sábado, 22 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 21 Sep 2012 03:28 PM PDT


"Oposição quer fazer com Lula o que fez com Getúlio e Jango", diz ex-ministro da Defesa Waldir Pires
O ex-consultor de João Goulart e ex-ministro de Lula, Waldir Pires (Agência Brasil)
Nesta quinta-feira, 20, seis partidos de sustentação do governo Dilma (PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB), em nota pública, acusaram a oposição de estar "disposta a qualquer aventura" e a "práticas golpistas". Segundo a nota, "em defesa da honra e dignidade" do ex-presidente Lula, assinada pelos presidentes dos seis partidos, "assim foi em 1954, quando inventaram um 'mar de lama' para afastar Getúlio Vargas" e "assim foi em 1964, quando derrubaram Jango para levar o País a uma ditadura de 21 anos". Para uma reflexão sobre o momento, e o passado, Terra Magazine foi ouvir alguém com idade, história e autoridade para tanto.
Entre os dias 31 de Março e 1 de Abril de 1964, um golpe militar derrubou o governo João Goulart, o Jango. Dois funcionários foram os últimos a deixar o Palácio do Planalto depois do golpe. Um deles, o chefe da Casa Civil, Darcy Ribeiro. O outro, o Consultor-Geral da República, Waldir Pires. Ex-secretário de Estado, deputado estadual e federal, governador e senador, criador da Controladoria-Geral da União e ex-ministro da Defesa no governo Lula, Waldir Pires, aos 85 anos, é candidato a vereador pelo PT em Salvador. Na conversa que se segue, Waldir Pires discorre sobre o que já viveu e as relações ou semelhanças com o momento. Em um trecho da conversa, o ex- ministro da Defesa diz:
- Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…
Em outro momento, avança:
- Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso… o cheiro é o mesmo…
Abaixo, a entrevista.
Terra Magazine: Onde o senhor estava no dia do golpe que levou à ditadura em 1964?
Waldir Pires: Em Brasília, no Palácio do Planalto. Eu era o Consultor Geral da República… eu e o Darcy Ribeiro, Chefe da Casa Civil, fomos os últimos a deixar o Palácio quando derrubaram o presidente João Goulart, o Jango..
Seis partidos, PT, PMDB, PSB, PDT, PC do B e PRB, todos de sustentação ao governo Dilma, assinaram e lançaram uma nota pública. Nesta nota, acusam os partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS, de estarem "dispostos a qualquer aventura" e de "não hesitarem em práticas golpistas". O documento é apresentado em defesa "da honra e dignidade" do ex-presidente Lula…
…sim, eu tomei conhecimento da nota…
Como o senhor, aos 85 anos, tendo vivido o que já viveu e viu, vê esse momento?
Me parece evidente que a oposição, ao menos setores da oposição, estão agindo em relação ao ex-presidente Lula como um dia agiram em relação a Getúlio Vargas e João Goulart…
O senhor diria que já viu esse filme antes ou isso é um exagero dessa nota dos seis partidos?
Eu já vi e vivi esse filme antes, e há amarras extraordinariamente suspeitas em tudo isso…o cheiro é o mesmo…
Em que termos o senhor faz essa comparação?
Vamos ser claros: a oposição quer fazer com Lula o mesmo que fez com Getúlio Vargas e com Jango…até as expressões que usam são as mesmas, "mar de lama" é uma delas…
Mas não existiriam outros fatores objetivos no discurso da oposição? Assim como existem fatos que são objetos das críticas e denúncias e até do julgamento no Supremo…
Existem razões e fatos, mas o Brasil tem instituições funcionando e que são capazes de examinar os fatos sem que seja preciso pressão e a criação de um ambiente artificial. E diga-se que instituições fortalecidas exatamente durante os dois mandatos do governo Lula. Eu mesmo fui ministro-chefe da Controladoria-Geral da União que não existia até Lula. O governo Fernando Henrique tinha uma Corregedoria…
E qual a diferença?
A Controladoria fiscaliza e dá absoluta transparência a todos os gastos federais, está tudo na internet, cada centavo dos bilhões gastos pelo governo federal está no site. E mais. Tudo isso numa ação coordenada com o Ministério Público, no plano federal e nos Estados, com o Coaf, a Receita Federal, Polícia Federal…ora, quando falam no resultado disso, do aprofundamento das investigações nos casos de corrupção, como esquecem de dizer que isso, que essa coordenação de esforços, é obra exatamente dos governos de Lula e agora de Dilma?
Mas…
…a montagem dessa teia de acessos às informações e absoluta transparência, que leva a sociedade a ter acesso às informações, é obra de Lula, do governo Lula. Como é possível ignorar isso, esconder essa informação enquanto, ao mesmo tempo, se valem das informações que esse sistema coordenado de fiscalização e transparência permite obter?
Isso foi decisão pessoal dele ou foi acontecendo?
Decisão pessoal dele. Quando o presidente me convidou para o Ministério da Defesa me preocupei se poderia haver alguma modificação na atuação da Controladoria…o presidente Lula não apenas me garantiu que não como manteve minha equipe, e Jorge Hage está até hoje à frente da equipe com resultados e um trabalho que não apenas o Brasil reconhece. A ONU, a OEA e outros organismos internacionais já reconheceram e deram destaque a esse trabalho modernizador no setor de controle e transparência de informações…
Voltemos ao momento…
Vejo esse momento com preocupação, com inquietação. É um erro, e mais do que isso, não condiz com a verdade esse ambiente de que vivemos num "mar de lama", que há "corrupção generalizada" desde o governo Lula…
