domingo, 16 de setembro de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 16 Sep 2012 03:04 PM PDT


Posted by on 16/09/12 • Categorized as Análise

Confesso que tive preguiça de escrever sobre a última da Veja. No sábado pela manhã, assim que, sôfregos, blogs e sites da mídia tucana começaram a martelar mais uma denúncia lastreada em vento, o cansaço com essas falsas polêmicas levou este blogueiro a decidir se poupar de trabalho tão patético quanto o de desmentir o que se desmente por si só.
Não ia escrever, mas o tom que vi em algumas matérias da blogosfera me leva a fazer o que não tinha vontade. E sem nem mesmo ver necessidade. Mas como há gente bem-intencionada levando a sério não a matéria, mas a intenção por trás dela, escrevo.
Sejamos sintéticos como o assunto merece. Rememoremos a denúncia em poucas palavras.
Veja e outros veículos da mídia tucana que repercutiram sua matéria fizeram chamadas sobre o tema que induzem o leitor a crer que a revista entrevistou o réu do julgamento do mensalão Marcos Valério e que este teria acusado o ex-presidente Lula de ter sido o verdadeiro arquiteto do esquema. Ao mergulhar na matéria, porém, o leitor vai perdendo expectativas.
Veja – e o resto da mídia que a repercutiu acriticamente – usa chamada que induz a erro. Repare, leitor:
"Diante da perspectiva de terminar seus dias na cadeia, o publicitário [Marcos Valério] começa a revelar os segredos que guardava – entre eles, o fato de que o ex-presidente sabia do esquema de corrupção armado no coração do seu governo"
Só lá pelo meio da primeira parte da matéria – sim, pessoas de boa fé me obrigaram a ler aquilo – é que surge a informação que deveria não só ter aberto o texto já no primeiro parágrafo, mas que deveria constar no título na capa da revista, que estampa a denúncia e induz quem a vê a comprar o material achando que, nas páginas internas, contém uma bomba.
Veja, lá pelas tantas – e agora que o leitor desavisado que não assina o panfleto já pagou por ele em banca –, entrega que a matéria foi feita "Com base em revelações de parentes, amigos e associados" de Valério, aos quais ele teria dado tais declarações por estar sentindo-se "traído e abandonado pelo PT".
Marcos Valério está sendo julgado pelo STF. Em pleno julgamento, ele decide sair por aí alardeando a quem quiser ouvir (parentes, amigos e associados, segundo a revista) uma das "teses" da Veja que, se fosse considerada pelo STF, agravaria suas penas: o esquema criminoso de que participou teria envolvido muito mais dinheiro e muito mais crimes.
Valério estaria zangado com um partido que não o defendeu? Por que, se o PT está tendo dificuldade para defender até a si mesmo do massacre midiático?
Valério é um homem inteligente. Isso é visível. Montou esquemas de corrupção envolvendo importantes partidos do governo e da oposição, sobretudo o PSDB (primeiro) e o PT (depois). Ele sabe muito bem que nunca houve nada que o PT pudesse fazer por si. E se este partido não fez nada por ele muito menos fez o PSDB, com o qual também se envolveu até o pescoço.
Veja não dá um mísero nome dentre essa suposta legião de "amigos, parentes e associados" que estariam gritando aos quatro ventos a acusação contra Lula. Todo o círculo de relações sociais de Valério contou a história à revista e ninguém quis aparecer…
Pior é o próprio Valério. Ele conta a todo mundo de seu relacionamento a bomba que guardaria contra Lula, mas não conta à Veja. Se contou a tantas pessoas, certamente queria dar publicidade ao caso. Ainda assim, em vez de procurar um meio de comunicação preferiu o boca a boca de suas relações pessoais (?!).
Pode-se inferir da matéria da Veja, aliás, que Valério teve um surto de bom-mocismo: arrisca-se a aumentar suas penas no julgamento que tramita e contraria advogados que certamente o aconselharam a se recolher durante o processo só para desmascarar o "grande vilão" Lula.
O "jornalismo" da Veja se mostra inexplicável. A revista ouviu todo mundo, mas não ouviu Valério. Ok, ele conta sua história a qualquer um menos a ela. Mas certamente o advogado do réu teria algo a dizer e não se recusaria a dar declarações porque a denúncia prejudica seu cliente. Por que não foi ouvido?
O resto da mídia comprou acriticamente essa história maluca. No domingo, a Folha de São Paulo repercute a acusação da Veja a Lula em destaque logo na abertura do seu caderno Poder e acusa o advogado de Valério, que desmentiu a revista, de ter dado declarações contraditórias.
Eis o que diz a Folha:
"À Folha o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, disse num primeiro momento que não confirmava nem desmentia as declarações do cliente. Mais tarde, afirmou que Valério negou o teor da reportagem. 'Ele não deu entrevista e negou toda a matéria, inclusive as declarações'."
Ai que preguiça! Mesmo se for verdadeira a primeira declaração, parece provável que tenha sido dada sem que o advogado de Valério tivesse se inteirado adequadamente dos fatos e que a segunda declaração tenha sido dada após fazê-lo.
Cadê o jornalismo? Quando foi dada a primeira declaração e quando foi dada a segunda?
Seja como for, a própria Folha mostra que não existe qualquer conseqüência possível que redunde da "reportagem" de Veja. Eis o "fecho" da matéria daquele jornal publicada neste domingo, no dia seguinte à denúncia da revista:
"Marco Aurélio Mello, do STF, disse que as supostas declarações [de Valério] não influenciam no julgamento, mesma posição manifestada reservadamente por outros ministros. 'A ação penal 470 [mensalão] já está finalizada e, quanto à prova, fechada', disse o ministro."
É uma bobagem, pois, dizer que Lula corre o menor risco de ser processado por conta de uma acusação sem autor sobre um tema exaustivamente examinado pelos órgãos de controle do governo, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo STF sem que tais investigações tenham sequer resvalado no ex-presidente.
As pessoas de boa-fé que viram um plano de condenar Lula estão se esquecendo do momento político que vive o Brasil. Estamos em pleno processo eleitoral e ele é o principal cabo eleitoral do país. Sua influência popular ajudará a eleger centenas, se não milhares, de prefeitos e vereadores. A matéria da Veja busca apenas reduzir essa influência. Nada mais.

