma eleição, Lula desistiu de fazer neste sábado, em que completa 67 anos, uma comemoração para lembrar a data da primeira vitória do PT. Preferiu deixar para organizar com calma, no começo de janeiro, uma série de atividades em que pretende fazer um balanço dos dez anos de governo do PT (oito dele e dois de Dilma). "Vamos discutir o que era o Brasil antes do governo do PT e o que é agora", anunciou Lula, depois de voltar de mais uma longa maratona de comícios pelo País. Bastante animado com o que viu, e principalmente com a dianteira que seu candidato Fernando Haddad abriu nas pesquisas para a eleição de domingo em São Paulo, Lula já começou a fazer planos para 2014, sem citar nomes. "Precisamos ter competência para montar uma chapa forte na disputa pelo governo do Estado." Desde que ele entrou de cabeça nas campanhas do PT, como estava sempre em trânsito, não falava com o velho amigo. Em nenhum momento da nossa breve conversa por telefone, o ex-presidente se queixou de qualquer problema de saúde, o que demonstra que ele está recuperado do tratamento do câncer na laringe, descoberto há exatamente um ano. Até a voz está voltando ao normal. E combinamos de nos encontrar na próxima semana para colocar os assuntos em dia. *** Como já não me lembrava do momento em que ficamos sabendo da vitória na eleição de 2002, recorro mais uma vez ao meu livro de memórias Do |Golpe ao Planalto — Uma Vida de Repórter (Companhia das Letras), em que conto o que aconteceu: Às cinco horas da tarde do domingo 27 de outubro de 2002, no dia em que Lula completava 57 anos, foi com muito custo que ele atendeu a meu chamado para vir até onde já se encontravam sua família _ a mulher Marisa, os quatro meninos e as noras _ e uns poucos amigos, diante do aparelho de televisão (...). A TV Globo iria anunciar o resultado da pesquisa boca-de-urna da eleição presidencial. O âncora Franklin Martins chamou a repórter, que estava ao lado do presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro: "Agora, ao vivo, vamos conhecer os resultados da pesquisa boca-de-urna com a repórter Mariana Kotscho". Por uma coincidência, a repórter era minha filha mais velha. "Olha lá, Mara! A Mariana está mesmo com jeito de grávida!": foi o primeiro e único comentário de Lula, como se o resultado anunciado por Montenegro, dando-lhe a vitória por larga margem sobre José Serra, não estivesse acabando de confirmar a primeira eleição de um operário para a Presidência da República do Brasil, depois de três tentativas frustradas. As pessoas começaram a pular, gritar e se abraçar. Lula, impassível, braços cruzados, olhava para o monitor de TV. Parecia não acreditar no que via e ouvia _ ou já esperava por aquele resultado havia muito tempo e por isso não se surpreendeu. Os filhos, também; pareciam assistir ao final de um jogo cujo resultado já conheciam. Com os números da pesquisa aparecendo na tela, não tinha mais erro. A comemoração podia começar, mas o dono da festa resistia. "Porra, Lula, nós ganhamos a eleição!", gritei, e lhe dei um tapa nas costas, para ver se ele caía na real.
Por: Zé Augusto0 Comentários
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
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Posted: 28 Oct 2012 12:22 PM PDT
A pesquisa Ibope da véspera da eleição indica que a campanha de José Serra (PSDB) fracassou em todas as áreas homogêneas da cidade de São Paulo. A estratégia tucana não conseguiu conquistar os eleitores que moram longe e ganham mal, nem fidelizou quem vive nas áreas centrais e têm maior renda. E ainda perdeu a maior parte dos que estão no meio do caminho.
Na zona petista – onde candidatos do PT ganharam as últimas quatro eleições majoritárias -, Serra perde na proporção de 2 a 5 para Fernando Haddad (PT), segundo o Ibope. Nesses distritos periféricos, que somam 38% do eleitorado paulistano, o petista deve abrir 1 milhão de votos de vantagem sobre o tucano. É sinal de que na região mais pobre da cidade a campanha de Serra não conseguiu mudar a imagem de que ele governa para os ricos.