Por que um erro?
Porque nossas instituições democráticas ainda são frágeis…porque isso não é verdade…a transparência, o acesso às informações, a atuação do Ministério Público, da Polícia Federal, a atuação conjunta nos últimos anos e os resultados disso mostram que esse ambiente desejado por certos setores é irreal, não é verdadeiro…o que há é que agora, depois de séculos, as informações, pela primeira vez na história, vêm a público…
O que lhe preocupa?
Me preocupa… há uma tendência nos últimos anos…os setores conservadores, ao invés de articularem golpes militares, agora dão golpes parlamentares… como se viu em Honduras, como se viu há pouco no Paraguai, e isso é precedido pela fomentação de um ambiente adequado para esses golpes parlamentares…
O que o senhor, objetivamente, detecta nessa "ambientação"…
A generalização, o procurar atingir os adversários a esse nível que estão fazendo e como estão fazendo ao invés do enfrentamento político democrático, enfrentamento com críticas duras, críticas e denúncias severas e tudo o mais, mas não com a criação de um ambiente artificial, e ainda mais quando isso parte dos setores de onde isso tem partido…
Ou seja…
Setores com figuras, instituições que construíram fortunas incalculáveis, que estão aí, e sem que nada ou quase nada fosse dito ou apurado… alguns desses personagens até já se foram e deixaram fortunas, até porque não existiam os mecanismos de fiscalização e transparência de agora, mas outros, bem mais recentes, estão por aí…como é possível querer que se acredite que a "corrupção nasceu ou cresceu" nos últimos anos, se foi exatamente nos governos de Lula e Dilma que iniciou o combate verdadeiro e eficaz, combate articulado e com o resultados que se conhece…isso é irreal e é uma farsa…
Por que irreal e…
É irreal fazer de conta que a corrupção é algo apenas "atual", é irreal fazer de conta que não se conhece os fatos conhecidos, do passado distante e também do passado recente… é uma farsa desconhecer a história do mundo e do Brasil, e desconhecer o combate que vem sendo travado exatamente desde a consolidação de todos esses mecanismos de controle e transparência… A corrupção existe, ninguém está negando isso, mas existem mecanismos de controle e eles estão funcionando…
O senhor sabe que tentarão desqualificar, rotular suas observações…
Certamente, isso é parte desse processo todo…
Que papel a mídia tem e deveria ter diante disso? Como o senhor percebe a atuação da mídia?
O papel é o de dizer como as coisas realmente são e foram, dizer quais são os fatos verdadeiros…e por isso vejo com preocupação a atuação de certos setores…
Que setores?
Os setores conservadores. Há certas coisas muito parecidas, inclusive a expressão "mar de lama", com a coisa terrível que a oposição fez com Getúlio… tentam fazer o que fizeram com Getúlio e depois com João Goulart, e tudo isso para impedir os avanços, querem, com Lula ou sem Lula, interromper os avanços do processo democrático, e o verdadeiro avanço se deu com a inclusão social. Esse é o avanço. Democracia é também, mas não apenas, o compromisso de liberdades formais. Democracia é, foi a inclusão social de 40 milhões de brasileiros que acontece desde Lula, e esse é o grande incômodo dos setores conservadores. Se a oposição quer vencer, que tenha um ideário e busque votos.
Quanto à imprensa, à mídia, o senhor pode ser mais específico quanto ao que pensa?
Eu era ministro da Defesa no governo Lula e fui a um programa de televisão para ser entrevistado. Por três ou quatro vezes o apresentador, que me recebeu de maneira muito gentil, repetiu "mas que vergonha o mensalão, hein?", "mas que surpresa um mensalão". Na quarta vez, respondi: "Mas como surpresa com um mensalão? Você não se lembra do 'mensalão' do IBAD, aquele que terminou em CPI em 1962?". Aquilo era uma trama, uma articulação e preparação para um golpe de estado (NR: Instituto Brasileiro de Ação Democrática. Financiado por setores do empresariado e pela agência norte-americana CIA, o IBAD teve como objetivo financiar a eleição de opositores ao governo João Goulart e também setores da mídia. Por decisão judicial, o IBAD foi fechado em 1963). Se querem usar a expressão "mensalão", como ignorar tantos mensalões da história do Brasil, inclusive os bem mais recentes? Se falam em "mensalão", como se esquecem que isso de agora veio de Minas Gerais, e do PSDB?
O senhor já foi secretário estadual, deputado estadual e federal, consultor-geral da República, ministro, governador, o ministro que criou a Controladoria-Geral da União, foi exilado por seis anos e agora é candidato a vereador pelo PT em Salvador, aos 85 anos. Por quê?
Por dever de gratidão. Dever de consciência, por ver minha cidade maltratada, a administração pública indiferente e sem nenhum projeto consistente para seu desenvolvimento, submetida a um processo de corrosão moral que a todos causa indignação. Porque não há como olhar para o espelho e admitir para si mesmo não participar das grandes preocupações. As capitais, a nossa capital, são ou deveriam ser um núcleo de organização da vida, de inclusão social… Salvador foi a cidade onde conheci o mar. Isso já é muito…

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Posted: 21 Sep 2012 03:24 PM PDT