Do Blog da Cidadania.
Posted: 16 Sep 2012 02:56 PM PDT
Do Blog Cutucando de Leve - domingo, 16 de setembro de 2012


A revista Veja e os jornais da ANJ preparam esse golpe faz tempo e, em reunião secreta, vendo que Serra será derrotado, sem nomes para lançar a presidência do Brasil, resolveram que o momento é agora.

Lula tem que dar o sinal para o contra-ataque.

Essa gente não é adversária política e nem se preocupa com as regras da democracia, eles são inimigos de morte.

Não se conformam da perda do poder e estão prontos para o golpe de Estado.

Lula, não se engane, a "elite" que lhe ver morto.

A verdade? A imprensa brasileira faz ataque coordenado, tipo Al-Qaeda, para destruir o PT e fazer José Serra prefeito de São Paulo.

O ódio da imprensa brasileira a Lula e ao PT chega a ser doentio.

Não vejo nenhum ataque ao José Serra e ao PSDB, apesar de ter uma CPI sobre a Privataria Tucana aguardando sua instalação pelo Congresso.

A revista Veja e de resto toda a nossa imprensa não se interessou pelas acusações cheias de documentação do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.

É uma perseguição total ao presidente que mudou o Brasil e deu um salto qualitativo na vida de todos nós.

São milhões de brasileiros em franco crescimento, mas nada disso faz a imprensa e seus lacaios pararem de perseguir o "Nosso Guia".

Acho que as reações do PT são fracas diante dessas injúrias e não entendo porque não contra-atacamos com toda a nossa força. Só vejo defesa nos blogs, não vejo uma reação forte e coordenada do PT.

Por que não convidam a imprensa e fazem uma declaração de apoio? Por que não colocam essa gente para responder na Justiça?

Infelizmente, nós os blogueiros não temos dinheiro, apesar do Trololó viver dizendo que somos subsidiados pelo governo, para ir a Justiça e, também, não é essa nossa obrigação.