Na zona antipetista – a parte mais rica da cidade onde mora metade do eleitorado, e os candidatos do PT perderam as últimas quatro eleições majoritárias sem exceção -, Serra está dois pontos à frente de Haddad, segundo o Ibope. Desconsiderada a margem de erro, Serra abriria pouco menos de 100 mil votos sobre Haddad. É muito pouco se comparados aos resultados obtidos por Gilberto Kassab (PSD) em 2008 e pelo próprio Serra em 2004.
Isso indica que Haddad conseguiu seduzir muitos eleitores que, na média, têm renda duas vezes e meia mais alta do que os da zona petista. Seja pelo título de professor da USP, ou por ser neófito em eleições, Haddad conseguiu manter uma rejeição (36%) mais baixa do que a de Serra (40%) nas áreas centrais e ricas da cidade. Nem a campanha negativa de Serra ao longo do segundo turno conseguiu deixar a imagem de Haddad pior que a sua.
A zona volúvel que fica entre as zonas petista e antipetista pendeu em peso para Haddad. Segundo o Ibope, ele ganha de Serra nessa área onde votam 8% dos paulistanos na proporção de 2 votos para 1. Em números absolutos, isso deve significar uma vantagem de 150 mil a 200 mil votos para o petista. Ou seja, a campanha de Serra não conseguiu cativar os emergentes tampouco.
Somadas as três grandes zonas eleitorais da cidade, Haddad venceria com mais de 1 milhão de votos de vantagem, pelo Ibope.
O fracasso da campanha eleitoral tucana se reflete até no ânimo dos seus simpatizantes. Praticamente 1 a cada 3 eleitores de Serra acha que Haddad será eleito prefeito neste domingo. Pior: 40% dos paulistanos que se declaram tucanos acham que o candidato do partido rival será o vencedor no domingo. Essa taxa foi crescendo ao longo do segundo turno, mostrando que a campanha do PSDB não empolgou nem o núcleo duro do tucanato.
Enquanto isso, dos que declaram voto em Haddad, só 6% apostam em vitória de Serra. Uma maioria de 89% dos eleitores do petista está confiante na vitória de seu candidato, diz o Ibope.
José Roberto de ToledoNo Estadão
Postado por zcarlosàs 16:00Nenhum comentário:
Marcadores: Eleições 2012, PSDB, Serra, Tucanos
Do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 28 Oct 2012 12:17 PM PDT
PSDB TEM QUE SE RENOVAR ! - O PSDB NÃO POSSUI QUADROS PARA ISSO HOJE E NEM TEM UM "LULA" CAÇA TALENTOS.
FHC - O ex-presidente foi "escondido" por SERRA na campanha, e é natural que assim tenha ocorrido. Todos sabem que FHC tira votos. Na matéria do Estadão, FHC reconhece que o PSDB não possui sintonia com o povo brasileiro, e fala do MENSALÃO como se ele e o seu partido não fossem a ORIGEM DESSE MAL.
LEIA + AQUI
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Posted: 28 Oct 2012 12:14 PM PDT
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Posted: 28 Oct 2012 06:32 AM PDT
Marco Aurélio Weissheimer, Carta Maior
O Partido dos Trabalhadores (PT) tem uma grande vitória política ao seu alcance no segundo turno das eleições municipais que ocorre neste domingo (28). E essa vitória não se resume à possibilidade de uma consagradora vitória de Fernando Haddad em São Paulo. A sua dimensão maior é de natureza política. E não é nada pequena.
Há cerca de quatro meses, lideranças da oposição ao governo federal (se é que ela tem hoje nomes que mereçam esse título) e a maioria dos colunistas políticos dos jornalões e grandes redes de comunicação apostavam que o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) destroçaria o PT nas eleições municipais. Numa curiosa coincidência, o processo no Supremo adequou-se ao calendário eleitoral, especialmente no primeiro turno. A pressão era intensa e permanente para que o julgamento fosse concluído dentro do calendário eleitoral.