"Em nota, presidente diz que a "surpresa" que sentiu com a aprovação do marco energético no Congresso foi "em função do funcionamento equivocado do setor até então"; relator da Ação Penal 470 relacionou a fala de Dilma com o suposto esquema de compra de votos no Congresso nesta quinta

Na conclusão de seu voto, nesta quinta-feira 20, o ministro relator da Ação Penal 470, Joaquim Barbosa, citou a presidente Dilma Rousseff antes de condenar 12 réus do caso conhecido como "mensalão". Para justificar seus argumentos, ele usou uma fala da presidente, que disse ter ficado supresa com a rapidez com que foi aprovado o marco regulatório do setor energético em 2009, relacionando, portanto, sua declaração com a compra de votos julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"(Dilma) disse que se surpreende, vendo com os olhos de hoje, com a rapidez da aprovação desse projeto. É possível assim avaliar a dimensão (do esquema)", disse Barbosa. Em nota divulgada nesta sexta, Dilma esclarece a surpresa mencionada pelo ministro, contextualizando a situação do setor energético, que "atravessou uma histórica crise" entre junho de 2001 e fevereiro de 2002. Sua surpresa, esclarece a presidente, foi "em função do funcionamento equivocado do setor até então".

Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota à imprensa

"Na leitura do voto, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.

Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como "apagão".

Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.

No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.

Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a 'surpresa' que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, "ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras".

Dilma Rousseff
Presidenta da República"

Enviada por: Nogueira Junior/ 16:331 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 21 Sep 2012 01:06 PM PDT




O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em São Paulo, em um  encontro com artistas e intelectuais, que esse é o momento de "recuperação moral" da política brasileira. Ele pode ter razão, e a terá ainda mais se, depois do escrutínio judicial da Ação 470, o exame de outras ações pendentes no STF e nos tribunais dos Estados, abrir o véu que cobre o período de 1995 a 2003. Seria importante saber como se deu a privatização da Companhia Vale do Rio Doce, uma empresa construída por mineiros. E seria também importante verificar, em sua intimidade, o processo de privatização da Telebrás e suas subsidiárias. 
        Estamos submetidos a um péssimo serviço, quase todo ele explorado por empresas estrangeiras. Segundo o PROCON, as reclamações contra os serviços telefônicos celulares batem o recorde naquele órgão. Enquanto isso, algumas empresas, como a Telefônica, continuam se valendo do nosso dinheiro, via BNDES, para financiar sua expansão no país, enquanto os lucros são enviados a Madri, e usados para a compra de empresas no resto do mundo.
       Será, da mesma forma, necessária à recuperação moral da política brasileira saber quais foram as razões daquela medida, e como se desenvolveu o processo do Proer e da transferência de ativos nacionais  aos bancos estrangeiros, alguns deles envolvidos em negócios repulsivos, como a lavagem de dinheiro do narcotráfico.
       Quem fala em recuperação moral estuprou a Constituição da República com a emenda da reeleição, recomendada pelo Consenso de Washington, uma vez que aos donos do mundo interessava a continuidade governamental nos países periféricos, necessária à queda das barreiras nacionais e à brutal globalização da economia, com os efeitos nefastos para os nossos países. Seria, assim, também importante, no processo histórico da "recuperação moral", saber se houve ou não houve compra de votos para a aprovação do segundo mandato de Fernando Henrique, como se denunciou na época, e com algumas confissões conhecidas.
      Tivemos oito anos sem  crescimento do ensino universitário público no Brasil, enquanto se multiplicaram os centros privados de ensino superior, que formam, todos os anos, bacharéis analfabetos, médicos açougueiros, sociólogos inúteis.
       Para essa "recuperação moral" conviria ao ex-presidente explicar por que, no apagar das luzes de seu governo, recebeu, para um jantar a dois, o banqueiro Daniel Dantas, acusado de desviar dinheiro de seu fundo de investimentos para os paraísos fiscais, violando a legislação brasileira. Seria também importante reexaminar a súbita prosperidade dos jovens gênios que serviram à famosa "equipe econômica" em seus dois mandatos.
      Se a "recuperação moral" for mesmo para valer, o ex-presidente não tem como eludir às suas responsabilidades. Para começar, se alguém se habilitar a investigar - e julgar ! - basta o seu diálogo gravado com o pessoal do BNDES no caso da privatização das telefônicas.

Mauro Santayana
Posted: 21 Sep 2012 01:00 PM PDT



Nota à imprensa 
"Na leitura do voto, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como "apagão".
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a 'surpresa' que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, "ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras".
Dilma Rousseff
Presidenta da República"

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Posted: 21 Sep 2012 12:52 PM PDT




Dez anos depois. No fim de setembro
de 2002, jornalões e revistões
enxergavam Lula como
se vê acima. E o operário
ganhou as eleições…
Mino Carta, CartaCapital

"Por que Lula se tornou a obsessão da mídia nativa? Por que tanta raiva armada contra o ex-presidente? Primeiro é o ódio de classe, cevado há décadas, excitado pelo operário metido a sebo, tanto mais no país da casa-grande e da senzala. Onde já se viu topete tamanho? Se me permitem, Lula é personagem de Émile Zola, assim como José Serra está nas páginas de Honoré de Balzac. O sequioso da emergência que chegou lá.
Depois vem a verdade factual, a popularidade de Lula, avassaladora. E vem o confronto com os tempos de Presidência tucana, e o triste fim de Fernando Henrique Cardoso, o esquecido, no Brasil e no mundo. Assim respondem os meus meditativos botões às perguntas acima. E as respostas geram outra pergunta.