Os parlamentares do PT, esses sim, têm obrigação, votamos neles e eles recebem poupudos vencimentos no Congresso Nacional. Caros parlamentares, por que se calam?

do blog O Esquerdopata

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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 16 Sep 2012 02:20 PM PDT
BOMBA ANUNCIADA PELA REVISTA VEJA CONTRA O EX-PRESIDENTE LULA NÃO TRAZ PROPRIAMENTE UMA ENTREVISTA DE MARCOS VALÉRIO À PUBLICAÇÃO. SÃO DECLARAÇÕES DITAS A SUPOSTOS INTERLOCUTORES PRÓXIMOS, REPRODUZIDAS PELA REVISTA. "OFF THE RECORDS", COMO SE DIZ NO JARGÃO JORNALÍSTICO. OU SEJA: NADA ESTÁ GRAVADO, OU DECLARADO OFICIALMENTE. MAS VEJA FAZ PAIRAR NO AR A AMEAÇA DE UMA DELAÇÃO PREMIADA CONTRA LULA
Brasil 247 – Desde ontem à noite, Veja anuncia por meio de dois de seus porta-vozes extraoficiais, os jornalistas(??) Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, uma capa bombástica contra o ex-presidente Lula. A "mais importante desde a entrevista de Pedro Collor", que gerou o impeachment de seu irmão Fernando Collor, há exatos vinte anos. A capa, no entanto, não entrega a mercadoria. Traz uma declaração de Marcos Valério de Souza ("Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos") que não foi dita diretamente à revista. Trata-se, na verdade, de algo dito a interlocutores próximos do empresário, já condenado na Ação Penal 470, mas não oficialmente à revista. Off the records, portanto.
A reportagem começa com uma narrativa sobre a rotina de Valério, como o fato dele levar todos os dias os filhos à escola, para dar ar de verossimilhança ao texto. Mas nenhuma das declarações – todas elas capazes de provocar uma crise política de proporções inimagináveis – foi dita a jornalistas da revista. Eis algumas delas:
"Lula era o chefe".

"Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava".

"O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite".

"O caixa do PT foi de 350 milhões de reais".

"(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar".

"O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo".

"Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje".
Não sabe, portanto, se Valério realmente disse o que Veja atribui a ele. Pode ter dito, como não dito. O fato é que não assume publicamente suas declarações – algo bem diferente do que aconteceu vinte anos atrás, com Pedro Collor. Em vários depoimentos, todos eles gravados, ele narrou ao jornalista Luís Costa Pinto, então repórter da revista em Recife, detalhes da vida privada do ex-presidente Collor. Era uma entrevista em "on" – contestada apenas por aqueles que diziam que Pedro Collor não estava no juízo normal quando deu suas declarações.
No caso atual, pode-se acreditar ou não na versão de Veja. Valério disse porque Veja disse que disse. Ou Valério não disse porque Veja mantém sua cruzada contra o ex-presidente Lula, iniciada em 1º de janeiro de 2003, dia de sua posse.
Como se sabe, Lula não foi alvo de um processo de impeachment em 2005, porque a oposição, regida pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem de enfrentá-lo. Sobrou para o "capitão do time" José Dirceu, muito embora o delator Roberto Jefferson agora acuse Lula de ser o "mandante" de todo o esquema – uma contradição que o procurador Roberto Gurgel desconsidera, uma vez que Jefferson serve para incriminar Dirceu, mas não Lula.
Agora, com a capa desta semana, Veja sugere que Marcos Valério poderá fazer uma delação premiada para incriminar também o ex-presidente Lula. Assim, não apenas alguns símbolos da era Lula seriam condenados, como, talvez, o próprio ex-presidente.
Anunciam-se tempos de radicalização política no País.

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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 16 Sep 2012 02:15 PM PDT



