segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 17 Sep 2012 02:26 PM PDT
Do Blog do Miro - 17/09/2012



Por Beto Almeida, no blog Independência Sul Americana:


Qualquer movimento popular que chega ao poder, pelas armas ou pelo voto, tem como preocupação central expor ao povo as razões de sua luta, suas motivações, suas energias fundamentais, seus propósitos, suas alianças, seus programas, suas estrategias e, principalmente, suas ações práticas, voltadas para atender os pressupostos básicos de sua filosofia política, em atendimento evidente à realidade segundo a qual a luta política é, essencialmente, luta de classes, que se expressa no controle político do Estado. Por isso, a providência imediata do movimento político antes e depois de chegar ao poder é o lançamento de sua própria publicação, tornando-a mais visível possível no plano da comunicação pública, de modo a disputar, no mercado das idéias, o seu lugar, engajando-se na luta ideológica.

É uma ingenuidade imaginar que se chega ao poder e nele se possa permanecer sem que as ideias que chegaram ao poder não disponham de um canal essencial para que sejam difundidas, em vez de esperar que essa tarefa seja realizada pela mídia sustentada, fundamentalmente, pelo capital bancário especulativo, por exemplo, como é o caso brasileiro, ao longo de toda a Nova República, substituta do regime militar, sob orientação do Consenso de Washington, ainda, predominante, nas suas formulações ideológicas.

Essas idéias são antigas e foram elas que levaram Getúlio ao suicídio, em 1954, como alternativa política para lutar contra a desnacionalização econômica. O lulismo-dilmismo, no poder, tenta manter uma estratégia nacionalista, utilizando os bancos estatais como porta-estandarte, que, agora, os próprios europeus, em colapso econômico, buscam imitar, como demonstra a repórter Assis Moreira, no Valor Econômico, nessa segunda feira. Igualmente, Barack Obama, no início da bancarrota financeira, em 2008, tentou o mesmo, defendendo um banco de fomento americano para reverter a financeirização econômica desregulamentada, para salvar a economia sufocada pela especulação bancocrática privada. Por não ter controlado o sistema financeiro e imposto uma estatização do crédito, para sustentar a produção e o consumo, o colosso capitalista imperialista se encontra em apuro total.

Vale dizer, a solução de Getúlio Vargas, que criou o BNDES e o colocou a serviço dos investimentos no capitalismo nacional, continua sendo a luz pela qual os cegos se buscam pautar, enquanto a grande mídia anti-nacional, entreguista, bancocrática, insiste na sua loucura antinacionalista, tentando anular, politicamente, os agentes dessa estratégia, como foi o caso de Lula e, agora, de Dilma. Getúlio Vargas é solução global no plano econômico e político.

Cadê a imprensa nacionalista que o PT não criou para fazer o que a "Última Hora", criada por Getúlio e editada por Samuel Wainer, fez em defesa dos interesses populares? Tremendo vacilo histórico da esquerda. Infelizmente, o PT não entendeu até hoje que o poder popular exige um jornal popular, maior lição de comunicação deixada por Getúlio, que jamais pagou para apanhar.

Uma suposta reportagem da Veja, na qual o publicitário Marcos Valério, sem dar entrevistas, "revelaria" seus segredos em que "incriminaria" Lula como o responsável pelo chamado mensalão - uma grosseira montagem - faz surgir novamente, com força, a necessidade de um jornal popular, democrático, de massas.

Sem ele, as forças progressistas ficam reféns, inertes e sem qualquer capacidade de resposta diante da verdadeira campanha de demolição de Lula, do PT e dos valores políticos defendidos pelas forças populares.

Nos países em que há governos populares na América Latina, foram criados mecanismos de comunicação popular, seja com nova leis de comunicação, como na Argentina, Venezuela e Equador, fortalecendo a TV e o rádio públicos, mas também houve o florescimento de jornais populares com capacidade de fazer a batalha de idéias com a imprensa conservadora sistematicamente sintonizada com as ideologias e os interesses dos EUA, e dos oligarcas nativos.

A decisão recente da Secom de inverter a política de distribuição descentralizada das verbas publicitárias federais da era Lula, que alcançavam numerosas cidades, veículos, inclusive os de menor porte, é um retrocesso. Favorece os conglomerados de mídia que estão em campanha permanente, sonhando com a desestabilização do governo Lula e agora da Dilma, e também com a inviabilização definitiva de Lula., com a novela do mensalão.

É pagar para apanhar.

Enquanto isso, não se fortalece a comunicação pública e estatal, prevista na Constituiçao, pois o governo não avança na aplicação do artigo 224 da Constituição.

Nem é preciso esperar um novo marco regulatório para isto, é preciso aplicar o princípio constitucional na distribuição de novas concessões de rádio e tv que privilegie a comunicação pública, visando claramente alcançar o equilíbrio com a comunicação privada, escandalosamente predominante, seja em número de concessões, seja no maior bocado de verbas publicitárias - recursos públicos - que o governo lhe presenteia.

São exatamente estes conglomerados, representantes do capitalismo informativo/desinformativo, que querem golpear a Voz do Brasil, programa que enorme audiência, talvez o único a fornecer informações sem o crivo deformado do mercado para uma grande massa de brasileiros, em todos os grotões deste país, massa que é praticamente proibida da leitura de revistas e jornais.

É preciso apoiar a decisão da Liderança do PT na Câmara Federal, que retirou este projeto apadrinhado pela ABERT da pauta de votações. Sua aprovação seria grave retrocesso no direito de informação do povo brasileiro e um golpe contra uma experiência positiva e concreta de regulamentação informativa hoje em prática no país.

Para completar, TVs e Rádios comunitárias são impedidas do acesso a mídias institucionais.

Porém, havendo decisão política, o sonho de um novo jornal como o Última Hora, não é algo tão inalcançável.

Aliás, os congressos do PT já aprovaram a construção de um jornal de massas. Só falta aplicar. Quem elege três vezes um presidente da república, tem força e apoio para esta nova empreitada democratizadora , indispensável, urgente.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 17 Sep 2012 02:20 PM PDT



O ansioso blogueiro soube que o "Padim Pade Cerra", o passador de bola apanhado no ato de passar bola, segundo jornal nacional, e o PSDB, presidido pelo Sérgio Guerra, um Gigante do Orçamento!, entraram na Justiça em Brasília com a intenção de retirar de TODAS as livrarias do Brasil exemplares do livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Junior.
Como se sabe, para os leitores do PiG, o livro não existe.
No entanto, apesar de sua inexistência, sabe-se que ele tem feito um estrago na candidatura do "Padim Pade Cerra" em São Paulo, embora o Fernando Haddad ainda não tenha exibido o livro na campanha eleitoral.
Ainda.
No resto do país, o estrago também tem sido es-pe-ta-cu-lar.
Como se sabe, o livro só não faz sucesso com o Tênue Procurador Geral, que não agradeceu ao Edu Guimarães as centenas de exemplares que lhe enviou.
Quem também disse que o livro não tinha provas foi o Ataulfo Merval de Paiva, que acredita em Papai Noel, Saci Pererê e no Marcos Valeriodantas.
(Por falar em Tênue Procurador, o "Padim Pade Cerra" tem "domínio de fato" sobre a Privataria Tucana, ou o "domínio de fato" era do Fernando Henrique mesmo? O que dirá sobre isso o Ministro-relator e futuro presidente Joaquim Barbosa? Ou pau que dá em Chico não dá em Francisco?)
Os tucanos são a favor da "liberdade de imprensa" do PiG.
Agora, do Amaury… não.
Clique aqui para ler "Cerra chama Amaury de bandido"!
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada

Posted: 17 Sep 2012 01:03 PM PDT

Acorda guerreira!

Por Leandro Fortes, na CartaCapital:


Quando Dilma Rousseff se vestiu para ir à festa de aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, logo depois de assumir a Presidência, em 2011, eu fui um dos poucos a reagir publicamente na imprensa. Mesmo entre os blogueiros progressistas, lembro apenas de outra voz dissonante a reclamar da atitude servil da presidenta, a da historiadora Conceição Oliveira, do blog "Maria Frô". De resto, o gesto foi forçosamente saudado como um ato de estadista, de representação formal do governo e do Estado brasileiro junto a uma "instituição" nacional, no caso, o conservador diário instalado na rua Barão de Limeira, na capital paulista. O mesmo diário que, meses antes, estampara uma ficha falsa de Dilma na primeira página, com o objetivo de demonizá-la como guerrilheira e assassina e, assim, eleger o candidato do jornal, José Serra, do PSDB.

Não é difícil compreender, contudo, o que pretendia Dilma ao aceitar fazer parte da noite de gala da família Frias. Terminada a Era Lula, a presidenta se viu na contingência de criar uma rede própria de relações na mídia, com quem imaginou ser possível firmar um acordo de civilidade. Lula, a seu tempo, também caiu nessa esparrela. Mas nem a experiência do governo anterior, nem as baixarias encampadas pela mídia na campanha de 2010, ao que parece, foram capazes de convencer Dilma da inutilidade desse movimento.

A mídia que aí está, protegida pelas cidadelas dos oligopólios e por uma adestrada bancada parlamentar de vários níveis, nunca irá se conciliar com um governo de cores populares, de ligações esquerdistas, mesmo esse esquerdismo envergonhado do PT. Essa mídia tem como única agenda a defesa do grande capital, do latifúndio e do liberalismo econômico predatório regulado pelas forças do mercado. É uma mídia constrangedoramente provinciana, mas absolutamente descolada da realidade brasileira, ignorante da força dos movimentos sociais e nutrida, cada vez mais, por jornalistas pinçados da mesma classe média que acostumou a paralisar pelo medo. E, em muitos casos, por experientes jornalistas cooptados pela perspectiva de visibilidade e uma aposentadoria tranquila, às favas com os escrúpulos, pois.