Por que a mídia nativa, intérprete da casa-grande, goza ainda de prestígio até junto a quem ataca diária e obsessivamente se seus candidatos perdem os embates eleitorais decisivos? Memento2002, 2006, 2010. Mesmo agora, véspera dos pleitos municipais, as coisas não estão bem paradas para os preferidos de jornalões e revistões. Será que o jornalismo brasileiro dos dias de hoje faz apostas erradas? Defende o indefensável?

Na semana passada publiquei os números da verba publicitária governista distribuída entre as empresas midiáticas. Mais de 50 milhões para a Globo. Para nós, pouco mais de 100 mil reais. E sempre há quem apareça para nos definir como "chapa-branca"… E a Editora Abril, então? Na compra de livros didáticos, fica com a parte do leão em um negócio imponente que em 2012 já lhe assegurou a entrada de 300 milhões. Pode-se imaginar o que seus livros ensinam. Enquanto isso, a Petrobras acaba de cancelar um contrato de 11 milhões que estava para ser fechado com a casa do Murdoch brasileiro. Vem a calhar, a confirmar-lhe tradições e intentos, a última capa da sua querida Veja, ponta de lança na estratégia da guerra contra Lula."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 13:240 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 21 Sep 2012 12:20 PM PDT
Posted: 21 Sep 2012 12:15 PM PDT


"Na leitura do voto, na sessão de ontem do Supremo Tribunal Federal, o senhor ministro Joaquim Barbosa se referiu a depoimento que fiz à Justiça, em outubro de 2009. Creio ser necessário alguns esclarecimentos que eliminem qualquer sombra de dúvidas acerca das minhas declarações, dentro dos princípios do absoluto respeito que marcam as relações entre os Poderes Executivo e Judiciário.
Entre junho de 2001 e fevereiro de 2002, o Brasil atravessou uma histórica crise na geração e transmissão de energia elétrica, conhecida como "apagão".
Em dezembro de 2003, o presidente Lula enviou ao Congresso as Medidas Provisórias 144 e 145, criando um marco regulatório para o setor de energia, com o objetivo de garantir segurança do abastecimento de energia elétrica e modicidade tarifária. Estas MPs foram votadas e aprovadas na Câmara dos Deputados, onde receberam 797 emendas, sendo 128 acatadas pelos relatores, deputados Fernando Ferro e Salvador Zimbaldi.
No Senado, as MPs foram aprovadas em março, sendo que o relator, senador Delcídio Amaral, construiu um histórico acordo entre os líderes de partidos, inclusive os da oposição. Por este acordo, o Marco Regulatório do setor de Energia Elétrica foi aprovado pelo Senado em votação simbólica, com apoio dos líderes de todos os partidos da Casa.
Na sessão do STF, o senhor ministro Joaquim Barbosa destacou a 'surpresa' que manifestei no meu depoimento judicial com a agilidade do processo legislativo sobre as MPs. Surpresa, conforme afirmei no depoimento de 2009 e repito hoje, por termos conseguido uma rápida aprovação por parte de todas as forças políticas que compreenderam a gravidade do tema. Como disse no meu depoimento, em função do funcionamento equivocado do setor até então, "ou se reformava ou o setor quebrava. E quando se está em situações limites como esta, as coisas ficam muito urgentes e claras".
Dilma Rousseff
Presidenta da República"

Posted: 21 Sep 2012 12:09 PM PDT
Posted: 21 Sep 2012 12:03 PM PDT
CRISE GLOBAL
Espanha, sob tensão, capta 4,8 bi de euros




Manifesto de catalães pela independência, na semana passada: turbulência econômica acirra problemas políticos (Lluis Gene/AFP - 11/9/12 )
Manifesto de catalães pela independência, na semana passada: turbulência econômica acirra problemas políticos

Madri — A Espanha aproveitou ontem um certo relaxamento nos mercados para captar 4,8 bilhões de euros a juros mais reduzidos, mas a pressão para que país peça ajuda econômica continua, dizem especialistas, que também alertam para a crítica situação das regiões, principalmente a da Catalunha, onde as tensões políticas vêm aumentando. O tesouro espanhol conseguiu vender bônus de 10 anos a uma taxa média de 5,666% ao ano, abaixo dos 6,647% concedidos em 2 de agosto. O Ministério da Economia informou que, com a operação, alcançou 82% da sua meta de captação anual.

Apesar da melhora das condições de acesso ao mercado, boa parte dos analistas, contudo, acredita que o país não terá como escapar de um programa global de resgate da sua economia. Para Simon Furlong, de Spreadex, o êxito da emissão de ontem deu um pouco mais de tempo ao governo do primeiro-ministro, Mariano Rajoy, mas juros continuam muito elevados. "Enquanto a Espanha não pagar taxas mais baixas, o resgate é inevitável", disse.

O Executivo espanhol afirma não ter tomado ainda uma decisão a respeito de um programa de resgate, temendo pelas duras condições que teria que cumprir em troca do socorro financeiro, pois elas poderiam agravar os problemas sociais e políticos vividos pelo país.

