SARAIVA 13
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- A pergunta que não quer calar: Por que o mensalão de Azeredo foi desmembrado?
- Ética oportunista?
- Charge do Bessinha: Lista de Furnas
- Pig (*) frauda currículo de Peluso
- GILMAR MENDES QUER CENSURAR A WIKIPÉDIA DO BRASIL
- A história do mensalão por trás da cortina da mídia
- Depois de Chávez o próximo da fila
- A maldição da Procuradoria Geral da República
- PSDB debocha do povo paulista
- Vira-latas nunca mais
- Baseado em artigo de FHC: a vitória do PT nas eleições presidenciais, em 2014, é "INESCAPÁVEL".
- Corrupta chora pelo voo da galinha do Mensalão. Tá dando pena!
- Gilmar Mendes pede à PF investigação da Wikipédia e blogueiros
- O Mensalão e a Prostituta
- FHC atira no pé
- Charge Online do Bessinha: MADAME...
- A ofensiva neoconservadora e a Venezuela no Mercosul
- Vídeo: E agora José?
- Cerra não é mais o Zezinho 30. Caiu !
- Terra: outro exemplo da peleja da mídia contra Dilma, Lula e o PT
- MINISTROS DO STF APONTAM FRAGILIDADE DA ACUSAÇÃO NA AÇÃO PENAL 470
- Revista Veja é condenada a indenizar em R$ 200mil o governador Deda, do PT.
- Rejeição a Cerra lidera na Chuíça
- Autópsia do Gurgel: foi mais do mesmo
- A piada do Gurgel
Posted: 05 Aug 2012 05:08 PM PDT
Dois pesos e dois mensalões - JANIO DE FREITAS A premissa de serem crimes conexos os atribuídos aos réus do mensalão do PT não valeu para o mensalão mineiro Na sua indignação com o colega Ricardo Lewandowski, o ministro Joaquim Barbosa cometeu uma falha, não se sabe se de memória ou de aritmética, que remete ao conveniente silêncio de nove ministros do Supremo Tribunal Federal sobre uma estranha contradição sua. São os nove contrários a desdobrar-se o julgamento do mensalão, ou seja, a deixar no STF o julgamento dos três parlamentares acusados e remeter o dos outros 35, réus comuns, às varas criminais. De acordo com a praxe indicada pela Constituição. Proposto pelo advogado Márcio Thomaz Bastos e apoiado por longa argumentação técnica de Lewandowski, o possível desdobramento exaltou Barbosa: "Essa questão já foi debatida aqui três vezes! Esta é a quarta!" Não era. Antes houve mais uma. As três citadas por Barbosa tratavam do mensalão agora sob julgamento. A outra foi a que determinou o desdobramento do chamado mensalão mineiro ou mensalão do PSDB. Neste, o STF ficou de julgar dois réus com "foro privilegiado", por serem parlamentares, e remeteu à Justiça Estadual mineira o julgamento dos outros 13. Por que o tratamento diferenciado? Os nove ministros que recusaram o desdobramento do mensalão petista calaram a respeito, ao votarem contra a proposta de Márcio Thomaz Bastos. Embora a duração dos votos de dois deles, Gilmar Mendes e Celso de Mello, comportasse longas digressões, indiferentes à pressa do presidente do tribunal, Ayres Britto, em defesa do seu cronograma de trabalho. A premissa de serem crimes conexos os atribuídos aos réus do mensalão petista, tornando "inconveniente" dissociar os processos individuais, tem o mesmo sentido para o conjunto de 38 acusados e para o de 15. Mas só valeu para um dos mensalões. Os dois mensalões também não receberam idênticas preocupações dos ministros do Supremo quanto ao risco de prescrições, por demora de julgamento. O mensalão do PSDB é o primeiro, montado já pelas mesmas peças centrais -Marcos Valério, suas agências de publicidade SMPB e DNA, o Banco Real. Só os beneficiários eram outros: o hoje deputado e ex-governador Eduardo Azeredo e o ex-vice-governador e hoje senador Clésio Andrade. A incoerência do Supremo Tribunal Federal, nas decisões opostas sobre o desdobramento, é apenas um dos seus aspectos comprometedores no trato do mensalão mineiro. A propósito, a precedência no julgamento do mensalão do PT, ficando para data incerta o do PSDB e seus dois parlamentares, carrega um componente político que nada e ninguém pode negar. A Polícia Federal também deixa condutas deploráveis na história do mensalão do PSDB. Aliás, em se tratando de sua conduta relacionada a fatos de interesse do PSDB, a PF tem grandes rombos na sua respeitabilidade. Muito além de tudo isso, o que se constata a partir do mensalão mineiro, com a reportagem imperdível de Daniela Pinheiro na revista "piauí" que chegou às bancas, é nada menos do que estarrecedor. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com seu gosto de medir o tamanho histórico dos escândalos, daria ali muito trabalho à sua tortuosa trena. Já não será por passar sem que a imprensa e a TV noticiosas lhes ponham os olhos, que o mensalão do PSDB e as protetoras deformidades policiais e judiciais ficarão encobertas. É hora de atualizar o bordão sem mudar-lhe o significado: de dois pesos e duas medidas para dois pesos e dois mensalões. Também do Blog O TERROR DO NORDESTE. |
Posted: 05 Aug 2012 05:03 PM PDT
O julgamento do denominado "mensalão", mais cedo ou mais tarde, teria mesmo que ocorrer. E, se comprovadas ações fraudulentas, terá que haver condenações e punições. Isso é ponto pacífico para quem preza a ética e a dignidade. Mas há muitas outras considerações a fazer em torno do assunto. Um deles: a provocada "coincidência" de um julgamento que ocorre às vésperas de um processo eleitoral, com a clara intenção de levar a população a rejeitar um determinado partido político, como se os demais – inclusive a oposição demotucana – não estivessem metidos em maracutaias iguais ou maiores, envolvendo recursos públicos. Os que zelam pelo código eleitoral, tão ciosos na fiscalização de atitudes e atos que configurem vantagem para estes ou aqueles candidatos no momento das eleições, não só acham normal essa "estratégia", mas aproveitam o ensejo para aparecer diante da sociedade como heróis da ética, talvez para minimizar outros momentos bem recentes em que o poder judiciário não andou muito bem cotado...Já deu para perceber a parafernália que a Globo armou em torno do assunto , como braço midiático nada disfarçado do tucanato. Note-se que não estou falando em oposição – que, para muitos, é da essência da atividade jornalística – mas de atos que integram um projeto político de desarticulação de um grupo para ascensão de outro, o que é bem diferente. Quantas vezes você já ouviu essa mídia referir-se com a mesma ênfase ao mensalão mineiro, que tem como protagonista um ex- presidente do PSDB e como ator o mesmo Valério? Quantas chamadas ou dossiês elaborados pela mídia majoritária você percebeu quando da documentada denúncia , que passou batida, do jornalista Amauri Ribeiro Jr, no livro "Privataria Tucana" ? E por que esses mesmos órgãos não foram tão defensores do "jornalismo investigativo" no propalado episódio da compra de votos para a instituição da reeleição que beneficiou FHC? A ética, como a honestidade e a dignidade, não admite relativismos. Uma "ética direcionada", oportunista, acaba sendo a negação de si mesma.Para que não paire dúvidas sobre a minha posição: acho que tudo deve ser apurado neste episódio do mensalão. É preciso verificar se se tratou de uma modalidade do condenável processo conhecido como caixa 2, ou se foi mesmo usurpação do dinheiro público. E, em qualquer hipótese, deve-se punir a quem de direito, se for o caso. Mas, a partir daí, e sem tréguas, impõe-se que os cidadãos brasileiros exijam outras apurações e punições , que passam pelo mensalão do PSDB de Minas, pela Privataria Tucana, pela Operação Cachoeira e todos os episódios que possam caracterizar os chamados malfeitos.Com relação à clara tentativa de influenciar o processo das eleições municipais e desestabilizar o Governo – ocupando espertamente, em tempos de eleição, espaços nos jornais e na tevê que francamente pretendem beneficiar os que se opõem ao PT -, pessoalmente não acredito nas consequências que se imaginam com essa "estratégia". Há uma maioria de brasileiros – a que escolheu pelo voto os componentes do atual governo e seu programa de objetivos – que, mesmo admitindo sejam punidos os mensaleiros (se comprovados os crimes) - torce para o sucesso da caminhada de Dilma e saúda cada vitória do Governo como algo que, no final do percurso, redundará no bem comum. Queiram ou náo os arautos do caos, os cronistas da tragédia anunciada, eles são absoluta minoria em nosso país. Provam-no os índices de aceitação do Governo e a divulgação de recente pesquisa mundial segundo a qual os brasileiros são o povo mais otimista do planeta. É que, apesar das conhecidas hienas e urubus do jornalismo, que vivem insinuando a iminência de catástrofes e desgraças no nosso campo econômico e social, o povo brasileiro, no geral, está vivendo melhor, comendo melhor, frequentando mais a escola, tendo mais emprego, mais acesso à informação. Ainda falta muita coisa, muita coisa mesmo, mas se a mais insignificante das amebas pudesse refletir sobre o nosso país, hoje, concluiria no sentido de que estamos avançando.Devemos todos acompanhar com atenção esse processo judicial, sabendo retirar dele o joio e o trigo. Ele pode contribuir, se tiver seguimento, para o aperfeiçoamento de nossas instituições. Pode provocar, finalmente, uma séria e indispensável reforma política. Pode nos levar, quem sabe, a perceber que um sistema econômico calcado no lucro fácil e em valores perversos é que acaba levando à corrupção, essa doença social que não é de um partido, mas predomina em muitos segmentos institucionais brasileiros, dentro e fora da política. Mas também pode ser que apenas funcione como casuístico instrumento oportunista , que , uma vez atingidos seus propósitos de ocasião, continue omisso diante de todos os outros episódios similares, frustrando as expectativas da verdadeira cidadania.