Dilma, por sua vez, protege-se dessa discussão por trás do escudo da "gerentona", da presidenta voltada para a administração da infraestrutura e da saúde econômica do país. Pouca ou nenhuma atenção dá ao alvoroço golpista diuturnamente organizado, ainda que no modelo cucaracha mais do que manjado aqui consolidado no esqueminha Veja-Jornal Nacional-Folha-Estadão-Globo, com o suporte diário dos suspeitos de sempre plantados nas trocentas colunas de opinião a serviço do pensamento único ditado pela direita brasileira.

Foi preciso um tapa na cara dado, vejam vocês, pelo gentil Fernando Henrique Cardoso para Dilma Rousseff, enfim, esboçar uma reação – e, possivelmente, entender o que está se passando no país que existe além da calçada do Palácio do Planalto e das planilhas sobre evolução da base monetária. Resgatado temporariamente do esquecimento, FHC foi alçado ao patamar de boneco de ventríloquo para falar o que nem mesmo a mídia, em toda sua fúria conservadora, tinha tido coragem até então de por em palavras: Dilma seria vítima de uma "herança pesada" de Lula.

Isso vindo de um presidente que quebrou o país três vezes, submeteu a nação ao FMI, permitiu um apagão energético, foi reeleito graças à compra de votos no Congresso e deixou o cargo com a popularidade no rodapé.

Expor FHC ao ridículo e, ao mesmo tempo, incensá-lo com longos textos laudatórios faz parte de um paradoxo recorrente na imprensa brasileira, também descolada cada vez mais de um artigo de luxo: o jornalismo. A capa da Veja com Marcos Valério de Souza, vermelho como um pobre diabo, a acusar Lula é mais um movimento desesperado para interditar o ex-presidente, justamente quando ele trabalha para eleger candidatos do PT Brasil afora. O texto, baseado em frases atribuídas a Valério, ainda que viesse mesmo da boca do publicitário mineiro, é parte de mais um rito dessa polca golpista entoada por uma estrutura de comunicação viciada e moribunda.

O mais curioso, no entanto, é a revelação feita pela Folha de S.Paulo sobre os gastos oficiais de publicidade federal com essa mídia tão liberal e amante da livre iniciativa: as Organizações Globo ficam com um terço de todo o dinheiro do tesouro nacional disponível para propaganda; as dez maiores empresas do ramo, com 70%. Ou seja, são financiados para fazer panfletagem política de quinta categoria.

Sem essas tetas generosas do governo ao qual achincalham por encomenda, todas essas portentosas instituições da imprensa nacional e seus zelosos colunistas, estes, lacrimosos paladinos da liberdade da expressão e do livre mercado, iriam à bancarrota. Todas, sem exceção.

Na semana passada, Dilma cancelou de última hora a presença em um evento da revista Exame, a quinzenal de economia da Editora Abril, em São Paulo. Alegou "motivos familiares", mas já havia sido avisada da patranha da Veja. Mandou o ministro Guido Mantega, da Fazenda, em seu lugar. No meio do evento, Mantega se levantou e foi embora. No mesmo dia, instigada pelos donos, a cachorrada hidrofóbica instalada no esgoto da blogosfera se autoflagelou, histérica.

Já é um começo.

___________________

PITACO DO ContrapontoPIG


Já é hora de Dilma mostrar o seu lado guerreiro.

O povo está com Dilm e Lula. Pro que der e vier

___________________
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 17 Sep 2012 12:44 PM PDT


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Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 17 Sep 2012 12:42 PM PDT


Posted by on 17/09/12 • Categorized as Opinião do blog


Se os republicanos voltarem ao poder nos EUA, a América Latina será varrida por uma onda de tentativas de golpes ("constitucionais" ou não) de Estado que buscará eliminar a independência política e econômica que, ao fim do século XX,  fechou aos norte-americanos  a porta do "quintal" onde colhiam boa parte dos lucros astronômicos que aprofundaram a desigualdade entre aquela nação e o resto do mundo.
Com Obama no poder, há hoje certo recato dos EUA em promover derrubada de governos em democracias mais estáveis como a brasileira, a venezuelana ou a argentina, ainda que democracias em estágio menos adiantado, como a paraguaia ou a hondurenha, já tenham tombado por ação ou omissão dos setores ultraconservadores que os democratas norte-americanos mantém na inteligência e nas forças armadas, entre outros setores.
Ao golpismo brasileiro ainda falta o apoio decidido e garantido do grande irmão nortista. Agora, porém, imagine, leitor, se os setores que estão tentando criminalizar centenas de milhares de adversários políticos com o julgamento do mensalão pudessem contar com o incentivo e o apoio propagandístico e diplomático dos Estados Unidos…
O último fim de semana marcou uma nova etapa do processo desencadeado a partir da subida do julgamento do mensalão à agenda política do país. A acusação da revista Veja a Lula através de uma matéria obscura, cheia de furos e desmentidos – e, ainda assim, comprada acriticamente, até aqui, pelos maiores jornais do país e pela oposição demo-tucana – mostra que uma tempestade político-institucional se avizinha.
Os setores politizados da cidadania que simpatizam com o projeto político-administrativo que venceu eleições em 2002 e não parou mais – e que, hoje, conta com o apoio decidido da esmagadora maioria dos brasileiros, conforme as pesquisas de opinião – estão sendo literalmente acusados por um dos muitos casos de corrupção que envolvem a qualquer grupo político.
Este blogueiro, bem como milhares de leitores desta página, em algum momento certamente já foram acusados pelo que pesa contra algumas dezenas de réus do julgamento do mensalão. Um dos pistoleiros recrutados pelos impérios de comunicação alinhados ao projeto conservador escreve, sem parar, livros que disseminam a tese da corrupção coletiva dos seus adversários políticos.
O maior líder político brasileiro, agora mesmo, é acusado de crimes gravíssimos por grandes meios de comunicação sem que nenhuma prova seja apresentada além da palavra dos acusadores, e um julgamento complexo na Suprema Corte, até aqui maculado por decisões inéditas em termos de severidade e de critérios, é vendido como julgamento de mais de um milhão de militantes políticos.
O julgamento do mensalão está muito longe de ser apenas um processo judicial. É um processo absolutamente político que, para inquietação da democracia brasileira, conta com a conivência da mais alta magistratura nacional, pois seu uso político, inclusive no processo eleitoral, vem crescendo junto a um noticiário formatado para estender a candidatos que nada têm que ver com o julgamento a responsabilidade que pesa sobre os réus oficiais.
Só para não ficar sem exemplo: o candidato a prefeito de São Paulo José Serra está acusando formalmente seu principal adversário hoje, Fernando Haddad, pelo que pesa contra o mal-chamado "núcleo político" do processo do mensalão. Ou seja: com o apoio de grandes meios de comunicação, entre os quais concessões públicas de rádio e televisão, Haddad se torna o 39º réu daquele processo.
Haddad, pois, é apenas um exemplo de todos os outros candidatos do PT que estão sendo  relacionados pela mídia e pelos partidos de direita a um escândalo com o qual não têm relação alguma.
Em uma democracia que funcionasse normalmente, a peça de Serra envolvendo o adversário político em um processo com o qual nada tem que ver seria motivo, ao menos, de suspensão e de concessão de direito de resposta do atingido no horário eleitoral do agressor. Em vez disso, a Justiça Eleitoral pune a campanha de Haddad por contar a verdade, que o tucano descumpriu promessa de não deixar o cargo de prefeito para o qual se elegeu em 2004.
Ainda que, de uns tempos para cá, militares de alta patente não tenham mais dado declarações de viés golpista – que, até há pouco, davam sem parar – ameaçando derrubar o governo, um eventual "sinal verde" da máquina de guerra norte-americana, nos moldes do sinal que foi dado em 1964, bastaria para desencadear um golpe a partir de alguma chicana jurídica como a do mensalão.
A permeabilidade da Justiça brasileira à pressão dos meios de comunicação, por sua vez, permite acreditar que qualquer iniciativa que vise derrubar o governo a partir de alguma denúncia sem provas pode prosperar naquele Poder. Não se pode esquecer que é da Procuradoria-Geral da República a atribuição de processar o presidente – ou a presidenta – da República no Supremo Tribunal Federal…
As forças políticas que se opõem a rupturas institucionais, por sua vez, estão divididas, como sói acontecer com a esquerda desde sempre. Os setores mais ideológicos, como PSOL ou PSTU, formaram um núcleo que não faz distinção entre a centro-esquerda e a direita, atuando, muitas vezes, como linha auxiliar desta. Os sindicatos, há pouco, quase chegaram às vias de fato com o governo petista.
O principal aliado do PT no Congresso, o PMDB, comporta-se, muitas vezes, como adversário. Na CPI do Cachoeira, o partido do vice-presidente Michel Temer serviu de blindagem do esquema Veja-Cachoeira, cujas evidências já chegam a gravações de propostas criminosas de jornalista daquela publicação ao chefe criminoso goiano.
O conluio que vai se formando contra o Partido dos Trabalhadores e o governo Dilma Rousseff, pois, é composto pelo que há de mais experimentado em termos de violação da democracia. Os meios de comunicação que se aliaram à direita têm longa trajetória de atentados contra a vontade popular expressa por eleições, e se mostram dispostos a usar know-how que o país bem conheceu nos idos de 1964.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 17 Sep 2012 12:34 PM PDT


