quarta-feira, 30 de maio de 2012

Via Email: SARAIVA 13




SARAIVA 13


Posted: 30 May 2012 05:06 PM PDT


Em decisão histórica, taxa de juros cai a 8,5% ao ano 


O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) anunciou nesta quarta-feira (30) a redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic. Com a decisão, a taxa caiu de 9% para 8,5% ao ano --a menor em toda a história.


Além de atingir o piso histórico da taxa, a divulgação de hoje é a primeira em que foi detalhado como votou cada um dos sete membros do comitê, decisão baseada na Lei de Acesso à Informação, que entrou em vigor no último dia 16. A decisão foi por unanimidade.
Share/Bookmark


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 30 May 2012 05:01 PM PDT

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira reduzir a Selic para 8,5% por cento ao ano. É o menor patamar da história. Até então, o menor nível alcançado pela taxa era de 8,75%.


"O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária", afirmou o Copom, repetindo o mesmo teor do comunicado da reunião anterior.


Poupança


O rendimento das cadernetas passará a ser de 6,17% ao ano. No acumulado dos últimos 12 meses, depósitos renderam 6,67%.


Isso quer dizer que, em uma caderneta com R$ 1 mil sob as novas regras, o rendimento em um ano será R$ 61,70 (R$ 5,00 menor quando comparada com a antiga regra). Mas ninguém precisa ficar triste com isso, por dois motivos:


Primeiro porque o número não é tão significante assim, a ponto de desestimular aplicações na poupança. E ninguém ficará mais pobre por causa disto.


Em segundo lugar, há uma compensação vantajosa. Com os efeitos da queda de juros sobre toda a economia produtiva, em breve, o poder aquisitivo do saldo na poupança poderá comprar mais coisas, já que toda empresa tem os custos financeiros embutidos no custo e, também, tem nas taxas de juros a referência para o lucro mínimo esperado. Logo, quando menor os juros, menores serão os preços dos produtos em geral.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
Posted: 30 May 2012 03:29 PM PDT
Posted: 30 May 2012 02:19 PM PDT


Não sabia das atividades ilegais de Cachoeira", diz Demóstenes


Carta Maior - 29/05/2012 | Copyleft


Foto: Fabio Rodrigues Pozzebon (Agência Brasil)


Em depoimento à Comissão de Ética, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) reafirmou a relação de amizade com Carlinhos Cachoeira, mas insistiu que não sabia das atividades ilegais do contraventor. Disse que o procurador-geral da República prevaricou, confirmou as relações de Cachoeira com Policarpo Junior, da Veja, e explicou o encontro com o ministro Gilmar Mendes na Europa. Mas parece não ter convencido os colegas da sua inocência. Os questionamentos foram duros.


Najla Passos


Brasília - O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) que se apresentou ao Conselho de Ética do Senado, na manhã desta terça (29), não lembrava nem de longe o homem altivo que, meses atrás, ocupava o posto de paladino da ética do parlamento. Abatido, cabisbaixo, falou sobre o sofrimento da família, a depressão que o acometera, os remédios controlados que já não o fazem dormir, a fuga dos amigos. Ressaltou que só está suportando o que chamou de "o maior massacre da história" porque reencontrou Deus. Mas, mesmo após 5:30 horas de debates em que lhe foi assegurado o mais amplo direito à defesa, parece não ter convencido aos colegas da sua inocência. Os questionamentos foram duros.


Demóstenes reafirmou a relação de amizade com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF). Mas negou categoricamente que soubesse das atividades ilegais do amigo. "Eu não tinha lanterna de popa. O que eu sabia naquele momento era que eu me relacionava com um empresário que também tinha relações com cinco governadores e dezenas de outros parlamentares", disparou.


Pegadinha
Ele relatou que tinha conhecimento de que Cachoeira operava jogos em Goiânia quando isso era legal, na segunda metade da década de 1990. Contou que, mais recentemente, chegou a "jogar verde" para saber se o contraventor continuava operando jogos de azar, ao "inventar" uma suposta operação conjunta da PF com o Ministério Público (MP), que nunca ocorreu, para ver como ele iria reagir. Segundo Demóstenes, ele disse à Cachoeira que havia recebido a informação de um jornalista de Goiás, conhecido de ambos. "Ele ficou apavorado", afirmou, contradizendo-se.


O senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo que pode levar à cassação do mandato de Demóstenes, desmentiu a história. "O delegado da PF disse aqui que essa operação foi armada para descobrir quem vazava informações para Cachoeira", disse ele, contestando a versão de que fora "inventada" por Demóstenes para "jogar um verde".


Clube Nextel
O senador admitiu que recebeu um telefone celular Nextel do contraventor. Afirmou desconhecer que o mesmo "presente" fora dado a outros membros da quadrilha, o chamado 'Clube Nextel'. "Não faço parte do grupo. Recebi e, por comodidade, fiquei com ele".


Questionado pelo relator, reconheceu que a conta, provavelmente, era paga por Cachoeira. "Uns R$ 50, pagos nos Estados Unidos", minimizou. Disse também não ter visto, naquele momento, problema ético em um homem público ter a conta de seu celular paga por um reconhecido contraventor. "Eu desconhecia as atividades ilegais dele", sustentou.
Dinheiro sujo


O parlamentar negou ter recebido quaisquer valores da quadrilha de Carlinhos Cachoeira ou mesmo da empresa Delta. Nas gravações, há referências a quantia de R$ 20 mil e, em outro momento, a de R$ 1 milhão de reais. Na denúncia formulada ao STF, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, fala em possíveis R$ 3,1 milhões, no total.


À Comissão, Demóstenes apresentou a quebra do sigilo das suas duas contas bancárias. Questionado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), disse que não possui outras contas, que nunca recebeu dinheiro via conta de terceiros e nem valores em espécime.


Delta Construções
Ele negou ser sócio oculto da empresa Delta: "Se há um sócio oculto, vocês precisam procurar com uma lupa maior", ironizou. Ele disse que nunca participou de reuniões na sede da empresa e negou conhecer o dono da construtora, Fernando Cavendish. "Como posso ser sócio de alguém que nem conheço?"


Procurador-geral
Provocado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Demóstenes criticou veementemente a postura do procurador-geral da Repúbica, Roberto Gurgel, que, segundo ele, não deu o encaminhamento correto à Operação Vegas, realizada pela Polícia Federal (PF) em 2009, que já apontava suspeitas das suas relações com a quadrilha de Cachoeira.


Para o acusado, o procurador tinha, em função do princípio da obrigatoriedade, três alternativas: pedir arquivamento, oferecer denúncia ou requerer novas diligências. "Ele prevaricou, que significa praticar ou retardar ato de ofício para satisfazer interesse pessoal. A improbidade administrativa é evidente. Mais dia menos dia, o procurador-geral terá que explicar porque agiu como agiu", cobrou.


Os algozes
Demóstenes sustentou o tempo todo que as acusações contra ele têm como base documentos obtidos ilegalmente, vazados aos poucos, de forma orquestrada, para resultar na sua completa desmoralização. "As gravações são evidentemente ilegais. Fui investigado de forma ilegal, o que coloca em risco a democracia no Brasil. Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar essas provas, nós vamos viver numa republica comandada por delegados e procuradores do Ministério Público. E isso é perigoso".


Quando questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-DF) sobre quem seriam os algozes dessa suposta orquestração contra ele, foi categórico: "Os delegados de Polícia e membros do Ministério Público, para criar um estado policialesco no Brasil".