Certamente com toda a boa vontade do mundo, o Tribunal Superior Eleitoral está veiculando uma campanha sobre "voto limpo" na mídia.
Não é a primeira e não será a última que o Tribunal promove antes de uma eleição. Parece entender que faz parte de sua missão a tarefa de, nessas horas, ensinar o cidadão a votar "certo".
A atual campanha é de abrangência nacional e está sendo desenvolvida em grande estilo. São 9 filmes de produção caprichada, com veiculação intensa. Difícil que alguém que ouça rádio ou veja televisão não tenha sido exposto a alguma peça.
É daquelas iniciativas em que, aparentemente, todos ganham.
O Tribunal, por cumprir um papel pedagógico contra o qual ninguém se insurgiria. Quem acharia errado que promovesse a educação cívica do povo? Logo o nosso, famoso por sua incapacidade de "votar direito".
Os veículos de comunicação, porque abatem os impostos que devem ao Fisco, em ressarcimento pelo tempo que são obrigados a destinar à campanha. É um bom negócio para as emissoras, pois cobram o "preço cheio", sem os descontos e bonificações de volume que concedem aos anunciantes privados.
Também ficam felizes os profissionais e empresas pagos para planejar, criar e produzir os filmes e spots. Sem os orçamentos limitados das campanhas que vendem habitualmente, faturam alto e ainda têm ampla liberdade para trabalhar.
E o eleitor? Ganha alguma coisa com isso?
A primeira peça da campanha mostra um mecânico enquanto tira graxa dos dedos – em alusão óbvia às "mãos limpas". O texto em off ensina que "existem políticos bem-intencionados" e que é possível encontrá-los pesquisando seu passado e vendo se "suas propostas vão trazer benefícios para nós".
De truísmo em truísmo, chega ao maior: "Voto não tem preço; voto tem consequência". Alguém não sabia?
Na segunda, temos um palhaço que tira a maquiagem ouvindo uma locução que conta histórias de escassa base factual. Que o "voto é um direito conquistado depois de muitas lutas (quais?) de nossa sociedade" e que a Lei da Ficha Limpa é seu capítulo mais recente.
Conclui com uma declaração enigmática: "A Lei da Ficha Limpa é o eleitor de cara nova" (seja lá o que isso signifique).
O terceiro é o mais extraordinário. Nele, uma jovem segura um troféu e o texto diz: "Quando a gente vota, a gente coloca o nosso futuro (...) nas mãos de alguém (...) e tudo que ele fizer em nosso beneficio vai tornar nossa vida melhor". Daí o troféu: "(...) é o prêmio de quem vota limpo".
Deixando de lado as admoestações triviais e a descabida glorificação da Lei da Ficha Limpa, o que a campanha faz é apresentar o voto de maneira que pode ser tudo, menos consensual.
Como no filme que ensina a mecânica da votação: "Não tem mistério. Você digita cinco números e vota para vereador. Apareceu a foto? É ele? Confirma!". Para prefeito, fazer o mesmo, e "para votar em branco, use a tecla branca e confirme" (sem mencionar que existe voto nulo).
Tudo parece natural e apenas educativo. Mas não é.
Os responsáveis pela campanha têm uma visão muito particular do que seja o voto, concebendo-o como algo estritamente individual, em que se contrapõem eleitor e candidato sem qualquer mediação.
Onde estão os partidos políticos? Em nenhum momento aparecem, sequer no filme que "ensina" a votar, mas se esquece que existe o voto partidário.
Acreditam que a escolha é ditada pela conveniência, em uma relação de troca: o cidadão vota, o eleito concede "benefícios". Acham que o voto é instrumental. E querem que todos pensem assim.
Por acaso o voto ideológico ou de convicção seria menos recomendável que o pragmático e utilitário?
No fundo, como ninguém sabe o que é certo ou errado nessa matéria, melhor é não ter a pretensão de querer ensinar. Boas intenções produzem, às vezes, maus resultados.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Posted: 16 Sep 2012 02:12 PM PDT
Posted: 16 Sep 2012 09:52 AM PDT

Haddad entre Marta e Lula no comício do 
Capão Redondo
"Em seus primeiros comícios ao lado de Fernando Haddad (PT), ex-presidente faz chamado à militância petista para levar candidato ao segundo turno


Redação, Rede Brasil Atual
Em sua primeira participação em comícios ao lado de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticou ontem (15) a "agressividade" de José Serra (PSDB) na campanha e disse que ele abandonou a cidade depois da "primeira chuva de verão". Serra elegeu-se prefeito em 2004, assumiu em 2005 e deixou o posto em 2006, para concorrer ao governo do estado.
"Nós temos um cidadão que é candidato e que já foi prefeito. Na primeira chuva de verão, ele correu, não esperou a segunda", disse o ex-presidente. "Ele anda muito agressivo. Ele tem quase a minha idade e a gente, depois dos 60, tem que ser mais calmo. Então, Fernando (Haddad), você não tem que se preocupar com a agressividade dele (...)  Os médicos dele é que precisam se preocupar porque nessa idade é mais fácil ter infarto", afirmou Lula num dos comícios, no Capão Redondo, zona sul da cidade.
Mais tarde, na Cidade Dutra, também zona sul, completou. "Se ele quer arrumar emprego, arruma em outro lugar. Ser prefeito é missão, não é emprego. Prefeito não tem que ter medo das enchentes. Tem que ir lá e viver a enchente com o povo".
Foto: Divulgação
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 12:450 Comentários
Posted: 16 Sep 2012 09:48 AM PDT
Posted: 16 Sep 2012 08:21 AM PDT
"Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda no condicional, até veículos conservadores, como o Estadão, pisam no freio