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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 17 Sep 2012 12:29 PM PDT
Tem uns seres tão desprezíveis nesta rede que deveriam lavar a boca pra falar do presidente mais popular da história do país. E Lula não é o mais popular gratuitamente, ele é amado por ter feito a diferença na vida de milhões de brasileiros, por ter desenvolvido políticas públicas que a elite deste país confrontou e buscou exterminar durante os 8 anos de seus dois mandatos: ela foi contra o Prouni, contra o piso nacional dos professores, contra o bolsa família e tantas outras políticas públicas que transformaram a economia do país.
Veja é um esgoto a céu aberto, revista com relações com o chefe do crime organizado, Carlinhos Cachoeira, cujo dono e principal editor Policarpo precisam ser convocados para depor na CPI do Cachoeira e explicarem suas relações com o bicheiro. Esse esgoto só sobrevive, porque infelizmente temos um Congresso de maioria fisiológica, uma SECOM que prefiro nem pronunciar o que penso e um Minicom que faz vergonha.
Se não formos pras ruas exigir um Marco Regulatório e uma nova política de comunicação neste país Veja e a cadeia em torno dela, incluindo aí os principais jornais e sites da mídia velha e as tevês e rádios e blogueiros venais de penas alugadas que vivem detratando ministros do STF e a reputação de seus desafetos continuarão invertendo o ônus da prova, espalhando mentiras, criando factóides, escandalizando tudo sem um único documento que sustente suas detratações e seguirão impunes desestabilizando o governo.
Dilma acordará? Não sei. Leandro Fortes acha que está começando a despertar de sua letargia. Vou esperar pra ver medidas efetivas pra comemorar.
Dilma começa a acordar
Leandro Fortes, Carta Capital
17/09/2012
Quando Dilma Rousseff se vestiu para ir à festa de aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, logo depois de assumir a Presidência, em 2011, eu fui um dos poucos a reagir publicamente na imprensa. Mesmo entre os blogueiros progressistas, lembro apenas de outra voz dissonante a reclamar da atitude servil da presidenta, a da historiadora Conceição Oliveira, do blog "Maria Frô". De resto, o gesto foi forçosamente saudado como um ato de estadista, de representação formal do governo e do Estado brasileiro junto a uma "instituição" nacional, no caso, o conservador diário instalado na rua Barão de Limeira, na capital paulista. O mesmo diário que, meses antes, estampara uma ficha falsa de Dilma na primeira página, com o objetivo de demonizá-la como guerrilheira e assassina e, assim, eleger o candidato do jornal, José Serra, do PSDB.
Não é difícil compreender, contudo, o que pretendia Dilma ao aceitar fazer parte da noite de gala da família Frias. Terminada a Era Lula, a presidenta se viu na contingência de criar uma rede própria de relações na mídia, com quem imaginou ser possível firmar um acordo de civilidade. Lula, a seu tempo, também caiu nessa esparrela. Mas nem a experiência do governo anterior, nem as baixarias encampadas pela mídia na campanha de 2010, ao que parece, foram capazes de convencer Dilma da inutilidade desse movimento.
A mídia que aí está, protegida pelas cidadelas dos oligopólios e por uma adestrada bancada parlamentar de vários níveis, nunca irá se conciliar com um governo de cores populares, de ligações esquerdistas, mesmo esse esquerdismo envergonhado do PT. Essa mídia tem como única agenda a defesa do grande capital, do latifúndio e do liberalismo econômico predatório regulado pelas forças do mercado. É uma mídia constrangedoramente provinciana, mas absolutamente descolada da realidade brasileira, ignorante da força dos movimentos sociais e nutrida, cada vez mais, por jornalistas pinçados da mesma classe média que acostumou a paralisar pelo medo. E, em muitos casos, por experientes jornalistas cooptados pela perspectiva de visibilidade e uma aposentadoria tranquila, às favas com os escrúpulos, pois.
Dilma, por sua vez, protege-se dessa discussão por trás do escudo da "gerentona", da presidenta voltada para a administração da infraestrutura e da saúde econômica do país. Pouca ou nenhuma atenção dá ao alvoroço golpista diuturnamente organizado, ainda que no modelo cucaracha mais do que manjado aqui consolidado no esqueminha Veja-Jornal Nacional-Folha-Estadão-Globo, com o suporte diário dos suspeitos de sempre plantados nas trocentas colunas de opinião a serviço do pensamento único ditado pela direita brasileira.
Foi preciso um tapa na cara dado, vejam vocês, pelo gentil Fernando Henrique Cardoso para Dilma Rousseff, enfim, esboçar uma reação – e, possivelmente, entender o que está se passando no país que existe além da calçada do Palácio do Planalto e das planilhas sobre evolução da base monetária. Resgatado temporariamente do esquecimento, FHC foi alçado ao patamar de boneco de ventríloquo para falar o que nem mesmo a mídia, em toda sua fúria conservadora, tinha tido coragem até então de por em palavras: Dilma seria vítima de uma "herança pesada" de Lula.
Isso vindo de um presidente que quebrou o país três vezes, submeteu a nação ao FMI, permitiu um apagão energético, foi reeleito graças à compra de votos no Congresso e deixou o cargo com a popularidade no rodapé.
Expor FHC ao ridículo e, ao mesmo tempo, incensá-lo com longos textos laudatórios faz parte de um paradoxo recorrente na imprensa brasileira, também descolada cada vez mais de um artigo de luxo: o jornalismo. A capa da Veja com Marcos Valério de Souza, vermelho como um pobre diabo, a acusar Lula é mais um movimento desesperado para interditar o ex-presidente, justamente quando ele trabalha para eleger candidatos do PT Brasil afora. O texto, baseado em frases atribuídas a Valério, ainda que viesse mesmo da boca do publicitário mineiro, é parte de mais um rito dessa polca golpista entoada por uma estrutura de comunicação viciada e moribunda.
O mais curioso, no entanto, é a revelação feita pela Folha de S.Paulo sobre os gastos oficiais de publicidade federal com essa mídia tão liberal e amante da livre iniciativa: as Organizações Globo ficam com um terço de todo o dinheiro do tesouro nacional disponível para propaganda; as dez maiores empresas do ramo, com 70%. Ou seja, são financiados para fazer panfletagem política de quinta categoria.
Sem essas tetas generosas do governo ao qual achincalham por encomenda, todas essas portentosas instituições da imprensa nacional e seus zelosos colunistas, estes, lacrimosos paladinos da liberdade da expressão e do livre mercado, iriam à bancarrota. Todas, sem exceção.
Na semana passada, Dilma cancelou de última hora a presença em um evento da revista Exame, a quinzenal de economia da Editora Abril, em São Paulo. Alegou "motivos familiares", mas já havia sido avisada da patranha da Veja. Mandou o ministro Guido Mantega, da Fazenda, em seu lugar. No meio do evento, Mantega se levantou e foi embora. No mesmo dia, instigada pelos donos, a cachorrada hidrofóbica instalada no esgoto da blogosfera se autoflagelou, histérica.
Já é um começo.
Leia também:
A guerra da Veja contra o retorno de Lula, o Cara vai chegar a 100% de popularidade

Clique aqui e veja como o governo do GDF faz o mesmo que o governo Dilma
Clique aqui e veja como Requião governou sem fazer publicidade oficial em mídia venal
Clique aqui e veja a prática tucana com a mídia

Posted: 17 Sep 2012 12:19 PM PDT



- Ficou perfeito. Muito bem.
- Opa!
- Era aquilo mesmo que a gente pensou, né?
- Oh!
- O cara confirmou tudo?
- Confirmou.
- Você conseguiu pegar ele. Excelente!
- Não. Tipo. Me disseram tudo.
- Tudo?
- Tudo. Iguazinho. O cara tá puto. Se sentindo injustiçado.
- Perfeito. E ele envolveu o Lula nesse lixo todo.
- Ah, tipo, que só pegou peixe pequeno. Aquilo, sabe?
- Do Lula. Você perguntou do Lula, né? Boa, rapaz!
- Opa!
- E ai?
- Aí foi aquilo né?
- Sei.
- Não pegaram o cara porque ele não falou.
- Ótimo. Então ele falou.
- Tipo, falou.
- Gravou tudo?
- Opa. Tá tudo anotado.
- Anotado?
- Então, aquilo que falei.
- Não. Perguntei se tá gravado o que ele falou.
- Não.
- Como não?
- Tipo, foi os parentes, sabe?
- Que parente?
- Os parente, pô. Vizinho, tio, sabe? Todo mundo ouviu ele falar.
- Que todo mundo, tá maluco?
- As fonte, pô.
- Que fonte?
Pano Rápido
- Os caras do jurídico ligaram aí pra saber da fita.
- Opa. Então. Tá tudo anotado.
- O cara falando?
- Não, os parente, pô
por @pagina2
No Tecedora


Posted: 17 Sep 2012 12:15 PM PDT
Ataque ao campo de pouso de Tan Son Nhut - Saigon