Rodolpho Motta LimaAdvogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.Direto da Redação
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Posted: 05 Aug 2012 02:26 PM PDT
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Posted: 05 Aug 2012 02:20 PM PDT
Será que o pessoal da redação da Folha não sabe acessar a internet?
Saiu no Blog do Nassif:
A imprensa e a imagem dos ministros do STFPor Yuri Carajelescov Comentário do post "As sessões do STF sobre o mensalão" Mais um episódio dessa comédia bufa em que se converteu o julgamento do mensalão é dizer que Peluso é sumidade do Direito Penal. A imprensa que tem lado e quer, custe o que custar, a condenação de Dirceu, já pautou o julgamento e agora busca definir quais ministros podem ou não julgar. Primeiro foi a pressão pelo impedimento de Toffoli, mas nenhuma palavra sobre as recentes diatribes de Gilmar Mendes, que se dizia chantageado por esses que qualificou como "bandidos", justamente os réus da AP 470, nem sobre as suspeitas sobre seu envolvimento no mensalão do PSDB, a origem. Depois, para que o julgamento se conclua antes da aposentadoria de Peluso, que ideologicamente se alinha à direita como a imprensa, ou que este, vejam só, antecipe o voto, em excepcional inversão do procedimento. Mas não dá para dizer isso sob luz do dia, às claras, porque senão até os mais gaiatos perceberiam a natureza política do julgamento. Então vale tudo, como na manchete principal do UOL de hoje que converteu Peluso em autoridade do Direito Penal. Até meu estagiário primeiranista de Direito sabe que essa não é a praia de Sua Excelência, que é professor de processo civil e autor de obras de direito de família. Logo, não é por essa razão que a imprensa, a fórceps, exige que Peluso emita seu voto. Mentira? Então vale conferir o currículo do Ministro publicado no site do STF: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/sobreStfComposicaoComposicaoPlenariaAp… Será que o pessoal da redação da Folha não sabe acessar a internet? Não creio, como não posso crer que os Ministros aceitem mais essa pressão para realizar julgamento a toque de caixa, segundo o ritmo da grade de programação da Globo e não o da Constituição e das leis, o que seria a completa e cabal desmoralização da Justiça deste país. Clique aqui para ler "Mervais querem que Peluso se vingue de Dirceu". E aqui para ler sobre a" Etica de Rezek, o árbitro de Dantas" (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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Posted: 05 Aug 2012 02:07 PM PDT
MINISTRO NÃO GOSTOU DO "VERBETE" SOBRE SUA PESSOA - E AINDA QUER PROIBIR ALGUNS BLOGS E SITES DE RECEBEREM POR PROPAGANDA DE ESTATAIS.
O Ministro do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - GILMAR MENDES - já está novamente ocupando o noticiário envolto em mais uma polêmica. Agora, Gilmar Mendes representou contra a ENCICLOPÉDIA VIRTUAL WIKIPÉDIA e pediu providências à Polícia Federal.
Segundo o jornalista João Bosco conta na sua coluna do Estadão: A parte do verbete que deu causa à reação do ministro foi a que reproduz denúncia da revista Carta Capital que ele contesta judicialmente. Gilmar sustenta que por ser um dicionário o verbete deve ser estritamente informativo sobre o biografado, sem absorver avaliações de terceiros ou denúncias jornalísticas.
VEJA AQUI O QUE A WIKIPÉDIA TRAZ SOBRE GILMAR MENDES
Foi Advogado-Geral da União no Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), sendo empossado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em 20 de junho de 2002, por indicação do então Presidente da República do Brasil. Foi presidente do STF de 2008 a 2010. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Gilmar Mendes já recebeu diversas menções honrosas, em especial pelos serviços prestados à cultura jurídica, como defensor das garantias do Estado Democrático de Direito e da altivez do Poder Judiciário Brasileiro, e pelo reconhecimento em homenagem aos relevantes serviços prestados à Justiça Brasileira. [carece de fontes]
Mencione-se a concessão do Prêmio Luís Gama, do Instituto Pro Bono, como reconhecimento público ao comprometimento e dedicação à causa da advocacia de interesse público, ao acesso à Justiça e à prática da advocacia pro bono no Brasil, em 12 de abril de 2010. Em dezembro de 2008, Gilmar Mendes recebeu o Prêmio Franz de Castro de Direitos Humanos da OAB-SP [editar]Denúncias veiculadas na Carta Capital (Essa parte o Ministro quer CENSURAR)
Em matéria de 2012, Carta Capital veiculou diversas denúncias contra Gilmar Mendes. Nela, Mendes é acusado de sonegação fiscal], de ter viajado em aviões cedidos pelo ex-senador Demóstenes Torres, de intervir em julgamentos em favor de José Serra., de nepotismo, e testemunho falso ao relatar uma suposta chantagem do ex-presidente Lula para que adiasse o processo do Mensalão para depois das eleições municipais de 2012 A revista repercute acusações de certos movimentos sociais[quem?] dele ser o "líder da oposição", de estar destruindo o judiciário e de servir a interesses de grandes proprietários. Mendes porém volta à afirmar não ser o líder da oposição.
No dia 31 de maio de 2012, o PSOL protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República contra o ministro Gilmar Mendes questionando a conduta do magistrado em relação às denúncias de que teria sofrido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o julgamento do mensalão. A representação se encontra em curso.
LEIA + AQUI
Matéria do Estadão
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Posted: 05 Aug 2012 02:02 PM PDT
Foto: Montagem/247
Foi o maior e mais atrevido escândalo de corrupção da história ou uma farsa montada para derrubar o governo Lula? Defendemos aqui uma terceira hipótese: a de que o escândalo foi fruto de um acidente provocado por Carlos Cachoeira, que produziu reações em cadeia nas principais redações do País, como Veja, Época, Folha e Istoé Dinheiro O que foi o mensalão? O maior e mais atrevido escândalo de corrupção de todos os tempos no Brasil, como quer o procurador Roberto Gurgel, ou uma farsa montada pela imprensa golpista para derrubar o presidente Lula, como argumentam os petistas? As duas hipóteses estão em discussão, no momento em que o Brasil assiste ao "julgamento do século". Nós, do Brasil 247, defendemos uma terceira hipótese: a de que o escândalo, ao menos nos meios de comunicação, foi fruto de um acidente, provocado por Carlos Cachoeira, que produziu um autêntico "efeito-borboleta". Uma sucessão de causas e efeitos, que culminou na Ação Penal 470. E cujos impactos foram bem maiores do que Cachoeira seria capaz de prever. Neste fim de semana, a revista Veja conta uma mentira. Diz que o mensalão foi denunciado pela revista, em 2005, na reportagem em que Maurício Marinho aparece recebendo uma propina de R$ 3 mil. Ao contrário da história que hoje Veja escreve, aquela reportagem, de 18 de maio de 2005, nada tinha a ver com o mensalão e denunciava um alvo bem específico, que não era o presidente Lula, mas sim um de seus aliados: o deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB (leia aqui a íntegra). Eis alguns trechos do texto de Policarpo Júnior: "Há uma cena recorrente na política nacional: são os políticos disputando, com unhas e dentes, a ocupação de cargos em todos os níveis de governo, da Esplanada dos Ministérios às câmaras municipais (...) Por que os políticos fazem tanta questão de ter cargos no governo? Para uns, o cargo é uma forma de ganhar visibilidade diante do eleitor e, assim, facilitar o caminho para as urnas. Para outros, é um instrumento eficaz para tirar do papel uma idéia, um projeto, uma determinada política pública. Esses são os políticos bem-intencionados. Há, porém, uma terceira categoria formada por políticos desonestos que querem cargos apenas para fazer negócios escusos – cobrar comissões, beneficiar amigos, embolsar propinas, fazer caixa dois, enriquecer ilicitamente. Quem tem intimidade com o poder em Brasília sabe que esses casos não são exceção – e em alguns bolsões de corrupção são até mesmo a regra. Raro, mesmo, é flagrar um deles em pleno vôo. Foi o que VEJA conseguiu na semana passada. (...) Nos trechos mais relevantes da conversa, Maurício Marinho explica que está ali em nome de um partido, o PTB, e sob ordens de um político, o deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB. "Ele me dá cobertura, fala comigo, não manda recado", diz Marinho, mostrando toda sua intimidade com o cardeal petebista."
