segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Via Email: SARAIVA 13: Sonega Esperança vai começar


SARAIVA 13


Sonega Esperança vai começar

Posted: 19 Aug 2013 04:48 PM PDT

No rastro do caso Globo

Posted: 19 Aug 2013 04:46 PM PDT


Acabo de enviar um pedido, com base na Lei de Acesso à Informação, ao Ministério da Fazenda.
Seu teor:
Requeiro informação sobre:
1- A data de abertura do processo administrativo 10070.000868/2006-33 do Ministério da Fazenda, bem como a data de abertura da sindicância que lhe deu origem.
2- Os episódios objeto de tal sindicância e PAD.
3- A lotação (ou exercício, se diverso) da então servidora CRISTINA MARIS MEINICK RIBEIRO naquelas datas e sua movimentação funcional posterior, até sua aposentadoria.
4- A lotação (ou exercício, se diverso) dos auditores fiscais Élcio Luiz Pedroza, Célia Regina Andrade Ribeiro, Simone de Bem Barbosa Torres e Neuza Vasconcellos Ramos.
5- Data da constatação do desaparecimento e abertura da sindicância ou outro procedimento administrativo relativo ao desaparecimentos dos processos 18471.000858/2006-97 e 18471.001126/2006-14, ambos da Receita Federal do Brasil.
6- Nome de todos os sindicantes e/ou processantes em cada um dos instrumentos apuratórios mencionados.
Encareço, mesmo sendo óbvio, que não há sigilo fiscal ou funcional protegendo as informações solicitadas.
Para quem não acompanhou o post do final de semana, o Tijolaço provou que, no momento em que ocorreu o alegado surrupio do processo que autuavam a Globo em R$ 615 milhões e, em apenso, outro que pedia a abertura de ação penal por sonegação contra a empresa, a servidora Cristina Maris, condenada a 4 anos de 11 meses por este e outros crimes, já estava sendo processada internamente por fraudar outros processos.
Não é crível que uma funcionária nestas condições tivesse liberdade de solicitar e "embolsar", diante de todos, um processo de mais de R$ 615 milhões, dentro de uma sala da Receita Federal.
Nenhum servidor tem aberto um processo administrativo por fraude contra si e continua acessando livremente documentos de altíssima responsabilidade.
E não adianta dizer que tudo o que estava escrito no processo físico tinha registro eletrônico, porque o sumiço do processo físico adiou em quase um ano a notificação da Globo para recorrer ou pagar o que não era, absolutamente uma dívida de trocados.
Se o Ministério Público não age, mesmo com todos os limites que temos, não podemos deixar que siga obscura uma trama de valores que hoje passam de R$ 1 bilhão, dinheiro público, na base do "ah, isso é sigilo fiscal".
Tudo indica que Cristina foi usada como bode expiatório e, apesar da barreira de silêncio que querem baixar sobre o caso, ainda podemos nos mover para esclarecê-lo.
Os personagens desta trama precisam ser, no mínimo, expostos, já que a grande imprensa se acovarda e que os fiscais da lei não querem chamar suas responsabilidades.
Fernando Brito
No Tijolaço

PF investiga conexão Metrô-FHC

Posted: 19 Aug 2013 09:18 AM PDT


http://pbs.twimg.com/media/BRvmyxLCQAATCd0.jpg


Por Altamiro Borges
Sem maior estardalhaço, a Folha publicou neste domingo uma notinha que revela o desespero que atingiu a cúpula tucana. Segundo Vera Magalhães, "reservadamente, auxiliares de Geraldo Alckmin já admitem que é grande a possibilidade de ser comprovada a participação de agentes públicos nos acordos de cartel em licitações de trem e metrô em São Paulo". Até agora, os tucanos negavam qualquer envolvimento no esquema que desviou milhões dos cofres públicos. Mas reportagem desta semana da revista IstoÉ, assinada por Mário Simas Filho, informa que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal já investigam a possível conexão entre o propinoduto tucano e a reeleição de FHC em 1998. Haja desespero!