O ultimo fim de semana foi marcado por um fenômeno sem comparação na história do jornalismo mundial. Encabeçados por uma falsa entrevista de Marcos Valério à Revista VEJA, a podre direita do Brasil resolveu deflagrar um ataque sem pé nem cabeça ao Presidente Lula. Saraivadas partiram dos mais diversos locais e não apenas dirigidos ao Presidente, mas a todos que, de alguma forma, defendem o novo "modus vivendi" brasileiro... 
Noblat, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira e alguns outros de menor expoente para a direita resolveram em conjunto atacar o Presidente Lula. Partindo, porém, de uma premissa falsa. A célebre entrevista a Marcos Valério... Entrevista que não houve.
Como em todo ataque combinado, envia-se a artilharia e com ela a infantaria. Cães menores, lacaios e vassalos leitores de VEJA, Folha, O Globo e assemelhados também fizeram seus ataques a Jornais e Blogs de visão alinhada à esquerda. Um dos principais ataques desta canalha foi o Portal Brasil 247 (choveu cão de caça nos comentários às reportagens). Nunca vi nada no gênero em meus 4 anos de blogagem... Incrível!
Trata-se de desespero e última tentativa de garfar as eleições de forma nada democrática. Diria, golpista!
Mas não conseguirão tal empreitada. Estamos aqui!
Gostaria de parabenizar aos blogueiros e ativistas virtuais por desmascarar toda essa bandidagem, e suas mentiras, em menos de 8 horas após a famigerada "reporcagem" da VEJA.
Enquanto estivermos aqui, a verdade permanecerá imaculada!
Em Tempo: A Ofensiva Tet foi esmagada em 8 dias... A Ofensiva VEJA em 1 dia... Incompetentes!
(*) Ofensiva Tet - Clique Aqui para saber mais!

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Também do Blog O Cachete
Posted: 17 Sep 2012 12:12 PM PDT


Mais uma mentira!
Desde ontem não se fala em outra coisa nas redes sociais. A reportagem da VEJA sobre uma suposta (adoro esta palavra que escamoteia a responsabilidade da citação) entrevista de Marcos Valério, onde este apontaria Lula como chefe do suposto (olha ela aqui de novo!) Mensalão e o desmentido através do advogado do Valério.
Grande alarde e corre-corre... E a reação do Governo foi imediata! Dilma cancelou um almoço com Civita (Cara de pau, esse carcamano!) e o Mantega se retirou de um evento da Revista Exame... (Ironia MODE ON) Medidas drásticas e eficazes contra as ações da Abril contra Lula e o Governo Federal (Ironia MODE OFF).
Por que não cortar a verba de marketing e divulgação das estatais nestas revistas??? O órgão mais sensível do corpo humano é o bolso. Sufoquem estes escrotos... Apertem seus sacos!
Já ouviram falar em processo??? Se bem que o STF.... Vocês já sabem o que o STF faria...
ACORDA PT!!!!!!
Só falta agora a Dilma ou o Lula "xingarem muito no tweeter...".
"Puta falta de sacanagem!".
Posted: 17 Sep 2012 08:16 AM PDT


Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo'

Faltavam catorze minutos para as 2 da tarde da última sexta-feira quando o empresário Roberto Civita, presidente da revista Veja e do Grupo Abril, parou seu carro em frente a um bar, em São Paulo. Responsável pelas mais infames acusações aos governos dos presidentes Lula e Dilma, ele tem cumprido religiosamente a tarefa de ir até esse modesto bar numa região pobre da grande São Paulo. Desce do carro, vai até o balcão e é servido com sua bebida preferida, que sorve numa talagada. Chega mais cedo para evitar ser visto pelos outros bebuns e vai embora depressa, cabisbaixo. "O PSDB me transformou em bandido", desabafa. Civita sabe que essa rotina em breve será interrompida. Ele não tem um átimo de dúvida sobre seu futuro.
Nessa mesma sexta, Civita havia organizado em mega-encontro, com mais de mil empresários do Brasil e do exterior. Chamou o ilustre economista Paul Krugman e também o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ambos confirmaram presença. Mas, em cima da hora, a presidente arranjou uma desculpa para não comparecer e o ministro abandonou a mesa de debates, sem dar satisfações. "Ali, foi selado meu destino" - acredita Civita.
Pessoas próximas ao empresário afirmam que Civita teria responsabilizado o candidato tucano à prefeitura de São Paulo, José Serra, pelo vexame que deu em público. Meneando a cabeça, ele saiu exclamando para quem quisesse ouvir: "Eu avisei ao Serra que ia dar merda! Eu avisei!".
Apontado como o responsável pela engenharia que possibilitou ao PSDB e até recentemente ao DEM montar o maior esquema de espionagem, baixaria e calúnia da história, Civita enfrenta um dilema. Nos últimos dias, ele confidenciou a pessoas próximas detalhes do pacto que havia firmado com os tucanos. Para proteger os figurões, conta que assumiu a responsabilidade de cometer crimes que não praticou sozinho, mas com a ajuda de Carlinhos Cachoeira e seu grupo de arapongas, que faziam as "reportagens investigativas" de Veja, para defender interesses dos demo-tucanos. Civita manteve em segredo histórias comprometedoras que testemunhou quando era o "predileto" do poder, relacionadas à privataria e aos escândalos da área de saúde do governo FHC, comandada por José Serra. Em troca do silêncio, recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema teve suas entranhas expostas pela Policia Federal, de que nada aconteceria a ele nem a Demóstenes Torres. Com a queda de Demóstenes, logo após a prisão de Cachoeira, além de ter a equipe da revista desfalcada, Civita tentou um último subterfúgio para não naufragar: mandou fazer uma capa de destaque com a presidente Dilma.
Serra ficou enfurecido e o ameaçou. "Ele disse que abriria o jogo e mostraria que por trás de Carlinhos Cachoeira estava Policarpo, e por trás de Policarpo, eu".
Civita guarda segredos tão estarrecedores sobre o tucanoduto que não consegue mais reter só para si — mesmo que agora, desiludido com a falsa promessa de ajuda dos poderosos que ele ajudou, tenha um crescente temor de que eles possam se vingar dele de forma ainda mais cruel. Os segredos de Civita, se revelados, põem o ex-presidente FHC e José Serra no epicentro do maior escândalo de corrupção da história, a privataria tucana. Puxado o fio da meada, vêm juntos o caso Banestado, o Proer, a venda da Vale, o Fonte Cindam, a lista de Furnas. Sim, e, no comando das operações, Serra. Sim. Serra, que, fiel a seu estilo, fez de tudo para não se contagiar com a podridão à sua volta, mesmo que isso significasse a morte moral e política de companheiros diletos. Civita teme, e fala a pessoas próximas, que se contar tudo o que sabe estará assinando a pior de todas as sentenças — a de sua morte: "Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje".
(continua amanhã)
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações)

Posted: 17 Sep 2012 07:28 AM PDT
Do Blog do Emir - 17/09/2012 às 08:03
Emir Sader
Lula virou o diabo para a direita brasileira, comandada por seu partido – a mídia privada. Pelo que ele representa e por tê-los derrotado três vezes sucessivas nas eleições presidenciais, por se manter como o maior líder popular do Brasil, apesar dos ataques e manipulações de todo tipo que os donos da mídia – que não foram eleitos por ninguém para querer falar em nome do país – não param de maquinar contra ele.

Primeiro, ele causou medo quando surgiu como líder operário, que trazia para a luta política aos trabalhadores, reprimidos e super-explorados pela ditadura durante mais de uma década e o pânico que isso causava em um empresariado já acostumado ao arrocho salarial e à intervenção nos sindicatos.

Medo de que essa política que alimentava os superlucros das grandes empresas privadas nacionais e estrangeiras – o santo do chamado "milagre econômico" -, terminasse e, com ela, a possibilidade de seguirem lucrando tanto às custas da super-exploração dos trabalhadores.

Medo também de que isso tirasse as bases de sustentação da ditadura – além das outras bases, as baionetas e o terror – e eles tivessem que voltar às situações de incerteza relativa dos regimes eleitorais.

Medo que foi se acalmando conforme, na transição do fim do seu regime de ditadura militar para o restabelecimento da democracia liberal, triunfavam os conservadores. Derrotada a campanha das diretas, o Colégio Eleitoral consagrou um novo pacto de elite no Brasil, em que se misturavam o velho e o novo, promiscuamente na aliança PMDB-PFL, para dar nascimento a uma democracia que não estendia a democracia às profundas estruturas econômicas, sociais e midiáticas do país.

Sempre havia o medo de que Lula catalizasse os descontentamentos que não deixaram de existir com o fim da ditadura, porque a questão social continuava a arder no país mais desigual do continente mais desigual do mundo. Mas os processos eleitorais pareciam permitir que as elites tradicionais retomassem o controle da vida política brasileira.

Aí veio o novo medo, que chegou a pânico, quando Lula chegou ao segundo turno contra o seu novo queridinho, Collor, o filhote da ditadura. E foi necessário usar todo o peso da manipulação midiática para evitar que a força popular levasse Lula à presidencia do Brasil, da ameaça de debandada geral dos empresários se Lula ganhasse, à edição forjada de debate, para tentar evitar a vitória popular.

O fracasso do Collor levou a que Roberto Marinho confessasse que eles já não elegeriam um presidente deles, teriam que buscar alguém no outro campo, para fazê-lo seu representante. Se tratava de usar de tudo para evitar que o Lula ganhasse. Foram buscar ao FHC, que se prestou a esse papel e parecia se erigir em antidoto permanente contra o Lula, a quem derrotou duas vezes.

Como, porém, não conseguem resolver os problemas do país, mas apenas adiá-los – como fizeram com o Plano Real -, o fantasma voltou, com o governo FHC também fracassando. Tentaram alternativas – Roseana Sarney, Ciro Gomes, Serra -, mas não houve jeito.

