terça-feira, 18 de junho de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Dilma: seu governo ouve a voz das ruas e está ali para atender e trazer conquistas populares


SARAIVA 13


Dilma: seu governo ouve a voz das ruas e está ali para atender e trazer conquistas populares

Posted: 18 Jun 2013 10:17 AM PDT


Durante o lançamento do Marco Regulatório da Mineração, a presidenta Dilma falou sobre as manifestação populares nas ruas, dando apoio às manifestações pacíficas e dizendo que os governos, legislativos e até o judiciário devem ouvir a voz das ruas e atender aos anseios do cidadão:
"Essa mensagem direta das ruas é pelo direito de influir nas decisões de todos os governos, do legislativo e do judiciário (...) É de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público. Essa mensagem direta das ruas comprova o valor da democracia, da participação do cidadão em busca de seus direitos. A minha geração sabe quanto isso nos custou. Eu vi ontem um cartaz muito interessante que dizia: "Desculpe o transtorno, estamos mudando o país"... o meu governo está ouvindo estas vozes pela mudança, meu governo está empenhado e comprometido com a transformação social, a começar pela elevação 40 milhões de pessoas à classe média e com o fim da miséria. O meu governo que quer ampliar o acesso à educação e à saúde, compreende que as exigências da população mudam quando nós mudamos também o Brasil. Porque incluímos, porque ampliamos a renda, o acesso ao emprego, porque demos acesso à mais pessoas à educação, surgiram cidadãos que querem mais, e que tem direito a mais. Todos nós estamos diante de novos desafios. As vozes das ruas querem mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades. Eu quero aqui garantir a vocês que meu governo também quer mais, e que nós vamos conseguir mais para nosso país e para nosso povo."
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Participação popular e transparência ganha força. Haddad transmite ao vivo reunião do Conselho da Cidade.

Posted: 18 Jun 2013 10:13 AM PDT

A Prefeitura de São Paulo está realiza na terça-feira, desde as 9h, reunião extraordinária com o Conselho da Cidade para discutir o transporte público, com transmissão ao vivo pela internet aqui.

O Movimento Passe Livre (MPL) foi convidado para fazer uma apresentação e explicar suas propostas e visões para o setor.

A prefeitura apresenta detalhes sobre a composição de preço da tarifa de ônibus, a evolução da despesa orçamentária com o subsídio e os planos para a melhoria na qualidade do sistema.

Depois das duas apresentações, o debate é aberto para a participação dos conselheiros e sugestões de encaminhamento.

O Conselho da Cidade, que conta com 136 integrantes, foi instalado no dia 26 de março para servir como um novo canal de diálogo com a sociedade. É formado por representantes dos movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas e pesquisadores, artistas e lideranças religiosas.
Por: Zé Augusto0 Comentários  
 

Âncora da Globo News viu o que não mostrou. E ainda: Microfones da Globo sem o logotipo da emissora?

Posted: 18 Jun 2013 08:25 AM PDT

  A Globo falou em impeachment, impeachment?
Âncora da GloboNews, em êxtase diante das manifestações, informa que é jornalista há 30 anos.
E diz que só viu mobilização igual com o movimento para o impeachment de Collor e a campanha das Diretas Já.
A âncora deve ter tido um surto histórico.
O impeachment de Collor e a campanha das Diretas Já não foram tema de cobertura da Globo.
Deve ter assistido num canal concorrente …
A Globo apoiou o Governo Collor até o fim.
E ignorou solenemente a campanha das Diretas.
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada 
 

Microfones da Globo sem o logotipo da emissora?

Repórteres da Rede Globo não usam o logotipo da emissora nos microfones durante cobertura de manifestações. Carros da emissora para que levaram repórteres até locais de protestos também não tinham identificação
Repórter da TV Globo usa microfone sem o cubo
com logotipo da emissora
Temendo pela integridade física de seus repórteres, a Globo adotou uma estratégia inédita durante a cobertura das manifestações que acontecem em São Paulo nesta segunda-feira. Tanto o repórter Jean Raupp, que cobriu o evento para o "Jornal Nacional", como seu colega Fabio Turci, apareceram na Globo sem o chamado "cubo" no microfone.
Jornal Nacional tenta se justificar
O Jornal Nacional noticiou nesta segunda-feira que os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a TV Globo ao longo da marcha.
Eles se concentraram na ponte estaiada, sobre a marginal do rio Pinheiros, frequentemente mostrada nos estúdios da Globo localizados nas proximidades.
 