Gilmar Mendes
Demóstenes confirmou a versão já divulgada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, de que a relação existente entre eles é apenas de cordialidade e profissionalismo. Mas não desmentiu que frequentou festas da família do ministro. E confirmou que se encontrou com ele no exterior, em abril do ano passado. "O ministro Gilmar Mendes, se não me engano, foi participar de uma jornada acadêmica em Granada [Espanha]. Eu estava em Praga [república Tcheca]. Nos encontramos em Praga e fomos juntos, de trem, para Berlim [Alemanha]. Ficamos lá um tempo. Eu voltei para o Brasil em um voo e o ministro em outro".


Conforme o senador, só ele pegou carona do avião providenciado pela quadrilha de Cachoeira. "Como eu ia chegar cedo e tinha trabalho, eu pedi ao Rossini [empresário]. Eu utilizei o avião. E não o ministro Gilmar Mendes. Eu utilizei aviões de várias pessoas no Estado de Goiás, empresários e amigos. Não usei do Cachoeira porque ele não tem", acrescentou. Demóstenes afirmou também que Cachoeira não participou do encontro dele com Mendes na Europa.


Revista Veja
O parlamentar confirmou que Cachoeira era fonte habitual da revista Veja. "O que sei é que o Cachoeira era fonte de Policarpo [Policarpo Junior, diretor da revista em Brasília]. Nunca encontrei os dois ao mesmo tempo, mas tinha conhecimento disso. Agora o desdobramento ético em relação a isso tem que ser verificado", disse Demóstenes.


Ajuda dos amigos
Indagado por Taques, Demóstenes confirmou que o colega foi em sua casa, em março, na companhia de Randolfe, cobrar que ele se explicasse sobre as denúncias contra ele que começavam a pipocar na imprensa. "É verdade. Os dois me ajudaram, inclusive, a redigir o discurso que fiz na tribuna do Senado", acrescentou.


Sobre a veracidade das explicações prestadas no discurso, em que afirmava manter relação apenas de amizade com Cachoeira, foi evasivo. "Falei com base nas informações divulgadas até aquele momento. Não sabia das denúncias que viriam a seguir".


Estratégia?
Questionado pelo senador Anibal Diniz (PT-AC) se o fato dele falar do sofrimento imposto à família e invocar de deus não seria uma estratégia de defesa, o acusado negou. "Ninguém pode usar o nome de Deus como estratégia de defesa. Sou um carola, senador. Já era antes por causa da minha mãe. Confesso que nesse tempo fiquei meio perdido", rebateu.


Processo
O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou, ao final da sessão, que todos conhecerão sua avaliação sobre a defesa em, no máximo, três semanas, quando apresentará seu parecer. Costa prevê que o processo será encerrado antes mesmo do recesso parlamentar, que começa em julho. "Não posso falar sobre minha versão agora. Vou levar em consideração todas as colocações que foram feitas para formular meu juízo. Daqui há mais ou menos três semanas vocês vão ter a minha posição", disse à imprensa.


Costa considerou a sessão bastante produtiva. "Foram muitas informações, muitas indagações. A própria defesa dele reconheceu vários fatos", completou.


.
Do Blog ContrapontoPIG
Posted: 30 May 2012 02:15 PM PDT


Crise, só há a de nervos por parte de Gilmar Mendes.

O Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO publicou matéria, e depois, diante da negativa do governo, divulgou Nota, sustentando que a Presidente Dilma está preocupada com questão envolvendo Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula. Segundo o Estadão, Dilma teme que as relações entre os poderes fiquem complicadas.

<>

Tanto a Presidente Dilma, quanto o Presidente do STF estão mantendo uma postura bastante equilibrada e tranquila. Até mesmo Lula, com a divulgação apenas de uma Nota oficial, marcou posição de não alimentar bate-boca. Até aqui, o destempero e a "pseudo indignação com um m~es de atraso" ficou por conta de Gilmar Mendes. É o Ministro do STF quem tem aparecido suarento, gaguejando, bufando e fazendo acusações genéricas e descabidas, como a de colocar até o Presidente da Venezuela, Hugo Chaves, no meio do problema.

Não há risco de nenhuma crise, exceto a crise de nervos de Gilmar Mendes.
<>

BRASÍLIA - A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota nesta quarta-feira, 30, afirmando que no encontro dessa terça-feira, 29, entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, foi feito apenas o convite para que ele compareça à Rio+20 e discutidas questões administrativas dos dois poderes. O encontro, diz o texto, não abordou as brigas recentes entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilmar Mendes sobre o julgamento do mensalão.




Presidente do STF não vê risco de crise institucional no episódio entre Gilmar Mendes e Lula
30/05/2012 - 16h24
Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, disse hoje (30) que não vê risco de crise entre os Poderes após declarações do ministro Gilmar Mendes sobre o encontro ocorrido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Perguntado se o episódio criou mal-estar institucional, o presidente foi categórico: "De jeito nenhum, não vejo por esse prisma por nenhum modo". O ministro acrescentou que o Judiciário está imune a dissensos e que os ministros são "experimentados" para enfrentar qualquer tipo de situação.

"Isso não nos tira do eixo, não perdemos o foco, que é nosso dever de julgar todo e qualquer processo, inclusive esse, o chamado mensalão, com objetividade, imparcialidade, serenidade, enfim, atentos todos nós à prova dos autos", destacou Britto. 

O presidente disse não ter opinião sobre a tese de que há um grupo formado para difamar o ministro Gilmar Mendes ou para prejudicar o julgamento do mensalão. "O ministro Gilmar vê as coisas sob esse prisma, e ele certamente tomará as providências necessárias ou compatíveis com o quadro que ele mesmo traçou".

Britto ainda negou que tenha tratado do assunto na reunião ocorrida ontem (29) com a presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo o ministro, eles trataram apenas de assuntos da administração pública e da participação do Judiciário na Rio+20, que ocorre em junho no Rio de Janeiro.

Edição: Davi Oliveira

Posted: 30 May 2012 02:09 PM PDT



Nas páginas da revista Veja havia um crime perfeito. Um crime de calúnia, cuja autoria estava escondida atrás de um biombo, da "apuração jornalística" em "off".


Pois o PSDB, junto ao DEM, PPS, PSOL e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) acabaram por estragar a perfeição do crime, e gerar provas para levar o editor da revista Veja a tirar até 2 anos de cadeia, de acordo com o código penal.


Eis a prova do crime:


A Veja publicou as seguintes afirmações que atribuiria a Lula conduta criminosa, se fosse verdade:


Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula, magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações.
(...)
Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, seria blindado na CPI.



Não sendo verdade, é calúnia (imputar falsamente fato definido como crime a alguém). E a maior prova de que não é verdade, são as negativas de Gilmar Mendes a partir de segunda-feira, relativizando as acusações contidas na revista.


Se alguém tinha dúvidas se a Veja ultrapassou a linha da calúnia ou não, os demotucanos acabaram com a dúvida, ao apresentar representação criminal contra Lula, com base no que foi publicado na revista.