Trataram de criar o pânico sobre a possibilidade da vitória do Lula, com ataque especulativo, com a transformação do chamado "risco Brasil" para "risco Lula", mas não houve jeito.

Alivio, quando acreditaram que a postura moderada do Lula ao assumir a presidência significaria sua rendição à politica econômica de FHC, ao "pensamento único", ao Consenso de Washington. Por um lado, saudavam essa postura do Lula, por outro incentivavam os setores que denunciavam uma "traição" do Lula, para buscar enfraquecer sua liderança popular. No fundo acreditavam que Lula demoraria pouco no governo, capitularia e perderia liderança popular ou colocaria suas propostas em prática e o país se tornaria ingovernável.

Quando se deram conta que Lula se consolidava, tentaram o golpe em 2005, valendo-se de acusações multiplicadas pela maior operação de marketing político que o pais ja conheceu – desde a ofensiva contra o Getúlio, em 1954 -, buscando derrubar o Lula e sepultar por muito tempo a possibilidade de um governo de esquerda no Brasil. Colocavam em prática o que um ministro da ditadura tinha dito: Um dia o PT vai ganhar, vai fracassar e aí vamos poder governar o país sem pressão."

Chegaram a cogitar um impeachment, mas tiveram medo do Lula, da sua capacidade de mobilização popular contra eles. Recuaram e adotaram a tática de sangrar o governo, cercando-o no Parlamento e através da mídia, até que, inviabilizado, fosse derrotado nas eleições de 2006.

Fracassaram uma vez mais, quando o Lula convocou as mobilizações populares contra os esquemas golpistas, ao mesmo tempo que a centralidade das políticas sociais – eixo do governo Lula, que a direita não enxergava, ou subestimava e tratava de esconder – começava a dar seus frutos. Como resultado, Lula triunfou na eleições de 2006, ao contrário do que a direita programava, impondo uma nova derrota grave às elites tradicionais.

O medo passou a ser que o Brasil mudasse muito, tirando suas bases de apoio tradicionais – a começar por seus feudos políticos no nordeste -, permitindo que o Lula elegesse sua sucessora. Se refugiaram no "favoritismo" do Serra nas pesquisas – confiando, uma vez mais, na certeza do Ibope de que o Lula não elegeria sua sucessora.

Foram de novo derrotados. Acumulam derrota atrás de derrota e identificam no Lula seu grande inimigo. Ainda mais que nos últimos anos do seu segundo mandato e na campanha eleitoral, Lula identificou e apontou claramente o papel das elites tradicionais, com afirmações como a de que ele demonstrou "que se pode governar o Brasil, sem almoçar e jantar com os donos de jornal". Quando disse que "não haverá democracia no Brasil, enquanto os políticos tiverem medo da mídia", entre outras afirmações.

Quando, depois de seminário que trouxe experiências de regulações democráticas da mídia em varias partes insuspeitas do mundo, elaborou uma proposta de lei de marco regulatório para a mídia, que democratize a formação da opinião pública, tirando o monopólio do restrito número de famílias e empresas que controlam o setor de forma antidemocrática.

Além de tudo, Lula representa para eles o sucesso de um presidente que se tornou o líder político mais popular da história do Brasil, não proveniente dos setores tradicionais, mas um operário proveniente do nordeste, que se tornou líder sindical de base desafiando a ditadura, que perdeu um dedo na máquina – trazendo no próprio corpo inscrita a sua origem e as condições de trabalho dos operários brasileiros.

Enquanto o queridinho da direita partidária e midiática brasileira, FHC, fracassou, Lula teve êxito em todos os campos – econômico, social, cultural, de políticas internacional -, elevando a auto-estima dos brasileiros e do povo brasileiro. Lula resgatou o papel do Estado – reduzido à sua mínima expressão com Collor e FHC – para um instrumento de indução do crescimento econômico e de garantia das políticas sociais. Derrotou a proposta norteamericana da Alca – fazer a América Latina uma imensa área de livre comércio, subordinada ao interesses dos EUA -, para priorizar os projetos de integração regional e os intercâmbios com o Sul do mundo.

Lula passou a representar o Brasil, a América Latina e o Sul do mundo, na luta contra a fome, contra a guerra, contra o monopólio de poder das nações centrais do sistema. Lula mostrou que é possível diminuir a desigualdade e a pobreza, terminar com a miséria no Brasil, ao contrário do que era dito e feito pelos governos tradicionais.

Lula saiu do governo com praticamente toda a mídia tradicional contra ele, mas com mais de 80% de apoio e apenas 3% de rejeição. Elegeu sua sucessora contra o "favoritismo" do candidato da direita.

Aí acreditaram que poderiam neutralizá-lo, elogiando a Dilma como contraponto a ele, até que se rendem que não conseguem promover conflitos entre eles. Temem o retorno do Lula como presidente, mas principalmente o temem como líder político, como quem melhor vocaliza os grandes temas nacionais, apontando para a direita como obstáculo para a democratização do Brasil.

Lula representa a esquerda realmente existente no Brasil, com liderança nacional, latino-americana e mundial. Lula representa o resgate da questão social no Brasil, promovendo o acesso a bens fundamentais da maioria da população, incorporando definitivamente os pobres e o mercado interno de consumo popular à vida do país.

Lula representa o líder que não foi cooptado pela direita, pela mídia, pelas nações imperiais. Por tudo isso, eles tem medo do Lula. Por tudo isso querem tentam desgastar sua imagem. Por isso 80% das referências ao Lula na mídia são negativas. Mas 69,8% dos brasileiros dizem que gostariam que ele volte a ser presidente do Brasil. Por isso eles tem tanto medo do Lula.
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 17 Sep 2012 07:24 AM PDT



Há dois marcos na nova etapa da jogo político brasileiro: o fim político de José Serra e o novo protagonismo político do STF (Supremo Tribunal Federal).
Vamos analisar algumas variáveis que serão determinantes do novo tempo político.
A luta pela civilidade política ainda tem um longuíssimo caminho pela frente.

1. A radicalização exacerbada não desaparece com Serra.



A ultradireita que emergiu no país nos últimos anos não se organizou em torno de Serra. Ele foi apenas o oportunista que pretendeu cavalgar a onda – como tantas outras que cavalgou, antes, como a do desenvolvimentismo, da socialdemocracia, sem nunca empunhar de fato a bandeira. Hoje está claro, mesmo para quem conviveu a vida toda com ele, que jamais passou de um arrivista.
Como explico na abertura da série "O caso de Veja", o ódio como arma política começou como um sentimento algo difuso, que ganhou eco na agressividade de alguns comentaristas de televisão – imitando o estilo da Fox norte-americana. O episódio do "mensalão" serviu como agente deflagrador da intolerância, assim como a perspectiva da velha mídia de derrubar mais um presidente e retornar aos tempos de glória do pós-impeachment.
Apesar do gatilho ter sido o "mensalão", é algo muito mais orgânico, cuja raiz (em termos globais) está na ascensão das novas massas, no fim do sonho neoliberal, no protagonismo da mídia na era Murdoch.
Serra percebeu a mudança de ventos e se adaptou ao novo figurino. O terreno era-lhe familiar porque a intolerância e os métodos obscuros já eram parte integrante de sua personalidade. Termina a carreira execrado pela esquerda, sob desconfiança da direita, deplorado por amigos que um dia acreditaram nele e… desprezado pela velha mídia por inservível

2. A ultradireita ficou sem um candidato.



E o que virá agora, para canalizar o ódio político?
Há paradoxos curiosos nessa história.
Nas últimas duas décadas, a legitimação do PSDB se dava em cima do suposto intelectualismo de FHC e Serra, e suas tropas de intelectuais, em contraposição ao PT, tratado como intelectualmente tosco pela mídia. De fato, os intelectuais do partido sempre tiveram enorme dificuldade em compatibilizar ideias progressistas mais contemporâneas com o cipoal de tendências que sempre marcou a história do PT.
Com Lula, o PT ocupou a centro-esquerda, enquanto o radicalismo inconsequente de Serra tirou do PSDB paulista toda uma geração de novos intelectuais que poderia revitalizá-lo. Sua prepotência e falta de discernimento fez o PSDB perder o grupo de Bresser-Pereira, os economistas da Unicamp, os irmãos Mendonça de Barros, os socialdemocratas da USP – as gerações mais velhas se mantem fieis a FHC, mas passam a quilômetros de distância de Serra e intelectualmente já deram o que tinham que dar.
Nessas eleições, o candidato do PT à prefeitura é um legítimo representante da elite intelectual paulista – formado em três centros de irradiação de influência, as Faculdades de Direito, Filosofia e Economia. Serra é um repetidor de bordões de intolerância. E a liderança que restou ao PSDB paulista, Geraldo Alckmin, é intelectualmente tão tosco que chegou a chocar o conservadorismo mais elaborado do Estadão, no episódio em que defendeu a PM pela chacina da semana passada ("só morreu quem resistiu"). No plano federal, Aécio Neves é uma promessa que não se realizou nem deverá se realizar.
Não havendo nenhum fato político anormal, a oposição tenderá a se aglutinar em torno de Eduardo Campos, um socialdemocrata com vinculação histórica com o centro-esquerda e sem necessidade de encarar o figura ultrarradical para se firmar.
Mas os ventos do ódio estão longe de se dissipar. E a aposentadoria de Serra cria um vácuo que deixa uma interrogação: para onde vai ser canalizada esse ódio político visceral?

