sábado, 11 de agosto de 2012

Via Email: SARAIVA 13



SARAIVA 13


Posted: 11 Aug 2012 05:20 PM PDT



Pela primeira vez na AP 470, o ministro Joaquim Barbosa - relator do tema - solicitou a um dos defensores esclarecimentos acerca de IMPORTANTES dúvidas.
Fica evidente que o fundo VISANET é composto EXCLUSIVAMENTE por recursos PRIVADOS e o advogado de Pizzolato dá uma autêntica AULA.
Também é ESCLARECEDOR a comprovação de que PIZZOLATO nunca foi o representante do Banco do Brasil no Visanet (uma empresa privada).
O perfeito entendimento do que ocorreu é fundamental para que as pessoas de boa vontade entendam o quanto de distorções existe na "denúncia" que Roberto Gurgel (Procurador Geral da República) apresentou. Joaquim Barbosa proporcionou aos demais magistrados a condição fundamental para esclarecer aspecto vital na AP 470.
É óbvio que estamos constatando o quanto de tendenciosidade midiática ocorre na cobertura "jornalística" da velha mídia. É estarrecedor "ler" em alguns jornais exatamente o contrário do que ocorreu na sessão de 09/08/2012 do STF e este vídeo é a íntegra do fato. GOLPE NUNCA MAIS!
COMPARTILHAR é o segredo da CIDADANIA PLENA.

Posted: 11 Aug 2012 03:21 PM PDT

PF investiga empresas fornecedoras de uniformes escolares que, com o aval de Alexandre Schneider, candidato a vice na chapa de José Serra, firmaram contratos superfaturados com a Secretaria de Educação

CHAPA
Alexandre Schneider e José Serra: o vice precisa se explicar

Ao ser anunciado há dois meses como vice na chapa de José Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Alexandre Schneider logo assumiu a linha de frente dos ataques à gestão do candidato petista Fernando Haddad no Ministério da Educação. A experiência de seis anos como secretário municipal de Educação e sua formação em administração seriam credenciais suficientes para a tarefa. O problema é que a gestão de Schneider também começa a ser alvo de sérios questionamentos. A Polícia Federal investiga a atuação nacional de um cartel de empresas fornecedoras de uniformes escolares que, em São Paulo, atuou livremente com o aval de Schneider – um tucano-serrista que se converteu ao PSD de Gilberto Kassab.

O ponto de partida da investigação dessa suposta "máfia dos uniformes" é um pregão realizado pela Secretaria de Educação em janeiro de 2009. O objetivo da concorrência era comprar roupas para estudantes da rede municipal em "kits" compostos por camisetas, bermudas, meias, tênis, além de jaquetas e calças em tactel e helanca. A PF encontrou indícios de que o pregão foi manipulado num conluio entre as empresas Mercosul Comercial, Capricónio e Diana Paolucci S/A para controlar o limite dos lances. O resultado foi a vitória da Mercosul com um preço unitário de R$ 117. Schneider homologou a concorrência e encomendou um primeiro lote de 724.666 kits por R$ 84,7 milhões. Em agosto daquele ano, ele assinou aditivo ao contrato, para a compra de 20.461 kits por R$ 2,4 milhões. Um novo contrato com a Mercosul, para mais 727.631 kits, foi feito em dezembro.

Naquele momento, porém, o secretário de Educação já estava de posse de uma pesquisa de mercado que indicava preços 46% abaixo dos praticados pela Mercosul, que numa licitação no Rio de Janeiro fez oferta de R$ 97,67 por kit. Caso tivesse aberto uma nova concorrência, Schneider poderia ter economizado cerca de R$ 33,5 milhões aos cofres públicos. Não bastasse o provável superfaturamento, a entrega dos uniformes, que são importados da China, atrasou. Pressionado, no ano seguinte Schneider contratou outra empresa, a LV Distribuidora. Para escapar da licitação, fez uma polêmica adesão de ata de preços. Fontes da secretaria informaram à ISTOÉ que a LV figurou no contrato, mas quem forneceu os uniformes foi a Mercosul. Leia a matéria da revista IstoÉ completa aqui

Por: Helena™0 Comentários  
Posted: 11 Aug 2012 02:44 PM PDT
Enviado por luisnassif, sab, 11/08/2012 - 14:28 Por foo
Comentário ao post "Gravação mostra relação entre Cachoeira e Veja"
Enquanto isso, a nova capa da Veja...


Quem te viu, quem te ve...
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Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 11 Aug 2012 02:38 PM PDT


VEJA VAI VIRAR REVISTA DE CULINÁRIA
Faz tempo, o período exato que a quadrilha de Cachoeira e seus  arapongas foram trancafiados, que a Revista Veja não publica um escândalo. A FONTE de armações e matérias forjadas e ou manipuladas secou. Policarpo Jr. não tem mais quem lhe faça grampos ilegais em troca de reportagens para favorecer interesses diretos ou de interesses de quadrilheiros, nem pode trocar o ato de segurar matérias que denunciariam um delegado, atendendo um pedido do ex-senador DEMóstenes Torres por intermédio de Cachoeira, por alguma chantagem contra políticos da base aliada ou do próprio governo.
Quem diz isso não sou eu, quem mostra isso de forma clara são os fatos, é o que vem sendo publicado pela Revista, que mudou totalmente a sua linha e, principalmente as gravações feitas pela Polícia Federal, que mostram claramente como Policarpo, Cachoeira e DEMóstenes discutiam o "conteúdo" da próxima edição.
PSSIIUU !! CALADO !!!!!
Mas, a indignidade de boa parte de nossa imprensa com a sua vergonhosa falta de compromisso com a informação transparente e não manipulada é o que assombra.
PSSIIUU !! CALADO !!!!!
Nenhum dos jornalões e das revistonas toca no assunto. É como se a conversa de Policarpo Jr e Cachoeira não existisse. Eles simplesmente praticam "UM SILÊNCIO INDECENTE", conivente, que tenta abafar os fortes indícios de que a Revista Veja e seu redator, estão metidos até o pescoço num relacionamento que nada tem de jornalístico. 
Clique no link para ter acesso ao vídeo
Posted: 11 Aug 2012 02:30 PM PDT