Microfones da Globo sem o logotipo da emissora?

Posted: 18 Jun 2013 08:19 AM PDT


Repórter da TV Globo usa microfone sem
o cubo com logotipo da emissora
(Reprodução / TV)

"Repórteres da Rede Globo não usam o logotipo da emissora nos microfones durante cobertura de manifestações. Carros da emissora que levaram repórteres até locais de protestos também não tinham identificação
Temendo pela integridade física de seus repórteres, a Globo adotou uma estratégia inédita durante a cobertura das manifestações que acontecem em São Paulo nesta segunda-feira. Tanto o repórter Jean Raupp, que cobriu o evento para o "Jornal Nacional", como seu colega Fabio Turci, apareceram na Globo sem o chamado "cubo" no microfone.
O cubo é aquela peça que fica logo abaixo do bocal do microfone, e onde todas as emissoras pintam seu logotipo. Os carros usados pela emissora para levar os repórteres até os locais de manifestação também não tinham o logotipo da emissora.

Jornal Nacional tenta se justificar

O Jornal Nacional noticiou nesta segunda-feira que os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a TV Globo ao longo da marcha.

Eles se concentraram na ponte estaiada, sobre a marginal do rio Pinheiros, frequentemente mostrada nos estúdios da Globo localizados nas proximidades.

Aqui, o texto do mini editorial da Globo lido durante o Jornal Nacional:

"A TV Globo vem fazendo reportagens sobre as manifestações desde o seu início, sem nada esconder: os excessos da polícia, as reivindicações do Movimento do Passe Livre, o caráter pacífico dos protestos e, quando houve, depredações e destruição de ônibus. É nossa obrigação e dela não nos afastaremos. O direito de protestar e se manifestar pacificamente é um direito dos cidadãos".

Como em 1989
Depois da cobertura distorcida do famoso debate entre Fernando Collor e Lula, em 1989, o comentarista Alexandre Garcia também apareceu fazendo elogios à cobertura da própria Globo.

Veja aos 2 minutos do vídeo abaixo:

O mercado foi para o vinagre e levou a rainha da 'Conspiradora Corrupta', a Rede Globo. É tão bom estar vivo para viver este momento único!

Posted: 18 Jun 2013 08:13 AM PDT


 
Também do Blog APOSENTADO INVOCADO

O verdadeiro estopim é a corrupção e um exemplo emblemático foi à eleição de um escritor que não escreveu um único livro, Merval Pereira, para a Academia Brasileira de Letras.

Posted: 18 Jun 2013 08:10 AM PDT

Lincoln Secco: Manifestantes serão enjaulados no discurso dos donos da Grande Imprensa?

Posted: 18 Jun 2013 08:07 AM PDT

Do Viomundo - publicado em 18 de junho de 2013 às 10:22

Virada Política

por Lincoln Secco, especial para o Viomundo

O Brasil mudou. Excetuadas as passeatas festivas ou marchas evangélicas, desde a Campanha pelo impeachment em 1992 não havia manifestações de rua com tantas pessoas simultaneamente em várias cidades do país. É verdade que as atuais não se comparam em número, finalidade e abrangência com as Diretas Já, que ainda continuam sendo o maior movimento de massas da história do Brasil (embora ainda não saibamos a amplitude que os protestos atuais poderão tomar). Mas elas são o quarto movimento de politização em massa dos últimos trinta anos.

No primeiro deles, as greves do ABC em 1978-1980 permitiram a criação do novo sindicalismo, do MST, do PT e da CUT. O PT questionou a estrutura tradicional dos partidos comunistas e foi em seus primeiros anos uma verdadeira federação de núcleos e movimentos com grande autonomia em seu interior. As greves foram derrotadas, mas o PT sobreviveu e cresceu.

O segundo momento foi uma Revolução Democrática que pôs fim ao Governo Militar. O processo começou pela campanha das diretas, mas foi filtrado pela lógica eleitoral que deu ao PMDB um papel proeminente na vida política. A última tentativa de se opor àquela reação conservadora do PMDB foi a campanha da Frente Brasil Popular em 1989. O saldo organizativo foi a constituição do PT como alternativa eleitoral radical de poder.

O terceiro momento (o Impeachment) devolveu à UNE seu papel de liderança dos movimentos estudantis, mas as lideranças se contentaram com a simples troca do presidente Collor pelo seu vice Itamar Franco, o que acabaria permitindo ao seu Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso se tornar depois presidente.