A partir do texto da Veja, fundamentaram a acusação contra Lula, que, se fosse verdade, teria cometido três crimes:
- Coação no curso de processo;
- Tráfico de influência;
- Corrupção ativa;
Como nada disso é verdade, pois o próprio Gilmar Mendes já desmentiu em entrevistas qualquer coisa que implique em crime, a representação será arquivada, e o arquivamento será a prova definitiva de que a revista Veja imputou falsamente fato definido como crime a Lula, cometendo calúnia.
Como a revista não consegue atribuir a ninguém especificamente a imputação de crime, me parece que a responsabilidade recai sobre o editor.
Segundo o expediente da revista Veja, o editor é Roberto Civita.
Segundo o código penal, o crime de calúnia, prevê penas de 6 meses a 2 anos de prisão.
Em tempo: quem quiser ler a íntegra da representação demotucana contra Lula pode conferir aqui.
Leia também:
- O crime perfeito nas páginas da Veja
 
Por: Zé Augusto0 Comentários 
Posted: 30 May 2012 02:01 PM PDT


Gilmar Mendes, no Valor de hoje, insinua que pode ter sido traído por Nelson Jobim no encontro entre os dois e o ex-presidente Lula, a quem atribui constrangimento por afirmações sobre o julgamento do mensalão e suas relações com Demóstenes e Cachoeira. Gilmar Mendes vai adaptando a história à medida em que ela perde consistência:


a) 'esqueceu' e ninguém mais o questiona sobre a versão original oferecida a Veja, cabalmente desmentida por Nelson Jobim, de que a conversa com Lula teria sido apenas entre os dois, na cozinha do escritório de Jobim, sem a presença deste;


b) ao Valor, diz textualmente que Jobim participou de 'toda a conversa';


c) ao Globo, ontem, alivia as afirmações sobre Lula (ele está sob pressão) ao mesmo tempo em que acusa o ex-presidente de ser uma central de boatos sobre suas relações com Demóstenes e Cachoeira;


d) mais ainda: insinua que Jobim (Jobim que foi ministro de FHC, um conservador atritado com o PT) pode tê-lo atraído para uma armadilha.


Veja o trecho da entrevista ao Valor, desta 4ª feira:


Valor: O nome do Paulo Lacerda (ex-dirigente da ABIN demitido após uma denúncia nunca comprovada de Gilmar, que diz não ter 'tradição de desmentidos', sobre escutas em seu gabinete no STF) foi mencionado na conversa?

Mendes: Nessa conversa, Jobim perguntou: e Paulo Lacerda? Agora, as coisas passam a ter sentido.

Valor: Seria uma demonstração de que se tratava de chantagem?

Mendes: Pode ser. Interpretem como quiser.

Valor: Ou seja, que o próprio Jobim participou de uma tentativa de chantagem?

Mendes: Era uma conversa absolutamente normal, nós repassamos vários assuntos. Nós falamos sobre o Supremo, recomposição do Supremo, PEC da Bengala, a má articulação hoje entre o Judiciário e o Executivo. O Jobim participou da conversa inteira. Nesse contexto, cai uma ficha.

Valor: Que ficha caiu, de que seria uma estratégia?

Mendes: Isso é possível, vamos constrangê-lo com Paulo Lacerda. Não sei se é isso".
Postado por Saul Leblon às 10:54
Posted: 30 May 2012 01:32 PM PDT
Posted: 30 May 2012 01:23 PM PDT


Mauro Santayana 

Engana-se o senhor Gilmar Mendes, quando denuncia uma articulação conspiratória contra o Supremo Tribunal Federal, nas suspeitas correntes de que ele, Gilmar, se encontra envolvido nas penumbrosas relações do senador Demóstenes Torres com o crime organizado em Goiás.
A articulação conspiratória contra o Supremo partiu de Fernando Henrique Cardoso, quando indicou o seu nome para o mais alto tribunal da República ao Senado Federal, e usou de todo o rolo compressor do Poder Executivo, a fim de obter a aprovação.Registre-se que houve 15 manifestações contrárias, a mais elevada rejeição em votações para o STF nos anais do Senado.
Com todo o respeito pelos títulos acadêmicos que o candidato ostentava — e não eram tão numerosos, nem tão importantes assim — o senhor Gilmar Mendes não trazia, de sua experiência de vida, recomendações maiores. Servira ao senhor Fernando Collor, na Secretaria da Presidência, e talvez não tenha tido tempo, ou interesse, de advertir o presidente das previsíveis dificuldades que viriam do comportamento de auxiliares como PC Farias.
Afastado do Planalto durante o mandato de Itamar, o senhor Gilmar Mendes a ele retornou, como advogado-geral da União de Fernando Henrique Cardoso. Com a aposentadoria do ministro Néri da Silveira, Fernando Henrique o levou ao Supremo. No mesmo dia em que foi sabatinado, o jurista Dalmo Dallari advertiu que, se Gilmar chegasse ao Supremo, estariam "correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional". Pelo que estamos vendo, Dallari tinha toda a razão.
O STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como Mensalão, como está previsto Gilmar, como advogado-geral da União — e o fato é conhecidorecomendara aos agentes do Poder Executivo não cumprirem determinadas ordens judiciais. Como alguém que não respeita as decisões da justiça pode integrar o mais alto tribunal do país? Basta isso para concluir que Fernando Henrique, ao nomear o senhor Gilmar Mendes, demonstrou o seu desprezo pelo STF. O Supremo, pela maioria de seus membros, deveria ter o poder de veto em casos semelhantes.
Esse comportamento de desrespeito — vale lembrar — ocorreu também quando o senhor Francisco Rezek renunciou ao cargo de ministro do Supremo, a fim de se tornar ministro de Relações Exteriores, e voltou ao alto tribunal, reindicado pelo próprio Collor. O episódio, tal como a posterior indicação de Gilmar, trouxe constrangimento à República. Ressalve-se que os conhecimentos jurídicos de Rezek, na opinião dos especialistas, são muito maiores do que os de Gilmar.
Mas se Rezek não servia como chanceler, por que deveria voltar ao cargo de juiz a que renunciara? São atos como esses, praticados pelo Poder Executivo, que atentam contra a soberania da Justiça, encarnada pelo alto tribunal.
A nação deve ignorar o esperneio do senhor Gilmar Mendes.
Ele busca a confusão, talvez com o propósito de desviar a atenção do país das revelações da CPI. O Congresso não se deve intimidar pela arrogância do ministro, e levar a CPMI às últimas consequências; o STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como Mensalão, como está previsto.
Acima dos três personagens envolvidos na conversa estranha que só o senhor Mendes confirma, lembremos o aviso latino, de que testis unus, testis nullus, está a nação, em sua perenidade. Está o povo, em seus direitos. Está a República, em suas instituições.
O senhor Gilmar Mendes não é o Supremo, ainda que dele faça parte. E se sua presença naquele tribunal for danosa à estabilidade republicana — sempre lembrando a forte advertência de Dallari — cabe ao Tribunal, em sua soberania, agir na defesa clara da Constituição, tomando todas as medidas exigidas. Para lembrar um autor alemão, Carl Schmitt, que Gilmar deve conhecer bem, soberano é aquele que pratica o ato necessário. 