A reportagem de Veja, produzida pela equipe de Cachoeira, espalhou a cizânia no governo Lula, mas nem o mais maquiavélico dos contraventores seria capaz de prever as consequências. Nas eleições presidenciais de 2002, Cachoeira apostou no PT – e não no PSDB – prevendo que, assim, conseguiria legalizar o jogo no Brasil. Talvez tenha recebido alguma promessa, que não foi cumprida. Ao provocar a denúncia contra Maurício Marinho, atirou fezes no ventilador, mas ninguém poderia imaginar, naquele momento, o que faria Roberto Jefferson.
E a primeira reação do presidente do PTB não foi destemperada. Jefferson procurou o então aliado, José Dirceu, ministro da Casa Civil, porque já havia rumores de que outras matérias contra ele seriam publicadas na imprensa. Dirceu disse que conseguiria segurar as Organizações Globo, mas não a Veja, que seria, segundo o relato de Jefferson, "meio tucana". O fato é que Dirceu não segurou. E a revista Época, numa reportagem de capa datada de 6 de junho de 2005, mas que circulou no dia 2 do mesmo mês, denunciou um suposto laranja de Roberto Jefferson, na região do Vale do Paraíba, base eleitoral do deputado do Rio de Janeiro. Era assinada por Nelito Fernandes e o texto apontava um sorveteiro como laranja (leia trechos aqui). Percebendo que seria triturado pelo PT, como aliás ocorre ainda hoje com tantos aliados do partido (Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Orlando Silva...), Jefferson foi à guerra. E decidiu então conceder uma primeira entrevista à jornalista Renata Lo Prete, no dia 6 de junho de 2005. Nela, afirmou que o PT pagava uma mesada aos partidos da base aliada (leia mais aqui). O PT sofreu um baque, mas ainda era possível resistir. Líderes do partido afirmavam que Jefferson era um delator sem credibilidade. No dia 13 de junho de 2005, o presidente do PTB, em vez de recuar, avançou e concedeu então uma segunda entrevista a Renata Lo Prete, apontando Marcos Valério como operador do esquema. Foi então que a revista Istoé Dinhero publicou uma entrevista com a ex-secretária de Marcos Valério, Fernanda Karina Somaggio, dando credibilidade ao que o deputado dizia. Karina dizia ter testemunhado os acordos para a entrega dos recursos via Banco Rural. O texto foi publicado no dia 15 de junho de 2005. Estava aberta a porteira. Dois dias depois, José Dirceu caiu e foi substituído por Dilma Rousseff – hoje, presidente da República. Eis o que é o efeito-borboleta. Insatisfeito com o governo Lula, que ensaiou uma legalização dos bingos, mas não cumpriu a promessa, Cachoeira plantou uma denúncia contra Roberto Jefferson em Veja. No jogo da concorrência, agindo estimulada por Cachoeira ou até pelo PT, que queria se livrar de um aliado incômodo, Época reagiu. Sentindo-se abandonado, Jefferson foi para o tudo ou nada. Quando falou em Valério, de onde menos se esperava – a revista Istoé Dinheiro – surgiu uma testemunha. Hoje Cachoeira está preso e 36 réus aguardam seu destino no "julgamento do século". |
Posted: 05 Aug 2012 01:57 PM PDT
Do Brasil 247 - 05 de Agosto de 2012 às 14:34
Foto: Ueslei Marcelino/ REUTERS_Divulgação
Equador já prepara seu ingresso no Mercosul, seguindo o exemplo da Venezuela; tratativas foram iniciadas pelo presidente Rafael Correa no fim do ano passado; vem aí mais um embate ideológico entre os que defenderão um novo parceiro e os que condenarão a chegada de um bolivarianoRenata GiraldiRepórter da Agência Brasil Brasília - Um mês depois de a Venezuela ser incorporada ao Mercosul, é a vez de o Equador intensificar as negociações para o ingresso no bloco. Até o dia 15 de setembro, está prevista a primeira reunião de um grupo de trabalho que irá analisar os estudos preliminares para a adesão dos equatorianos. O processo de incorporação passa por várias etapas, desde a análise de adequação do novo membro ao bloco até a submissão do pedido ao Parlamento do país. O primeiro passo foi dado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, em dezembro do ano passado, em Montevidéu, no Uruguai, durante a Cúpula do Mercosul. Correa conversou com os presidentes Dilma Rousseff, Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Fernando Lugo (Paraguai), que ainda estava no governo. Os negociadores brasileiros não estimam quanto tempo levará as articulações para a adesão do Equador ao Mercosul. O processo da Venezuela levou seis anos porque houve resistências de parlamentares no Paraguai e no Brasil. O Brasil aprovou a incorporação dos venezuelanos ao grupo, o Paraguai não chegou a votar por ausência de acordo entre os parlamentares. Atualmente os paraguaios estão suspensos do bloco. Em 20 de dezembro de 2011, Dilma, Cristina Kirchner, Mujica e Lugo autorizaram o início dos trabalhos para a adesão da Venezuela. No anexo ao Comunicado 38/11, foi publicada a decisão de criar um grupo de trabalho que irá definir os termos para a incorporação do Equador como membro pleno do Mercosul. No mesmo texto, a orientação é para que os negociadores intitulados Grupo de Trabalho Ad Hoc observem as necessidades e interesses de todos os países envolvidos e os regulamentos do bloco. Os negociadores vão se debruçar, sobretudo, sobre as questões referentes às tarifas e nomenclaturas. Ao mesmo tempo, Correa analisa com seu grupo político como poderá compatibilizar a adesão do Equador ao Mercosul e sua participação na Comunidade Andina das Nações (CAN), bloco que acabou de assumir a presidência temporária. Segundo diplomatas, as questões técnicas têm solução e não devem ser um empecilho. .
Também do Blog ContrapontoPIG.
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Posted: 05 Aug 2012 01:54 PM PDT
Do Blog da Cidadania - 05/08/2012
Eduardo Guimarães De 1995 para cá, a Procuradoria Geral da República teve quatro titulares: Geraldo Brindeiro (1995 a 2003), Cláudio Fonteles (2003 a 2005), Antonio Fernando de Souza (2005 a 2009) e o atual, Roberto Gurgel, no cargo desde 2009. De todos esses, apenas contra Fonteles não pesam questionamentos sérios a respeito da isenção que o cargo requer. Dos quatro procuradores-gerais, Brindeiro foi o mais criticado – passou à história como "engavetador" porque impediu que qualquer processo contra o governo Fernando Henrique Cardoso tivesse seguimento, razão pela qual foi mantido no cargo ao longo dos oito anos daquele governo. Em várias oportunidades, durante o governo federal tucano, a Procuradoria Geral da República teve razões mais do que suficientes para ao menos instalar investigações, mas foi no escândalo da compra de votos de parlamentares para aprovar a emenda constitucional que permitiu a FHC reeleger-se em 1998 que a omissão da PGR foi mais escandalosa. A grande maioria dos mais jovens não sabe, mas no primeiro mandato de FHC deputados da base de apoio do governo federal foram grampeados dizendo que o então ministro das Comunicações, o já falecido Sérgio Motta, comprara apoio para aprovar a emenda da reeleição do chefe ao preço de 200 mil reais por cabeça. Era um escândalo com potencial para derrubar o governo, mas, graças a Brindeiro, não chegou nem aos telejornais, tendo a repercussão do caso se resumido a umas duas semanas de noticiário na Folha de São Paulo. E só. Eis a razão pela qual, neste domingo, FHC publica artigo em O Globo e no Estadão bajulando os pistoleiros da grande mídia autoproclamados "colunistas". Não houve outro procurador-geral da República, após Brindeiro, que permanecesse uma eternidade (oito inacreditáveis anos) no cargo como ele. Além disso, os seus sucessores não foram tirados do bolso do colete do presidente da República como aconteceu quando o PSDB governou o Brasil. Sempre digo que uma das obras mais importantes da era Lula foi o combate a corrupção e o fortalecimento das instituiçoes. Além de aparelhar a Polícia Federal, o governo federal do PT tentou despolitizar a Procuradoria Geral da República rompendo a prática criminosa dos tucanos de colocarem um teleguiado para comandá-la. É comum ver a mídia tucana e a horda de mercenários do PSDB na internet tentando vender a idéia de que a isenção de um Roberto Gurgel estaria garantida pelo fato de que foi indicado por Lula. Todavia, apesar de o ex-presidente ter pretendido, de fato, nomear procuradores-gerais isentos, ele não escolheu Gurgel nem seus antecessores. Há pouco, em São Paulo, vimos o modus operandi tucano agindo para manter a procuradoria-geral do Estado sob controle político de forma a evitar que a roubalheira na administração paulista seja investigada. O governador Geraldo Alckmin fez o que Lula nunca fez: manipulou a nomeação da chefia do MPE-SP. Os procuradores-gerais da República da era Lula não foram escolhidos por ele, apesar de que o ex-presidente poderia ter feito como FHC ou Alckmin e escolhido alguém de sua "confiança". Lula apenas referendou as escolhas do Ministério Público, que compôs listas tríplices com os nomes dos três candidatos mais votados para o cargo. Lula jamais interferiu na escolha do procurador-geral pelo MPF, nomeando sempre o nome mais votado da lista tríplice. Fez isso na tentativa de fortalecer a instituição e de lhe retirar o caráter partidário dado por seu antecessor e que continua sendo imposto às chefias dos Ministérios Públicos estaduais, como em São Paulo. Contudo, ao tentar não partidarizar a chefia do MPF, Lula permitiu que os setores partidarizados da instituição (ligados ao PSDB, principalmente) lograssem colocar naquele cargo opositores do PT e do governo federal. Tentando agir com transparência e isenção Lula acabou partidarizando o MPF, portanto. Só que contra si e seu partido. Nos casos dos ex-procuradores-gerais Fonteles e Souza, não creio que fossem partidários. Fonteles, aliás, teve uma atuação seriíssima. Souza falhou gravemente na denúncia do mensalão, mas não julgo que foi por partidarismo e sim por ansiar pelos holofotes. No caso de Gurgel, porém, o envolvimento dele no escândalo Cachoeira sugere coisa muito mais grave. A peça partidarizada e cínica que o procurador-geral de plantão leu no STF na última sexta-feira é de dar engulhos. Disse que os adversários políticos formam uma organização criminosa "atrevida", mas Gurgel não viu atrevimento nenhum na organização criminosa formada por Carlos Cachoeira, Demóstenes Torres e Marconi Perillo. (Grifo do ContrapontoPIG) A prevaricação de Gurgel ao se despir de indignação – e de providências – quanto ao esquema Cachoeira mostra que pesa uma maldição sobre a Procuradoria Geral da República. Há, portanto, que elaborar mecanismos para impedir que o Brasil tenha chefe do Ministério Público que atue a serviço de grupos políticos e, quiçá, de criminosos. . |
Posted: 05 Aug 2012 01:49 PM PDT
ESCÁRNIOS URBANOS
1) Tucanos governam São Paulo há 17 anos. Desde que chegaram ao poder, em 1995, construíram 25 kms de metrô. Média, 1,5 km/ano. Neste sábado, em meio ao aquecimento da campanha municipal, o governador de SP, Geraldo Alckmin, anunciou com pompa e espaço obsequioso na mídia, que construirá 99 kms de metrô nos próximos 8 anos, quase dez vezes mais que a média entregue em todo o ciclo tucano de quase duas décadas;
2) Na prefeitura, o condomínio Serra/Kassab prometeu entregar 66 km de corredores de ônibus até 2012. Nenhum centímetro foi implantado. Mais da metade da quilometragem prometida (34 km) seria composta de monotrilhos, 'com tecnologia e capacidade superior à dos corredores' (implantados por Marta, do PT), arvorava-se a propaganda demotucana. Nenhum quilômetro dessa modalidade foi inaugurado.