Vimos que nos três momentos houve saldos de organização, mas logo encapsulados pelas forças conservadoras. Durante a década neoliberal dos anos noventa houve um esvaziamento das ruas e o declínio da militância partidária, como se pode constatar pela História do PT. Ainda assim, aquele partido manteve o controle das principais organizações sindicais e movimentos sociais surgidos nos anos 1980.

Quando o PT foi jogado no canto do ringue durante os escândalos de 2005 a Direita midiática esperava manifestações populares que nunca aconteceram. Lula governou oito anos sem enfrentar uma situação como a atual.

Mas agora a política mudou. Fatores internacionais (crise de 2008, Primavera Árabe, movimento dos indignados), aliados a transformações tecnológicas que permitem a ação em rede e a comunicação em tempo real por telefones móveis também respondem pelas mudanças. Mas nada disso aconteceria se o PT houvesse mantido sua hegemonia nos protestos de rua como acontecia antes.

Burocratizado, governista, ele não demonstrou capacidade de se inovar e voltar às ruas. Mantém uma estrutura invejável, um líder carismático e o sólido controle de sindicatos e movimentos sociais, mas não são estes que convocam as manifestações. E por mais que tentem, seus concorrentes de extrema esquerda também não controlam nada.

Na Cidade de São Paulo a tomada espontânea das ruas em diferentes pontos da cidade não se compara a nada antes ocorrido. As pessoas simplesmente se apropriaram do que deveria ser delas: o leito carroçável, o direito de se manifestar e de andar à noite com os amigos em segurança. Afinal, não há melhor segurança do que multidões nos espaços públicos. O que elas fizeram ainda não tem caráter de permanência, mas decerto a tarifa zero permitiria um pouco de trabalho, diversão e arte todos os dias. A forma fez-me lembrar a virada cultural paulistana. Só que agora se trata de uma virada política.

A história nos ensina que cada movimento destes politiza de uma só vez milhares de pessoas. Elas não aprendem com teorias, mas com ações. Só que depois as teorizações, o aprendizado em coletivos permanentes é que consolida o movimento. Daí a pergunta essencial que não se põe agora, mas se colocará num futuro próximo: qual o saldo organizativo destas manifestações?

Se elas terão influência eleitoral futura é o que menos importa. A Direita Midiática já começou vasta operação para se apossar do movimento de massas. Mas ela não terá sucesso porque nada tem a oferecer. As pessoas sabem que ela não apóia nenhuma das reivindicações do Movimento Passe Livre. Mas a vigilância do MPL deve ser redobrada e ele não pode permitir que a massificação dos atos seja submergida na oposição oficial partidária.

O PT também se vê pela primeira vez em sua história confrontado por um movimento de massas. Por mais que militantes petistas e até políticos estabelecidos apóiem, ainda que tarde, as manifestações, é inegável que em São Paulo o aumento de tarifas de transporte determinado por administração do partido foi o estopim do movimento. O PT não é mais o dono das ruas, mas ninguém é.

Os partidos de ultra-esquerda cometeram o erro de nascer cedo demais como rachas internos e sem o batismo que só agora as ruas poderiam ter-lhe oferecido. O perigo é uma manifestação como a atual ter sua voz (como já acontece) ser canalizada pela mídia conservadora que rapidamente percebeu que podia virar o jogo para não perder mercado.

Que os partidos continuam importantes na rotina eleitoral e que haja diferenças entre PT e PSDB pode não ser a crença de vários partidos de esquerda, mas é a de milhões de beneficiários das políticas sociais, do aumento do emprego e do salário mínimo que o PT implantou no Brasil.

O PT é melhor do que o PSDB evidentemente. Só que este partido não pode contar mais com apoio militante que não seja profissionalizado. Suas políticas sociais já dormem sob um cobertor curto que ao se puxar para cobrir a cabeça, os pés ficam de fora. É que quando as pessoas conquistam direitos, elas querem mais. Se a ousadia (ou mesmo o cálculo eleitoral que, afinal de contas, tem sido a única coisa de interesse para seus dirigentes) fizesse o PT defender a tarifa zero, ele criaria o seu segundo bolsa família no Brasil.

Mas o futuro dessa geração nova que vai às ruas diz respeito a outra coisa. Se os partidos saberão interpretar o seu desejo é problema deles. O que o Movimento do Passe Livre apontou é uma questão maior: poderá a autonomia das ruas se expressar em novas formas de organização ou será enjaulada no discurso dos donos da Grande Imprensa?