Do Jornal do Brasil.
Posted: 30 May 2012 11:46 AM PDT


Decepcionado com o antigo aliado, (ou seria comparsa?), Mário Couto (PSDB/PA) ralhou com Demóstenes perguntando, "Como pode o senhor conviver nove anos com o 'Carlinhos Cachoeira', sabidamente um bicheiro, um contraventor?"
Gargalhadas (prolongadas).
No Na Ilharga

Posted: 30 May 2012 11:36 AM PDT


Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo publicada nesta quarta-feira, 30, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes lançou acusações contra Paulo Lacerda, ex-diretor da Policia Federal e da Abin (Agência Brasileira de Inteligência):
- Dizem que ele (Lacerda) está assessorando o PT. Tive informação em 2011 que o Lacerda queria me pegar. 
Segundo O Estado de S.Paulo, Gilmar Mendes suspeita que Lacerda estaria divulgando "informações falsas" para atingi-lo. E, também, que estaria assessorando o ex-presidente Lula. Terra Magazine ouviu Paulo Lacerda no início da tarde desta quarta-feira. Feita a ressalva "não sei se ele disse isso", Paulo Lacerda, habitualmente sereno e cordato, respondeu a Gilmar Mendes com dureza:
- Se ele falou isso, ele foi leviano e mente.
Lacerda, que hoje trabalha numa associação de empresas de segurança privada, conta que não vê Lula há anos, assim como Gilmar Mendes, e rebate as acusações:
- Estou aposentado, não trabalho com investigação (…) não trabalho para partido nenhum, não assessoro nem à CPI nem ao ex-presidente Lula (…) Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma.
Por fim, sobre informação atribuída também ao ministro e publicada no sábado, 26, em O Globo, dando conta que o espião Dadá seria seu homem de confiança,  Paulo Lacerda devolve:
- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso… essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.
Terra Magazine: O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo: "Lacerda tinha como missão me destruir", e que o senhor queria "pegá-lo". Disse também que "dizem" que o senhor estaria assessorando o PT e municiando o presidente Lula com informações…
Paulo Lacerda: Soube pelo jornal. O absurdo é tamanho que não sei como ele se permite dizer aquilo. Se ele disse aquilo, respondo: primeiro, o ministro Gilmar está totalmente desinformado sobre a minha vida profissional e pessoal. Estou aposentado da Polícia Federal depois de dois anos e meio de adidância em Lisboa e trabalho hoje para a Associação de Empresas de Segurança Privada. Não trabalho com nada, nada de investigação, e quem me conhece e à minha vida hoje sabe disso. Sabe o que é mais espantoso?
- O quê?
- É que é com base nesse tipo de informações que o ministro está recebendo é que se criou essa crise toda. Se as informações que ele diz ter recebido são dessas mesmas fontes, se foram essas fontes e informações que o levaram a dizer o que anda dizendo nos últimos dias, tá explicado porque ele está dizendo essas coisas e dessa forma. Ele, de novo, mais uma vez, está totalmente mal informado.
- O senhor não presta assessoria à CPI, ao PT ou ao ex-presidente Lula?
- Não vejo o presidente Lula, assim como o ministro Gilmar Mendes, desde que deixei o governo. Isso é ridículo. Não assessoro o PT nem a partido algum e é um delírio supor, achar e dizer que assessoro o ex-presidente Lula. Basta perguntar aos senadores e deputados da CPI se assessoro à CPI ou a algum parlamentar. Basta perguntar aos assessores do Lula se alguém tem algum vestígio de presença minha, de contato meu com ele. Sou aposentado, até poderia trabalhar para quem me convidasse e eu quisesse, mas isso não é verdade. É absoluta inverdade. Impressiona e é preocupante como um ministro do Supremo não se informa antes de dizer esses absurdos.
- Mas o que exatamente é absurdo?
- Tudo isso. São informações totalmente tendenciosas. Eu não estou trabalhando para partido algum, político nenhum. Ele está exaltado, sem controle, não sei se por conta dessa conversa com o ex-presidente, mas nada disso é verdade. E isso é muito fácil de checar.
- O senhor e o ministro Gilmar Mendes já tiveram um problema sério…
- Em setembro de 2008, ele procurou o presidente Lula e acusou a Abin, que eu dirigia, de ter feito grampos ilegais na Operação Satiagraha. Aquilo era mentira. Não foi feito grampo algum ilegal por parte da Abin… aliás, a CPI de agora é uma ótima oportunidade para investigarem aquela armação. Não existiu grampo algum, mas o ministro Gilmar Mendes foi ao presidente da República com base em uma informação falsa. Espero que agora apurem tudo aquilo.
- O que mais o incomoda?
- Eu não vi o ministro Gilmar Mendes falar isso, eu li no jornal. Não sei se ele falou, mas se ele falou, foi leviano e mente. Se falou isso o ministro Gilmar Mendes mentiu. Estou aposentado da área pública, todos sabem disso. Não teria nenhum impedimento, de ordem alguma, para trabalhar com investigação, mas não quero, e isso que ele disse, se disse, não é verdade.
- Alguma vez, depois do episódio em 2008, do tal grampo cujo áudio nunca apareceu, o ministro Gilmar e o senhor falaram sobre o episódio? Em algum momento ele reconheceu não ter ouvido o tal grampo, se desculpou?
- Não. Repito, não vejo o ministro e o ex-presidente Lula há anos. E não houve desculpa alguma… e acho que a CPI agora seria ótima oportunidade para esclarecer isso de uma vez por todas, embora a Polícia Federal já tenha concluído que não houve grampo algum da Abin…
- Essa CPI de agora, a do Cachoeira, tem alguns personagens comuns com aquele caso, fala-se muito no espião Dadá…
- A propósito. O ministro Gilmar Mendes teria dito ao jornalista Moreno que esse cidadão, Dadá, é ou era meu braço direito, meu homem de confiança. Respondi por escrito, mandei um e-mail para o Moreno, que é um jornalista… ele recebeu uma informação de um homem público e a publicou. Por isso enviei a resposta direto para ele e para o jornal O Globo.
- E qual é a resposta?
- Eu nem conheço o Dadá, jamais tive contato com ele e nunca estive com ele. Portanto, faço a ressalva: se o ministro Gilmar Mendes de fato disse isso…
- Sim, a ressalva está registrada
- Se ele disse isso, essa é mais uma informação leviana, irresponsável e mentirosa.
Foto: Agência Brasil
Bob Fernandes, no Terra Magazine no TERRA.COM.BR


 
Posted: 30 May 2012 10:47 AM PDT



Numa matéria desonesta e distorcida, assinada pelos jornalistas Bernardo Mello e Catia Seabra, a Folha de hoje voltou a atacar a blogosfera - o que só confirma que a velha mídia está muito incomodada com a força crescente das redes sociais. Ao tratar de uma reunião ocorrida ontem à noite entre blogueiros paulistas e o candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad (PT), o jornal tucano destilou todo o seu veneno.
Já no título, "Petista pede ajuda a blogueiros que apoiam governo", uma mentira deslavada. A reunião foi articulada pelos ativistas digitais e não pelo PT ou por Haddad. Da mesma forma, os blogueiros - que residem em São Paulo e conhecem o desastre causado pela dupla Serra-Kassab - já estão agendando conversas com candidatos à prefeitura paulistana de outros partidos.