(Carta Maior; Domingo/05/08/2012) Leia mais em: O Esquerdopata Under Creative Commons License: Attribution Também do Blog O Esquerdopata. |
Posted: 05 Aug 2012 01:45 PM PDT
"Grande parte da população ainda tem uma imagem do Brasil como país periférico, de menor importância no cenário internacional. Mas essa imagem é totalmente equivocada.
O Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da China, são os únicos três países que estão, ao mesmo tempo, na relação dos dez países de maior território, dos dez países mais populosos e dos dez países com maior PIB no mundo.
Isso é muito significativo.(...) Ano passado, o Brasil se tornou a 6ª economia do mundo (em função de diferenças cambiais, alguns argumentam que este ano seríamos a 7ª). Projeções indicam que nos tornaremos a 5ª economia mundial em breve.
O principal desafio da diplomacia brasileira hoje, é, nesse sentido, se consolidar como a diplomacia de uma quinta economia do mundo (e) mostrar à sociedade brasileira que o Brasil precisa ter uma atuação externa à altura de sua potencialidade econômica, política e social" (embaixador Antonio José Ferreira Simões, Subsecretário-Geral do Itamaraty para América do Sul, Central e do Caribe.
Carta Maior
Marcadores: Carta Maior, Síndrome de Vira-lata
Leia mais em: O Esquerdopata Under Creative Commons License: Attribution Do Blog O Esquerdopata. |
Posted: 05 Aug 2012 01:42 PM PDT
Também do Blog APOSENTADO INVOCADO.
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Posted: 05 Aug 2012 01:38 PM PDT
Nos bastidores, ministros apontam fragilidade na acusação do mensalãoSegundo autoridades, o ex-ministro José Dirceu poderá ser beneficiado por suposta falha da acusação do Ministério Público Federal ao STF
Felipe Recondo e Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo
A contundência da sustentação oral do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que incluiu pedidos de prisão de 36 dos 38 réus do processo do mensalão, não livrou seu trabalho de críticas reservadas de ministros do Supremo Tribunal Federal e de autoridades que acompanharam as investigações do escândalo.
André Dusek/AE
Gurgel, procurador-geral da República, pediu a prisão de 36 dos 38 réus
A corte está dividida. Alguns ministros do Supremo usarão o que consideram fragilidades da acusação para votar pela absolvição dos principais réus do processo, que começou a ser julgado na quinta-feira, 2. Outros magistrados, mesmo com reprovações à peça acusatória, mostram-se dispostos a condenar os protagonistas do escândalo que abalou o governo Luiz Inácio Lula da Silva em 2005. Denúncia. "É uma denúncia para a galera", disse uma autoridade que acompanha o caso desde o início. Segundo ela, o erro da acusação foi não ter imputado a Dirceu o crime de lavagem de dinheiro - o ex-ministro responde por corrupção ativa e formação de quadrilha. No início, acrescentou, acreditava-se que tinha sido "bobeada" do Ministério Público Federal, do então procurador-geral Antonio Fernando de Souza, autor da denúncia. Além de Dirceu, na avaliação de especialistas, deveriam ser denunciados formalmente por lavagem de dinheiro o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares - ambos assinaram empréstimos com o Banco Rural que o Ministério Público afirma serem de fachada, feitos para não serem pagos e o dinheiro, usado no pagamento de compra de votos no Congresso. "Os que tinham o domínio financeiro do esquema ficaram de fora da lavagem de dinheiro. Formação de quadrilha, apesar de apelo midiático, não leva a nada", disse outra autoridade que acompanha de perto o processo. Assim como Dirceu, também Genoino e Delúbio respondem por formação de quadrilha e corrupção ativa. Ambos ficaram de fora do enquadramento por lavagem de dinheiro, atribuído aos deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT) e ao ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. O crime antecedente à lavagem - requisito obrigatório para caracterizar o crime - foi o desvio de dinheiro público, segundo autoridades que participaram das investigações sobre o esquema. "A lavanderia foi pensada por eles. O PT se viu na necessidade de criar um sistema financeiro. Dirceu precisava de uma estrutura de lavagem de dinheiro. Delúbio tinha domínio, Dirceu tinha domínio, Genoino tinha domínio, eles não tinham que responder por lavagem de dinheiro?", questiona um técnico que assessorou do início ao fim a CPI dos Correios. Para esse técnico, prender no auge da investigação o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão, seria o tiro no coração do esquema. "Ele (Marcos Valério) não resistiria. Havia motivos para a prisão, estava destruindo provas, foi flagrado. Mas a prisão do Marcos Valério não foi decretada", lamenta o técnico.
Do Blog APOSENTADO INVOCADO.
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Posted: 05 Aug 2012 01:31 PM PDT
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), representou à Polícia Federal pedindo a abertura de investigação contra a Wikipédia. O ex-presidente do STF fez gestões junto ao conselho editorial da enciclopédia virtual no Brasil para corrigir o que avalia estar distorcido em seu verbete , que considerou ideológico. Sem êxito junto aos editores, decidiu investir contra o produto. Para ele, a Wikipédia está "aparelhada". As informações são do jornal O Estado
A parte do verbete que deu causa à reação do ministro foi a que reproduz denúncia da revista Carta Capital que ele contesta judicialmente. Gilmar sustenta que por ser um dicionário o verbete deve ser estritamente informativo sobre o biografado, sem absorver avaliações de terceiros ou denúncias jornalísticas. Ele se queixa também de o trecho reproduzido da revista ocupar seis parágrafos, muito mais que o espaço dispensado à sua carreira, inclusive o mandato de presidente do STF, resumido a um parágrafo. A carreira de Gilmar no STF completou dez anos.
Paralelamente, Gilmar prepara uma representação ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, pedindo investigação do uso de recursos públicos para financiamento de blogs de conteúdo crítico ao governo e instituições do Estado. Ele quer saber quanto as empresas estatais destinam de seus orçamentos para esse tipo de publicidade. Gilmar argumenta que não se pode confundir a liberdade constitucional de expressão com o emprego de dinheiro público para financiar o ataque às instituições e seus representantes.
No Amigos do Presidente Lula |
Posted: 05 Aug 2012 01:27 PM PDT
Todos sabem que sou cinemeiro, sempre atravesso a madrugada vendo um filme e, ontem, revi Jacques Tati, um gênio do cinema francês que poucos brasileiros sabem quem foi.
O criador do Monsieur Hulot, embora famoso e rico, geralmente andava de bonde ou no metropolitano de Paris, com o seu indefectível caderninho, onde anotava os mais variados tipos e cenas inusitadas, umas engraçadas outras patéticas. Chegando ao seu estúdio, juntava todas as suas observações segundo o seu critério de organização e criatividade, com inteligência e talento, amarrava tudo e compunha uma história, daí a decupagem e, finalmente, mais um filme genial.