Italiano já escreveu outros livros na mesma linha, como 'A Vida Secreta dos Papas'
Soberba, avareza, luxúria e pedofilia, os itens enumerados na capa de Os Pecados do Vaticano, são apenas uma amostra dos escândalos que Claudio Rendina, escritor, poeta e historiador descreve em 352 páginas, com lupa de pesquisador e experiência de vaticanista. Lançada em 2009, a obra vendeu 30 mil exemplares em um mês. Não só pelo apelo do título e pelo conteúdo do índice - sete capítulos e apêndice -, mas também pela ficha bibliográfica do autor. Rendina escreveu, anteriormente, outros livros na mesma linha, entre eles Cardeais e Cortesãs, História dos Segredos do Vaticano e A Vida Secreta dos Papas, sempre com muito sucesso. É um autor que incomoda o Vaticano, mas não deixa de ser respeitado. 
Com base em documentos e citações fidedignas, Rendina descreve tramoias financeiras, aventuras sexuais, crimes de homicídio e massacres institucionais praticados por autoridades da Igreja. Os escândalos vêm desde os primeiros séculos, multiplicam-se na Idade Média e avançam até os tempos modernos. No caso da pedofilia, por exemplo, que incrimina cardeais e papas da época do Renascimento, as denúncias chegam até os dias de hoje. Ao tratar de assassinatos de pontífices no passado, o autor registra a suspeita de que João Paulo I teria sido envenenado em 1978 numa suposta queima de arquivo. O título do novo livro de Rendina soa um tanto panfletário - o conteúdo, porém, é sério. 
José Maria Mayrink
No Estadão


Posted: 11 Aug 2012 02:25 PM PDT
Oposição entra em greve por tempo indeterminado 
Serra ameaça não participar da eleição paulistana por causa do vento.
ZONA SUL – Depois de ser aviltada durante anos a fio, sem reajuste no caixa-dois nem boquinha em estatais, a oposição decidiu entrar em greve por prazo indeterminado. Em piquetes montados na manhã de hoje na Praça Vilaboim, em São Paulo, e em frente ao restaurante Piantella, em Brasília, uma multidão formada por 17 parlamentares dos partidos fora do governo distribuiu panfletos com as principais reivindicações da categoria.
"Estamos trabalhando em turno dobrado, em condições subumanas, sem vale-transporte e sem vale-refeição", bradou ACM Neto, montado sobre um caixote. "Exigimos um Mc Lanche Feliz por dia e mais 15 vagas nas comitivas das viagens de Dilma ao exterior", disse, em tom ameaçador.
À tarde, no Congresso, a oposição decidiu no par ou ímpar fazer uma operação-padrão. Ninguém quis saber da coleta de assinaturas para a CPI do Julgamento do Mensalão, que a própria oposição havia inventado na véspera para ter o que fazer: "Hoje só assino qualquer papel na presença dos meus advogados, depois de questionar os pontos obscuros", anunciou o deputado Rodrigo Maia, de pantufas em seu gabinete.
O senador Álvaro Dias, do PSDB, teve que ser socorrido no ambulatório da Casa após sofrer uma crise de abstinência. Dias nunca havia passado um dia inteiro sem olhar para uma câmera e dar entrevistas para denunciar o governo. Angustiado, o senador tentou ainda discursar na tribuna, mas foi impedido pela bancada tucana, sob pretexto de que estava "furando a greve". Teve o microfone desligado e foi enxotado do plenário sob gritos de "Sai pra lá, Pelegão!".
Em solidariedade às reivindicações da oposição, o restaurante Fasano fechou as portas por 24 horas e anunciou que não servirá lagosta por um mês.
Visivelmente abalado, João Dória Júnior anunciou o cancelamento do concurso anual do cachorro mais bonito em Campos do Jordão.
De braços cruzados, José Serra entrou com uma representação na Justiça Eleitoral para exigir que cada voto dado aos opositores do PT na eleição municipal conte por dois. "É preciso preservar os princípios elementares da democracia", disse.
No The i-Piauí Herald

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Do Blog COM TEXTO LIVRE
Posted: 11 Aug 2012 01:38 PM PDT

Na reedição da final da Olimpíada de Pequim, a equipe voltou a vencer os Estados Unidos em uma decisão ao batê-los por 3 sets a 1


LEANDRO SILVEIRA - Agência Estado

A seleção brasileira feminina de vôlei superou um começou ruim nos Jogos de Londres para conquistar neste sábado o bicampeonato olímpico. Na reedição da final da Olimpíada de Pequim, em 2008, a equipe de José Roberto Guimarães voltou a vencer os Estados Unidos em uma decisão ao batê-los por 3 sets a 1, com parciais de 11/25, 25/17, 25/20 e 25/17, em 1 hora e 40 minutos, na Earls Court.
A conquista deste sábado é histórica para Zé Roberto, já que o treinador se tornou o primeiro brasileiro a ter três títulos olímpicos. Além dos dois ouros conquistados com a seleção feminina de vôlei, o técnico foi campeão em 1992, com a equipe masculina de vôlei do Brasil. Paula Pequeno, Thaisa, Fabiana, Jaqueline, Sheilla e Fabi, que fizeram parte do grupo de 2008, se sagraram bicampeãs olímpicas.
Esse título veio após um começo irregular na primeira fase nos Jogos de Londres. A equipe chegou a estar ameaçada de eliminação e somou apenas três vitórias, sobre Turquia, China e Sérvia, e duas derrotas, para os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
O início do mata-mata também não foi fácil. O Brasil precisou salvar seis match points no jogo contra a Rússia, vencido contra a Rússia de forma dramática por 3 sets a 2. Na semifinal, superou o Japão por 3 a 0 e garantiu o reencontro com as norte-americanas.
Neste sábado, a equipe foi massacrada no primeiro set, mas conseguiu uma reação impressionante para conquistar o bicampeonato olímpico diante das americanas e entra para a história do esporte nacional. Jacqueline foi o principal destaque do triunfo ao fazer 18 pontos, três a mais do que Sheilla.

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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Aug 2012 01:33 PM PDT




Gilmar Mendes, Veja e Policarpo seguem blindados por setores da imprensa na investigação da CPMI do Cachoeira.  Record e Carta Capital furam o silêncio imoral da mídia e detonam Veja e Policarpo em gravações explosivas

Murdoquianas
Aprendi jornalismo com meu pai, Giannino. A questão central do aprendizado dizia respeito ao compromisso moral, antes ainda que ético. Moral no sentido imanente, a transcender o momento fugidio. Neste ponto, a lição deu-se pelo exemplo, sem desperdício de palavras, pois a regra valia em todos os níveis do comportamento humano no exercício complexo da existência.


Meu pai, como muitos outros profissionais de qualidade, acreditava que jornalismo exige, em termos técnicos, quase nada de quem o pratica, ao contrário, por exemplo, da medicina. Aprende-se tudo em dois meses na redação, ou menos ainda. Um cidadão munido de algum talento para a escrita e de razoável cultura geral tem todas as condições de ser competente como jornalista, mas o compromisso moral é indispensável ao correto cumprimento da tarefa. Jornalismo implica, é fácil entender, responsabilidades imponentes.