"O título da matéria publicada no Estadão.com diz tudo. "Marcos Valério apontaria participação de Lula no Mensalão, afirma revista". Como a "bomba" de Veja contra Lula é toda construída no condicional (embora seja vendida na capa como uma entrevista real do publicitário), o título do Estadão está no futuro do pretérito. Apontaria, seria, poderia etc, etc.
A repercussão obtida pela reportagem, até agora, está restrita ao meio político, com declarações previsíveis de adversários de Lula, como Roberto Freire e Agripino Maia. Na imprensa, mesmo aquela considerada golpista pelo PT, ela tende a arrefecer, uma vez que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, já desmentiu as afirmações atribuídas por Veja a seu cliente."

Enviada por: Nogueira Junior/ 19:300 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 16 Sep 2012 08:14 AM PDT

Marcos Coimbra

Julgamento no STF

Na mitologia de muitas culturas, existem narrativas sobre os caminhos que se abrem em razão das escolhas que fazemos. Em algumas versões, são lendas que nos levam a pensar nas consequências práticas das ações presentes, no modo como determinam nosso futuro no mundo. Em outras, referem-se ao que nos aguarda no além-túmulo.
Na tradição do catolicismo popular temos, por exemplo, a crença do encontro da alma com São Pedro, que, zelador da porta do Céu, só deixa entrar no Paraíso quem tiver mantido vida justa na Terra. Quem não, endereça ao Inferno.
Para muitos muçulmanos, o primeiro destino da alma é determinado nos instantes que sucedem a morte. Chegam os anjos Munkar e Nakir e a interrogam. São três perguntas: "Quem é teu senhor? Quem é teu profeta? Qual é a tua religião?" Os que acertam ficam à espera da ressurreição em alegria, os que erram são torturados até o Dia do Julgamento.
São muitas histórias semelhantes e, em todas, um mesmo recado: quem faz a coisa certa é recompensado, quem se desvia paga. Nas labaredas do Inferno.
A ansiedade dos ministros do Supremo Tribunal Federal perante o julgamento do mensalão é compreensível.
Receberam da Procuradoria-Geral da República uma denúncia que os especialistas consideram mais frágil do que aquela feita contra Fernando Collor. E aquela foi tão inepta que caiu por terra na primeira análise.
O fulcro da acusação é uma palavra inventada por um personagem famoso pela falta de seriedade. Nada, nem uma única evidência foi produzida em sete anos de investigações que demonstrasse que funcionou no Congresso Nacional, entre 2004 e 2005, um esquema de compra de votos para aprovar medidas de interesse do governo Lula. O que torna a existência da "quadrilha do mensalão" uma fantasia.
Quem duvidar, que leia a denúncia e verifique com seus olhos se ela aponta as votações e os votos que teriam sido negociados (o número do inquérito é 2.245 e está disponível no site da PGR). Mas nem a fragilidade da denúncia nem sua falta de sentido estiveram em discussão em algum momento.
Quando chegou ao Supremo, o julgamento estava concluído. O veredicto havia sido dado e transitado em julgado.
Exercendo o papel autoassumido de vanguarda da oposição ao "lulopetismo", os proprietários e funcionários da grande indústria de comunicação tinham o script pronto. E ai de quem o contrariasse. O que não quer dizer que o argumento mais forte que usassem fosse o porrete. Uma dosagem equilibrada de ameaça e adulação é sempre mais eficaz.
Se os ministros fizessem o que ela queria, as portas do Paraíso se abririam para eles. Se teimassem em discutir coisas menores – como provas, depoimentos e outros detalhes –, a fogueira começaria a arder.
Há alguns meses, o ministro Luiz Fux publicou um livro. Como toda obra técnica, de interesse restrito. Seu título bastaria para afugentar os leigos: Jurisdição Constitucional.
O lançamento no Rio de Janeiro, cidade natal do autor, mereceu tratamento vip da TV Globo. Com direito a matéria de 1 minuto e 30 segundos nos telejornais da emissora, tempo reservado a assuntos relevantes.
Talvez alguém se perguntasse o porquê do salamaleque. Mas é fácil entendê-lo. Quem não gosta de ser bem tratado? Quem não aprecia saber que sua família e seus amigos acabam de vê-lo na televisão? Quem não fica feliz quando recebe um cafuné?
O Paraíso é assim, cheio de carinhos. E quem pode proporcioná-lo pode o oposto. Como dizia Augusto dos Anjos: "A mão que afaga é a mesma que apedreja".
Se fôssemos como os Estados Unidos, onde os juízes da Suprema Corte são figuras inacessíveis, quase desconhecidas do grande público, seria uma coisa. Mas não somos. Aqui nossos ministros adoram o reconhecimento e não hesitam em se revelar. Amam os holofotes.
Uns fazem saber que andam de motocicleta, outros que são exímios músicos, alguns se apresentam como poliglotas. Identificamos seus times de futebol, os restaurantes que frequentam. Às vezes, até seus negócios e os ambientes inadequados que frequentam.
Do julgamento do mensalão, poderiam sair endeusados, merecendo estátuas e concedendo autógrafos. Bastava que cumprissem o papel que lhes estava reservado. Ou achincalhados. Tornados vilões. Cabia a eles escolher o caminho, o fácil ou o difícil.
No fundo, estão fazendo o que a maioria faria na mesma situação. Talvez não o que se esperaria deles. Mas quem mandou esperar, conhecendo-os?
Últimos artigos de Marcos Coimbra:
Eleições 2012: Vale tudo
'Mensalão': A hora do julgamento


