SARAIVA 13
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- Vox: Russomanno 35%, Haddad 18%, Serra 17%
- Essa festa não era para nós
- O mito sobre a fragilidade do PT
- Mensalões, Joaquim Barbosa, Lula, FHC, prioridades e preferências
- Incêndios revelam desprezo da cidade com favelas
- Quais as verdadeiras razões da desidratação do "Jornal Nacional"?
- Segredos de Civita, parte 3. Civita: 'Foi Serra quem me obrigou a fazer a reportagem do Valério acusando Lula'
- O que o caso Marcos Valério conta sobre a mídia brasileira
- "Folha": o tanquinho de areia do tucanato
- Globo joga a toalha: Haddad passou Serra no tracking do PSDB, diz colunista
- Aécio tem 110 razões para ter cautela com mensalão
- Kassab triplicou valor de contrato em "homenagem" a Demóstenes
- Sexto sentido
- Tucanos e demo em exercício explícito de uso do óleo de peroba
- FHC, Cerra e a Ética. Macaco olha o teu...
- "Um mesmo ministro do Supremo investigar e julgar é do tempo da Inquisição"
- GOVERNO LULA (2010) + GOVERNO DILMA (2011) = 5 MILHÕES DE EMPREGOS FORMAIS
- Meu nome também é LULA!
- Divulga a fita Veja!!! PSDB, DEM e PPS pedem a Veja que mostra a fita com Marcos Valério
- Alô, Policarpo? Vá à agenda de Cachoeira
- Deputados do PT criticam Veja e cobram presença na CPI do Cachoeira
Posted: 19 Sep 2012 04:44 PM PDT
"Encomendada pelo PT, pesquisa eleitoral confirma tracking feito pelo PSDB: Fernando Haddad ultrapassou por um ponto o adversário José Serra, segundo adianta o jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo; situação é de empate técnico, com 18% a 17%, mas é a primeira vez que petista aparece em segundo lugar; Celso Russomanno mantém liderança com 35%
Brasil 247
Em seguida ao tracking do PSDB, que apontou Fernando Haddad um ponto adiante de José Serra, agora vem a informação de que uma pesquisa do Instituto Vox Populi, encomendada pelo PT, confirma esta situação. Com Celso Russomanno em primeiro lugar, com 35%, o levantamento mostra Haddad no segundo posto, com 18%, e Serra atrás, pela primeira vez nesta campanha, com 17%."
Matéria Completa, ::AQUI::
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Posted: 19 Sep 2012 04:38 PM PDT
Em 1984, durante a campanha das Diretas já, estava no Ginásio do SESC em Belém e diante da empolgação de alguns setores estudantis, que falavam em colocar um milhão de pessoas nas ruas, ouvi da boca de Tancredo Neves: calma gente, o povo só vai com a gente até um determinado ponto.
Depois da Ditadura Civil/Militar, quando a elite brasileira teve que colocar o serviço sujo nas mãos dos militares, era preciso voltar ao antigo esquema, refazer o pacto por cima.
Toda aquela conversa mole de Diretas Já, volta da democracia, já estava bem costurada e com os seus limites bem demarcados.
A festa não era para nós. Não era para o PT, a CUT, o MST e outros penetras. Definitivamente, não era para LULA ser presidente, para o PT ser governo.
Tudo o que estamos vivendo hoje, é a indigestão para as elites desse prato que desandou. A raiva que eles têm do PT, do LULA, do Zé Dirceu, do MST, da CUT, dos sindicatos... É a raiva da derrota, é a vontade de vingança.
O que todos nós precisamos compreender é que nada está ganho, nada está resolvido. A Guerra nunca acabou. Vencemos muitas batalhas, batalhas importantes, mas a Guerra continua. O mundo do dinheiro, da grana fácil, está cercado no mundo inteiro. Milhões de pessoas em todos os países começam a entender que a miséria não é um dado da natureza.
Não é um dado que determina quem vai ficar no lado dos 1% que têm tudo e quem vai ficar do lado dos 99% que vivem na precariedade cada dia mais humilhante.
O PT, a CUT, o MST, têm sido bons navios de guerra, mas as seguidas batalhas que vencemos colocaram o Brasil e o seu povo num outro patamar histórico. É esse o dilema que vivemos, será que nossa armada está atualizada para as novas batalhas?
O poder econômico e material das elites é infinitamente maior que o nosso, felizmente somos muitos e temos alguns grandes companheiros do nosso lado. Temos também a criatividade e a inteligência que sempre fazem a diferença nas lutas dos pobres. LULA é o melhor exemplo.
Mas agora o avanço está exigindo novos tipos de armamento, novas estratégias, alianças mais dinâmicas e firmes. As moléculas precisam de mais calor entre elas, mais agitação e entrosamento. O caldo tem que ferver, mas não pode entornar pra cima da gente.
O nosso governo, o PT, a CUT, o MST, Sindicatos, movimentos sociais, redes sociais, militantes, listeiros, blogueiros... Precisam compreender a necessidade de novas e mais firmes alianças, precisam articular e conversar mais. A Luta é de todos.
Que nenhum desses agentes imagine ou se iluda que pode ganhar essa guerra fazendo tréguas ou concessões para as elites. Nós só temos uma alternativa: é continuar avançando.
A responsabilidade do PT e do nosso governo é enorme nesse processo. A máquina eleitoral do PT é importante e necessária, mas o partido não pode achar que isso é tudo. O PT não pode esquecer de onde veio, o PT e o governo não podem continuar fingindo que a questão da comunicação é um problema jornalístico e/ou dos jornalistas.
Todos os nossos navios precisam ter uma fala clara e orgânica para o povo. Precisamos urgente de um aparato de comunicação que comunique nos dois sentidos e seja capilar. Precisamos de rádios, jornais de bairros, jornais de ônibus, TV pública e de bairros, internet com banda larga e barata, escolas e pontos de cultura interligados, jornais nas feiras, uma grande agencia de noticias de esquerda produzindo a nossa agenda e o nosso conteúdo.
Mão na massa gente, o resto é chororô.
Adauto Melo
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Posted: 19 Sep 2012 03:13 PM PDT
Do Viomundo - publicado em 18 de setembro de 2012 às 22:50
por Luiz Carlos AzenhaPrender José Dirceu e interditar Lula. Está clara a estratégia da direita brasileira, ou pelo menos daquela que se organiza em torno do PSDB e do — na feliz definição da Carta Maior — consórcio midiático. Sim, porque há a direita no poder, em coligação com o PT e beneficiária das políticas do PT, mesmo daquelas que ajudam direta ou indiretamente um grande número de brasileiros. O Prouni, sem dúvida, é também um grande negócio para os empresários da educação. A desoneração do setor automotivo preserva empregos e estimula a economia, mas permite às montadoras grandes remessas de lucros. Em 2014 o PT completará 12 anos no Planalto. Tem governadores em estados importantes, como a Bahia e o Rio Grande do Sul. Controla centenas de prefeituras. Elege milhares de vereadores. Aparece consistentemente nas pesquisas como o partido da preferência de um grande número de brasileiros. Tem grandes bancadas na Câmara e no Senado. Controla bilhões de reais em orçamentos. Aliados do PT governam cidades e estados importantes. A situação da oposição é, esta sim, desesperadora. Apesar da crise econômica, Dilma é favoritíssima para a reeleição. Lula, hoje, é imbatível. A perspectiva é de mais três mandatos petistas em Brasília. Como disse Álvaro Dias, no debate com o senador petista Jorge Viana, a oposição brasileira é menor que a da Venezuela. O tucano atribui isso ao "poder de convencimento" do PT, do qual o mensalão seria um exemplo. Eu diria que o governismo é assim mesmo, especialmente em um Executivo com crescente poder de arrecadação e investimento. Os partidos gravitam em torno da caneta salvadora. Olhem o estado da oposição em São Paulo e vocês vão entender. O desespero é justificável: apesar do julgamento do mensalão, os tucanos correm o sério risco de perder justamente sua maior arrecadação, na Prefeitura de São Paulo. Isso, no ninho tucano. Seria o equivalente ao PT perder de lavada as eleições no Nordeste com Lula candidato. A derrota de José Serra em São Paulo — que, em minha opinião, nem de longe é certa — terá um impacto tão devastador no PSDB quanto a prisão do "núcleo político" do mensalão. Vitimizar o Lula, mais adiante, não parece ser uma grande ideia. Atacá-lo agora, sim, já que qualquer murmúrio da oposição é transformado em clamor pelo consórcio midiático. Tensionar o ambiente é importante para revigorar as tropas, convencer indecisos e ocupar espaços. É campanha eleitoral — esqueceram? — e PSDB e PT disputam o direito de ir ao segundo turno na eleição municipal mais importante desta temporada. .