As ideias políticas de meu pai não eram iguais às minhas, no entanto, a questão moral nos unia. Foi ele quem me ensinou, sem permitir-se ministrar lições, que a objetividade é a da máquina de escrever, hoje diria do computador. Desconfiem do jornalista que a afirma e a toda hora a proclama. Dele pretenda-se a honestidade. Jornalista honesto é aquele que conta os fatos exatamente como os viu, sem omitir aspecto algum indispensável à compreensão da audiência, na fidelidade canina à verdade factual.

Na minha visão, a mídia nativa peca de todos os pontos de vista. Ela não prima na lida com o vernáculo e pelo bom gosto. Leitores, ouvintes, espectadores dotados de espírito crítico sabem disso. Peculiares, digamos assim, são os critérios que orientam a hierarquização das informações e atrabiliários aqueles que ditam as manchetes. Às vezes pergunto aos meus perplexos botões: que farão eles se eclodir a guerra?

Os jornais são feios e mal impressos, do encontro com eles sai-se de mãos sujas. As seções de cultura destinam-se claramente a indigentes, e as colunas sociais, banidas há muitas décadas nos países civilizados, são mantidas para falar daquelas 837 inextinguíveis personagens. Comparada com a mídia de outras nações, a nativa habilita-se a inspirar sentimentos de pena em almas caridosas.

Cabe registrar, porém, algo pior, muito pior. Ao noticiar os fatos da política, ou quaisquer outros relacionados com o jogo do poder, a mídia nativa é profundamente desonesta. Desde sempre, arrisco-me a sustentar. Ou, por outra, omite, inventa, mistifica, mente, tempo adentro, certa de que nada acontece se não for notícia nos seus espaços. E tão segura na crença a ponto de se tornar vítima de si mesma ao enxergar a verdade onde não está e viver uma miragem compartilhada por quantos se abeberam à sua fonte.

O conjunto da obra está longe de ser animador. De todo modo, o assunto da reportagem de capa desta edição, a revelar as parcerias entre a revista Veja e o contraventor Cachoeira, soa-me inédito. Não recordo situação similar na história do jornalismo brasileiro. Não é que o enredo derrube meu queixo. Desta Veja nada justifica espanto, inclusive por ganhar a absoluta primazia no desrespeito à questão moral, antes ainda que ética. Que me lembre, nunca houve órgão midiático, ou jornalista, capaz de chegar tão longe.

Como haverão de reagir os barões e seus sabujos? Quando surgiram os primeiros sinais da relação Veja-Cachoeira, logo anotados por CartaCapital, fomos animadamente criticados, ou ignorados. O que, aliás, faz parte de hábitos e tradições. Sim, o Brasil não é um daqueles países onde, se o tema é importante, e válido porque baseado em fatos reais, contará com o interesse geral independentemente de quem o levantou. A mídia lhe seguirá as pegadas imediatamente.

Exemplo não muito distante, o chamado mensalão mineiro. A respeito, CartaCapital, entre novembro de 2005 e junho de 2006, publicou três reportagens de capa, acolhidas, obviamente, pelo silêncio retumbante da mídia. Diga-se que, em qualquer latitude de nossa política, o esquema de corrupção é sempre o mesmo. Não pretendo esclarecer agora as razões pelas quais aos tucanos tudo se perdoa. Observo apenas que de súbito uma ou outra coluna evoca nestes dias as mazelas cometidas sob a proteção do ex-governador Eduardo Azeredo, com a expressão arguta de quem avisa: depois não digam que não falamos disso…

A desfaçatez da turma não tem limites. E por que não falaram na hora certa? Neste exato instante, não me surpreenderei se o silêncio do abismo se fechar sobre as façanhas murdoquianas de Veja.
Posted: 11 Aug 2012 01:28 PM PDT
Posted: 11 Aug 2012 12:56 PM PDT


Por Davis Sena Filho - editor do Portal do Blog da Dilma — Blog Palavra Livre
A revista Carta Capital publica nesta sexta-feira matéria em que esclarece o envolvimento do diretor da revista Veja, a revista porcaria, Policarpo Jr. com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que no momento se encontra preso. Como se sabe nos quatro cantos da terra, o jornalismo investigativo da Veja não passava, na verdade, de um jornalismo bandido, que visava desestabilizar o Governo Federal, o que aconteceu quando ministros foram exonerados pela presidenta Dilma Rousseff.
Além disso, o governador do DF, Agnelo Queiroz, foi vítima da quadrilha da qual participava, segundo a Polícia Federal, o diretor da Veja, o jornalista Policarpo Jr. Outro jornalista de mando também está a ser investigado. Eumano Silva, diretor de Época, a revista sem leitor, também aparece nas investigações da PF. A verdade é que programas das Organizações(?) Globo como O Fantástico, o Bom (Mau) Dia Brasil e o Jornal Nacional sempre repercutiram as "matérias", o jornalismo "investigativo" de revistas como a Veja e a Época. Não é preciso dizer mais nada...
Ao contrário de Veja que não demitiu o Policarpo, empregado da revista que oferece aos leitores incautos o verdadeiro jornalismo de esgoto, Época, a revista do patrão esperto, demitiu Eumano Silva, porque todo mundo sabe que a família Marinho não dá ponto sem nó e jamais reconhece a sua vocação para a prática do golpe e do linchamento moral e político daqueles que, porventura, não atendem à pauta e à agenda dos barões da imprensa, que eles querem impor ao Brasil e ao povo brasileiro, a fim de concretizar seus negócios, bem como os dos trustes internacionais de petróleo e dos banqueiros a quem representam.
Carta Capital põe o dedo na ferida e mostra ao leitor até que ponto pode chegar uma empresa privada para defender seus interesses políticos e empresariais. Veja chafurda na lama do submundo do crime e seu dono, Roberto Civita, tem de ser convocado pela CPMI do Cachoeira-Globo-Abril para dar satisfações à sociedade brasileira e às autoridades competentes. O sistema midiático privado boicotou governos, combateu programas sociais, derrubou autoridades, desestabilizou a governabilidade, além do moer reputações, mentir, manipular, distorcer os fatos e as realidades que se apresentaram principalmente na última década.
Os leitores de Veja, de Época e também dos jornalões conservadores impressos e televisivos deveriam entrar com processos no Judiciário por perdas e danos, trapaças e mentiras, falsidade ideológica e calúnia, injúria e difamação. A imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) prejudica o desenvolvimento social e econômico do Brasil, porque não permite que a nossa sociedade viva em paz para trabalhar.
Os barões da imprensa, os empresários da mídia cartelizada e monopolista são contra o Brasil. Eles fazem oposição a todo aquele que por ideal, ideologia, politicamente e filosoficamente defende os interesses do Brasil. Para combater ideias e sentimentos nacionalistas esses empresários e seus empregados de confiança apostam na baixa estima do cidadão e a apresentam em forma de notícias previamente pautadas e sistematicamente com um enfoque negativo em todos os setores de atividade humana, de forma que o brasileiro passe a ter um conceito péssimo de seu próprio País e, consequentemente, da sociedade com a qual ele convive.
Agora, estamos a ver esses barões e seus jornalistas que se comportam como sabujos a penar para não irem depor na CPMI do Cachoeira. Acontece que suas vísceras estão expostas, e o leitor que comprava e acreditava em suas manipulações e baixarias deve estar a se achar com cara de trouxa, afinal foi enganado durante anos e por todo esse tempo buscou informações sobre os governos, a ser muitas delas, como se comprova agora, montadas de forma criminosa por aqueles que deveriam zelar pela profissão de jornalista e por um jornalismo informativo e realizado por intermédio da verdade.
Postado por Grupo Beatriceàs 12:10 PM 
Posted: 11 Aug 2012 07:40 AM PDT
Edição/247