"Reporcagem" desonesta e distorcida

Na reunião, o pré-candidato petista apresentou as suas propostas programáticas para a cidade, apontou os principais problemas das últimas gestões demotucanas - e agora do PSD de Kassab - e falou dos desafios da sua campanha eleitoral. Mesmo sem ter acesso ao encontro, a Folha intuiu - bem ao estilo Gilmar Mentes - que Haddad "pediu ajuda a sua campanha na internet". Nada foi falado sobre o tema, nem o petista seria ingênuo para achar que iria enquadrar os blogueiros. Ou seja: a Folha mentiu novamente!
De forma desonesta, a Folha tentou vender a imagem de que os presentes da reunião pertencem ao "núcleo de militantes virtuais para atuar na internet" e que "o grupo será acionado para fazer propaganda de Haddad e atacar rivais nas redes sociais". Do encontro participaram vários blogueiros que não têm qualquer filiação partidária e, inclusive, militantes de outros partidos. A Folha sabe disso, mas procurou novamente manipular a informação.

Vínculos sombrios com José Serra

Na prática, a "reporcagem" da Folha tentou prestar mais um servicinho sujo ao tucano José Serra - com que sempre teve o rabo preso. É bastante conhecida a influência do eterno candidato do PSDB na cúpula da empresa da famiglia Frias, inclusive na confecção de pautas e no pedido de demissões de repórteres menos amestrados. Será que a Folha topa divulgar, com mais transparência, seus constantes encontros e contatos com Serra?
A matéria também visou estimular a cizânia entre os blogueiros. Mas esta tentativa é infantil. Os ativistas da chamada blogosfera progressista sempre zelaram pela pluralidade no interior deste jovem movimento. Eles sabem que existem blogueiros de diferentes concepções e origens, de diversos partidos e, principalmente, de ativistas digitais sem filiação partidária. O esforço sempre foi o de construir a unidade na diversidade, respeitando o caráter horizontal e democrático deste movimento.
A Folha, com a sua cultura autoritária e arrogante, não entende a nova realidade da rede. Azar dela. Ela continuará a perder credibilidade e leitores! O seu modelo de negócios continuará afundando!

Posted: 30 May 2012 10:09 AM PDT



SANDRA MANFRINI - Agência Estado


A presidenta Dilma Rousseff prestou nesta quarta-feira mais uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a participação de toda plateia presente a uma solenidade no Palácio do Planalto, que ao ouvir a referência ao nome de Lula ficou de pé para aplaudir e entoou o antigo slogan: "Olé, olé, olá, Lula, Lula". Durante cerimônia de entrega do Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Dilma disse que "pessoas certas, nos lugares certos, na hora certa mudam os processos",e aproveitou o momento para homenagear o ex-presidente Lula pelas iniciativas pela redução da pobreza, desigualdades e pelo desenvolvimento do País.
"Tenho certeza que faço essa homenagem pelo desempenho de Lula em se comprometer no Brasil com a questão do desenvolvimento e da oportunidade para os mais pobres do País e seu comprometimento internacional com a luta pela erradicação da pobreza nas regiões pobres do nosso planeta, que ele conhecia bem porque são parecidas com as do Brasil", disse Dilma bastante emocionada.
O Prêmio ODM agraciou 20 organizações sociais e prefeituras que apresentaram as melhores práticas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Dilma, em seu discurso, destacou que a iniciativa da premiação representa muito porque ela "reafirma a causa da justiça social que combate a exclusão na construção de um país sem pobreza".
Segundo a presidente, o Brasil caminha firmemente para o cumprimento das metas e objetivos do milênio. Ela disse que o País percebeu que o desenvolvimento e crescimento econômico que não respeitam o meio ambiente comprometem presente e futuro do País. "A soma de incluir, crescer e preservar resulta em crescimento qualitativamente melhor e quantitativamente maior", disse, lembrando que, ao longo da história, para muitos, o país podia ser rico e a população permanecer pobre. "Estamos mostrando na prática que isso é uma mentira", destacou. 


Share/Bookmark
Marcadores: ,


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 30 May 2012 10:05 AM PDT


Wálter Fanganiello Maierovitch, CartaCapital
"Numa linguagem futebolística, tão a gosto do ex-presidente Lula, pode-se concluir ter o jogo terminado 2×1.
O desmentido de Lula encontra apoio no testemunho de Nelson Jobim, único presente ao encontro. A propósito, um encontro ocorrido, a pedido de Lula, no escritório de Jobim, no dia 26 de abril deste ano.
O ministro Gilmar Mendes, além de a sua versão ter ficado isolada,  conta com a desvantagem de ter esperado um mês para denunciar, pela imprensa, a "pressão" e a "chantagem" que atribuiu ao presidente Lula. O perfil mercurial de Mendes, que é bem conhecido, não se adéqua a um mês de espera.
Segundo Mendes declarou à revista Veja e confirmou em entrevistas, Lula teria ofertado-lhe "blindagem" na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o escândalo Cachoeira-Demóstenes-Delta. O motivo da proteção na CPMI  teria sido o financiamento feito por Cachoeira de uma viagem a Berlim feita por Mendes em companhia de Demóstenes.
É inexplicável não tenha Mendes, diante da supracitada "chantagem" (na última entrevista Mendes usa o termo "insinuações"), levado  o fato, por ser criminoso, ao conhecimento imediato de seus pares e da Procuradoria-Geral da República.
Antes de ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF), Mendes era membro do Ministério Público Federal, cujo chefe institucional é o procurador-geral da República. Ou seja, Mendes conhece bem o mecanismo a ser acionado para encaminhamento de uma "notitia criminis".
Artigo Completo, ::Aqui::
Enviada por: Nogueira Junior/ 21:170 Comentários
Também do Blog BRASIL! BRASIL! 
Posted: 30 May 2012 10:03 AM PDT



"O fato de o ministro ter demorado um mês para se manifestar merece explicação. A perplexidade dele parece que custou a se consolidar", disse o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ)
O PSol decidiu pedir abertura de investigação contra o ministro Gilmar Mendes, do STF, por conta das denúncias sobre pressão do ex-presidente Lula plelo adiamento do julgamento do mensalão. A petição já foi esboçada, mas falta definir o guichê em que ela será protocolada – pode ser na Procuradoria-Geral da República ou na Corregedoria-Geral do Conselho Nacional de Justiça. "Do nosso ponto de vista, o comportamento do ministro não foi normal", diz o deputado Chico Alencar (RJ), líder do PSol na Câmara.
A conversa entre Gilmar Mendes e Lula ocorreu em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. O ministro levou um mês para declarar-se publicamente "perplexo" com o que teria ouvido de Lula. "O fato de o ministro ter demorado um mês para se manifestar merece explicação. A perplexidade dele parece que custou a se consolidar", acrescenta Chico Alencar. Segundo o deputado, "não parece adequado que o ministro se encontre, fora do ambiente do Supremo, com uma pessoa notoriamente vinculada aos réus do mensalão."
O partido já havia subscrito, junto com DEM, PSDB e PPS, representação protocolada contra Lula na Procuradoria-Geral da República – Roberto Gurgel vai enviar a representação à primeira instância, já que Lula não tem mais foro privilegiado. "Achamos que ninguém ficou bem nessa história. O Lula ficou mal. O Jobim ficou mal. E o Gilmar Mendes também ficou mal", resume Chico Alencar."
Enviada por: Nogueira Junior/ 11:530 Comentários
Posted: 30 May 2012 09:59 AM PDT
Posted: 30 May 2012 09:55 AM PDT



A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou hoje (30) nota à imprensa sobre o encontro ocorrido nesta terça-feira (29) entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto. Leia abaixo a íntegra da nota:
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título "Para Dilma, há risco de crise institucional", publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20.
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Leia aqui reportagem do Estadão.