A frustração dessa expectativa foi total. O PT foi o partido mais votado no país, venceu 626 prefeituras (12% a mais do que em 2008), somando mais de 17 milhões de votos. Além disso, aumentou em 24% o número de vereadores e vereadoras, que chegou a 5.164. E levou 22 candidatos para disputar o segundo turno. Mas esse êxito não se resume aos números. O saldo político é muito mais significativo. Essas foram as eleições realizadas sob o contexto do "maior julgamento da história do Brasil", como repetiram em uníssono colunistas políticos e lideranças da oposição. Ironicamente, o julgamento das urnas talvez seja, de fato, um dos mais impactantes da história do país, fortalecendo o projeto do partido que comanda a coalizão que governa o país há cerca de dez anos e impondo uma derrota categórica ao principal projeto político adversário representado até aqui pelo PSDB, seu fiel escudeiro DEM e pequeno elenco.
E essa derrota, é importante destacar, tem um caráter programático. É a derrota de uma agenda para o Brasil e a vitória do programa que vem sendo implementado na última década com ampla aprovação popular. Não é casual, portanto, que a oposição já comece a flertar com integrantes da própria base de apoio do governo federal numa tentativa de cooptar novos aliados para seu projeto que faz água por todos os lados.
Esse conjunto de fatores indica que o principal vitorioso nessa eleição não é nenhuma liderança individual, mas sim um partido que conseguiu sobreviver a um terremoto político, reelegeu seu projeto em nível nacional duas vezes e agora, como se não bastasse tudo isso, renova suas lideranças com quadros dirigentes que aliam capacidade intelectual com qualidade política.
Independente do resultado das urnas neste domingo, nomes como Fernando Haddad, Márcio Pochmann e Elmano de Freitas já representam a cara de um novo PT, fortalecido pela tempestade pela qual passou, pelas experiências de governo e, principalmente, pela possibilidade de futuro.
Essa possibilidade de futuro é representada por um conjunto de políticas que enfrentam grande resistência por parte do conservadorismo brasileiro: Reforma Política, nova regulamentação para o setor de comunicação, colocar a agenda ambiental no centro do debate sobre o padrão de desenvolvimento que queremos, fazer avançar a reforma agrária, fazer a educação pública brasileira dar um salto de qualidade, recuperar a ideia do Orçamento Participativo para aprofundar a democracia e abrir mais o Estado à participação cidadã, acelerar a integração política, econômica e cultural sulamericana, entre outras questões.
A "raça" petista não só não foi destruída, como sonhavam algumas vetustas lideranças oposicionistas que despontaram para o anonimato, como sai agora fortalecida no final do ano que era apontado como o do "fim do mundo".
Mas as vitórias quantitativas do PT dependem de algumas condições para se confirmarem como vitórias políticas qualitativas. Uma delas diz respeito à vida orgânica cotidiana do partido que deve ser um espaço de pensamento e organização social, com a participação regular dos melhores quadros pensantes do país.
Uma das razões dos sucessos eleitorais do PT, que a oposição político-midiática teima em não reconhecer (para seu azar) é o profundo enraizamento social que o partido atingiu no país; a famosa capilaridade que faz com que o PT seja a principal referência partidária brasileira. Esse é um capital político acumulado extraordinário que pode ser multiplicado se não for usado apenas como espaço eleitoral, mas, fundamentalmente, como um espaço de defesa da democracia e do interesse público, de discussão do Brasil e da construção de uma sociedade que supere o paradigma mercantilista que empobrece as relações humanas, destrói a natureza e privatiza a vida e o saber.
A militância petista tem todos os motivos do mundo para estar orgulhosa e esperançosa neste final de ano. Afinal de contas, o julgamento do voto popular subjugou o processo que pretendia colocar o partido e sua principal liderança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de joelhos. Não conseguiram.