Num texto publicado no site "turminha do MPF", procurador-geral praticamente inocenta o "chefe da quadrilha"; ele escreve que não há provas, a não ser testemunhais; ora, se uma testemunha (Jefferson) serve para incriminar Dirceu, por que outra (Perillo) não serve para incriminar Lula?
Do Brasil247 - 10 de Agosto de 2012 às 21:28

247 – Oficialmente, o advogado de defesa de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, é José Luiz de Oliveira Lima, mas ninguém lhe defendeu melhor do que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Pois o que Gurgel fez, tanto na sustentação oral como no texto postado no site "Turminha do MPF", que ensina o mensalão para crianças, foi defender o ex-ministro. Eis o que está lá escrito:

Sobre as provas que sustentam a acusação contra José Dirceu, Roberto Gurgel declarou que "não há como negar que, em regra, o autor intelectual nos chamados crimes organizados age entre quatro paredes, em conversas restritas com os demais agentes do crime, quando dita os comandos que guiam as ações dos seus cúmplices. O autor intelectual, quase sempre, não fala ao telefone, não envia mensagens eletrônicas, não assina documentos, não movimenta dinheiro por suas contas, agindo por intermédio de 'laranjas' e, na maioria dos casos, não se relaciona diretamente com os agentes que ocupam os níveis secundários da quadrilha. Lida apenas com um ou outro que atua como seu interlocutor, não deixando rastros facilmente perceptíveis da sua ação. Assim, nesses casos, a prova da autoria do crime não é extraída de documentos ou de perícias mas essencialmente da prova testemunhal, que tem, é claro, o mesmo valor probante das demais provas".

A principal testemunha de acusação contra José Dirceu é o ex-deputado Roberto Jefferson, que, numa entrevista recente, se disse movido por vingança. "Ele me derrubou, mas eu livrei o Brasil de José Dirceu", declarou o presidente do PTB.

A prova testemunhal, segundo Gurgel, tem o mesmo valor probatório das demais provas.

No entanto, há um erro lógico na argumentação do procurador-geral. Se o testemunho de Jefferson vale para incriminar José Dirceu, por que o do governador goiano Marconi Perillo, que disse ter alertado o ex-presidente Lula sobre o mensalão, jamais foi considerado pela acusação?

Qual é a lógica? Simples: não há lógica.
.

Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 11 Aug 2012 07:34 AM PDT


Brecha pode gerar nulidade do Mensalão 
Wálter Fanganiello Maierovitch

Com a costumeira competência,— gostem ou não dele—, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, que defende o réu José Roberto Salgado, avisou, durante a sustentação oral que havia uma brecha, uma fenda, nos autos do processo apelidado de Mensalão.
No caso de algum ministro supremo não enfrentar a questão e surgir uma condenação por desconsiderar a nulidade, Thomaz Bastos, poderá utilizar o chamado remédio heróico. Ou seja, deverá impetrar habeas corpus em face de causa de nulidade absoluta e insanável.
A propósito, a lei processual, em caso de coação ilegal, que caberá habeas-corpus "quando o processo for manifestamente nulo".
Como no momento não interessa alarde, Thomaz Bastos frisou ter o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mudado a acusação. Isto com relação ao libelo de compra de votos e lavagem de dinheiro.
Para Thomaz Bastos, a acusação original, –da lavra do antigo procurador-geral Antonio Fernando de Souza–, afirmava a compra de votos nos casos da reforma da Previdência e da reforma Tributária.
Nas alegações finais e já com a instrução encerrada, –de modo a surpreender a defesa e impossibilitar a oferta de contra-prova–, o procurador Gurgel mudou, alterou o libelo acusatório. E Gurgel, ilegalmente, sustentou que a compra de votos fora para aprovações da Lei de Falências e da PEC-paralela da Previdência.
Atenção: na petição inicial da ação penal acusava-se de compra de votos para apoio ao governo nas votações das reformas Tributária e Previdenciária. Nas alegações finais, substituiu-se para a Lei de Falências e a PEC-paralela da Previdência.
Como exemplifiquei hoje no meu comentário diário no Jornal da CBN, e para os ouvintes entenderem bem, aconteceu como se um réu fosse acusado de assaltar uma agência bancária no Rio de Janeiro e na Pavuna e, depois, quando das alegações finais do processo criminal, o Ministério Público, —parte processual acusadora–, sustentasse que o assalto foi numa agência do Irajá. Em outras palavras, o assalto na Pavuna acabou no Irajá, como Greta Garbo.
Quando da sustentação oral feita pelo ex-ministro Márcio Thomaz Bastos não sei informar aos leitores deste espaço Sem Fronteiras, se os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes já tinham caído nos braços de Morféu, o deus do sonho. Mas, o alerta foi dado por Thomaz Bastos.
Trocando em miúdos, se Gurgel mudou o libelo, está a passar a impressão que não conseguiu provar a acusação original aprsentada pelo seu antecessor Antonio Fernando de Souza.
Apontada a brecha (nulidade) por Thomaz Bastos, já se aproveitaram dela alguns acusados e em posteriores sustentações orais. Dentre eles, ontem, o réu Pedro Corrêa.
Num pano rápido, Gurgel e o seu antecessor Souza, –se o Mensalão não ficar comprovado–, serão comparados a Aristites Junqueira, aquele procurador-geral que não conseguiu, por não ter feito prova, a condenação por corrupção de Collor de Mello.