A genialidade de Tati estava em criar uma história, com início, meio e fim, mas, sempre, uma seqüência de gags, concatenadas de tal forma que agradava mas, com pouco ou nenhum conteúdo.
As Férias do M.Hulot nada mais é do que um cidadão saindo de férias, rumo ao mar e um amontoado de cenas engraçadíssimas. Simples? Não! Tudo com a marca pessoal de Tati e a sua genialidade em compor uma história, verdadeira colcha de retalhos que ele recolhia durante meses, senão anos, nas ruas de Paris, nas praças e bares , e que ele sabia costurar muito bem. No final, uma história verosímil, na acepção exata da palavra: que parece verdadeira!
Antes do filme de Tati eu me aboletei numa confortável cadeira do papai, defronte o aparelho de TV para assistir a mais um capítulo da chanchada que a amestrada mídia antilulista apelidou de "mensalão".
E o artista da tarde era um arremedo de Jô Soares e Jacques Tati, claro, de segunda categoria. Porte do humorista e tentando compor uma história, igual Tati, com poucos fatos e muitas historinhas de orelhada, aquelas "por ouvir dizer".
Seria cômico se não fosse trágico, visto tratar-se da honra, do futuro de pessoas, umas, figuras importantes da recente história do país, outras, um amontoado de gente desconhecida e uma bandalha que não merece registro.
Foram trezentos minutos de um monólogo enfadonho, com direito a trinta minutos de intervalo para o que o ministro Marco Aurélio, com o seu humor ferino disse necessitar para a chamada pausa para atender aos reclamos da fisiologia. Elegância para dizer que juiz da Suprema Corte também faz xixi.
Satisfeitas as necessidades fisiológicas, voltou o monocórdico, enfadonho discurso do bojudo orador. Falou o que quis, delirou, divagou, montou uma tragédia em três partes onde personagens entravam e saiam e vociferou o quanto lhe era permitido, com comentários desagradáveis, agressões estapafúrdias e, dizendo, em alto e bom som, que a maior parte das acusações contra os indiciados partia dos próprios indiciados, em depoimentos, muito dos quais, na base do "por ouvir dizer".
- Dizia uma testemunha, também indiciada, que recebia dinheiro, segundo lhe informaram, do senhor José Dirceu. Outra, que o fulano disse ao sicrano que não sabia a origem do dinheiro mas que lhe contaram, em segredo, tratar-se de uma ordem emanada de uma sala do Palácio do Planalto.
E a leréia foi por aí. Poucos documentos e, esses, autenticados pelas autoridades competentes. Sob a ótica do acusador-mór, documento vale menos que uma informação de quem faz parte do que ele chamou de "quadrilha" Ora! Ora! Ora!
Mas, o Jacques Tati tupiniquim navegava na maionese das elocubrações.
- Nada era gravado, filmado ou fotografado. Tudo, entre quatro paredes, essas, sem dúvida, do Palácio dos Despachos, dizia o monocórdio Jô-Tati.
Perdeu-se o orador quando afirmou ser até um tipo de lavagem de dinheiro quem detinha cargo público e nomeava parentes, para receber dinheiro, prestígio e mando.
Será que o cansativo orador esqueceu-se de um escândalo que foi denunciado pelo senador Collor de Mello, sobre a situação do próprio orador mantendo em seu gabinete a sua esposa e encarregando-a de assuntos que lhe pertenciam?
Se não estou enganado, o monocórdio orador está intimado a prestar esclarecimentos sobre essa pinta branca na batina (ops!) na beca de Sua Excelência.
Jacques Tati, com o material contido nas toneladas de um processo fantasioso, faria um filme ou uma novela global muito mais interessante.
E o monocórdio orador, destilando veneno com a sua voz mansa, pausada e enfadonha, meteu os pés na maionese, entornou, como se diz mineiramente, o caminhão de abacates, lambuzando, emporcalhando o que a Vênus Platinada costuma chamar de "o processo do século" ( 12 anos e já é UM SÉCULO).
Baseou-se Sua Excelência na sua verberação pra lá de acre, em depoimentos, no disse-me-disse dos próprios acusados, uns confessando, outros, tirando o ron-ron-ron da seringa, num jogo de acusações cujas páginas que registram a barafunda já está pesando toneladas.
O monocórdio acusador baseou-se, no seu destempero acusatório, nos DEPOIMENTOS, quase nunca nos poucos documentos que nada provam, e todos sabem que PROBARE OPORTET, NON SUFFICIT DICERE, lição milenar que ensina:
"Não basta dizer; é preciso provar".
E foi então que a acusação introduziu no augusto plenário do STF a figura da PROSTITUTA. Isso mesmo, paciente leitor.
Os mais renomados mestres do Direito chamam os depoimentos nos processos como A PROSTITUTA DAS PROVAS !!!
Vou chegar lá. Antes, desejo lembrar o nosso Código Civil :
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas:
I - os menores de dezesseis anos;
II - aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental, não tiverem discernimento para a prática dos atos da vida civil;
III - os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar dependa dos sentidos que lhes faltam;
IV - o interessado no litígio, o amigo íntimo ou o inimigo capital das partes;
V - os cônjuges, os ascendentes, os descendentes e os colaterais, até o terceiro grau de alguma das partes, por consangüinidade, ou afinidade.
Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
Muito claro o Art. 228. NÃO PODEM SER ADMITIDOS COMO TESTEMUNHAS:
IV – o interessado no litígio, o amigo ou o inimigo capital das partes.
Poderíamos entender que o monocórdio acusador teria se valido do § único do Art.228 mas, se essas testemunhas possuíam "fatos" que só elas conheciam, como ficaria a proibição contida no mesmo artigo? E que fatos seriam esses?
Que lhe contaram sobre a origem do dinheiro, possivelmente enviado pelo senhor José Dirceu?
O parágrafo único é muito claro: "para a prova de fatos". Ora, um fato só se prova com alguma coisa palpável, um documento, um CD etc. senão, o fato vira boato, vira disse-me-disse. E é o que se está tomando conhecimento, pela voz do próprio acusador-mór.
E, mais uma vez, aqui entra o chamado processo do MENSALÃO de braços dados com a velha PROSTITUTA.
Causa espécie, também, que surjam na peça acusatória, citação de pagamentos curiosos, visto que, importâncias com centavos.
Em se tratando de pagamentos mensais, será que algum político, com certeza deputado, pediria, para votar em tal ou qual matéria de interesse do governo, a importância, p.exemplo, de R$ 50.320,72 mensais? Não seriam essas importâncias com "centavos", pagamentos de faturas de combustível, gráficas e que tais?
Ou os envolvidos no chamado "escândalo do mensalão" seriam tão sofisticados que, para "não dar na vista" uma importância fixa, 50 mil zero,zero,zero, resolveram inovar, pedindo "mensalmente" uns "quebrados e centavos"?.
Diria o grande Gerson canhotinha: brincadeira!
Esse, o bródio, a patuscada, a farra em que se transformou um processo que chegou no STF, transformando-o em delegacia de polícia. Todo processo tem início no primeiro degrau da escada e vai subindo até o último degrau, o STF.
Este, já foi direto para o STF e, de lá, esperam uns incautos, sairão todos algemados.
E A PROSTITUTA ?
..." É muito conhecida no meio jurídico a afirmação de que "a testemunha é a prostituta das provas"(http://www.poisze.com.br/livro/prostituta-das-provas/). Isto tem mais de verdade do que se supõe. A prova testemunhal é quase sempre uma lástima..."
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Este blogueiro não foi buscar nas lições dos grandes mestres o apelido da prova testemunhal. Preferiu o que roda nas mãos daqueles que não lustraram as cadeiras de uma Escola de Direito.
Como bem afirmou o jornalista Paulo Henrique Amorim, depois da laudatória e cansativa peça acusatória, José Direceu pode ir se preparando para ser candidato a senador por São Paulo.
Não vou a tanto, visto que, nos bastidores do STF há uma briga-de-foice para liquidar urgentemente com o processo, sob a alegação de que um ministro vai aposentar-se já nos primeiros dias de setembro e é preciso que ele deixe registrado o seu voto, AGORA.
Mas o problema é mais complexo. O atual Presidente também aposenta-se ainda este ano e o Ministro-decano já anunciou que, também este ano, vai aposentar-se. Ficaria a Presidenta Dilma com três indicações e o placar poderia ser alterado, hoje, segundo dizem, 6x5 contra os "mensaleiros".
Enquanto o Ministro Gilmar, com a sua estudada fala, alterando palavras inaudíveis com expressões de profunda raiva expressava sua posição de que o julgamento do chamado "mensalão" era o ponto histórico daquela casa, o senhor Procurador Geral , ao final da sua leréia, deu uma entrevista onde disse textualmente que, não argüiu o impedimento do Ministro Tóffoli para não atrasar o processo.
Ou seja, ele mesmo reconhece que "pisou na maionese", fez vista grossa em um problemão interno...para não atrasar o processo?
E onde anda a moralidade que ele tanto apregoou no laudatório e cansativo discurso acusatório?
Na próxima semana tem mais.