Este é, obviamente, um texto otimista que não está considerando os inúmeros problemas – organizativos e programáticos - que precisam ser enfrentados no PT, assim como nos demais partidos da esquerda brasileira. Mas esse otimismo, mais do que justificável, é a expressão da voz do povo brasileiro que sai das urnas mais uma vez. A nossa democracia tem muito o que avançar, os problemas sociais ainda são grandes, mas o aprendizado político desses últimos anos abre uma extraordinária possibilidade de futuro. Que o PT e seus aliados tenham a sabedoria de ouvir a voz que sai das urnas. É uma voz de apoio, de sustentação, mas é também uma voz que quer avançar mais, participar mais e viver uma vida com mais orgulho e ousadia.
Marcadores: Carta Maior, Marco Aurélio Weissheimer, PT
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Posted: 28 Oct 2012 06:28 AM PDT
"Fernando Haddad acaba de falar diante de dezenas de jornalistas e lideranças do PT. "Hoje é o dia do eleitor. Ele compreendeu nossa mensagem, vai se manifestar e precisamos aguardar com muita tranquilidade". Haddad vota ao meio-dia e volta para comemorar à noite
Marco Damiani, Brasil 247
"O dia está bonito". Assim Fernando Haddad abriu sua fala no Hotel Intercontinental, há poucos instantes, diante de dezenas de lideranças do partido e jornalistas. Calmo, trajando a mesma camisa vermelha que tem usado em todos os seus pronunciamentos, ele evitou cantar vitória antecipada. "Hoje é o dia do eleitor. Ele compreendeu nossa mensagem e vai se manifestar. Fizemos um bom programa de governo e precisamos aguardar o resultado".
Haddad vota ao meio-dia e voltará a falar no início da noite para celebrar sua vitória diante de José Serra. De fato, o dia está bonito em São Paulo, com céu aberto e uma temperatura que deve chegar a 32 graus."
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Posted: 28 Oct 2012 06:25 AM PDT
Eu já havia cantado a pedra aqui. Em matéria publicada um ou dois dias antes de Marta mudar de posição e resolver apoiar Haddad, chamei atenção para o fato de que a agora Ministra, ficaria isolada dentro do partido se não o tivesse feito, fosse qual fosse o resultado alcançado por Fernando Haddad. Se ele perdesse, ela seria responsabilizada em parte, se ele chegasse a vencer (como parece que vai ser confirmado ainda hoje) ela passaria um 'atestado' de que o PT não precisa dela para vencer uma eleição em São Paulo. Menos mal que Marta reviu sua postura a tempo, se engajou na Campanha e ajudou de alguma forma a alavancar a candidatura de Haddad.
A matéria é do Estadão
Lula acertou ao escolher Haddad, reconhece Marta
Ministra fez a declaração ao chegar ao Hotel Intercontinental, onde líderes petistas estão reunidos para acompanhar o dia de votação
28 de outubro de 2012
A ministra da Cultura Marta Suplicy reconheceu na manhã deste domingo, 28, data da votação do segundo turno, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a "escolha certa" ao bancar o nome de Fernando Haddad para a disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Marta, ex-prefeita de 2001 a 2004, almejava concorrer novamente à Prefeitura, mas foi preterida por Lula e demorou a entrar na campanha de Haddad. No início do ano, ela afirmou que Lula "se quisesse perder, iria com Haddad" e mandou o ex-ministro da Educação "gastar sola de sapato".
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Posted: 28 Oct 2012 05:15 AM PDT
Data da Viagem sábado, outubro 27, 20120 Passageiros Comentaram
Quem canta por último o samba "Vai Passar" do companheiro Chico Buarque, CANTA BEM MELHOR !!!
"...Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar..."
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Posted: 28 Oct 2012 04:58 AM PDT
Da campanha de 1989 até o maior comício de Fortaleza para Elmano Prefeito, a música "Lula lá" marca presença. Aproveitando o embalo, olha o presente de aniversário que o Lula pediu em Salvador.