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Do Blog ContrapontoPIG.
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Posted: 19 Sep 2012 02:58 PM PDT
Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
O futuro presidente do STF, juiz Joaquim Barbosa, vai assumir o cargo em novembro quando o mandatário atual, juiz Carlos Ayres Britto, vai se aposentar. Acontece que o condestável juiz, que recentemente afirmou que não dá satisfações a ninguém, é o relator do processo do mensalão do PSDB e já avisou que não vai levar o caso a ser resolvido para o gabinete da presidência da instituição. Todavia, o juiz que assume a Corte pode levar os processos que estão sob sua responsabilidade para relatar, conquanto que estejam prontos para iniciarem o julgamento e às votações dos 11 juízes do Supremo. Quem será, então, o responsável pela relatoria do mensalão dos tucanos cuja figura central é o ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo? De acordo com um magistrado do STF, o juiz (ou juíza) que assumir a relatoria será o nomeado pela presidenta Dilma Rousseff, logo após a aposentadoria de Ayres Britto.
Entretanto, o magistrado disse o seguinte: "o mensalão tucano está longe disso", ou seja, ainda não se sabe quando tal escândalo do PSDB será julgado, apesar de esse caso escabroso ter sido o primeiro dos mensalões ocorrido na década de 1990, e que está, neste momento, engavetado em alguma repartição do STF, da PGR do procurador Roberto Gurgel e escondido e proibido de ser manchete na imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?), porque a PGR e a imprensa formam, juntamente como alguns juízes do STF uma frente de oposição aos governos trabalhistas de Lula e Dilma. Realmente, a eleição de São Paulo mexe muito com a cabeça e arma os espíritos dos conservadores.
Falo isto sempre, o que já considero um mantra. Mas fazer o quê? Paciência. E por quê? Porque tem de ficar claro às pessoas que existe no Brasil um movimento orquestrado pela direita midiática aliada à direita partidária (PSDB e o pequeno DEMo) e às instituições do Judiciário, como o STF e a PGR, que historicamente no Brasil grande parte de seus membros tem sua origem na burguesia, nas oligarquias, e, quando não a tem, seus valores ideológicos são conservadores, e, consequentemente, contrários às mudanças e às reformas estabelecidas e efetivadas pelos governantes trabalhistas
Esses fatos não são novos e não são novidades. Aconteceram as mesmas coisas, as mesmas tentativas e concretizações de golpes de estado contra os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Não esqueçamos que temos uma elite das mais cruéis do mundo. Eu a considero a pior de todas as elites econômicas do planeta. Elas são simplesmente selvagens. Golpeiam e rasgam as constituições e apoiam golpes, como os que ocorreram recentemente no Paraguai e em Honduras.
Ressalto ainda que tais "elites" tem ainda o apoio de parte significativa da classe média, que é rancorosa, ressentida e alienada, pois não percebe que igualar as pessoas dentro de um contexto sensato, realista e possível gera estabilidade social, pois dessa forma se diminui a violência, o desemprego e se aumenta as oportunidades de emprego e de acesso ao ensino, inclusive o superior. Parte da classe média reacionária é simplesmente burra, pois não percebe que quando todos ganham e tem oportunidades se constrói com mais facilidade uma sociedade humana, livre, democrática e principalmente justa.
Por sua vez, volto à tona, e afirmo: o "mensalão" do PT não é um julgamento apenas jurídico. Ele é político e de tendência golpista, pois usado pela imprensa de negócios privados como uma ferramenta, uma arma de combate ao PT, que é a trilha para desestabilizar o Governo Dilma e, consequentemente, desconstruir a figura de Lula, político de grandeza internacional, socialista e trabalhista, que não foi, de forma alguma, cooptado pela direita nacional e internacional, não traiu seus princípios políticos e ideológicos, não abraçou os dogmas do Consenso de Washington de 1989, que implementou, durante duas décadas, o sistema de exploração global mais cruel de todos as eras conhecido como neoliberalismo, que foi, de forma definitiva e retumbante, derrotado pelo seu próprio fracasso.
Lula não foi cooptado como o foi o fracassado FHC, aquele do apagão energético, do afundamento da maior plataforma de exploração de petróleo do mundo — a P-36, da compra de votos da sua reeleição, dos correligionários que criaram os mensalões do DEM e do PSDB, da doação do patrimônio público brasileiro, conhecida também como Privataria Tucana e da ida ao FMI por três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque o Brasil administrado pelo FHC, o Neoliberal, quebrou três vezes. O sociólogo que não conhece o povo brasileiro e sua equipe governamental são geniais, não são?
Contudo, os tucanos tem dois fatores importantes ao seu lado: a imprensa e os homens de toga filhos das oligarquias. E se não fossem eles, tal gente não teria condições de concorrer quaisquer eleições majoritárias. Lula sai do poder com 94% de aprovação popular, e quem quer governar são togados nomeados e barões de imprensa golpistas que pensam que falam pela totalidade do povo brasileiro. Durma-se com um barulho desses. Todos os mensalões tem de ser julgados tão rápidos como o do PT e de preferência, como ocorre no momento, em ano eleitoral. A Justiça é para todos. E o Judiciário é de todos. Quem vai chamar o procurador Roberto Gurgel às falas? Boa sorte em novembro, senhor J. Barbosa, apesar de suas prioridades e preferências. É isso aí.
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Posted: 19 Sep 2012 02:49 PM PDT
Quatro ou cinco páginas do jornal por dia falam sobre o mensalão. Outras tantas, da eleição municipal, mais ou menos como se ela fosse um apêndice do julgamento.
Enquanto isso, desastres contínuos apavoram a população mais vulnerável de São Paulo: incêndios seguidos se alastram em suas favelas. Não merecem mais do que o prestígio que a imagem da desgraça oferece: uma foto na capa.
Mas não seria o caso de se investigar seriamente para saber por que, afinal de contas, tantas favelas começaram a pegar fogo sem parar?
O tempo seco certamente não explica – nos últimos anos, as favelas vem sendo incendiadas nas quatro estações. Mais de duzentas em seis anos.
Difícil crer que comportamentos imprudentes ou desavenças pessoais começaram a explodir por todos os lados, como uma epidemia. E somente em São Paulo.
Alguns estudos têm relacionado os incêndios nas favelas à valorização de seu entorno, como se fossem uma espécie de terraplanagem para a especulação imobiliária. Seria deprimente se se constatasse verossímil.
O fato é que a questão está intrigando menos do que deveria. A imprensa, por exemplo, parece estar muito mais preocupada em produzir consequências de suas denúncias antigas, do que investigar fatos assim alarmantes.
O Ministério Público já anunciou interesse em enfrentar a questão – e é bom que se detenha nela. Seu papel é valioso não apenas por suspeitas de crime que envolvem os incêndios, como pelo esvaziamento das políticas públicas de controle dos desastres.
Afinal, que outra função mais relevante pode ter o poder público do que a de salvar vidas?
É preciso tomar cuidado para que não nos acostumemos à tragédia. Corre-se o risco de que com a repetição frequente dos incêndios, sem qualquer solução, o desastre se incorpore como rotina.
O fato de termos nos acostumado às favelas já é por si só um escândalo.
As precaríssimas condições de submoradia deixaram de nos constranger para ingressar no cotidiano de uma realidade aparentemente imutável, como se fosse ela mesmo fruto da natureza.
O trabalho escravo começa a despertar nossa atenção e causar repulsa. Mas a moradia servil já virou assunto batido.
O sonho de urbanização está cada vez mais remoto. As cidades têm prioridades diversas daquelas que uma reforma urbana impõe.
Preocupações estéticas ou higienistas guiam remoções, para que a pobreza explícita não atrapalhe os grandes eventos esportivos, nos quais alvenaria e cimento ficam por conta de construções mais importantes, como os estádios.
Mas daí a sermos omissos com as queimadas urbanas, de casas e de vidas, é algo simplesmente inaceitável.
Faz cinquenta anos que Jamelão imortalizou o barracão de zinco pendurado no morro. Mas quem hoje estaria em condições de repetir: Tua voz eu escuto/Não te esqueço um minuto?