Posted: 30 May 2012 09:52 AM PDT


Em 2008, o ministro Gilmar Mendes chamou o presidente Lula "às falas", a partir de uma reportagem da Veja que afirmava que ele e o senador Demócrita - quer dizer, Demóstenes - estavam sendo grampeados, porque o governo estava criando um "estado policialesco". Não provou nada. Foi apenas bravata. Mas criou uma tremenda crise, que gerou demissões na PF e na Abin. Investigações provaram que não houve grampo algum. E ficou por isso mesmo.


Agora, talvez animado pela impunidade (pois a impunidade gera a repetição do comportamento), Gilmar Mendes pisa ainda mais fundo nas acusações, desta vez nominando o ex-presidente Lula, como o homem que espalharia boatos contra ele, mas visando (como todo megalomaníaco) atingir a instituição da qual ele é um dos onze membros - não mais o presidente, como em 2008.


Mendes afirma que o objetivo do presidente Lula é atingir o STF, constranger os ministros a adiarem o julgamento do "mensalão". Mas, novamente, não prova coisa nenhuma. Como um tirano, acusa, e acha que só pelo fato de acusar a prova está dada.


Só que desta vez as coisas aconteceram de modo diferente. Gilmar participou de um encontro com mais duas pessoas - Lula e o ex-ministro Jobim. As duas negaram o que ele afirma. Ele também negou, quando foi entrevistado e questionado objetivamente. No entanto, agora, partiu novamente para o ataque, e a mídia corporativa abriu manchete para suas declarações.


O Globo, por exemplo (ah, O Globo, que sempre esteve na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula) deu destaque a uma fala de Mendes: "Brasil não é Venezuela, onde Chávez prende juiz". Adiante, deu uma página inteira para Gilmar destilar ódio, ressentimento, e soltar bravatas.


Em primeiro lugar: Pena que o Brasil não seja a Venezuela, nesse caso de prender juízes. O único de que me recordo aqui foi o do famoso juiz Lalau, que roubou milhões e milhões e ficou em prisão domiciliar. Aos demais juízes do Brasil, como vem denunciando a brava Eliana Calmon, o máximo que acontece, quando flagrados em "malfeitos" é serem aposentados compulsoriamente, com salário integral  Isso é punição ou prêmio?


Mas, é bom lembrar ao  ministro, que, se o Brasil não é a Venezuela, também não é Diamantino, a cidade natal do coroné travestido de ministro (para me livrar de ser processado por ele, afirmo, usando de sua expertise (ou esperteza), que isso eu "ouvi de jornalistas", como ele afirmou nas acusações a Lula...).


Gilmar tem que ser chamado às falas para que prove tudo o que afirma. Ou seja processado e seu pedido de impeachment seja colocado em pauta.


Não é de hoje que o coronel de Diamantino tem inúmeras questões em aberto (algumas eu enumerei aqui em Gilmar Mendes acusa Lula de pressão para adiar o julgamento do mensalão. Ou a falta que faz um par de algemas).


Não sei se o presidente Lula, não sei se o PT, se algum congressista ou advogado, mas alguém tem que chamar Gilmar Mendes às falas, notificar o ministro para que ele venha a público e prove o que diz, ou que seja processado, julgado e condenado pelos artigos que tenha violado. Para que o Brasil, que ainda tem muito de Diamantino, mostre que também pode ter um pouco de Venezuela, onde juiz culpado também vai para a cadeia.

Follow @blogdomello
Posted: 30 May 2012 09:49 AM PDT
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO e agora sem partido) acusou nesta terça-feira, em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de prevaricar e omitir-se ao não dar prosseguimento à Operação Vegas da Polícia Federal.
"Eu compreendo desta forma. O processo penal é regido pelo princípio da obrigação. Não tem o procurador-geral o condão de dizer quando vai atuar. Mais dia, menos dia, ele vai ter que explicar porque fez dessa forma. A ação é sem amparo", disse o senador. A declaração foi uma resposta a perguntas do senador Fernando Collor (PTB-AL), que tem pautado sua atuação por ataques e questionamentos a Gurgel.
Demóstenes disse que o chefe do Ministério Público Federal (MPF) deveria ter tomado alguma ação diante do inquérito, como pedir diligências ou dar prosseguimento com o inquérito. "Ele prevaricou", disse Demóstenes.
Gurgel disse em ofício encaminhado ao Congresso ter entendido, à época, não ter encontrado indícios suficientes para encaminhar a investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF) e que o "retardamento" das investigações poderia ocasionar na produção de novas provas. As investigações apontavam para o envolvimento de parlamentares, inclusive Demóstenes, com Cachoeira.
O senador apresenta nesta terça-feira sua defesa no Senado, onde é alvo de processo disciplinar em razão das relações mantidas com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal sob a acusação de comandar uma rede ilegal de jogos de azar.
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A.


Share/Bookmark


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution


Também do Blog O Esquerdopata.
Posted: 30 May 2012 09:46 AM PDT

Gilmar agora acusa Johnbim. Só falta a Dilma.



Saiu no Valor, pág. A8:


"Gilmar Mendes diz que Lula e Jobim tentaram constrangê-lo em encontro"


Numa das 879 entrevistas que deu desde a semana passada, o ex-Supremo Presidente oferece a 879ª explicação:


O ex-ministro Nelson Johnbim "também lhe fez perguntas que poderiam sugerir pressão".


Mas, ele se recusa a classificar o episódio como uma "chantagem".


"Chantagem" foi o que o Lula fez, na 123ª versão do ex-Supremo.


Na versão 422, a palavra "chantagem" sumiu.


Agora, o "pressionador" é o Johnbim.


A torcida do Flamengo aguarda a entrevista de Eliane Catanhêde com Johnbim, um "pressionador".


O que dirá o sereno e austero Ministro Celso de Mello, decano do Supremo, das 879 versões ?


Clique aqui para ler "Gilmar tem um problema com Lacerda".


E aqui para ler "Protogenes vai processar Gilmar".




Paulo Henrique Amorim
Share/Bookmark


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution


Do Blog O Esquerdopata.
Posted: 30 May 2012 08:10 AM PDT


Em defesa do Brasil e da Democracia!
BLOGOSFERA MOBILIZADA!
Golpe, nunca mais!
Urgente: favor divulgar em sites, facebook, orkut e twitter.



Postado por Grupo Beatriceàs 10:28 AM 
Posted: 30 May 2012 04:00 AM PDT



Der Manager des Tieres und Roulette-Spiel, kam Herr CarlosWasserfall nach Deutschland zu versuchen, Geräte NEXTEL BeweisClip zu verhandeln. Ich weiß nicht, ob und an wen er verkauft. Nutzen Sie diese Gelegenheit, meine Umarmung für Ex-Präsident Lula und der Präsident Dilma lassen -

Não existe crime perfeito, assim como uma versão deturpada e exacerbada de uma conversa, divulgada por uma revista sem credibilidade, não se sustenta, apesar do esforço ferrenho de alguns jornalistas para lhe colocar com pé e cabeça. Eles tentaram, mais, acabaram um por desmentir o outro. 

1 - O desmentido de Jobim ao repórter do Estadão foi peremptório. Jobim foi pego de surpresa e negou de pronto a versão de Gilmar Mendes. "Não houve nada disso".

2 - Mas, o Moreno, que parece querer ser o Rei da "malandragem" e se considera muito esperto, "captou" na voz de Jobim um "Q" de confirmação no seu desmentido.