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Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Aug 2012 07:27 AM PDT



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Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 11 Aug 2012 07:21 AM PDT


Estudo aponta que Policarpo Júnior, jornalista da Veja, determinava linhas de trabalhos da organização de Carlos Cachoeira, extrapolando a relação jornalista-fonte. Parlamentares cobram a convocação do jornalista, que deverá ser decidida na próxima terça-feira (14). "Este estudo demonstra um envolvimento pessoal de Policarpo com a quadrilha, que foi muito além da relação jornalista-fonte. Ele deve, sim, explicações ao país", sustenta o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).
Brasília - O diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Junior, não apenas usava a organização criminosa liderada por Carlinhos Cachoeira como fonte jornalística, mas também solicitava serviços à quadrilha, que iriam embasar as matérias ditas jornalísticas que a revista publicaria dias depois. É o que mostra um estudo realizado pela assessoria técnica da CPMI do Cachoeira (que envolve técnicos da Policia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU), entre outros), a pedido do deputado Dr. Rosinha (PT-PR). "Este estudo demonstra um envolvimento pessoal de Policarpo com a quadrilha, que foi muito além da relação jornalista-fonte. Ele deve, sim, explicações ao país", sustenta.
O deputado protocolou, nesta sexta, (10) novo pedido de convocação do jornalista de Veja. O assunto será discutido pela comissão em reunião administrativa, na próxima terça (14). O primeiro foi apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), mas nem chegou a ser apreciado, por decisão da maioria dos membros. Com as conclusões do estudo, Dr. Rosinha acredita que a grande resistência que alguns parlamentares tinham à convocação de Policarpo será quebrada.
"Alguns membros, como Miro Teixeira, argumentavam que a convocação de jornalistas atentaria contra a liberdade de expressão, mas o estudo demonstra que estamos tratando de uma pessoa tão envolvida com a quadrilha que chegava a determinar suas linhas de trabalhos. Policarpo precisa explicar se participava da organização criminosa, se a usava para atingir seus interesses ou se era usado por ela", acrescenta.
O deputado explica que o estudo se baseia na análise das gravações realizadas pela Polícia Federal (PF), que foi autorizada judicialmente a grampear os telefones dos então supostos membros da quadrilha, durante as Operações Vegas e Monte Carlo. Para surpresa geral, acabaram flagrando várias conversas entre eles, inclusive Cachoeira, com Policarpo de Veja.
Dr. Rosinha conta também que o estudo não apresenta nenhum diálogo novo, que ainda não tenha sido divulgado pela imprensa. Sua originalidade reside no fato de que cruza os diálogos flagrados pelas escutas com o material jornalístico divulgado posteriormente pela revista Veja. "O cruzamento nos permite dimensionar o envolvimento do Policarpo", esclarece.
O deputado admite também que, até o momento, as provas não implicam na participação de outros diretores ou da família Civita, proprietária do Grupo Abril, que edita Veja, com o esquema. "É difícil acreditar que a direção da revista desconhecia o nível da relação de Policarpo com a quadrilha, mas ainda não temos provas definitivas do contrário", esclarece.

Pressão

A pressão para a convocação de Policarpo Júnior à CPMI do Cachoeira cresce no Congresso Nacional. Na última terça-feira (7), o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), afirmou da tribuna que já passou da hora de convidar o jornalista para esclarecimentos. "É impressionante a capacidade que este jornalista tem de estar em coisa enrascada. Eu não sei se ele está envolvido ou não, mas tudo que tem enrosco, grampo e arapongagem ele está dentro. E paira uma dúvida, se é como jornalista ou membro do crime organizado", disse.
Já o senador Fernando Collor (PTB-AL), em discurso nesta sexta-feira (10), no plenário do Senado, disse não ter dúvidas de que Policarpo Júnior pertence à quadrilha e reforçou a tese de Rosinha, afirmando que o jornalista ora recebia encomendas da organização de Cachoeira, ora pedia a eles que grampeassem parlamentares e outras pessoas, "o que servia aos interesses políticos e interesses comerciais dessa verdadeira cambada", disparou.
Segundo o senador, há uma clara relação de dependência entre a organização criminosa e a revista Veja desde 2004, pelo menos, e já é hora de Policarpo Júnior prestar informações sobre as mais de 100 interceptações telefônicas dele com integrantes da organização criminosa. As razões apontadas são a gama de informações que ele dispõe, em segundo porque já não existiria nenhum sigilo da fonte a ser preservado, uma vez que a relação já é pública e admitida pelo próprio veículo e, em terceiro, porque ele não tem motivos para se calar na CPMI, como outros depoentes convocados tem feito. "Não são os meios [de comunicação] que insistem em afirmar que a CPMI não deseja aprofundar as investigações? Eu desejo aprofundar as investigações", provocou.
Outro fato que reacendeu a possibilidade de convocação de representantes da revista Veja à CPMI do Cachoeira foi a denúncia feita pelo juiz da 11º Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos. De acordo com o juiz, a esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, o teria chantageado, em troca de vantagens para seu marido, com a divulgação, na revista Veja, de um dossiê que o comprometeria. Em sua última edição, a revista Veja se defendeu afirmando, entre outras coisas, não fazer e não divulgar dossiês. "Quem pode acreditar nesta balela?", questionou Collor da tribuna do Senado.
Najla Passos e Vinicius Mansur
No Carta Maior