"Ministério Público Federal e a PF começaram na última semana uma sigilosa investigação que, entre os procuradores, vem sendo chamada de 'siga o dinheiro'. Trata-se de um nome que traduz literalmente o objetivo da missão, que consiste em fazer minucioso cruzamento de dados já coletados em investigações feitas nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, seja pela PF, pelo MPF e pelo MP de São Paulo, envolvendo os contratos feitos pelas empresas Alstom e Siemens com o governo de São Paulo. 'Temos fortes indícios de que parte do superfaturamento de muitos contratos serviu para abastecer campanhas do PSDB desde 1998, especialmente as de Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas', disse à IstoÉ um dos procuradores que acompanham o caso".

Ainda segundo a matéria, os procuradores asseguram já ter identificado cerca de R$ 4,1 milhões que teriam saído das contas mantidas em paraísos fiscais por laranjas e consultores contratados pela Alstom para trafegar o superfaturamento de obras do Metrô, da CPTM e da Eletropaulo. "Agora que sabemos os nomes de algumas dessas empresas de fachada será possível fazer o rastreamento e chegarmos aos nomes de quem participou das operações", explicou o procurador. "Dos cerca de R$ 4,1 milhões, os procuradores avaliam que R$ 3 milhões chegaram aos cofres do PSDB através de um tucano bicudo, já indiciado pela PF. Trata-se do atual vereador Andréa Matarazzo, ex-ministro de FHC, secretário de Covas e Serra".


"Em 2008, quando explodiu o esquema de propinas da Alstom na Europa, documentos apreendidos por promotores da França mostravam que a empresa pagou 'comissões' para obter negócios no governo de São Paulo. De acordo com memorandos apreendidos pela justiça francesa, a Alstom pagava propinas equivalentes a 7,5% do valor dos contratos que eram divididos entre as finanças do PSDB, o Tribunal de Contas do Estado e a Secretaria de Energia. Em 1998, época em que teriam sido assinados os contratos superfaturados, Matarazzo acumulava o comando da Secretaria de Energia e a presidência da Cesp, as principais clientes do grupo Alstom no Estado".


"Antes disso, em novembro de 2000, tornou-se pública uma planilha que teria listado a arrecadação de campanha não declarada pelo Diretório Nacional do PSDB. Segundo essa lista, Matarazzo seria o responsável por um repasse de R$ 3 milhões provenientes da Alstom... 



Outro R$ 1,1 milhão que os procuradores já têm rastreado teria vindo de contas mantidas por empresas instaladas em paraísos fiscais. Uma dessas contas se chama Orange e o detalhamento do esquema de recebimento do dinheiro vindo da Alstom foi revelado ao Ministério Público paulista por um ex-lobista da empresa, hoje aposentado, Romeu Pinto Júnior".

A bombástica matéria da revista ainda registra que "entre os documentos que o Ministério Público Federal recebeu da Suíça e da Alemanha estão dados que podem comprometer David Zilberstein. Segundo o procurador ouvido por IstoÉ, ele teria sido um dos pioneiros a estimular a formação de cartéis, principalmente na área de energia". Não custa lembrar que David Zilberstein foi genro de FHC. De fato, "é grande a possibilidade de ser comprovada a participação de agentes públicos nos acordos de cartel em licitações de trem e metrô em São Paulo", como registrou, sem maior alarde, a Folha tucana!

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Também do Blog ContrapontoPIG

Embargos infringentes. Por que serão aceitos

Posted: 19 Aug 2013 09:16 AM PDT

Do Conversa Afiada - Publicado em 19/08/2013 

 


O Código de Processo Penal prevê embargo infringente com um único voto contra o réu. Imagine com quatro !

A Lei 8.038 de 1990, que trata de normas procedimentais do Supremo e do STJ, não previu os embargos infringentes – os que vão permitir o rejulgamento do Dirceu.

O raciocínio embutido nas colonas (*) do Ataulfo Merval (**) – que devem expressar as opiniões de seus supostos inspiradores, Gilmar Dantas (***), o Big Ben de Propriá e, talvez, o próprio presidente Joaquim Barbosa – é muito interessante: como a Lei de 8.038 não previu, então, os embargos estão revogados !

Tem um pequeno problema nesse raciocínio "desinteressado".

O Título I, Capítulo 1, sobre a Ação Penal Originária da Lei 8.038 não fala dos embargos infringentes NEM DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS !

Se não fala em embargo declaratório, então, o Supremo incorreu em grave ilegalidade, ao julgar os embargos declaratórios !