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Posted: 19 Sep 2012 02:40 PM PDT
Dois mitos que caem juntos. O primeiro, de que o "Jornal Nacional", da Globo, seria um telejornal imbatível, inatingível e intocável. Não é nada disso. O principal telejornal da Globo lamenta estar sendo muito prejudicado no período da veiculação do horário político eleitoral e já viu 20% de sua audiência ir embora. A informação está na coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha.
Realocado para mais cedo na grade de programação da Globo, para dar espaço à propaganda política, o "JN" sofre com a migração de público para a TV paga e ainda enfrenta um adversário forte em audiência: a novelinha infantil "Carrossel" do SBT.
E a queda do JN pode estar se dando, ainda, por outras razões. Por exemplo, pelo fato de as notícias serem velhas uma vez que foram divulgadas na internet durante o dia. Ou ainda devido ao enorme tempo dedicado ao julgamento no Supremo, uma decisão política dos Marinhos e que revela que a mídia brasileira ainda não sabe lidar com as novas mídias e com a nova realidade política e social do país.
A Globo usa seus telejornais para fazer oposição ao governo, quando a imensa maioria da população apoia o governo. Recusa a regulação e a concorrência, o pluralismo e a diversidade... Enfim, mantém-se fiel ao discurso único, forçando a mão numa imagem que não bate com a realidade do país.
A queda
A média do "JN" de janeiro a agosto deste ano, quando ia ao ar na faixa a partir das 20h30, é de 30,4 pontos. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP. Com o início do horário eleitoral, dia 21 de agosto, o noticiário passou a ir ao ar meia hora mais cedo, às 20h. Sua média de audiência, de 21 de agosto (início da propaganda eleitoral) a 13 de setembro, caiu para 24,3 pontos.
Uma queda de seis pontos de audiência. O IBOPE do jornalístico chega a ser menor que o do próprio horário político na Globo. A propaganda eleitoral teve média na rede de 24,9 pontos até o último dia 13.
A novelinha "Carrossel" parece ter sentido menos o baque da propaganda política no Ibope. Caiu da média de 13,5 pontos para a casa dos 12 pontos, nos últimos dias. É a Globo quem diz: "Carrossel" também perdeu público com o horário eleitoral: perdeu cerca de 13% de audiência, dizem eles. Na verdade, 11,1% pelos números dados aqui. Bem menos do que os 6 pontos do "JN", que equivalem a uma queda de 19,7%.
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Posted: 19 Sep 2012 02:17 PM PDT
Se você não leu as partes I e II, clique aqui e confira Os segredos do tucanoduto. Civita acusa: 'Serra me usou como um boy de luxo. Mas agora vai todo mundo para o ralo' e Os Segredos de Civita, parte 2. Os planos da quadrilha incluíam Serra no Planalto e Demóstenes no STF. Ou então, prossiga:
Dos tempos em que gozava das intimidades do poder em Brasília, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Roberto Civita diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do tucanoduto transitavam no coração do governo FHC, antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país – a privataria tucana. Civita lembra das vezes em que José Serra, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro lhe servia de pernoite. "O Serra dormia (se é que se pode usar a palavra em relação a ele) no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com FHC à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro." Civita deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada.
Sobre sua aproximação com Serra, Civita conta que, diferentemente do que os petistas dizem, ele conheceu Serra durante a campanha de 2002. Já o conhecia anteriormente, mas só a partir de sua campanha à presidência tornaram-se mais íntimos. FHC lhe disse que Serra precisava de uma imprensa que repercutisse o que os agentes da PF a serviço de Serra conseguiam sobre os adversários. "Ele precisava da Veja para publicar o escândalo. Depois a Globo repercutia e o Nove Dedos caía nas pesquisas".
Só que isso não aconteceu e Lula foi eleito. Manteve-se o esquema, mas agora com o objetivo de derrubar o Nove Dedos e trazer os tucanos de volta ao poder. A parceria deu certo e desaguou no chamado mensalão do PT, uma parceria entre os arapongas de Serra e um bicheiro de Goiás, que hoje todos conhecem como Carlinhos Cachoeira.
Mas, nem isso, nem a provável condenação de todos os petistas pelo STF, parece servir de alguma coisa para José Serra. Por isso, Civita não se assustou quando recebeu uma vista, às três da madrugada, do candidato tucano à prefeitura de São Paulo. Com a "sutileza" que o caracteriza, Serra ordenou a Civita que a Veja ligasse diretamente Lula ao mensalão, para que ele não pudesse mais fazer campanha para Haddad. Tinha que ser uma matéria agressiva, definitiva. "Você tem que dizer que Marcos Valério declarou à Veja que Lula sabia de tudo e era o chefe do mensalão".
Civita providenciou a reportagem e a enviou na terça-feira, para aprovação. "Foi Serra quem me obrigou a fazer a reportagem do Valério acusando Lula" - disse a amigos. Serra aprovou, mas fez uma ressalva: "Tem que por aspas, tem que colocar como se Valério estivesse afirmando aquilo". Civita quis argumentar que aquilo queimaria a revista. Mas Serra foi intransigente: "Quem não pode se queimar sou eu. Se eu não me eleger, vocês perdem tudo da prefeitura e vão entregar o governo de São Paulo para o PT daqui a dois anos. Adeus, livros didáticos. Adeus, assinaturas das revistas. Adeus, parcerias. Nada de trololó. Bota aspas e depois se virem para dizer que ele declarou tudo aquilo. Vocês são especialistas nisso".
Sem alternativa, Civita concordou. Pensou em ir falar com Policarpo, seu diretor em Brasília, especialista nesse tipo de manobra. Mas se conteve. Teria de falar com ele pessoalmente, pois o telefone poderia estar grampeado. Mas guarda ainda fresca na memória a surpresa que teve ao fazer uma visita inesperada ao diretor. Ao entrar na sala, encontrou Policarpo sentado na cadeira, calça e cueca abaixadas até o tornozelo, com um homem quase careca ajoelhado à sua frente, aparentemente... A palavra que lhe veio à cabeça foi "fellaccio"... Quem era o careca? (continua amanhã)
(O Blog diz que as afirmações foram feitas a diversos interlocutores. Procurado por nossa equipe, que atravessou a Dutra numa Kombi comprada com o Bolsa-Twitter, Civita não foi encontrado, não quis dar entrevista, mas não desmentiu nada. A maior parte desta reportagem foi copiada da própria Veja, trocando apenas os nomes das pessoas para dar veracidade às informações. Tentamos também contacto através de nosso celular. Mas nosso plano Infinity da Tim não permitiu que nenhuma ligação se completasse.Por isso não conseguimos entrevista com Civita, Serra ou FHC, mas, frisamos, nenhum deles desmentiu nada. E, por favor, ministro Paulo Bernardo e Anatel, vamos dar um jeito nessa pouca vergonha das operadoras, ou aumente a nossa Bolsa-Twitter) Leia também: | ||
Posted: 19 Sep 2012 02:00 PM PDT
Paulo Nogueira
Na condição de jornalista independente e apartidário, pronto a reconhecer méritos e defeitos de FHC ou de Lula ou de quem mais for, não posso deixar de comentar o episódio Marcos Valério e Lula. Minha experiência em redação pode eventualmente ajudar o leitor a entender melhor o que vê publicado.
Na essência, este caso ajuda a entender uma coisa: por que o poder de influência da grande imprensa se esvaiu tanto nos últimos anos. Note: não faz tanto tempo assim, Roberto Marinho era tido como a pessoa mais poderosa do país, capaz de eleger ou não quem quisesse. Sucessivos presidentes machucavam as costas para se curvar a Roberto Marinho e obter seu apoio, tido como fundamental.
Pela terceira vez seguida, a Globo não foi capaz de eleger seu preferido para a eleição presidencial. Todo o empenho de jornalistas em postos importantes da casa – de Kamel a Merval, de Noblat a Míriam Leitão, de Bonner a Waack, isso para não falar de colunistas como Jabor e entrevistados frequentes como Demétrio Magnoli – foi insuficiente para convencer os eleitores a votarem como a Globo desejava que votassem.
Isso é um dado importante e objetivo: esforço não faltou. Faltou foi poder de persuasão. Faltou foi influência. Faltou foi um conjunto de argumentos que fizessem sentido. Não apenas para a Globo, evidentemente, mas para a grande imprensa como um todo.
Donos e editores já deveriam há muito tempo ter parado para tentar entender por que sua voz não está sendo ouvida. Você pode fingir que o problema está neles, nos eleitores. Ou pode enfrentar os fatos corajosamente e ver que correções pode fazer em sua trajetória. Alguém já disse e repito aqui: maus editores fazem mais estragos para a imprensa estabelecida do que a internet.