Posted: 11 Aug 2012 07:17 AM PDT



A relação do diretor da sucursal de Veja com a quadrilha do bicheiro Carlos Cachoeira era bem mais profunda do que se pensava, revelam gravações da PF.
Leandro Fortes
Na quarta-feira, dia 14, o deputado Dr. Rosinha (PT/PR) irá ao plenário da CPI do Cachoeira para fazer o que ninguém teve coragem até agora: enfrentar a mídia. Com base em um documento preparado a partir de todo material enviado à comissão pela Polícia Federal, o parlamentar vai apresentar um requerimento de convocação do jornalista Policarpo Jr., diretor da revista Veja em Brasília Não será um pedido qualquer. O parlamentar tem em mãos um quadro completo das ligações escusas do jornalista e da semanal da Editora Abril com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Um relicário de quase uma centena de interceptações telefônicas feitas pela PF nas operações Vegas (2009) e Monte Carlo, realizada em 29 de fevereiro deste ano. A conclusão é devastadora. Da encomenda de um grampo ilegal contra um deputado federal à subordinação da sucursal de Veja ao esquema criminoso de Cachoeira, as informações repassadas à CPI revelam uma ligação pessoal ostensiva entre o repórter e o bicheiro. A avaliação de mais de 100 páginas preparada para o deputado, à qual CartaCapital teve acesso, demonstra como Cachoeira fornecia fotos, vídeos, grampos e informações privilegiadas do mundo político e empresarial ao jornalista. O bicheiro usava, sem nenhum escrúpulo, a relação íntima que mantinha com Policarpo Jr. para plantar notícias contra inimigos. Em contrapartida, a revista protegia políticos ligados a ele e deixava, simplesmente, de publicar denúncias que poderiam prejudicar os interesses da quadrilha.
As interceptações da PF provam o que a revista nega desde o primeiro momento em que teve seu nome ligado ao bicheiro. Não se trata simplesmente do ecumênico trabalho jornalístico em busca da notícia que obriga repórteres a se relacionarem com anjos e bandidos, gregos e troianos. É algo muito mais profundo, uma ligação na qual os interesses "comerciais" do contraventor estavam umbilicalmente ligados aos interesses políticos da revista, a ponto de estimular uma cobertura seletiva e levar a publicação a promover ostensivamente um político, o senador Demóstenes Torres, que colocou seu mandato a serviço da bandidagem.
Cachoeira costumava escalar a dupla de arapongas Jairo Martins e Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, para levantar informações e negociá-las com a Veja. O jornalista, por sua vez, mantinha encontros periódicos com o bicheiro e alguns de seus capangas, a fim de confirmar, encomendar e reunir informações para reportagens da revista. As informações da PF com histórico de textos publicados pelo semanário demonstram que Policarpo Jr. tinha conhecimento do funcionamento da quadrilha e usufruía dos métodos ilegais de captação de informações.
O objetivo básico dessa relação para a revista contra alvos específicos. Em troca, Policarpo Jr. informava o grupo de Cachoeira sobre o que seria publicado, uma sinergia viciante iniciada em 2004 e, ao longo dos últimos oito anos, transformada numa relação de dependência mútua sem a qual esse inédito esquema de crime organizado não teria se concretizado. Nem Cachoeira teria o poder que chegou a ter nem Veja teria as informações, quase nunca embasadas em provas reais, para produzir escândalos.
Há um momento crucial em que a participação de Policarpo Jr. no esquema criminoso tornou-se inquestionável, impossível de ser interpretada como mera relação entre um jornalista e sua fonte. Em 26 de julho de 2011, uma terça-feira, uma interceptação telefônica flagrou uma conversa entre o repórter e o bicheiro. Sem mais delongas, o jornalista pede ao contraventor para grampear um parlamentar da base governista.
Policarpo – É o seguinte, não, eu queria te pedir uma dica, você pode falar?
Carlinhos – Pode falar.
Policarpo – Como é que eu levanto aí uma ligações do Jovair Arantes, deputado?
Carlinhos – Vamos ver, uai. Pra quando, que dia?
Policarpo – De imediato, com a turma da Conab.
Carlinhos – O Neguinho.
Policarpo – Hã?
Carlinhos – Deixa eu ver com ele, o Neguinho, vou falar para ele te procurar aí.
Em suma, o diretor da sucursal da Veja queria saber com quem o deputado Jovair Arantes (PTB/GO) andava conversando ao telefone entre os dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura. Para tal missão, segundo a íntegra do áudio, Cachoeira avisou que iria destacar "Neguinho", apelido do delegado da Polícia Federal Deuselino Valadares, informante da quadrilha preso durante a Operação Monte Carlo. Ou seja, Policarpo Jr. não apenas sabia das atividades de arapongagem clandestina do bicheiro com fazia encomendas específicas para alimentar o noticiário da Veja.
Três dias depois, em 29 de julho de 2011, outro grampo detectou uma conversa entre um certo "Paulo Abreu" e Jairo Martins. Como jamais apareceu outra interceptação, "Paulo" deve ser Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Construções no Centro-Oeste. No áudio, o araponga avisa a Abreu que, naquela semana, a revista da Abril iria sair com uma reportagem da Conab. Diz ainda que Veja iria "bater" em seis diretores do órgão. Informação realmente de primeira: no mesmo dia, a revista estampou uma entrevista com Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá (PMDB/RR), então líder do governo no Senado.
Ex-diretor-financeiro da Conab, Jucá Neto havia sido demitido na semana anterior por supostamente ter autorizado o pagamento de R$8 milhões a uma empresa fantasma, segundo denúncia veiculada pela própria Veja. Na nova edição da revista, Jucazinho destilou seu fel contra a Conab e acusou o então ministro da Agricultura, Wagner Rossi, do PMDB, de comandar um esquema de corrupção na pasta. Rossi seria demitido um mês depois.
Só no meio da reportagem é possível compreender o interesse de Policarpo Jr. no deputado Jovair Arantes, então líder do PTB na Câmara. O parlamentar aparece como beneficiário do dinheiro de campanha doado pela Caramuru, de Goiás, uma das maiores empresas de armazenagem de grãos do País. A companhia estaria negociando o recebimento irregular de uma dívida de R$20 milhões por parte da Conab, em troca de distribuir R$5 milhões em propinas entre os diretores do órgão, segundo Jucazinho.
A reportagem da revista não trouxe, porém, uma única prova para sustentar as declarações do ex-diretor da Conab, muito menos para incluir Arantes como das supostas negociações de propina com a Caramuru. Ao que parece, ou a encomenda de Policarpo Jr. não foi entregue a tempo ou o delegado Deuselino Valadares não fez o dever de casa. O deputado do PTB goiano acabou envolvido na Operação Monte Carlo por outro caminho. Arantes foi flagrado em grampos da PF quando negociava dinheiro de campanha com Cachoeira em troca de apoio ao projeto de legalização do jogo no Brasil.
O marco inicial da relação do bicheiro e o jornalista, a quem Cachoeira e alguns capangas chamavam eventualmente de "Poli", "PJ" ou "Júnior", pode ser determinado em 22 de fevereiro de 2005. Naquela data, Policarpo Jr. foi depor de forma voluntária ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e defendeu Cachoeira. O depoimento serviu para vitimizar e inocentar o bicheiro de suas ligações espúrias com o Congresso Nacional. À época, o contraventor alegou ter sido chantageado pelo ex-deputado André Luiz (PMDB/RJ). O parlamentar teria exigido propina para não incluí-lo no relatório final da CPI da Loterj, a conturbada estatal de loterias do Rio de Janeiro.
Segundo Cachoeira, André Luiz havia pedido R$4 milhões, mas queria um adiantamento de R$200 mil para pagar dívidas de campanha de um filho. O bicheiro gravou a conversa, pegou um laudo do perito paulista Ricardo Molina e deu para Policarpo Jr. produzir uma reportagem. A reportagem de Veja, intitulada "Vende-se uma CPI", foi publicada em 27 de outubro de 2004.
No depoimento que deu á Comissão de Ética da Câmara, Policarpo Jr. afirmou ter sido procurado por Cachoeira porque este, segundo ele, tinha interesse em conversar com um veículo "independente" e um jornalista de "boas referências".
 