3 - NOBLAT - Coluna de 28/05 - Diz que Gilmar foi quem "contou à VEJA" sobre a conversa.

4 - Merval Pereira - Coluna de 29/05 - Diz que a revista VEJA soube por "outros caminhos em Brasília" o teor da conversa, e que Gilmar Mendes apenas confirmou tudo.

5 - Segundo a Coluna Panorama Político - ILIMAR FRANCO - 29/05 - Em encontro casual com o Senador Agripino Maia (DEM) no dia 23/05, Gilmar Mendes se "queixou de Lula" e lhe contou o teor da conversa.

6 - Já segundo o Noblat escreve em seu blog, Gilmar Mendes chegou esbaforido a um encontro já agendado para o dia 26 de abril com Agripino Maia, e cuspindo fogo, contou a ele o "teor da conversa".

Quem sabe os jornalistas / pitonisas - podem, já que eles sabem com detalhes e indiscutível certeza, tudo o que se passa em ambientes fechados, a exemplo do que se deu no escritório e na cozinha de Nelson Jobim, e sabem sem qualquer sombra de dúvida de todos os atos de Gilmar Mendes, nos tirar ao menos duas dúvidas:

O que tanto o Ministro Gilmar Mendes conversa com Agripino Maia (Presidente do Partido político DEMOCRATAS) e qual a razão de ninguém considerar isso, digamos assim, meio impróprio ?

O encontro (CONFIRMADO SEGUNDO LUIZ GARCIA - O Globo -28/05) de Gilmar Mendes, DEMóstenes e Cachoeira na Alemanha, foi "casual", ou Cachoeira foi até aquela lonjura à convite ? 

Nota do Blog - Uma coisa é indiscutível nessa questão de "encontros". Nem com Lula, nem com Cachoeira, Gilmar deveria ter se encontrado. Assim como Gilmar Mendes não deveria andar constantemente em companhia de políticos da oposição. 


Posted: 30 May 2012 03:20 AM PDT


Gilmar Mendes vem sendo alvo de inúmeros protestos contra sua atuação parcial no STF nos últimos anos.  Sua presença na alta corte tem sido contestada até por grandes juristas brasileiros, como Dalmo Dallari
O que será que está faltando aos sagazes jornalistas investigativos dos mais 'atuantes' grupos de comunicação do país, parlamentares (inclusive os da oposição) e membros do Judiciário (principalmente os do STF) para ligar o tal "Gilmar" citado nas escutas telefônicas da Polícia Federal, que estaria na companhia de Demóstenes Torres em Berlim em abril de 2011, com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal?


O próprio ministro Gilmar Mendes confirmou que esteve em Berlim e se encontrou com Demóstenes, mas teria dito a Lula, na mítica conversa de uma só versão (ou nota), que costuma ir Berlim, tal como Lula vai a São Bernardo do Campo...


A Operação Monte Carlo flagrou tal conversa de Cachoeira com Wladmir sobre a liberação de um jatinho para trazer Demóstenes da capital alemã, juntamente com um tal de "Gilmar", de carona em voo patrocinado por um contraventor...

Não seria coincidência demais?



E fica por isso mesmo? Ninguém se coça para ir mais fundo, pelo menos, em reportagens baseadas nestes fortes indícios?


A Globo News que entrevistou o douto ministro do Supremo em Manaus sequer tocou no assunto, não o questionou sobre nenhuma destas informações. Parecia conversa de amigos, para livrar a barra daquele que está no sufoco.
A âncora do programa, Leilane Neubarth, preferiu alimentar dúvidas, onde o próprio entrevistado, segundo sua postura vacilante, já não sustentava a versão que deu a Veja, dias antes, de uma suposta pressão sofrida um mês atrás...


Outra questão deve ser aplicada a todos aqueles citados no início deste texto: Por que Gilmar Mendes demorou trinta dias para ficar indignado?
Nova indagação: O que teria se passado neste período para que não se pronunciasse de imediato?
Mais uma: por que não convocar uma entrevista coletiva, mesmo com tamanho retardo, para apresentar os graves fatos enunciados?
Afinal uma acusação desta natureza feriria de morte a independência dos poderes e colocaria o STF como presa fácil para movimentações ardilosas. Mereceria um mar de microfones a sua volta, um salão nobre e espaçoso para tantos jornalistas e meios de comunicação que lá coubessem, com transmissão ao vivo, inclusive, na TV aberta.
Mas procurar a Veja, um mês após a suposta chantagem e dois dias depois da publicação e repercussão na mídia da revista do grupo Abril, de Robert Civita, soa a muito pouco esforço feito para esclarecer, mais parece um movimento calculado, que não logrou o êxito vislumbrado no início da trama.
Qual seria o êxito? Esta questão, aqueles citados, lá no começo deste texto, também não parecem dispostos a explorar, pelo menos até este momento.


Não se pode ser categórico em uma questão tão sensível, principalmente vindo de quem e de onde veio esta nova tentativa de desviar o foco da CPMI, porque são personagens (Veja, Demóstenes e "Gilmar") citados e flagrados em esquemas sinistros de Carlinhos Cachoeira.


Acredito que faltou combinar melhor o script com Nelson Jobim ou, sabe-se lá, tenha faltado algum ponto que o convencesse a embarcar nesta canoa furada.
Fica, por fim, a pergunta (também a dúvida): Pelo menos a imprensa, falo das grandes corporações que predominam no noticiário, Globo, Veja, Folha e Estadão, não vai tentar descobrir e apresentar ao grande público quem seria este tal "Gilmar", citado nas escutas da Operação Monte Carlo, que estaria acompanhado de Demóstenes Torres e voltaria no jatinho providenciado pelo amigo senador junto a um contraventor??? 


Nenhuma ilação vai ser explorada na pauta jornalística destes veículos de comunicação???


Nenhuma entrevista vai ser solicitada ao ministro do STF para elucidar tais fatos???


Não vai haver uma postura mais incisiva e perseverante dos repórteres em tais questionamentos???


Os articulistas mais preditos tecerão comentários e análises que apontem supostas razões para o ocorrido???


Ou será que este tipo de expediente só está autorizado para ser utilizado para com a outra parte, um tão somente popularíssimo ex-presidente da república???

São perguntas demais, como de costume, poucas serão respondidas...


p.s. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel encaminhou para o Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF), representação protocolada pelo PSDB contra Lula por supostamente ter pressionado o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os tucanos acusam Lula de praticar "coação no curso do processo, tráfico de influência ativo e, ainda, promessa de vantagens indevidas". Desta vez Gurgel não vacilou momento algum e deu curso imediato a um pedido judicial...

p.s. 2 O ex-ministro da Defesa e ex-ministro do STF, Nelson Jobim, foi, misteriosamente, esquecido pelas redações de alguns órgãos da grande imprensa em toda esta polêmica encenada...
 
Postado por Palavras Diversasàs 21:21 
Posted: 30 May 2012 02:09 AM PDT



Leila Cordeiro

Maria da Graça Meneghel, a Xuxa, nasceu em Santa Rosa, Rio Grande do Sul, em 27 de março de 1963. Virou modelo por volta dos seus 16 anos e chegou à televisão levada pelo namorado Pelé, que era amigo da família Bloch, dona da TV Manchete, onde ela estreou como apresentadora de programa infantil em 1983.