E então chegamos a Marcos Valério. A notícia que parece incendiar os comentaristas políticos é a seguinte: Marcos Valério afirma que Lula era o chefe do mensalão. Mais precisamente: Marcos Valério teria afirmado.
Foi capa da Veja. Segundo Noblat, a Veja gravou uma fita com a acusação de Marcos Valério.
Vamos considerar o cenário mais favorável a quem é contra Lula: Marcos Valério de fato falou, e a fita existe.
Ainda assim: uma acusação de Marcos Valério tem valor de prova para que se publique e se repercuta com tanto calor? É legítimo publicar o que quer que Marcos Valério diga – sem evidências que as sustentem? Se as há, se existe algo além da palavra duvidosa ainda que gravada de Marcos Valério, retiro tudo o que disse acima sobre o episódio. (Leio agora que a revista decidiu não publicar a suposta fita.)
Em países em que a sociedade é mais avançada, você precisa muito mais do que as palavras de alguém para publicar acusações graves – ou terá que enfrentar a Justiça. Foi o caso célebre de Paulo Francis. Francis teve o azar de chamar diretores da Petrobras de corruptos em solo americano. Os acusados puderam processá-lo na Justiça americana. Onde as provas? Os amigos dizem que Francis morreu por conta do desgaste emocional deste caso, e acredito. Se o processo corresse na Justiça brasileira, não daria em nada, evidentemente.
Um dia o jornalismo brasileiro terá também que fazer uma autocrítica em relação ao caso Collor. Não que se tratasse de um caçador de marajás. Mas o que mais pesou em sua queda foram palavras – a famosa entrevista de Pedro Collor. Estava certo publicar o que Pedro Collor afirmara como se fosse verdade indiscutível?
Na época, quando conversava com outros jornalistas sobre a capa de Pedro Collor, a pergunta que eu fazia era a seguinte: imagine que o irmão do presidente americano bate na redação do New York Times e conta histórias horríveis. O Times publicaria?
O público não deve entender como alguém que segundo Pedro Collor cometeu tantos crimes acabou sendo absolvido pelo Supremo Tribunal Federal e está aí, militando na política. Não havia provas, segundo o STF. Mas então qual a sustentação da entrevista de Pedro Collor? Palavras? É pouco.
No presente caso, pelo pouco que li, vi a velha cena tão comum nos últimos dez anos. Uma acusação – ainda que partida de Marcos Valério, ainda que sem provas — vai tomando ares de extrema gravidade na grande imprensa. Alguém dá, e depois vem a repercussão previsível. Leio que Merval chegou a falar em cadeia.
O público não me parece tão convencido assim da importância do assunto. Observei que no site da Folha e do Estado o tema não é sequer o mais lido do dia. Ocupava, quando verifiquei, uma modesta quinta posição. Russomano – já nem lembro por que – despertava muito mais interesse no leitor.
O leitor não é bobo. Mas a mídia estabelecida o trata como se fosse, e sua perda de influência deriva, em grande parte, desse erro de avaliação. Nos dezesseis anos que compreendem as gestões de FHC e Lula, o Brasil avançou consideravelmente. A grande imprensa, infelizmente, não conseguiu acompanhar este avanço.
Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.
Marcadores: Marcos Valério, mídia corporativa, Paulo Nogueira
Leia mais em: O Esquerdopata Under Creative Commons License: Attribution Do Blog O Esquerdopata. | ||
Posted: 19 Sep 2012 01:39 PM PDT
"O jornal da familia Frias que já teve Claudio Abramo e Perseu Abramo na direção, e que abriu espaço a intelectuais progressistas em plena ditadura, tornando a página 3 do diário uma tribuna de dignidade e arrojo histórico, hoje está entregue a adeptos do jornalismo de 'pegadinha', uma derivação intelectual dos programas de auditório em que clowns 'animam' claques adestradas na semi-informação e na semi-cultura.
A manchete garrafal desta 4ª feira distorce uma representação legítima do PT contra o programa eleitoral de José Serra, que manipula o deliberadamente desfrutável julgamento do STF para criminalizar o partido e seu candidato em São Paulo, tentando degradá-lo diante da opinião pública. Pinçando palavras da representação levada à Justiça Eleitoral, criou-se a manchete da conveniência tucana: 'Haddad diz que é degradante associá-lo a Dirceu'. O malabarismo, quase uma extensão da propaganda de Serra, ocupa duas linhas de quatro colunas no alto da 1ª página do jornal.
O esforço, sôfrego, para resgatar o candidato de sua preferência da esférica rejeição que o soterra mereceria um pouco mais de respeito ao eleitor de uma democracia arduamente conquistada, que teve na Folha um engajamemto de desassombro e compromisso com o país e com o discernimento da sociedade. A infantilização do jornalismo praticado hoje desidrata um patrimônio que não pertence apenas aos donos da empresa, num evidente desrespeito à abrangência ecumênica de seu universo de leitores. A exemplo de 'Veja', a 'Folha' tornou-se um 'case acadêmico' de perda de densidade republicana da chamada grande imprensa brasileira em nosso tempo. Deixou de ser referência para ser referido: um caso de ruína deliberada da credibilidade. "
Enviada por: Nogueira Junior/ 12:380 Comentários
Do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 19 Sep 2012 01:31 PM PDT
O tracking telefônico diário feito pelo PSDB mostrou ontem à noite que o candidato do PT, Fernando Haddad (foto), ultrapassou o tucano José Serra. De acordo com o levantamento, Haddad está um ponto na frente de Serra, o que, na verdade, configura empate técnico. Ainda assim, representa uma grande alteração no quadro. É a primeira vez os trackings do PSDB mostram o petista na dianteira de seu próprio candidato. Segundo a sondagem, o candidato do PRB, Celso Russomanno, segue estável em primeiro lugar. Depois dessa notícia a assessoria do tucano emitiu nota para apagar o incêndio, negando ser estes os húmeros. Ah, tá! Do Blog Os Amigos do Presidente Lula. | ||
Posted: 19 Sep 2012 01:26 PM PDT
Na lista do mensalão mineiro, ele aparece como receptor de R$ 110 mil pagos por Claudio Mourão, tesoureiro do ex-governador Eduardo Azeredo, para sua campanha
O julgamento da Ação Penal 470, conhecida como mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal, está firmando jurisprudência no Brasil. Não importa se quem recebeu recursos do chamado "valerioduto" utilizou o montante para pagar dívidas de campanha ou se vendeu seu apoio parlamentar a quem pagou. Qualquer que seja a destinação, como disse a ministra Rosa Weber, trata-se de crime.
Ontem, em Belo Horizonte, o senador mineiro Aécio Neves, que está engajado na campanha à reeleição em Belo Horizonte de Marcio Lacerda (um dos maiores sacadores do esquema, mas esquecido na Ação Penal), falou sobre o mensalão. Disse ele que "quem agiu com irresponsabilidade, quem utilizou o mandato, o poder público para benefícios pessoais ou partidários, deve pagar".
Quando foi perguntado sobre as acusações de Marcos Valério ao ex-presidente Lula, numa "entrevista" já negada pelo próprio entrevistado, Aécio sugeriu "cautela". Talvez porque a entrevista não seja propriamente uma entrevista. Mas talvez porque seu nome também apareça na lista dos beneficiários do mensalão mineiro, que, mais cedo ou mais tarde, terá que ser julgado.
Em 1998, quando Eduardo Azeredo concorreu à reeleição e foi derrotado por Itamar Franco, sua campanha foi coordenada por Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro de Lula, e hoje presidente do PSB em Minas Gerais. Naquela eleição, o valerioduto foi montado para apoiar candidatos do PSDB não apenas de Minas, mas também de outros estados. Na lista do tesoureiro Cláudio Mourão, que tocou a parte financeira da campanha de Azeredo, aparece o nome de Aécio Neves, que teria recebido R$ 110 mil para sua campanha a deputado federal. Depois disso, Aécio foi presidente da Câmara dos Deputados, assim como o réu João Paulo Cunha, que está prestes a ser condenado e preso na Ação Penal 470.
Ao discursar diante de intelectuais na tarde de ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu votos para José Serra afirmou que o mensalão marca o reencontro da política com a moralidade, mas a lista de heróis morais no campo político brasileiro é relativamente pequena. A sede de sangue da oposição poderá, em breve, atingir suas próprias estrelas.
(Leia aqui matéria da revista Istoé que aponta o nome de Aécio Neves na lista do mensalão mineiro, como receptor de R$ 110 mil)
Postado por zcarlos às 16:30Nenhum comentário:
Marcadores: Aécio, Eduardo Azeredo, Mensalão, PSDB, Tucanos
Do Blog COM TEXTO LIVRE.