 A gratidão do bicheiro não tardaria a se manifestar. Em maio de 2005, por meio de um trabalho de arapongagem de Jairo Martins, viria à tona o vídeo onde Maurício Marinho, então diretor dos Correios indicado pelo PTB, recebia propina para facilitar licitações na estatal. A denúncia levaria o deputado Roberto Jefferson a denunciar a existência do chamado "mensalão".
Em 22 de março deste ano, em entrevista à mídia, o ex-prefeito de Anápolis (GO) Ernani de Paula jogou um pouco de luz nessa trama. Segundo ele, em 2003, Demóstenes Torres, senador cassado recentemente, era cotado para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. Para tal, precisaria migrar do DEM para o PMDB, partido da base aliada. O movimento iria permitir ainda que a ex-mulher de Ernani de Paula, suplente de Demóstenes, ganhasse um mandato no Senado. O ex-prefeito diz ter convicção de que o flagrante a Marinho nos Correios foi armado por Cachoeira e Demóstenes para atingir o então ministro José Dirceu.
Hoje se sabe que os planos de Cachoeira dependiam da construção da imagem de Demóstenes, proposto da quadrilha no Senado, como paladino da moralidade pública. A partir desse personagem, falso como uma nota de R$3,00, o bicheiro conseguiu agregar apoio na mídia. A participação de Veja foi fundamental. "Não há dúvidas de que o mito de Demóstenes foi construído na Veja e replicado pelo resto da mídia", avalia Dr. Rosinha.
Aos poucos, foi possível à PF mapear, desde 2009, por meio da Operação Vegas, como se construir a curiosa disputa entre Cachoeira e Demóstenes pela atenção e a amizade de Policarpo Jr. Estrategicamente, a revista cuidou de consolidar a relação com o bicheiro por meio de reportagens laudatórias sobre o senador do DEM.
A mais marcante foi publicada em 4 de julho de 2007. Intitulada "Os mosqueteiros da ética", trazia uma série de parlamentares que supostamente representariam a defesa de valores republicanos e democráticos no Congresso contra as torpezas e a corrupção. Demóstenes era um dos destaques. O ex-senador ainda iria brilhar em uma entrevista nas páginas amarelas da revista, na qual foi vendido como o escolhido do povo brasileiro na luta contra a corrupção.
As informações passadas à CPI demonstram que Cachoeira e Demóstenes eram consultados antes de as notícias serem publicadas, não se sabe se com ou sem a autorização da redação de Veja em São Paulo. Também atuavam para impedir a publicação de notícias consideradas prejudiciais à quadrilha.
Em uma conversa gravada em 13 de maio de 2009, Demóstenes pede a Cachoeira para convencer Policarpo Jr. a entrevistar o delegado Aredes Correia Pires, então corregedor-geral de Segurança Pública de Goiás no governo de Marconi Perilo, do PSDB. Pires havia sido subordinado do ex-senador do DEM na Secretaria de Segurança Pública. "Ele [Policarpo] é de confiança, você sabe que ele nunca furou com a gente", insiste Demóstenes. O bicheiro promete resolver o problema.
Em outro grampo, de 19 de maio de 2009, Demóstenes se desespera com a possibilidade de Policarpo Jr., por ter desprezado o delegado, se voltar contra a quadrilha. "Poli me ligou dizendo que vai estourar o diretor-geral aí [corregedor-geral Aredes Pires]", choraminga o ex-senador a Cachoeira. Em seguida, pede para o bicheiro conseguir "umas fotos" para calar a boca do jornalista. "Mas pelo menos as fotos vê se consegue, senão [Policarpo] acaba arrancando a cabeça do Aredes e fica a pior situação do mundo." A PF não identificou de quais fotos o ex-senador e o bicheiro falavam, mas a estratégia deu certo. Veja nunca publicou qualquer denúncia contra o delegado Pires, mas tarde apontado pela Monte Carlo como informante da quadrilha.
Entre os dias 9 e 16 de maio de 2011, a PF flagrou outro conjunto de conversas que revelam a articulação de Cachoeira e Cláudio Abreu para evitar a publicação de reportagem sobre a suposta ligação da Delta com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT. Obviamente, para preservar a empreiteira de Fernando Cavendish. Como pode ser verificado na interceptação de 9 de maio, Abreu conta a Cachoeira que Cavendish "já tem um discurso" para resolver a crise e revela que estão todos satisfeitos com a atuação de Demóstenes no Senado. O bicheiro avisa que vai encontrar o diretor de Veja em "20 minutinhos" no prédio da empreiteira para resolver a questão.
Em um grampo de 10 de maio de 2011, Cachoeira conversa com Abreu sobre um almoço que teve com Policarpo Jr. para tratar de um suposto encontro, em Itajubá (MG), de José Dirceu com Cavendish. O encontro teria sido intermediado pelo ex-governador do DF José Roberto Arruda, defenestrado do cargo por denúncias de corrupção.
Cachoeira diz a Abreu que a fonte é "furada" e garante que o assunto vai morrer na revista. "O Policarpo confia muito em mim", diz o bicheiro. "Vou te mostrar a mensagem que ele passou pra mim antes, 10 horas da manhã, pra eu me encontrar com ele aqui em Brasília." A confiança de Policarpo Jr., neste caso, mostrou-se mesmo inabalável. Nada saiu a respeito do suposto encontro.
Em conversa interceptada em 16 de maio de 2011, Demóstenes comemora aliviado o recuo de Policarpo Jr. em relação ao tem. "Morreu o assunto, né? Tranquilo. Então, beleza, isso aí resolveu, então, 100% resolvido", diz Cachoeira. O bicheiro esclarece: "Foi a conversa que eu e o Cláudio [Abreu] tivemos lá com o Policarpo. Foi bom demais, valeu."
Em outra conversa, ainda em 10 de maio de 2011, Cachoeira conta a Abreu, em linguagem chula, como fez para convencer o jornalista a não publicar nada contra a Delta. "Enfiei tudo no rabo do Pagot! Aquela hora, Policarpo estava na minha frente."
Em seguida, dá a dica definitiva ao diretor da Delta de como se comportar nesses casos: "Você me fala, então, depois, porque por fora eu posso ajudar demais plantando em cima dele [Policarpo], igual plantei do Pagot naquela hora. Ele anotou tudo, viu? Uma beleza. Pagot tá fodido com ele."
E estava mesmo. Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, foi demitido dois meses depois da conversa entre o bicheiro e o repórter. Exatos 26 dias após o almoço, Veja denunciaria um suposto esquema de cobrança de propinas para beneficiar o Partido da República (PR) nos contratos do Dnit.