3. Um personagem velho, a mídia, e um novo protagonista, o STF.



Daqui para diante, a luta política não se dará no campo partidário, mas em duas frentes: na mídia e no Judiciário, especialmente após o novo papel do STF (Supremo Tribunal Federal) e da cúpula do Ministério Público Federal.
No pano de fundo, a reação contra os descaminhos do modelo político, mas também um sentimento difuso contra o PT e Lula. Dificilmente o Procurador Geral Roberto Gurgel investiria com o mesmo ímpeto contra malfeitos do PSDB. No entanto, dentro do MPF há um sentimento corporativista solidificado, identificado com o pensamento de Gurgel.
Na outra ponta, por razões variadas, tem-se o STF assumindo um protagonismo perigoso.
Judiciário e MPF são compostos por um público que pertence ao extrato mais conservador da sociedade – no sentido de se informarem apenas através das mídias convencionais, seguirem rituais formalísticos, se diferenciarem do chamado cidadão comum por um conjunto de convenções, vestimentas, linguajar.
Todos os sinais que emanam do STF indicam que essa resistência aos novos tempos (e aos velhos vícios da política) resultou um novo protagonismo que, em breve, irá provocar conflitos com o Legislativo e, talvez o Executivo.
Podem-se buscar explicações individuais para a atitude de cada Ministro.
Gilmar Mendes sempre foi um Ministro político. Marco Aurélio de Mello trombou com o PT quando presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e guardou mágoas. Ayres Britto submeteu-se totalmente à mídia após ter sido alvo de uma denúncia inepta envolvendo seu genro. Embora ninguém jamais colocasse em dúvida sua idoneidade pessoal, desde então ele se curvou a todas as pressões da velha mídia.
Joaquim Barbosa é um caso à parte, talvez o maior erro político de Lula. Embora ninguém coloque em dúvida sua capacidade, existem dezenas de procuradores federais tão bem preparados quanto ele. Foi escolhido por seu simbolismo, por sua cor. No período que antecedeu a escolha, chegou a irritar Lula com seu servilismo. Empossado Ministro, tornou-se um deus ex-machina.
Dias Toffoli foi um segundo engano de Lula, provavelmente para corrigir o primeiro. Sem bagagem jurídica, foi escolhido para ser o Gilmar de Lula. Mas a diferença de estatura é enorme.
Mas como explicar a nova leva de Ministros, indicados por Dilma, todos igualmente tomados pelo ira santa? É evidente que essa situação reflete um estado de espírito majoritário na cúpula do Judiciário e não apenas uma conjunção pontual de personalidades.
Restou a posição heroica e solitária de Ricardo Lewandowski tentando fazer valer princípios de direitos individuais e preocupando-se em não se deixar levar pelo fogo da politização.
Não se sabe como será daqui para frente. Mas inegavelmente a oposição saiu do campo político para o campo midiático-jurídico.
Do lado da mídia, a estratégia visa interditar Lula definitivamente da política. Após o mensalão, tentarão levantar o caso dos empréstimos consignados do BMG para acusar Lula do chamado ato de ofício.
É uma cartada agressiva e que poderá gerar confrontos imprevisíveis.

4. A estratégia do governo Dilma.



Para tornar mais complexo o cenário, tem-se esse extraordinário paradoxo: Dilma é umbilicalmente ligada a Lula, tem demonstrado lealdade em todas as circunstâncias mas, para efeito midiático, foi transformada em uma espécie de anti-Lula. Na substituição de Cesar Peluso, não cedeu ao erro de indicar o advogado geral da União, fazendo uma escolha técnica.
Aparentemente considera que o republicanismo e o anti-corporativismo serão suficientes para blindá-la de tentativas futuras de desestabilização.
A boa imagem junto à classe média midiática se deve à sua racionalidade na gestão pública mas, também, a um pacto tácito com a velha mídia de não fortalecer nenhum canal alternativo, mantendo intacto para ela o botim das verbas públicas. Com a indústria, um pacto desenvolvimentista de redução de juros e proteção tarifária. Com os grandes grupos nacionais, parcerias nos projetos de desenvolvimento. Com o funcionalismo público, atitudes que geram resistência neles, mas apoio da classe média midiática.
Mas ainda mantem uma fé quase ingênua na capacidade da velha mídia se desarmar e retomar seu papel de crítico racional dos atos de governo.
Luis Nassif
No Advivo


Posted: 17 Sep 2012 07:17 AM PDT





"Manter viva a causa do PT: para além do "Mensalão"
Leonardo Boff, Vi o Mundo
Há um provérbio popular alemão que reza: "você bate no saco mas pensa no animal que carrega o saco". Ele se aplica ao PT com referência ao processo do "Mensalão". Você bate nos acusados mas tem a intenção de bater no PT. A relevância espalhafatosa que o grosso da mídia está dando à questão, mostra que o grande interesse não se concentra na condenação dos acusados, mas através de sua condenação, atingir de morte o PT.
De saída quero dizer que nunca fui filiado ao PT. Interesso-me pela causa que ele representa pois a Igreja da Libertação colaborou na sua formulação e na sua realização  nos meios populares. Reconheço com dor que quadros importantes da direção do partido se deixaram morder pela mosca azul do poder e cometeram irregularidades inaceitáveis. Muitos sentimo-nos decepcionados, pois depositávamos neles a esperança de que seria possível resistir às seduções inerentes ao poder. Tinham a chance de mostrar um exercício ético do poder na medida em  que  este poder reforçaria o poder do povo que assim se faria participativo e democrático. Lamentavelmente houve a queda. Mas ela nunca é fatal. Quem cai, sempre pode se levantar. Com a queda não caiu a causa que o PT representa: daqueles que vem da grande tribulação histórica sempre mantidos no abandono e na marginalidade. Por políticas sociais consistentes, milhões foram integrados e se fizeram sujeitos ativos. Eles estão inaugurando um novo tempo que obrigará  todas as forças sociais a se reformularem e também a mudarem seus hábitos políticos.
Por que muitos resistem e tentam ferir letalmente o PT? Há muitas razões. Ressalto  apenas duas decisivas."
Artigo Completo, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 10:510 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 17 Sep 2012 07:11 AM PDT

O que o Francenildo e o ministro Joaquim Barbosa têm em comum?

 Ambos têm origem na Senzala.

 O Francenildo acreditou ter saído da Senzala e galgado  a escadaria da Casa Grande com o escândalo do ex-ministro da Fazenda.

 Depois de usado pela direita, foi jogado na sarjeta.

 O caminho do segundo, do Barbosa se assemelha.

 Saiu da Senzala pelas mãos do Lula ao galgar o Supremo.

 Não satisfeito com a proeza, tem procurado a sala de estar da Casa Grande.

 De onde será defenestrado logo que a direita não mais precisar de seus préstimos.

 Retornará à Senzala, onde a direita lhe reserva um lugar de honra: o tronco.

Tome vergonha na cara, senhor ministro, enquanto é tempo!

Do Blog Brasil, mostra a tua cara.
Posted: 17 Sep 2012 07:06 AM PDT




O presidente Lula, no domingo, continuou em clima nordestino, depois de vistar Salvador e Feira de Santana.

Almoçou um Baião de Dois no Centro de Tradições Nordestinas de São Paulo, junto com o candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o candidato a prefeito de Recife, Humberto Costa (PT), o governador da Bahia Jaques Wagner (PT), a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), a ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), o ministro da Educação, Aloysio Mercadante (PT), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).

Ah... Adivinha quem mais veio para almoçar? O governador Eduardo Campos (PSB) também apareceu. Só não se sabe com quem ele foi jantar depois, se com o golpista Roberto Freire (PPS), ou com o golpista Jarbas Vasconcelos (PMDB) ou com o tucano Sérgio Guerra, já que em Recife, Campos preferiu trocar Lula por estes políticos.

Lula tomou o cuidado de só sair na foto ao lado de Humberto Costa, deixando Eduardo Campos no outro extremo.

Como se dizia em Minas, nem tão longe que pareça rompimento, nem tão perto que pareça estar tudo bem.

Assista aqui o vídeo com o compacto do comício de Haddad e Lula, no Capão Redondo.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 17 Sep 2012 07:03 AM PDT
É risível a "ameaça" da revista Veja, dizendo que tem gravada a entrevista com Marcos Valério atacando o presidente Lula e incriminando mais ainda a si mesmo.

Mas vamos supor que tivesse, e daí? Só provaria que a revista teria trocado a parceira com Carlinhos Cachoeira por uma nova parceria com Marcos Valério.

Com o bicheiro, a revista recorria ao submundo da arapongagem para derrubar ministros. Com a nova parceria tentaria dar o golpe hondurenho que a revista sempre sonhou.

A revista já publicou às vésperas das eleições de 2006, uma listinha impressa em computador como se fosse denúncia de contas numeradas no exterior de Lula e outros membros do governo, e deu a fonte: Daniel Dantas. A mentira, de tão absurda, nem chegou a influir em pesquisas.

Vamos falar sério, gente. No que depender da verdade dos fatos, Lula não tem o que temer. Foi vasculhado por CPI's e nunca encontraram nada. Quando presidente, reconduziu o Procurador-Geral da República que denunciou o chamado "mensalão" porque foi o mais votado pelos procuradores. Lula tinha a prerrogativa de escolher um engavetador a dedo, se tivesse o que temer. O mesmo aconteceu com os ministros do STF, nomeados por ele. Não montou nenhuma tropa de choque no STF para blindar ninguém, e hoje, vê-se até que deveria ter escolhido alguns nomes com mais critério, mais independentes diante das pressões da mídia, e mais rigorosos com as provas.