*Lincoln Secco é professor de História Contemporânea na USP
.
 
Do Blog ContrapontoPIG

Ruas, poder e juventude

Posted: 18 Jun 2013 07:01 AM PDT


18 de Jun de 2013 | 09:26
Quando tive de criar uma frase para encabeçar este blog, a escolha, naturalmente, veio sobre aquilo que considero ser a chave do exercício progressista, do desejo e dos meios de mudar a realidade da vida social.
A política, sem polêmica, é a arma da direita.
Pois são justamente os conservadores, que dominam o dinheiro e as máquinas de comunicação – leia-se aí as "máquinas de fazer a cabeça das pessoas" – que fazem proclamar as "verdades absolutas", as "razões óbvias", os "comportamentos adequados".
Tudo que mantenha o status quo, como se a evolução humana estivesse aí garantida por um futuro onde a "eficiência"  e a "competência" trarão justiça para todos. Ou, ao menos, é o que dizem.
Dizem, aliás, há séculos.
Temos, há dez anos – e finalmente – um governo popular e progressista em nosso país.
Fez – e faz – uma imensa diferença isso: é só olhar para trás e ver que já fomos o país do desemprego, da falta de programas sociais, da submissão colonial inquestionada, da falta de liberdade, dos sarney, dos collor, dos fernando henrique, o Brasil que as elites fizeram e que nós desejamos ardentemente mudar, muitos até ao preço de nossas vidas.
E mudamos, sim. Muito.
Mas também nós mudamos.
Costumamos achar que nossa moderação, nossa prudência, nossa capacidade de construir alianças e administrar bem são a definição de nossa superioridade àqueles tempos e que isso é visível a qualquer um.
Nós – cinquentões, sessentões e também os mais jovens que convivem muito de perto com nossos pensamentos e lembranças –  podemos olhar para trás e ver muito bem essa imensa diferença, a mudança que representamos, coletivamente, na face do nosso país.
Mas será que estamos fazendo que os mais jovens – e por isso mais importantes do que nós mesmos – o vejam? Será que, embora eficiente para uma ou duas gerações, o passado basta para nos legitimar?
Ontem fui olhar de perto a manifestação no centro do Rio. Contava-se a dedo os que tinham mais de 30 anos. Eram garotos e garotas, guris como eu era nos anos 70. A grande maioria de classe média, sim, como também eram os que nos arriscávamos em passeatas e protestos pela volta da democracia.
Lembrei-me de meus desentendimentos com meu filho, então adolescente. Do nosso inconformismo mútuo em sermos tão parecidos e inquietos.
O que nos faz permanecer unidos hoje, porém, era exatamente o que nos afastava, então.
Claro que não tenho idade para ser ingênuo e ver que as forças do atraso querem fazer deles a cabeça de um aríete contra o governo de esquerda que os donos do poder real – o da grana – têm nesse país.
Mas será que confiamos que eles são lúcidos o suficiente para não servirem a isso?
Não é o que, muitas vezes, demonstramos.
Por que não podemos querer que lhes baste, às reivindicações que fazem – iguais às que nós fazíamos – uma confiança no que somos e fomos ao longo de nossas já longas vidas.
Não, muitos deles já não nos vêem valentes, falantes, inconformados, abertos.
Portamo-nos como se soubéssemos tudo, como se nossas palavras fossem  "verdades absolutas", as "razões óbvias", os "comportamentos adequados" que, embora diferentes no conteúdo, na forma se assemelham a tudo o que de opressão recusamos, antes e agora.
Deixamos de praticar, corajosamente, a polêmica.
Se perdemos a capacidade de polemizar, de discutir idéias, de mostrar acertos pela confrontação com o erro, de admitirmos que, muitas vezes, somos insuficientes e nunca, nunca mesmo somos conformados, como querer que se identifiquem com o que somos e com o que pensamos, embora tudo seja muito semelhante?
Não, um governo e um governante não podem, todo o tempo, ser olímpicos mais. Como não pode, na vida familiar, sobreviver um paternalismo, mesmo bem intencionado e amoroso, que não se confunda com proximidade, debate, tolerância e companheirismo.
Não, o mundo de hoje não suporta o "fica quieto que eu sei fazer a coisa do jeito certo".
Uma vez meu filho, diante de uma dessas minhas "eu sei o que estou fazendo", me respondeu: "pai, eu sei que você é o fodão, mas eu sou o fodinha". Estava coberto de razão, e eu de pretensão.
Perdoem-me os jovens, mas se não falasse como mais velho, não estaria sendo verdadeiro, mas apenas mais um dos que acham que acham vocês incapazes de raciocinar e a quem as coisas devem ser ditas como lições. E perdoem, também, porque é menos a vocês e mais a nós mesmos que falo.
Nós é que temos de ser dignos de vocês, não vocês gratos a nós. Não é necessário ser grato a quem nos ama e nos respeita. Basta corresponder a isso.
Basta se conservar jovem, embora o tempo queira nos transformar em velhos.
E, assim, possamos dizer a eles não "xô!" mas "bem-vindos à rua, à luta, à busca do novo".
Não por sermos generosos, como devemos ser.
Mas porque eles são indispensáveis e serão melhores do que nós, porque somos apenas um degrau de sua escalada.
E eles, a lança aguda de nossos sonhos.
Por: Fernando Brito