Por: Zé Augusto0 Comentários
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
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Posted: 28 Oct 2012 04:20 AM PDT
Posted by eduguim on 28/10/12 • Categorized as Análise
São Paulo está dando o primeiro passo para começar a se livrar de uma quadrilha formada por dois partidos que, há uma década, apesar de subsistirem em terras paulistas, o Brasil vem rejeitando progressivamente: o PSDB e o DEM. E por um consórcio de impérios de comunicação que atingiu o porte paquidérmico que tem hoje graças às incontáveis arcas de dinheiro público que recebeu da ditadura militar pelos favores que lhe prestou. José Serra, o lunático que o povo de São Paulo ora manda para a aposentadoria, tem todas as características de capo: autoritário, impiedoso, preconceituoso, truculento, cínico e, segundo o livro A Privataria Tucana, desonesto – sua filha e outros parentes, enquanto o governo federal do PSDB vendia patrimônio público a preço de banana, recebiam milhões e milhões de dólares de remessas inexplicáveis do exterior. Mas o que impôs a Serra a derrota acachapante da vez não foram os questionamentos éticos que, por um misto de cumplicidade da grande imprensa e de covardia de seus adversários políticos, (ainda) não estão sendo apurados, em que pese a CPI aprovada pela Câmara dos Deputados para esse fim, a qual, segundo se sabe, deverá ser instalada no início do próximo ano, na volta dos trabalhos do Congresso. Mas como o tema é a eleição em São Paulo, o que se tem que analisar é que tudo o que está acontecendo se deve a que a cidade cometeu um erro fatal em 2004 e outro ainda maior em 2008 e tais erros lhe cobraram um alto preço. Marta Suplicy foi eleita em 2000 com a missão de reparar a devastação praticada por Paulo Maluf e Celso Pitta na prefeitura ao longo da década de 1990, quando protagonizaram o primeiro grande erro dos paulistanos, o de negar reeleição à ex-prefeita Luiz Erundina, que fizera trabalho saneador e de resgate da cidade após outra gestão catastrófica, a de Jânio Quadros, que, a exemplo das de Maluf, Pitta, José Serra e Gilberto Kassab, viu máfias se instalarem por toda a administração municipal. Por omissão criminosa da grande imprensa paulista, São Paulo não sabe que a gestão Kassab está sob "sub judice", com vários secretários e o próprio prefeito sendo acusados e investigados pelo Ministério Público por conta das novas máfias que se instalaram na administração municipal de forma a, por exemplo, lucrar com a liberação de construção de imóveis. A mídia que a ditadura militar legou ao Brasil, porém, escondeu tudo isso do eleitor paulistano no âmbito de sua luta insana contra o Partido dos Trabalhadores, que já remonta a quase a um quarto de século (desde 1989). Todavia, ainda em 2004, quando a excelente gestão Marta foi interrompida aos meros quatro anos (os grupos políticos de direita que governaram a cidade tiveram todos oito anos) assim como ocorreu com a de Erundina, já se sabia que a retomada das práticas criminosas e socialmente irresponsáveis que a direita iria impor à cidade cobrariam desta um preço, de forma que a conscientização do paulistano sobreviria, se não pelo amor (racionalidade), ao menos pela dor. A cidade, pois, foi entregue a dois homens que utilizariam a administração municipal como trampolim para seus projetos políticos. Serra ficou no cargo pouco mais de um ano, pois se candidatou a prefeito em 2004 apenas para ganhar musculatura e recursos para disputar o governo do Estado dois anos depois, governo que também abandonaria para disputar a Presidência da República em 2010. Kassab, assim como o padrinho político, também abandonou São Paulo na mão de assessores corruptos para montar um partido político, o PSD, que reúne, se não o que de pior havia no PSDB e no DEM, boa parte do lixo político que infecta esses partidos. Enquanto Serra e Kassab se dedicavam aos seus projetos políticos, o caos foi se implantando na capital paulista. Violência, criminalidade, falta de mobilidade urbana, sujeira, abandono da população de rua (que explodiu), serviços públicos de quinto