Onde já se viu irregularidade dessas ?

Ou melhor, onde já se viu argumento tão tosco ?

Acontece que, além disso, o Ataulfo e suas fontes de suposta inspiração não levam em conta o Artigo 609 do Código de Processo Penal.

O Código !

Não é uma invenção regimental interna do Supremo.

É o Código !

No Código, não é preciso nem que quatro votos contra – como no caso do Dirceu – justifiquem um embargo declaratório: basta UM voto contra.

E o STF sempre julgou embargos infringentes, INCLUSIVE EM AÇÃO PENAL, como a 470 do mensalão (o do PT).

Como diz o professor Luiz Moreira, que também demonstra, inequivocamente, que o Supremo tem que aceitar os embargos infringentes: afinal, o Supremo é formado de juízes ou de justiceiros, Moreira pergunta ?

Diz o Artigo 609, Parágrafo Único, do CÓDIGO de Processo Penal:

Os recursos infringentes serão julgados quando não for UNÂNIME a decisão de segunda instância desfavorável ao réu.

Admitem-se – diz o CÓDIGO e, não, um regimento – embargos infringentes e de NULIDADE, que poderão ser feitos em dez dias.

Ademais, diria o Ataulfo, o Supremo é a ÚLTIMA instância e ÚNICA.

O Conversa Afiada já observou que toda a pressão para não aceitar os embargos infringentes se dá sobre as Ministras Rosa Weber e Carmen Lucia.

O Fernando Brito percebeu o mesmo, ao observar o comportamento do dedo polegar do Ataulfo.

É muito simples.

O julgamento do mensalão (o do PT) respeitará os ritos processuais, ou será, de novo, como percebeu a Hildegarde Angel, apenas, um Mentirão ?

O STF é uma casa de Justiça ou está sitiada pela Globo ?

A Globo estabeleceu que este é o "Maior Julgamento da História".

O Supremo estará disposto a desmentir a Globo ?

Ou subscreverá sua sentença ?

Clique aqui para ler "Quem são os bonzinhos do PML ? Querem um pedido de 'desculpas'."


Paulo Henrique Amorim



(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de "Ataulfo Merval de Paiva", por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance "O Brasil".