Lula chama ao diálogo. E sem polícia.

Posted: 18 Jun 2013 06:58 AM PDT


17 de Jun de 2013 | 22:59
Em seu perfil no Facebook, Lula declarou que "ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas".
Por meio da Secom, Dilma mandou dizer que "As manifestações pacíficas são legítimas e próprias da democracia. É próprio dos jovens se manifestarem".
Hoje, apesar de ainda não terem terminado as manifestações, deu para perceber que o movimento se separou em uma grande maioria que, sem o assédio da polícia, salvo algumas exceções, manifestou pacificamente seu pensamento e alguns pequenos grupos que buscaram situações de confronto, no Rio e em Porto Alegre e São Paulo, agindo no final das manifestações.
E o que fazer diante disso?
Simples: perceber que, embora se possa ficar dizendo que os manifestantes são de classe média, há uma importante fatia da população que se sente insatisfeita com a qualidade dos serviços públicos – e não apenas com os ônibus – e, sobretudo, está carente de referências, lideranças, de representantes.
O próprio Lula dá o caminho da lucidez: "não existe problema que não tenha solução. A única certeza é que o movimento social e as reivindicações não são coisa de polícia, mas sim de mesa de negociação".
Foi a falta desta compreensão que permitiu que a repressão insana levasse a situação a esse ponto. E é a falta de um diálogo organizado é que permite aos grupos de provocadores passarem como o mesmo que os manifestantes, o que não são.
Para recuperar o tempo perdido, porém, não é possível que tudo fique entregue aos governos e às prefeituras.
Nem o Brasil, nem estas manifestações são ilhas isoladas. Tudo está ligado e isso é um fenômeno de âmbito nacional.
Sem desrespeitar suas autonomias, o Governo Federal deve assumir essa coordenação, estimular o diálogo, desestimular a ideia de que as coisas podem ser resolvidas pela repressão.
A repressão, como se viu, só piora.
Por: Fernando Brito

Os espaços públicos podem e devem ser ocupados

Posted: 18 Jun 2013 06:56 AM PDT


Tratar a todos com respeito e buscar o
diálogo trarão mais benefícios do que
o enfrentamento irracional
"As manifestações contra a tarifa dos ônibus são apenas um passo no longo processo de construção da democracia e da cidadania
Reinaldo Canto, CartaCapital

"Os recentes protestos não deveriam ser razão de tanto espanto, a ponto de causar reações indignadas vindas de setores mais conservadores ou mesmo acomodados da sociedade brasileira (tão pouco acostumadas a manifestações cidadãs de revolta e rebeldia).

Nesse sentido estivemos durante muitos anos - aliás, desde o estabelecimento da ditadura - desacostumados a grandes demonstrações civis de descontentamento generalizado.

Com exceções de algumas delas cobertas de consenso como as Diretas Já ou o Fora Collor, as concentrações estiveram sempre ligadas a setores específicos como greves de professores, metroviários que atuavam especificamente nas questões salariais e melhorias nas condições de trabalho.
Muito diferente é quando surgem nas telas da tevê milhares de pessoas em marcha pelas principais avenidas de São Paulo acompanhadas de imagens de lixos revirados, vidraças quebradas e cabines policiais incendiadas. Parece o fim dos tempos.

A clara distorção ao não mostrar o outro lado contribui para que muitos tenham a sensação de estarmos cercados de baderneiros.

A verdade nesses tempos de smartphones, facebooks e comunicações instantâneas não tardam a aparecer e derrubar os argumentos de mídias conservadoras que insistem em colocar os manifestantes na fácil alcunha de "vândalos", "baderneiros sem causa" e outras adjetivações, inclusive de baixo calão.