Nunca é sem propósito lembrar que o processo da chamada Inconfidência Mineira estava se arrastando por longo tempo e, de Portugal, veio a ordem expressa:
- Encerrem esse processo imediatamente. Encerraram.
Enforcaram Tiradentes!!!
José Flávio AbelhaNo Janela do Abelha |
Posted: 05 Aug 2012 09:42 AM PDT
Tiro no pé. FHC pede que outra de suas façanhas seja esquecida.
Seu escudeiro Serjão ainda se ri.
Maurício DiasO fantasma de lula ronda a noite tucana e transforma o sonho político deles para 2014 em pesadelo. Um terrível pesadelo. É por essa razão e não por suposta preocupação ética que o PSDB dá atenção e tratamento especiais ao ex-presidente petista no decorrer do julgamento da Ação Penal 470, batizada de "mensalão" por Roberto Jefferson, o réu delator de um suposto esquema de compra de votos, armado em 2005, para a aprovação de projetos de interesse do governo. Já de olho na eleição de 2014, os tucanos pretendem abalar a popularidade e o prestígio de Lula. Assim, o PSDB anuncia também uma programação própria das sessões no STF na página do partido na internet. O show precisa continuar. Essa tática tucana é reafirmada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na vanguarda das ações contra Lula, ele aparece na blogosfera em vídeo de 1 minuto e 25 segundos, no qual bota pressão no Supremo Tribunal Federal (STF). FHC, em linguagem sibilina, usa e abusa de sociologia rasteira, comum nos botequins e, também, nos bons restaurantes que frequenta. O tema é o dito mensalão. "O comentário de que não há punição no Brasil, e que a corrupção é ligada a isso, é frequente…" Dessa forma, o ex-presidente abre o discurso sobre o julgamento em andamento no Supremo. Ao falar de impunidade como estimuladora da corrupção, ele responsabiliza os juízes, os ministros, a Justiça. Enfim, esbofeteia a própria Têmis. E faz corar a estátua de granito de Ceschiatti, mantida em frente ao prédio do STF, em Brasília. Além de agredir a Magistratura, o ex-presidente também se agride. Descuidado, atira no próprio pé ao fazer a conexão entre corrupção e impunidade. Tal aproximação sugere esta pergunta: Teria ocorrido o chamado mensalão se tivesse havido punição para os corruptores do governo e os parlamentares corrompidos para aprovar, no Congresso, a emenda constitucional que deu a FHC a reeleição? (Grifo do ContrapontoPIG) Recordar é viver. Em 1997, surgiram gravações de escutas telefônicas levantando fortes evidências de que havia um esquema para compra de votos de deputados arregimentados por Sérgio Motta, o Serjão, então ministro das Comunicações. O jornal Folha de S.Paulo foi o primeiro a apontar o escândalo e, para ilustrar a sequência de reportagens, criou um "selo" com a frase: "Reeleição comprada?" Além de dois governadores, Orleir Cameli (AC) e Amazonino Mendes (AM), dois deputados, João Maia e Ronivon Santiago, ambos do PFL, integravam o projeto. Curiosamente, o deputado Maia era um egresso do PT. Os tucanos mais ortodoxos podem argumentar que o ex-petista inoculou nas negociações para a aprovação da emenda o vírus da corrupção. Não poderia ser também resultado do encontro de Maia, já então pefelista, com o peessedebista Serjão, o fator de formação dessa pororoca venal? A oposição daquela época, os partidos de esquerda essencialmente, tinha força reduzida no Congresso e não conseguiu criar uma CPI para investigar as denúncias. O rolo compressor governista, PSDB, PFL e PMDB, botou uma pedra sobre a história. Impediu a punição dos culpados. E, neste caso, a Magistratura não tem culpa. FHC sabe disso. .
Do Blog ContrapontoPIG.
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Posted: 05 Aug 2012 09:37 AM PDT
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Posted: 05 Aug 2012 09:25 AM PDT
A adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul consolida no coração da América Latina uma referência de recorte progressista sem precedentes na região
Na contraofensiva do conservadorismo abjeto que tem dado ultimamente seu show de horror ao próximo perante o mundo inteiro (vide o deputado conservador britânico que classificou a abertura dos Jogos Olímpicos como uma "cerimônia esquerdista e lixo multicultural". Com uma Inglaterra orgulhosa do que viu na abertura, o primeiro-ministro David Cameron procurou se afastar de seu colega conservador. No plano político, bandeiras de Taiwan e da Coréia do Sul provocaram conflitos diplomáticos. A Olimpíada de 2012 e seus conflitos de bandeiras provaram mais uma vez, parafraseando Von Clausewitz, que o esporte é, como a guerra, a "política por outros meios"), a cúpula do Mercosul dá boas vindas à Venezuela de Hugo Chávez.
No exercício da presidência do Mercosul até dezembro deste ano, o Brasil coordenou a cúpula extraordinária do bloco nesta terça-feira (31), celebrando a entrada de seu quinto membro, a Venezuela. "Estamos conscientes de que o Mercosul inicia uma nova etapa", disse Dilma Rousseff, que considerou o significado histórico da entrada venezuelana por marcar a primeira ampliação do bloco desde a sua criação em 1991, estendendo-o da Patagônia até o Caribe, além de incrementar sua economia: "Considerando os quatro países mais ricos do mundo, EUA, China, Alemanha e Japão, o Mercosul somado é a 5° força", destacou Dilma.
A propósito, nos chamou a atenção um editorial da agência Carta Maior, assinado por Saul Leblon. Com o título sugestivo "Enfrentamentos reais e miragens conservadoras", ele observa que a adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul consolida no coração da América Latina uma referência de recorte progressista sem precedentes na região, em razão da abrangência institucional e o fôlego econômico intrínseco ao bloco agora liderado por Dilma Rousseff, Cristina Kirchner, Pepe Mujica e Chávez.
Leblon comenta que se a Cuba dos anos 60 exerceu um magnetismo ideológico superior ao desse quarteto, seu ardor não se traduziu numa organização duradoura com o alcance que o Mercosul possui e deve ampliar graças à incorporação do detentor da maior reserva de petróleo cru do mundo (a Venezuela tem 296,5 bilhões de barris, seguida da Arábia Saudita, com 264,5 bilhões de barris).
Trata-se de mais um confronto no qual os interesses conservadores, refletidos no bombardeio midiático contrário a essa inclusão, foram habilmente vencidos. Não é um revés em torno de uma questão bizantina menor. Os que hoje, como há uma década, protestam contra a presença venezuelana, são os mesmos que, paralelamente, defenderam a ALCA como alternativa a uma inserção global do continente assumidamente subordinada e dependente aos EUA. Felizmente, foram derrotados.
Há pouco, no golpe contra Lugo, enfatizado com a suspensão dos golpistas no âmbito do Mercosul, o jornal 'Estadão' destilou a nostalgia da velha agenda. Em editorial, aconselhou a direita paraguaia a responder à punição jogando-se nos braços dos EUA, de modo a consumar, pelo menos, mais uma mini-Alca regional, na expressão do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães.
E conclui Leblon, em seu melhor estilo barroco-belicoso: "A opção de desenvolvimento regional integrado e soberano, reafirmada pela Cúpula de Brasília do Mercosul, insere-se assim numa espiral de enfrentamentos em que o guarda-chuva maior do conservadorismo verga sob o peso da dissolução da ordem neoliberal. É nessa esquina de derrotas históricas apreciáveis que a seção brasileira perfila armas e concentra tropas para fazer do julgamento do chamado mensalão uma espécie de 3º turno simbólico de sua anemia política".
O fato é que o conservadorismo aferra-se a batalhas do passado na esperança de apagar do imaginário social a percepção de que seus interesses e credo são parte de um mundo que irá ruir muito em breve no futuro. Estrondosamente.
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Posted: 05 Aug 2012 09:19 AM PDT
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Posted: 05 Aug 2012 06:06 AM PDT
O Conversa Afiada se diverte com o Padim Pade Cerra, aquele que foi chamado de Zezinho 30, porque não passava dos trinta por cento. O Conversa Afiada não acredita em pesquisa eleitoral no Brasil, onde dois institutos – Datafalha e Globope -, não passam de subdivisões do PiG (*) e controlam o mercado. O Conversa Afiada trata do assunto para se divertir com os que, no PiG, levam pesquisa a sério. Por isso, destacou que, com o mervalismo mensaleiro e tudo, o Nunca Dantes e a Dilma dão uma surra nos insignes membros da Lista de Furnas. Agora, o Conversa Afiada se diverte com o Padim Pade Cerra, aquele que foi chamado de Zezinho 30, porque não passava dos trinta por cento. Como se vê – clique aqui – nem o Globope lhe concede mais os 30%. Se o Globope tirou o time de campo, conclui-se que só o Datafalha segura ele em 30%. É uma questao de hábito. Paulo Henrique Amorim (*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Do Blog CONVERSA AFIADA.
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Posted: 05 Aug 2012 05:58 AM PDT
entrevista ao portal Terra, o advogado Carlos Franklin Paixão de Araújo, ex-marido de Dilma, foi instado a tratar de vários temas políticos, atuais e do passado.