Autonomia
Madri enfrenta ainda uma relacionamento de crescente tensão com os 17 governos regionais. Muitos deles, com dificuldade de fechar suas contas, têm sido constrangidos a recorrer à ajuda do governo central. A Catalunha pediu 5 bilhões de euros, seguida por Valência, que necessita de 4,5 bilhões. A Andaluzia já pediu um adiantamento de 1 bilhão de euros e poderá solicitar mais 2,4 bilhões.

Essa situação têm alimentado o desejo por maior autonomia e feito ressurgir questões de alta voltagem política, como o separatismo. Na semana passada, 1,5 milhão de catalães foram às ruas de Barcelona pedir independência. Ontem, o presidente catalão, Antur Mas, que se reuniu com Rajoy, teve negado um projeto orçamentário que daria à região o direito de arrecadar seus próprios impostos — um modelo similar aos do País Basco e de Navarra.

A frustração pode acirrar os ânimos políticos na região, que atribui à subordinação a Madri boa parte de seus problemas econômicos. "Foi perdida uma oportunidade histórica de entendimento entre a Catalunha e o resto da Espanha", afirmou Mas.


» Recessão e deficit maiores na Itália

A Itália elevou drasticamente sua meta de deficit orçamentário para este ano, mostrando que os esforços do primeiro-ministro, Mario Monti, para conter a dívida pública não têm sido suficientes. O governo previu ainda que recessão vai ser mais intensa do que se previa. Apesar disso, informou que ainda não tem planos de solicitar auxílio à União Europeia. Pelos novos cálculos, o Produto Interno Bruto (PIB) do país irá encolher 2,4% em 2012, duas vezes mais do que a projeção anterior, de baixa de 1,2%, feita em abril. A economia enfraquecida tem prejudicado os esforços de consolidação fiscal. Por isso, o governo elevou sua previsão para o deficit  para 2,6% do PIB, ante estimativa anterior de 1,7%. As estimativas para 2013 também pioraram. A meta de deficit subiu de 0,5% para 1,8% e a economia, em vez de crescer 0,5%, como se esperava, deve ter retração de 0,2%.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1às 09:230 comentários Links para esta postagem 
Posted: 21 Sep 2012 11:54 AM PDT



A última pesquisa Datafolha aponta subida de Russomanno e Serra (este, de um ponto) e uma queda de Haddad (dois pontos).

Discutir a veracidade da pesquisa é abobrinha. A verdade é que Serra e Haddad disputam palmo a palmo quem vai enfrentar Russomanno no segundo turno.

Nos últimos dias, a campanha de Haddad (e aqui não falo das de rádio e TV, mas no geral) perdeu um pouco o foco. Ela havia pegado o pescoço de Serra, que saiu declarando aos quatro ventos que sua rejeição era fruto de uma campanha do PT que dizia que ele abandonaria mais uma vez a prefeitura, caso eleito.

Acusou o golpe? Então, não se pode desgrudar do pescoço dele e continuar batendo na tecla de que ele não cumpre mandatos, não cumpre palavra, que a candidatura à prefeitura de São Paulo é só um degrau para que ele daqui a dois anos se lance novamente candidato à presidência ou ao governo do estado de SP.

Também a campanha não pode parar de bater em outra tecla: Kassab é Serra, e vice-versa. A rejeição a Kassab é imensa. 80% dos paulistanos anseiam por mudança. E Kassab só está na prefeitura graças a Serra. Foi seu vice e teve seu apoio na eleição passada.

Do nosso lado, a excelente campanha de Haddad já o tornou conhecido. Agora é hora de emoção Parar com a campanha tipo Nextel e passar para o povão. Mostrar a cidade abandonada pelo prefeito Kassab e por Serra, que a trocou por objetivos próprios.

É hora também de consertar a burrice de ter nomeado Marta Ministra da Cultura agora (friso o agora), no meio da campanha em que ela foi chamada para ajudar Haddad em áreas em que é bem avaliada.

O MinC é importantíssimo, mas, no momento, a prefeitura de São Paulo é mais. É preciso tirar o PSDB e seus aliados dali, cortar um dos mais importantes braços financeiros da mídia corporativa.

Marta tem que ir para as ruas, gastar sapato, e, junto com ela, nossa brava Erundina. Cadê Erundina?

A hora é de somarnos forças para derrotar Serra e forçarmos a nova eleição contra Russomanno no segundo turno.

Os pontos são: Lembrar que Kassab é Serra. Que Serra não tem palavra. Colocar Marta e Erundina no coração da campanha e nas ruas. O resto é com a militância. Quem tem uma igual ao PT?



Posted: 21 Sep 2012 08:39 AM PDT


Manter a jurisprudência sem os holofotes 
Maria Cristina Fernandes
Valor Econômico