Do Site Carta Capital.
Posted: 16 Sep 2012 07:15 AM PDT

Como é uma imagem grande, para não pesar o blog, a íntegra da reportagem de Veja desta semana está aqui.


Chamo sua atenção para um detalhe, que destaquei em amarelo. Há uma frase que não tem prosseguimento. É o único flagrante em que isso acontece. Por que será? Repare aqui e confira lá.

"O medo ainda constrange Marcos Valério a limitar suas revelações a...". A frase não tem prosseguimento na página seguinte, não sei se por deficiência da própria revista ou de uma editada malandra de quem copiou a matéria, tentando esconder o que O Globo revela, em reportagem de hoje, na página 10 de seu Primeiro Caderno:


A revista Veja diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado pela publicação, Valério teria evitado dar entrevista, mas não desmentiu nada.

Mas, se, como informa a Veja, Valério não deu entrevista, como poderia desmentir ou confirmar algo?

É o novo boimate da Veja. Eles inovam, fazendo uma entrevista sem a participação do entrevistado. Um depoimento sem depoente. Ou seja, uma fraude total.




Posted: 16 Sep 2012 07:09 AM PDT
Posted: 16 Sep 2012 06:42 AM PDT


Campanha de Haddad aposta em Lula
para levar candidato ao segundo turno
"Pesquisas indicam que 1/3 do eleitorado tradicional do PT na cidade ainda não sabem que ex-ministro da Educação é o candidato do partido

Eduardo Maretti, Rede Brasil Atual
Faltando 22 dias para o primeiro turno das eleições municipais, o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, inicia neste fim de semana uma série de atividades para "recuperar" o voto de petistas que estariam migrando para Celso Russomanno (PRB). Para tanto, Haddad vai percorrer redutos históricos do partido ao lado das principais armas de sua campanha nesta reta final: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-prefeita, agora ministra da Cultura, Marta Suplicy.
Lula e Marta desembarcam na periferia já neste sábado. Eles participam de comícios no Capão Redondo (16h) e na Cidade Dutra (19h), ambos na zona sul da cidade. Amanhã estarão com Haddad em um centro de tradições nordestinas na zona Oeste, em evento que deve contar com a presença de vários governadores do Nordeste.
Pesquisas de intenção de voto indicam que cerca de um terço dos eleitores do partido desconhecem Haddad e não o identificam como "o candidato de Lula", principalmente nas regiões periféricas da cidade, onde o PT é mais forte. Na corrida eleitoral, segundo todos os levantamentos de intenção de voto, Haddad divide o segundo lugar com José Serra (PSDB), na casa dos 18%. Russomanno lidera com 35%."
Foto: Divulgação
Matéria Completa, ::AQUI::

Enviada por: Nogueira Junior/ 21:180 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 16 Sep 2012 06:33 AM PDT


Última capa da revista Veja traz uma suporta declaração do réu Marcos Valério revelando uma suposta participação do ex-presidente Lula no suposto esquema do chamado mensalão, há poucas semanas das eleições e poucos dias depois do candidato
Serra passar a usar o caso "mensalão" no seu programa de tv.
Horas depois da publicação, o próprio advogado do réu afirma que o seu cliente jamais deu declarações como foi afirmado pela revista.