Em alguns momentos a reportagem tentou jogar cascas de bananas para Carlos Araújo. Apesar dele não ter caído em nenhuma, Terra publicou a matéria com a seguinte chamada: " Ex-marido de Dilma critica PT e quer voltar para política pelo PDT".
O trecho em que a chamada foi cunhada saiu desta afirmação:
Terra - O senhor acha que o PT é uma falsa esquerda? Carlos Araújo - Eu sempre tive uma visão muito crítica do PT. Uma coisa é a liderança do Lula, que é incontestável, mas o PT hoje é muito mais uma força eleitoral do que uma força política. Não diria que é uma falsa esquerda, mas as divergências dentro do partido são tão grandes que está virando de tudo um pouco. Eu digo até que virou um PMDB de esquerda, infelizmente. Claro que a gente tem que respeitar, primeiro porque é uma grande força eleitoral, segundo porque lá dentro tem quadros de melhor qualidade. Mas eu acredito que o trabalhismo ainda vai desempenhar um papel forte no futuro.
Como se vê na resposta à pergunta provocativa sobre o partido de Dilma, Carlos Araújo fez uma análise do que pensa sobre o partido, com uma "visão muito crítica", mas também calcada no respeito do papel que o PT desempenha no Brasil, ao dizer que o "partido é uma grande força eleitoral e tem quadros (políticos) da melhor qualidade".
Como o mesmo não caiu nesta jogada, foi preciso pinçar, meticulosamente, no meio de uma frase sem qualquer repercussão ou prejuízo da verdade daquilo que o entrevistado crê, algo para desabonar o PT e levar o leitor a crer na desmoralização da agremiação política.
Criticar e fazer análises, até mesmo duras a respeito de um ente político, faz parte da democracia e deve ser encarado como um posicionamento salutar para o debate de idéias.
O papel dos meios de comunicação, se assemelha, perfeitamente, ao daquele que disputa uma dura peleja política, tomando posições parciais.
O Terra até tentou explorar o escândalo do mensalão na matéria, mas o ex-marido de Dilma foi enfático ao condenar a politização de um julgamento que está fugindo aos autos, como ficá evidente nesta questão:
Terra - Sobre o início do julgamento do mensalão na próxima semana, qual a sua expectativa? Carlos Araújo - Eu acho tudo isso uma barbaridade, um absurdo. Não tem uma prova contra ninguém. É um julgamento político incentivado por uma mídia que nós sabemos como é, enquanto tem outro mensalão, do PSDB, que eles não falam, estão deixando prescrever. Todo mundo sabe que no Brasil existe uma legislação absurda, que permite a coligação política dos partidos, mas não autoriza a coligação econômica entre eles. Isso todos os partidos tem, o chamado caixa dois, agora não tem nenhuma prova de que tenha dinheiro público, dinheiro do governo envolvido. É uma vergonha. A grande imprensa perde seu tempo e o tempo de seus leitores para não informar, devidamente, aquilo que é relevante, prefere tornar o noticiário cada vez mais faccioso. Todos estes índices superiores a ultima pesquisa realizada pelo instituto.
E não é só isso: a mesma pesquisa testou simulações do cenário eleitoral para presidente em 2014, Dilma ou Lula arrasam a oposição.
Com Lula, o resultado seria de 69,8% para o ex-presidente, 11,9% para o tucano Aécio Neves e 3,2% para Eduardo Campos.
Dilma teria 59%, Aécio 14,8% e Eduardo Campos 6,5%.
Tais números devem provocar um alvoroço nas redações da velha imprensa. As manchetes de jornais impressos, telejornais, portais de internet e revistas devem se tornar ainda mais parciais contra Dilma, Lula e o PT, alguma dúvida?
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Posted: 05 Aug 2012 05:47 AM PDT
PROCURADOR FEZ DENÚNCIA VERBALMENTE CONTUNDENTE, MAS, PEÇA ACUSATÓRIA É FRAQUÍSSIMA EM TERMOS DE PROVAS.
O que o 007BONDeblog já havia detectado e publicado em matéria no dia de ontem, está hoje estampado nos principais jornais do Brasil, e, de forma muito especial, na matéria do Jornal Estado de São Paulo em sua edição digital.
A peça de acusação apresentada pelo Procurador Geral da República no caso do "MENSALÃO", caracterizou-se por parte de Roberto Gurgel de muita "contundência", mas, foi fraquíssima em termos de provas. A atuação do PGR já é, nos bastidores, alvo de críticas e, dessa vez, ele não pode dizer que isso é "COISA DE MENSALEIRO".
Quem o critica são, segundo a imprensa, Ministros do STF e especialistas na área de Direito.
Gurgel colocou muito "FÍGADO" e pouco "CÉREBRO", contaminando um trabalho que deveria ser exclusivamente profissional e técnico, com um toque pessoal de evidente desejo de vingança.
LEIA + AQUI
Matéria do Estadão
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Posted: 05 Aug 2012 05:42 AM PDT
Em maio de 2006, há poucos meses das eleições daquele ano, a revista Veja publicou uma matéria intitulada "Micareta Picareta" onde acusava: "Marcelo Deda, do PT, desviou dinheiro público para animar sua campanha a governador".
O objetivo da Veja de abater a candidatura de Deda e do PT nacionalmente não foi atingido, e ele foi eleito governador, e Lula reeleito presidente. Deda entrou na justiça exigindo indenização por danos morais. Ganhou na primeira instância R$ 80 mil. A Editora Abril, da Veja, recorreu para não pagar, e Deda porque achou o valor baixo, afinal uma campanha tucana de duas páginas na revista deve valer mais do que isso. O recurso foi julgado e Deda ganhou novamente. Dessa vez a indenização subiu para R$ 200 mil. Eis alguns trechos da sentença relatada pela Desembargadora Suzana Maria Carvalho de Oliveira: No título, no subtítulo e no corpo da matéria, transparece o objetivo da Revista Veja em denegrir a honra e decoro do recorrido, como político perante a sociedade, imputando-lhe crime de desvio de verbas públicas e usando palavras ultrajantes, como "Picareta", numa tentativa óbvia de, deliberadamente, induzir o leitor a taxá-lo com o mesmo adjetivo depreciativo, e também de atingir o partido político ao qual pertencia, e, conseqüentemente, o governo da época. Portanto, diferentemente do que afirma a editora apelante, o título da reportagem e o subtítulo, não foram usados apenas com a intenção de chamar a atenção do leitor para a matéria que se seguia, e de fazer o papel da imprensa de informar a população sobre fatos e investigações de natureza grave, mas sim de criar a imagem de político corrupto e sem escrúpulos, com base em suspeitas que não foram confirmadas, mas tão somente investigadas pelo Tribunal de Contas de Sergipe. (...) Decerto que a liberdade de expressão e o direito de informação devem ser assegurados. Entretanto, a Imprensa não pode atuar como se fosse uma divindade onipotente e inatingível. Ao contrário, diante do notório poder que possui de modificar e induzir pensamentos deve atuar com muito zelo, ética e respeito aos direitos daqueles que faz referência... (...) Por certo que a língua portuguesa é rica o bastante para que a Imprensa continue a exercer o seu papel de crítica e informação sem carecer de agredir moralmente quem quer que seja. (Com informações do brasil247) |
Posted: 05 Aug 2012 05:12 AM PDT
Em 2006, Alckmin teve no segundo turno menos votos do que teve no primeiro.
O Farol de Alexandria quer que a turba condene o Dirceu no mensalao, e se esquece da compra dos votos da re-eleição, da Privataria – I e da Privataria – II.
(A observação é sugestao de amigo navegante que passava pelas ruas de Londres e prefere não se identificar, diante de suas íntimas ligações com a elite de São Paulo, aquela´que é separatista.)
Já vimos que o Lula e a Dilma dão uma surra nos tucanos, com Maluf, Gilmar, brindeiro, Peluso, mensalão e todo o mervalismo pigal (**).
Como se sabe, o Zézinha 30 caiu dos 30 e agora empata com o Russomano.
Porém, o inacreditável é que rejeição ao Zezinho ex-30 lidera as pesquisas.
Ele tem 34% de rejeição !
É um jenio !
Paulo Henrique Amorim - Conversa Afiada.
(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.
(**)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Posted: 05 Aug 2012 05:09 AM PDT
Saiu na Carta Maior:
Sem surpresas, Roberto Gurgel acusa 36 por mensalão
Procurador–geral da República aponta José Dirceu como "chefe da quadrilha", o publicitário Marcos Valério como "principal operador do esquema criminoso" e os dirigentes petistas, José Genoíno e Delúbio Soares, são acusados de exercerem papel central na obtenção dos recursos para compra de votos de parlamentares. Gurgel sustentação oral de quase cinco horas solicitando a expedição de mandados de prisão cabíveis, após a conclusão do julgamento. A reportagem é de Najla Passos e Vinicius Mansur.
Najla Passos e Vinicius Mansur
Brasília – Nenhuma manifestação popular. Nenhum pedido para que o ministro Dias Toffoli se declarasse impedido. Nenhum fato novo. O segundo dia do julgamento da ação penal 470 transcorreu dentro do previsto e foi todo ele dedicado à acusação, pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dos 38 acusados de envolvimento no escândalo do chamado mensalão. Gurgel refirmou que o processo trata de uma "sofisticada organização financeira com o objetivo de garantir a aprovação automática de projetos de interesse do Partido dos Trabalhadores" e que "foi, sem dúvida, o mais atrevido e escandaloso caso de desvio de recursos públicos flagrado no Brasil".