O impeachment de Collor nasceu da entrevista do irmão. O mensalão, daquela entrevista de Roberto Jefferson. A acusação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o chefe da quadrilha do mensalão não tem autoria.
O publicitário Marcos Valério, identificado como autor da acusação, não a assumiu. E seu advogado nega que tenha falado.
O áudio da entrevista pode existir, mas o fato de a revista de maior circulação do país ter publicado capa com uma acusação dessa gravidade sem autoria mostra que o julgamento ora em curso no Supremo tem consequências que extrapolam a dosimetria das penas.
Se os juízes, pelas indicações do relator no capítulo político do julgamento condenarem por indícios, por que um jornalista precisaria de fonte para publicar uma acusação?
Não é de hoje que se abusa do off, recurso legítimo do jornalismo que protege fontes com informações valiosas em nome do interesse público.
Mas na acusação em curso, paira no ar a dúvida sobre a que público serve a acusação anônima na reta final de uma campanha eleitoral definidora dos exércitos de 2014.
Essa relação nebulosa entre noticiário e interesse público não passa despercebida de quem está na arquibancada.
Repousa esquecida em cruzamentos de uma pesquisa Datafolha (10/08) a avaliação sobre a cobertura do mensalão: 46% dizem que a imprensa tem sido parcial - e 39% a julgam imparcial.
Não dá para atribuir o dado às massas ignaras do lulismo. Quanto maior a escolaridade, maior a percepção. Dos entrevistados que passaram pela universidade, 53% julgam a imprensa parcial. Entre aqueles que têm apenas o ensino fundamental, 41% compartilham a impressão.
Não parece haver dúvidas de que o julgamento tem inovado na interpretação da lei. Mas para aquilatar seu real impacto sobre o combate à corrupção resta saber se a jurisprudência será seguida à risca quando os holofotes se apagarem.
Para reverter a má-fama angariada, a imprensa terá que se dedicar com igual afinco ao julgamento da montanha de casos de corrupção que se acumulam nos tribunais.
Foi graças aos jornalistas que se conheceram os grandes escândalos de corrupção no governo Fernando Henrique Cardoso - Sivam, grampos do BNDES na privatização da Telebras, caso Marka/FonteCindam e, o maior deles, a aprovação da emenda da reeleição.
Ministros foram defenestrados e contratos foram cancelados, mas o entendimento era outro sobre a persecução penal dos envolvidos. Do desdobramento desses casos não se colhe o mais leve indício de que a tese do domínio do fato pudesse um dia vir a evoluir para a interpretação que ganha terreno no Supremo e facilita a condenação de quem está no topo de hierarquias de poder.
A imprensa também será desafiada a manter o arrojo com que se empenha na atual cobertura quando a aplicação dessa jurisprudência se voltar para o setor privado, muito menos aberto à investigação jornalística que o público.
O segundo capítulo do julgamento, que condenou os banqueiros, impôs um padrão de austeridade inédito, por exemplo, na gestão do risco bancário. Para punir um dirigente de empresa não será preciso provar delito maior que a omissão no cumprimento do dever.
Uma coisa é enquadrar o banco Rural, que já havia se tornado um pária no mercado desde o envolvimento em intermediações financeiras com o governo a partir da era Collor.
Outra coisa é aplicar a nova jurisprudência a grandes empresas e bancos. A sanha punitiva - e jornalística - resistirá ao argumento, para além da coerção verbal, de que o mercado, engessado, é um freio ao desenvolvimento econômico?
O que dizer, também, da ameaça de reversão das reformas aprovadas com os votos que o ministro relator assevera terem sido comprados? Bárbara Pombo conta hoje no Valor (pág. E1) que advogados já se movimentam nesse sentido.
Se a oposição conseguir voltar ao poder, o presidente que eleger pode se ver na contingência de defender a constitucionalidade das reformas tributária e previdenciária que seu partido acusou, com o possível beneplácito do Judiciário, de terem sido compradas.
Na hipótese ainda improvável de a mudança na jurisprudência trazer ameaça real ao estabelecido, a reforma do Código Penal sempre pode ser uma saída para fechar a porteira aberta por este julgamento.
O anteprojeto de reforma do código, gestado no gabinete do presidente do Senado, José Sarney, precede o julgamento do mensalão e não se remete aos seus resultados. Mas nada impede que, uma vez iniciada sua tramitação, o texto possa ser abrigo das pressões que devolveriam o país ao seu curso natural de leniência com a corrupção dos donos do poder. E sem exceções.
Ainda não se sabe se o mensalão é a causa para a queda do candidato do PT, Fernando Haddad, nas pesquisas, mas, a julgar pelo Datafolha, a exploração do caso ainda não parece ter surtido os efeitos esperados sobre o PT em São Paulo. Questionados como veriam um próximo prefeito do PRB, do PSDB ou do PT, os entrevistados disseram o seguinte: 15% achariam "ótimo ou bom" se o eleito fosse do PRB; 25% disseram o mesmo de um tucano no poder; e 33% de um petista.

Maria Cristina Fernandes
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 21 Sep 2012 08:33 AM PDT
José Serra mentiu ! Mesmo tendo em mãos o BALANÇO de 2004 com as contas da Prefeitura, ele apresentou informações falsa aos eleitores. Fernando Haddad vai mostrar a mentira do TUCANO.

Clique no Link - Leia + Aqui
007BONDELEIÇÃO2012: DIREITO DE RESPOSTA - PROPAGANDA DE JOSÉ SERRA FAZ...:


A eleição na Cidade de São Paulo se encaminha para se transformar em uma das mais "baixas" de todos os tempos e, não se pode deixar de...
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Do 007BONDeblog.
Posted: 21 Sep 2012 07:37 AM PDT


"Uma nota assinada por seis partidos políticos enxergou na última capa de Veja o embrião de um golpe, semelhante ao que levou Getúlio Vargas ao suicídio e afundou o Brasil numa ditadura de 21 anos. Um precedente acaba de ocorrer no país vizinho, agora governado por Federico Franco. Acusada de golpista, Veja tem, agora, a obrigação de provar suas acusações contra Lula, apresentando a fita que, aparentemente, não tem
Brasil 247
O empresário Roberto Civita, dono do grupo Abril, decidiu jogar truco com a democracia no Brasil. Na semana passada, Veja publicou uma capa em que o ex-presidente Lula é acusado de chefiar o mensalão, numa "entrevista" já negada pelo próprio "entrevistado", o empresário Marcos Valério de Souza. Ato contínuo, diversos colunistas de meios de comunicação relevantes passaram a tratar como "declarações", aquilo que o próprio "declarante" negava. Na terceira etapa, presidentes de três partidos políticos (PSDB, DEM e PPS), anunciaram a propositura de ações judiciais contra o ex-presidente Lula após o período eleitoral.