(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

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Do Blog ContrapontoPIG

O jogo feio dos bonzinhos

Posted: 19 Aug 2013 09:13 AM PDT


Quando faltam 48 horas para o reinício do julgamento do mensalão, interrompido de forma abrupta por Joaquim Barbosa na quinta-feira da semana passada, é bom ir à substância das coisas.
Ao interromper o julgamento, Joaquim impediu o ministro Ricardo Lewandovski de expor seu ponto de vista sobre um recurso do deputado Bispo Rodrigues.
Condenado pela nova lei anticorrupção, Rodrigues quer que sua pena seja definida pela legislação em vigor no momento em que os fatos ocorreram, e não pela legislação posterior, que agravou as condenações. É um recurso simples, com fundamento em regras tradicionais do Direito, e tem muito fundamento lógico.
O mesmo princípio aplica-se a qualquer cidadão obrigado a prestar contas a Justiça, mesmo que envolva delitos mais leves, como o do estudante apanhado com um cigarro de maconha na mochila.
É claro que o tribunal precisa realizar este debate. A fase atual, de recursos declaratórios, destina-se exatamente a sanar dúvidas e contradições dos acórdãos.
E se alguém não enxerga uma contradição tão elementar como condenar uma pessoa com base numa lei que não estava em vigor no dia em que o crime foi cometido deveria voltar ao primeiro ano de Direito, certo?
O problema é que todos sabem do que estamos falando. A truculência de Joaquim, expressa uma questão de natureza muito mais grave, que vai além das boas maneiras e da cortesia.
Coloca em risco o direito dos condenados a apresentar recursos, o que, afinal, é um direito assegurado pela legislação. É disso que estamos falando.
Nenhum ministro, nem o presidente do STF, pode tratar os direitos dos réus como aquilo que ele gostaria que fossem.
A Constituição não é aquilo que o Supremo diz que ela é mas aquilo que o povo, através de seus representantes eleitos, diz que é.
Tem gente que diz que Joaquim e Lewandovski tiveram um "atrito" na quinta-feira. Que vergonha. O presidente do STF tomou a palavra de um ministro que tinha todo direito de exercê-la. Lewandovski reagiu com a dignidade que a situação impunha. Que "atrito" é este?
Outro truque é falar que há uma "divergência" de opinião entre os ministros. É inacreditável. Os fatos ocorreram numa data e a nova lei estava em vigor em outra. Cadê a "divergência"?
Procurando livrar a cara de Joaquim, o último recurso de nossos conservadores é sugerir que ele peça desculpas a Lewandovski pelas palavras grosseiras que empregou na quinta-feira. Que bonito.
Compreende-se a origem de uma sugestão tão cavalheiresca. Gratificados pelos serviços políticos prestados por Joaquim Barbosa no julgamento, nossos conservadores querem lhe dar uma saída honrosa, inofensiva e fútil.
Topam fingir que assistimos a um incidente semelhante a um esbarrão numa escada no metrô, por exemplo. Ou à milésima reação "intempestiva", "descontrolada", do presidente do Supremo. Desculpas, desculpas. É, a palavra é mesmo apropriada.
Nossos cavalheiros dizem que estão em desacordo com a forma, um pouco grosseira demais, digamos assim. Querem esconder que apoiam o conteúdo. O problema, porém, é de conteúdo.
Recusar o debate sobre embargos declaratórios implica em atropelar direitos assegurados em lei. Não é um problema de boas maneiras. Nem de psicologia. Nem de saber se Joaquim força uma crise diante das câmaras de TV para renunciar ao cargo e lançar-se candidato a presidência. Vai ser escandaloso se isso acontecer, é claro. Mas é uma especulação.
É um problema de natureza política.
O erro consiste em bloquear um debate sobre erros e contradições dos acórdãos. Joaquim intimida dissidentes e discordantes. Interrompe o julgamento quando lhe convém.
E isso não é aceitável.
Este é o direito ameaçado por suas atitudes. Não é um problema pessoal entre dois ministros.
Depois de cobrir o julgamento como um espetáculo, sem o mais leve espírito crítico tão presente em seus editoriais, nossos meios de comunicação estão unidos a Joaquim Barbosa no esforço para acabar o show de qualquer maneira.
Com graus variados de sutileza, a postura de muitos observadores é de chantagem em torno de um novo fantasma, o 7 de setembro.
Perguntam: como "a rua," "o monstro", vai reagir, se até lá ninguém tiver sido preso?
Em vez de assumir seu papel social com dignidade e explicar por que nem sempre a Justiça anda nos prazos de uma novela de TV ou no CSI, pretende-se fazer o contrário: subordinar o mundo e os direitos das pessoas às regras da sociedade de espetáculo.
Estas regras, como se sabe, consistem em mostrar que tudo muda para que nada mude.
Depois de seguir o mandamento de Rudolf Hearst, inescrupuloso magnata da imprensa norte-americana, para quem ninguém perderia dinheiro investindo na "pouca inteligência do leitor," usa-se a "pouca inteligência do leitor" para justificar uma política sem escrúpulos.
E aí chegamos ao verdadeiro problema.
O espetáculo não foi tão bom como nossos críticos querem nos fazer acreditar.
A contradição absurda entre datas, que chegou a consumir longos debates durante o julgamento, o que torna o tema ainda mais espantoso, é o primeiro ponto que precisa ser colocado em pauta. E é muito maior do que você pode imaginar.
Os grandes troféus do julgamento, José Dirceu, José Genoíno e Delubio Soares também foram prejudicados por essa falha "técnica", digamos assim. Olhe, então, o tamanho do estrago que esse debate pode produzir – só no capitulo "datas."
Será por isso que querem acabar logo com o show?
Sem dúvida. Há muito mais a ser debatido. E aí não vamos imbecilizar o diálogo. É claro que os condenados querem expor seu ponto de vista e provar suas teses, aproveitando cada brecha, cada pequeno respiro, que a legislação oferece. Isso não quer dizer que eles não tenham argumentos reais que devam ser considerados.
Essa atitude não transforma seu esforço em malandragem – embora a cobertura tendenciosa, facciosa, dos meios de comunicação, como definiu mestre Janio de Freitas, destine-se a sugerir que toda visão discordante contenha elementos de desonestidade.
Não é Fla x Flu. É Flu x Flu. Ou Fla x Fla.
Os condenados precisam de tempo, que não tiveram na primeira fase do julgamento.
A leitura de muitas alegações sugere que não tivemos um julgamento de verdade em 2012. Não se considerou os argumentos da outra parte, nem se deu a atenção devida a contradições entre as acusações e as provas. Estamos falando do direito de pessoas, não de personagens de um programa de TV. Estamos falando da liberdade individual – um bem que não pode ser tratado com pressa nem com desprezo, vamos combinar.
Para quem está impaciente, fazendo a chantagem da rua, do monstro, não custa lembrar que não se teve a mesma impaciência com o propinoduto tucano, que começou a ser denunciado em 1998 e teve seu primeiro indiciamento há apenas quinze dias...Isso mesmo: há quinze dias.
Mesmo assim, já tem gente reclamando contra o uso da teoria do domínio do fato contra o PSDB.
Curioso, não?