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Posted: 19 Sep 2012 11:32 AM PDT
Cachoeira e suas digitais em Sampa
Os técnicos da CPI do Cachoeira acabam de concluir um levantamento completo de todos os contratos firmados em São Paulo, governo estadual e prefeitura da capital, com a Delta Construções, ligada ao esquema criminoso comandado pelo bicheiro. É coisa de 1,2 bilhão de reais. O resultado, além de revelador sobre as relações dos governos do PSDB com a empresa-mãe da quadrilha de Cachoeira, trouxe à tona uma suspeita sobre os bastidores dos negócios milionários fechados na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), sob a influência do senador cassado Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Uma interceptação telefônica realizada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo captou um diálogo entre Cachoeira e Cláudio Abreu, diretor da Delta na Região Centro-Oeste, onde ambos discutem contratos da empreiteira com a prefeitura de São Paulo. No grampo, de 31 de janeiro deste ano, o bicheiro pergunta a Abreu o resultado de uma conversa do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish com Kassab sobre um contrato ainda não identificado. O diretor da construtora faz uma revelação: em consideração ao então senador Demóstenes Torres, o prefeito de São Paulo teria triplicado os valores do tal contrato. A conversa é a seguinte, retirado do áudio ao qual CartaCapital teve acesso:
Carlinhos Cachoeira: Outra coisa, Cláudio, você falou pro Fernando (Cavendish) do negócio lá do Kassab?
Cláudio Abreu: Ih, cara… Eu vou encontrar com ele mais tarde, eu vou voltar lá pra dar um retorno pra ele. Mas fala aí, o que é o negócio lá? Do contrato, né? Ele fez as coisas lá, né? Até pelo professor (Demóstenes Torres), né?
Cachoeira: Ele (Kassab) falou que triplicou o contrato por ele (Demóstenes).
De acordo com o levantamento feito pela CPI, a prefeitura de São Paulo tem três contratos com a Delta, firmados entre 2004 e 2012, num valor total de 307,6 milhões de reais. Um da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), de 93,7 milhões de reais. Um de urbanização da favela de Paraisópolis, via Secretaria de Habitação, de 15,4 milhões de reais. E um da São Paulo Transporte S.A. (SPTrans), de 12,2 milhões de reais. Pela data do grampo da PF, não é possível detectar exatamente qual dos contratos teria sido triplicado, pois todos abarcam também o ano fiscal de 2012. Segundo Emerson Figueiredo, assessor de imprensa da prefeitura, Kassab "desconhece o diálogo, seus supostos autores e considera improcedente o seu conteúdo".
As relações entre a Delta e o governo estadual tratam de cifras maiores, cerca de 943 milhões de reais, em valores corrigidos, referentes a contratos firmados durante os governos tucanos de José Serra (765 milhões de reais) e Geraldo Alckmin (178 milhões de reais), entre 2002 e 2012. Os negócios foram firmados a partir de demandas de cinco estatais: Desenvolvimento Rodoviário (Dersa), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A principal obra contratada pelo governo estadual à Delta, na gestão de Alckmin, é o chamado Consórcio Nova Tietê, de ampliação da avenida marginal ao Rio Tietê, no valor de 149,9 milhões de reais. O contrato valeu de 22 de junho de 2009 a 10 de abril de 2012. Ao analisar a transferência de recursos do consórcio para a conta da Delta, os técnicos da CPI concluíram que as empresas envolvidas na obra não possuem controle de compensação de créditos e débitos. Dessa forma, uma empresa pode ter subcontratado a outra e pago o valor total pelo serviço. Por esse artifício, a diferença de eventual desvio de dinheiro público, por meio de superfaturamento ou pela falsa notificação de entrega real do serviço, é devolvida ao subcontratante, sem fiscalização alguma.
A Delta pode ter acertado um esquema de lavagem de dinheiro por meio de subterfúgios burocráticos. Além disso, segundo a avaliação da CPI, as empresas subcontratadas pela construtora possuem entre si contratos mútuos de diferentes obras, serviços ou negócios (lícitos ou ilícitos) e fazem pagamentos entre si sem compensar valores por meio de controle contábil (oficial ou não).
As informações da CPI a respeito dos contratos estaduais coincidem com um levantamento anterior feito pela repórter Conceição Lemes, do site Viomundo, com base em dados do blog Transparência São Paulo, especializado em análise de contas públicas. A partir dessas informações, foi possível detectar que o contrato da Dersa, referente às obras no Tietê (415 milhões de reais) foi assinado por Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, diretor de Engenharia do órgão até abril de 2010, e pelo presidente da estatal, Delson Amador, que acumulava a superintendência do DER.
Intimamente ligado aos tucanos, Paulo Preto foi apontado como arrecadador de campanha do PSDB e chegou a ser acusado de sumir com 4 milhões de reais supostamente destinados à campanha presidencial de Serra em 2010. Os nomes dele e de Amador aparecem ainda em outra investigação da Polícia Federal, a Operação Castelo de Areia, na qual executivos da construtora Camargo Corrêa foram acusados de comandar um esquema de propinas em obras públicas.
Em 1997, durante a presidência do tucano Andrea Matarazzo, Delson Amador virou diretor da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), depois privatizada. Era responsável pela fiscalização de obras tocadas pela Camargo Corrêa, como a Usina de Porto Primavera e a Ponte Pauliceia, construída sobre o Rio Paraná para ligar os municípios de Pauliceia, em São Paulo, e Brasilândia, em Mato Grosso do Sul. Amador foi chefe de gabinete de Matarazzo na subprefeitura da Sé, na capital paulista.
Uma certidão emitida pela Junta Comercial de São Paulo revela que Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta para São Paulo e o Sul do Brasil, aparece como representante legal do Consórcio Nova Tietê. Escutas realizadas pela PF demonstram que Puccini é um dos interlocutores mais próximos de Carlinhos Cachoeira. Documentos da Operação Monte Carlo o apontam como um dos elementos da quadrilha que preparavam editais para ganhar licitações públicas.
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Posted: 19 Sep 2012 11:29 AM PDT
Leia mais em: O Esquerdopata Under Creative Commons License: Attribution Do Blog O Esquerdopata. | ||
Posted: 19 Sep 2012 11:24 AM PDT
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu tradicional aliado em todas as eleições, o deputado ACM Neto (DEM-BA), agora candidato a prefeito de Salvador, decididamente não levam em consideração aquele ditado de que "macaco não olha para a cauda".
Com a carga de escândalos que o ex-presidente têm em seus dois governos e com a que tem o partido do deputado, eles virem agora, na campanha, posar de arautos da moralidade pública, francamente... Mas, é o que aconteceu.
Em ato com artistas e intelectuais numa sala de cinema na avenida Paulista, falando a reitores de universidades, atores, historiadores e integrantes de seu governo o ex-presidente FHC classificou a candidatura José Serra - na 4ª vez que este disputa a prefeitura paulistana - como sinônimo de "recuperação da moral" na política.
Ninguém escamoteia o fato de o PSDB ser o campeão de ficha suja
Vejam vocês a que ponto chegamos e de que é capaz o ex-presidente para ajudar seu candidato a prefeito, José. Ao ponto de apresentá-lo como símbolo da ficha limpa como fez o ex-presidente tucano, e como José se auto-apresentou quando o PSDB é o campeão de prefeitos ficha suja, e ambos campeões da chamada privataria, é demais.
É achar que os cidadãos brasileiros, o eleitor, esqueceu que a lista de escândalos dos dois governos FHC - dos quais José participou como ministro do Planejamento e da Saúde por oito anos - é maior do que qualquer prontuário policial. E que esqueceu, também, que há pouco mais de uma semana levantamento da Folha de S.Paulo junto aos tribunais regionais eleitorais (TREs) de todo o país consagrou o PSDB como o partido campeão absoluto de Fichas Sujas.
Dos 318 candidatos a prefeito até então barrados (há mais processos em andamento) pela justiça eleitoral e impedidos de concorrer este ano no Brasil, nada menos que 56 - quase 20% - são tucanos. Da privataria tucana, termo cunhado pela mídia, fiel aliada deles, sempre, então nem se fala, é coisa de conhecimento e domínio público.