Há, portanto, um movimento em marcha para conter a força de Lula, que, segundo uma pesquisa recente da CNT/Sensus, se reelegeria com quase 70% dos votos, caso fosse candidato em 2014. Essa manobra acaba de ser denunciada numa nota conjunta assinada por seis partidos: PT, PSB, PMDB, PDT, PC do B e PRB. "Valendo-se de fantasiosa matéria veiculada por Veja, pretendem transformar em verdade o amontoado de invencionices colecionado a partir de fontes sem identificação.As forças conservadoras revelam-se dispostas a qualquer aventura. Não hesitam em recorrer a práticas golpistas, à calúnia e à difamação, à denúncia sem prova", diz o documento, dirigido pelos partidos à "sociedade brasileira".
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior/ 10:510 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 21 Sep 2012 07:32 AM PDT
Quem disse que o resultado do Datafolha não pode ser bom 
Renato Rovai

A pesquisa Datafolha divulgada hoje pelo jornal dos Frias parece estar forçando a mão na margem de erro. O resultado (Russomano, 35; Serra, 21; Haddad, 15; Chalita, 8; Soninha, 4) é bem diferente dos trackings dos candidatos e das pesquisas que empresas utilizam para definir onde aplicam seus tostões. Em nenhum desses levantamentos Serra tem vantagem de seis pontos. Em alguns casos, chegava a dois, mais isso há duas semanas.
No entanto, essa não é a primeira nem a última vez que o Datafolha solta uma pesquisa que depois vai sendo corrigida com a proximidade das eleições.
Alguns costumam perguntar, mas por que o instituto faz isso se o resultado da eleição não vai mudar? Mais do que o efeito psicológico que um resultado adverso neste momento acarreta a uma candidatura, pior efeito é na arrecadação. Este pode ser devastador.
E no caso de Serra, seria a pá de cal que falta para enterrar de vez sua candidatura. Afinal seu índice de rejeição já afastou muitos doadores.
Esse é o nó da questão. Pesquisa neste momento é mais importante para arrecadar do que para ajudar na definição do resultado final. E ao mesmo tempo se um instituto forçar na margem de erro, ele tem espaço suficiente para corrigir o resultado até o dia da eleição.
Dito isto, é importante refletir sobre o estancamento dos índices de Haddad. E isso é um dado real. Haddad cresceu bastante no começo do horário eleitoral, mas depois seus números se mantiveram próximos a 18 pontos nos treckings. Não oscilaram nada.
Já escrevi neste espaço que o programa eleitoral costuma influenciar os eleitores nos primeiros e últimos dias. Isso foi fundamental para Haddad na primeira fase. Se tiver o mesmo efeito nos últimos dias, certamente ele irá bem para a disputa final. Pois, tem condições de crescer de sete a dez pontos, atingindo assim uma votação suficiente para levá-lo ao segundo turno.
Mas para que isso aconteça, é preciso, por um lado, que o programa surpreenda. E por outro, que segmentos importantes da cidade (intelectuais, lideranças sindicais e comunitárias, artistas etc.) criem uma mobilização que debata os riscos de um segundo turno entre o Nhô Ruim e o Nhô Pior.
Depois de 8 anos de Serra/Kassab, se São Paulo se permitir um segundo turno entre Serra e Russomanno, é que as coisas não vão apenas mal na cidade. Vão péssimas.
Mas não será batendo nos adversários que Haddad vai crescer. É colocando a cidade viva para pulsar nas telas de TV e de computadores e ao mesmo tempo levando esse debate a todos os cantos.
O debate precisa ser feito da periferia para o Centro. E não ao contrário. Mano Brown e Emicida, por exemplo, são a São Paulo que brilha e resiste. Ela precisa falar e precisa olhar no olho de Haddad. Ela precisa conhecer melhor o candidato e suas propostas. Essa São Paulo não é militante de partido político, mas luta. E pulsa. É viva. É essa cidade viva que também se pode perceber nas palavras de Marilena Chauí e que permite comparar projetos.
O momento é esse, o da comparação. Até o momento da campanha, Haddad apresentou suas propostas. Agora precisa compará-las à dos outros candidatos. Por exemplo, Haddad defende moradia no centro e emprego na periferia. O que isso significa? É preciso deixar claro que, entre outras coisas, é o de não tratar como bandidos os moradores pobres da região central. É não buscar expulsá-los dos prédios ocupados e nem permitir que suas favelas sejam vítimas de incêndios constantes.
Também é importante dizer que no projeto de cidade de Haddad, o Estado vai ser forte e central na definição de políticas públicas que terão por objetivo melhorar a vida dos paulistanos das zonas mais pobres. O que isso significa: bilhete único mensal, creches, CÉUs etc. Mas mais do que isso é preciso apontar que no plano de governo das outras duas candidaturas isso não está contemplado. Que no governo Serra/Kassab as políticas públicas são gerenciadas por coronéis que tornaram as subprefeituras quartéis generais de um sistema de castração de direitos.
Enfim, o momento da eleição é de comparação. Não só de propostas, mas como de história política, de apoios, de currículo etc. Se isso for bem feito, Russomanno vai cair, Haddad vai subir e Serra vai ficar neste patamar atual, que parece ser seu teto. E o segundo turno será outra eleição.