A partir da Monte Carlo e das revelações nos diálogos entre Cachoeira e Policarpo Jr. foi possível descobrir o que realmente ocorreu. Pagot pode não ser um beato, mas sua queda tem mais a ver com o fato de ele ter contrariado interesses da Delta e da quadrilha. O ex-diretor cometeu o erro de criar problemas para a construtora em licitações. Em uma delas, por exemplo, a Delta foi investigada pelo Dnit por ter subcontratado uma empresa para obras de recuperação de um trecho de 18 quilômetros da BR116, no Ceará, sem autorização pra tal. Em uma conversa captada pela PF em 20 de março de 2011, Cachoeira revela a Demóstenes que Policarpo Jr. teria censurado uma entrevista feita em setembro de 2010, véspera das eleições, por Diego Escosteguy, então repórter da sucursal de Brasília. Na entrevista, Arruda, ex-governador cassado por corrupção, envolvia figurões nacionais do DEM e do PSDB no esquema de propinas no Distrito Federal. A entrevista só seria publicada em 18 de março de 2011, mas pela concorrente Época, para onde Escosteguy se transferira (clique aqui).
Ainda assim, o diretor de Veja tentou dar uma rasteira no ex-subordinado. Na quinta-feira anterior à publicação da entrevista em Época, Policarpo Jr. vazou diversos trechos da entrevista para o site da semanal da Abril na internet. Uma tentativa pueril de atingir a concorrência e, principalmente, de tentar camuflar a censura anterior. "O Policarpo ajudou também, viu? Ia foder todo mundo. Mas você viu que ele ficou com medo e recuou. Tenho certeza que recuou por causa de seu nome", revelou o bicheiro, para a satisfação do ex-senador do DEM.
Dono da situação, Cachoeira passou a pautar todo tipo de reportagem, a fim de favorecer os negócios da Delta. Em um grampo de 29 de junho de 2011, o bicheiro conversa sobre uma notícia encomendada a Veja por Abreu. Tratava-se de uma reunião de 70 construtoras da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor) para encaminhar a licitação de uma obra na BR280, em Santa Catarina. A reunião, marcada para acontecer em Curitiba, segundo Cachoeira, seria em 1º de julho de 2011.
O evento era um prato cheio. Naquela mesma semana, a sucursal de Brasília preparava uma reportagem sobre supostos esquemas de corrupção no Ministério dos Transportes. Os alvos eram o então titular da pasta, Alfredo Nascimento, presidente do PR, e Pagot. Em uma conversa captada pela PF, Cachoeira e Abreu combinam a infiltração de alguém da revista na reunião e a retirada estratégica dos representantes da Delta do evento. O bicheiro e o diretor da empreiteira mal conseguem se segurar de tanta excitação:
Carlinhos Cachoeira – Teve com Policarpo?
Cláudio Abreu – Cara, show de bola, achei que ele ia beijar minha boca.
Em seguida, traçam a estratégia de infiltração de um repórter, de preferência Policarpo Jr.
Cláudio Abreu – Já mandei o pessoal da Delta sair, né? Que nós não vamos participar da obra. Então falei para eles ir (sic) lá. Ele [Policarpo] vai lá. Falou: "Tem jeito de entrar?". Falei:"Tem, cara, você infiltra lá e grava a conversa, o sorteio, vão sortear duas obras." Ele tem de falar que é de uma empreiteira. Talvez, dar caução.
Carlinhos Cachoeira – Ele vai fazer o trem? Vai tá lá?
Cláudio Abreu – falou que ia mandar gente.
No dia seguinte, 30de junho, Cachoeira apressa-se em ligar para Demóstenes para contar sobre a reunião da Aneor, em Curitiba. "Passei um trem para o Policarpo aí hoje, que ele vai bamburrar, viu?", conta o bicheiro ao ex-senador do DEM. "Só guarde para nós aí, que ele vai infiltrar lá." Demóstenes não se contém: "Show de bola, show de bola! Aí vai ser de derruba." Cachoeira dá os últimos detalhes e pede sigilo sobre a operação: "Não conta pra ninguém, ele vai com filmadora e tudo."
A reportagem "O mensalão do PR" gerou uma crise imediata na cúpula do Ministério dos Transportes, mas não conseguiu derrubar o ministro Alfredo Nascimento. Um dia depois, em 2 de julho de 2011, Cachoeira voltou a conversar com Abreu para falar da repercussão.
Cláudio Abreu – Rapaz, o [Policarpo] Junior, o amigo nosso em Brasília, é mais forte que Aldrin 40 (agrotóxico inseticida). Você chegou a ler a matéria dele hoje, não é?
Carlinhos Cachoeira – Não. O que ele falou? Foi boa?
Cláudio Abreu – "Agora, às 15 horas e 12 minutos, a presidente Dilma Rousseff convoca o ministro dos Transportes e manda afastar todos os citados na reportagem da Veja." Entra no site do UOL que você vai ver. A matéria ficou boa pra caralho, ele citou a reunião [da Aneor, em Curitiba], cara.
Carlinhos Cachoeira – Você é forte também, hein, Cláudio!
Cláudio Abreu – Você que é forte, amigo. Ainda bem que sou seu amigo. Eu já mandei uma mensagem pra ele [Policarpo], manda uma pra ele. Ele tem um Viber [aplicativo de mensagens para celular], manda um Viber pra ele. Eu botei assim: "Sua matéria já deu repercussão, você é mais forte que Aldrin 40." Ele respondeu: "Já? Já teve repercussão?" Falei: "Veja o site do UOL." Falou: "Vou ver, abraço."
Um dia após a saída de Nascimento dos Transportes, em 7 de julho de 2011, Cachoeira falava como se fosse chefe de Policarpo Jr. Naquele dia, o bicheiro iniciou um forte lobby para promover um apadrinhamento político instalado no governo Perilo, o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto. Em mais uma conversa interceptada pela PF, Cachoeira diz para Abreu: "Você está com Policarpo Junior? Fala para ele fazer uma reportagem aí. O Thiago tá fazendo uma revolução na educação aqui. Manda ele designar um repórter pra cobrir."
Havia um interesse comercial. Em uma conversa de 9 de junho de 2011, Cachoeira fala com um comparsa da quadrilha, Gleyb Ferreira da Cruz, sobre um projeto de construção de escolas de baixo custo em Goiás. "Comenta com ninguém não, mas o Thiago [Peixoto, secretário de Educação] passou o modelo pra nós, tá? Vai alugar várias escolas no estado, entendeu? E vamos construir, porque na hora que sair [a licitação], tá pronta, é só fornecer", diz o bicheiro. Em dezembro do mesmo ano, a capa da Veja seria inspirada em um projeto de educação "de qualidade e baixo custo" na China.
Não foi surpresa nenhuma para a PF e para CPI, portanto, quando a 15 dias a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, tentou chantagear o juiz federal Alderico Rocha Santos com um dossiê, segundo ela produzido por Veja. Andressa teria dito, contou o juiz: "O senhor conhece Policarpo Junior? O Carlos [Cachoeira] contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê."
O bicheiro continua preso e Andressa teve de pagar uma fiança de R$100 mil para não acabar no xadrez (clique aqui).
Nota do Blog Limpinho: O texto de Leandro Fortes foi digitado da revista CartaCapital, nº 710, de 15/8/2012, páginas 24 a 29. Este blog só retirou da matéria imprensa da revista as imagens das conversas do bicheiro com seus capangas. As demais que estão no post foram capturadas da internet.

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