NOBLAT DESCE O SARRAFO EM JOAQUIM BARBOSA

Posted: 19 Aug 2013 09:07 AM PDT

"Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é? Que poderes acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal? Imagina que o país lhe será grato para sempre pelo modo como procedeu no caso do mensalão? Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria", diz o colunista do Globo, que atribui sua nomeação à cor da pele
19 DE AGOSTO DE 2013
247 - O colunista do Globo, Ricardo Noblat, bateu duro em Joaquim Barbosa, em sua coluna desta segunda-feira no Globo. Criticou sua soberba, sua falta de compostura e atribuiu sua nomeação à cor da pele. Leia abaixo:
"Você me acusa de fazer chicana? Peço que se retrate imediatamente."
Ricardo Lewandowski, do STF, para Joaquim Barbosa
Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é? Que poderes acredita dispor só por estar sentado na cadeira de presidente do Supremo Tribunal Federal? Imagina que o país lhe será grato para sempre pelo modo como procedeu no caso do mensalão? Ora, se foi honesto e agiu orientado unicamente por sua consciência, nada mais fez do que deveria. A maioria dos brasileiros o admira por isso. Mas é só , ministro.
EM GERAL, admiração costuma ser um sentimento de vida curta. Apaga-se com a passagem do tempo. Mas, enquanto sobrevive, não autoriza ninguém a tratar mal seus semelhantes, a debochar deles, a humilhá-los, a agir como se a efêmera superioridade que o cargo lhe confere não fosse de fato efêmera. E não decorresse tão somente do cargo que se ocupa por obra e graça do sistema de revezamento.
JOAQUIM PRESIDE a mais alta Corte de justiça do país porque chegara sua hora de presidi-la. Porque antes dele outros dos atuais ministros a presidiram. E porque depois dele outros tantos a presidirão. O mandato é de dois anos. No momento em que uma estrela do mundo jurídico é nomeada ministro de tribunal superior, passa a ter suas virtudes e conhecimentos exaltados para muito além da conta. Ou do razoável.
COMPREENSÍVEL, pois não. Quem podendo se aproximar de um juiz e conquistar-lhe a simpatia, prefere se distanciar dele? Por mais inocente que seja, quem não receia ser alvo um dia de uma falsa acusação? Ao fim e ao cabo, quem não teme o que emana da autoridade da toga? Joaquim faz questão de exercê-la na fronteira do autoritarismo. E, por causa disso, vez por outra derrapa e ultrapassa a fronteira, provocando barulho.
NÃO É UMA questão de maus modos. Ou da educação que o berço lhe negou - longe disso. No caso dele, tem a ver com o entendimento jurássico de que, para fazer justiça, não se pode fazer qualquer concessão à afabilidade. Para entender melhor Joaquim acrescente-se a cor - sua cor . Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para reagir à discriminação.
JOAQUIM É ASSIM se lhe parece. Sua promoção a ministro do STF em nada serviu para suavizar-lhe a soberba. Pelo contrário. Joaquim foi descoberto por um caça talentos de Lula, incumbido de caçar um jurista talentoso e... negro. "Jurista é pessoa versada nas ciências jurídicas, com grande conhecimento de assuntos de Direito", segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
FALTA A JOAQUIM "grande conhecimento de assuntos de Direito", atesta a opinião quase unânime de juristas de primeira linha que preferem não se identificar . Mas ele é negro. Havia poucos negros que atendessem às exigências requeridas para vestir a toga de maior prestígio. E entre eles, disparado, Joaquim era o que tinha o melhor currículo. Não entrou no STF enganado. E não se incomodou por ter entrado como entrou.
QUANDO LULA bateu o martelo em torno do nome dele , falou meio de brincadeira, meio a sério: " Não vá sair por aí dizendo que deve sua promoção aos seus vastos conhecimentos . Você deve à sua cor". Joaquim não se sentiu ofendido. Orgulha-se de sua cor. E sentia- se apto a cumprir a nova função. Não faz um tipo ao se destacar por sua independência . É um ministro independente . Ninguém ousa cabalar-lhe o voto .
QUE NÃO PERCA a vida por excesso de elegância (Esse perigo ele não corre). Mas que também não ponha a perder tudo o que conseguiu até aqui. Julgue e deixe os outros julgarem.
Postado há 28 minutes ago por
 