mundo, piores salários de servidores municipais, corrupção desbragada… Ufa! São Paulo, que quando Marta deixou o governo era uma cidade complicada, chegou ao inferno. E a São Paulo de hoje não é ruim apenas para os pobres, apesar de, para estes, ser muito pior. É ruim também para os ricos. A cidade viu, nessa administração nefasta que caminha para o ostracismo e para a vergonha histórica, ocorrerem até o que nunca antes ocorrera: enchentes em bairros ditos "nobres". Isso sem falar que a cidade é hoje uma praça de guerra com dezenas de assassinatos todos os dias, sobretudo à noite. A eleição de Fernando Haddad é, portanto, o primeiro passo para tirar não só a capital paulista das mãos da quadrilha demo-tucano-midiática, mas, sobretudo, o governo do Estado, pois São Paulo está encolhendo diante de um Brasil que cresce e se desenvolve como nunca se viu, tudo graças a um grupo político que governa fechando as portas às políticas públicas do governo federal que estão fazendo outras regiões progredirem muito mais. O povo de São Paulo precisou passar pela autoflagelação que se impôs com a eleição do atual grupo político que governa a cidade de forma a acordar. E, repito, se não foi pelo amor, foi pela dor que amadureceu, pois eleição é coisa séria, não pode ser confundida com as disputas retóricas do futebol, mas o paulistano, instigado pela mídia partidarizada e irresponsável, vinha votando com o fígado em vez de votar com o cérebro. Se urna pode condenar, também pode absolver Desde que, acima de qualquer outra, a vitória de Fernando Haddad ameaçou comprovar que o povo brasileiro não acredita na orgia midiática em torno do julgamento do mensalão, os mesmos pistoleiros da mídia que previram que o PT, além de ser "condenado" pelo Supremo Tribunal Federal, também seria condenado pelas urnas, mudaram o discurso. Não há colunista, editorialista ou veículo integrante do Partido da Imprensa Golpista que, antes de se configurar a imensa vitória eleitoral que o PT teve em 2012, não tenha dito que as urnas se coadunariam com a mídia e com o tribunal de exceção de forma a condenarem o PT. Após 7 de outubro, quando o PT se tornou, mais uma vez, o partido mais votado do Brasil ao mesmo tempo em que o conclave demo-tucano-midiático-judiciário mandava o Estado de Direito às favas e inaugurava a era dos presos políticos no país, esses pistoleiros da opinião passaram a dizer que "urnas não absolvem" o PT, como se este estivesse sendo julgado. O PT não foi a julgamento, mas se o veredicto das urnas, segundo a pistolagem midiática, servia para condenar o partido, por que é, diabos, que não serve para absolver? Pergunte-se, leitor, o que o PIG estaria dizendo se o PT tivesse sido arrasado eleitoralmente em todo o país. As manchetes, inequivocamente, seriam no sentido de que o povo, assim como o STF, condenou os "mensaleiros", o PT e Lula, ainda que estes dois últimos não tenham sido sequer acusados formalmente. Portanto, as urnas absolveram, sim, Lula e o PT. Blogueiro viaja nesta segunda durante duas semanas Tive que esperar passarem as eleições para fazer a última viagem de negócios do ano. Devido ao tempo que investi para ajudar a evitar que o golpe político demo-tucano-midiático-judiciário tivesse êxito, a viagem que começo a empreender a partir desta segunda-feira se estenderá por 16 dias, durante os quais visitarei vários países sul-americanos. Contudo, como sempre, isso não impedirá que continue atualizando o blog diariamente. Do Blog da Cidadania. |
Posted: 28 Oct 2012 04:15 AM PDT
Do Conversa Afiada - Publicado em 27/10/2012
Enfrentar o PT, exorcizando-o, como fazem a mídia e a elite paulista é fortalecê-lo ainda mais, pois as ações de governo de Lula e Dilma têm efeito direto na vida da população, em todas as camadas sociais.
Do amigo navegante Adauto Alves:"Enquanto a mídia e a elite paulista continuarem a tratar o PT como o partido que inaugurou a corrupção no Brasil, não levarão vantagem. Bater de frente com o partido e o presidente que implantou os maiores programas sociais da história da república brasileira é a mesma coisa de tentar quebrar pedra com a mão.