Se isso vier a acontecer, o Datafolha terá dado um tiro no pé. Terá mobilizado setores fundamentais da cidade para disputar seu destino. Quando os projetos são comparados de forma clara, a campanha ganha ritmo. E pulsa.
Quando pulsa, candidaturas com projeto popular têm mais chances de vitória.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 21 Sep 2012 02:53 AM PDT
O ministro Joaquim Benedito Barbosa Gomes teria todas as características para fazer da sua vida uma história de superação. "Superação", como se chama hoje na imprensa a luta de pessoas que partindo de condições difíceis chegam a um final feliz, no que a imprensa julga ser um final feliz. De  fato, a  jornada do ministro do STF, desde o nascimento, mostra a trajetória de um jovem que não aceitou o destino dos  pobres do Brasil. Atentem para o Benedito do seu nome, que longe está de ser algo abençoado, bendito. Benedito é marca com foros de genética, pois  era o nome desde a senzala em homenagem ao santo dos pobres, o franciscano negro São Benedito, que virou um qualificativo do passado de violência e exclusão.
No breve resumo da sua vida, Joaquim Benedito Barbosa é filho mais velho entre oito crianças de  pai pedreiro e mãe doméstica. Aos 16 saiu de Minas sozinho para Brasília, onde arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense. Então se formou em Direito na Universidade de Brasília e concluiu o mestrado em Direito do Estado. Mais adiante, informa a montagem do seu perfil no STF, seguiu uma reta somente para cima: Chefe da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde, Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, ministro do Supremo Tribunal Federal. Ali será presidente. Mas pelo andar da carruagem, ocupará, depois desse estágio, a direção da revista Veja ou da Rede Globo.  
Entendam. Na parte Barbosa do seu nome, o ministro Joaquim Benedito tem sido fiel discípulo das aulas de Direito Constitucional, Penal e Administrativo dos jornais brasileiros. No chamado Julgamento do Mensalão, a sua reta vem sendo também ascendente, desde o roteiro montado pela mídia no Brasil, repetido em todas tevês e jornais com pequenas alterações, já antes do julgamento:
O mensalão seria – não, era! - um esquema clandestino de financiamento político organizado pelo PT para garantir apoio ao governo Lula no Congresso em 2003 e 2004, logo após a chegada dos petistas ao poder. Três grupos organizaram e puseram o esquema para funcionar, a  saber: o núcleo político, organizado pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e integrado por outros três dirigentes partidários que integravam a cúpula do PT no início do governo Lula; o núcleo operacional, de Marcos Valério, dono de agências de publicidade que tinham contratos com o governo federal, para usar empresas com o fito de desviar recursos dos cofres públicos para os políticos indicados pelos petistas; e o núcleo financeiro, o banco Rural, que deu suporte ao mensalão, alimentando o esquema com empréstimos fraudulentos. Etc. etc.
Além de seguir esse roteiro monótono, repetido à exaustão, em que os jornais anunciam o crime e o relator confirma,  o ministro Joaquim Benedito Barbosa nesta semana foi mais longe, em sessão pública, filmada: ele comentou que os partidos políticos no Brasil são todos iguais, pois não se registram diferenças ideológicas entre eles. O que vale dizer, no mundo brasileiro não há diferenças de classe na luta parlamentar, pois os petistas são petralhas, e os socialistas, comunistas e  o governo Lula são um saco de gatos ou negócios. Com tal descrédito, o ministro paga o pedágio contra o passado Benedito:  os tribunais hão de corrigir o que o povo ignorante  elegeu pelo voto.
É natural que Joaquim Benedito recolha agora os frutos da sua glória Barbosa. Todas as noites, até os rincões profundos, em todos os noticiários o ministro aparece. Ele jamais acordará para o que um dia disse de si um personagem de Tchekhov: "Eu não gosto da fama do meu nome. É como se ela estivese me enganando". Pelo contrário. Diferente do Benedito da sua origem, sobre quem a lenda conta que, preocupado com os mais pobres, furtava alimentos  do convento, escondendo-os dentro de suas roupas, mas foi surpreendido um dia pelo novo Superior do Convento, que desconfiado perguntou: "O que escondes aí, debaixo do teu manto, irmão Benedito?". E o santo humildemente respondeu: "Rosas, meu senhor!" e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza e não os alimentos de que suspeitava o Superior...
Diferente das rosas do santo,  o ministro Joaquim exibe todas as noites o furto pautado na imprensa. No processo do chamado  mensalão, o ministro saiu do STF  para um novo STJ, o Superior Tribunal dos Jornais.  Lá ele tem os seus diários 5 minutos de fama. Tão pouco, para mudar a glória de uma vida que começou por Benedito e virou Barbosa.
Urariano Mota
No Direto da Redação


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Francisco Almeida / (91)81003406

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