Fala, fala, mas 2/3 dos eleitores continuam sem confiar nele
E o próprio José Serra, na despedida no debate promovido Estadão/TV Cultura/You Tobe na última 2ª feira, afirmou que já fez muita coisa e que sempre teve ficha limpa. E que tem capacidade para fazer acontecer. O problema é que não termina os mandatos para os quais se elege. Não terminou os de prefeito, nem governador e nem cumpriu o de senador.
Além disso é do partido campeão de ficha suja e esse discurso dele não convence os 2/3 de eleitores paulistanos que afirmam não votar nele "de jeito nenhum" por desconfiarem que ele vai abandonar de novo a prefeitura para concorrer a outro cargo na eleição de 2014.
No Blog do Zé
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Posted: 19 Sep 2012 11:17 AM PDT
Do Conversa Afiada - Publicado em 19/09/2012
O PSDB é o partido mais Ficha Suja. Sem falar da Privataria !
Saiu no Blog do Dirceu:
Tucanos e demo em exercício explícito de uso do óleo de perobaO ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu tradicional aliado em todas as eleições, o deputado ACM Neto (DEM-BA), agora candidato a prefeito de Salvador, decididamente não levam em consideração aquele ditado de que "macaco não olha para a cauda". Com a carga de escândalos que o ex-presidente têm em seus dois governos e com a que tem o partido do deputado, eles virem agora, na campanha, posar de arautos da moralidade pública, francamente… Mas, é o que aconteceu. Em ato com artistas e intelectuais numa sala de cinema na avenida Paulista, falando a reitores de universidades, atores, historiadores e integrantes de seu governo o ex-presidente FHC classificou a candidatura José Serra – na 4ª vez que este disputa a prefeitura paulistana – como sinônimo de "recuperação da moral" na política. Ninguém escamoteia o fato de o PSDB ser o campeão de ficha suja Vejam vocês a que ponto chegamos e de que é capaz o ex-presidente para ajudar seu candidato a prefeito, José. Ao ponto de apresentá-lo como símbolo da ficha limpa como fez o ex-presidente tucano, e como José se auto-apresentou quando o PSDB é o campeão de prefeitos ficha suja, e ambos campeões da chamada privataria, é demais. É achar que os cidadãos brasileiros, o eleitor, esqueceu que a lista de escândalos dos dois governos FHC – dos quais José participou como ministro do Planejamento e da Saúde por oito anos – é maior do que qualquer prontuário policial. E que esqueceu, também, que há pouco mais de uma semana levantamento da Folha de S.Paulo junto aos tribunais regionais eleitorais (TREs) de todo o país consagrou o PSDB como o partido campeão absoluto de Fichas Sujas. Dos 318 candidatos a prefeito até então barrados (há mais processos em andamento) pela justiça eleitoral e impedidos de concorrer este ano no Brasil, nada menos que 56 – quase 20% – são tucanos. Da privataria tucana, termo cunhado pela mídia, fiel aliada deles, sempre, então nem se fala, é coisa de conhecimento e domínio público. Fala, fala, mas 2/3 dos eleitores continuam sem confiar nele E o próprio José Serra, na despedida no debate promovido Estadãso/TV Cultura/You Tobe na última 2ª feira? Afirmou que já fez muita coisa e que sempre teve ficha limpa. E que tem capacidade para fazer acontecer. O problema é que não termina os mandatos para os quais se elege.Não terminou os de prefeito, nem governador e nem cumpriu o de senador. Além disso é do partido campeão de ficha suja e esse discurso dele não convence os 2/3 de eleitores paulistanos que afirmam não votar nele "de jeito nenhum" por desconfiarem que ele vai abandonar de novo a prefeitura para concorrer a outro cargo na eleição de 2014.
NAVALHA
Sem falar na Privatria Tucana, aquela do "se der m… estamos no mesmo barco".
Agora, vai dar m …Paulo Henrique Amorim .
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Do Blog ContrapontoPIG.
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Posted: 19 Sep 2012 08:42 AM PDT
Desde o início do julgamento do "mensalão", a sociedade assiste ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumprir dois papéis. O de policial, pois participou de todo o processo de investigação. E o de julgador, já que vota também sobre o destino dos 38 acusados no processo.
Isso me chamou a atenção. Como leiga no assunto, me fiz várias perguntas: não haveria aí um conflito de interesse? É justo? Qual o procedimento adotado nos países desenvolvidos? A dupla-função não poderia contaminar o processo?
"Pelo artigo 230 do Regimento do Supremo, não há problema. Um mesmo ministro pode presidir a fase de investigação e julgar", explica o advogado criminal Luiz Flávio Gomes. "Porém, por força da Corte Interamericana de Direitos Humanos, quem preside a investigação, não pode participar depois do processo."
"O regimento interno do Supremo é ultrapassado, autoritário, despótico", ressalta. "Esse dispositivo de um mesmo ministro cumprir dois papéis é absurdo. Isso é da Idade Média. No tempo da Inquisição era assim: o juiz investigava e julgava."
Durante 15 anos, Luiz Flávio Gomes foi juiz criminal em São Paulo. Depois, aposentou-se e advogou por dois anos. Atualmente, dirige a maior rede de ensino na área jurídica do país. Nesse ramo, é concorrente do ministro Gilmar Mendes, do STF. É considerado um estudioso do Direito. Por isso, segue a nossa entrevista na íntegra.
Viomundo – O ministro Joaquim Barbosa presidiu a investigação do "mensalão" e está julgando o caso. Não há problema nisso?
Luiz Flávio Gomes — Pelo artigo 230 do Regimento Interno do Supremo, é legítimo, legal, não há nenhum problema. Porém, por força da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que fica em San José da Costa Rica, não pode.
A Jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos diz: quem preside a investigação não pode participar depois do processo, porque aí cumpre dois papéis. Um é o de investigador. E outro de juiz. E isso não pode. O juiz tem de ser imparcial; juiz não pode ter vínculos com as provas antes do julgamento.
Portanto, o regimento interno do nosso Supremo é ultrapassado, autoritário e absurdo, pois permite que o mesmo ministro cumpra dois papéis, como está acontecendo agora.
Viomundo – Pela Corte Interamericana, o ministro Barbosa não poderia acumular as duas funções?
Luiz Flávio Gomes – Não se trata especificamente do ministro Joaquim Barbosa. Qualquer que fosse o ministro do Supremo designado para a fase de investigação, ele não deveria julgar. Se o fizer, estará seguindo um dispositivo arcaico, ultrapassado e que não condiz com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Viomundo – O STF usa a mesma conduta para outros casos?
Luiz Flávio Gomes – Sim. É da tradição do Supremo, porque segue rigorosamente o artigo 230 do Regimento Interno. Porém, isso é do tempo do Brasil ditatorial. É uma regra que não condiz hoje com a democracia, com os valores de um juiz imparcial.
Viomundo – Essa norma vem da ditadura militar?
Luiz Flávio Gomes – É de bem antes. Antigamente, um caso ou outro caso ia para o Supremo. E num país racista, classista, como o nosso, gente de cima não ia a julgamento. Então nunca ninguém chamou atenção para isso.
Mas, de uns tempos para cá, com mais réus respondendo processo no Supremo, já se começa a perceber que a legislação do próprio Supremo é muito ultrapassada, está incorreta, não é justa. Eu não queria ser julgado por um juiz que investigou na fase anterior. Eu quero ser julgado por um juiz imparcial.
Viomundo – O juiz que investiga e julga ficaria contaminado?
Luiz Flávio Gomes – Perfeito! É essa a expressão correta. A doutrina italiana usa, inclusive, essa expressão. O juiz fica psicologicamente envolvido com o que ele faz antes e aí está contaminado para atuar depois no processo.
No caso do STF, o ministro que investiga é quem determina as provas, quebras de sigilo, oitiva dessa ou daquela pessoa e assim por diante. Ele preside tudo sozinho desde o começo. Essa é a norma. Os demais ministros só conhecem o resultado de tudo isso, o que está no papel. Esse é o regimento do STF. Porém, ele conflita com o regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Viomundo – Como funciona em outros países?
Luiz Flávio Gomes – Tem um caso famoso – Las Palmeras contra a Colômbia – que aconteceu algo igual ao que está ocorrendo aqui agora. Um juiz presidiu a investigação e depois participou do julgamento.
Esse caso foi para a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que disse: não pode. O magistrado que cumpre o duplo papel de "parte" (investigador) e de juiz viola a garantia do juiz imparcial. Em função disso, a Corte anulou totalmente o julgamento realizado na Colômbia.
Respondendo então diretamente à sua pergunta: no mundo inteiro civilizado, o duplo papel não pode, pois conflita com o juiz imparcial.