Quem tem que tremer com os segredos de Marcos Valérios é a turma da Privataria Tucana. FHC, Aécio Neves (PSDB), Marconi Perillo (PSDB), Joaquim Roriz, os tucanos de São Paulo que dirigiram a Telesp antes da privataria. Todos tiveram contratos com as agências de Marcos Valério durante anos, antes e durante o chamado "mensalão", e as investigações sobre eles ainda não apareceram.

Querem arrastar o presidente Lula e os partidos de esquerda para o pântano para interditar sua liderança, nesta e nas próximas eleições, como tentaram em 2005, e daí em diante. Não vamos permitir. Vamos lutar nas redes e nas ruas.

Temos que lutar para deixar o melhor presidente que o Brasil já teve fora dessa agenda golpista que a Veja e a Globo quer impor. Lula tem que se dedicar nessa hora é a ajudar a eleger os bons prefeitos em todo o Brasil que vão implantar nas cidades os avanços feitos no governo federal. E depois temos que deixar "o cara" trabalhar nas articulações políticas internacionais para integrar os países da África e da América Latina numa política de desenvolvimento sustentável que erradique a pobreza, como líder mundial que é.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 17 Sep 2012 04:03 AM PDT


NO MOMENTO EM QUE RETORNA AOS PALANQUES, LULA É ALVO DE UMA TENTATIVA DE GOLPE PREVENTIVO. O RECADO QUE OS OPOSITORES TRANSMITEM É: "SE VOLTAR LEVARÁ CHUMBO". DIANTE DO ATAQUE ORGANIZADO, O EX-PRESIDENTE SÓ TEM UMA ALTERNATIVA, QUE É LUTAR PARA NÃO SER DEVORADO PELOS ADVERSÁRIOS

16 de Setembro de 2012 às 19:25 - 247

– Personagem central da vida política brasileira nos últimos quarenta anos, Luiz Inácio Lula da Silva construiu sua trajetória na base da superação. Retirante, venceu a pobreza extrema. Sindicalista, desafiou a ditadura militar e organizou as greves do ABC. Candidato à presidência da República desde 1989, ele enfrentou a desconfiança generalizada das elites até finalmente chegar ao poder, em 2002. Na presidência, consagrou-se ao deixar o Palácio do Planalto com 70% de aprovação popular – inclusive da classe empresarial que, com Lula, enriqueceu. Depois disso, Lula passou a ser convidado a dar palestras em vários cantos do mundo, recebendo cachês jamais inferiores a U$S 100 mil. Lula estava, portanto, com a vida ganha. Continuava sendo o principal ator político do País e um homem, a cada dia, mais rico – e que, segundo muitos, poderia escolher se voltaria ao poder em 2014 ou 2018.

Neste fim de semana, no entanto, Lula teve um choque de realidade. E foi despertado para o fato de que nada, em sua trajetória, veio de graça. Com a reportagem de capa de Veja, o ex-presidente foi alvejado por um típico golpe preventivo. Como a oposição sabe que não poderá derrotá-lo nas urnas em 2014, 2018 ou mesmo depois, o campo de batalha passou ser outro: o tribunal sumário dos meios de comunicação. Como se sabe, Lula passou a ser acusado de ser o chefe supremo do mensalão, no momento em que alguns de seus companheiros estão prestes a ser condenados. Ainda que a consistência da acusação seja questionável (uma "entrevista" sem fita negada pelo entrevistado), o que os opositores dizem a Lula é bem simples: "se voltar levará chumbo". E isso significa ser alvo de um processo judicial que o colocaria numa espécie de impedimento político. Assim, no Brasil, tal como começa a acontecer em outros países latino-americanos, a disputa política passaria a ser decidida no tapetão, à la paraguaia.

O jogo dos adversários já está claro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rege a orquestra sem perder a elegância, suas teses (como a da "herança pesada") se espalham pelos meios de comunicação de corte mais conservador e José Serra range os dentes. De prontidão, talvez existam alguns procuradores dispostos a apresentar uma denúncia contra o ex-presidente Lula, ancorados na mais recente denúncia de Veja ou na delação de Roberto Jefferson – que passou a acusar Lula de ser o "mandante" do mensalão.

O que ainda não se sabe é como Lula irá reagir. Neste momento, ele começa a voltar aos palanques. Já esteve em Belo Horizonte e Salvador. Pediu aos militantes petistas que voltassem a vestir a camisa. Mas qual será sua estratégia de guerra – se é que há uma? Diante da ameaça de um processo, como Merval Pereira anunciou hoje em sua coluna no Globo, Lula pode decidir se apequenar e recolher-se à aposentadoria em São Bernardo do Campo. Em seguida, o alvo passaria a ser a presidente Dilma Rousseff.

Lula tem ainda a alternativa de sair da zona de conforto e voltar a ser o Luiz Inácio Lula da Silva da década de 80, que não apenas encantava multidões, mas também sabia confrontar seus adversários. Hoje, os personagens que querem destruir o lulismo são cada vez mais claros, como também foram aqueles que combateram outros governos trabalhistas na história do Brasil e da América Latina.

A luta levou Lula ao poder – e, depois, à glória. A covardia não reserva um bom futuro nem a ele, nem ao PT. 
Posted: 17 Sep 2012 03:59 AM PDT



A "carta ao leitor" da Veja, que equivale ao editorial da revista, traz uma informação que até agora passou meio despercebida, mas que tem excitado alguns internautas – principalmente os trogloditas da direita. O publicitário Marcos Valério deu ou não uma entrevista exclusiva à publicação, confirmando a tese alardeada na reportagem de que "Lula era o chefe" do mensalão? "Valério não quis dar entrevista sobre as acusações diretas do envolvimento de Lula que ele vem fazendo", garante o diretor da Veja, Eurípedes Alcântara.
O serviçal da famiglia Marinho pode até estar blefando, fazendo mistério. Mas tudo indica que a entrevista realmente não existiu e que a revista novamente se baseou em boatos e fofocas na linha da escandalização da política, visando vender mais exemplares e interferir na disputa política e eleitoral em curso no país. Se a entrevista existisse, ela seria publicada na íntegra. Mesmo assim, não comprovaria nada. Seria a opinião do publicitário Marcos Valério, já condenado no tribunal de exceção do chamado "mensalão do PT".
Lula e a excitação dos golpistas 
Na "carta ao leitor", intitulada "Lula era o chefe", Eurípedes Alcântara faz um grande esforço para recuperar a credibilidade da Veja. O artigo é pura apologia da desgastada revista, coisa típica de um funcionário do alto escalão que tenta justificar seu salário. Para ele, a revista é um bastião da ética. "Veja se orgulha de ter desempenhado um pa­pel fundamental em mais esse processo de depuração da vida política nacional". Ele só não explica as ligações da Veja com a quadrilha de Carlinhos Cachoeira, reveladas nas gravações da PF.
O texto também confirma o ódio doentio que a famiglia Civita nutre contra Lula – o ex-operário que chegou à Presidência da República num país que sempre foi comandado pelas elites. A mesma revista que tentou esconder as revelações do livro "A privataria tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Jr., garante que durante o governo Lula "a podridão su­biu a rampa do Palácio do Planalto e se instalou nas imediações e até no próprio gabinete presiden­cial". Para comprovar a sua tese golpista, ela não vacila em explorar boatos e fofocas.
"Reportagem exclusiva desta edição do editor Rodrigo Rangel, da sucursal de Brasília, feita com base em revelações de Marcos Valério a parentes, amigos e associados, reabre de forma incontornável a questão da participação do ex-presidente no mensalão. "Lula era o chefe", vem repetindo Valério com mais frequência e amargura... Valério não quis dar entrevista sobre as acusações diretas do envolvimento de Lula que ele vem fazendo. Mas não desmentiu nada". Pronto! Está criado o fato para justificar o fuzilamento de Lula!