Na vã tentativa de criar uma realidade paralela baseada em condomínios fechados, carros blindados e saúde privatizada, a nossa pretensa elite tenta se manter distante e alheia à construção de uma sociedade mais equilibrada, justa e sustentável.

Os espaços públicos que deveriam servir a todos acabam sendo paulatinamente "roubados" da sociedade em nome do progresso ou abandonados e deteriorados.  Parece que às nossas autoridades será melhor que as pessoas frequentem os paraísos de compras, os conhecidos shopping centers, do que passar um belo domingo de sol em parques e praças públicas. No lugar da integração fica a exclusão com todo o mal que trás as relações sociais.

Mas as inúmeras manifestações que vêm ocorrendo em todo o mundo, pelas mais diversas razões, carregam em seu íntimo o inconformismo de muitos pelo direito à liberdade de expressão. E aqui não poderia ser diferente, mesmo que tivesse demorado a chegar.

Os problemas das metrópoles brasileiras estão aí expostos para quem quiser ver e é praticamente impossível negá-los: dificuldades de mobilidade cada vez maiores (incentivo ao uso e compra do automóvel em detrimento do transporte público); deterioração de bairros e regiões inteiras (em nome da especulação imobiliária); falta de segurança; a ausência, enfim, de políticas públicas que busquem efetivamente contemplar a maior parte da população e só faz agravar as consequências dos desequilíbrios.

Os jovens e os não tão jovens que decidiram agora ocupar os espaços públicos estão resgatando o óbvio: em primeiro lugar, o direito inalienável de se manifestar. Já a nossa polícia, ainda sob os resquícios de tempos tristes e obscuros, demonstra não estar preparada para receber a incumbência de proteger os manifestantes, mas de reprimi-los a todo custo, pois em sua formação militar o espaço público possui a mera função de se manter livre e desimpedida, apenas para a circulação, o fluxo "ordeiro" determinado por seus superiores.

Quando milhares de pessoas tomam as ruas, nossos policiais passam a encará-los como verdadeiros combatentes inimigos, uma turba selvagem a corromper a ordem e o progresso. Entre esses "adversários do mal" também se encontram jornalistas como o colega desta CartaCapital, Piero Locatelli, preso por de portar uma poderosa e ameaçadora garrafa de vinagre.
Assim como em outros países, as manifestações só estão começando.
Os tais 20 centavos de aumento para um transporte público de má qualidade foi apenas o estopim para outras, que certamente virão.
Nossas autoridades, antes de condenar alguns poucos atos de pretenso "vandalismo", devem estar atentas às reivindicações e priorizar o interesse coletivo. Tratar a todos com respeito e buscar o diálogo trarão mais benefícios do que o enfrentamento irracional."

Charge do Bessinha

Posted: 18 Jun 2013 06:52 AM PDT

Azenha no Facebook

Posted: 18 Jun 2013 06:49 AM PDT

Luis Caros Azenha
O Brasil sempre foi governado a partir de um pacto de elites. É a tal "modernização conservadora". O povo vota mas fica de fora das decisões substantivas, especialmente as que dizem respeito ao orçamento. As decisões são resultado de conchavos de bastidores.

Consideram, por exemplo, quanto os donos das empresas concessionárias do transporte doaram nas eleições; quanto as empreiteiras que fizeram as obras da Copa ou constroem hidrelétricas na Amazônia doaram a partidos e candidatos.

 E assim por diante.

 O que o pessoal do MPL fez foi destapar a panela de pressão. Todos nós queremos que as decisões no Brasil, em todas as instâncias, considerem acima de tudo as necessidades reais das pessoas. 

A direita simula que é a favor das manifestações, mas obviamente tem medo das reivindicações de fundo (ou alguém acha que existe empresário de ônibus de esquerda?). A direita não quer perder o poder da PM como balizador de suas "políticas sociais", que é o que provisoriamente aconteceu. A PM é a garantia de seus privilégios.

 O PT é governo e nenhum governo gosta de confusão, especialmente se acredita que tem tudo para ganhar a próxima eleição. Além disso, os acordos de governabilidade do PT são firmados sobre a manutenção de privilégios históricos da direita, também ameaçados pelos manifestantes. 

A não ser que o PT retome seu compromisso histórico com as causas sociais, teremos em alguns dias um consenso inédito entre os grandes partidos para jogar essa molecada no rio Pinheiros.