Posted: 16 Sep 2012 06:27 AM PDT
Hoje distanciados, Russomanno esteve ao lado do ex-governador por 14 anos até partir para carreira solo em um outro partido

Abril de 2011. Celso Russomanno discursa no auditório Petrônio Portella, no Senado Federal, e se lança pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. O evento é um dos pontos altos da convenção nacional de seu partido, o PP, de Paulo Maluf.

Setembro de 2011. Russomanno é protagonista de outro ato de lançamento de pré-candidatura. Agora, na capital paulista. Dessa vez pelo PRB, legenda controlada por membros da Igreja Universal e pela qual ele agora lidera a corrida pela prefeitura com 32% das intenções de voto.

Primeiro ato de Russomanno no novo partido: criticar Maluf, que naquele instante havia acabado de fazer um acordo com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para participar do governo estadual e apoiar um candidato tucano à prefeitura.

Foi o acordo Maluf-Alckmin que, semanas antes, tinha inviabilizado a candidatura de Russomanno pelo PP.

No PRB, o ex-deputado federal e apresentador de TV conseguiu o palanque que tanto queria.Desde então, Russomanno tem recorrido a um mantra para evitar falar sobre os 14 anos que serviu ao partido do ex-prefeito: "Quem tem que explicar o Maluf é o candidato petista", repete.

Ao longo de quase uma década e meia no PP, Russomanno já havia pleiteado a candidatura a prefeito de São Paulo em outras duas ocasiões: 2004 e 2008. Maluf ficou com a vaga nos dois anos.

Apesar dos embates com o líder da legenda, Russomanno sempre continuou no partido -que ainda se chamava PPB quando ele se filiou, egresso do PSDB, em 1997.

Russomanno disputou cinco eleições pelo PP. Obteve mandato de parlamentar em 1998, 2002 e 2006, tentou se eleger prefeito de Santo André, no ABC paulista, em 2000 e, em 2010, candidatou-se a governador.

Ele costuma falar do pleito de dois anos atrás como "um inferno", devido a sua alegada relação conflituosa com Maluf. Mesmo assim, fizeram campanha juntos desde o final de 2009, quando foi definida a pré-candidatura.

"Começamos a levá-lo a todas as regiões do Estado. Quando iniciava reuniões com lideranças do interior, ele rasgava elogios: dizia que o Maluf foi o melhor governador que São Paulo já teve", diz o secretário-geral do PP paulista, Jesse Ribeiro, aliado de Maluf.

Em entrevistas e debates, Russomanno defendia projetos e obras de Maluf, inclusive quando questionado sobre as acusações de corrupção contra o então colega de partido. Em debate da TV Record, em setembro de 2010, afirmou: "Ninguém pode negar as coisas boas que ele fez. Ninguém circularia em São Paulo se não fossem todas as avenidas que ele fez".

"Era uma defesa diplomática", diz o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), recém-incorporado ao "núcleo duro" da campanha de Russomanno. "Ele foi marginalizado pelo Maluf, sempre teve divergências pelo comando do PP."

À Folha Maluf disse "colecionar" os elogios que recebia do agora desafeto. "A relação pessoal nunca foi ruim. Ele sempre foi uma pessoa que me elogiou muito. Tenho aqui uma coleção de testemunhos das palavras generosas que ele disse para mim, que eu nem mereço tanto. Ele era um puxa-saco."

No fim de 1999, Russomanno apenas ensaiou uma mudança para o PMDB. Alguns de seus aliados afirmam que a relação teria se deteriorado em razão do aumento das denúncias contra Maluf.

Há controvérsias. No ano seguinte, ele foi apoiado pelo ex-prefeito na eleição de Santo André.

Um integrante do PP brinca que, até 2004, a relação dos dois era "beijo na boca".