A denúncia do Ministério Público (MP) inclui os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de dinheiro e evasão de divisas contra altos quadros do PT, deputados do PP, PR, PTB e PMDB, além de dirigentes do Banco Rural, entre outros.
O procurador-geral explorou os números grandiosos da ação penal – 5.508 folhas de processo, milhares de documentos, dezenas de perícias, centenas de depoimentos – para se declarar absolutamente à vontade para pedir a condenação de 36 dos citados. Alegando "falta de provas", Gurgel pediu a absolvição do ex-secretário da Secretaria de Comunicação, Luiz Gushiken, e do ex-assessor do PL na Câmara, Antônio Lamas.
O principal acusado foi o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, apontado pelo Ministério Público como "chefe da quadrilha", o publicitário Marcos Valério, apresentado como "principal operador do esquema criminoso", e os dirigentes petistas, José Genoíno e Delúbio Soares, acusados de exercerem papel central na obtenção dos recursos ilegais que financiariam a compra de votos de parlamentares.
Do chamado núcleo político da organização, ele destacou a participação de Dirceu. "Foi a principal figura de tudo o que apuramos. Foi o mentor do grupo. Foi quem idealizou o esquema de pagamento ilícito no congresso para obter vantagens indevidas dos seus integrantes", acusou.
Para se contrapor às alegações da defesa de Dirceu de que não existem provas contra o ex-ministro, se fiou em uma série de teorias jurídicas que apontam as dificuldades de se obter provas periciais contra mandantes de crimes ou chefes de organizações criminosas. "Como quase sempre ocorre, os chefes das quadrilhas não aprecem na execução dos crimes", ressaltou. Para Gurgel, Dirceu foi o líder, o mentor, o autor intelectual, a figura central da organização criminosa. "É autor aquele que tem o domínio final do fato", afirmou.
E seguiu sem economizar tinta. "Quando eu falei de crimes praticados entre quatro paredes, em muitas vezes falava das paredes da Casa Civil. Por isso é tão difícil conseguir provas de crimes praticados dentro do Palácio da Presidência da República", insistiu. Ele acrescentou também que Delúbio não tinha autonomia para decidir nada sem o aval de José Dirceu. Segundo ele, nem mesmo o então presidente do PT, José Genoíno, teria. "José Dirceu está, literalmente, em todas", insistiu.
O advogado José Luiz Mendes de Oliveira, que cuida da defesa de José Dirceu, afirmou que deixou o plenário ainda mais confiante de que irá comprovar a inocência do seu cliente. Ele será o primeiro a fazer uso da palavra, após a retomada do julgamento, na próxima segunda (6). "O procurador-geral não apresentou nenhum fato novo, até porque não há fatos novos. A defesa está preparada para provar a inocência de Dirceu, porque não há nos autos nenhuma prova contra ele", destacou.
O procurador-geral descreveu o então presidente do PT, José Genoíno, como peça fundamental para a obtenção dos recursos que financiaram o esquema. Segundo ele, Genoíno avalizou os empréstimos de fachada, colocando seus bens pessoais como garantia.
Para a acusação, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi o principal responsável pela parte financeira da campanha de 2002, sob comando de Dirceu, então presidente do PT. E, com a vitória do ex-presidente Lula e a consequente ida de Dirceu para a Casa Silva, "continuou exercendo o mesmo papel". Mas Gurgel ressaltou que ele não se limitou a indicar os beneficiários do esquema. Foi ele também uma das pessoas que receberam recursos ilegais. Mais precisamente R$ 550 mil. "A primeira entrega ocorreu na agência do Banco Rural no Shopping Brasília, muito frequentado pelos integrantes deste esquema criminoso", ironizou o procurador. O advogado de Soares, Arnaldo Malheiros Filho, negou a acusação e criticou Gurgel por incluir tal acusação em sua sustentação oral, sem que ela estivesse incluída antes nos autos. "Isso é um absurdo e não pode ser considerado pelo tribunal", disse.
Se, para a acusação, Dirceu foi o mentor do esquema, Marcos Valério foi seu principal operador. Homem da mais absoluta confiança de José Dirceu, passou a atuar como um espécie de interlocutor privilegiado em eventos políticos. Em conjunto com seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollembach, participou de todas as fraudes contábeis realizadas nas empresas SMP&B Comunicação, Grafite Participação Ltda e DNA Propaganda para esconder o rastro do dinheiro ilícito desviado para compra de votos. De acordo com a denúncia, o esquema com Valério teria começado em 2002, após o resultado do primeiro turno das eleições presidências, e já em 2003 a SMP&B já havia recebido R$ 150 milhões oriundos de contratos com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios.
No final da sessão, o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, pediu a prorrogação do prazo de defesa de seu cliente para duas horas, enquanto todos os demais réus terão direito a apenas uma. "Na sua sustentação oral, o procurador-geral citou o nome dele 197 vezes", justificou. O pedido foi negado de pronto pelo presidente do STF, ministro Ayres Britto.
Carros-fortes
Gurgel destacou também a recorrente utilização de carros-fortes para transportas grandes volumes de dinheiro. "Apesar das grandes somas, os envolvidos preferiram não fazer uso do sistema bancário nacional, reconhecidamente seguro e célere, justamente para não deixar rastro da operação. Se fossem apenas acordos entre partidos, não teriam driblado o sistema financeiro", argumentou.
Base aliada
Segundo Gurgel, a compra de votos de parlamentares podem ser comprovadas por repasses ocorridos nos dias que circundavam grandes votações ocorridas no Legislativo entre 2003 e 2004. No caso da reforma tributária, votada no dia 24 de setembro de 2003, em 17 de setembro de 2003, dez dias antes, o ex-assessor do PP, João Cláudio Genú, sacou R$ 300 mil das contas administradas pelo publicitário Marcos Valério. No dia da votação, Genú sacou R$ 300 mil e, 14 dias depois da votação, outros R$ 100 mil. Gurgel ainda afirmou que há repasses volumosos nas proximidades das votações da reforma da previdência, da Lei de Falências, entre outras.
Pela denúncia, os parlamentares do Partido Progressista (PP) receberam de Jose Dirceu R$ 2.905 milhões para votar as matérias de interesse do PT. São eles Pedro Correia, Pedro Henry e José Jatene (falecido). João Cláudio Genu era o homem de confiança deles que recebia o dinheiro a pedido da direção do partido.
Os parlamentares do PTB teriam abocanhado um total de R$ 4 milhões. Entre eles está o ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o esquema, ainda em 2005. Segundo a denúncia, o PTB decidiu apoiar o PT mediante uma contribuição financeira de R$ 20 milhões, mas somente a quinta parte foi paga, em dois repasses entregue na sede do partido, em espécie, por Valério.
Dois deputados do PMDB também foram acusados de integrar o esquema. José Borba e Anderson Adauto que, só em 2003, teriam recebido R$ 200 mil do esquema.
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Posted: 05 Aug 2012 05:04 AM PDT
Crônicas do Motta
E então, eis que meus olhos cansados se deparam com o seguinte parágrafo em uma notícia da Agência Brasil:
"Gurgel concordou que há provas pouco robustas contra quem chamou de 'principal figura de tudo que apuramos' e 'o grande protagonista' do mensalão, mas atribuiu o fato ao papel de liderança que Dirceu exercia. 'Como quase sempre ocorre com chefes de quadrilha, o acusado não aparece nos atos de execução do esquema', justificou."
Só para esclarecer: Gurgel é o procurador-geral da República, Roberto Gurgel; Dirceu é José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula.
Posto isso, o distinto público há de reparar que existe uma certa semelhança física entre o nosso Gurgel e o apresentador de televisão Jô Soares, que já foi, muito tempo atrás, um celebrado comediante.
Está certo, também, que o julgamento do tal mensalão pelo Supremo Tribunal Federal está mais para um show televisivo do que para uma sessão tradicional da mais alta corte judiciária do país.
Nem por isso, creio, o nosso distinto Gurgel deveria, como se diz, "entrar no clima", e tentar transformar algo que se supõe sério numa pantomina descarada.
Uma coisa é parecer com Jô Soares; outra, bem diversa, é agir como ele.
Pois não há como não encarar como uma piada o seu argumento de que ele, procurador-geral, acusador-mór, não conseguiu reunir provas robustas contra quem denomina "principal figura de tudo que apuramos" e "grande protagonista" do tal mensalão pelo simples fato de que tal personagem é o "chefe da quadrilha".
Se uma lógica dessas, fico pensando, fosse aplicada pelos tantos procuradores que existem por aí, as prisões estariam vazias.
Afinal, como na piada de Gurgel, seria impossível reunir provas contra os chefões do crimes porque eles não gostam de se expor publicamente, preferem o anonimato, não vivem dando entrevistas sobre as suas atividades, não andam por aí distribuindo cartões de visita com seus nomes e funções no bando destacados em letras gravadas a ouro.
Pela lógica do nosso Gurgel, só é possível reunir provas contra os chefões do crime se eles não forem os chefões.
É de morrer de rir.
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