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PITACO DO ContrapontoPIG 


"... A não ser que o PT retome seu compromisso histórico com as causas sociais, teremos em alguns dias um consenso inédito entre os grandes partidos para jogar essa molecada no rio Pinheiros."

Se se pegar aleatoriamente 100 manifestantes, creio que mais de 90 deles, a maioria com boas intenções,  não sabem exatamente contra o quê estão protestando.

O PT tem que retomar o bastão e mostrar com eficiência o que os governos Lula e Dilma tem feito pelo  país. 

 E rápido, "antes que algum aventureiro lance mão", pois já tem muita coisa estranha acontecendo... e muitas pessoas CIAaosas e 'direitas' estão indóceis
 
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Do Blog ContrapontoPIG

Posted: 18 Jun 2013 06:47 AM PDT

Ei, reaça, vaza dessa marcha!
Por:  , Café com nata
17/06/2013

De existeaumentoemSP
Não, reaça, eu não estou do seu lado. Não vem transformar esse protesto legítimo em uma ação despolitizante contra a corrupção. Não vem usar nariz de palhaço, não tem palhaço nenhum aqui. Agora que a mídia comprou a manifestação tu vem dizer que acordou?
O povo já está na rua há muito tempo, movimentos sociais estão mobilizados apanhando da polícia faz muito tempo. São eles os baderneiros, os vândalos, os que atrapalham o trânsito. Movimento pelo transporte, Movimento Feminista, Movimento Gay, Movimento pela Terra, Movimento Estudantil… Ninguém tava dormindo! Essa violência que espanta todo mundo não é novidade, não é coisa de agora. Acontece TODOS os dias nas periferias brasileiras, onde não tem câmera pra registrar ou repórter para se machucar e modificar o discurso da mídia.
Não podemos admitir que nossa luta seja convertida pela direita numa passeata contra a corrupção. Não é uma causa de neoliberais. Não é uma causa pelos valores e pela família. Não estamos pedindo o fim do Estado – pelo contrário! – Esse "Acorda, Brasil" não tem absolutamente NADA a ver com a mobilização das últimas semanas.
Então se tu realmente acredita que a mídia tá do nosso lado, abre os olhos! São muitas as maneiras de se acabar com um levante: força policial, mídia oportunista, adoção e desconstrução do discurso…
Começou a disputa pelos sentidos da efervescência:
"Não é nem um pouco fácil entender a proporção que as coisas estão tomando no Brasil. Os protestos estão cada vez mais heterogêneos, e amanhã (hoje) vai ser um dia gigante e imprevisível. Protestos são convocados por desde movimentos libertários e autogestionados (que se encontram na gênese das manifestações) até pelas páginas ufanistas/moralistas/udenistas como a antipetista Acorda Brasil, que dissemina desinformação e preconceito de classe. Se esse choque de alteridades pode ser potente, também pode gerar desmobilização numa questão de semanas. Começou a disputa pelos sentidos da efervescência. Reacionários estão determinados a também sair do facebook e transformar a insatisfação coletiva numa versão inchada do elitista Movimento Cansei, com sua pauta moralista e antipetista. Por outro lado, governistas estão mais preocupados em deslegitimar as manifestações e em blindar os governos petistas, que não se pronunciam sobre o que acontece por não conseguirem compreender o novo, e quando se pronunciam, não conseguem romper com o emcimadomurismo. A multiplicidade de pautas que desaguam nessa insatisfação generalizada torna impossível vislumbrar os rumos que as coisas irão tomar. Será árdua a tarefa de disputá-los."
Leia também:

Ei, reaça, vaza dessa marcha!

Também do Maria Frô.

Política se aprende fazendo política

Posted: 18 Jun 2013 06:44 AM PDT



Estive em vários pontos da manifestação que tomou a cidade hoje.
Quando tiver tempo subo os vídeos e fotos e tento fazer um relato, hoje preciso dormir que estou exausta e nesta semana o bicho está pegando e vai pegar, mas algumas coisas me chamaram muito a atenção:

Cena 1: A coxinização versus a politização está nas ruas
Vi quando na altura do Trianon chegou a primeira leva na Paulista. As caras me pareceram bem diferentes das primeiras manifestações, acho que vi alguma representante do Cansei. Horas depois nada vermelho, nada. Daí por volta das 22:30 chega o grupo que andou do largo da Batata, 9 de julho, Augusta etc. Esta é a cara do movimento que eu conheço, pessoal da Educafro, por exemplo, e começam a aparecer meninos negros, bandeiras vermelhas e um coro "Ih fodeu o povo apareceu" (nada de 'o povo acordou').
A moçada estacionada sem bandeiras não gostou muito. Ando mais um pouco pra ver o cruzamento destas massas e a minha frente um trio de jovens bem vestidos dois rapazes e uma moça loira. A turma que já estava estacionada começa 'sem partido; sem partido; sem partido'.
A moça loira grita junto.
Jovem 1: é um ato anti-político eles vem com a bandeira política, isso é contraditório.
Jovem 2 com uma flor no cabelo: Acho que é um ato democrático todo mundo pode vir com a bandeira que quiser.
Minha filha entra na conversa: Eu acho que todo mundo que está neste movimento faz um ato político.
Moça loira: Sim, mas você não deve pôr a bandeira do partido neste momento, a gente não está pelo partido, a gente está pela nação.
Minha filha: A gente está pela nação, mas como ele disse as pessoas tem liberdade de expressão, portanto tem de ter a liberdade de expressar o seu partido. O que a gente não pode é criar um conflito interno, porque a gente não está aqui um contra o outro, a gente está aqui contra um poder maior.
Jovem 2 com a flor no cabelo: Isso. Aqui é proibido proibir.
____________
Cena 2: no Metrô
Depois de um quiprocó dos que queria catraca livre já, uma bomba de efeito moral o escambau e alguma correria conseguimos finalmente entrar num trem.
Entra um velho bravo, muito bravo xingando e gritando "Já estava lá, lá estava lá.
Daí descobrimos que ele estava bravo porque ele pegou um papel no chão, leu e pôs no chão de novo e um rapaz pegou o papel e jogou na lixeira e disse, aqui é o lugar certo.
E o velho ficou muito bravo com a lição que recebeu do jovem.
Daí ele extrapolou e disse, esses baianos!. Um senhor negro que já estava na porta diz: Opa! Baiano, não, baiano não, o senhor respeite os baianos.
O vagão inteiro começa em coro e batendo palmas: Sem violência, sem violência e um uma outra jovem puxa: sem preconceito, sem preconceito e todo o trem entra no coro.
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Moral da história? Política se aprende fazendo política.

MANIFESTANTES NEGAM PASSE LIVRE PARA A REDE GLOBO E EXTRAVASAM SEU ÓDIO PELA EMISSORA

Posted: 18 Jun 2013 04:13 AM PDT

A GLOBO SE FAZ DE MORTA, MAS...

Não dá para fingir que ela não foi ALVO de pesadas hostilidades em vários pontos do país, com os manifestante chamando a emissora de FASCISTA, SENSACIONALISTA, aplicando sonora vaia em seus repórteres, que trabalharam descaracterizados e com microfones sem o LOGO da TODA PODEROSA. No largo do BATATA, em São Paulo, o jornalista CACO BARCELOS foi expulso do local e impedido até com certa agressividade, de cobrir a manifestação. Jornalismo com fundo golpista e partidário é sentido de longe por quem tem um mínimo de entendimento sobre tudo o que está ocorrendo



O "ATAQUE" AO JORNALISTA CACO BARCELLOS


A equipe do jornalista Caco Barcellos foi impedida de acompanhar manifestação no Largo da Batata, em São Paulo; parte dos manifestantes, que já são 30 mil, se encaminha para a sede da Globo em São Paulo; transmissão da Globonews força a barra e tenta se apropriar da agenda dos protestos, incluindo temas de interesse da Globo, como a PEC 37
Sobrou também para a Rede Globo. Ou melhor, para a "Central Globo de Mentiras", segundo as palavras de ordem que foram proferidas nesta segunda-feira, em São Paulo. À tarde, uma equipe do jornalista Caco Barcellos, do programa Profissão Repórter, foi impedida de acompanhar os protestos no largo da Batata, na região da Faria Lima, em São Paulo.
Os manifestantes expulsaram o jornalita e seus repórteres com gritos de "Fora Globo" e "Central Globo de Mentiras". Uma parte dos 30 mil manifestantes em São Paulo se dirige à sede da Globo na capital paulista.

http://www.divinews.com/cidade/pagina-principal/15724-sobrou-para-tv-globo-protesto-expulsa-equipe-da-qcentral-globo-de-mentirasq.html
...

[Mensagem cortada]  



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Francisco Almeida 




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