MALUF "EM BAIXA"

"No começo, ele sempre acatava as ordens da liderança. O Maluf era a estrela do partido", afirma Jesse Ribeiro. "Quando Maluf entrou em baixa, ele começou um movimento contra ele."

Em 2004, quando pleiteava disputar a Prefeitura de São Paulo, Russomanno, que presidia o PP municipal, bancou a instauração de uma comissão de ética no partido para investigar as supostas contas de Maluf no exterior.

O objetivo era tirar o ex-prefeito da sigla. Maluf lançou-se candidato e foi homologado em convenção boicotada por Russomanno.

Um acordo pôs fim ao impasse, mas as divergências voltaram depois que Maluf ficou de fora do segundo turno. Russomanno apoiou o tucano José Serra -hoje seu adversário-, enquanto Maluf defendeu Marta Suplicy (PT).

Após a eleição, o PP municipal votou pelo afastamento de Maluf da legenda até a apuração as denúncias contra ele. Não deu em nada.

Dois anos depois, foi Maluf quem mobilizou aliados para pedir à Justiça Eleitoral o afastamento de Russomanno, que à época já era presidente estadual do PP. Uma liminar o manteve no cargo.

Malufistas reclamam da aliança que Russomanno havia firmado com o PMDB em 2006, colocando o irmão Attila, vereador na capital, como candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Orestes Quércia.

Ainda em 2006, candidato a deputado federal, Maluf elegeu-se com 739 mil votos. Celso Russomanno se reelegeu com 573 mil.
O ex-deputado Vadão Gomes (PP-SP) diz ter sido "mediador" de boa parte dos desentendimentos entre Russomanno e Maluf. Mesmo hoje, ele minimiza as refregas: "Os dissensos foram coisas naturais de dois grandes líderes".

A deputada Aline Corrêa (PP-SP) diz lamentar até hoje a saída de Russomanno: "Vejo com muito pesar. A gente queria trazer o PP um pouco mais para atualidade. O Celso reclamava muito disso, era natural que procurasse outro partido", afirma.

Aline e Russomanno tiveram uma discussão acalorada em 2008, tendo novamente como pano de fundo a eleição municipal.Ele havia perdido a vaga de candidato para Maluf. Ela fora indicada para vice. Em reunião em Brasília, pouco tempo depois de ela ser oficializada na chapa de Maluf, Aline teria sido ofendida por Russomanno e o empurrou.

Russomanno, que ficaria no PP por mais três anos e receberia o apoio de Maluf na eleição estadual, afirmou na época que não quis e "nem aceitaria" ser vice dele "porque quero a minha imagem bem longe da dele".Para Vadão Gomes, apesar de estar fora do PP, Russomanno "leva sem dúvida um pouco do malufismo com ele". Uma evidência, diz, é o foco que tem dado à segurança pública em seus discursos.

O cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC, parece concordar. Para ele, a herança dos votos do malufismo é um dos fatores que ajuda a explicar o bom desempenho de Russomanno nas pesquisas.

"É um eleitorado conservador, que se alinha numa crítica mais forte aos partidos de esquerda. Ele está surfando nessa onda", resume.Na Folha
Por: Helena™0 Comentários 
Também do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Posted: 16 Sep 2012 06:24 AM PDT
O discurso de Lula no comício de Haddad Prefeito em Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo:



O discurso do Haddad (PT) também foi excelente, mas o pensenovotv.com.br só vai disponibilizar durante o dia, no domingo.
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 15 Sep 2012 06:41 PM PDT
Por DiAfonso [Terra Brasilis]

Com  a nota abaixo, o jornalista Cláudio Humberto volta a perseguir, pelo viés do "português correto", o ex-presidente LULA.

A ridícula obsessão do jornalista tem nome: preconceito linguístico. Uma doença que afeta os puristas de uma língua que não resiste à realidade do português falado no Brasil.

O mais grave, porém, é Cláudio Humberto se valer de certas nomenclaturas e das normas da língua dita culta para cometer deslizes conceituais. Ele parece não saber nem o que é plural, pois separa essa flexão - própria das palavras variáveis, de um modo geral - do mecanismo de concordância. Como já foi dito aqui, o "plural" só toma vida no processo de concordância.

Só didaticamente é que se pode falar de "plural das palavras" isoladamente. O que não é o caso na nota ferina do jornalista.


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