Não é achismo meu, Luiz Flávio. É a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos que diz que o juiz não pode cumprir o papel de policial, investigador, e depois o de juiz.
Viomundo — Qual a diferença entre a investigação do procurador-geral da República e a do ministro do STF?
Luiz Flávio Gomes — O procurador também faz investigação. Ele tem o papel efetivo de acusar as pessoas. Ele investiga antes de tudo. Para ele acusar, ele tem de ter provas. O papel dele é esse mesmo.
O problema é que quem vai julgar depois tem de ser alguém que não tenha tido nenhum contato com este momento anterior, por já estar psicologicamente envolvido com tudo.
Viomundo – Que conseqüência esse duplo papel pode ter?
Luiz Flávio Gomes – Certamente o caso será levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que depois remeterá para a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
É grande a possibilidade de esse processo ser anulado, como no caso da Colômbia. Já existe jurisprudência precedente naquela corte. Não é novidade para a Corte Interamericana. Além disso, deve mandar o Brasil fazer um novo julgamento, com juiz imparcial.
Viomundo — Como é a nossa relação com a Corte Interamericana de Direitos Humanos?
Luiz Flávio Gomes — Cada país adere ou não adere. E o Brasil aderiu em 1998. Portanto, quem adere, tem que cumprir o que a Corte determina. Por exemplo, a Maria da Penha, aquela senhora que apanhou do marido e quase foi morta. Ela para conquistar o que pleiteava teve de recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos, porque a Justiça brasileira não estava funcionando para o caso dela.
E o que aconteceu com a Maria da Penha? O Brasil acabou cumprindo direitinho tudo o que a Corte Interamericana determinou.
E por que o Brasil cumpriu? Porque aderiu. Existe uma expressão latina que nós usamos no campo do Direito que diz o seguinte: você não é obrigado a assinar nenhum documento, mas se assinou, tem de seguir.
Por isso existe uma grande possibilidade de esse caso ser remetido à Corte Interamericana.
Viomundo — Teria algum outro motivo para isso acontecer?
Luiz Flávio Gomes – Tem, sim. Dos 38 réus da Ação Penal 470, apenas três deles deveriam ser julgados pelo STF; os outros 35, não, pois não têm direito a recurso.
Viomundo – Por favor, explique melhor.
Luiz Flávio Gomes — Os que têm de ser julgados pelo STF são os três deputados: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henri (PP-SP). Até por causa do foro privilegiado, já que são parlamentares, têm que ser julgados pelo Supremo e não há nenhum órgão acima. Por isso são julgados uma só vez.
Já os outros 35 tinham de ir para a Justiça de primeiro grau, serem julgados e, aí, prosseguir o processo. É o que nós chamamos de duplo grau de recurso. Só que eles não tiveram direito a isso. O STF lhes negou.
E o que é pior. Neste final de semana, um jornal trouxe a informação de que o esse processo tem outros 80 réus. Só que esses 80 réus terão direito a duplo grau de recurso. E os 35 não terão. Esse tratamento desigual é absurdo.
Os 35 não têm por causa de três. Só que 80 do mesmo caso vão ter duplo grau de recurso porque o processo foi para outras instâncias. Os 35 estão sendo tratados de maneira desigual.
Dois pesos e duas medidas para uma mesmíssima situação. Portanto, esse é outro problema que com certeza vai acabar na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Viomundo — Isso tudo vai ser decidido a curto prazo?
Luiz Flávio Gomes – O Supremo cumpre logo a sua função. Pelo que vimos, vai condenar praticamente todo mundo. Agora, ser condenado não significa que aqueles que terão penas de prisão irão automaticamente para cadeia. Haverá embargos. Aí, depois, transitará em julgado.
Viomundo – Indo para a Corte Interamericana de Direitos Humanos o que acontecerá?
Luiz Flávio Gomes – Há duas coisas. Lá , o processo é moroso e não suspende o que foi resolovido aqui até a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Se o Supremo mandar alguém para a cadeia, a pessoa irá para a cadeia normalmente.
Mas, no futuro, a Corte deverá anular o julgamento. Nessa altura, o pessoal já terá cumprido pena. De qualquer maneira, essas pessoas terão direito a indenização. E certamente a Corte vai mandar o STF refazer o seu regimento interno.
Viomundo – É esse o encaminhamento que imagina que vai ser dado?
Luiz Flávio Gomes – Sim. A Corte Interamericana vai mandar o Brasil refazer o seu regimento interno, pois é um dispositivo despótico. Isso é da Idade Média. Nos processos da Inquisição era assim: o mesmo juiz investigava e julgava. E isso inconcebível numa democracia, em pleno XXI.
Conceição LemesNo Viomundo | ||
Posted: 19 Sep 2012 08:36 AM PDT
ISSO É VERDADE - ISSO É FATO
APESAR DA CRISE MORAL / ECONÔMICA INTERNACIONAL - LULA E DILMA (PT) + O ESFORÇO DOS BRASILEIROS, QUE TRABALHAM PELO BEM DO BRASIL - CRIARAM EM 2010 (ÚLTIMO ANO DO GOVERNO LULA) 2,8 MILHÕES DE EMPREGOS E, EM 2011 - (PRIMEIRO ANO DO GOVERNO DILMA) 2,2 MILHÕES DE EMPREGOS.
TOTALIZANDO 5 MILHÕES DE EMPREGOS FORMAIS EM APENAS DOIS ANOS. ISSO É SABER GOVERNAR.
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Brasília – A criação de empregos formais no Brasil cresceu mais em 2011 que o Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) apresentados hoje (18) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Naquele ano, houve redução de crescimento tanto de empregos (6,94% para 5,09%) quanto do PIB (7,5% para 2,7%) com relação a 2010, mas a expansão da mão de obra foi pouco afetada pelo cenário econômico.
No total, foram gerados 2,8 milhões de postos em 2010 e 2,2 milhões em 2011.
"Isso mostra que PIB e emprego têm relação direta, mas não tão direta assim", disse o diretor de Emprego Salário do MTE, Rodolfo Torelly. Segundo ele, a perda de dinamismo econômico não foi proporcional em termos de geração de emprego. Nesse contexto, o rendimento médio dos trabalhadores formais também teve crescimento, passando de R$ 1.847,92 em 2010 para R$ 1.902,13 em 2011 – aumento de 2,93%.
A causa para a relativa independência da geração de empregos em 2011 sobre a atividade econômica foi a expansão de setores mais intensivos em mão de obra, como o de serviços, o que mais contratou em 2011: mais de 1 milhão de empregos. Além do serviço, outros setores que se destacaram na criação de empregos foi o comércio (404,6 mil) e a construção civil (241,3 mil).
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-09-18/dados-da-rais-apontam-que-criacao-de-empregos-foi-pouco-afetada-pelo-pib-reduzido-de-2011
QUANTOS EMPREGOS O SOCIÓLOGO CRIOU EM OITO ANOS DE SEU GOVERNO ( 4 DELES CONSEGUIDOS ATRAVÉS DO GOLPE DA REELEIÇÃO) ?
DURANTE OS DOIS GOVERNOS DE FHC FORAM CRIADOS POUCO MAIS DE 5 MILHÕES DE EMPREGOS.
Do 007BONDeblog. | ||
Posted: 19 Sep 2012 04:13 AM PDT
Estando em pleno gozo de todos os direitos políticos e de todas as demais garantias individuais concernentes à cidadania brasileira, diante da campanha hedionda de difamação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ora promovida por seus adversários políticos (declarados e enrustidos), venho fazer uma declaração.
Acompanho a trajetória de vida do ex-presidente desde a campanha eleitoral de 1989. Dá quase um quarto de século. A cada dia desses 23 anos, com intervalo de nem uma centenas de dias, se tanto, vi e ouvi todo tipo de acusação contra ele. Todo tipo que se possa imaginar.
Naquele 1989, os mesmos grandes meios de comunicação que hoje, após tanto tempo, continuam lançando acusações análogas às de outrora contra o ex-operário, chegaram a convencer o Brasil de que ele era mais rico do que o adversário Fernando Collor por morar em uma casa emprestada por um empresário.
Acompanhei a vida de Lula, desde então. Como tantos sabem, sobretudo seus inimigos, ele não enriqueceu com a política. Muito pelo contrário, seu patrimônio – sobre o qual seus adversários construíram tantas farsas – não é tão maior do que era quando disputou a primeira eleição presidencial, há 23 anos.