Itaú lucra, sonega e conspira

Posted: 19 Aug 2013 04:22 AM PDT



Do Blog do Miro - domingo, 18 de agosto de 2013

 

https://www.facebook.com/PoliticaFace?fref=ts

por Altamiro Borges



Na semana passada, a Receita Federal autuou em R$ 18,7 bilhões o banco Itaú por sonegação fiscal. A maracutaia contábil ocorreu no processo de fusão com o Unibanco, em 2008. O órgão governamental cobrou R$ 11,845 bilhões em Imposto de Renda e R$ 6,867 bilhões em Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros. De imediato, segundo o sítio G1, a poderosa instituição financeira "contestou o auto de infração, afirmando serem apropriadas as operações realizadas, sendo descabido, portanto, o entendimento da Receita de que houve ganho tributável".

De maneira arrogante, como é comum entre os banqueiros, o Itaú ainda considerou "remoto o risco de perda no procedimento fiscal, entendimento esse corroborado por seus advogados e assessores externos". Na mídia rentista, a bilionária sonegação do banco teve pouca ou nenhuma repercussão. A Rede Globo não escalou seus "analistas de mercado" – nome fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros – para comentar o assunto. Talvez porque a própria emissora também está envolvida num ruidoso caso de sonegação de impostos!

Nos últimos anos, o Itaú-Unibanco tem obtido lucros astronômicos. Apesar das regalias usufruídas nos governos Lula e Dilma, o banco se tornou um dos principais antros da oposição neoliberal no Brasil. Seus relatórios periódicos sobre a economia nacional são sempre terroristas, sendo usados como peças de campanha dos urubólogos de plantão e dos partidos da direita. De quebra, uma das herdeiras da instituição ainda ajuda na construção da Rede de Marina Silva. Em síntese, o Itaú lucra, sonega e ainda conspira. Será que a Receita Federal vai baixar a crista desta gente?



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Leia também:













 
Do Blog ContrapontoPIG

A garota black bloc na capa da Veja responde à revista

Posted: 19 Aug 2013 04:17 AM PDT


"Emma" aponta os erros na matéria em que foi personagem central.
"Emma"
"Emma, de 25 anos, integrante dos black blocs no Rio", conforme legenda que identifica o rosto coberto por uma camiseta na capa da Veja, está indignada. E afirmou que irá redigir uma "Carta aberta à Veja".
Na tarde de sábado, logo após a revista chegar às suas mãos, Emma, acampada no Ocupa Cabral, apoderou-se do celular que fazia transmissão ao vivo pelo TwitCasting e passou mais de uma hora vociferando contra a publicação (vídeo aqui).
Revoltada, demonstrava discordar de A a Z da matéria. Ainda na capa, ela aponta um erro que considera primário ao inseri-la como membro de um grupo. "Black bloc não é grupo e sim uma tática de manifestação. Não tenho como ser integrante de uma coisa que não existe." A chamada (O bando dos caras tapadas) também desperta ira quanto ao trocadilho que ela diz ser "digno do Zorra Total" e que jornalistas deveriam se envergonhar de trabalhar numa revista como aquela.
Auxiliada por um mascarado que a ajuda a folhear a revista cujas páginas estão rebeldes por causa do vento da praia, Emma vai analisando e xingando trechos preconceituosos e moralistas. Sua revolta (e dos que estão ao redor) aumenta diante do relato sobre consumo de drogas e sexo promíscuo. "Entre um baseado e um gole de vodka, (…) vinho barato e cocaína ! Onde isso?"
Ela segue jogando molotovs na Veja até chegar ao quadro de fundo cinza, parte que considera ter sido feita especialmente para si. Abaixo de uma foto em que aparece lendo História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman, o texto procura atingi-la de modo a reduzir suas insatisfações a desvarios adolescentes. Emma ridiculariza a tentativa da revista de expor intimidades e frases soltas apenas para diminuí-la.
O mascarado também faz seu desabafo: "Isso foi tudo inventado. A grande mídia faz assim, ela conta a história que ela quer. Essa matéria aqui é completamente mentirosa, não é nem falaciosa, é mentirosa mesmo. A intenção é manipular a opinião pública", diz ele.
Emma aponta a câmera para as barracas: "Olha lá, todo mundo transando e se drogando." Ela se enfurece com o golpe baixo ao ser chamada de namoradeira e suspeita que gente infiltrada a delatou na passagem em que "fica" com dois acampados num mesmo dia.
As fotos nas quais ela aparece (capa e miolo) são assunto polêmico. Ainda que através de uma elíptica fenda apenas se revelem os olhos azuis, sobrancelhas finas e um pouco do nariz, todos de traços sugestivamente médio-orientais e de ar misterioso, fica evidente que Emma mexe com a curiosidade. Enquanto conta que o fotógrafo se fez passar por membro de agência internacional, Emma recebe um elogio à sua beleza através do chat interativo. "Obrigada, mas a reportagem não mexeu com meu ego. Não adianta nada a foto estar bonita se o conteúdo é escroto", disse. "Não vendi foto nenhuma, publicaram isso sem minha autorização". Uma senhora que estava ao lado pergunta se ela pode processar a revista por uso indevido de imagem. "Sim", responde Emma. Um outro espectador bem humorado diz ter sentido falta de um poster central na revista. "Poster o caralho, já falei para parar com a idolatria. Não vim aqui para mostrar a bunda, vim mostrar o que tenho no cérebro."
Emma diz ter sido procurada no acampamento por uma repórter da Veja e também pelo Globo. Dá a entender que recusou ambos os convites por não concordar com a grande mídia. Afirmou ter dito à repórter da Veja que não conversaria com ela pois o editor manipularia tudo conforme seu interesse. Contudo, enquanto lia a reportagem, por diversas vezes declarou: "Eu não disse isso, desse jeito."
Além dos equívocos denunciados por Emma, a matéria afirma que os blacks blocs são um grupo pequeno e não chegariam a duzentos miilitantes. Apenas na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo, na semana passada, havia um grupo de aproximadamente cem indivíduos. Comunidades black blocs no Facebook são encontradas em São Paulo, Caxias do Sul, Minas, Ceará, Niterói, Rio de Janeiro. Só a do Rio possui mais de 23 mil "curtidores".
Também não é verdade quando a revista afirma que black blocs haviam queimado uma catraca durante uma manifestação (o ato é simbólico e religiosamente proporcionado pelo MPL, não teve nada a ver com black blocs) ou quando alega que nenhum McDonald's ou Starbucks escapem ilesos de protestos em que haja pelo menos um mascarado (na noite de sexta-feira, novamente na Assembleia, nenhuma guerra de spray ou gás ocorreu mesmo na presença de 60 ou 70 black blocs).
Criticando professores universitários admiradores do movimento, a Veja incita a polícia a enquadrar os "arruaceiros" pelo crime de formação de quadrilha, algo ainda não feito, obviamente, por não ser possível juridicamente (como foi dito por um membro dos Advogados Ativistas aqui no Diário).
Na Carta ao Leitor da mesma edição, lê-se que "VEJA sempre se pautou pela busca da informação correta em nome do interesse público." Ao encerrar sua participação no Twitcasting, Emma diz para a Editora Abril: "A população está vendo o que vocês estão fazendo."
Mauro Donato
No DCM

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Francisco Almeida 




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