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Posted: 28 Oct 2012 03:30 AM PDT
Fernando Haddad
De uns tempos para cá, nossa cidade ficou para trás, longe do ritmo geral da nação -a atual gestão não fez o que era preciso contra a desigualdade
Se for eleito prefeito de São Paulo, meu objetivo central será diminuir a distância que separa a cidade rica da cidade pobre. Hoje, vivemos numa cidade desequilibrada. Sofremos com a falta de planejamento urbanístico. Não temos grandes obras gerando transformação e trabalho. Não temos soluções criativas.
Nos livros de urbanismo, São Paulo só aparece como referência negativa. E a verdade é que merecemos mais que isso. Quero recuperar a autoestima desta cidade cheia de energia e de criatividade, com sua extraordinária capacidade de sonhar e de realizar sonhos.
São Paulo como que carrega 31 cidades dentro de si. Cada subprefeitura tem mais de 300 mil habitantes. Mas, de uns tempos para cá, estamos ficando para trás. Não estamos acompanhando o ritmo geral da nação. Não estamos contribuindo como poderíamos para o desenvolvimento do país. Não estamos exercendo nossa liderança nem ativando nossas vocações de vanguarda.
Nossos indicadores sociais retratam uma realidade perversamente desigual. Falam de uma cidade com pontos altos no centro expandido, que vão declinando à medida que nos aproximamos dos bairros mais distantes.
As regiões central, oeste e o início das zonas sul e leste concentram os empregos, os melhores hospitais, as melhores universidades, a renda, a infraestrutura urbana e as oportunidades. Mas não são as mais populosas. As seis subprefeituras do centro expandido contam com 64,1% dos empregos e 17,1% dos habitantes do município. As demais têm 82,9% dos habitantes e só 35,9% dos empregos.
As regiões menos desenvolvidas são também aquelas em que a desigualdade gera mais violência. Embora o Plano Diretor Estratégico de Marta Suplicy já tivesse apontado essa realidade e indicado ações e instrumentos para enfrentá-la, a atual administração não fez o que era preciso em matéria de desenvolvimento regional.
Nosso modelo de desenvolvimento continua concentrador e excludente. Se a cidade vem acompanhando o crescimento econômico do país, o mesmo não se pode dizer da distribuição da riqueza e de nossa situação socioterritorial.
A dimensão social não tem recebido a atenção necessária. Com isso, as regiões ricas ficam mais ricas e as pobres permanecem pobres.
Esse desequilíbrio explica por que São Paulo enfrenta graves problemas de mobilidade, como ruas congestionadas e trabalhadores gastando horas no trânsito. Se não superarmos o desequilíbrio, a distância entre moradia e emprego, outros problemas também não terão solução.
Sei que o que me espera, caso eleito, é um tremendo desafio. E vamos enfrentá-lo. O prefeito de São Paulo tem de ser o catalisador de todos aqueles que querem caminhos novos e soluções. De todos os que estão dispostos a se engajar num grande projeto de transformação social.
Se vejo a prefeitura como instrumento dessa transformação, sei também que isso só será alcançado com uma administração baseada no planejamento e na definição de metas de resultados. Trago um plano de governo claro e viável, que nasceu de conversas e discussões com a cidade. Milhares de pessoas participaram dos seminários Conversando com São Paulo. Das caravanas e debates por vários bairros e comunidades, num belo exemplo de compromisso cívico e citadino.
A cidade mais humana que pretendemos construir será boa para ricos e pobres. Não aceitamos mais uma São Paulo partida, com baixa qualidade de vida e uma população amedrontada pela violência. Queremos uma São Paulo unida e à altura de sua grandeza.