Lula poderia ter tirado quanto quisesse da política, se quisesse…
Ele nunca se desviou do caminho que aquele que acompanhou a sua vida sabe que era o que verdadeiramente perseguia, o de dar ao filho do "peão" oportunidades menos inferiores às dos filhos dos janotas empertigados que se julgam melhores do que o resto por terem um sobrenome de origem européia e um canudo de papel outorgado por uma universidade.
Esse homem, com sua instrução rudimentar, ainda na minha juventude fez com que eu, que estudei nas melhores escolas de São Paulo, pudesse entender que um país injusto como o Brasil não é bom para ninguém, e que só com a igualdade de oportunidades é que poderia fazer jus ao conceito fundamental de nação.
É inevitável fazer a analogia entre a luta de Lula contra legítimos impérios empresariais e as mais poderosas forças políticas – começando por uma ditadura – e o conto bíblico da vitória do jovem e franzino David sobre o poderoso gigante Golias. Afinal, Lula venceu um gigante monstruoso. E venceu três vezes.
Dirão que construí, para mim, uma imagem romanceada de um político como qualquer outro. Mais uma vez provo que estão errados. Tenho todas as justificativas racionais do universo para dizer que Luiz Inácio Lula da Silva jamais traiu a minha confiança. O poder não o mudou e ele cumpriu todas as promessas que me fez ao fazê-las a todos os cidadãos.
Lula fez seu povo – como ele mesmo diz, os feios, os desprezados, os pobres e desesperançados – melhorarem de vida como jamais ocorrera e alçou o Brasil a uma era de ouro. E o principal: devolveu a auto-estima aos brasileiros.
Agora, querem se vingar das derrotas acachapantes que Lula lhes impôs. Querem macular seu legado com acusações farsescas, irresponsáveis, criminosas. Querem, se possível, vê-lo encarcerado, pois foi sempre isso que fizeram com adversários políticos desde que atiraram o país em uma ditadura sangrenta.
Pois se essa afronta prosperar, dividirei, orgulhosamente, o banco dos réus com o ex-presidente. E serei acompanhado por milhões. Mas como só posso falar por mim, juro que, se Lula for a um tribunal, estarei ao seu lado. E quando lhe perguntarem o nome, levantar-me-ei e direi que o meu também é Lula.
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Posted: 19 Sep 2012 04:05 AM PDT
CartaCapital
"Até a oposição ao governo federal cobra a revista Veja para que publique a fita com a supostas declarações de Marcos Valério à revista. Em comunicado oficial assinado pelos respectivos presidentes, PSDB, DEM e PPS ressaltam a gravidade das acusações e pede à publicação da Editora Abril que "torne públicos os elementos que sustentam a matéria".
A última edição da revista sustenta que Marcos Valério, empresário que teria viabilizado o esquema do "mensalão", diz que se arrepende por ter ficado em silência e poupado o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo. Embora a reportagem sustente que não conversou com Valério, há especulações de que essa teria sido um acordo com o próprio empresário em troca das declarações. O advogado dele já declarou que seu cliente não endossa o que saiu na revista."
Matéria Completa, ::AQUI::
Enviada por: Nogueira Junior/ 21:130 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL!
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Posted: 19 Sep 2012 04:01 AM PDT
"Lá estão os dois celulares do diretor de Veja em Brasília e os telefones também do seu escritório. Apesar da estreita ligação entre o jornalista e o contraventor preso na Operação Monte Carlo, o PT, que assiste à condenação de suas lideranças e ao ataque explícito ao ex-presidente Lula, não conseguiu convocá-lo a depor na CPI do caso Cachoeira
(061) 9982-7631 e (061) 8226-9904. São esses os dois celulares do jornalista Policarpo Júnior, que fazem parte da agenda pessoal do contraventor Carlos Cachoeira. Lá estão também os telefones (061) 3315-7502 e (061) 3315-7575, do escritório de Veja em Brasília, dirigido por Policarpo.
Como se sabe, Policarpo e Cachoeira têm relações estreitas, que vêm de longa data. Foi o bicheiro quem providenciou a fita sobre Maurício Marinho, que deu origem a uma cadeia de acontecimentos que levou ao escândalo do Mensalão. Foi também Cachoeira quem obteve as imagens do Hotel Naoum, em Brasília, que mereceram uma capa recente de Veja sobre José Dirceu. E foi também Cachoeira quem tramou a queda do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, com denúncias em Veja, para favorecer a construtora Delta.
Na direção contrária, Policarpo pediu ao bicheiro que providenciasse ligações sobre Jovair Arantes, atual candidato a prefeitura de Goiânia pelo PTB - tarefa que foi repassada pelo contraventor ao araponga Dadá. E não se deve esquecer que Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, quase foi presa quando ameaçou um juiz, em Goiânia, com um dossiê que seria publicado em Veja, pelas mãos de Policarpo. Só não passou uma temporada na prisão porque pagou fiança de R$ 100 mil.
O bicheiro e o jornalista são íntimos e é, portanto, natural que a agenda de Cachoeira tenha os dois celulares de Policarpo Júnior.
O que não é natural, no entanto, é que o PT não tenha tido força política para convocar o jornalista na CPI que investiga os desdobramentos da Operação Monte Carlo –uma CPI, aliás, adiada para depois das eleições. Na Inglaterra, que ao que se sabe é um dos berços da democracia, Rupert Murdoch foi convocado e, além de depor, se viu forçado a fechar um jornal centenário envolvido em grampos ilegais.
O PT, no entanto, acreditou que poderia firmar um pacto de não agressão com a revista Veja, negociado entre Fábio Barbosa, presidente da Abril, e José Dirceu. O resultado? Veja acaba de deflagrar, com a capa de sua última semana, um movimento para eliminar a figura de Luiz Inácio Lula da Silva da política brasileira."
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Posted: 18 Sep 2012 05:12 PM PDT
Em semana de esforço concentrado, que reúne deputados em Brasília para votação de matérias, os parlamentares repercutiram, em discurso no Plenário da Câmara, com críticas ácidas a reportagem da revista Veja fazendo acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter sido o "chefe" do suposto esquema do mensalão. Os parlamentares da base aliada disseram que a Veja deveria ir à CPMI do Cachoeira explicar suas ligações com o contraventor.
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) refutou a tese de existência do esquema de compra de votos que ficou conhecido como mensalão e negou qualquer participação do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Maia, as acusações publicadas pela revista Veja contra Lula são uma tentativa de reforçar teses que não condizem com a realidade para gerar um clima de instabilidade nas vésperas das eleições. "Outro absurdo é a suspeita de envolvimento do ex-presidente Lula com o mensalão. Vejam vocês que o próprio advogado do cidadão Marcos Valério desmente as acusações e a revista [Veja] as mantêm como se fossem verdadeiras", disse Maia. Maia também criticou a reportagem por acusar Lula sem citar dados comprobatórios ou novos. Segundo ele, a revista se valeu do argumento de que "pessoas ligadas ao governo" seriam a fonte da informação. "Esse é um debate que vamos ter que ter com a imprensa brasileira. Hoje, ficou simples dizer que pessoas ligadas ao governo, pessoas ligadas ao deputado Marco Maia, pessoas ligadas ao fulano de tal passaram informações", completou Maia. Ligações perigosas O deputado Luiz Couto (PB), em nome da liderança do PT, repudiou a reportagem, considerada por ele como "leviana", e cobrou a ida de "pessoas ligadas à revista Veja" à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as relações de agentes públicos e privados com o contraventor Carlos Cachoeira. Na CPMI, há requerimentos convocando o diretor da sucursal da Veja em Brasília, Policarpo Junior, que ainda não foram votados. "Este é o momento para que eles (representantes da Veja) venham à CPMI falar o que sabem", cobrou Luiz Couto. Couto afirmou que, em toda a sua gestão de oito anos na Presidência, Lula combateu ferozmente a corrupção: "Basta verificar as ações da Controladoria-Geral da União, da Polícia Federal, e o fato de não se impedir que CPIs fossem instaladas aqui. Lula sempre respeitou o Ministério Público no seu poder de investigação, mostrando que aqueles que de fato forem culpados deverão pagar por isso." A deputada Erika Kokay (PT-DF) também defendeu o ex-presidente, a quem chamou de "pessoa que mais sofreu ataques no Brasil". Segundo ela, as acusações têm o "cheiro de uma elite que não se conforma que um presidente operário tenha feito o País sair da condição de subalternizado" em nível internacional. "A elite não se acostuma a dividir os aviões, bancos escolares e estacionamentos deste País com a população de baixa renda", declarou.
Agência Câmara
Do Blog O TERROR DO NORDESTE. |
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