Posted: 17 Sep 2012 03:55 AM PDT



Exemplos nefastos da manipulação e da falta de compromisso com a verdade dos fatos e com seus leitores.  The Sun, ao menos, 23 anos depois se desculpou por ter publicado com estardalhaço relatório falso sobre tragédia no futebol inglês.  E Veja?
Veja mais uma vez cria embuste [leia aqui e aqui os últimos embustes] para, sete anos depois, tentar levar Lula para o centro do mensalão e atacar o PT, como sempre ocorre a cada dois, entre agosto e outubro. Não é coincidência.
Desta vez o semanário dos Civita estampou na capa uma suposta afirmação de Marcos Valério sobre não ter dito nada de Lula sobre a crise de 2005, ainda.
Ocorre que o advogado de Marcos Valério afirmou ainda que seu cliente "não confirma" as informações divulgadas pela Veja, "O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria". 
A revista alega que fez matéria baseada em depoimentos de amigos e familiares de Valério. 
O que impressiona é a qualidade do lixo jornalístico que esta revista se propõe a comercializar, paga por assinantes, poucos compradores nas bancas e sustentada, fortemente, por publicidade governamental, como do governo tucano de São Paulo.
A tragédia de Hillsborough e a farsa montada pela polícia e pelo The Sun
Em 1989, a Grã-Bretanha assistiu em choque às imagens angustiantes de torcedores jovens esmagados contra as grades de metal, corpos deitados no campo e espectadores usando painéis publicitários de madeira como macas improvisadas em uma tarde quente de primavera.
O relatório, divulgado após uma investigação de dois anos sobre as mortes, apontou que a polícia havia tentado culpar os torcedores do Liverpool, retratando-os como agressivos, bêbados e sem ingressos, e tentando encher um estádio já lotado.
Alguns jornais, assim como David Cameron, primeiro ministro britânico, se desculparam com o povo sobre a farsa montada pela polícia e corroborada pela imprensa.
Em 1990 foi publicado o Taylor Report, o relatório oficial do governo aos acontecimentos que resultaram na tragédia. Nele se leu que os torcedores do Liverpool eram os culpados, devido ao uso abusivo de álcool que teriam provocado tal violência.
Durante anos os torcedores do clube protestaram e rejeitaram o relatório. 
À época, o tablóide The Sun fizera, com o título 'A Verdade', a capa da sua edição que mostrou as conclusões do relatório manipulado.
E só em 2009, um outro, elaborado por um painel independente, refutou aquelas conclusões, alegando que o primeiro relatório foi adulterado pelo governo – então liderado por Margaret Tatcher -, para imputar a culpa para a torcida do Liverpool presente naquela ocasião.
O Daily Telegraph resumiu o que o mais recente relatório desmentiu acerca do primeiro: a polícia pesquisou os registos criminais das vítimas para impugnar a sua reputação; que 116 dos 164 relatórios de agentes foram alterados para remover comentários desfavoráveis e que nunca houve provas de que os adeptos do Liverpool estariam sob a influência de bebidas alcoólicas.
O diário The Sun demorou 23 anos para se pronunciar sobre o fato e pedir desculpas ao povo de Liverpool, apesar de em 2009 já haver fortes indícios da manipulação. O fato é que naquela região de Londres onde ocorreu a tragédia o jornal sofreu boicotes por parte dos leitores e viu sua venda despencar de cerca de 200 mil exemplares diários para cerca de 20 mil!
Veja é ainda pior que The Sun...
O que se pode observar em ambos os casos é a predisposição de setores ultraconservadores da imprensa, tanto aqui, liderados por Veja, quanto em Londres, para manipular e vender seus exemplares contendo factóides e leviandades como suprema verdade ou opinião publicada.
Durante o julgamento do mensalão Luiz Gushiken foi inocentado de todas as acusações que pesavam contra ele. Mas não se viu nenhuma chamada que apresentasse o personagem político redimido e justiçado pela sua inocência. O que ficou foram dezenas de matérias negativas quanto a sua imagem e que o marcaram desde então.
Além da má fé e da prática do jornalismo como arma política de intimidação e difamação, a Veja, há bastante tempo, engana seus leitores e causa prejuízo aos seus assinantes ao estampar mentiras e fatos que não se comprovam, construindo uma realidade muito peculiar dos fatos.
Quanto custa a sociedade sustentar uma publicação que distorce a história e entrega aos jovens pensamentos ultraconservadores e os apresenta como valores progressivos?

Posted: 17 Sep 2012 03:52 AM PDT


 
Do ponto de vista político, a pauta da Veja, já devidamente abraçada pela oposição ao governo federal, parece ter um objetivo claramente definido. No momento em que Lula começa a voltar aos palanques, nas campanhas das eleições municipais, e em que o STF começará a julgar os réus do chamado "núcleo político do mensalão", a tentativa é de colar uma coisa na outra. Colunistas políticos repercutiram amplamente supostas declarações de Marcos Valério. "Nada impede que uma denúncia seja feita contra Lula mais adiante", sugeriu Merval Pereira, de O Globo.
A revista Veja publicou neste final de semana mais uma de suas bombásticas "denúncias" contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Marcos Valério envolve Lula no mensalão", diz a publicação. Quase que imediatamente, os colunistas políticos de sempre passaram a reproduzir a "informação" da revista. Cristiana Lôbo tuitou sábado à tarde: "Está instalada a polêmica sobre entrevista de Marcos Valério à Veja. Diz que Lula sabia e que PT deu garantias de punição branda por silêncio". Detalhe: não havia nenhuma "entrevista de Marcos Valério" na revista. E a própria Veja dizia isso: a reportagem foi "feita com base em revelações de parentes, amigos e associados".
O jornalista Ricardo Noblat foi outro que passou a tarde de sábado repercutindo a "denúncia" da revista. Ainda no sábado veio o desmentido do advogado de Valério: "O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria", disse Marcelo Leonardo. Noblat não seu deu por vencido e, pelo twitter, reclamou dos termos do desmentido: "O advogado de Valério diz que seu cliente não confirma as informações publicadas pela Veja. Por que não disse que Valério as desmente?". Entusiasmado, o imortal Merval Pereira (O Globo) afirmou em um artigo intitulado "Valério acusa Lula": "os estragos políticos são devastadores, e nada impede que uma denúncia seja feita contra Lula mais adiante". Merval não mencionou o desmentido oficial do advogado de Valério.
A tese do "domínio final do fato"
A Folha de S.Paulo correu para dar voz a José Serra que classificou as "denúncias" como graves e defendeu a abertura de investigações. Merval Pereira, fazendo às vezes de jurista, manifestou esperança na tese do "domínio final do fato", que levou o Procurador-geral Roberto Gurgel a acusar José Dirceu como "o chefe da quadrilha do mensalão". O jornalista de O Globo escreveu: "Alguns ministros do Supremo deixaram escapar, no início do julgamento, que pela tese do domínio final do fato, se a cadeia de comando não terminasse no ex-ministro José Dirceu, teria forçosamente que subir um patamar e atingir o ex-presidente Lula".
Já o colunista político Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo preferiu explorar as possíveis consequências políticas da matéria nas eleições municipais deste ano. Ele escreveu sábado em seu blog: "Do ponto de vista jurídico, o efeito pode ser nulo. O processo do mensalão está em fase de julgamento e não serão mais acrescentadas provas. Do ponto de vista político, a reportagem da revista Veja desta semana pode ter grande impacto na reta final das eleições municipais, sobretudo nas grandes cidades nas quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem interesse direto, junto com o PT, em garantir vitórias para alavancar a sigla em 2014".
Merval: "nada impede uma nova denúncia"
Mais uma vez, o circuito da "informação" funcionou e o assunto ganhou ampla repercussão pelos "formadores de opinião" de plantão. O funcionamento desse circuito é um tanto peculiar. Denúncias com base factual muito forte, como aquelas relacionadas às ligações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a revista Veja, são solenemente ignoradas. Qualquer denúncia publicada pela revista Carta Capital recebe o mesmo tratamento silencioso. Mas qualquer denúncia da Veja é rapidamente repercutida. Os jornalistas citados acima sequer se dão ao trabalho de dar alguma justificativa para esse comportamento seletivo. Ele parece estar inserido, para usar a tese cara a Merval Pereira no "domínio final dos fatos". Mas essas observações, é claro, são carregadas de uma certa ingenuidade. Não há razões para supresas nem espantos quanto ao funcionamento desse mecanismo de repercussões.
O artigo de Merval Pereira não deixa nenhuma dúvida sobre o que seria esse "domínio final dos fatos", ou melhor, quem seria: Luiz Inácio Lula da Silva. O site Brasil 247 afirmou, na tarde de domingo, em texto intitulado "Globo antecipa próxima etapa do golpe contra Lula": "No seu artigo deste domingo, Merval Pereira toma como verdade a "entrevista" de Veja com Marcos Valério, já negada pelo publicitário, e avisa: 'Nada impede que uma nova denúncia seja feita mais adiante'. Ou seja: com alguns companheiros condenados e outros presos, Lula terá uma espada no pescoço". Em outra matéria ("Civita deflagra operação para colocar Lula na cadeia"), o Brasil 247 sustentou que o objetivo da Veja é transformar Lula em réu no STF e impedir que ele volte à concorrer à Presidência da República.
Cristiana Lôbo pede explicações a Noblat
No início da noite de domingo, Cristiana Lôbo pediu a Ricardo Noblat, mais uma vez pelo twitter, para que ele explicasse em que pé estava o assunto: "Passei o fim de semana em Goiânia e não entendo mais a polêmica sobre a não entrevista de M. Valério. Você pode me explicar @BlogdoNoblat?" E Noblat explicou do seguinte modo (em três tuitadas sucessivas), introduzindo uma novidade, a existência de uma suposta gravação com Marcos Valério: "Veja entrevistou Valério. O advogado dele foi contra. Combinou-se de apresentar a entrevista como conversas de Valério com outras pessoas. E assim saiu a matéria. Ocorre que o advogado de Valério desmentiu que ele tivesse dito o que a Veja publicou. Aí ficou parecendo que a Veja teria inventado coisas e atribuído a Valério. Por isso a direção da revista decide se divulga a fita".
Do ponto de vista político, a pauta da Veja, já devidamente abraçada pela oposição ao governo Dilma, parece ter um objetivo muito claramente definido. No momento em que Lula começa a voltar aos palanques, nas campanhas das eleições municipais, e em que o STF começará a julgar os réus do chamado "núcleo político do mensalão", a tentativa é de colar uma coisa na outra. No final da noite de domingo, o Brasil 247 publicou a seguinte síntese sobre o caso, deixando um conselho para o ex-presidente Lula: "No momento em que retorna aos palanques, Lula é alvo de uma tentativa de golpe preventivo. O recado que os opositores transmitem é: "se voltar levará chumbo". Diante do ataque organizado, o ex-presidente só tem uma alternativa, que é lutar para não ser devorado pelos adversários".
Marco Weissheimer
No RS Urgente


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