Fernando Haddad , 49, é mestre em economia, doutor em filosofia e professor licenciado da USP. Foi ministro da Educação (2005-2012, governos Lula e Dilma)
Marcadores: Fernando Haddad
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Posted: 28 Oct 2012 03:23 AM PDT
Mauricio Dias, CartaCapital
"Em breve, como se espera, o Supremo Tribunal Federal, após o julgamento do chamado "mensalão petista", se encarregará do Inquérito 3.530, conhecido, mas ainda não popularizado, como mensalão tucano, igualmente originado em Minas Gerais e até agora ainda sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa, que assumirá a presidência do STF em novembro, pelo princípio do rodízio. Não se sabe se abrirá mão da tarefa. Provavelmente, sim.
O mensalão tucano, e não mineiro, como às vezes se diz e se escreve, ora por descuido e, principalmente, por má-fé, montado a partir de Belo Horizonte, em 1998, para a reeleição do então governador mineiro Eduardo Azeredo, está intimamente ligado ao processo eleitoral nacional e, por consequência, à reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Marcos Valério, o publicitário, ou operador financeiro, como é caracterizado, passou a ser o fio condutor de todo esse moderno processo de formação de caixa 2 que ainda norteou, em 2002, a primeira eleição de Aécio Neves para o governo de Minas Gerais. O dinheiro gerado em Minas se espalhava pelo País. Nada pode ser entendido se for descartado, por exemplo, o livro O Voo do Tucano, do deputado petista Durval Ângelo, publicado em 1999. Praticamente circunscrito ao fechado mundo mineiro, onde tudo acontece e nada transpira, a obra ganhou alguma notoriedade na CPI dos Correios (2005), após as denúncias de Roberto Jefferson.
Valério era somente consultor financeiro quando se envolveu no processo de salvação da empresa de publicidade SMP&B. Por intermédio dele, o hoje senador Clésio Andrade aportou recursos na agência. Integrante, como vice, da chapa de Aécio Neves, ele repassou as ações para Valério numa operação cuja legalidade é discutida."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 28 Oct 2012 03:19 AM PDT
"Com episódios beirando o fascismo, a estratégia eleitoral do tucano nestas eleições pode ser qualificada de várias formas, menos de bem-sucedida. Para analistas, Serra não soube compreender o perfil do eleitor paulistano em geral nem o do simpatizante do seu próprio partido. "O Serra morreu politicamente. O máximo que ele consegue é ser senador, não mais uma peça central do tabuleiro, embora não seja possível ser taxativo em política", opina o filósofo Vladimir Safatle.
Igor Ojeda, Carta Maior
"Caminho sem volta". Assim a Folha de S. Paulo definiu, em seu editorial de 13 de outubro, a aliança de José Serra com setores ultraconservadores. Sim, a estratégia de campanha do candidato tucano à Prefeitura de São Paulo foi demais até para o jornal que sempre o apoiou. E mesmo quadros do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estariam criticando duramente tal postura.
"É uma campanha de direita", opina Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, Serra tentou copiar o candidato Celso Russomano (PRB), que teria posto em marcha uma campanha "sem consistência ideológica, mas capaz de popularizar temas conservadores misturados com a 'defesa dos pobres' e com uma atitude supostamente moderna, que é neoliberal". Talvez por isso, analisa Secco, o tucano tenha chegado ao segundo turno. "A imagem que ele sempre projetou não foi de esquerda, mas a de um técnico. Hoje, por necessidade de ocupar outro campo da política, faz um discurso conservador." O episódio mais recente da estratégia de campanha do candidato do PSDB beirou o fascismo. À rádio CBN, respondendo a um eleitor sobre o que faria para acabar com a violência nas escolas, Serra afirmou que faria um convênio com a Fundação Casa (antiga Febem, famosa pelos maus-tratos contra internos menores de idade) para identificar jovens com propensão ao crime e ao consumo de drogas dentro das instituições municipais de ensino. Sua completa adesão à política de "linha-dura" no combate ao crime já havia ficado evidente no dia 10, quando, em um ato de campanha no bairro de Pirituba, elogiou o vereador eleito do PSDB Coronel Paulo Telhada, que o acompanhava. Ex-comandante da Rota, Telhada é alvo de três pedidos de impugnação de sua candidatura pelo Ministério Público, uma delas por incitação à violência."
Artigo Completo, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior/ 21:030 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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