E é aí que começa o meu artigo. Nessa época, eu era repórter da Globo e, certa vez, fui cobrir um evento que envolvia crianças. Quando chegamos havia um pequeno coral cantando uma música muito bonitinha e, inocentemente, pedi ao cinegrafista que gravasse pois poderiamos começar a matéria com ela.


Entretanto, ao chegar à emissora para editar a reportagem, qual não foi minha surpresa quando me disseram que aquela música não poderia entrar de jeito nenhum, pois era cantada por Xuxa em seu programa da Manchete. Além disso, me disseram, ela não era bem vista na TV do Jardim Botânico, onde era conhecida de maneira debochada como "apresentadora porno-erótico-infantil".


Confesso que, na época, não entendi pois mal conhecia Xuxa e seu programa, nem imaginava como eram as roupas que usava, já que não me sobrava tempo para assistir TV por causa do meu horário puxado como repórter.


Três anos depois, no início de 1986, surpresa! Estava voltando de uma reportagem quando dei de cara com uma moça alta, vestida com uma bota branca de cano longo que cobriam seus joelhos, saiote curtinho e corpete que deixava sua barriga de fora, igualmente brancos com detalhes em dourado e duas maria-chiquinhas bem infantis no alto da cabeça. Era ela, a sensual apresentadora da Manchete...a Xuxa.


Sozinha, sem nenhum segurança, assessor ou alguém com cargo parecido que vive pendurado em gente famosa como papagaio de pirata, Xuxa parecia meio perdida e, ao me ver passar, perguntou-me onde era o estúdio pois estava sendo esperada para gravar uma entrevista com a jornalista Leda Nagle, para o Jornal Hoje. No dia seguinte, a notícia explodia: Xuxa – aquela mesma que era motivo de deboche nos corredores da emissora - estava contratada pela Globo para apresentar um programa infantil.


Bem, quem conhece os bastidores da televisão sabe que é mais ou menos normal essa rivalidade entre emissoras, especialmente entre aqueles que trabalham na rua e têm que conviver com os colegas "rivais", mas na hora da disputa pelos pontinhos da audiência tudo é esquecido e Xuxa, com seu programa "porno-erótico-infantil", vinha incomodando a Globo.


Isso foi em 1986 e de lá para cá todo mundo sabe o que aconteceu. Xuxa conquistou crianças e adultos e passou a ser uma das maiores estrelas do universo global, dedicando sua vida profissional às causas infantis, a ponto de criar uma fundação para ajudar menores carentes.


Até que no domingo passado, no "Fantástico" dominical de sua própria emissora, surgiu uma Xuxa que ninguém conhecia. A artista madura e bem sucedida contou para todo o Brasil que sofrera abusos sexuais de três homens em sua infância. Evidentemente, uma declaração bombástica como essa alavancou a audiência do programa dominical que anda mal das pernas e colocou Xuxa no centro de um debate nacional, dividindo opiniões.


Os mais céticos atribuíram as declarações a uma estratégia de marketing em favor do programa e da própria apresentadora, que hoje já não encanta as multidões infantis como no passado, tanto que não tem mais um programa diário.


Outros elogiaram a postura de Xuxa, como Maria do Rosário, a Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República que considerou corajosa a atitude de Xuxa, que serviu como "um importante apoio às pessoas que sofreram violência na infância" .


No debate, que aos poucos vai perdendo espaço na mídia, ficou a pergunta para a qual não encontrei resposta convincente. Por que só agora, aos 49 anos, Xuxa resolveu denunciar abusos sofridos décadas atrás? Será que se ela tivesse contado antes muitas crianças não teriam passado por situações parecidas, pois os pais seriam alertados? Afinal, abusos contra crianças, prostituição infantil e maus tratos infantis sempre existiram no Brasil e Xuxa, sabendo disso, bem que poderia ter botado a boca no trombone antes.


Em defesa da apresentadora, pode-se argumentar que talvez lhe faltassem o palco e o momento certos para denúncia de tamanha gravidade. Denunciar antes poderia manchar a figura da moça idolatrada pelas crianças que a viam como a rainha de um reino da fantasia, onde todos cantavam alegremente:

"Doce, doce, doce,
a vida é um doce, vida é mel, que escorre da boca, feito um doce...pedaço do céu " 



De Recife - PE. Diógenes Afonsoàs 05:360 comentários 
Do Blog TERRA BRASILIS.
Posted: 30 May 2012 01:20 AM PDT


Ao povo brasileiro: como todos e todas puderam recentemente testemunhar, o ex-presidente do STF, Sr. Gilmar Mendes, fez declarações à revista Veja, ao site Conjur, aos jornais Globo e Folha de S. Paulo nesta semana, repercutido em diversos meios de comunicação, envolvendo o ex-presidente Lula e também o ex-ministro Nelson Jobim. Tanto foi assim que o próprio Gilmar Mendes teve que retificar tais declarações em seguida, na Rede Globo em 29/05.
Desta vez a tentativa de blindar o crime organizado não deu certo. Felizmente, o trabalho da CPMI do Cachoeira já transcendeu o poder de obstrução dos corruptos, corruptores e do Sr. Gilmar Mendes. Não adianta mais tentar ganhar no grito ou querer dispersar o foco objetivo da CPMI por meio de mentiras.
Convém lembrar que, há pouco menos de quatro anos, em 2008, quando o mesmo Gilmar Mendes, então presidente do STF, concedeu dois habeas-corpus em 48 horas ao banqueiro condenado Daniel Dantas, previa e devidamente preso por desviar bilhões de reais dos cofres públicos. Inaugurou naquela época o "foro privilegiado" para banqueiro bandido.
Naquele momento de crise institucional no Brasil, advindo da operação Satiagraha, a falta de credibilidade na justiça brasileira foi alertada, também, pelo ministro Joaquim Barbosa, ocasião em que abriu o debate na própria corte com o ex-presidente do STF Gilmar Mendes.
Os atos incomuns praticados no STF pelo ex-presidente Gilmar Mendes tinha, então, respaldo de um super poder judicial acima da lei e da Constituição da República. Hoje ele não tem mais. As coisas mudaram no Brasil. E continuarão mudando.
As afirmações mentirosas e criminosas dirigidas por ele contra mim, serão apreciadas em instrumentos próprios e no foro adequado, registrando que não tem indícios e documentos que classifiquem qualquer conduta na minha atividade como policial ou parlamentar vinculados ao esquema Cachoeira.
Talvez, o destempero, nervosismo e arrogância de Gilmar Mendes se explique ao longo da CPMI do Cachoeira na ampliação da coleta de dados, documentos e informações que aprofundem as investigações com o objetivo final de revelar as infiltrações nos Poderes da República, que ameaçam o Estado Democrático de Direito.
Por isso, é bom lembrar que as mudanças abrem novos caminhos para o futuro da mesma forma em que resgatam a memória. Assim, retroativamente, podemos desimpedir a evolução de um país que permanece obstruído por um legado de corrupção ética, moral e material. Ressalto ao final que a instauração da Comissão da Verdade e do Acesso à Informação dá para entender que a busca pela verdade é a ordem do dia no Brasil de hoje e de amanhã.
Observação: Nota em resposta as seguintes reportagens:

You are subscribed to email updates from BLOG DO SARAIVA
To stop receiving these emails, you may unsubscribe now.
Email delivery powered by Google
Google Inc., 20 West Kinzie, Chicago IL USA 60610





--
Francisco Almeida / (91)81003406

Nenhum comentário:

Postagens populares